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Curso: Direito Constitucional – ICMS BA 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 02 
Prof. Jonathas de Oliveira 
www.exponencialconcursos.com.br 
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Sumário 
1- Princípios fundamentais .................................................................. 4 
2- Direitos e Deveres individuais e coletivos – parte 1: O direito de 
petição. O habeas corpus. O mandado de segurança (individual e 
coletivo). O habeas data. O mandado de injunção (individual e 
coletivo). A ação popular. A ação civil pública .................................... 12 
2.1 – Direitos fundamentais x Garantias fundamentais .............................. 13 
2.2 – Dimensões de direitos fundamentais ............................................... 13 
2.3 – Eficácia dos direitos fundamentais .................................................. 17 
2.4 – Características dos direitos e garantias fundamentais ........................ 18 
2.5 – A teoria dos quatro status de Jellinek .............................................. 20 
2.6 – O art. 5º da Constituição Federal de 1988 ....................................... 21 
2.7 – O habeas corpus........................................................................... 57 
2.8 – O mandado de segurança .............................................................. 59 
2.8.1 – Mandado de segurança individual .................................................. 61 
2.8.2 – Mandado de segurança coletivo .................................................... 62 
2.9 – O mandado de injunção (individual e coletivo) .................................. 63 
2.10 – O habeas data ............................................................................ 67 
2.11 – A ação popular ........................................................................... 69 
2.12 – A ação civil pública ...................................................................... 71 
3- Questões Comentadas ................................................................... 78 
4- Lista de Exercícios ......................................................................... 92 
5- Gabarito ...................................................................................... 117 
6- Referencial Bibliográfico .............................................................. 118 
 
 
 
 
 
Alguém sempre diz que concursos públicos são como maratonas. 
No início tudo parece meio impossível e distante. Contudo, se nos 
exercitamos de maneira correta, diariamente conseguimos correr um pouco 
mais... E é verdade! Tenham sempre em mente que cada treino diário bem 
feito é um “plus” que se agrega a nós até a cobiçada aprovação. 
Aula 02 – Princípios fundamentais. Direitos e garantias 
fundamentais 
 
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Curso: Direito Constitucional – ICMS BA 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 02 
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Pois bem. Iniciamos agora uma nova parte do nosso curso. Iremos 
abordar direta e frequentemente o texto da Constituição Federal de 1988. 
 
IMPORTANTÍSSIMO: todas as bancas cobram a literalidade da 
redação constitucional, em maior ou menor medida. 
 
Pensando nisso, vamos estruturar esta e as próximas aulas de modo a 
deixar bem destacado o conteúdo da nossa Lei Maior. 
Cada palavra que colorimos, sublinhamos ou deixamos em caixa alta é 
resultado de alguma questão já elaborada de Direito Constitucional. 
Paralelamente, apresentaremos conceitos e classificações que a doutrina 
formula para a interpretação e aplicação do Direito expresso na CF/88. 
Também traremos com maior recorrência a jurisprudência consolidada 
das nossas Cortes de convergência em matéria infraconstitucional (STJ) e 
constitucional (STF), o que não apenas complementa o estudo da Carta Magna 
como é, muitas vezes, alvo imediato de questionamentos em certames!!! 
 
Ao trabalho guerreiros e guerreiras! 
 
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Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
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MNEMÔNICO 
SO-CI-DI-VA-
PLU 
 
 
 
A Constituição Federal de 1988 assim se inicia logo após o Preâmbulo: 
 
 
NOTAS 
(1) No caput (“cabeça”) do art. 1º temos destacadas a forma de governo 
(República) e a forma de Estado (Federação). Além do regime político 
democrático. 
(2) Importante notar a distinção entre titularidade e exercício do poder 
apontada no parágrafo único. Nosso sistema de governo é democrático, porém 
não se trata de democracia direta plena e sim representativa com 
“pitadas” de democracia direta (semidireta/híbrida). 
(3) Especificamente em relação ao exercício do poder, observe-se que ele 
pode se dar de dois modos: 
 
 
(4) Agora vamos ao núcleo da norma e analisar os fundamentos (vamos 
focar em compreender): 
1- Princípios fundamentais 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Indireto Representantes eleitos 
Exercício do poder 
Direto 
Ex.: o plebiscito, o 
referendo e a iniciativa 
popular (art. 14, I, II e 
III) e a ação popular 
(art. 5º, LXXIII) 
 
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1- (CESPE / Polícia Federal – Conhecimentos 
Básicos / 2014) No que se refere aos princípios fundamentais e à 
organização do Estado brasileiro, julgue o próximo item. 
O estabelecimento pela CF de que todo o poder emana do povo, que o exerce 
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos seus termos, 
evidencia a adoção da democracia semidireta ou participativa. 
Resolução: Correto! 
 
Na democracia direta o próprio povo exerce a condução do governo. 
 
Já nas democracias classificadas como indiretas, representativas ou 
semidiretas, o povo, que por diversas razões não conduz os assuntos do 
Estado diretamente (complexidade econômica, sociocultural, extensão 
territorial etc.), outorga as funções de governo aos seus representantes, os 
quais elege periodicamente, ao mesmo tempo em que, vez ou outra, atende à 
institutos de participação direta, tais como o referendo e o plebiscito. 
Soberania 
É o poder de mando numa sociedade 
política (Bastos, 1999), tanto no plano 
interno como na ordem internacional. Os 
entes federados são autônomos. Já a 
soberania é atributo exclusivo da 
República Federativa do Brasil. 
Cidadania 
Fundamentos 
Dignidade 
da pessoa 
humana 
Valores 
sociais do 
trabalho e 
da livre 
iniciativa 
Cidadão, ao longo do texto constitucional, é 
aquele que tem capacidade eleitoral ativa 
(que pode votar) e passiva (ser votado). 
Este conceito, no entanto, é ampliado 
doutrinariamente para outras formas de 
atuação na vida política do Estado. 
 
Para Bastos (1999) implica que o ser 
humano é objetivo último do Estado e 
não mero meio para o alcance de outros 
fins, por exemplo, o econômico. Para o STF 
(HC 85.237/DF) é valor-fonte e vetor 
interpretativo no nosso ordenamento. 
Se complementam aos princípios gerais daatividade econômica (art. 170 a 181) para 
c apitalista particular e de maior juste 
fins de reconhecimento do esforço 
za 
nas relações trabalhistas e entre 
mercado e Estado. 
Pluralismo 
político 
É a multiplicidade de formas de 
organização da sociedade. Para Bastos 
(1999), é forma de controle e oposição ao 
próprio Estado. 
 
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NOTA 
(1) Aqui temos a consagrada teoria da tripartição dos Poderes, conforme 
vimos previamente. Lembrando que, em função da existência do mecanismo 
de pesos e contrapesos, não é errado assumir que existe interdependência 
entre os Poderes. 
Embora o artigo fale em “União”, tal arranjo se reproduz nos demais 
entes subnacionais por simetria (a exceção parcial são os Municípios, que não 
dispõem de Judiciário próprio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
s 
 
 
 
 
NOTA 
(1) O texto não fala em construir uma sociedade igualitária e sim 
solidária. O texto não fala em eliminar as desigualdades sociais e 
regionais e sim em reduzir. 
 
 
s 
 
 
 
IN-PRE-AUTO-NÃO-IGUAL- 
 
III - autodeterminação dos povos; 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
MNEMÔNICO 
CON-GA-ERRA- 
PRO 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociai 
e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relaçõe 
internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
MNEMÔNICO 
DEFE-SO-RE-CO-CO 
 
 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
 
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NOTAS 
(1) Tais princípios não estão dissociados daqueles que regem as relações do 
Estado no âmbito interno. Pelo contrário. Por exemplo: 
[Art. 5º] XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia [...] o terrorismo [...], por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; [...] 
(2) O texto não fala em integração dos povos da América do Sul, mas sim 
da América Latina. 
2- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região 
2016) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil: 
a) a independência nacional. 
 
