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/LQJXDJHQV��3RUWXJX«V
2ȖGSPEW�8EHEWLM
2022
Linguagem 
H�O®QJXD
01
amor, esse sufoco,
agora pouco era muito,
agora, apenas um sopro
ah, XVSȐS de louco,
GSVEȐȝIW trocando rosas
e socos
LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. 7ȌS Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 196.
Poema de Paulo Leminski
ï7H�DPRð��9DQHVVD�GD�0DWD
Linguagem
A bailarina Marilena 
Ansaldi expressa, por 
meio do corpo, os 
sentidos do amor
ƈ3 termo linguagem tem muitos significados e sentidos, mas vamos nos
deter aqui em duas de suas HIJMRMȐȝIW� as mais importantes. A primeira Ȓ:
faculdade cognitiva exclusiva da IWTȒGMI humana que permite a cada MRHMZȖHYS
representar e expressar simbolicamente sua I\TIVMȓRGME de vida, assim como
adquirir, processar, produzir e transmitir conhecimento. 2țW somos seres muito
particulares, porque temos precisamente essa capacidade EHQMVȊZIP de significar,
isto Ȓ� de produzir sentido por meio de WȖQFSPSW� sinais, signos, ȖGSRIW etc.
Nenhum gesto humano Ȓ neutro, MRKȓRYS� vazio de sentido: muito pelo GSRXVȊVMS�
ele Ȓ sempre carregado de sentido, nos mais variados graus, e cabe justamente ȉ
nossa capacidade de linguagem interpretar o sentido implicado em cada
QERMJIWXEȐȌS dos outros membros da nossa IWTȒGMI. (...
Ɖ
/LQJXDJHP�YHUEDO�H�Q¤R�YHUEDO
ƈ% segunda HIJMRMȐȌS de linguagem Ȓ decorrente da primeira: todo e
qualquer sistema de signos empregados pelos seres humanos na TVSHYȐȌS de
sentido, isto Ȓ� para expressar sua faculdade de VITVIWIRXEȐȌS da I\TIVMȓRGME e do
conhecimento. Ƿ dessa segunda EGITȐȌS de linguagem que TVSZȒQ uma HMWXMRȐȌS
fundamental: a de linguagem verbal e linguagem RȌS verbal. A linguagem verbal Ȓ
aquela que se expressa por meio do verbo (termo de origem latina que significa
ƈTEPEZVEƉ
� ou seja, da PȖRKYE, que Ȓ� de longe, o sistema de signos mais completo,
complexo, JPI\ȖZIP e EHETXȊZIP de todos (...). A linguagem RȌS verbal Ȓ a que se
vale de outros signos, RȌS PMRKYȖWXMGSW, signos que podem ser dos mais diversos e
diferentes tipos: cores, sons, figuras, bandeiras, JYQEȐE, ȖGSRIW etc. Ƿ essa
riqueza de possibilidades de VITVIWIRXEȐȌS e I\TVIWWȌS que nos permite falar de
linguagem musical, linguagem GMRIQEXSKVȊJMGE, linguagem teatral, linguagem
corporal, linguagem da HERȐE, da pintura, da escultura, da arquitetura, da
fotografia (...).Ɖ
/LQJXDJHP�YHUEDO�H�Q¤R�YHUEDO
Muitos KȓRIVSW textuais recorrem ȉ
GSQFMREȐȌS das linguagens verbal e
RȌS verbal para GSRWXVYȖVIQ e
efetivarem sua GSQYRMGEȐȌS� VIEPȐERHS
sentidos e buscando EPGERȐEV seus
interlocutores.
Linguagem mista
Exemplo 1
Campanha do governo de Portugal
Exemplo 2
Exemplo 2
ƈO termo PȖRKYE costuma ser definido sob dois pontos de vista: o
XȒGRMGS-GMIRXȖJMGS e o sociocultural. De acordo com o primeiro, uma PȖRKYE Ȓ um
sistema formado por diferentes QțHYPSW: o JSRȒXMGS (os sons relevantes para a
IRYRGMEȐȌS
� o QSVJSWWMRXȊXMGS (as unidades significativas e seu arranjo em frases
e textos, segundo regras) e o WIQȋRXMGS (os significados e os sentidos). Outra
HMZMWȌS Ȓ a que TVSTȝI um PȒ\MGS (todas as palavras da PȖRKYE
 e uma KVEQȊXMGE
(as regras que permitem GSQFMREȐȝIW dessas palavras para fazerem sentido).
Essa Ȓ a GSRGITȐȌS da PȖRKYE como estrutura, como uma entidade EYXȜRSQE� que
pode ser estudada em si mesma, sem VIJIVȓRGME a fatores externos. (...
