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AEE-PARA-DEFICIÊNCIA-FÍSICA-E-MOBILIDADE-REDUZIDA

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SUMÁRIO 
1 DEFICIÊNCIA FÍSICA ................................................................................. 3 
2 A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO TRABALHO COM OS 
PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS .................................................. 25 
2.1 Esquema corporal .............................................................................. 25 
2.2 A organização do corpo no espaço (organização espacial) ............... 26 
2.3 A dominância lateral ........................................................................... 27 
2.4 O equilíbrio ......................................................................................... 27 
2.5 A organização latero-espacial ............................................................ 28 
2.6 A coordenação dinâmica .................................................................... 29 
2.7 A história da psicomotricidade no brasil ............................................. 29 
2.8 A evolução da psicomotricidade ......................................................... 31 
2.9 Sinopse do reconhecimento da psicomotricidade .............................. 33 
2.10 Desenvolvimento motor................................................................... 33 
3 AS ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE ..................................................... 35 
3.1 Comunicação e expressão ................................................................. 35 
3.2 Percepção .......................................................................................... 36 
3.3 Coordenação ...................................................................................... 36 
3.4 Orientação .......................................................................................... 36 
3.5 Conhecimento corporal e lateralidade ................................................ 37 
3.6 Habilidades conceituais ...................................................................... 39 
3.7 Habilidades psicomotoras e processo de alfabetização ..................... 40 
3.8 Distúrbios psicomotores ..................................................................... 41 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 44 
 
 
 
 
1 DEFICIÊNCIA FÍSICA 
O papel primário do Sistema Nervoso (SN) é coordenar e controlar a maior 
parte das funções de nosso corpo. Para fazer isso, o Sistema Nervoso recebe milhares 
de informações dos diferentes órgãos sensoriais e, a seguir, integra todas elas, para 
depois determinar a resposta a ser executada pelo corpo. Essa resposta será 
expressa pelo comportamento motor, atividade mental, fala, sono, busca por alimento, 
regulação do equilíbrio interno do corpo, entre outros. Experiências sensoriais podem 
provocar uma reação imediata no corpo ou podem ser armazenadas como memória 
no encéfalo por minutos, semanas ou anos, até que sejam utilizadas num futuro 
controle de atividades motoras ou em processos intelectuais. 
 
 
Fonte: www.afh.bio.br 
A cada momento somos bombardeados por milhares de informações, no 
entanto, armazenamos e utilizamos aquelas que, de alguma forma, sejam 
significativas para nós e descartamos outras não relevantes. Aprendemos aquilo que 
vivenciamos e a oportunidade de relações e correlações, exercícios, observações, 
auto avaliação e aperfeiçoamento na execução das tarefas fará diferença na 
qualidade e quantidade de coisas que poderemos aprender no curso de nossas vidas. 
Conforme explicita o documento do Ministério da Educação (MEC, 2003, p. 19): 
 
