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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II - 5268 - Turma 09 CORDA VIBRANTE Acadêmicos: Lucas Hideo Kawamoto Macedo RA: 128523 Marco Antonio Almeron Bueno RA: 116874 Docente: Prof. Dr. ****** **** ******* ******* Maringá - PR Fevereiro de 2023 RESUMO Cordas vibrantes são fios flexíveis e tensionados em suas extremidades, sujeitas ao fenômeno de ressonância. Em Física, ressonância é o fenômeno em que um sistema vibratório ou força externa conduz outro sistema a oscilar com maior amplitude em frequências específicas. Nesse contexto, quando a frequência emitida por um sistema - um alto-falante, por exemplo - for igual a uma das frequências próprias do fio, diz-se que a vibração e o fio estão em ressonância. Diante dessa ideia, o experimento realizado teve como objetivo analisar as frequências de vibração de um fio de cordonê quando em ressonância com a vibração emitida por um alto-falante, com base na observação dos harmônicos formados e na frequência emitida pela fonte externa. Palavras-chave: Cordas vibrantes. Ressonância. Frequência de vibração. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 OBJETIVOS 5 3 DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL 5 3.1 Materiais utilizados 5 3.2 Procedimento e montagem experimental 6 4 DISCUSSÕES E RESULTADOS 7 4.1 Dependência da frequência com o número de ventres 7 4.2 Dependência da frequência com o comprimento do fio 10 4.3 Dependência da frequência com a força tensora 14 4.4 Outras considerações 15 5 CONCLUSÃO 18 REFERÊNCIA 19 3 1 INTRODUÇÃO Uma onda pode ser definida como uma perturbação que se propaga em um meio, transportando energia ao invés de matéria. Há diversas classificações para as ondas, e o estudo e a análise de suas propriedades constituem um vasto ramo da física [1]. As cordas vibrantes são fios flexíveis e presos em suas extremidades. Imaginando-se um sistema em que há uma corda vibrante junto a uma fonte externa (como um alto-falante, por exemplo), é possível fazer a corda oscilar, estimulando-a por meio dessa fonte. Quando uma das frequências da corda for idêntica à frequência emitida pelo alto-falante, é possível dizer que ambas - a corda e a fonte estão em ressonância entre si [1]. Quando uma onda estacionária é formada em um fio, alguns pontos do fio permanecem em repouso e sem vibração - os “nós”. Nesses pontos ocorre interferência destrutiva total. Por outro lado, os centros (ou “antinós”) resultam da interferência construtiva e correspondem às regiões no fio onde ocorrem as vibrações [1]. A equação de uma onda progressiva é dada por: (1)𝑦 = 𝑦 𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − ω𝑡) Nessa equação, corresponde à amplitude; , ao tempo; , à frequência𝑦 𝑚 𝑡 ω angular; e , ao número de ondas, sendo que [1].𝑘 𝑘 = 2πλ Como uma onda estacionária é formada a partir da superposição de duas ondas de mesma frequência, amplitude e velocidade, mas com sentidos opostos, é possível reescrever a Eq. (1) da seguinte maneira: (2) 𝑦 = 2𝑦 𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)𝑐𝑜𝑠(ω𝑡) Nessa onda, o valor da amplitude de cada ponto (isto é, de cada valor de x) pode ser encontrado por meio da equação: , (3) 𝑦 = 2𝑦 𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥) 4 sendo que a amplitude será máxima - e igual a - sempre que:2𝑦 𝑚 𝑘𝑥 = π2 ; 3π 2 ; 5π 2 ; ... e mínima - e igual a zero - quando: .