b) a solução pacífica de conflitos. 
 
c) a autodeterminação dos povos. 
 
d) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
 
e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
 
Resolução: Alternativa D. Esse é o estilo predominante na cobrança dos art. 
1º ao 4º: questões literais, decoreba... 
Daí a importância de se memorizar os mnemônicos. Já deixamos alguns 
sugeridos acima. Vejamos os erros. 
a) a independência nacional  princípio das relações internacionais 
 
b) a solução pacífica de conflitos  princípio das relações internacionais 
 
c) a autodeterminação dos povos  princípio das relações internacionais 
 
e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade  princípio 
das relações internacionais 
3- (CESPE / Analista Judiciário do TRT da 8ª Região 
/ 2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios fundamentais na 
Constituição Federal de 1988 (CF). 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
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a) A dignidade da pessoa humana é conceito eminentemente ético-filosófico, 
insuscetível de detalhada qualificação normativa, de modo que de sua 
previsão na Constituição não resulta grande eficácia jurídica, em razão de seu 
conteúdo abstrato. 
b) O valor social do trabalho possui como traço caracterizador primordial e 
principal a liberdade de escolha profissional, correspondendo à opção pelo 
modelo capitalista de produção. 
c) A valorização social do trabalho e da livre-iniciativa não alcança, 
indiscriminadamente, quaisquer manifestações, mas apenas atividades 
econômicas capazes de impulsionar o desenvolvimento nacional. 
d) O conceito atual de soberania exprime o autorreconhecimento do Estado 
como sujeito de direito internacional, mas não engloba os conceitos de 
abertura, cooperação e integração. 
e) A cidadania envolve não só prerrogativas que viabilizem o poder do cidadão 
de influenciar as decisões políticas, mas também a obrigação de respeitar tais 
decisões, ainda que delas discorde. 
Resolução: Alternativa E. Questão interessantíssima! De fato, a cidadania se 
traduz tanto na ideia de participação política (votar e ser votado) como na 
previsão de diversas formas de participação do indivíduo na vida pública, 
como sujeito ativo de direito e de deveres. 
A alternativa “A” é errada, pois, a dignidade da pessoa humana é 
princípio matriz dos direitos fundamentais e, desta forma, lhes serve de norte, 
não apenas sob o prisma ético-filosófico, como jurídico-pragmático. 
O problema na opção “B” é que o valor social do trabalho visa a 
primeiramente assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da 
justiça social. O escopo aqui não é apenas capitalista (liberal), mas carrega 
traços de um Estado social. 
O entendimento acima nos ajuda a também compreender o erro da 
opção “C”. A valorização social do trabalho e a livre iniciativa visam a 
proporcionar liberdade na atuação econômica (dentro dos valores da justiça 
social). Não há, portanto, restrição quanto às atividades econômicas a serem 
desenvolvidas pelos particulares, desde que lícitas. 
Por fim, a alternativa “D” erra, pois, a República Federativa do Brasil 
rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da cooperação entre os 
povos para o progresso da humanidade. Além disso, buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
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4- (CESPE / Analista Legislativo da Câmara dos 
Deputados / 2014) Acerca dos direitos e garantias fundamentais e dos 
princípios constitucionais, julgue os itens subsequentes. 
A República Federativa do Brasil, constituída como Estado democrático de 
direito, visa garantir o pleno exercício dos direitos e garantias fundamentais, 
incluindo-se, entre seus fundamentos, a cidadania e a dignidade da pessoa 
humana. 
Resolução: Correto! Vamos pensar no nosso mnemônico SO-CI-DI-VA-PLU. 
 
5- (FCC / AuxiliarJudiciário TRF da 2ª Região / 
Área Administrativa / 2007) Não é considerado um dos fundamentos da 
República Federativa do Brasil, de acordo com a Constituição Federal Brasileira 
de 1988: 
a) garantir o desenvolvimento nacional. 
b) a soberania. 
c) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
d) a cidadania. 
e) o pluralismo político. 
Resolução: Alternativa A. Esse é o estilo predominante na cobrança dos art. 
1º ao 4º: questões literais, decoreba... 
Daí a importância de se memorizar os mnemônicos. Já deixamos alguns 
sugeridos acima. O candidato, no entanto, é livre para criar novos! 
6- (FCC / Procurador do BACEN / 2006) O princípio 
da isonomia deflui, em termos conceituais, de um dos fundamentos 
constitucionalmente expressos da República Federativa do Brasil e que é a: 
a) soberania. 
b) publicidade. 
c) dignidade da pessoa humana. 
d) livre iniciativa. 
e) não-intervenção. 
Resolução: Alternativa C. Vamos antes falar um pouco de isonomia. 
Este princípio decorre de disposição expressa do art. 5º, caput, da 
CF/88, que determina que todos são iguais perante a lei. É o princípio da 
igualdade. Porém não uma igualdade geral e abstrata e sim concreta. 
A isonomia possui um sentido horizontal e um vertical. 
 
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A acepção horizontal diz com os indivíduos que estão nivelados na 
mesma situação e que, por este motivo, devem ser tratados da mesma forma. 
Já a acepção vertical refere-se aos indivíduos que se encontram em situações 
distintas e que, justamente por isso, devem ser tratados de maneira 
diferenciada na medida de suas diferenças. 
Prosseguindo... 
Fundamentos = SO-CI-DI-VA-PLU. De antemão já podemos excluir os 
itens “B” e “E”. 
A soberania tem a ver com o poder supremo do Estado (no nosso caso, 
uma República Federativa), que se manifesta tanto em âmbito interno quanto 
internacional. Errada, portanto a letra “A”. 
Já a livre iniciativa é fundamento que rege a ordem econômica. 
Afastamos assim a alternativa “D”. 
7- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 6ª Região / 
Área Judiciária / 2012) O voto é uma das principais armas da Democracia, 
pois permite ao povo escolher os responsáveis pela condução das decisões 
políticas de um Estado. Quem faz mau uso do voto deixa de zelar pela boa 
condução da política e põe em risco seus próprios direitos e deveres, o que 
afeta a essência do Estado Democrático de Direito. Dentre os fundamentos da 
República Federativa do Brasil, expressamente previstos na Constituição, 
aquele que mais adequadamente se relaciona à ideia acima exposta é a: 
a) soberania. 
b) prevalência dos direitos humanos. 
c) cidadania. 
d) independência nacional. 
e) dignidade da pessoa humana. 
Resolução: Alternativa C. 
Parte expressiva da doutrina define cidadão como o brasileiro (nato ou 
naturalizado) que possui capacidade eleitoral ativa e passiva (de votar e ser 
votado). Assim, nos termos constitucionais, a cidadania diz diretamente com o 
voto. 
8- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 8ª Região / 
Área Administrativa / 2010) As finalidades básicas do princípio da 
indissolubilidade do vínculo federativo são: 
a) a unidade nacional e a necessidade descentralizadora. 
b) o direito de secessão e a prevalência dos interesses da União sobre os 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
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c) o direito de secessão e a necessidade de auto-organização. 
d) dúplice capacidade de auto-organização dos Estados e Municípios e 
sujeição aos interesses da União. 
e) dúplice capacidade de auto-organização dos Estados e Municípios e o 
direito de secessão. 
Resolução: Alternativa A. 
Vimos anteriormente que a federação resulta do vínculo indissolúvel 
entre unidades autônomas (porém, não soberanas). Essa organização político- 
administrativa compreende esferas de governo distintas e descentralizadas, 
dotadas de competências muitas vezes exclusivas ou privativas, no entanto, 
normatizadas por uma mesma Constituição Federal. 
As demais alternativas vão na contramão do conceito acima. 
9- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 23ª Região / 
2016) Ao dispor sobre os Princípios Fundamentais da República Federativa do 
Brasil, a Constituição prevê, expressamente, como (1) fundamento, (2) 
objetivo e (3) princípio de relações internacionais da República: 
a) (1) Fundamento - a soberania 
(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a solução dos conflitos 
pela arbitragem 
b) (1) Fundamento - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa 
(2) Objetivo - a garantia do desenvolvimento nacional 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a cooperação entre os 
povos para o progresso da humanidade 
c) (1) Fundamento - a cidadania 
(2) Objetivo - a promoção de formas alternativas de geração de energia 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a independência 
nacional 
d) (1) Fundamento - a dignidade da pessoa humana 
(2) Objetivo - a proteção da infância e da juventude 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a concessão de asilo 
político 
e) (1) Fundamento - o parlamentarismo 
(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a defesa da paz. 
Resolução: Alternativa B. Mais uma questão literal. 
 