Ɖ
/LQJXDJHP�YHUEDO��O®QJXD
ƈ3 ponto de vista sociocultural Ȓ aquele assumido pela maioria das
pessoas, isto Ȓ� as que RȌS WȌS especializadas nos estudos GMIRXȖJMGSW da
linguagem. Assim, quando WEȖQSW do campo XȒGRMGS� especializado, nos
deparamos com as GSRGITȐȝIW do senso comum, ou seja, as ideias mais ou
menos cristalizadas que circulam na sociedade e na cultura. Aqui, a HIJMRMȐȌS de
PȖRKYE Ȓ vaga e imprecisa, impregnada de mitos culturais e preconceitos sociais,
decorrentes de longos processos LMWXțVMGSW� IWTIGȖJMGSW a determinado povo,
REȐȌS ou grupo social. Um dos IWXIVIțXMTSW culturais mais resistentes Ȓ o que
identifica PȖRKYE ao modelo idealizado de escrita PMXIVȊVME, geralmente obsoleta,
que podemos chamar de norma-TEHVȌS e que vem descrito e prescrito nos livros
chamados KVEQȊXMGEW normativas.Ɖ
/LQJXDJHP�YHUEDO��O®QJXD
ƈ9QE terceira perspectiva, mais recente, estuda a PȖRKYE RȌS Wț como
estrutura JSRSQSVJSWWMRXȊXMGE, mas sobretudo em seus aspectos WIQȋRXMGSW,
TVEKQȊXMGSW e discursivos. Segundo essa abordagem, Wț existe PȖRKYE em
MRXIVEȐȌS social, de modo que Ȓ preciso examinar e compreender os processos
envolvidos na TVSHYȐȌS de sentido que se HȊ toda vez que falamos e/ou
escrevemos. Aqui a PȖRKYE RȌS Ȓ uma entidade abstrata: ao GSRXVȊVMS� ela Ȓ vista
como uso concreto, uso que se faz sempre e inevitavelmente na forma de um
discurso que se molda segundo as GSRZIRȐȝIW dos QȠPXMTPSW KȓRIVSW que
circulam numa sociedade-cultura. Assim, os textos Ɓ falados e escritos Ɓ WȌS
molduras PMRKYȖWXMGEW em que os enunciados se interconectam (por meio de
fatores como GSIWȌS e GSIVȓRGME� entre outros) para conferir sentido ao discurso
expresso como KȓRIVS textual.Ɖ
/LQJXDJHP�YHUEDO��O®QJXD
ï/®QJXDð��&DHWDQR�9HORVR
/®QJXD
O que quer, o que pode 
YQE�PȖRKYE#
+SWXS�HI�WIRXMV�E�QMRLE�PȖRKYE�VSȐEV�E�PȖRKYE�HI�0YȖW�
HI�'EQȝIW
Gosto de ser e de estar
)�UYIVS�QI�HIHMGEV�E�GVMEV�GSRJYWȝIW�HI�TVSWțHME
)�YQE�TVSJYWȌS�HI�TEVțHMEW
Que encurtem dores
)�JYVXIQ�GSVIW�GSQS�GEQEPIȝIW
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
)�WIM�UYI�E�TSIWME�IWXȊ�TEVE�E�TVSWE
%WWMQ�GSQS�S�EQSV�IWXȊ�TEVE�E�EQM^EHI
)�UYIQ�LȊ�HI�RIKEV�UYI�IWXE�PLI�Ȓ�WYTIVMSV#
E deixa os Portugais QSVVIVIQ�ȉ�QȖRKYE
ƈ1MRLE�TȊXVME�Ȓ�QMRLE�PȖRKYEƉ
Fala Mangueira! Fala!
*PSV�HS�0ȊGMS�7EQFțHVSQS�0YWEQȒVMGE PEXMQ�IQ�Tț
O que quer
O UYI�TSHI�IWXE�PȖRKYE#
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
)�S�JEPWS�MRKPȓW�VIPE\�HSW�WYVJMWXEW
7INEQSW�MQTIVMEPMWXEW��'EHȓ? Sejamos imperialistas!