 
Piaget afirma que a inteligência se constrói mediante a troca entre o 
organismo e o meio, mecanismo pelo qual se dá a formação das estruturas 
cognitivas. O organismo com sua bagagem hereditária, em contato com o 
meio, perturba-se, desequilibra-se e, para superar esse desequilíbrio e se 
adaptar, constrói novos esquemas. 
E continua o documento... 
Dessa maneira, as ações da criança sobre o meio: fazer coisas, brincar e 
resolver problemas pode produzir formas de conhecer e pensar mais 
complexas, combinando e criando novos esquemas, possibilitando novas 
formas de fazer, compreender e interpretar o mundo que a cerca. 
O aprendizado tem início muito precoce. Durante a primeira etapa do 
desenvolvimento infantil a criança especializa e aumenta seu repertório de relações e 
expressões através dos movimentos e das sensações que estes lhe proporcionam; 
das ações que executa sobre o meio; da reação do meio, novamente percebida por 
ela. Sensações experimentadas, significadas afetiva e intelectualmente, armazenadas 
e utilizadas, reutilizadas e percebidas em novas relações e, assim por diante, vão 
formando um banco de dados que no futuro será retomado em processamentos cada 
vez mais complexos e abstratos. 
Camargo (1994, pg. 20) citando Piaget diz: 
É a criança cientista, interessada em relações de causalidade, empírica 
ainda, mas sempre em busca de novos resultados por tentativa e erro. Desta 
forma podemos dizer que à medida que a criança evolui no controle de sua 
postura e especializa seus movimentos, sendo cada vez mais capaz de 
deslocar-se e aumentar sua exploração do meio, está lançando as bases de 
seu aprendizado, seu corpo está sendo marcado por infinitas e novas 
sensações. 
Lefèvre é também citado por Camargo (1994, pg. 17) e diz: 
Desde o nascimento, o cérebro infantil está em constante evolução através 
de sua inter-relação com o meio. A criança percebe o mundo pelos sentidos, 
age sobre ele, e esta interação se modifica durante a evolução, entendendo 
melhor, pensando de modo mais complexo, comportando-se de maneira mais 
adequada, com maior precisão práxica, à medida que domina seu corpo. 
Neste sentido, a criança com deficiência física não pode estar em um mundo à 
parte para desenvolver habilidades motoras. É preciso que ela receba os benefícios 
tecnológicos e de reabilitação em constante interação com o ambiente ao qual ela 
pertence. É muito mais significativo à criança desenvolver habilidades de fala se ela 
tem com quem se comunicar. Da mesma forma, é mais significativo desenvolver 
habilidade de andar se para ela está garantido o seu direito de ir e vir. 
 
 
 
 
Fonte: www.deficiente+físico+na+escola.com 
O ambiente escolar é para qualquer criança o espaço por natureza de interação 
de uns com os outros. É nesse espaço que nos vemos motivado a estabelecer 
comunicação, a sentir a necessidade de se locomover, entre outras habilidades que 
nos fazem pertencer ao gênero humano. O aprendizado de habilidades ganha muito 
mais sentido quando a criança está imersa em um ambiente compartilhado que 
permite o convívio e a participação. A inclusão escolar é a oportunidade para que de 
fato a criança com deficiência física não esteja à parte, realizando atividades 
meramente condicionadas e sem sentido. 
No Decreto n. 3.298 de 1999 da legislação brasileira, encontramos o conceito 
de deficiência e de deficiência física, conforme segue: 
Art. 3…: - Para os efeitos deste Decreto, considera-se: 
I - Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função 
psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o 
desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser 
humano; 
Art. 4…: - Deficiência Física – alteração completa ou parcial de um ou mais 
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função 
física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, 
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, 
hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, 
 
 
membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades 
estéticas e as que não produzam dificuldadespara o desempenho de 
funções. 
O comprometimento da função física poderá acontecer quando existe a falta de 
um membro (amputação), sua má-formação ou deformação (alterações que 
acometem o sistema muscular e esquelético). Ainda encontraremos alterações 
funcionais motoras decorrentes de lesão do Sistema Nervoso e, nesses casos, 
observaremos principalmente a alteração dos tônus musculares (hipertonia, hipotonia, 
atividades tônicas reflexas, movimentos involuntários e incoordenados). As 
terminologias “para, mono, tetra, tri e hemi”, diz respeito à determinação da parte do 
corpo envolvida, significando respectivamente, “somente os membros inferiores, 
somente um membro, os quatro membros, três membros ou um lado do corpo”. 
O documento “Salas de Recursos Multifuncionais. Espaço do Atendimento 
Educacional Especializado” publicado pelo Ministério da Educação afirma que: 
A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que 
compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema 
Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, 
isoladamente ou em conjunto, podem produzir grande limitações físicas de 
grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o 
tipo de lesão ocorrida. (BRASIL, 2006, p. 28). 
 
Fonte: www.imagesnacionaldeficientes.com 
Na escola encontraremos alunos com diferentes diagnósticos. Para os 
professores será importante a informação sobre quadros progressivos ou estáveis, 
 
 
alterações ou não da sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa; se existem outras 
complicações associadas como epilepsia ou problemas de saúde que requerem 
cuidados e medicações (respiratórios, cardiovasculares, etc.). 
Essas informações auxiliarão o professor especializado a conduzir seu trabalho 
com o aluno e orientar o professor da classe comum sobre questões específicas de 
cuidados. Deveremos distinguir lesões neurológicas não evolutivas, como a paralisia 
cerebral ou traumas medulares, de outros quadros progressivos como distrofias 
musculares ou tumores que agridem o Sistema Nervoso. Nos primeiros casos temos 
uma lesão de característica não evolutiva e as limitações do aluno tendem a diminuir 
a partir da introdução de recursos e estimulações específicas. Já no segundo caso, 
existe o aumento progressivo de incapacidades funcionais e os problemas de saúde 
associados poderão ser mais frequentes. 
 