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ATENÇÃO! Note-se que é lugar comum (em todas as bancas isso se repete) 
tentar confundir os FUNDAMENTOS, OBJETIVOS FUNDAMENTAIS e 
PRINCÍPIOS NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. 
No entanto, isso é facilmente vencível após algumas revisões. 
Vamos novamente organizar nossas ideias conforme o quadro resumo 
abaixo. 
 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
FUNDAMENTOS 
 
OBJETIVOS 
PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
I- Soberania 
II- Cidadania 
I- Construir uma 
sociedade livre, justa e 
solidária 
I- Independência nacional 
II- Prevalência dos direitos 
humanos 
III- Autodeterminação dos povos 
IV- Não-intervenção 
V- Igualdade entre os Estados 
VI- Defesa da paz; 
VII- Solução pacífica dos conflitos 
VIII- Repúdio ao terrorismo e ao 
racismo 
IX- Cooperação entre os povos 
para o progresso da humanidade 
X- Concessão de asilo político 
III- Dignidade da 
pessoa humana 
II- Garantir o 
desenvolvimento nacional 
IV- Valores 
sociais do 
trabalho e da 
livre iniciativa 
III- Erradicar a pobreza e 
a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e 
regionais 
V- Pluralismo 
político 
IV- Promover o bem de 
todos, sem preconceitos 
 de origem, raça, sexo, 
 cor, idade e quaisquer 
 outras formas de 
 discriminação 
 
 
 
 
A Constituição Federal classifica o gênero “direitos e garantias 
fundamentais” em cinco espécies: 
 
 
Direitos e garantias 
fundamentais 
 
 
 
direitos e 
deveres 
individuais e 
coletivos 
 
direitos 
sociais 
 
direitos de 
nacionalidade 
 
direitos 
políticos 
 
direitos dos 
partidos 
políticos 
2- Direitos e Deveres individuais e coletivos – parte 1: O direito de 
petição. O habeas corpus. O mandado de segurança (individual e 
coletivo). O habeas data. O mandado de injunção (individual e 
coletivo). A ação popular. A ação civilpública. 
 
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O STF já se posicionou no sentido de que os direitos e deveres 
individuais e coletivos não se limitam ao rol do art. 5º da CF/88, mas 
espraiam-se pelo texto constitucional (ADI 939-7/DF). Ou seja, o rol do art. 
5º não é exaustivo! 
Na referida ADI, por exemplo, considerou-se que o princípio da 
anterioridade tributária é cláusula pétrea, protegida, portanto, pelo conteúdo 
do art. 60, § 4º, IV. 
Contudo, antes de prosseguirmos pela literalidade da nossa Carta, é 
válido esclarecer pontos que costumam ser questionados em concursos. 
 
 
 
A distinção entre ambos é relativamente simples. 
Os direitos fundamentais diferenciam-se das garantias fundamentais na 
medida em que os direitos se declaram, enquanto as garantias têm um 
conteúdo assecuratório daqueles. 
Exemplo: 
 
 
 
 
Historicamente, houve uma evolução da relação entre (i) o perfil e a 
extensão dos direitos fundamentais e (ii) o modelo de Estado. 
Vamos fazer uma rápida análise. 
2.1 – Direitos fundamentais x Garantias fundamentais 
Direitos 
Garantias 
prestações positivas consagradas pela Constituição 
instrumentos assecuratórios da adequada prestação 
de direitos ou da reparação de eventual lesividade a eles 
causada 
 
Direito 
 
• Juiz Natural 
Garantias 
 
• LIII - ninguém será processado nem 
sentenciado senão pela autoridade competente; 
• XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de 
exceção; 
2.2 – Dimensões de direitos fundamentais 
 
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O Estado de Direito nasceu como Estado Liberal, promovendo maior 
separação entre sociedade civil e sociedade política, entre o público e o 
privado. Como ressalta Bastos (1999), o Estado Liberal objetivava uma 
sociedade o mais livre possível da ingerência do Poder do Estado (até então 
absolutista), num modelo que predominou até o século XIX. O objetivo 
principal era a garantia da liberdade, da igualdade (formal) e da propriedade. 
Já o Estado Social, que se ergueu no início do século XX, é um Estado 
que intervinha para transformar a sociedade, considerando inaptas ou 
insuficientes as iniciativas individuais em diversos domínios (no campo 
trabalhista, na educação, na regulação micro e macroeconômica etc.). 
Por fim, o Estado Democrático é um Estado que se sobrepõe como 
síntese, tanto do esgotado Estado Social da segunda metade do século XX, 
quanto dos valores individualistas liberais-burgueses isoladamente aplicados. 
 
 
No que se refere à aplicação e à interpretação das normas de direitos 
fundamentais, julgue o item subsequente. 
Na concepção liberal-burguesa, os direitos fundamentais são oponíveis apenas 
contra o Estado, uma vez que eles existem essencialmente para assegurar aos 
indivíduos um espaço de liberdade e autonomia contra a ingerência indevida 
do poder público. Logo, tal concepção não agasalha a tese da eficácia dos 
direitos fundamentais no âmbito das relações interprivadas. 
Resolução: Correta. Apesar da redação rebuscada, o sentido do texto é mais 
simples do que parece. Os direitos fundamentais, sob o viés liberal (ou liberal- 
burguês) são direitos que dizem com a relação sociedade civil x sociedade 
política, ou, atecnicamente, particulares x Estado. Tais direitos não adentram 
nas relações interprivadas (entre particulares). 
Um exemplo seria o direito de propriedade coexistir com a inexistência 
de qualquer proteção aos trabalhadores de empresas privadas. Seria o caso 
ilustrativo de o proprietário de uma indústria ter o seu direito de posse 
assegurado frente à coletividade. Porém, nas relações interprivadas (com seus 
empregados operários), não haver (ou haver muitos poucos) direitos 
fundamentais presentes. 
ESTADO DE DIREITO 
Autoritarismo 
- Paradigma 
pré moderno 
Estado 
Liberal 
Estado Social Estado 
Democrático 
10- (CESPE / Procurador do MP junto ao TCU / 2004) 
 
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E por que fizemos essa brevíssima revisão histórica? 
Basicamente para melhor contextualizar a evolução dos direitos 
fundamentais. 
Os modelos de Estado se superam, porém, não é exato afirmar que se 
extinguem (até hoje, por exemplo, vemos resquícios do Estado Liberal mesmo 
nos Estados caracterizados como Democráticos de Direito). De forma 
semelhante, as dimensões de direitos fundamentais se sucedem e se 
acumulam ao longo do tempo num movimento síncrono aos paradigmas de 
Estado que marcaram o mundo ocidental nos últimos séculos. 
Sinteticamente, assim podemos apresentá-las: 
 