Vamos na ZIPȜ HE�HMGȐȌS�choo-choo de Carmem 
Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E Ɓ xeque-mate Ɓ explique-nos Luanda
3YȐEQSW�GSQ�EXIRȐȌS�SW�HIPIW�I�SW�HIPEW�HE�8:�
Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes IQ�Ȍ
(I�GSMWEW�GSQS�VȌ�I�ȖQȌ
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e 
%VVMKS�&EVREFȒ
)�1EVME�HE�*Ȓ
Se ZSGȓ�XIQ�YQE�ideia MRGVȖZIP�Ȓ�QIPLSV�JE^IV�YQE�
GERȐȌS
)WXȊ�TVSZEHS�UYI�Wț�Ȓ�TSWWȖZIP�JMPSWSJEV�IQ�EPIQȌS
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
)�S�6IGȜRGEZS��I�S�6IGȜRGEZS��I�S�6IGȜRGEZS�QIY�
medo
%�PȖRKYE�Ȓ�QMRLE�TȊXVME
)�IY�RȌS�XIRLS�TȊXVME��XIRLS�QȊXVME
E quero JVȊXVME
4SIWME�GSRGVIXE��TVSWE�GEțXMGE
ȀXMGE�JYXYVE
Samba-rap, chic-left com banana
(- 7IVȊ�UYI�IPI�IWXȊ�RS�4ȌS�HI�%ȐȠGEV#
- 8Ȋ�craude FVȜ
- :SGȓ�e tu
- Lhe amo
- 5YȒ queu XI�JEȐS��RIKS#
- Bote ligeiro!
- Ma'de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar 
desesperado!
- Ȁ�8EZMRLS��TȝI�GEQMWSPE�TVE�HIRXVS��EWWMQ�QEMW�
pareces um espantalho!
- I like to spend some time in Mozambique
- %VMKEXȜ, EVMKEXȜ!)
2țW�GERXS-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
0MZVSW��HMWGSW��ZȖHISW�ȉ�QERGLIME
E deixa que digam, que pensem, que falem
/HWUD�GH�ï/®QJXDð��GH�&DHWDQR�9HORVR
9DULD¨¤R�
OLQJX®VWLFD
02
3UD�FRPH¨DUõ
Emicida
O artista brasileiro 
Emicida abordando o 
preconceito PMRKYȖWXMGS�
no dia a dia
9DULD¨¤R�OLQJX®VWLFD
ƈ3 termo ZEVMEȐȌS se aplica a uma GEVEGXIVȖWXMGE das PȖRKYEW humanas que faz parte de sua TVțTVME
natureza: a heterogeneidade. A palavra PȖRKYE nos HȊ uma MPYWȌS de uniformidade, de homogeneidade, que RȌS
corresponde aos fatos. Quando nos referimos ao TSVXYKYȓW� ao JVERGȓW� ao GLMRȓW� ao ȊVEFI etc., usamos um
VțXYPS ȠRMGS para designar uma multiplicidade de modos de falar decorrente da multiplicidade das sociedades
e das culturas em que as PȖRKYEW WȌS faladas. Cada um desses modos de falar recebe o nome de variedade
PMRKYȖWXMGE. Por isso, muitos autores definem PȖRKYE como ƈYQ conjunto de ZEVMIHEHIWƉ e substituem a RSȐȌS
da PȖRKYE como um sistema pela RSȐȌS da PȖRKYE como um polissistema, formado por essas QȠPXMTPEW
variedades.
A ZEVMEȐȌS PMRKYȖWXMGE se manifesta desde o RȖZIP mais elevado e coletivo Ɓ quando comparamos,por exemplo, o TSVXYKYȓW falado em dois TEȖWIW diferentes (Brasil e Angola) Ɓ EXȒ o RȖZIP mais baixo e
individual, quando observamos o modo de falar de uma ȠRMGE pessoa, a tal ponto que Ȓ TSWWȖZIP dizer que o
RȠQIVS de ƈPȖRKYEWƉ num TEȖW Ȓ o mesmo de habitantes de seu XIVVMXțVMS. Entre esses dois RȖZIMW extremos, a
ZEVMEȐȌS Ȓ observada em diversos outros RȖZIMW: grandes VIKMȝIW, estados, VIKMȝIW dentro dos estados, classes
sociais, faixas IXȊVMEW, RȖZIMW de renda, graus de IWGSPEVM^EȐȌS, TVSJMWWȝIW, acesso ȉW tecnologias de
MRJSVQEȐȌS� usos escritos e usos falados.Ɖ
9DULD¨¤R�OLQJX®VWLFD
ƈ% GSRWGMȓRGME de que a PȖRKYE Ȓ ZEVMȊZIP remonta ȉ Antiguidade, quando os primeiros estudiosos
da PȖRKYE grega tentaram WMWXIQEXM^Ȋ-la para o ensino e para a GVȖXMGE PMXIVȊVME. Eles, no entanto, fizeram uma
EZEPMEȐȌS negativa da ZEVMEȐȌS� que viram como um SFWXȊGYPS para a YRMJMGEȐȌS territorial e para a HMJYWȌS da
PȖRKYE. Foi nessa ȒTSGE �WȒGYPS III a.C.) que surgiu a disciplina chamada KVEQȊXMGE� dedicada explicitamente a
criar um modelo de PȖRKYE que se elevasse acima da ZEVMEȐȌS e servisse de instrumento de controle social por
meio de um instrumento PMRKYȖWXMGS. A GSRWIUYȓRGME cultural desse processo LMWXțVMGS Ȓ que o termo PȖRKYE
passou a ser usado, no senso comum, para rotular exclusivamente esse modelo idealizado, PMXIVȊVMS� enquanto
todos os usos reais, principalmente falados, foram PERȐEHSW ȉ categoria do erro.
