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Antecedentes que precisa de saber PRÉ-VISUALIZAÇÃO DO CAPÍTULO Neste capítulo resumimos três conceitos fundamentais para toda a ciência dos materiais: estrutura atómica, termodinâmica, e cinética. Deverá estar familiarizado com estes tópicos desde as aulas de química introdutória, física e ciência dos materiais, pelo que apenas fazemos aqui uma breve revisão. Os livros são escritos sobre cada um destes tópicos. Em cerâmica, pode muitas vezes evitar tais livros, mas os detalhes tornam-se mais críticos à medida que se aprofunda no assunto. As propriedades de um material são determinadas, em grande medida, pela forma como os átomos constituintes se ligam entre si. A natureza desta ligação é determinada pela configuração electrónica dos átomos. A configuração electrónica de um átomo também determina as propriedades do átomo e dos materiais que o contêm. Por exemplo, a magnetite cerâmica (Fe O34 ) é magnética devido à presença de electrões não pareados no nível 3d de Fe; é necessário saber o que o 3, o d, e o "não pareado" denotam. Para compreender porque é que os iões Mn podem existir com muitos estados de carga diferentes, mas invariavelmente só encontramos iões Al com uma carga 3+, é necessário conhecer a configuração dos electrões dos respectivos átomos. O conhecimento tanto da termodinâmica como da cinética é necessário para compreender como se comportam os materiais cerâmicos e o que acontece quando estes são processados. A termodinâmica diz-nos o que é possível, e a cinética diz-nos quanto tempo temos de esperar pelo inevitável. Assim, a termodinâmica - ics diz-nos se uma reacção química ou física específica pode ocorrer. Na cerâmica, estas mudanças são frequentemente provocadas porque as amostras são rotineiramente aquecidas e arrefecidas. A cerâmica pode ser processada a temperaturas >1,800◦ C e depois arrefecida a 25◦ C. Alguns processos ocorrem a 1,800◦ C, mas pode continuar ou mudar à medida que arrefecemos a amostra. Em contrapartida, algumas cerâmicas mudam as suas propriedades a temperaturas bastante baixas. Por exemplo, BaTiO3 muda da fase cúbica paraelectrica para a fase tetragonal ferroeléctrica a 120◦ C. A cinética diz-nos quão rapidamente estas reacções se processam. O diamante é termodinamicamente instável à temperatura ambiente e à pressão atmo-esférica, mas a mudança de fase ocorre demasiado lentamente para preocupar os joalheiros. 3.1 O ATOM As bases para compreender a estrutura do átomo são a teoria quântica e a mecânica das ondas, que foram desenvolvidas no início dos anos 1900. As conclusões importantes destes estudos, particularmente no que diz respeito aos materiais, são: ▪ Os electrões em átomos só se podem mover em determinadas órbitas estáveis (ou seja, só são possíveis determinados valores energéticos). Expandimos este facto quando descrevemos as bandas de energia, que são utilizadas para explicar a condutividade dos electrões. A transição entre as órbitas envolve a emissão ou absorção de energia. Estas transições podem ser uma fonte de cor, e utilizamo-las para analisar a química por espectroscopia. Não há dois electrões no mesmo átomo que possam ter os mesmos quatro números quânticos. Este requisito levou a 3 ▪ ▪ Subscribe to DeepL Pro to translate larger documents. Visit www.DeepL.com/pro for more information. https://www.deepl.com/pro?cta=edit-document&pdf=1 introdução do número quântico do spin. Os átomos contendo electrões com giros não emparelhados têm propriedades de mag- netic. É impossível conhecer simultaneamente com certeza a posição e o impulso de um electrão. Utilizamos esta propriedade em díodos de túnel. Os electrões têm propriedades ondulatórias. Isto significa que eles podem ser difratados. A difracção de electrões, tal como a difracção de raios X, dá-nos a estrutura cristalina. Nas secções seguintes resumimos como estas conclusões conduzem à nossa visão actual da estrutura do átomo e, em particular, da natureza e disposição dos electrões no átomo. Não estamos a tentar resumir - marzar apenas a física moderna - os conceitos que utilizamos neste texto. É preciso compreender os principais aspectos da natureza da ligação química nos materiais cerâmicos: o que é uma ligação iónica? o que é uma ligação covalente? porque é que a maioria C.B. Carter e M.G. Norton, Materiais Cerâmicos: Ciência e Engenharia, DOI 10.1007/978-1-4614-3523-5_3, Ⓒ Springer Science+Business Media New York 2013 ▪ ▪ 38 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA ¼ os laços mostram uma mistura dos dois? Usamos espectroscopia e microscopia para sondar a estrutura electrónica para dissuadir - minar a química local da cerâmica. 3.2 NÍVEIS ENERGÉTICOS A quantificação dos níveis de energia é um aspecto chave na estrutura atómica em pé inferior. O modelo de Bohr envolve electrões que se movem apenas em determinadas órbitas estáveis. O momento angular- tum dos electrões em órbita é quantizado de modo a que só sejam permitidas órbitas específicas e apenas determinados valores energéticos são possíveis. Estas órbitas são conhecidas como estados estacionários, e o que tem a energia mais baixa é chamado de estado do solo. A quantificação do momento angular é nh/2p, onde n é o número quântico principal. medida que o número quântico principal aumenta: 1. O raio, r, da órbita do electrão aumenta (isto é, o electrão é pelado - daí a partir do núcleo) 2. A energia, E, desse electrão também é aumentada As primeiras cinco órbitas Bohr (i.e., n 1-5) são também referidas como conchas. Definimos uma concha como um grupo de estados que têm o mesmo n. Uma letra é usada para denotar cada concha. ShellK L M N O ... n1 2 3 4 5 ... Charles Barkla, um espectroscopista dos primeiros raios X, introduziu esta terminologia para as conchas de electrões em 1911. Ainda hoje a usamos para designar raios X característicos tanto para difracção de raios X como para análise química com microscopia electrónica. Barkla nomeou os dois tipos de emissões de raios X característicos que observou como sendo a série K e a série L. Mais tarde previu que poderia existir uma série M e uma série J. Uma série M foi subsequentemente descoberta, mas nenhuma série J. A concha K é, portanto, a primeira concha. O outro aspecto da teoria de Bohr é que, embora um electrão esteja num estado estacionário, o átomo não irradia. Os electrões podem ser excitados em órbitas de maior energia se o átomo for estimulado (termicamente, electricamente, ou por absorção de luz). Estas órbitas são os estados de excitação e são O ATOM DO BARCO Quantização do impulso angular me vr ¼ n 2p Raio de possíveis órbitas de electrões h (Caixa 3.1) r ¼ Energia do electrão e n h022 pm e (Caixa 3.2)e 2 E ¼ m ee4 8e n h (Caixa 3.3)0 2 2 3.3 E L E C T R SOBRE W A V E S ....................................................................................................................................................................................................................................................................39 TABELA 3.1 Parte visível do Espectro Electromagnético mais distante do núcleo. O tempo de residência de um electrão em estado excitado pode ser muito curto (~1 ns) antes de descer espontaneamente para