 
Fonte: www.novaescola.org.br 
Algumas vezes os alunos estarão impedidos de acompanhar as aulas com a 
regularidade necessária, por motivo de internação hospitalar ou de cuidados de saúde 
que deverão ser priorizados. Neste momento, o professor especializado poderá propor 
o atendimento educacional hospitalar ou acompanhamento domiciliar, até que esse 
aluno retorne ao grupo, tão logo os problemas de saúde se estabilizarem. 
Sabemos também que nem sempre a deficiência física aparece isolada e em 
muitos casos encontraremos associações com privações sensoriais (visuais ou 
auditivas), deficiência mental, autismo etc., e por isso, o conhecimento destas outras 
áreas também auxiliará o professor responsável pelo atendimento desse aluno a 
 
 
entender melhor e propor o Atendimento Educacional Especializado – AEE 
necessário. 
Existe uma associação frequente entre a deficiência física e os problemas de 
comunicação, como nos casos de alunos com paralisia cerebral. A alteração dos tônus 
musculares, nessas crianças, prejudicará também as funções fonoarticulatórias, onde 
a fala poderá se apresentar alterada ou ausente. O prejuízo na comunicação traz 
dificuldades na avaliação cognitiva dessa criança, que comumente é percebida como 
deficiente mental. Nesses casos, o conhecimento e a implementação da Comunicação 
Aumentativa e Alternativa, no espaço do atendimento educacional, será 
extremamente importante para a escolarização deste aluno. 
[...] é necessário que os professores conheçam a diversidade e a 
complexidade dos diferentes tipos de deficiência física, para definir 
estratégias de ensino que desenvolvam o potencial do aluno. De acordo com 
a limitação física apresentada é necessário utilizar recursos didáticos e 
equipamentos especiais para a sua educação buscando viabilizar a 
participação do aluno nas situações prática vivenciadas no cotidiano escolar, 
para que o mesmo, com autonomia, possa otimizar suas potencialidades e 
transformar o ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida. (BRASIL, 
2006, p. 29) 
Na deficiência física encontramos uma diversidade de tipos e graus de 
comprometimento que requerem um estudo sobre as necessidades específicas de 
cada pessoa. Para que o educando com deficiência física possa acessar ao 
conhecimento escolar e interagir com o ambiente ao qual ele frequenta, faz-se 
necessário criar as condições adequadas à sua locomoção, comunicação, conforto e 
segurança. 
 
Fonte: www.atendimento+especializado.com 
 
 
É o Atendimento Educacional Especializado, ministrado preferencialmente nas 
escolas do ensino regular, que deverá realizar uma seleção de recursos e técnicas 
adequados a cada tipo de comprometimento para o desempenho das atividades 
escolares. O objetivo é que o aluno tenha um atendimento especializado capaz de 
melhorar a sua comunicação e a sua mobilidade. 
 
 
Fonte: www.aeedonavenancia.com.br 
Por esse motivo, o Atendimento Educacional Especializado faz uso da 
Tecnologia Assistiva direcionada à vida escolar do educando com deficiência física, 
visando à inclusão escolar. A Tecnologia Assistiva, segundo Bersch (2006, p. 2) “deve 
ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade 
funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra 
impedida por circunstância de deficiência”. Assim, o Atendimento Educacional 
Especializado pode fazer uso das seguintes modalidades da Tecnologia Assistiva, 
visando à realização de tarefas acadêmicas e a adequação do espaço escolar. 
a) Uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa, para atender as necessidades 
dos educandos com dificuldades de fala e de escrita. 
b) Adequação dos materiais didático pedagógicos às necessidades dos 
educandos, tais como engrossadores de lápis, quadro magnético com letras 
com ímã fixado, tesouras adaptadas, entre outros. 
c) Desenvolvimento de projetos em parceria com profissionais da arquitetura, 
engenharia, técnicos em edificações para promover a acessibilidade 
 