11- (CESPE / Notário e Registrador – TJ RR / 2013 / 
Adaptada) Considerando a supremacia das normas constitucionais, a 
hermenêutica constitucional e as normas veiculadoras de direitos e garantias 
fundamentais, sociais e econômicas, julgue a afirmativa a seguir. 
Os direitos de segunda geração destinam-se ao gênero humano, como valores 
supremos de sua existencialidade concreta. 
Resolução: Errada. Os direitos de 2ª dimensão são marcados ainda por certo 
individualismo, ou seja, dizem mais com pessoas do que com a humanidade 
genericamente considerada. É a partir dos direitos de 3ª dimensão que temos 
maior ênfase no transindividualismo, na espécie humana como um todo. 
1ª dimensão: 
LIBERDADE – Direitos civis e políticos 
(primeira dimensão) 
Delimitação do individual e do público. 
Transição entre Estado Autoritário e 
Estado Liberal de Direito. 
Direitos de resistência/oposição perante o 
Estado. 
2ª dimensão: 
IGUALDADE – Direitos sociais, 
econômicos e culturais (SEC - 
segunda dimensão) 
Transição entre Estado Liberal e 
Estado Social. 
Igualdade real e não meramente 
formal. 
3ª dimensão: 
FRATERNIDADE – 
Direitos coletivos e 
difusos 
(desenvolvimento, 
meio ambiente 
equilibrado, 
comunicação etc.) 
Transição entre 
Estado Social e 
Estado Democrático. 
Proteção do gênero 
humano. 
 
4ª dimensão: 
Democracia direta, 
pluralismo e acesso à 
informação 
 
5ª dimensão: 
Paz (universal), 
direitos virtuais, 
transconsitucionalismo 
 
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12- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – PI / 2016 / 
Adaptada) A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, julgue o 
item abaixo. 
O direito ao meio ambiente equilibrado e o direito à autodeterminação dos 
povos são exemplos de direitos classificados como de segunda geração. 
Resolução: Errado. São direitos de terceira dimensão. Direitos difusos e 
coletivos que têm como princípio-matriz a solidariedade e a fraternidade. 
13- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 23ª Região / 
2016) Os chamados direitos de primeira geração (ou dimensão) surgiram no 
século XVIII, como consequência do modelo de Estado Liberal. São exemplos 
de direitos de primeira geração ou dimensão: 
a) direito à vida e direito à saúde. 
b) direito à liberdade e direito à propriedade. 
c) direito à igualdade e direito à cultura. 
d) direito ao lazer e direito à moradia. 
e) direito à saúde e direito ao meio ambiente saudável. 
Resolução: Alternativa B. Questão bem simples. Os direitos de 1ª dimensão 
são aqueles que marcam um distanciamento entre cidadão e Estado,garantindo àquele, formas básicas de proteção contra o poder arbitrário deste. 
São os direitos que se consolidaram com as revoluções burguesas. No 
entanto, ainda não cuidavam de aspectos como a igualdade material, os 
direitos sociais e outros aspectos relativos à sociedade (coletivamente 
considerada). 
14- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 4ª Região / 
Área Judiciária / 2010) São direitos fundamentais classificados como 
de segunda geração: 
a) os direitos econômicos e culturais. 
b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos. 
c) as liberdades públicas. 
d) os direitos e garantias individuais clássicos. 
e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado. 
Resolução: Alternativa A. Basta lembrar o mnemônico SEC (de “second” – 
“segunda” – [geração]). Direitos Sociais, Econômicos e Culturais. 
É interessante memorizá-lo já que assim, de quebra, conseguimos 
imediatamente visualizar o que caracteriza os direitos de 1ª e 3ª gerações. 
 
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OBSERVAÇÃO: Outra perspectiva possível é aquela que vislumbra os direitos 
fundamentais sob um ponto de vista objetivo e um subjetivo. 
Na perspectiva objetiva, os direitos fundamentais refletem valores e 
interesses da sociedade positivados na Constituição Federal, transcendendo 
posições individuais e se espraiando por todo o ordenamento jurídico. 
No viés subjetivo, dizem respeito às prestações negativas ou positivas 
do Estado na sua relação jurídica direta com o cidadão. 
 
 
 
O Supremo Tribunal Federal coleciona diversos julgados (e.g. RE 
201.819/RJ, RE 158.215/RS, RE 161.243/DF) em que é reconhecida 
também a eficácia horizontal dos direitos fundamentais. E o que é isso? 
Vejamos: 
 
 
 
O STF entende, portanto, que violações a direitos fundamentais não 
ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, 
mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas 
de direito privado. 
Nesse sentido, a eficácia os direitos fundamentais assegurados 
pela Constituição também se presta à proteção dos particulares em face dos 
poderes privados. Por exemplo, dos empregados em relação aos 
empregadores, na relação dos consumidores em relação às empresas, dentre 
outras diversas hipóteses. 
15- (FCC / Gestor Público – PI / 2013) O Supremo 
Tribunal Federal entende que: 
a) os direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal vinculam 
diretamente apenas os poderes públicos. 
2.3 – Eficácia dos direitos fundamentais 
Eficácia 
Vertical Horizontal 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais nas relações 
particular-Estado 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais às relações 
entre particulares 
 
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b) as violações a direitos fundamentais ocorrem somente no âmbito das 
relações entre o cidadão e o Estado. 
c) o caráter público da atividade exercida por associação privada e a 
dependência do vínculo associativo para o exercício profissional de seus sócios 
legitimam a aplicação direta dos direitos fundamentais concernentes ao devido 
processo legal, ao contraditório e à ampla defesa. 
d) o espaço de autonomia privada garantido pela Constituição Federal aos 
particulares é imune à incidência dos princípios constitucionais que asseguram 
respeito aos direitos fundamentais. 
e) a autonomia privada pode ser exercida em detrimento aos direitos e 
garantias de terceiros, inclusive àqueles positivados em sede constitucional. 
Resolução: Alternativa C. Questão bem ilustrativa do disposto acima. 
16- (ESAF / Analista de Finanças e Controle – MF / 
2013 / Adaptada) Julgue o item a seguir: 
O Supremo Tribunal Federal não aceita a eficácia horizontal dos direitos 
fundamentais. 
Resolução: Errado. 
Pelo contrário, há muito nossa Corte Maior tem aplicado o entendimento 
da eficácia horizontal dos direitos fundamentais em diversas de suas decisões. 
 
 
 
Trazemos aqui os principais atributos dos direitos e garantias 
assegurados pela CF/88. 
Vamos priorizar a compreensão, não a memorização! 
2.4 – Características dos direitos e garantias fundamentais 
 
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17- (CESPE / Auditor Federal de Controle Externo / 
Área de Apoio Técnico e Administrativo / 2011) Acerca dos direitos e 
garantias fundamentais, julgue o item seguinte. 
O exercício dos direitos e garantias fundamentais está sujeito aos prazos 
prescricionais previstos na CF e no Código Civil brasileiro. 
Resolução: Errado. Os direitos e garantias fundamentais têm caráter 
personalíssimo e não patrimonial. Deste modo, não são afetados pela 
prescrição (perda da ação para se exigir/proteger judicialmente um direito). 
18- (FGV / Auditor Fiscal Tributário da Receita 
Municipal de Cuiabá – MT / 2015 / Adaptada) Julgue a assertiva a seguir. 
Os direitos e garantias fundamentais são inalienáveis e indisponíveis. 
Resolução: Como regra, correta. E por que como regra? Imaginem a 
participação de indivíduos em certos realitys shows. Tal participação 
potencialmente ocasiona uma restrição a direito fundamental dos 
participantes, qual seja, à intimidade! Importante observar que, cada vez 
mais, a doutrina e jurisprudência entendem que a maior parte dos direitos 
fundamentais não é absoluto, podendo ser restringidos pela lei, ou em 
situações excepcionais. 
Universalidade Destinam-se às coletividades e 
não meramente aos indivíduos 
Inalienabilidade 
Não podem ser cedidos, 
transferidos ou negociados sob 
qualquer forma como ativo 
econômico-financeiro 
Imprescritibilidade 
Seu usufruto não é perecível 
com o passar do tempo 
Características 
dos direitos e 
garantias 
fundamentais 
Irrenunciabilidade 
/ 
Indispo nib ilidade 
 
 
Concorrência 
O usufruto de diferentes direitos e 
garantias pode ser cumulativo e 
simultâneo por um mesmo 
indivíduo 
Historicidade 
Vedação ao 
retrocesso 
Sua mutação não pode implicar 
em evolução recionária. Ou seja, 
seu núcleo não pode ser suprimido 
ou extinto 
Não é possível que seu titular os 
rejeite. No máximo, poderá não 
usufruí-los 
São produto de processos sociais 
históricos e estão em constante 
processo de mutação 
 
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No final do século XIX, Georg Jellinek desenvolveu a doutrina dos quatro 
status nos quais o indivíduo pode encontrar-se em face do Estado. Desses 
status, extraem-se, pois, direitos e deveres fundamentais diferenciados de 
acordo com suas particularidades. 
 