𝑘𝑥 = π, 2π, 3π, ... Os pontos de máxima amplitude são chamados de “ventres” ou “antinodos” e estão distantes entre si por um valor de - o que equivale a meio comprimento deλ/2 onda. Os pontos de mínima amplitude são chamados de “nodos” e também distam meio comprimento de onda entre si [1]. Em um experimento com cordas vibrantes típico, é montado um sistema no qual um fio de comprimento L é fixado em ambas as extremidades, sendo que uma extremidade é associada a um diapasão e a outra, a uma massa. É possível utilizar-se um alto-falante no lugar de um diapasão [1]. Ondas incidentes possuem a mesma frequência e se propagam em sentidos opostos, e podem, em certas condições, formar ondas estacionárias. Nesse caso, quando o fio e o alto-falante estiverem com a frequência de vibração idêntica, eles estarão em ressonância - o que pode ser modelado por: , (4)𝐿 = 𝑛 λ2( ) onde os termos e representam, respectivamente, o comprimento do fio e o𝐿 𝑛 número de ventres [1]. A velocidade ( ) com qual a onda percorre um dado meio (no caso do𝑣 experimento, o meio é o fio) pode ser encontrada pela fórmula: (5)𝑣 = 𝐹ρ Na Eq. (5), é a tensão aplicada sobre o fio, e , a densidade linear desse fio𝐹 ρ [1]. 5 O comprimento de onda consiste na distância entre dois pontos no qual a forma da onda se repete durante o mesmo intervalo de tempo. É dado por: , (6)λ = 𝑉𝑓 onde o termo corresponde à frequência de vibração [1].𝑓 É possível, também, construir uma relação que envolve as frequências de vibração, a força tensora e a densidade linear do fio (além do seu comprimento), como mostra a seguinte equação [1]: (7)𝑓 𝑛 = 𝑛2𝐿 𝐹 ρ 2 OBJETIVOS ● Gerar ondas estacionárias em uma corda (fio cordonê); ● Analisar a dependência da frequência de vibração do fio com o número de ventres, o comprimento do fio e a tensão aplicada; ● Obter a velocidade de propagação de uma onda em estado estacionário. 3 DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 Materiais utilizados Para que o experimento fosse realizado, utilizaram-se os seguintes materiais: ● Fio tipo cordonê; ● Quatro massas de valores diferentes; ● Suporte lateral; ● Trena; ● Balança; ● Alto-falante; ● Leitor de frequências; ● Amplificador. 6 3.2 Procedimento e montagem experimental Primeiramente, foram pesadas cinco massas diferentes e anotados os valores. Também foram medidos o comprimento, a massa e o comprimento experimental ( ) do fio.𝐿 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 Em seguida, uma das extremidades do fio foi fixada no alto falante e a outra foi utilizada para suspender as massas. Com a primeira massa já suspensa, o amplificador e o alto falante foram ligados e iniciou-se o experimento. Após a montagem do sistema, com a menor massa já suspensa, o amplificador e o alto falante ligados, iniciou-se o experimento de corda vibrante. O procedimento foi realizado com quatro massas pendulares, tendo pesos divergentes. Esses pesos foram aferidos e numerados em ordem crescente de valores. Com a primeira massa fixa no suporte lateral na extremidade do fio e já suspensa, o fio foi alinhado com a relação a ranhura do suporte e paralelo à mesa. Com o amplificador e alto-falante ligados e ajustados conseguiu-se observar 5 ventres. Esse procedimento foi repetido até as outras 3 massas estarem fixadas juntas no suporte lateral. Para cada massa adicionada, foram anotadas as frequências alcançadas de 1 a 5 números de ventres. Ao decorrer do experimentos as frequências foram anotadas na tabela (11.1). 