um estado de energia mais baixa e eventualmente para o estado de solo. Durante cada transição, o excesso de energia é emitido sob a forma de um fóton. Qualquer transição entre órbitas envolve ou emissão ou absorção de energia. A compreensão deste conceito é necessária, por exemplo, para apreciar como funciona um laser. Se a energia emitida estiver na parte visível do espectro electromagnético (Tabela 3.1), podemos observar a emissão. A emissão do laser de rubi (o rubi é uma cerâmica) é a 694 nm (no vermelho). Um laser de granada de alumínio dopado (YAG) (YAG é outra cerâmica) funciona na parte verde do espectro a 530 nm. O modelo de Bohr era bastante popular na altura, porque um electrão em torno do núcleo é conceptualmente semelhante à terra que rodeia o sol. A ideia de que os electrões em órbita não irradiavam era menos fácil de aceitar, Bohr simplesmente insistiu que não o faziam e pronto! A maioria importante o modelo explicou uma série de fenómenos físicos. A suposição de Bohr de que os electrões são partículas com órbitas bem definidas foi não consistente com o conceito da "interdeterminação simultânea" de posição e momen- tum como proposto no princípio da incerteza de Heisenberg. O que se deve lembrar desta discussão é a origem do KLMNO e a terminologia. Usamos isto novamente no Capítulo 10. Os níveis de energia eléctrica e o modelo Bohr são importantes para a compreensão: ▪ Radiografias atómicas - Quando enchemos conchas a descer um período de particu- lar, os átomos ficam maiores (r aumentos). Energia, E (J) Comprimento de onda, l (nm) Cor 2,84 × 10—19 700 Vermelho 3,20 × 10 620—19 Laranja 3,42 × 10 580—19 Amarelo 3,75 × 10 530—19 Verde 4.23 × 10 470—19 Azul 4,73 × 10—19 420 Violeta 40 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA ▪ Energia de ionização - Ao enchermos conchas num determinado período, torna-se progressivamente mais fácil remover o(s) electrão(s) exterior(es) (E aumenta em relação ao estado do solo). Formação de ligações covalentes - as energias de ionização devem ser elevadas (E large). Cerâmica magnética - Precisamos de ter uma concha M. Espectroscopia de raios X - Utilizamos a notação Barkla: a energia dos raios X característicos depende dos níveis de energia dos electrões envolvidos. 3.3 ELECTRON WAVES A demonstração da difracção dos electrões (uma propriedade associada às ondas) foi uma prova da sua natureza ondulatória. Em 1927, C.J. Davisson e L. Germer nos Estados Unidos e, indepen- temente, G.P. Thomson e A. Reid no Reino Unido mostraram que os electrões podiam ser difratados da mesma forma que os raios X. Preocupamo-nos porque não conseguimos explicar as propriedades dos electrões e radiografias sem este entendimento. A natureza ondulatória dos electrões permite estudos de difracção de electrões de materiais. A maioria dos padrões de difracção de electrões são obtidos com um microscópio electrónico de transmissão, o que nos permite obter informação estrutural de regiões muito pequenas. Isto é de particular importância em muitas cerâmicas novas, onde lidamos frequentemente com camadas finas de interface (por exemplo, nos limites dos grãos) e grãos muito pequenos (nanopódios). Uma das consequências mais importantes da natureza dual dos electrões é O princípio da incerteza de Heisenberg, que afirma que é impossível conhecer simultaneamente com certeza tanto a dinâmica como a posição de uma partícula. Se estamos a descrever o movimento de um electrão de energia conhecida ou momen- tum, só podemos falar em termos de uma probabilidade de encontrar esse electrão numa determinada posição. Isto leva a que a densidade de electrões ou a representação em voz alta de electrões represente a órbita dos electrões. SCHRO¨ EQUAÇÃO DA ONDA DO DEDO A forma independente do tempo é ∇ y + 8p m/h (E - V)y = 0 2 �é o operador 2 2 2 (Caixa 3.4) 22 /∂x ∂ + ∂2 /∂y2 + ∂2 /∂z2 (Caixa 3.5) Em coordenadas polares y tem a forma y(r, y, f)= R(r)Y(y)F(f) (Caixa 3.6) R(r), Y(y), F(f) são cada uma apenas funções de r, y, e f. A HIPÓTESE DE BROGLIE Toda a matéria possui propriedades ondulatórias. Cada partícula em movimento pode ser associada a um comprimento de onda, l, dado por l= =h h mv p ▪ ▪ ▪ 3.3 E L E C T R SOBRE W A V E S ....................................................................................................................................................................................................................................................................39 A equação de Schr.odinger é tão central à mecânica quântica como as equações de Newton são à mecânica clássica e relaciona a energia de um electrão com as suas propriedades ondulatórias. A equação descreve a probabilidade de um único electrão ser encontrado numa região específica do espaço. A função da onda, y, depende de E e V, a energia total e a energia potencial do electrão, respectivamente. A importância da função de onda foi expressa por Atkins (2009): "Uma função de onda contém tudo o que há a saber sobre o resultado das experiências que podem ser feitas num sistema". Assim, a equação da onda de Schr.odinger inclui informação sobre o comportamento químico de todos os átomos e compostos e a resposta sobre se qualquer reacção química proposta terá lugar. Matematicamente, y descreve o movimento de um electrão num orbital. O módulo da função da onda ao quadrado, |y(r)|2 , é uma medida directa da probabilidade de encontrar o electrão num determinado local. A equação da onda de Schr.odinger pode ser resolvida exactamente para o hidrogénio. Para a sua aplicação, deve primeiro transformá-lo em coordenadas polares (r, y, f) e depois resolvê-lo usando o método de separação de variáveis (descrito, por exemplo, em Kreyszig 2011). A solução destas equações leva a três números quan- tum: n, l, e ml . A equação da onda de Schr.odinger pode ser definida para átomos com mais do que um electrão, mas não pode ser resolvido exactamente nestes casos. O segundo e subsequentes electrões introduzem- duce a característica complicadora do repul- sion- electrónico. No entanto, as características básicas dos orbitais não se alteram, e os resultados obtidos para o hidrogénio são aplicados a muitos átomos de electrões. Estão a tornar-se disponíveis métodos que nos permitem calcular a estrutura de alguns materiais "a granel". Geralmente, este cálculo é feito apenas raramente, começando com o Equação de Schr.odinger. A os cálculos são demasiado difíceis ou demasiado demorados. Na verdade, é pior do que parece porque também temos de lidar com a carga. 