 
19- (CESPE / Técnico Judiciário do TJ – SE / 2014) 
Acerca dos direitos fundamentais e do conceito e da classificação das 
constituições, julgue o item a seguir. 
Os direitos fundamentais têm o condão de restringir a atuação estatal e 
impõem um dever de abstenção, mas não de prestação. 
Resolução: Errado. O indivíduo pode ser alvo de uma atuação negativa por 
parte do Estado, sua abstenção, um “não fazer”, mas também ser sujeito de 
prestações por parte daquele. 
 
 
Tendo essas particularidades em mente, vamos à letra da Lei Maior! 
2.5 – A teoria dos quatro status de Jellinek 
AtivoPoder do indivíduo de interferir na 
formação da vontade do Estado. 
Manifestação dos direitos políticos, o 
status ativo do indivíduo concretiza-se 
principalmente através do voto. 
Positivo 
Consiste na possibilidade do 
indivíduo exigir atuações 
positivas do Estado em seu 
favor. 
Negativo 
Status 
Representa o espaço que o 
i ndivíduo tem para agir livre 
da atuação do Estado, 
podendo autodeterminar-se 
sem ingerência estatal. 
Passivo 
O indivíduo subordina-se aos poderes 
públicos. Assim, o Estado tem 
competência para vincular o indivíduo, 
através de mandamentos e proibições. 
 
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NOTAS 
(1) Para o STF (HC 94.016/SP) a simples presença de pessoa no território 
nacional, mesmo que estrangeiro e sem domicílio no Brasil, é elemento 
habilitador de direitos e garantias fundamentais, tais como o de ser 
processado por meio do devido processo legal. 
(2) Como já vimos, o princípio da isonomia (insculpido no caput do art. 5º), 
implica em tratar de forma desigual os desiguais, na medida de sua 
desigualdade. Grosso modo, é a chamada igualdade material. Nesse 
sentido, por exemplo, já dispôs o STF que a lei pode distinguir situações a fim 
de conferir a uma situação tratamento diverso do que atribui a outra, desde 
que a discriminação seja compatível com o conteúdo do princípio em que se 
sustenta (ADI 2.716/RO). 
(3) Como salienta Lenza (2012, p. 970), o direito à vida “abrange tanto o 
direito de não ser morto [quanto] o direito de ter uma vida digna”. Dessa 
compreensão decorrem diversas disposições constitucionais, sendo uma das 
mais evidentes a proibição de pena de morte, salvo em caso de guerra 
declarada (art. 5º, XVLII, “a”). 
Questão não pacificada (e de improvável incidência em concursos) é a 
extensão da significação do termo vida. Como definir quando ela começa e o 
que lhe é elemento fundamental? 
Nessa seara, o STF já declarou a constitucionalidade das pesquisas com 
células-tronco embrionárias (ADI 3.510/DF) e do aborto de fetos anencefálicos 
(ADPF 54/DF), observados determinados elementos reguladores e limitadores. 
20- (CESPE / STJ – Conhecimentos Básicos / 2015) 
Julgue o item seguinte, acerca dos direitos e garantias fundamentais da 
República Federativa do Brasil. 
Ações afirmativas são mecanismos que visam viabilizar uma isonomia material 
em detrimento de uma isonomia formal por meio do incremento de 
oportunidades para determinados segmentos. 
2.6 – O art. 5º da Constituição Federal de 1988 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes: 
 
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Resolução: Correto! As ações afirmativas, a princípio, são medidas 
temporárias com efeito compensador ou reparador para fins de eliminar ou 
minimizar distorções entre os diferentes segmentos da sociedade. 
21- (CESPE / Técnico do Seguro Social – INSS / 
2016) A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. 
O direito à vida desdobra-se na obrigação do Estado de garantir à pessoa o 
direito de continuar viva e de proporcionar-lhe condições de vida digna. 
Resolução: Correto. A CF/88 alberga o direito à vida, e é dever do Estado 
assegurá-lo sob diversos aspectos, como o direito do indivíduo de não ser 
morto e o dever do Estado de lhe proporcionar condições mínimas de 
sobrevivência e um tratamento digno. 
 
 
NOTA 
(1) Este inciso recai também no princípio da isonomia. Desta forma, 
igualdade não impede tratamento diferenciado na medida das diferenças! Foi 
assim que o STF já declarou constitucional a adoção de critérios diferenciados 
para a promoção de integrantes das Forças Armadas, em razão do gênero (RE 
498.900-AgR/BA), dentre outras medidas afins. 
Essa linha de raciocínio também serve de parâmetro para a aplicação 
das denominadas discriminações positivas ou ações afirmativas. 
22- (CESPE / Técnico do Seguro Social – INSS / 
2016) A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. 
Em decorrência do princípio da igualdade, é vedado ao legislador elaborar 
norma que dê tratamento distinto a pessoas diversas. 
Resolução: Errado. A igualdade não deve se limitar ao seu aspecto formal, 
admitindo também que seja dado tratamento desigual aos desiguais a fim de 
alcançar a isonomia material. 
 
 
NOTAS 
(1) Aqui está insculpida a formulação genérica do princípio da legalidade, 
vetor de todos os Estados de Direto (o Estado é “de Direito” justamente 
porque sua atuação é vinculada ao ordenamento jurídico-normativo). 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei; 
 
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(2) Cabe fazer uma distinção entre dois conceitos comumente cobrados: 
reserva legal e legalidade. 
 
 
NOTAS 
(1) STF – Súmula Vinculante nº 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos 
de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e 
penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual 
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
(2) Importante tema diz respeito à análise da recepção da chamada Lei da 
Anistia (Lei 6.683/1979) – que tornou impuníveis, dentre outros, todos os 
que cometeram crimes políticos e eleitorais entre os anos de 1961 e 1979 –, 
levada ao STF pela Ordem dos Advogados do Brasil na ADPF 153. 
O STF entendeu como não admitida a revisão jurisdicional daquela 
lei por ter sido uma decisão política assumida naquele momento. 
 