Com os EZERȐSW das GMȓRGMEW da linguagem, essa ZMWȌS foi abandonada: o exame minucioso de
cada variedade PMRKYȖWXMGE revela que ela tem sua TVțTVME PțKMGE gramatical, Ȓ XȌS regrada quanto a PȖRKYE
PMXIVȊVME idealizada, e serve perfeitamente bem como recurso de MRXIVEȐȌS e MRXIKVEȐȌS social para seus
falantes. Diante disso, um novo projeto de IHYGEȐȌS PMRKYȖWXMGE vem se formando: Ȓ preciso ampliar o
VITIVXțVMS e a GSQTIXȓRGME PMRKYȖWXMGE dos aprendizes, PIZȊ-los a se apoderar da escrita e dos muitos KȓRIVSW
discursivos associados a ela, sem contudo desprezar suas variedades PMRKYȖWXMGEW de origem, valorizando-as,
ao GSRXVȊVMS� como elementos formadores de sua identidade individual e social e como TEXVMQȜRMS cultural do
TEȖW.Ɖ
9DULD¨¶HV�OLQJX®VWLFDV
9DULD¨¤R regional01 9DULD¨¤R�VRFLDO02
9DULD¨¤R�HVWLO®VWLFD03 9DULD¨¤R�KLVW´ULFD04
9DULD¨¤R�UHJLRQDO
Acontece entre pessoas de
diversas VIKMȝIW onde se fala a
mesma PȖRKYE. Ela se verifica
devido ȉW MRJPYȓRGMEW ocorridas
em cada VIKMȌS quando da sua
JSVQEȐȌS. Ou ainda, porque os
falantes de uma certa VIKMȌS
representam uma comunidade
PMRKYȖWXMGE� identifica em JYRȐȌS
das GEVEGXIVȖWXMGEW PMRKYȖWXMGEW
comuns.
9DULD¨¤R�VRFLDO
7ȌS aquelas relacionadas ao
perfil social do falante (idade,
KȓRIVS� RȖZIP WSGMSIGSRȜQMGS�
etc.) e aos grupos de que ele faz
parte, seja no campo
profissional, seja na ȊVIE do
lazer ou da cultura.
Ƿ aqui que falamos das KȖVMEW
(mas XȖTMGEW de um grupo social)
e dos NEVKȝIW �KȖVMEW de um grupo
profissional).
9DULD¨¤R�HVWLO®VWLFD
8EQFȒQ chamadas de
situacionais, WȌS aquelas
relacionadas ȉ WMXYEȐȌS
comunicativa em que se
encontra o falante: utilizando-se
a linguagem formal em
contextos formais e a linguagem
informal (coloquial) em
WMXYEȐȝIW sociocomunicativas de
maior intimidade.
9DULD¨¤R�HVWLO®VWLFD��
Quando pensamos nos usos do
TSVXYKYȓW formal e informal,
precisamos recordar a RSȐȌS de
normas urbanas de TVIWXȖKMS�
pois elas WȌS as variedades
empregadas, em contextos
formais, por grupos de maior
TVIWXȖKMS social (aquilo que, no
cotidiano, chamamos de norma
TEHVȌS ou PȖRKYE TEHVȌS
.
9DULD¨¤R�KLVW´ULFD
Ƿ a QYHERȐE que a PȖRKYE sofre
no decorrer do tempo. Pode
incidir sobre praticamente todos
os aspectos do idioma (grafia,
TVSRȠRGME� WIQȋRXMGE� PȒ\MGS�
sintaxe).
Outros conceitos importantes
Preconceito 
OLQJX®VWLFR
*®ULDV�H�MDUJ¶HV
Normas urbanas de 
SUHVW®JLR
O que aprendemos?
� Todas as PȖRKYEW variam.
� As normas urbanas de TVIWXȖKMS WȌS aquelas normalmente usadas por pessoas escolarizadas,
moradoras dos centros urbanos e pertencentes ȉW camadas economicamente mais altas.
� As outras ZEVMEȐȝIW WȌS igualmente ZȊPMHEW e seus falantes RȌS devem ser discriminados, pois tal atitude
caracteriza preconceito PMRKYȖWXMGS.
� As ZEVMEȐȝIW sociais WȌS HMJIVIRȐEW no uso da PȖRKYE decorrentes da classe social do falante, da sua
faixa IXȊVME� do seu RȖZIP de escolaridade, do sexo e do grupo social a que ele pertence.