42 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA ▪ 3.4 NÚMEROS QUÂNTICOS São necessários quatro números quânticos para especificar o estado de qualquer electrão. ▪ número quântico n-principal ▪ forma l-orbital, ou impulso angular orbital, quan- tum número ml - orientação orbital, ou magnética orbital, número quântico ms - girar, ou girar número quântico magnético Uma concha é um grupo de estados que têm o mesmo n e corresponde ao n de Bohr. Uma sub-concha é um grupo menor de estados com os mesmos valores de n e l. Um orbital é especificado por n, l, e ml e pode conter um máximo de dois electrões com giros opostos. ▪ n tem valores inteiros, 1, 2, 3, . . . e determina o tamanho ▪ l tem valores inteiros, 0, 1, 2, ... ., n-1 (para qualquer valor de n) e determina a forma ml tem valores inteiros entre -l e +l incluindo 0 (para qualquer valor de l) e determina a orientação ms pode ter valores de 1/2 e especifica a direcção da centrifugação A introdução de um campo magnético externo fornece o eixo de referência mais conveniente para ml . Os valores de ml são determinados pelo número quântico l. Para cada valor de l existem (2l + 1) valores de ml . Por razões históricas, os valores 0, 1, 2, e 3 do número quântico l são designados pelas letras s, p, d, e f, respectivamente. (Esta escolha é uma relíquia dos primeiros estudos espectroscópicos quando certas séries espectrais foram designadas "agudo," "principal," "difuso," ou "fundamental"). As orbitais s são esféricas. As três orbitais de 2p têm propriedades direccionais, como se mostra na Figura 3.1. Por exemplo, o orbital 2pz tem regiões de maior con- centração ou probabilidade ao longo do eixo z, e a probabilidade- idade de encontrar um electrão 2pz no plano XY é zero. As formas das cinco orbitais 3d são mais complicadas (porque há mais) (Figura 3.2), e normalmente não se fala de f. Estes números são importantes para a cerâmica? A resposta, claro, é sim. ▪ A cor de uma cerâmica, como o rubi, deriva directamente das transições entre os níveis de energia. A energia são o resultado de que os níveis orbitais são ocupados e as suas energias relativas. Utilizamos transições para a análise química da cerâmica - certas transições são permitidas (regras de selecção mecânica quântica). O magnetismo está directamente relacionado com o giro dos electrões. Se tivermos mais giros para cima do que para baixo, temos magnetização. FIGURA 3.1. As orbitais 2px , 2py , e 2pz . O plano nodal representa a área onde a probabilidade de encontrar o electrão é zero. NÚMEROS QUÂNTICOS Li, Na, K e Cs têm muitas características em comum porque todos eles têm um único electrão numa casca exterior: 2s, 3s, 4s e 5s. A principal diferença entre MnO, FeO, CoO e NiO deve-se à alteração dos electrões d (l = 3) no ião de transição-metal. RESUMO DOS NÚMEROS QUÂNTICOS (QN) Nome Valor do Símbolo Principal QN Forma orbital QN Orientação orbital QN Roda QN n l ml ms 1, 2, 3, .. . . 0, 1, 2, . . . (n—1) Valores integrais de -l a +l incluindo zero 1/2 ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ 3.5 A S S I G N I N G Q U A N T U M N U M B E R S......................................................................................................................................................................................................................................41 FIGURA 3.2. As orbitais atómicas 3d. As orbitais 4d, 5d, e 6d são essencialmente idênticas às orbitais 3d, excepto que são maiores. O sinal da função de onda muda de um lóbulo para o seguinte numa dada orbital, o que é importante quando se considera a formação de orbitais moleculares. ▪ Os arranjos atómicos em cerâmica covalentemente colada podem ser entendidos considerando a hibridação de orbitais atómicas. É a hibridização sp3 das orbitais atómicas em carbono que permite o arranjo tetraédrico dos átomos em diamante. O s e o p em sp3 referem-se às orbitais atómicas. 3.5 ATRIBUIÇÃO DE NÚMEROS QUÂNTICOS Uma notação curta que expressa os números quânticos para cada electrão representa a configuração dos electrões. A importância desta etapa é que nos permite, para exame- ple, calcular o momento magnético da magnetite e determinar o que acontece se substituirmos os iões Fe2+ por Ni2+ . A chave para o processo de construção de muitos átomos de electrões é a Pauli exclu- princípio de sion: nenhum dois electrões num átomo pode ter o mesmo conjunto de quatro números quânticos. Por exemplo, os dois electrões no solo 42 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA ¼estado de Ele atómico (Z 2) deve possuir os seguintes números quânticos: n ¼ 1, l ¼ 0, ml ¼ 0, ms ¼+ 1/2 n ¼ 1, l ¼ 0, ml ¼ 0, ms =- 1/2 Os dois electrões no átomo de He são colocados no orbital 1s com giros opostos, consistente com o princípio de Pauli. A configuração electrónica do He é abreviada como 1s2 . A linha seguinte na tabela periódica é semelhante; estamos apenas a preencher a concha seguinte (n = 2 e assim por diante). O lítio (Z = 3) tem a configuração electrónica 1s 2s21 . Preenchemos os 2s orbitais antes dos 2p por causa da blindagem efeitos que diminuem a energia do orbital 2s em relação ao orbital 2p. Tanto os orbitais 2s como 2p do átomo de Li estão protegidos da carga nuclear +3 pelos electrões 1s. No entanto, o orbital 2s tem uma maior densidade de probabilidade próxima do núcleo e não está tão fortemente protegido como o orbital 2p. Para um átomo C (Z = 6), há várias configurações possíveis para o segundo electrão no conjunto de três orbitais de 2p. Utilizamos a regra de Hund para determinar onde o elec- tron irá: para qualquer conjunto de orbitais de igual energia, a configuração electrónica com o número máximo de rotações paralelas resulta no mais baixo repul- sion de electrão- electrão. Assim, o estado do carbono atómico no solo é 1s 2s 2p22x1y1 2p. Podemos construir a configuração dos átomos de todos os elementos em electrões no estado do solo enchendo os orbitais em ordem a aumentar a energia, assegurando que o princípio de exclusão Pauli e a regra de Hund são obedecidos. (As regras de Hund são invioláveis na previsão do correcto estado do solo de um átomo. Há excepções ocasionais quando as regras são utilizadas para discutir estados excitados que encontramos, por exemplo, em espectroscopia). O número total de electrões que os orbitais podem conter é dado na Tabela 3.2. Não há uma ordem única das energias orbitais, mas a seguinte ordem é um guia útil: 1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 4f ≈ 5d< 6p < 7s < 5f ≈ 6d. A figura 3.3 é um diagrama mnemónico que pode ser utilizado para determinar a ordem de enchimento. Basta seguir as setas e os números de um orbital para o outro. As energias orbitais dependem do número atómico e da carga sobre o átomo (ião). Na sequência de energias orbitais mostrada acima, as orbitais 4s têm uma energia inferior às orbitais 3d e assim são preenchidos primeiro, de acordo com o princípio da energia mínima. Para o exame- ple, a configuração electrónica dos 10 electrões externos de cálcio (número atómico Z = 20) é 3s2 3p6 3d0 4s2 . IONIZAÇÃO Para a cerâmica, a característica importante em todos estes modelos é quais os electrões que podemos mover para fazer o ião e como vai ser fácil. 