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CAR2 - HAS

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CARDIOLOGIA CAR2 
Hipertensão arterial sistêmica 
 
Definição 
• Níveis médios de PA que conferem risco 
significativo de eventos cardiovasculares 
o Primária/essencial (idiopática) 
o Secundária 
• Aferição: paciente sentado, com pés 
apoiados no chão, 3-5 minutos em repouso, 
com braço na altura do coração; bexiga 
vazia, sem cigarro 30 min, sem exercício 60 min 
• Sons de Korotkoff (1 = PAS; 5 = PAD) 
Diagnóstico 
• Ambulatorial: média de 2 medidas em ao 
menos 2 consultas: ≥ 140 x 90 mmHg (Diretriz 
Americana: ≥ 130 x 80) 
• MAPA: 
o ≥ 130 x 80 mmHg (24h) 
o ≥ 135 x 85 mmHg (vigília) 
o ≥ 120 x 70 mmHg (sono) 
• MRPA: ≥ 130 x 80 mmHg 
• Lesão de órgão-alvo (LOA) 
• HAS jaleco branco: não tem HAS, mas parece 
que tem (ansiedade à descarga adrenérgica 
à ­ PA) 
• HAS mascarada: não parece, mas tem 
Clínica (LOA) 
• Coronariopatia 
• Cardiopatia hipertensiva: hipertrofia VE, 
insuficiência cardíaca 
• Doença cerebrovascular (aterosclerose à 
AVE) 
• Demência (microinfartos cerebrais à ¯ 
cognitiva) 
• Retinopatia hipertensiva (classificação de 
Keith-Wagener) 
o Graus I e II – crônicas 
o Graus III e IV – agudas (emergência 
hipertensiva) 
• Nefropatia hipertensiva 
• Doença arterial periférica (aterosclerose em 
MMII – claudicação intermitente) 
Classificação 
Classificação PAS PAD 
PA ótima < 120 < 80 
PA normal 120-129 80-84 
Pré-
hipertensão 130-139 85-89 
HAS estágio I 140-159 90-99 
HAS estágio II 160-179 100-109 
HAS estágio III ≥ 180 ≥ 110 
 