� A ZEVMEȐȌS regional refere-se ȉW HMJIVIRȐEW decorrentes da VIKMȌS de origem do falante.
� A ZEVMEȐȌS de registro refere-se ao grau de formalidade em que se HȊ a GSQYRMGEȐȌS: coloquial ou
formal.
� .EVKȝIW e KȖVMEW WȌS empregos particulares do PȒ\MGS que identificam um grupo social ou profissional.
� Os NEVKȝIW WȌS ZSGEFYPȊVMSW TVțTVMSW de grupos profissionais.
� As KȖVMEW WȌS palavras que foram criadas ou cujo sentido foi modificado pelos membros de um grupo
social para MHIRXMJMGȊ-lo e HMJIVIRGMȊ-lo dos demais.
Papo de Segunda
*ȊFMS Porchat, Francisco
Bosco, Emicida, .SȌS
Vicente e Geovani
Martins debatem sobre
preconceito PMRKYȖWXMGS e
sobre a MRZIRȐȌS da
KVEQȊXMGE como uma
MRZIRȐȌS de classe.
9Q�HSW�TEMRȒMW�HE�I\TSWMȐȌS�ƈMenas��S�GIVXS�HS�IVVEHS��S�IVVEHS�HS�GIVXSƉ��ETVIWIRXEHE�IQ������TIPS�1YWIY�HE�0ȖRKYE�Portuguesa
O Museu da 0ȖRKYE Portuguesa
apresentou em 2010 a I\TSWMȐȌS
ƈMenas: o certo do errado, o errado do
GIVXSƉ� com o objetivo de promover nos
visitantes uma VIJPI\ȌS sobre os mais
diversos usos da PȖRKYE.
Uma I\TSWMȐȌS que propicie uma
VIJPI\ȌS sobre as XVERWKVIWWȝIW
PMRKYȖWXMGEW mais frequentes do
brasileiro e sobre a criatividade no uso
da PȖRKYE portuguesa Ȓ importante para
os YWYȊVMSW dela?
)XQ¨¶HV�GD�
linguagem
03
A fala e a escrita WȌS utilizadas RȌS Wț para expressar nosso
pensamento, mas XEQFȒQ para realizar EȐȝIW (jurar, prometer, xingar, etc.), ou
para produzir certo efeito sobre o outro. Nesse sentido, pode-se dizer que, ao
falar ou escrever, temos sempre uma MRXIRȐȌS ou objetivo, ou seja, sempre
pretendemos algo.
A linguagem RȌS serve apenas para transmitir MRJSVQEȐȝIW. Ela
XEQFȒQ pode ter a JYRȐȌS de levar o outro a tomar uma atitude (como andar com
WIKYVERȐE no XVȋRWMXS
� manter o contato com o outro, JE^ȓ-lo rir, emocionar-se,
refletir, etc. A linguagem XEQFȒQ pode servir para darmos ZE^ȌS ao nosso
mundo interior, para entendermos o mundo e refletirmos sobre ele, entre outras
JYRȐȝIW.
/LQJXDJHP�H�LQWHQ¨¶HV
Ɣ Mensagem: o conjunto de MRJSVQEȐȝIW que
se quer transmitir.
Ɣ Emissor ou remetente: aquele de quem parte
a mensagem.
Ɣ Receptor ou HIWXMREXȊVMS: aquele a quem se
destina a mensagem.
Ɣ 'țHMKS: um sistema de signos que emissor e
receptor precisam compartilhar, total ou
parcialmente, para que haja a GSQYRMGEȐȌS.
Ɣ Canal ou contato: o meio pelo qual emissor e
receptor se comunicam (por exemplo, o
telefone, o papel ou o TVțTVMS ar, quando se
fala).
Ɣ Referente ou contexto: o assunto da
mensagem, aquilo a que ela se refere.
Os seis elementos
O linguista russo Roman Jakobson (1896-1982), observando que a
linguagem cumpre JYRȐȝIW diferentes de acordo com a WMXYEȐȌS de
GSQYRMGEȐȌS, desenvolveu uma das mais conhecidas Teorias da 'SQYRMGEȐȌS.
Segundo essa teoria, participam do processo de GSQYRMGEȐȌS os seguintes
elementos: emissor, receptor, GțHMKS, mensagem, canal e referente.
Uma vez que, segundo a teoria de Jakobson, existem seis elementos
no processo comunicativo, XEQFȒQ existem seis JYRȐȝIW da linguagem, cada
uma correspondente a um dos elementos: referencial ou denotativa �ȓRJEWI no
referente), emotiva ou expressiva �ȓRJEWI no emissor), conativa ou apelativa
�ȓRJEWI no receptor), QIXEPMRKYȖWXMGE �ȓRJEWI no GțHMKS
� JȊXMGE �ȓRJEWI no canal)
e TSȒXMGE �ȓRJEWI na mensagem).