 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
NOTAS 
(1) O Supremo assume, nessa orientação, que a liberdade de imprensa é 
abrangente e compreende, além de outras prerrogativas o direito de informar, 
de opinar, e o direito de criticar (AI 705.630-AgR/SC). 
(2) A respeito da vedação ao anonimato, em particular, entende a 
jurisprudência majoritária que, regra geral, denúncia anônima não pode 
instruir processo penal. Porém, assim vem pacificando a questão nossa 
Corte Suprema (HC 106.664‑MC/SP): 
(a) somente escritos anônimos não podem justificar (isoladamente 
considerados), a imediata instauração da persecução criminal, salvo 
quando tais documentos forem produzidos pelo acusado, ou, 
ainda, quando constituírem, eles próprios, o corpo de delito 
LEGALIDADE 
• Termo mais genérico 
• Compreende tanto o uso de leis 
formais, como o uso de atos 
infralegais, nos limites da lei 
RESERVA LEGAL 
• Termo mais específico 
• Necessariamente lei formal (ou 
equivalente, como medida 
provisória) 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
 
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(ex.: bilhetes de resgate no delito de extorsão mediante sequestro, ou 
cartas que evidenciem a prática de crimes contra a honra ou o delito 
de ameaça); 
(b) nada impede, contudo, que o Poder Público provocado por 
denúncia anônima, adote medidas informais destinadas a apurar, 
prévia e sumariamente “com prudência e discrição”, a possível 
ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, para, em caso 
positivo, levar adiante a formal instauração de persecução criminal; e 
(c) o Ministério Público, de outro lado, independentemente da prévia 
instauração de inquérito policial, também pode formar a sua opinio 
delicti (suspeita da existência do crime e de sua autoria) com base em 
delação anônima, desde que devidamente subsidiada por outros 
elementos de convicção. 
(3) Importantíssimo ressaltar que nossa Corte entende que a liberdade de 
expressão não é garantia absoluta, devendo respeitar limites morais e 
jurídicos e se harmonizar com as demais liberdades públicas. Por exemplo, 
inadmite-se, sob o pretexto da liberdade de expressão, que cidadão promova 
incitação ao racismo (HC 82.424/RS). 
 
 
NOTAS 
(1) STJ – Súmula nº 37 – São cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
(2) STJ – Súmula nº 227 - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
(3) O STF entende perfeitamente compatível o inciso V com a livre 
manifestação do pensamento, mesmo que se trate de opinião ou crítica 
públicas, desde que seja fundamentada em fato verídico e usufruída 
sem abusos (ADI 4.451-MC-REF/DF). 
(4) Por fim, o STF também compreende que a reparação do dano moral não 
exige a ocorrência de ofensa à reputação do indivíduo (RE 215.984/RJ). Por 
exemplo, a mera publicação não autorizada de fotografia de alguém, enseja 
desconforto ou constrangimento e é passível de indenização. 
23- (CS-UFG / Defensor Público Estadual – GO / 
2014 / Adaptada) Julgue a assertiva abaixo: 
Os direitos fundamentais são de titularidade exclusiva das pessoas naturais, 
dado que decorrentes do princípio da dignidade da pessoa humana. 
Resolução: Errada. Conforme explicitado por Gilmar Mendes e Paulo Branco 
em seu Curso de Direito Constitucional: 
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem; 
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Não há, em princípio, impedimento insuperável a que pessoas jurídicas 
venham, também, a ser consideradas titulares de direitos fundamentais, 
não obstante estes, originalmente, terem por referência a pessoa física. 
Acha-se superada a doutrina de que os direitos fundamentais se dirigem 
apenas às pessoas humanas. Os direitos fundamentais suscetíveis, por 
sua natureza, de serem exercidos por pessoas jurídicas podem tê•las 
por titular. Assim, não haveria por que recusar às pessoas jurídicas as 
consequências do princípio da igualdade, nem o direito de resposta, o 
direito de propriedade, o sigilo de correspondência, a inviolabilidade de 
domicílio, as garantias do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da 
coisa julgada. Os direitos fundamentais à honra e à imagem, ensejando 
pretensão de reparação pecuniária, também podem ser titularizados 
pela pessoa jurídica. O tema é objeto de Súmula do STJ, que assenta a 
inteligência de que também a pessoa jurídica pode ser vítima de ato 
hostil a sua honra objetiva. A Súmula 227/STJ consolida o entendimento 
de que “a pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. Há casos ainda de 
direitos conferidos diretamente à própria pessoa jurídica, tal o de não 
interferência estatal no funcionamento de associações (art. 5º, XVIII) e 
o de não serem elas compulsoriamente dissolvidas (art. 5º, XIX). 
 
 
NOTAS 
(1) Ressalte-se que nosso Estado é laico (desprovido de religião oficial) e não 
promove e nem patrocina cultos religiosos ou igrejas. Exemplificando: 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar- 
lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público; [...] 
(2) A expressão “culto” religioso vem sendo entendida em sentido amplo pela 
Corte Maior. 
Caso ilustrativo é o fato de a imunidade tributária relativa aos 
impostos sobre templos de qualquer culto (art. 150, VI, “b”) ter sido 
estendida pelo STF aos cemitérios dessas entidades (RE 578.562/BA). 
(3) Mais uma observação (é bom que o candidato aprenda a identificar essa 
característica em cada norma): vejam que a última parte do inciso VI é típico 
trecho de eficácia limitada, uma vez que exige lei integradora para produzir 
plenamente os efeitos pretendidos pelo legislador. Tranquilo, pessoal? 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
 
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NOTAS 
(1) Percebam que a medida de privação do inciso VII exige dupla recusa: 
 
(2) Além disso, a própria CF/88 estabelece um limite circunstancial à norma, 
ao definir que não é permitida escusa de consciência para serviço militar 
em tempo de guerra (cf. art. 143). 
24- (FCC / Auditor do TCE – SP / 2008 / Adaptada) 
Julgue a assertiva abaixo. 
Nos termos do Código de Processo Penal, aprovado por Decreto-Lei editado 
em 1941, o serviço de júri será obrigatório àqueles que reúnam as condições 
respectivas de alistamento. A Constituição brasileira então vigente previa 
expressamente, dentre as hipóteses de perda de direitos políticos, a de 
"recusa, motivada por convicção religiosa, filosófica ou política, de encargo, 
serviço ou obrigação imposta por lei aos brasileiros" (artigo 119, I). Por essa 
razão, consta expressamente do artigo 435 do Código de Processo Penal que a 
recusa ao serviço do júri, por razões de convicção política, religiosa ou 
filosófica, importará a perda dos direitos políticos. 
A disposição é parcialmente incompatível com a CF/88, pela qual a perda ou 
suspensão de direitos políticos, aqui, exigiria a recusa não apenas ao serviço 
do júri, mas ainda ao cumprimento de prestação alternativa fixada em lei. 
Resolução: Correta. O art. 5º é repleto de ressalvas e é importante que o 
candidato não caia nas pegadinhas das bancas quando estas tentam esconder 
partes dos incisos. No mundo dos concursos, não apenas as adições indevidas, 
como também as omissões podem ser tratadas como erros. 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa 
nas entidades civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta E recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei; 
REGRA Não 
Há privação de 
direitos por 
convicção subjetiva? 
Se for invocada para o 
afastamento de obrigações 
impostas a todos 
EXCEÇÃO 
Não for prestada obrigação 
alternativa 
 
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(1) Ver inciso XIII. 
 
 
NOTA 
(1) Este inciso nos remete especialmente à problemática do sigilo de dados 
individuais. Em momento oportuno, trataremos das possibilidades de 
investigação dos órgãos públicos e da quebra legal de sigilo. 
Por ora, registre-se: o STF considerada ilícitas as provas produzidas a 
partir da quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico, sem a devida 
fundamentação (HC 96.056/PE) (ver também o inciso V). 
 