3.5 A S S I G N I N G Q U A N T U M N U M B E R S......................................................................................................................................................................................................................................41 Tipo de orbital Números quânticos orbitais Total de orbitais em conjunt o Número total de electrões que podem ser acomodados s l ¼ 0, ml ¼ 0 1 2 p l ¼ 1, ml ¼ 1, 0, -1 3 6 d l = 2, ml = 2, 1, 0, -1, -2 5 10 f l = 3, ml = 3, 2, 1, 0, -1, -2, -3 7 14 FIGURA 3.3. Mnemónica para prever a ordem de enchimento das orbitais atómicas. O bloco superior colorido mostra orbitais imaginários. As orbitais no bloco azul inferior não são preenchidas com os elementos conhecidos. No preenchimento das orbitais de electrões para os elementos 21-29, existem duas irregularidades: uma a 24 (crómio) e outra a 29 (cobre). Cada um destes elementos contém um electrão a 4s em vez de dois. A razão para esta aparente anomalia - aly é que os orbitais 3d exactamente cheios e meio cheios são particularmente estáveis (têm menos energia) em comparação com as ocupações vizinhas de quatro e nove, respectivamente. As configurações dos electrões da primeira fila de transição TABELA 3.2 Os S, p, d, e f Conjuntos Orbitais 42 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA QUADRO 3.3 Arranjo de Elementos de Transição da Primeira Linha (Z = 21-29) Z Elemento Configuração de electrões 21 Sc 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s2262612 22 Ti 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s2262622 23 V 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s2262632 24 Cr 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s2262651 25 Mn 1 s 2s 2p 3s 3p 3d 4s2262652 26 Fe 1 s 2s 2p 3s 3p 3d 4s2262662 27 Co 1 s 2s 2p 3s 3p 3d 4s2262672 28 Ni 1 s 2s 2p 3s 3p 3d 4s2262682 29 Cu 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s22626101 elementos são dado em Quadro 3.3. O As configurações electrónicas dos metais de transição da primeira linha são importantes quando discutimos a condução eléctrica e o comportamento magnético das cerâmicas que contêm estes elementos. As configurações electrónicas de todos os elementos da tabela periódica são apresentadas na Tabela 3.4, onde utilizámos a representação curta para as configurações electrónicas (começar com o gás nobre mais próximo cheio). O exame da configuração electrónica dos elementos mostra claramente a base para o seu comportamento periódico - ou seja. Os elementos com números atómicos 2, 10, e 18 são os gases nobres. Estes elementos são estáveis e quimicamente inertes. A inércia é equiparada a conchas de elétrons completamente cheias. Elementos com configurações semelhantes de conchas exteriores possuem muitas propriedades semelhantes. A figura 3.4 mostra a tabela periódica de elementos. É claramente uma boa ideia saber onde se encontram os átomos na tabela periódica, pois é ela que determina se eles perdem ou ganham electrões mais facilmente e, portanto, como é que o ião é carregado, como vamos agora discutir. 3.6 IONS Na cerâmica estamos normalmente a lidar com materiais que têm uma fracção significativa de carácter iónico na sua ligação. Os requisitos para a colagem iónica são simples. ▪ Um elemento deve ser capaz de perder 1, 2, ou 3 electrões. ▪ O outro elemento deve ser capaz de aceitar 1, 2, ou 3 electrões. 3.6 I ONS ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................43 Em ambos os casos, o "3" é raro, e não deve envolver demasiada troca de energia. A energia de ionização (IE) é a energia necessária para remover um electrão do átomo gasoso. A primeira energia de ionização (IE1 ) é a energia necessária para remover um electrão do átomo gasoso neutro para produzir um ião gasoso com uma carga de +1. TABELA 3.4 Configurações Electrónicas dos Elementos 56 Ba [Xe]6s2 57 La [Xe]5d6s2 58 Ce [Xe]4f5d6s2 59 Pr [Xe]4f 6s32 60 Nd [Xe]4f 6s42 61 Pm [Xe]4f 6s52 62 Sm [Xe]4f 6s62 63 Eu [Xe]4f 6s72 64 Gd [Xe]4f 5d6s72 65 Tb [Xe]4f 6s92 66 Dy [Xe]4f 6s102 67 Ho [Xe]4f 6s112 68 Er [Xe]4f 6s122 69 Tm [Xe]4f 6s132 70 Yb [Xe]4f 6s142 71 Lu [Xe]4f 5d6s142 72 Hf [Xe]4f 5d 6s1422 73 Ta [Xe]4f 5d 6s1432 74 W [Xe]4f 5d 6s1442 75 Re [Xe]4f 5d 6s1452 76 Os [Xe]4f 5d 6s1462 77 Ir [Xe]4f 5d 6s1472 78 Pt [Xe]4f 5d 6s149 79 Au [Xe]4f 5d 6s1410 80 Hg [Xe]4f 5d 6s14102 81 Tl [Xe]4f 5d 6s 6p14102 82 Pb [Xe]4f 5d 6s 6p141022 83 Bi [Xe]4f 5d 6s 6p141023 84 Po [Xe]4f 5d 6s 6p141024 85 Em [Xe]4f 5d 6s 6p141025 86 Rn [Xe]4f 5d 6s 6p141026 87 Fr [Rn]7s 88 Ra [Rn]7s2 89 Ac [Rn]6d7s2 90 Th [Rn]6d 7s22 91 Pa [Rn]5f 6d7s22 92 U [Rn]5f 6d7s32 93 Np [Rn]5f 6d7s42 94 Pu [Rn]5f 7s62 95 Am [Rn]5f 7s72 96 Cm [Rn]5f 6d7s72 97 Bk [Rn]5f 7s92 98 Cf [Rn]5f 7s102 99 Es [Rn]5f 7s112 100 Fm [Rn]5f 7s122 101 Md [Rn]5f 7s132 102 Não [Rn]5f 7s142 103 Lr [Rn]5f 6d7s142 Z Elemento Configuração de electrões 1 H 1s 2 Ele 1s2 3 Li [Ele]2s 4 Seja [Ele]2s2 5 B [He]2 s 2p2 6 C [He]2 s 2p22 7 N [He]2 s 2p23 8 O [He]2 s 2p24 9 F [He]2s 2p25 10 Ne [He]2s 2p26 11 Na [Ne]3s 12 Mg [Ne]3s2 13 Al [Ne]3 s 3p2 14 Si [Ne]3 s 3p22 15 P [Ne]3 s 3p23 16 S [Ne]3 s 3p24 17 Cl [Ne]3s 3p25 18 Ar [Ne]3s 3p26 19 K [Ar]4s 20 Ca [Ar]4s2 21 Sc [Ar]3d4s2 22 Ti [Ar]3d 4s22 23 V [Ar]3d 4s32 24 Cr [Ar]3d 4s5 25 Mn [Ar]3d 4s52 26 Fe [Ar]3d 4s62 27 Co [Ar]3d 4s72 28 Ni [Ar]3d 4s82 29 Cu [Ar]3d 4s10 30 Zn [Ar]3d 4s102 31 Ga [Ar]3d 4s 4p102 32 Ge [Ar]3d 4s 4p1022 33 Como [Ar]3d 4s 4p1023 34 Se [Ar]3d 4s 4p1024 35 Br [Ar]3d 4s 4p1025 36 Kr [Ar]3d 4s 4p1026 37 Rb [Kr]5s 38 Sr [Kr]5s2 39 Y [Kr]4d5s2 40 Zr [Kr]4d 5s22 41 Nb [Kr]4d 5s4 42 Mo [Kr]4d 5s5 43 Tc [Kr]4d 5s52 44 Ru [Kr]4d 5s7 45 Rh [Kr]4d 5s8 46 Pd [Kr]4d10 47 Ag [Kr]4d 5s10 48 Cd [Kr]4d 5s102 49 Em [Kr]4d 5s 5p102 50 Sn [Kr]4d 5s 5p1022 51 Sb [Kr]4d 5s 5p1023 52 Te [Kr]4d 5s 5p1024 53 I [Kr]4d 5s 5p1025 54 Xe [Kr]4d 5s 5p1026 55 Cs [Xe]6s 44 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA FIGURA 3.4. Quadro periódico de elementos visto por um ceramista que mostra números atómicos e electronegatividade. Diferentes cores mostram os agrupamentos de alguns dos componentes mais importantes da cerâmica tradicional (azul) e da cerâmica avançada (laranja). Os elementos que estão a tornar-se cada vez mais importantes em várias aplicações emergentes para a cerâmica são mostrados a verde. Outros elementos, tais como Pb (como em PZT), merecem cor hoje, mas esperamos que não no futuro. Os gases nobres, que têm um revestimento completo de electrões exteriores, têm energias de ionização muito elevadas; enquanto que os elementos do grupo I (por exemplo, Na e K), que têm um orbital exterior ns1 , têm energias de ionização zação muito mais baixas. As energias de segunda ioni- zação - a energia necessária para remover um electrão de um ião gasoso com carga +1 - são significativamente superiores às energias de primeira ionização porque quando um electrão perde a carga nuclear efectiva, Zeff , aumenta. Como resultado, o raio efectivo de um átomo ou íon diminui, e a atracção líquida entre os electrões e o núcleo aumenta (Tabela 3.5). compostos formam geralmente configurações dos elementos. A afinidade dos electrões é elevada para os elementos do grupo VII (por exemplo, F e Cl). A adição de um electrão a estes átomos forma iões negativos com uma configuração de electrões de gás nobre - uma disposição estável. Os átomos que já têm orbitais completos (por exemplo, He, Ne) ou orbitais meio cheios (por exemplo, Be, N) têm muitas vezes afinidades nega-dos- electrões. As orbitais completas e semi-cheias são mais estáveis. Como vamos ver em Capítulo 4, iónico apenas entre muito reactivo A afinidade dos electrões (EA) de um átomo é a alteração energética que acompanha a adição de um electrão a um átomo gasoso neutro para produzir um ião negativo. Os valores de EA são apresentados no Quadro 3.6. Um valor positivo indica que a reacção Atom (g) + e— → Ion— (g)+ EA é exotérmico. Os valores da EA também mostram um comportamento periódico que pode ser explicado através do exame do electrão AFINIDADE DOS ELECTRÕES Atom (g) + e— → Ion— (g)+ EA Nota: A convenção de sinais utilizada para a EA está em contradição com a que normalmente se encontra na termodinâmica, um artefacto histórico não afinado. ENERGIA DE IONIZAÇÃO Atom (g) + IE1 → Ion+ (g)+ e— Esta reacção é sempre endotérmica (IE1 > 0). O sinal é uma convenção de termodinâmica; alguns campos utilizam a convenção oposta. 