7 4 DISCUSSÕES E RESULTADOS 4.1 Dependência da frequência com o número de ventres Na primeira parte do experimento, o objetivo foi analisar as frequências de vibração do fio de cordonê quando submetido à influência de forças tensoras exercidas por massas suspensas. Quatro massas foram utilizadas, em ordem crescente, e para cada uma delas foram aferidos os valores de frequência que geraram 1, 2, 3, 4 ou 5 ventres no fio. Os valores obtidos encontram-se organizados na Tabela 1. Tabela 1. Medidas das frequências (f) em função do número de ventres (n) e da tração aplicada ao fio de comprimento L sob a atuação de uma força peso de massa m. 𝑛 = 1 𝑛 = 2 𝑛 = 3 𝑛 = 4 𝑛 = 5 𝑓 (𝐻𝑧) 𝑓 (𝐻𝑧) 𝑓 (𝐻𝑧) 𝑓 (𝐻𝑧) 𝑓 (𝐻𝑧) massa 1 = 50,40 g 17,680 32,549 43,402 68,740 87,171 massa 2 = 100,65 g 20,945 39,584 65,536 90,932 107,900 massa 3 = 150,75 g 31,301 51,395 87,530 108,340 131,890 massa 4 = 200,10 g 33,050 60,026 97,590 113,540 140,850 Lexperimento = 1,5 m Para o cálculo da densidade linear: mfio = 0,25 g lfio = 1,0 m Com os valores da Tabela 1, foi possível determinar o valor da densidade linear ( ) do fio utilizado no experimento.Dado que 1,0 m do fio de cordonê tem 0,25ρ g de massa, calculou-se ,ρ = 0,251,0 chegando-se a = 0,25 g/m para a densidade linear.ρ 8 Depois que esses dados foram recolhidos, procurou-se verificar a dependência da frequência de ressonância (f) com o número de ventres (n) formados na corda devido à ação da força tensora exercida por cada uma das massas. Para que isso fosse feito, plotou-se um gráfico para os valores de f em função de n para cada massa. O gráfico f x n relativo à massa 1 assumiu o seguinte aspecto: Figura 1. Gráfico f x n para o sistema envolvendo a massa 1. O gráfico relativo à massa 2 teve a seguinte forma: Figura 2. Gráfico f x n para o sistema envolvendo a massa 2. O gráfico relativo à massa 3 foi o seguinte: Figura 3. Gráfico f x n para o sistema envolvendo a massa 3. 9 Finalmente, o gráfico f x n relativo à massa 4 assumiu o aspecto abaixo. Figura 4. Gráfico f x n para o sistema envolvendo a massa 4. Como os quatro gráficos construídos apresentaram caráter linear, eles puderam ser modelados por uma equação do tipo y = ax + b - a qual, no plano cartesiano, assume a forma de uma reta oblíqua em relação aos eixos. As retas obtidas, depois de ajustadas, forneceram uma relação diferente para cada massa utilizada. Para a situação envolvendo a massa de 50,40 g, a reta obtida foi modelada pela equação f = 17,14n - 1,2588. Seguindo essa ideia, as retas obtidas para as situações envolvendo as massas de 100,65 g, 150,75 g e 200,10 g foram modeladas pelas equações f = 22,155n - 1,2371, f = 26,477n + 2,2163 e f = 28,094n + 3,9414, respectivamente. Para cada uma das retas encontradas, a constante