 
arquitetônica. Não é uma categoria exclusivamente de responsabilidade dos 
professores especializados que atuam no AEE. No entanto, são os professores 
especializados, apoiados pelos diretores escolares, que levantam as 
necessidades de acessibilidade arquitetônica do prédio escolar. 
d) Adequação de recursos da informática: teclado, mouse, ponteira de cabeça, 
e) Programas especiais, acionadores, entre outros. 
f) Uso de mobiliário adequado: os professores especializados devem solicitar à 
Secretaria de Educação adequações de mobiliário escolar, conforme 
especificações de especialistas na área: mesas, cadeiras, quadro, entre outros, 
bem como os recursos de auxílio à mobilidade: cadeiras de rodas, andadores, 
entre outros. 
 
 
Fonte: www.escolaassis.com.br 
São os professores especializados os responsáveis pelo Atendimento 
Educacional Especializado, tendo por função a provisão de recursos para acesso ao 
conhecimento e ambiente escolar. Proporcionam, ao educando com deficiência, maior 
qualidade na vida escolar, independência na realização de suas tarefas, ampliação de 
sua mobilidade, comunicação e habilidades de seu aprendizado. 
Esses professores, apoiados pelos diretores escolares, estabelecem parcerias 
com outras áreas doconhecimento tais como: arquitetura, engenharia, terapia 
 
 
ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, entre outras, para que desenvolvam serviços 
e recursos adequados a esses educandos. 
 
 
Fonte: www.surdez.com.br 
No caso de educandos com graves comprometimentos motores, que 
necessitam de cuidados na alimentação, na locomoção e no uso de aparelhos ou 
equipamentos médicos, faz-se necessário a presença de um acompanhante no 
período em que frequenta a classe comum. São esses recursos humanos que 
possibilitam aos alunos com deficiência física a autonomia, a segurança e a 
comunicação, para que eles possam ser inseridos em turmas do ensino regular. 
Muitas são as dificuldades e barreiras que as crianças com deficiência física 
encontram na escola, por isso nem todas vão à escola por não ter a acessibilidade. 
Figueiredo (2009, p.121), afirma que a Educação Infantil é a porta de entrada para 
inclusão escolar, sendo “este nível de ensino marcado pelo desenvolvimento das 
aquisições linguísticas, atitudinais, afetivas, sociais e psicomotoras, em que as 
crianças interagem com muito mais liberdade.” 
O ambiente escolar é para qualquer criança o espaço por natureza de interação 
de uns com os outros. É nesse espaço que vemos estabelecer a comunicação e sentir 
a necessidade de se locomover. O aprendizado de habilidades ganha muito mais 
 
 
sentido quando a criança está imersa em um ambiente compartilhado que permite o 
convívio e a participação. A inclusão escolar é a oportunidade para que de fato a 
criança com deficiência física não esteja à parte, realizando atividades meramente 
condicionadas e sem sentido. 
 
 
Fonte: www.centraldeinteligenciaacademica.com 
O aluno da educação especial é aquele que por apresentar necessidades 
diferentes dos demais alunos no domínio da aprendizagem requer recursos 
pedagógicos e metodológicos educacionais específicos. Inserir esses alunos no 
ensino regular, garantindo o direito à educação, é o que chamamos de inclusão, ou 
seja, é acolher estes indivíduos e oferecer às pessoas com deficiência oportunidades 
educacionais, nas mesmas condições acessíveis aos outros. 
Para Dischinge e Machado (2006), deficiência é o termo usado pela Internatiol 
Classification of Impairmet, Disabillities and Handicaps (ICIDH), traduzida em 
português como Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e 
Desvantagens, trazendo termos avançados em relação a épocas anteriores. Essa 
classificação foi lançada em 1976 em Assembléia Mundial da Organização Mundial 
da Saúde para definição da deficiência que é entendida como uma manifestação 
corporal ou como a perda de uma estrutura ou função do corpo, a incapacidade refere-
 
 
se ao plano funcional, desempenho individual e a desvantagem diz a respeito á 
condição social de prejuízo, resultante da deficiência ou da incapacidade. A expressão 
pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que possua 
uma deficiência e que estão sob o amparo de uma determinada legislação. 
 