3.6 I ONS ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................43 ▪ elementos metálicos e não metálicos muito reactivos. Dois requisitos são que a energia de ionização para formar o catião e a afinidade dos electrões para formar o ânion devem ser energeticamente favoráveis - geometricamente favoráveis. A reacção global custa alguma, mas não demasiada, energia. Recapitulando: ▪ Energia de ionização (IE): a energia necessária para remover um electrão do átomo gasoso neutro Afinidade electrónica (EA): a mudança de energia quando um electrão é adicionado a um átomo gasoso neutro 46 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA Z Elemento I II III IV V 1 H 1.3120 2 Ele 2.3723 5.2504 3 Li 0.5203 7.2981 11.8149 4 Seja 0.8995 1.7571 14.8487 21.0065 5 B 0.8006 2.4270 3.6598 25.0257 32.8266 6 C 1.0864 2.3526 4.6205 6.2226 37.8304 7 N 1.4023 2.8561 4.5781 7.4751 9.4449 8 O 1.3140 3.3882 5.3004 7.4693 10.9895 9 F 1.6810 3.3742 6.0504 8.4077 11.0227 10 Ne 2.0807 3.9523 6.122 9.370 12.178 11 Na 0.4958 4.5624 6.912 9.544 13.353 12 Mg 0.7377 1.4507 7.7328 10.540 13.628 13 Al 0.5776 1.8167 2.7448 11.578 14.831 14 Si 0.7865 1.5771 3.2316 4.3555 16.091 15 P 1.0118 1.9032 2.912 4.957 6.2739 16 S 0.9996 2.251 3.361 4.564 7.013 17 Cl 1.2511 2.297 3.822 5.158 6.54 18 Ar 1.5205 2.6658 3.931 5.771 7.238 19 K 0.4189 3.0514 4.411 5.877 7.976 20 Ca 0.5898 1.1454 4.9120 6.474 8.144 21 Sc 0.631 1.235 2.389 7.089 8.844 22 Ti 0.658 1.310 2.6525 4.1746 9.573 23 V 0.650 1.414 2.8280 4.5066 6.294 24 Cr 0.6528 1.496 2.987 4.74 6.69 25 Mn 0.7174 1.5091 2.2484 4.94 6.99 26 Fe 0.7594 1.561 2.9574 5.29 7.24 27 Co 0.758 1.646 3.232 4.95 7.67 28 Ni 0.7367 1.7530 3.393 5.30 7.28 29 Cu 0.7455 1.9579 3.554 5.33 7.71 30 Zn 0.9064 1.7333 3.8327 5.73 7.97 31 Ga 0.5788 1.979 2.963 6.2 32 Ge 0.7622 1.5374 3.302 4.410 9.02 33 Como 0.947 1.7978 2.7355 4.837 6.043 34 Se 0.9409 2.045 2.9737 4.1435 6.59 35 Br 1.1399 2.10 3.5 4.56 5.76 36 Kr 1.3507 2.3503 3.565 5.07 6.24 37 Rb 0.4030 2.632 3.9 5.08 6.85 38 Sr 0.5495 1.0643 4.21 5.5 6.91 39 Y 0.616 1.181 1.980 5.96 7.43 40 Zn 0.660 1.267 2.218 3.313 7.86 41 Nb 0.664 1.382 2.416 3.69 4.877 42 Mo 0.6850 1.558 2.621 4.477 5.91 43 Tc 0.702 1.472 2.850 44 Ru 0.711 1.617 2.747 45 Rh 0.720 1.744 2.997 46 Pd 0.805 1.875 3.177 47 Ag 0.7310 2.074 3.361 48 Cd 0.8677 1.6314 3.616 49 Em 0.5583 1.8206 2.705 5.2 50 Sn 0.7086 1.4118 2.9431 3.9303 6.974 51 Sb 0.8337 1.595 2.44 4.26 5.4 52 Te 0.8693 1.79 2.698 3.610 5.669 53 I 1.0084 1.8459 3.2 54 Xe 1.1704 2.046 3.10 55 Cs 0.3757 2.23 56 Ba 0.5029 0.96526 57 La 0.5381 1.067 1.8501 58 Ce 0.528 1.047 1.949 3.543 3.7 ELECTRONEGATIVIDADE A electronegatividade é uma medida da força com que um átomo de uma molécula atrai electrões. Tal como IE e EA, a dependência da electronegatividade em Z pode ser explicada através do exame das configurações dos electrões. Os átomos com níveis de energia exterior quase completamente preenchidos (por exemplo, F e Cl) são fortemente electronegativos e aceitam facilmente os electrões. No entanto, átomos com conchas exteriores quase vazias (por exemplo, Li e Na) desistem prontamente dos electrões e são fortemente electro- positivos. Os elementos Z superiores também têm uma baixa electronegatividade-idade; como os electrões exteriores estão a uma maior distância do núcleo positivo, os electrões não são tão fortemente atraídos para o átomo. A escala de electronegatividade dos elementos é incluída na Figura 3.4 utilizando a classificação de Pauling. A F é atribuída a maior electronegatividade; quatro e os outros elementos são então baseados neste valor. As diferenças na escala de TABELA 3.5 Energias de ionização dos Elementos (MJ/mol) 59 Pr 0.523 1.018 2.086 3.758 5.543 60 Nd 0.530 1.034 61 Pm 0.536 1.052 62 Sm 0.543 1.068 63 Eu 0.547 1.085 64 Gd 0.591 1.17 65 Tb 0.564 1.112 66 Dy 0.572 1.126 67 Ho 0.581 1.139 68 Er 0.589 1.151 69 Tm 0.596 1.163 2.288 70 Yb 0.6034 1.174 2.43 71 Lu 0.5235 1.34 72 Hf 0.68 1.44 2.25 3.21 73 Ta 0.761 74 W 0.770 75 Re 0.760 76 Os 0.84 77 Ir 0.88 78 Pt 0.87 1.7911 79 Au 0.8901 1.98 80 Hg 1.0070 1.8097 3.30 81 Tl 0.5893 1.9710 2.878 82 Pb 0.7155 1.4504 2.0815 4.083 6.64 83 Bi 0.7033 1.610 2.466 4.37 5.40 84 Po 0.812 85 Em 86 Rn 1.0370 87 Fr 88 Ra 0.5094 0.97906 89 Ac 0.67 1.17 90 Th 1.11 1.93 2.78 91 Pa 92 U 93 Np 94 Pu 0.56 95 Am 0.58 3.7 E L E C T R O N E G A T I V ITY ..................................................................................................................................................................................................................................................................45 GIBBS ENERGIA LIVRE A mudança na energia livre é definida por DG ¼ DH - TDS A mudança na entalpia é dada por (Caixa 3.7) DH = DE + PDV (Caixa 3.8) Quando o processo não envolve alteração de volume, ou seja, PDV = 0, então DH = DE podemos escrever DG = DE - TDS (Caixa 3.9) TABELA 3.7 Parâmetros Termodinâmicos Importantes Elemento Teoria Experimental 1. H 72.766 72.9 2. Ele <0 3. Li 59.8 58 4. Seja —18a <0 5. B 29 6. C 113 121 7. N → N— N- → N2- N2- → N3- 8. O → O— —58b —800b —1290b 120 121 142 O- → O2- —780b 9. F 312–325 328–333 10. Ne <0 <0 11. Na 12. Mg 52 —54c <0 13. Al 48 14. Si 134 15. P 75 16. S → S— S- → S2- 205 200 —590 17. Cl 343 348 18. Ar <0 19. K 45 34–72 20. Ca <0 22. Ti 37.7 23. V 90.4 24. Cr 94.6 26. Fe 56.2 27. Co 90.3 28. Ni 123.1 29. Cu 30. Zn 31. Ga 32. Ge 33. Como 34. Se → Se- Se— → Se2— 173.8 —87c 17c -48d 116c -132d 58c -71d 204d -212c —420 35. Br 324.5 36. Kr <0 37. Rb 19–39 42. Mo 48. Cd —58c 96 49. Em 50. Sn 51. Sb 52. Te 19c -69d 142d 59d 220c 53. I 296 54. Xe <0 55. Cs 19–39 74. W 48 75. Re 81. Tl 117d 14 82. Pb 83. Bi 173d —33d 84. Po 190d Fonte: Berry RS (1969) Chem Rev 69: 533, excepto aEdlen B (1960) J. Chem. Phys 33: 98 bBaughan EC (1961) Trans. Faraday Soc 57: 1863c Ginsberg AP, Miller JM (1958) J Inorg Nucl Chem 7: 351 dPolitzer P (1968) Trans. Faraday Soc 64: 2241 as electronegatividades de dois átomos numa molécula podem ser usadas para estimar as forças de ligação e as ioniciidades de ligação (ou seja, a percentagem de caracteres iónicos na ligação - a extensão da ligação "mista") (ver Secção 4.6 para exemplos numéricos). 