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Introdução ao Crescimento Econômico Capítulo 3: Aplicações empíricas dos modelos Charles Jones • Veremos aqui várias aplicações do Modelo de Solow. São os chamados “modelos neoclássicos de crescimento”. • Mankiw, Romer e Weil (1992): Solow possui bom desempenho empírico, mas precisa ser ajustado, incluindo o capital humano na função de produção. • Reconhecem que a mão-de-obra de diferentes economias tem diferentes níveis de instrução e qualificação. 3.1. O Modelo de Solow com capital humano • A função de produção é dada por: 3.1. O Modelo de Solow com capital humano 𝑌 = 𝐾𝛼(𝐴𝐻)1−𝛼 (1) Y é o produto da economia; K é o estoque de capital físico; H é o estoque de trabalhadores qualificados e A é a tecnologia aumentadora de trabalho, que cresce a uma taxa exógena, g. • As pessoas, nesta economia, acumulam capital humano dedicando tempo ao aprendizado de novas habilidades em vez de trabalhar. 3.1. O Modelo de Solow com capital humano • u é a fração de tempo que as pessoas dedicam ao aprendizado de habilidade e L é o trabalho usado na produção. • Se a mão de obra se dedicar a adquirir habilidades, vai gerar o trabalho qualificado H. • 𝜓 é uma constante positiva que diz quanto do aumento de u gera um aumento percentual em H. (2) (3) 3.1. O Modelo de Solow com capital humano • A função de acumulação do capital físico é: • A função de produção em termos de produto por trabalhador, y, é dada por: • Note que h (H/L) é uma constante, pois u é uma constante exógena. (4) (5) 3.1. O Modelo de Solow com capital humano • As variáveis estacionárias (estado estacionário) podem ser escritas dividindo as variáveis do modelo (Y, K e C) por AH. Logo: • (6) é a função de produção em termos de produto por trabalhador efetivo. E a equação (7) é a função de acumulação em termos de capital per capita efetivo: (6) (7) • Este modelo é precisamente idêntico ao modelo resolvido no capítulo 2 com tecnologia, ou seja, acrescentar capital humano não modificou a estrutura do modelo. 3.1. O Modelo de Solow com capital humano • Os valores de ෨𝑘 e 𝑦 de estado estacionário podem ser encontrados fazendo • Substituindo na equação (6), tem-se: Condição de estado estacionário 3.1. O Modelo de Solow com capital humano • O produto per capita de estado estacionário é dado por: • Altas taxas de investimento; • Mais tempo acumulando habilidades; • Menores taxas de crescimento populacional; • Maior nível de tecnologia. (8) Países ricos • Baixas taxas de investimento; • Menos tempo acumulando habilidades; • Maiores taxas de crescimento populacional; • Menor nível de tecnologia. Países pobres Prove que o produto per capita cresce à taxa g. • Qual será o desempenho do modelo neoclássico para explicar as diferenças nas taxas de crescimento entre os países? – Em certas circunstâncias, países atrasados tendem a crescer mais rapidamente que os países ricos (convergência). • Baumol (1986): pioneiro 3.2. Convergência • O indicativo de convergência pode ser observado ao tomar o PIB per capita inicial do país (1885) e sua taxa de crescimento de longo prazo (entre 1885 e 1994). A relação entre as duas variáveis deverá ser negativa. • Alemanha e Austrália cresceram mais lentamente do que o Japão. • A hipótese de convergência explica a diferença entre as taxas de crescimento em uma amostra de países industrializados. 3.2. Convergência 3.2. Convergência 3.2. Convergência • Por que há convergência entre alguns países, mas falta convergência entre os países do mundo todo? 3.2. Convergência 3.2. Convergência • Considere a principal equação diferencial do modelo, reescrita da seguinte forma: (9) • Note que o primeiro termo do lado direito da equação (o produto médio do capital) declina à medida que o capital aumenta. Por quê? 3.2. Convergência • A diferença entre as curvas é a taxa de crescimento do capital per capita efetivo. 3.2. Convergência • Considere duas economias com mesmo nível de tecnologia, mesma taxa de investimento e de crescimento populacional. A única diferença é somente o nível de capital per capita efetivo inicial. 