de proporcionalidade - que multiplica a variável independente n - assumiu um valor específico. Comparando esse valor com os dados da Tabela 1, percebeu-se que ele era muito próximo do valor da frequência obtida para n = 1 em cada uma das quatro situações. Esse valor corresponde, no escopo da Ondulatória, ao que se conhece como “primeiro harmônico”. Ignorando-se o valor dos coeficientes lineares, foi possível perceber que os valores das demais frequências (para cada massa utilizada) comportaram-se como múltiplos do valor obtido para a frequência quando n = 1. De fato, observando as equações obtidas e prestando atenção aos seus coeficientes angulares, foi possível associá-las com a Eq. (7), que relaciona a frequência de ressonância com o número de ventres formandos numa corda quando o comprimento da corda, a sua densidade linear e a força tensora associada a ela são levados em consideração. Rearranjando a Eq. (7), chegou-se a: 10 (8)𝑓 𝑛 = 𝑛 12𝐿 𝐹 ρ( ) De posse dessa nova equação, foi possível perceber que a grandeza que multiplica n, dada por , corresponde aos coeficientes angulares das retas12𝐿 𝐹 ρ( ) encontradas acima e, por consequência, ao primeiro harmônico dentro de um conjunto de ondas estacionárias. O termo multiplicativo - o termo n, no caso - indica que as frequências de ressonância para os demais ventres podem ser interpretadas como sendo múltiplas da frequência encontrada para o primeiro harmônico. 4.2 Dependência da frequência com o comprimento do fio Dando prosseguimento ao experimento, procurou-se analisar a dependência da frequência de ressonância com o comprimento do fio em cada uma das quatro situações. Então buscou-se relacionar a frequência f de vibração de um determinado harmônico n com o comprimento da corda presente entre dois nós consecutivos para o harmônico n em específico. Para a situação envolvendo a massa 1, de 50,40 g, os dados obtidos foram os seguintes: Tabela 2. Dados obtidos via Tabela 1 para a frequência (f) em função do comprimento do fio (L) quando a massa 1 é associada. 𝐿 = 1, 5 𝑚 𝑛 𝑓 (𝐻𝑧) 𝐿 𝑛 = 𝐿𝑛 (𝑚) 1 𝐿 𝑛 (𝑚−1) 1 17,680 2,000 0,500 2 32,549 1,000 1,000 3 43,402 0,666 1,502 4 68,740 0,500 2,000 5 87,171 0,400 2,500 11 Para a configuração com a massa 2, de 100,65 g, construiu-se a Tabela 3. Tabela 3. Dados obtidos via Tabela 1 para a frequência (f) em função do comprimento do fio (L) quando a massa 2 é associada. 𝐿 = 1, 5 𝑚 𝑛 𝑓 (𝐻𝑧) 𝐿 𝑛 = 𝐿𝑛 (𝑚) 1 𝐿 𝑛 (𝑚−1) 1 20,945 2,000 0,500 2 39,584 1,000 1,000 3 65,536 0,666 1,502 4 90,932 0,500 2,000 5 107,900 0,400 2,500 Para a configuração com a massa 3, de 150,75 g, construiu-se a Tabela 4. Tabela 4. Dados obtidos via Tabela 1 para a frequência (f) em função do comprimento do fio (L) quando a massa de 150,75 g é associada. 𝐿 = 1, 5 𝑚 𝑛 𝑓 (𝐻𝑧) 𝐿 𝑛 = 𝐿𝑛 (𝑚) 1 𝐿 𝑛 (𝑚−1) 1 31,301 2,000 0,500 2 51,395 1,000 1,000 3 87,530 0,666 1,502 4 108,340 0,500 2,000 5 131,890 0,400 2,500 Por fim, para a configuração com a massa 4, de 200,10 g, foi construída a Tabela 5. 12 Tabela 5. Dados obtidos via Tabela 1 para a frequência (f) em função do comprimento do fio (L) quando a massa de 200,10 g é associada. 