-DNREVRQ�H�D�7HRULD�GD�&RPXQLFD¨¤R
-DNREVRQ�H�D�7HRULD�GD�&RPXQLFD¨¤R
-DNREVRQ�H�D�7HRULD�GD�&RPXQLFD¨¤R
Antes de GSQIȐEVQSW a examinar as JYRȐȝIW da linguagem,
precisamos fazer duas ressalvas:
1. As JYRȐȝIW RȌS aparecem isoladamente nos textos. :ȊVMEW �ȉW vezes todas)
podem estar presentes, mas uma delas sobressai ou predomina em VIPEȐȌS
ȉW outras.
2. ParaEPGERȐEV o objetivo que almejam em cada ato comunicativo, as pessoas
escolhem e combinam as palavras de um jeito IWTIGȖJMGS. Desse modo,
sempre podemos identificar marcas PMRKYȖWXMGEW das JYRȐȝIW da linguagem
nos textos.
&RQVLGHUD¨¶HV�LPSRUWDQWHV
As seis 
IXQ¨¶HV
3.1
A linguagem exerce JYRȐȌS referencial
ou informativa quando a ȓRJEWI do ato
comunicativo IWXȊ no referente, no
assunto tratado. Essa JYRȐȌS
predomina quando o objetivo Ȓ criar um
efeito de neutralidade e impessoalidade
no texto. Ƿ frequente, portanto, em
KȓRIVSW textuais das esferas
NSVREPȖWXMGE� NYVȖHMGE� HMHȊXMGE e
GMIRXȖJMGE.
Referencial
Tipicamente, as marcas PMRKYȖWXMGEW da
JYRȐȌS referencial WȌS:
Ɣ o emprego da 3l pessoa do discurso;
Ɣ a ETVIWIRXEȐȌS de MRJSVQEȐȝIW
ZIVMJMGȊZIMW; e
Ɣ o emprego de ZSGEFYPȊVMS objetivo,
sem palavras que denotem NYȖ^S de
valor.
Referencial +
-RWȜRME
A MRWȜRME Ȓ o HMWXȠVFMS do sono mais prevalente na TSTYPEȐȌS geral na
TVȊXMGE GPȖRMGE HMȊVME. Ocorre em 33 a 50% da TSTYPEȐȌS adulta, enquanto
sintomas de MRWȜRME� como estresse ou dificuldade �HMWXȠVFMS da MRWȜRME geral),
ocorrem em 10 a 15%. [...]
Ƿ definida como uma TIVGITȐȌS subjetiva de dificuldade em iniciar
e/ou manter o sono, afetando sua GSRWSPMHEȐȌS ou qualidade. Ocorre apesar da
oportunidade de dormir e resulta em alguma forma de TVINYȖ^S durante o dia. [...]
FAGUNDES, Sayonara; CARVALHO, Luciane B. C. de; PRADO, Gilmar F. In: BERTOLUCCI, Paulo et al. (coord.). Guia de neurologia. 
Barueri, SP: Manole, 2011. p. 891. (Fragmento).
Referencial (exemplo)
Ao GSRXVȊVMS do que ocorre na JYRȐȌS
referencial, o emissor pode escolher
deixar as marcas de sua subjetividade
I\TPȖGMXEW no texto. Nesse caso, a
linguagem exerce JYRȐȌS emotiva ou
expressiva, pois a ȓRJEWI IWXȊ no
TVțTVMS emissor. Sua MRXIRȐȌS Ȓ usar a
linguagem para extravasar sentimentos,
I\TIVMȓRGMEW pessoais e pensamentos
ȖRXMQSW.
Emotiva
Entre as marcas GEVEGXIVȖWXMGEW da
JYRȐȌS emotiva IWXȊ o uso:
Ɣ da 1l pessoa do singular;
Ɣ de MRXIVNIMȐȝIW; e
Ɣ de sinais de TSRXYEȐȌS que
conferem subjetividade ao texto,
como VIXMGȓRGMEW e ponto de
I\GPEQEȐȌS.
Emotiva +
-RWȜRME
2ȌS durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.
Espera-me uma MRWȜRME da largura dos astros,
E um bocejo MRȠXMP do comprimento do mundo.
2ȌS durmo; RȌS posso ler quando acordo de noite,
2ȌS posso escrever quando acordo de noite,
2ȌS posso pensar quando acordo de noite Ƃ
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!
[...]