 
NOTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) 
(2) A prisão em flagrante independe de mandado judicial, qualquer que 
seja sua natureza (RHC 91.189). 
(3) “Casa” aqui é um conceito amplo. Não se limita aos lugares de habitação 
individual. Pelo contrário, abrange até mesmo um quarto de hotel (RHC 
90.376/RJ) ou local reservado ao exercício de atividade profissional (MS 
23.642/DF). 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; 
Sempre 
Quando o 
domicílio pode 
ser adentrado? 
Flagrante 
Qualquer hora Desastre 
SEM 
consentimento Socorro 
do morador 
De Dia 
Determinação 
Judicial 
COM 
consentimento 
do morador 
 
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25- (FCC / Oficial de Defensoria Pública – SP / 2015) 
Márcio, Oficial de justiça da Defensoria do Estado de São Paulo, necessita 
cumprir um mandado na residência de Simone. Para o efetivo cumprimento do 
mandado Márcio precisa entrar no interior da residência. Quando chega ao 
local, às 19 horas e 45 minutos, Simone não permite a sua entrada, afirmando 
que seus filhos estão dormindo e que, se ele desejar, retorne outro dia em 
horário diurno. Neste caso, de acordo com a Constituição Federal, 
considerando que não há flagrante ou situação de urgência, Márcio deverá: 
a) retornar outro dia, em horário diurno, uma vez que Simone está apenas 
exercendo seu direito constitucional consistente na inviolabilidade domiciliar. 
b) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a 
entrada na residência de Simone até às 21 horas. 
c) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a 
entrada na residência de Simone até às 20 horas. 
d) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a 
entrada na residência de Simone em qualquer horário, tendo em vista a 
autorização do Poder Judiciário através de competente mandado. 
e) retornar no dia seguinte até às 17 horas, uma vez que Simone está apenas 
exercendo seu direito constitucional consistente na inviolabilidade domiciliar. 
Resolução: Alternativa A. 
Devemos destacar que é majoritário o entendimento de que o termo 
"dia", para fins da garantia constitucional insculpida no art. 5.º, XI, segue o 
critério físico-astronômico, ou seja, compreende o interstício que vai da aurora 
ao crepúsculo (não segue um intervalo fixo, como, por exemplo, entre 6h e 
18h). 
26- (FCC / Analista de Controle Externo do TCE – AP 
/ 2012) Estabelece a Constituição Federal que a casa é asilo inviolável do 
indivíduo e nela pode entrar, sem o consentimento do morador: 
a) qualquer pessoa em estado de miserabilidade. 
b) oficial de justiça, munido de autorização do juiz, a qualquer hora. 
c) qualquer pessoa para prestar socorro. 
d) oficial de justiça, munido de autorização administrativa, apenas durante o 
dia. 
e) policial militar munido de ofício de delegado de polícia. 
Resolução: Alternativa C. A determinação é judicial. Não é ordem do 
Delegado, do Promotor, do Procurador, do Prefeito, do Presidente de 
República... É do juiz! 
 
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NOTAS 
(1) A regra é a privacidade em relação às correspondências, às 
comunicações telegráficas e aos dados (RE 389.808/PR). 
Além da determinação judicial, algumas exceções podem ser 
apontadas (não se assustem candidatos, quando avançarmos no curso, 
faremos uma análise mais detida dos pontos abaixo): 
(2) O STF considera lícita a gravação de conversa telefônica feita por um dos 
interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há 
investida criminosa deste último (ex.: quando interlocutor grava diálogo com 
sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista) (RH 75.338- 
RJ). 
(3) A obtenção de provas de forma ilícita, TENDE a ensejar vício nos demais 
aspectos do processo que delas dependam ou derivem, por “contaminação”. É 
a denominada teoria dos frutos da árvore envenenada. 
(4) Uma observação interessante é que a doutrina majoritária e o STF 
admitem o instituto da prova emprestada. Esta consiste no transporte de 
determinada prova de um processo para outro, sendo uma medida que 
possibilita o aproveitamento de acervo probatório anteriormente obtido. 
Todavia, o entendimento majoritário é que a utilização da prova emprestada 
só é possível se aquele contra quem ela for utilizada tiver participado do 
processo onde essa prova foi produzida, observando-se, assim, os princípios 
do contraditório e da ampla defesa. 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer 
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
Das 
correspondências 
Quebra de 
sigilo 
Hipóteses de decretação de 
estado de defesa e de sítio 
Das comunicações 
telegráficas e 
telefônicas 
Requisição por decisão 
formal e fundamentada de 
CPI (apenas pregressos, ou 
seja, não se admite 
interceptação telefônica, 
a qual sempre dependente 
de autorização do juiz 
competente) 
Hipóteses de decretação de 
estado de defesa e de sítio 
 
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27- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região / 
Área Administrativa / 2004 / Adaptada) Com relação aos direitos e 
deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, julgue a 
assertiva a seguir: 
O sigilo das comunicações telefônicas não é absoluto, podendo a gravação de 
conversa telefônica servir de prova em processo criminal, desde que seja 
ordenada por autoridade policial competente. 
Resolução: Errada. A ordem é de autoridade judicial não policial. 
 
 
NOTA 
(1) Um clássico exemplo de norma constitucional de eficácia contida. A 
produção de efeitos é plena desde sua vigência. No entanto, pode lei 
infraconstitucional posterior restringir alguns deles. É o que ocorre, por 
exemplo, por meio do exame de ordem da OAB, cuja constitucionalidade já foi 
aceita pelo STF (RE 603.583/RS). 
(2) A esse respeito, entende o STF que não são todos os ofícios ou 
profissões que podem ser sujeitos ao cumprimento de condições 
legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Por exemplo, somente 
quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição 
em conselho de fiscalização profissional (RE 414.426/SC). 
Ver também o incisoIX. 
 
 
NOTA 
(1) Não confundir com a vedação ao anonimato prevista no inciso IV. 
 
 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo 
da fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com 
seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem 
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
 
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NOTAS 
 
 
(1) O inciso XV costuma ser cobrado apenas na literalidade. Atente-se à parte 
negritada, posto que, por exemplo, no Estado de Defesa e no Estado de Sítio, 
tal liberdade pode ser suprimida. 
(2) O inciso XVI é um pouco mais exigido. As bancas tentam confundir o 
candidato trocando ou omitindo as partes destacadas. 
Grave-se, portanto: 
 
 
 
NOTA 
(1) Ver também o art. 18, §4º. 
 
 
NÃO precisa de 
AUTORIZAÇÃO 
Pacífico 
Locais 
abertos 
ao 
público 
Direito 
de 
reunião 
Não 
frustrar 
outra 
reunião 
Prévio 
aviso 
Sem 
armas 
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de 
caráter paramilitar. 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em 
seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter 
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer 
associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados [indivíduos] judicial ou 
extrajudicialmente; 
 
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NOTAS 
 
 
(1) 
 
Criação de associações Eficácia plena 
Criação de cooperativas Eficácia limitada 
 
(2) Notem que apenas a dissolução (mais grave) exige trânsito em 
julgado!!! 
(3) Já o inciso XXI, trata de aspectos de substituição processual, que ocorre 
quando alguém pleiteia direito alheio em nome próprio. A regra é a seguinte: 
Para lembrar desse tópico, pense que um clube de futebol (por 
exemplo, o Corinthians ou o Flamengo) é uma associação. 
Ninguém é obrigado a se associar ou a permanecer associado a um 
time. 
Além disso, imagine-se, se, arbitrariamente, sem decisão em julgado, 
suspendessem as atividades do time ou se o dissolvessem quão grande não 
seria o transtorno para os torcedores, patrocinadores e colaboradores 
envolvidos. 
Então para o time ser compulsoriamente dissolvido tem que haver uma 
decisão de peso, ou seja, ela não pode ser meramente administrativa, tem 
que ser judicial. 
 