𝐿 = 1, 5 𝑚 𝑛 𝑓 (𝐻𝑧) 𝐿 𝑛 = 𝐿𝑛 (𝑚) 1 𝐿 𝑛 (𝑚−1) 1 33,050 2,000 0,500 2 60,026 1,000 1,000 3 97,590 0,666 1,502 4 113,540 0,500 2,000 5 140,850 0,400 2,500 Depois que os dados de interesse foram coletados, um gráfico f x foi1𝐿 𝑛 plotado para cada situação. Para a situação envolvendo a massa 1, o gráfico foi o seguinte: Figura 5. Gráfico f x 1/L para o sistema envolvendo a massa 1. Para a situação envolvendo a massa 2, o gráfico teve o aspecto abaixo. Figura 6. Gráfico f x 1/L para o sistema envolvendo a massa 2. 13 Para a situação envolvendo a massa 3, o gráfico assumiu a seguinte forma: Figura 7. Gráfico f x 1/L para o sistema envolvendo a massa 3. E, para a situação envolvendo a massa 4, o gráfico foi o seguinte: Figura 8. Gráfico f x 1/L para o sistema envolvendo a massa 4. Analogamente ao que ocorreu para a análise do comportamento de f em função de n, os gráficos representados nas Figuras 5, 6, 7 e 8 também apresentaram comportamento linear, podendo ser modelados por equações de reta. As equações dessas retas são f = 34,272/L - 1,2614, f = 44,304/L - 1,2457, f = 52,951/L + 2,2029 e f = 56,185/L + 3,9254, respectivamente. Nas equações dessas retas, o coeficiente linear equivale, em teoria, ao valor do primeiro harmônico para cada valor de massa, ao passo que o coeficiente angular equivale à raiz quadrada da força tensora (F) dividida pela densidade linear ( ) do fio e multiplicada por ½. Ignorando-se o coeficiente linear, se essa ideia forρ levada em consideração e a análise dimensional for realizada, tem-se o seguinte: ,[𝑓] = 1𝐿 𝑀.𝐿/𝑇2 𝑀/𝐿 = 1 𝐿 𝑀2 𝑇2 = 1𝑀 𝑀 𝑇 = 1 𝑇 14 onde as dimensões de massa, comprimento e tempo são representadas por M, L e T, respectivamente - o que deixa claro que o coeficiente angular tem as mesmas dimensões que a frequência calculada. Por fim, a Equação de Lagrange [Eq. (7)] pôde ser obtida por meio de combinações envolvendo as Eqs. (4), (5) e (6). Substituindo a Eq. (5) na (6), chegou-se a: (9)λ = 1𝑓 𝐹 ρ Substituindo a equação obtida na Eq. (4) e rearranjando os termos para que f seja a variável dependente, encontrou-se: ,𝑓 𝑛 = 𝑛2𝐿 𝐹 ρ que corresponde à Equação de Lagrange. 4.3 Dependência da frequência com a força tensora Na terceira fase do experimento, buscou-se analisar a dependência da frequência de ressonância (f) com a força tensora (F). Para isso, escolheu-se o modo de vibração 2, que apresentou resultados mais consistentes. Tendo-se em mente que a força tensora exercida pelas massas sobre o fio é numericamente igual ao peso destas (a saber, F = P = mg, em que P representa a força-peso e g, a aceleração gravitacional), foi possível construir a Tabela 6. Tabela 6. Frequência em função da força tensora, considerando que g = 9,80665 m/s2. 𝑛 = 2 𝑓 (𝐻𝑧) 𝑓² (𝐻𝑧) 𝐹 (𝑁) 32,549 1059,437 0,5384 39,584 1566,893 0,9870 51,395 2641,440 1,4783 60,026 3603,120 1,9623 15 O gráfico f2 x F, confeccionado com os dados da Tabela 6, teve o seguinte aspecto: Figura 9. Gráfico f2 x F para n = 2. O gráfico confeccionado pôde ser modelado por meioda equação de uma reta, dada por f’ = 1808,3F - 21,783, em que f’ = f2. Analisando essa equação numérica, percebeu-se que ela poderia ser associada à Eq. (7). Realmente, elevando-se ambos os membros da Eq. (7) ao quadrado, encontrou-se: (10)𝑓 𝑛 2 = 𝑛 2 4𝐿2ρ 𝐹 Comparando-se a Eq. (10) com a equação obtida para a reta f2 x n, notou-se que o coeficiente angular dessa reta corresponde ao termo que multiplica F na (10). 