3.8 TERMODINÂMICA: FORÇA MOTRIZ DA MUDANÇA Os princípios termodinâmicos são importantes em todos os aspectos da ciência dos materiais. Nesta secção, introduzimos alguns dos fundamentos, mas a termodinâmica é discutida em vários outros capítulos, tais como no que diz respeito a defeitos pontuais no Capítulo 11 e a superfícies no Capítulo 13. O papel principal da termodinâmica na cerâmica é dizer-nos se um sistema é estável e que condições (geralmente mudanças de temperatura ou pressão) podem causar a sua alteração. O nosso sistema pode ser uma estrutura cristalina, uma fase, um grão ligado - ary, um agregado de partículas de pó, ou uma concentração de defeitos. O quadro 3.7 lista alguns dos parâmetros termo- dinâmicos importantes que encontramos na cerâmica, juntamente com as suas unidades. p v TABELA 3.6 Afinidades Electrónicas dos Elementos (kJ/mol) Parâmetro Definição Unidad es Cp Capacidade de calor a pressão constante J/K c Capacidade de calor molar a pressão constante J/K.mol C Capacidade de calor a volume constante J/K cv Capacidade de calor molar a volume constante J/K.mol E Energia J G Gibbs energia livre J H Enthalpy J mi Potencial químico J P Pressão Pa S Entropia J/K T Temperatura K 48 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA ▪ 3.8.1 Estabilidade termodinâmica A energia livre de Gibbs (G) é uma propriedade que fornece uma medida conve- niente da força motriz de uma reacção, e pode ser utilizada para definir a estabilidade termodinâmica. Quando queremos saber se um processo é energeticamente favorável, temos de determinar a mudança na energia livre (DG) associada a esse processo. Para a mudança A ! B que pode ser uma reacção de oxidação ou uma transformação de fase, a mudança na energia livre é DG ¼ GB - GA onde GB é a energia livre do estado final, e GA é a energia livre do estado inicial. ▪ DG < 0 para um processo favorável. Há uma tendência natural para passar espontaneamente de A para B. DG > 0 para um processo desfavorável. A reacção tal como escrita não prossegue espontaneamente; a reacção inversa é a espontânea. DG = 0 para um processo em equilíbrio. 3.8.2 Efeito da temperatura Muitos dos processos de interesse em cerâmica ocorrem a altas temperaturas. A zero absoluto (T = 0 K), o termo contendo a alteração da entropia, TDS, é zero e a DG depende apenas de DE. No entanto, à medida que T aumenta, o termo TDS torna-se cada vez mais importante; e com algum temperamento - um processo pode ocorrer espontaneamente mesmo que DE seja positivo. Os valores de DE e DS dependem da temperatura, e podemos reescrever a caixa 3.9 para ter em conta este facto. DGT = DET - TDST (3.1) O subscrito indica que os valores são dados à temperatura T. Para obter os valores de DET e DST , precisamos de utilizar as capacidades de calor do material. As capacidades de calor molar são: cp = dH/dT (3.2) cv = dE/dT (3.3) Em muitos sólidos, particularmente na cerâmica, com baixos coeficientes de expansão cp ~ cv , é mais fácil obter valores de cp , e a variação com a temperatura é normalmente ajustada a uma expressão analítica da forma: cp = a + bT + cT—2 (3.4) Usamos a equação 3.4 no Capítulo 34 para determinar o cp valor para várias cerâmicas. Utilizando cp podemos obter expressões para DET e DST . T DHT = DH298 + ð 298 ðT c Dc dTp (3.5) Em muitos processos, particularmente os que ocorrem em ST = S0 + 0 p dT (3.6) T Como o sinal da DG depende da temperatura e da pressão, um determinado sistema, tal como uma estrutura de cristal, pode ser estável apenas dentro de um certo intervalo de P e T. Ao variar P e/ou T, a DG acaba por se tornar negativa em relação a alguma outra estrutura e ocorre uma transição de fase. Esta pode ser uma transição de uma estrutura cristalina para outra (por exemplo, transformação de fase em quartzo), ou pode ser uma transição de um estado agregado para outro estado (por exemplo, durante a sinterização quando obtemos o crescimento do grão e uma redução na área limite total do grão), ou pode ser quando derretemos um sólido para formar um líquido. A energia livre de Gibbs é uma função da temperatura, pré - certeza, e do número de toupeiras de todas as espécies presentes no sistema. FORMAS CONVENIENTES DE DG Mistura de A e B para formar uma solução (importante em construção de diagramas de fase) DG = RT(XA ln aA + XB ln a )B Oxidação de um metal para formar uma cerâmica DG = RT ln pO2 Processo electroquímico (tal como numa célula de combustível) DG = -zFE = RT ln p O2 ▪ 3,8 T A S U A M OD I N  M I C A : D R I V I NG F O R C E F O R C H A N G E ..................................................................................................................................................................................47 Se o trabalho externo de expansão devido ao aquecimento for zero (como é quando um material é aquecido a volume constante) ou se for insignificante (como é quando os sólidos são aquecidos a pressão atmosférica), todo o calor fornecido vai para a energia interna; e podemos aproximar-nos do DHT por DET . Valores de DH298 já estão tabulados. A variação da DG com A temperatura é ilustrada na Figura 3.5. Quando os sinais de DET e DST são os mesmos, algumas reacções que não são favoráveis a uma temperatura tornam-se favoráveis a outra, e vice-versa. É muitas vezes útil conhecer a temperatura a que uma reacção se torna favorável - capaz. Esta é a temperatura a que uma DG positivaT muda para uma DG negativaT devido ao termo -TDST . Encontramos esta temperatura cruzada ao definir a DGT em equação 3.1 igual a 0 e resolução para T. 48 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA ¼ ¼ FIGURA 3.5. Variação da energia livre de Gibbs em função da temperatura. Os segmentos verticais estão associados a transformações de fase. FIGURA 3.6. Efeito da temperatura na espontaneidade de reacção. As duas linhas cruzam-se quando a contribuição energética se torna menor que a contribuição da entropia. FIGURA 3.7. A dependência de pressão de Gibbs liberta energias de carbono em grafite e diamante. O diamante torna-se mais estável a altas pressões. 3.8.3 Efeito da pressão As pressões mais elevadas favorecem as estruturas que têm uma maior densidade. A sua formação envolve um decréscimo de volume (nega- tive DV). Por exemplo, o diamante (r 3,51 g cm—3 ) é mais estável que a grafite (r = 2,26 g cm—3 ) a muito alta pressões. À temperatura ambiente, a grafite transforma-se em diamante a pressões superiores a cerca de 1,5 GPa (14.400 atm.), como mostrado na Figura 3.7. A grafite é a fase estável à temperatura e pressão ambiente. O influ- ence de pressão, em T constante, sobre as energias livres de Gibbs de duas fases, a e b, é dado por (∂G( a→b)/∂P)T = DV(a→b) (3.8) 3.8.4 Efeito da Composição Na cerâmica estamos frequentemente a lidar com sistemas multicomponentes tais como o quartzo ternário, argila e feldspato utilizados na formação de porcelanas ou os binários NiO e Al O23 que reagem para formar um espinélio. O equilíbrio, em T e P constantes, é alcançado nestes sistemas quando o potencial químico, mi, de um componente é o mesmo em todas as fases em que está presente. O potencial químico, ou o molar parcial livre energia de um componente numa determinada fase, é definida como mi = (∂G/∂ni )T,P,nj (3.9) onde ni é o número de toupeiras do componente i, e nj é o número de toupeiras do componente j. T DET DST (3.7) A dedução da regra das fases (Capítulo 8), que define as condições de equilíbrio em termos do número de fases e das componentes de um sistema, segue directamente A figura 3.6 mostra o efeito da temperatura sobre a favorabilidade da reacção. As inclinações das duas linhas e a 3,8 T A S U A M OD I N  M I C A : D R I V I NG F O R C E F O R C H A N G E ..................................................................................................................................................................................47 temperatura de crossover dependem do sistema específico. da exigência de que mi de cada constituinte eu seja o mesmo em cada fase em equilíbrio. Se mi for diferente, obtemos uma reacção, cuja taxa é determinada pela cinética. 