 
ENTIDADES ASSOCIATIVAS 
• Precisam de autorização 
expressa dos seus filiados 
(interesses individuais). 
• STF - Súmula nº 629 - A 
impetração de mandado de 
segurança coletivo por 
entidade de classe em favor dos 
associados independe da 
autorização destes. 
SINDICATOS 
• Não precisam de autorização 
expressa para a defesa de 
direitos e interesses coletivos 
ou individuais homogêneos da 
categoria que representam (RE 
555.720-AgR) 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante 
justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
 
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NOTAS 
 
 
Desapropriação 
ordinária + 
Imóvel não 
cumpre função 
social 
Indenização em 
dinheiro 
Indenização em 
títulos da dívida 
agrária 
PROPRIEDADE 
RURAL 
PROPRIEDADE 
URBANA 
 
Desapropriação 
ordinária 
(1) Observe-se que o direito de propriedade (inciso XXII) é relativizado pelos 
dois incisos subsequentes, além dos art. 182 e 184 do texto constitucional. 
(2) Falando em art. 182 e 184 (e antecipando um pouco a matéria) e 
combinando-o com a “desapropriação ordinária” (por necessidade ou utilidade 
pública, ou por interesse social), temos o seguinte quadro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA 
(1) Nos estudos de Direito Administrativo nos são apresentadas algumas 
ferramentas de intervenção do Estado na propriedade privada como a 
servidão administrativa, a requisição, a ocupação temporária, as limitações 
administrativas, a desapropriação e o tombamento. Pois bem, no inciso acima 
temos a formulação genérica da requisição. 
28- (FCC / Analista Judiciário do TRE – AP / 2015) 
Francisco reside em um imóvel de sua propriedade. Em caso de iminente 
perigo público, a autoridade competente poderá: 
a) usar da propriedade particular de Francisco, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro. 
b) usar da propriedade particular de Francisco, assegurada a ele indenização 
ulterior, se houver dano. 
c) usar da propriedade particular de Francisco, assegurada a ele indenização 
ulterior, independentemente de dano. 
d) realizar o procedimento de desapropriação, assegurada a Francisco 
indenização ulterior, se houver dano. 
Imóvel não 
cumpre função 
social 
Indenização em 
dinheiro 
Indenização em 
títulos da dívida 
pública 
Benfeitorias 
úteis e 
necessárias 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá 
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização 
ulterior, se houver dano; 
 
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e) realizar o procedimento de desapropriação e, após a sua conclusão, usar da 
propriedade particular de Francisco, sem direito à indenização, já que há 
necessidade pública e que a propriedade não atende a sua função social. 
Resolução: Alternativa B. Seria bastante incoerente com um Estado 
Democrático de Direito a requisição, além de forçada, isentar o Poder Público 
de reparação de eventuais danos, concordam? Não obstante, a indenização é 
somente posterior, desde que haja dano. 
 
 
 
 
NOTA 
(1) Notem que a Constituição distingue duas categorias para fins de direito 
autoral: 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de 
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a 
lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à 
reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que 
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivasrepresentações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio 
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e 
econômico do País; 
 
AUTORES (GERAIS) 
• Direitos de propriedade 
perduram pelo menos até a 
morte do autor 
AUTORES DE INVENTOS 
INDUSTRIAIS 
• Direitos de propriedade 
perduram em caráter mais 
temporário 
 
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NOTA 
(1) A sucessão do “de cujus” aqui relatada é simplesmente a transferência 
patrimonial do falecido. 
29- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – AP / 2015) 
Akira, japonês, faleceu no seu país de origem, onde estava domiciliado, 
deixando filhos brasileiros e dois imóveis em Sergipe, em relação aos quais, 
será aplicável à sucessão a lei: 
a) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, tendo em 
vista a nacionalidade brasileira dos filhos de Akira. 
b) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, pois é a lei 
aplicável quando existirem bens imóveis em território nacional. 
c) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, em razão 
de ser o último domicílio do de cujus. 
d) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, tendo 
em vista a nacionalidade do de cujus. 
e) brasileira, salvo se a lei do Japão for mais favorável aos filhos de Akira. 
Resolução: Alternativa E. 
 
 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
NOTA 
(1) A referida lei é o atual Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 
8.078/1990). 
 
 
 
 
 
NOTA 
(1) A norma acima se complementa ao princípio da publicidade na 
administração pública (CF, art. 37, “caput”), que, tanto condiciona a validade 
dos atos administrativos de efeito externo ou que impliquem ônus ao 
patrimônio público à sua publicação, quanto exige transparência no agir do 
Estado. 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do estado; 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela 
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que 
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
 
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Com base no inciso XXXIII, o STF já decidiu constitucional a publicação 
da folha de pagamento de órgãos e entidades públicas (SS 3.902-AgR- 
segundo/SP). 
(2) Nessa linha de raciocínio, nossa Corte Maior também já afirmou ser 
necessário o acesso aos documentos históricos do período de ditadura militar 
(ADPF 153). 
 
 
 
 
O magistério de Di Pietro (2013) nos ensina que sob o leque do direito 
de petição podemos encontrar várias modalidades de recursos 
administrativos que, de algum modo, requeiram manifestação da 
administração pública em determinado caso, relativo ao indivíduo, a 
terceiros ou à coletividade. 
Não é necessário que o candidato memorize os recursos abaixo, 
basta que se atenha à literalidade da CF/88. 
 
 
Já a certidão, como nos ensinam Paulo e Alexandrino (2012) é 
simplesmente um extrato/cópia de informações arquivadas em algum 
registro em poder da administração pública ou de particular por ela 
delegado. 
Hipótese de imunidade 
tributária! 
O direito de petição 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou 
contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
Direito de 
petição 
 
Representação 
 
Reclamação 
administrativa 
 
Pedido de 
reconsideração 
Recursos 
hierárquicos 
(próprios e 
impróprios) de 
revisão 
 
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STF Súmula Vinculante nº 21 – É inconstitucional a exigência de 
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
 
IMPORTANTÍSSIMO!!! 
 
 
 
 
 
 
 
NOTAS 
(1) Aqui temos consagrado o princípio da inafastabilidade da jurisdição. 
O Brasil adota o sistema jurisdicional inglês (de unicidade da 
jurisdição). Simplificadamente, apenas o Poder Judiciário é competente para 
firmar em definitivo o direito aplicável nos litígios (fazer coisa julgada). 
Isso não implica a inexistência de mecanismos de solução de litígios em 
âmbito administrativo. Contudo, qualquer conflito de interesses, mesmo que 
já tenha sido iniciado (ou concluído) na esfera administrativa pode ser levado 
ao Poder Judiciário. 
 
Exceções: 
 
 
 
Por fim, um detalhe importante: como regra, processo pré-existente em 
âmbito administrativo não impede o acionamento da via judicial (e o seu 
subsequente trancamento naquele âmbito). O processo não corre 
simultaneamente nas duas esferas (haja vista o princípio da economia 
processual). 
Já o contrário (processo iniciado em âmbito judicial), inviabiliza de 
antemão seu deslocamento para a esfera administrativa. 
(2) Exemplo clássico de aplicação de tal princípio: 
STF Súmula Vinculante nº 28 - É inconstitucional a exigência de 
depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na 
qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 
Ações relativas à disciplina e às competições desportivas (CF, 
art. 217) 
Requerem 
esgotamento 
prévio da via 
administrativa 
Habeas-data (exige prova de indeferimento prévio do pedido de 
informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo - 
HD 22/DF) 
Reclamação de ato administrativo, ou de omissão da 
administração pública, que contraria Súmula Vinculante (Lei nº 
11.471/06) 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça 
a direito; 
 
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(3) A Lei nº 9.307/96 (Lei da Arbitragem), permite que pessoas capazes de 
contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a 
direitos patrimoniais disponíveis. As partes inclusive poderão escolher, 
livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que 
não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. 
De todo modo, cumpre destacar que não há afronta ao disposto na 
CF/88. Trata-se tão somente de uma opção de jurisdição privada. Assim, 
em último caso, as partes litigantes, ainda que tenham ingressado no juízo 
arbitral, poderão recorrer ao Poder Judiciário quando assim lhes convier. 
 
 
 
NOTAS 
(1) 
 
(2) Tal norma comporta flexibilizações. Por exemplo, na seara penal, vale o 
princípio da retroatividade (extensão de efeitos a fatos pretéritos) da lei 
mais benéfica ao réu (ver art. 5º, XL). 
Outro exemplo é a possibilidade de ação rescisória de decisão judicial

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