4.4 Outras considerações Foi possível comparar as frequências dos harmônicos obtidas experimentalmente com as frequências que seriam esperadas na teoria. Para encontrar a frequência teórica (fT), utilizou-se a Eq. (8) Os valores de fT encontrados para o sistema em que a massa 1, produtora da força tensora F = 0,5384 N , é associada, junto com as frequências experimentais (fEXP) e os desvios percentuais (D%), aparecem na tabela abaixo. 16 Tabela 7. Comparação dos valores de fT e fEXP quando o sistema está sob a ação da massa 1. 𝑛 𝑓 𝑇 (𝐻𝑧) 𝑓 𝐸𝑋𝑃 (𝐻𝑧) 𝐷 % 1 11,501 17,680 53,7% 2 23,203 32,549 40,2% 3 34,804 43,402 24,7% 4 46,405 68,740 48,1% 5 58,007 87,171 50,2% Os valores encontrados para os sistemas com as massas 2, 3 e 4 aparecem nas Tabelas 8, 9 e 10, respectivamente. Tabela 8. Comparação dos valores de fT e fEXP quando o sistema está sob a ação da massa 2. 𝑛 𝑓 𝑇 (𝐻𝑧) 𝑓 𝐸𝑋𝑃 (𝐻𝑧) 𝐷 % 1 15,708 20,945 33,3% 2 31,416 39,584 26,0% 3 47,124 65,536 39,9% 4 62,832 90,932 44,7% 5 78,840 107,90 26,9% Tabela 9. Comparação dos valores de fT e fEXP quando o sistema está sob a ação da massa 3. 𝑛 𝑓 𝑇 (𝐻𝑧) 𝑓 𝐸𝑋𝑃 (𝐻𝑧) 𝐷 % 1 19,224 31,301 62,8% 2 37,449 51,395 37,2% 3 57,672 87,530 51,8% 4 76,896 108,34 40,9% 5 96,120 131,89 37,2% 17 Tabela 10. Comparação dos valores de fT e fEXP quando o sistema está sob a ação da massa 4. 𝑛 𝑓 𝑇 (𝐻𝑧) 𝑓 𝐸𝑋𝑃 (𝐻𝑧) 𝐷 % 1 22,149 33,050 49,2% 2 44,298 60,026 35,3% 3 66,447 97,590 46,9% 4 88,596 113,54 28,1% 5 110,745 140,85 27,2% Se os erros experimentais forem desprezados, foi possível afirmar que a Equação de Lagrange, exibida em (8), prevê de forma satisfatória os resultados do experimento, já que ela contém informações a respeito do comprimento L do fio, bem como de sua densidade linear e da força tensora F que está sendo aplicadaρ sobre ele. Dando continuidade aos cálculos, buscou-se, por meio da Eq. (6), calcular a velocidade (v) do conjunto/trem de ondas para cada um dos quatro valores de F. Para a força F = 0,5384 N, exercida pela massa 1, calculou-se: 𝑣 = 0,53840,00025 = 46, 41 𝑚/𝑠 Cálculos similares foram feitos para as forças exercidas pelas massas 2, 3 e 4, e os resultados foram organizados na Tabela 11. Tabela 11. Dados da velocidade (v) em função da força tensora (F) exercida pelas massas. 𝐹 (𝑁) 𝑣 (𝑚/𝑠) 0,5384 46,41 0,9870 62,83 1,4783 76,90 1,9623 88,59 18 5 CONCLUSÃO De modo geral, chegou-se à conclusão de que os resultados encontrados nas três etapas do experimento não foram satisfatórios. Por exemplo, comparando-se os valores encontrados para as frequências experimentais com os esperados (aplicando-se a fórmula), observou-se que os primeiros distanciaram-se consideravelmente do que seria ideal. No entanto, apesar de situações como essa, foi possível perceber que grandezas como a densidade linear da corda, o comprimento da corda e a força tensora exercida pela massa são absolutamente relevantes para que sistemas envolvendo cordas vibrantes sejam estudados. 19 REFERÊNCIA [1] FERNANDES, P. R. G.; MUKAI, H. Manual de Laboratório de Física Experimental II. Maringá: UEM, 2018.
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