50 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA Podemos combinar a equação 3.9 com a nossa definição de energia livre de Gibbs e produzir uma forma diferencial da equação de Gibbs. ∂G ¼ V∂P - S∂T + Smi∂ni (3.10) A importância da equação 3.10 é que liga a energia livre do sistema às nossas variáveis experimentais habituais (T e P) e às propriedades observáveis (V e concentração). 3.9 CINÉTICA: VELOCIDADE DA MUDANÇA A termodinâmica diz-nos se um processo pode acontecer. A cinética diz-nos se esse processo acontecerá a uma taxa razoável, ou mensurável. Verificou-se que as taxas de reacções químicas dependem muito fortemente da temperatura. Uma regra útil é que a taxa duplica para cada 10 K de aumento de temperatura. A taxa, k, de muitas reacções segue a lei da taxa de Arrhenius k = A exp - (Ea /RT) (3.11) onde R é a constante de gás (8,314 JK—1 mol—1 ); A é uma constante pré-exponencial independente da temperatura; e Ea é a energia de activação. Uma parcela de k versus T dá uma curva que aumenta exponencialmente. A energia de activação representa a energia mínima necessária para que uma reacção aconteça. O valor de Ea pode ser determinado a partir da forma logarítmica da equação de Arrhenius. ln k = Ea + ln A (3.12) RT Uma parcela de ln k contra 1/T produz uma linha recta com declive -Ea /R, como mostra a Figura 3.8. Este tipo de parcela chama-se parcela de Arrhenius, e diz-se que uma reacção que dá uma tal linha recta mostra o comportamento de Arrhenius. A maioria das reacções que ocorrem a um ritmo moderado (ou seja, ocorrem sensivelmente em minutos ou horas) têm valores de Ea entre 50 e 100 kJ. Para tais reacções, pode-se usar a equação 3.11 para verificar o guia do fotógrafo que as reacções vão duas ou três vezes mais depressa quando a tureza da tureza aumenta em 10 C.◦ Um exemplo importante de um processo que expõe O comportamento Arrhenius é de difusão. O coeficiente de difusão D (unidades de cm2 /s) é uma forte função da temperatura. D = D0 exp(-Ea /RT) (3.13) Para a cerâmica, o valor de Ea varia num intervalo bastante amplo, de cerca de 50 a 800 kJ/mol (~0,5-8 eV por átomo). FIGURA 3.8. Traçado de Arrhenius. O declive da linha indica a energia activa para o processo. A energia de activação representa a energia necessária para que um átomo salte de uma posição atómica para outra. O coeficiente de difusão também depende do potencial químico e do tempo. Estas alterações estão representadas nas leis de Fick, que descrevemos no Capítulo 11. A temperaturas suficientemente baixas, qualquer estrutura pode ser estabilizada cinéticamente. A estabilidade cinética não é um termo bem definido porque o limite abaixo do qual uma taxa de conversão é considerada insignificante é arbitrária. Há muitos exemplos de materiais cinéticamente estabilizados. Dois exemplos em cerâmica são: ▪ Óculos. À temperatura ambiente, um vidro é um material cinético estabilizado. Com tempo suficiente, todos os copos transformar para a sua contraparte cristalina. Tridimita (um polimorfo a alta temperatura de SiO2 ). A transformação do quartzo a 867◦ C deve levar à formação de tridimita. Contudo, a transformação é muito lenta (envolve a alteração completa da estrutura cristalina), e a conversão directa apenas por aquecimento não foi provada. Toda a tridimita natural contém outros óxidos, que se crê estabilizarem a estrutura. Não se pode obter tridimita pura à temperatura ambiente. Note-se que não considerámos o ambiente dos átomos/iões combinados, pelo que não utilizámos a natureza cristalina/amorfa da cerâmica. ▪ 3,9 K I N E T I C S : S P E E D OF C H A N G E ...............................................................................................................................................................................................................................................49 O POVO E A HISTÓRIA Arrhenius, Svante August. Ganhou o Prémio Nobel da Química de 1903 pelo seu trabalho sobre a condutividade eléctrica. de soluções salinas (foi também nomeado para o Prémio de Física). É frequentemente aclamado como pioneiro do ambientalismo moderno pelo seu trabalho sobre o efeito de estufa. Uma das suas previsões era que os Estados Unidos poderiam bombear o seu último barril de petróleo em 1935. Felizmente, provou-se que ele estava errado, mas a sua preocupação com os recursos minerais naturais do mundo e a necessidade de fontes alternativas de energia era presciente. Morreu em 1927 com 68 anos de idade. Barkla, Charles Glover (1877-1944). Nasceu em Widnes, Lancashire, Inglaterra. Depois de obter o seu mestrado em física foi trabalhar no Laboratório Cavendish com J.J. Thomson. Em 1913, aceitou o cargo de Chair in Natural Philosophy na Universidade de Edimburgo, na Escócia; e aí permaneceu até à sua morte. Foi- lhe atribuído o Prémio Nobel da Física de 1917 pela sua descoberta da característica radiação rontgénica dos elementos. Bohr, Neils (Dinamarca): Em 1913, propôs um modelo atómico onde os electrões só se podiam mover em determinadas órbitas estáveis. Ganhou o Prémio Nobel da Física em 1922 e morreu em 1962, aos 77 anos de idade. Boltzmann, Ludwig Eduard. Nasceu em Viena em 1844 e morreu aos 62 anos de idade. A sua "constante" está inscrita no seu túmulo em Viena. Muitos argumentaram fortemente contra as suas ideias, e ele suicidou-se pouco antes das experiências as justificarem. Davisson, Clinton Davis e Germer, Lester Halbert. Estavam a trabalhar nos Laboratórios Bell na altura da sua descoberta da difracção dos electrões. Davisson morreu em 1958 com 76 anos de idade. Germer morreu em 1971, aos 75 anos de idade. de Broglie, Louis. Em 1924, ele formulou a hipótese de que toda a matéria possui propriedades ondulatórias. Duque francês, ganhou o Prémio Nobel da Física em 1929. Morreu em 1987, aos 94 anos de idade. Heisenberg, Werner (1901-1976). Nasceu em Wurzburg, Alemanha. Obteve o seu doutoramento em 1923 na Universidade de Munique. A sua teoria da mecânica quântica foi publicada aos 23 anos de idade, tendo-lhe sido atribuído o Prémio Nobel da Física de 1932 por esta teoria. No final da Segunda Guerra Mundial, foi feito prisioneiro pelas tropas americanas e enviado para Inglaterra. Regressou à Alemanha em 1946. Foi Director do famoso Instituto Max Planck de Física e em 1953 tornou-se Presidente da Fundação Alexander von Humboldt. Morreu em 1976 com 74 anos de idade. Pauli, Wolfgang (1900-1958). Nascido em Viena, Áustria, obteve o seu doutoramento em 1921, na Universidade de Munique. Depois disso, trabalhou com Max Born e depois com Neils Bohr. Teve várias consultas nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo no Institute of Advanced Study em Princeton. Após a guerra regressou ao Instituto Federal de Tecnologia em Zurique, como professor de física. Ganhou o Prémio Nobel da Física de 1945 por desenvolver o princípio da exclusão epónima. Pauling, Linus Carl. Pauling ganhou o Prémio Nobel da Química em 1954 e da Paz em 1962. Morreu