PESSOA, Fernando. In: GALHOZ, Maria Aliete �3VK�
��*IVRERHS�4IWWSE��SFVE�TSȒXMGE��6MS�HI�.ERIMVS��2SZE�%KYMPEV��������T�������
(Fragmento).
Emotiva (exemplo)
A linguagem exerce JYRȐȌS conativa ou
apelativa quando o emissor focaliza
sua EXIRȐȌS no receptor, com o objetivo
de agir sobre ele, levando-o a tomar
determinada atitude, como comprar um
produto, mudar de LȊFMXSW� votar em
certo candidato. Essa JYRȐȌS Ȓ XȖTMGE de
ERȠRGMSW TYFPMGMXȊVMSW� mas XEQFȒQ
aparece em textos que objetivam dar
conselhos ou MRWXVYȐȝIW. O termo
conativo tem sua origem em conatum,
que significa ƈJE^IV um IWJSVȐS para
tentar influenciar EPKYȒQƉ.
Conativa
As formas verbais que indicam ordem,
como o imperativo WȌS marcas
PMRKYȖWXMGEW TVțTVMEW da JYRȐȌS
conativa. 8EQFȒQ WȌS XȖTMGEW dessa
JYRȐȌS a I\SVXEȐȌS� o chamamento, a
WȠTPMGE e a TVIWIRȐE da 2{ pessoa do
discurso.
Conativa +
Conativa (exemplo)
A linguagem exerce JYRȐȌS JȊXMGE
quando o foco IWXȊ em estabelecer ou
manter aberto o canal de GSQYRMGEȐȌS.
A JYRȐȌS JȊXMGE� que Ȓ GEVEGXIVȖWXMGE da
GSQYRMGEȐȌS oral, pode aparecer em
textos escritos, quando se pretende
criar proximidade com o leitor, ou IRXȌS
dar naturalidade ȉW falas de
personagens.
)¢WLFD
Ela ocorre quando empregamos
JțVQYPEW prontas para iniciar ou
encerrar uma MRXIVEȐȌS� como %PȜ; Oi,
bom dia!; A gente se fala; %XȒ mais.
8EQFȒQ se observa essa JYRȐȌS em
I\TVIWWȝIW como aham..., sei, entendo,
usadas para demonstrar ao interlocutor
que estamos prestando EXIRȐȌS ao que
ele diz.
)¢WLFD��
Ɓ %PȜ#
Ɓ Quem fala?
Ɓ Quem quer saber?
Ɓ 5YIQ�Ȓ��TSV�JEZSV#
Ɓ (MKE�ZSGȓ�UYIQ�Ȓ�
Ɓ 3�(V��1ȊVGMS�IWXȊ#
Ɓ Quem quer saber?
Ɓ )WXȊ�SY�RȌS�IWXȊ#
Ɓ Depende.
Ɓ (ITIRHI�HS�UYȓ#
Ɓ De quem quer saber.
[...]
VERISSIMO, Luis *IVRERHS��0MRKYMȐEW�GEPEFVIWEW��-R�1EMW�GSQȒHMEW�TEVE�PIV�RE�IWGSPE. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p. 99. 
�*VEKQIRXS
��k�by Luis Fernando Verissimo.
)¢WLFD��H[HPSOR�
A linguagem exerce JYRȐȌS
QIXEPMRKYȖWXMGE quando a ȓRJEWI do ato
comunicativo recai sobre o TVțTVMS
GțHMKS: emprega-se o GțHMKS para falar
sobre ele mesmo. Isso acontece
sempre que discutimos o uso de
palavras ou I\TVIWWȝIW de nossa
PȖRKYE.
0HWDOLQJX®VWLFD
A JYRȐȌS QIXEPMRKYȖWXMGE pode ocorrer
no cinema, por exemplo, com um filme
que trate sobre a arte GMRIQEXSKVȊJMGE;
no jornalismo, com um artigo que
discuta o papel da imprensa; na poesia,
com um poema que fale sobre a arte
TSȒXMGE� e assim por diante.
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0HWDOLQJX®VWLFD��H[HPSOR�
1%+6-88)��6IRȒ� %�GSRHMȐȌS�LYQERE. 
ȀPIS�WSFVI�XIPE�������
A TVMRGȖTMS� a gente automaticamente
TVIWWYTȝI que a tela no cavalete corresponde
ȉ parte da paisagem que IWXȊ oculta. %TțW um
momento de VIJPI\ȌS� TSVȒQ� percebemos que
esse pressuposto se baseia em uma falsa
premissa: que a paisagem na pintura de
Magritte Ȓ real, ao passo que a tela no cavalete
Ȓ uma VITVIWIRXEȐȌS dessa realidade. Na
verdade, RȌS LȊ HMJIVIRȐE entre elas. [...]