Classificação AHA/ACC: 
Classificação PAS PAD 
PA normal < 120 < 80 
PA elevada 120-129 < 80 
HAS estágio I 130-139 80-89 
HAS estágio II ≥ 140 ≥ 90 
Tratamento 
Metas pressóricas 
• Geral: < 140 x 90 
• Se ­ risco cardiovascular: < 130 x 80 
o ­ RCV: DRC, DM, doença cardiovascular 
(AVE, ICC, coronariopatia), risco de DCV > 
10% em 10 anos 
• Diretriz Americana: todos < 130 x 80 
Etapas 
• PA ótima/normal: reavaliar em 1 ano 
• Pré-HAS (PA elevada AHA): tratamento não-
farmacológico (mudanças no estilo de vida) 
o Restrição sódica (< 1-1,5g de sódio) 
o Dieta DASH (­ K, Ca, vegetais, frutas) 
o Perda de peso 
o Moderação do consumo etílico 
o Exercício físico regular 
• HAS estágio I: início com monoterapia 
o Exceções: 
§ Se ¯ risco CV: tratamento não 
farmacológico por 3 meses + 
reavaliação 
§ Se ­ risco CV: início com 2 drogas 
• HAS estágio ≥ II: início com 2 drogas 
o Exceção: grande idoso (> 80 anos, frágil) 
início com 1 droga 
Escolha das drogas 
• 1ª linha: 
OBSTETRÍCIA OBS1 
o DIU tiazídico (Hidroclorotiazida, 
Indapamida, Clortalidona) 
§ Negros (sem DRC, DM ou IC) 
o BCC (Anlodipina, Nifedipina) 
§ Negros, doença arterial periférica 
o IECA (...pril) 
o BRA-II (...sartana) 
§ IECA ou BRA: DRC, DM 
(especialmente se microalbuminúria), 
IC 
§ Não associar IECA + BRA! 
• 2ª linha: 
o Beta-bloqueador (apenas se houver 
comorbidade a qual o BB seja 
indispensável – paciente com HAS + ICFER 
ou HAS + doença coronariana, por 
exemplo) 
o Alfa-bloqueador 
o Clonidina 
o Metildopa 
o Espironolactona 
o Hidralazina (boa para pacientes com IC 
ou gestantes) 
o Alisquireno (inibidor direto da renina) 
• Hipertensão resistente (­ PA apesar de usar 3 
drogas diferentes – dentre elas, DIU tiazídico): 
o Excluir pseudorresistência: avaliar 
aderência, afastar efeito do jaleco 
branco (MAPA ou MRPA) 
o Excluir hipertensão secundária 
o A 4ª droga a ser adicionada deve ser a 
Espironolactona 
Efeitos colaterais 
• IECA/BRA: 
o IRA, hipercalemia: não usar se Cr > 3 ou K 
> 5,5 ou se houver estenose bilateral de 
artéria renal (ou estenose em rim único) 
o IECA: tosse crônica por ­ bradicinina 
• Tiazídicos: 
o 4 hipos: hipovolemia, hiponatremia, 
hipocalemia, hipomagnesemia 
o 3 hiper: hiperuricemia (não usar em gota), 
hiperglicemia, hiperlipidemia 
o Fotossensibilidade cutânea 
• BCC: edema de MMII 
o Não usar em pacientes com ICC! 
o Pode ̄ função sistólica (evitar se paciente 
já tem essa disfunção) 
HAS secundária 
Causas Achados Diagnóstico 
Doença renal 
parenquimatosa IR, edema USG renal, TFG 
Renovascular 
(estenose artéria 
renal) 
Sopro 
abdominal, 
¯K, alcalose 
AngioTC, 
angiografia 
renal 
Hiperaldo 
primário ¯K, alcalose 
­ aldosterona, 
¯ renina 
Na prova: 
HAS difícil 
controle + ¯K 
(ECG: ¯ onda 
T + onda U) 
Feocromocitoma 
(catecolaminas) 
Crises 
adrenérgicas 
(cefaleia, 
­FC, 
sudorese) 
Metanefrinas e 
catecolaminas 
Apneia obstrutiva 
do sono 
Ronco, 
sonolência, 
fadiga 
Polissonografia 
• Hipotireoidismo 
• Doença de Cushing 
• Uso de AINE, descongestionantes nasais com 
vasoconstritores e antidepressivos tricíclicos 
Crise hipertensiva 
• PA ≥ 180 x 120 mmHg 
Emergência hipertensiva 
• Há lesão aguda de órgão-alvo (cérebro, 
coração, aorta, rim, retina, eclâmpsia) 
o Exemplos: AVE + HAS; IAM + HAS 
• Preciso baixar imediatamente a PA à anti-
hipertensivo EV – Nitroprussiato, beta-
bloqueador (Tesmolol, Metoprolol), 
nitroglicerina 
o Tratamento hospitalar 
o ¯ PA ≤ 25% na 1ª hora 
o 160 x 100 mmHg em 2-6h 
• Encefalopatia hipertensiva 
o Hiperfluxo cerebral à edema cerebral 
o Cefaleia, náusea, vômito, confusão 
mental 
o Tratamento: Nitroprussiato EV 
• Hipertensão maligna/acelerada 
o Retinopatia graus III ou IV +/- lesão 
vascular renal aguda 
o Tratamento: Nitroprussiato EV 
• Dissecção aguda de aorta 
o Dor torácica intensa, de início súbito, que 
pode propagar para dorso 
o A lesão se propaga (por ­FC e ­PA), 
reduzindo o fluxo sanguíneo 
o Ascendente (afeta coronárias) à IAM, 
insuficiência aórtica (sopro) 
o Arco aórtico (vasos do pescoço) à 
diferença de PA entre MMSS (quando 
afeta subclávia); síncope, AVEi (se afeta 
carótida) 
o Descendente (órgãos) à isquemia 
mesentérica, afeta rins 
OBSTETRÍCIA OBS1 
 
- Stanford A é mais grave 
o Tratamento – a partir da suspeita: 
§ Clínico: FC < 60 e PAS ≤ 120 à beta-
bloqueador EV + Nitroprussiato 
§ Confirmação: ecografia 
transesofágica ou antioTC ou angioRM 
§ Cirúrgico: sempre em Stanford A; 
Stanford B apenas em casos 
complicados 
Urgência hipertensiva 
• Sem lesão aguda de órgão-alvo 
• Anti-hipertensivo VO – Captopril, Clonidina, 
beta-bloqueador 
o Tratamento hospitalar 
o ¯ PA em 24-48h 
Pseudocrise hipertensiva 
• Paciente hipertenso mal controlado 
• Chega com queixas vagas e a PA ­ (como 
sempre esteve) 
• Tratamento domiciliar

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