em 1994, com 93 anos de idade. Schrodinger, Erwin. Nasceu em Viena, Áustria, em 1887. A sua grande descoberta, a equação da onda de Schr.odinger, foi feita em 1926. Ganhou o Prémio Nobel da Física em 1933 por esse trabalho. Quando Hitler chegou a poder na Alemanha (1933), mudou-se para Inglaterra. Regressou à Áustria, mas teve de fugir quando o seu país natal foi anexado em 1938. Acabou por se mudar para o Instituto de Estudos Avançados de Dublin, onde permaneceu até se reformar. Morreu em 1961, com 73 anos de idade. Thomson, Joseph John e Thomson, George Paget. Estes homens eram pai e filho. Rutherford foi aluno de J.J. em Cambridge. O mais velho Thomson descobriu o electrão em 1897 e ganhou o Prémio Nobel da Física em 1906. O seu filho, G.P. Thomson, ganhou o mesmo Prémio Nobel em 1937 juntamente com Davisson. Ele morreu em 1976 (nascido em 1892). Assim, o pai "provou" que os electrões eram partículas, e o filho "provou" que eram ondas. RESUMO DO CAPÍTULO Revimos alguns dos fundamentos que estão na base de todos os aspectos da ciência dos materiais. O conhecimento da configuração electrónica de um átomo permite-nos compreender algumas das propriedades dos materiais que contêm esse átomo. Ajuda-nos também a determinar o tipo de ligação que ocorre entre diferentes átomos. Na cerâmica, a colagem é importante porque não é simples. Envolve frequentemente contribuições iónicas e covalentes e por vezes também um componente metálico. A termodinâmica e a cinética permitem-nos explicar porquê e como se produzem as reacções químicas. Esta informação é importante em muitas áreas da cerâmica, mas particularmente no processamento da cerâmica. O processamento tradicional de componentes cerâmicos é realizado a altas temperaturas porque de outra forma a cinética seria demasiado lenta. A cinética está muitas vezes intimamente ligada à economia. Os processos que são lentos são normalmente dispendiosos. 52 ................................................................................................................................................ 3 B A C K G R O U N D Y OU N E E D TO K AGORA EXERCÍCIOS 3.1 Explicar a tendência das energias de ionização dos elementos da primeira fila (Na a Cl) da tabela periódica. 3.2 Explicar a tendência das energias de ionização dos iões de carga única dos halogéneos. 3.3 Explicar a tendência nas afinidades dos elementos electrónicos na segunda fila (Na a Cl) da tabela periódica. 3.4 Qual é a energia de ionização de F? Esperaria que o processo de ionização fosse endotérmico ou exotérmico? 3.5 Calcular a energia do Na 3s1 electrão. O valor da energia da primeira ionização do Na é de 0,50 MJ/mol. Explicar a diferença, se houver, entre estes dois números. 3.6 Explicar a tendência nas electronegatividades Pauling de elementos na segunda fila (Na a Cl) da tabela periódica. 3.7 Um electrão tem o quantum principal número quatro. Quais são os valores possíveis de l, ml , e ms para este electrão? 3.8 Determinar a energia de activação para a reacção mostrada na Figura 3.8. 3.9 Embora os óculos não sejam termodinamicamente estáveis, sabemos que eles existem à temperatura ambiente. Explique este fenómeno e descreva brevemente como se poderia aumentar a velocidade a que um copo se cristalizaria. 3.10 Mostrar que a mudança de volume para a grafite de transformação ! diamante é negativa. 3.11 Na Tabela 3.3 destacamos as configurações electrónicas de Cr e Cu. O que há de especial nas configurações electrónicas destes elementos particulares? 3.12 Ao descer uma coluna na tabela periódica, verifica-se geralmente que a electronegatividade diminui para os principais elementos do grupo. Em contraste, ao descer uma coluna de átomos metálicos de transição, não há uma tendência consistente nos valores da electronegatividade. Porquê? 3.13 A energia livre de Gibbs de formação de Ag2 O à temperatura ambiente é de -11 kJ e para Cu2 O o valor correspondente é de -142 kJ. O que é que estes números implicam sobre estes dois óxidos? 3.14 Porque é que a temperatura é tão importante na cerâmica? 3.15 A energia de activação para a migração de nanopartículas de ouro sobre nitreto de gálio foi determinada como sendo de 27 kJ/mol. (1) Converter este número em eV. (2) Esperaria que a energia de activação fosse a mesma para nanopartículas de ouro em todas as cerâmicas? Justifique brevemente a sua resposta. 3.16 Discutir o sinal utilizado para E que diz que a reacção é exotérmica quando a EA é positiva. 3.17 Usando as quatro revistas em questão 1.20, dar 10 excepções à "regra de sombreamento" na Figura 3.4. 3.18 O cruzamento na Figura 3.7 é o quê e onde esperaria? 3.19 Quando é que 50 kJ/mol é aproximadamente igual a 0,5 eV/atom? 3.20 Dizemos que "uma regra útil é que a taxa duplica por cada 10 K de aumento de temperatura". Discutir esta afirmação. REFERÊNCIAS GERAIS Atkins PW, de Paula J (2009) Physical chemistry, 9th edn. Oxford University Press, Oxford, A physical texto de química frequentemente utilizado a nível do segundo/júnior DeHoff R (2006) Thermodynamics in materials science, vol 2. CRC, Boca Raton, Um texto padrão de termodinâmica para a ciência dos materiais Gaskell DR (2008) Introduction to the thermodynamics of materials, vol 5. Taylor e Francis, Nova Iorque, Texto termodinâmico para cursos de licenciatura em ciências dos materiais Huheey JE, Keiter EA, Keiter RL (1997) Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity, vol 4. Cummings, San Francisco, A standard inorganic chemistry textbook. Muito disto deve ser material de apoio Kreyszig E (2011) Advanced engineering mathematics, 10th edn. Wiley, Nova Iorque, texto de matemática de engenharia de nível superior, descreve o método de transformação das coordenadas cartesianas em coordenadas polares e o método de separação das variáveis Pauling L (1960) The nature of the chemical bond, vol 3. Cornell University Press, Ithaca, A classic and one of the most frequently cited of all scientific texts. Dá uma descrição detalhada da sua escala de electronegatividade Planck M (1922) Tratado sobre termodinâmica. Dover Publications, Nova Iorque, Vencedor do Prémio Nobel da Física de 1918 C H A P T E R S U M M A R Y............................................................................................................................................................................................................................................................................51 REFERÊNCIAS ESPECÍFICAS Arrhenius S (1889) Ober die Reacktionsgeschwindigkeit bei der Inversion von Rohrzucker durch S EUROSauren. Z Phys Chem 4:226-248 Bohr N (1913a) A constituição dos átomos e moléculas. Philos Mag 26(1):476-502 Bohr N (1913b) Constituição de átomos e moléculas III. Philos Mag 26(1):857-875 Davisson C, Germer LH (1927) Difracção de electrões por um cristal de níquel. Phys Rev 30:705-740 DeBroglie L (1925) Recherches sur la the'orie des quanta. Ann Phys Paris 3:22-128 Heisenberg W (1927) O problema de vários corpos e ressonância na mecânica quântica. II. Z Phys 41:239-267 Hund F (1925) Interpretação de espectros. Z Phys 33:345-371 Thomson GP, Reid A (1927) Difracção de raios catódicos por uma película fina. Natureza 119:890
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