The Human Condition, 1933, by 6IRȒ�Magritte���XVEHYȐȌS�PMZVI
�
Por fim, a linguagem exerce JYRȐȌS
TSȒXMGE quando a ȓRJEWI do ato
comunicativo recai sobre a TVțTVME
mensagem. O emissor procura IPEFSVȊ-
la de maneira original, a fim de criar
efeitos expressivos e IWXȒXMGSW. As
palavras WȌS selecionadas RȌS apenas
de acordo com os conceitos a que
remetem, mas XEQFȒQ por sua
sonoridade, I\XIRWȌS� estrutura
WMPȊFMGE.
3RªWLFD
Como o nome sugere, a JYRȐȌS TSȒXMGE
IWXȊ sempre presente em poemas,
podendo aparecer XEQFȒQ em
TVSHYȐȝIW PMXIVȊVMEW em prosa, como
romances e contos. Mas essa JYRȐȌS
RȌS Ȓ exclusividade da esfera PMXIVȊVME.
Na propaganda, por exemplo, os
recursos TSȒXMGSW WȌS usados para criar
mensagens expressivas e marcantes,
capazes de se fixar na QIQțVME do
consumidor.
3RªWLFD��
'EȐEHE
E S�UYI�Ȓ�S�EQSV
WIRȌS�E�TVIWWE
da presa
em prender-se?
A pressa
da presa
em perder-se?
MARQUES, Ana Martins. Da arte das armadilhas��7ȌS�4EYPS��'SQTERLME�HEW�0IXVEW�������
3RªWLFD��H[HPSOR�
O amor
O amor, sem palavras. Ou. A palavra amor, sem amor. Sendo amor, ou. A palavra
ou. Sem substituir nem ser WYFWXMXYȖHE por. Si, a palavra si, sem ser de si gnada
ou gnificada por. O amor. Entre si e o que se. Chama amor, como se. Amasse
(esse TIHEȐS de papel escrito amor). Somasse o amor ao nome amor, onde
ecoa. O mar, onde some o mar onde soa. A palavra amor, sem palavras.
ANTUNES, Arnaldo. Como Ȓ que chama o nome disso: antologia. 7ȌS Paulo: Publifolha, 2006. p. 166.
3RªWLFD��H[HPSOR�
/LPLWD¨¶HV�H�
resumo
3.2
Ƿ MRIKȊZIP a GSRXVMFYMȐȌS da Teoria da 'SQYRMGEȐȌS de Jakobson para
a PMRKYȖWXMGE. Contudo, como a linguagem Ȓ uma atividade humana marcada pela
MRXIVEȐȌS, muitas variantes ocorrem no processo comunicativo: a TSWMȐȌS dos
interlocutores se altera; os sentidos do texto dependem de elementos
I\XVEPMRKYȖWXMGSW (culturais, LMWXțVMGSW� etc., como XEQFȒQ dos gestos e da
IRXSREȐȌS de voz, por exemplo); LȊ MRJSVQEȐȝIW MQTPȖGMXEW que obrigam os
participantes desse processo a ativar conhecimentos PMRKYȖWXMGSW e RȌS
PMRKYȖWXMGSW.
Enfim, a linguagem Ȓ uma atividade de MRXIVEȐȌS complexa por meio da
qual os interlocutores constroem o sentido dos textos e de si mesmos.
/LPLWD¨¶HV
� *YRȐȌS emotiva ou expressiva Ɓ ȓRJEWI no locutor, que expressa seus
sentimentos e suas IQSȐȝIW.
� *YRȐȌS apelativa ou conativa Ɓ ȓRJEWI no interlocutor, visando GSRZIRGȓ-lo a
fazer (ou deixar de fazer) algo.
� *YRȐȌS JȊXMGE ou de contato Ɓ ȓRJEWI no canal para estabelecer contato
verbal.� *YRȐȌS referencial ou denotativa Ɓ ȓRJEWI no contexto, o objetivo do locutor Ȓ
informar o interlocutor.
� *YRȐȌS QIXEPMRKYȖWXMGE Ɓ ȓRJEWI no GțHMKS� quando certa linguagem Ȓ
utilizada para explicar sobre ela mesma.
� *YRȐȌS TSȒXMGE Ɓ ȓRJEWI na mensagem, caracteriza-se pela IPEFSVEȐȌS do
enunciado em si.
Resumindo...
5HIHU«QFLD�ELEOLRJU¢ILFD
Os textos sugeridos, ao longo do slide, como leitura de
aprofundamento, foram retirados do +PSWWȊVMS Ceale:
https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale/
CREDITS: This presentation template was created 
by Slidesgo, including icons by Flaticon, and 
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OBRIGADO!
Alguas pergunta?
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(22) 99856-8680
@satonicolas
Please keep this slide for attribution.

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