3.2. Convergência • Entre países que apresentam o mesmo estado estacionário, a hipótese de convergência (absoluta) se sustenta; e os países mais pobres irão crescer mais rapidamente, em média, do que os países mais ricos. Algebricamente • A equação de acumulação do capital per capita efetivo é dada por: • Dividindo tudo por 3.2. Convergência • Para demonstrarmos a convergência absoluta, a taxa de crescimento do capital efetivo deve variar negativamente com o nível de capital efetivo. Então, vamos derivar e descobrir o sinal da derivada. 𝑌 = 𝑟𝐾 + 𝑤𝐿 Não há lucros econômicos 3.2. Convergência • O problema é que nem todos os países possuem parâmetros semelhantes (taxa de investimento, taxa de crescimento populacional etc.). • Vamos precisar de outro conceito de convergência. A convergência condicional. • O conceito de convergência condicional diz que o país crescerá mais rapidamente quanto mais distante estiver de seu próprio estado estacionário. 3.2. Convergência 3.2. Convergência Qual parâmetro difere entre o país rico e o pobre? 3.2. Convergência Algebricamente • A equação de acumulação do capital per capita efetivo em termos de taxa de crescimento é dada por: • No estado estacionário: 𝑠𝐾 𝑓 ෨𝑘 ෨𝑘 = 𝜂 + 𝑔 + 𝑑 • Ou seja, a taxa de poupança pode ser escrita como: 𝑠𝐾 = (𝜂 + 𝑔 + 𝑑)෨𝑘∗ 𝑓 ෨𝑘∗ 3.2. Convergência • A equação de acumulação do capital per capita efetivo pode ser reescrita: 𝛾෨𝑘 = (𝜂 + 𝑔 + 𝑑)෨𝑘∗ 𝑓 ෨𝑘∗ 𝑓 ෨𝑘 ෨𝑘 − (𝜂 + 𝑔 + 𝑑) 𝛾෨𝑘 = (𝜂 + 𝑔 + 𝑑) ൘𝑓 ෨𝑘 ෨𝑘 ൘𝑓 ෨𝑘∗ ෨𝑘∗ − 1 • Note que uma redução em ෨𝑘 implica aumento do produto médio do capital, levando ao aumento de 𝑓 ෨𝑘 ෨𝑘 , mas somente e esta redução é relativa ao seu estado estacionário. • Que outro tipo de situação pode provocar diferenças temporárias nas taxas de crescimento dos países? • Empiricamente, pela equação de regressão do crescimento de Robert Barro, tem-se que: 𝑔𝑖,𝑡,𝑡−1 = 𝛼𝑙𝑜𝑔𝑦𝑖,𝑡−1 + 𝑋𝑖,𝑡−1 𝑇 𝛽 + 𝜀𝑖,𝑡 • Em que 𝑔𝑖,𝑡,𝑡−1 é a taxa anual de crescimento entre t – 1 e t no país i; 𝑦𝑖,𝑡−1 é o produto por trabalhador (ou renda per capita) em t – 1; X é um vetor de variáveis condicionantes, como anos de escolaridade, expectativa de vida. • Note que: • O que acontece se não inserimos variáveis condicionantes no modelo econométrico? . 3.2. Convergência • As regressões de Barro e Sala-I-Martin indicam que 𝛼 é - 0,02 quando incluem anos de escolaridade ou expectativa de vida em X. • Ou seja, países com mesmo capital humano vêm estreitando o gap no pós- guerra com uma média de 2% ao ano. • Mas o que realmente é fundamental para explicar convergência? (Correlação X Causalidade). • Há correlação positiva entre anos de escolaridade e média de crescimento econômico (1960-2000). Há correlação positiva entre capital físico (investimento) e média de crescimento econômico (1960-2000). . 3.2. Convergência 3.2. Convergência 3.2. Convergência 3.3. Evolução da distribuição de renda • Para o mundo como um todo, os hiatos de renda não diminuem ao longo do tempo entre os países. • Pode-se dizer que houve algum “efeito de superação” ou “convergência” no meio e no extremo superior da distribuição de renda entre 1960 e 1990, mas “divergência” no extremo inferior. 3.3. Evolução da distribuição de renda • As evidências apresentadas até agora sugerem que a distribuição de renda mundial tem sido mais ou menos estável, com uma ligeira tendência a se tornar mais desigual. • A divergência surgiu no século XIX e início do século XX. Slide 1: Introdução ao Crescimento Econômico Slide 2: 3.1. O Modelo de Solow com capital humano Slide 3: 3.1. O Modelo de Solow com capital humano Slide 4: 3.1. O Modelo de Solow com capital humano Slide 5: 3.1. O Modelo de Solowcom capital humano Slide 6: 3.1. O Modelo de Solow com capital humano Slide 7: 3.1. O Modelo de Solow com capital humano Slide 8: 3.1. O Modelo de Solow com capital humano Slide 9: 3.2. Convergência Slide 10: 3.2. Convergência Slide 11: 3.2. Convergência Slide 12: 3.2. Convergência Slide 13: 3.2. Convergência Slide 14: 3.2. Convergência Slide 15: 3.2. Convergência Slide 16: 3.2. Convergência Slide 17: 3.2. Convergência Slide 18: 3.2. Convergência Slide 19: 3.2. Convergência Slide 20: 3.2. 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