 
Fonte: www.samantasievers.com 
O termo deficiente para denominar pessoas com deficiência tem sido 
considerado por algumas ONGs e cientistas sociais inadequado, pois leva consigo 
uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao longo dos anos se 
tornando cada vez mais rejeitado pelos especialistas da área e em especial pelos 
próprios indivíduos. 
Segundo Nogueira (2008), na história da humanidade o deficiente sempre foi 
vítima de segregação. No século XV crianças deformadas eram jogadas nos esgotos 
da Roma Antiga, deixados em abrigos na Igreja isolados da humanidade. Na idade 
Média que estes sujeito adquiriram um status Humano sendo assumidos pelas 
famílias e pela Igreja. 
Na idade contemporânea o homem na sociedade passa ser conteúdo central 
de questionamento, com base nesta compreensão, as atitudes com os deficientes 
modificam, são oferecidas oportunidades educacionais e de integração social até 
chegar aos dias de hoje. 
 
 
 
Fonte: www.rede.novaescolaclube.org.br 
O movimento de assistência à criança com deficiência é uma realidade, muitas 
foram às ações em busca pelo direito da Pessoa com Deficiência tendo conquistas e 
derrotas. Na sociedade do Brasil Colônia, não existia uma política de atendimento e 
nem de tratamento com estas crianças com deficiência. 
No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na época do 
Império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Instituto 
dos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e os Surdos Mudos, em 
1857, hoje denominados Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos 
no Rio de Janeiro. 
 
 
 
Fonte: www.portalpmt.teresina.pi.gov.br 
No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição 
especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada 
a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é 
criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com 
superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff. (MAZZOTTA, 1996, p. 
75). 
Segundo Bobbio (1992), as mudanças foram a partir do século XX, quando as 
pessoas com deficiências passam a ser vistos como cidadãos com direitos e deveres 
de participação na sociedade, a primeira diretriz política aparece em 1948 com a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo o primeiro artigo diz “todas as 
pessoas nascem livres e iguais em dignidade e em direito”. (BOBBIO,1992, p.262). 
Nos anos 60 surgem às primeiras críticas e segregação, defendendo a 
normatização, a adequação do deficiente à sociedade permitindo sua integração. A 
Educação Especial no Brasil aparece pela primeira vez na Lei de Diretrizes e Bases 
nº. 4.024, de 1961. (BRASIL,1961). 
Nos anos 80 e 90 declarações e tratados passam a defender a inclusão. A 
Constituição promulgada em 1988, traz no artigo 3º, inciso IV um dos objetivos 
fundamentais: “promover o bem para todos, sem preconceito de origem, raça, cor, 
 
 
sexo, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Garante atendimento as 
pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino.” (BRASIL,1988, 
p.2). 
No decreto nº 3.298 de 1999, da legislação brasileira encontra-se o conceito de 
deficiência física: 
Art. 4ª – Deficiência Física – alteração completa ou parcial e uma ou mais 
segmentos do corpo humano acarretando o comprometimento da função 
física, apresentado sob forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, 
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, 
hemiparesia, amputação ou ausência do membro, paralisia cerebral, 
membros com deformidades congênitas ou adquiridas, exceto as 
deformidades estéticas e que não produzam dificuldades para o desempenho 
de funções. (BRASIL, 1999, p.23) 
Deficiente físico é o indivíduo que apresenta comprometimento da capacidade 
motora, nos padrões considerados normais para a espécie humana, pode ser definido 
como uma desvantagem, pois resulta de uma incapacidade, que limita ou impede o 
desempenho motor de uma determinada. Os tipos de deficiência física são: a 
hemiplegia, que é a paralisia da parte direita ou esquerda do corpo, a paraplegia, que 
é a paralisia dos membros inferiores, ou seja, das pernas, e a tetraplegia que é a 
paralisia dos quatro membros, sendo assim dos braços e perna. 
Várias podem ser as causas da deficiência física sejam elas: pré-natais como 
problemas durante a gestação, perinatais ocasionadas por problemas respiratórios na 
hora do nascimento, pós-natais tais como: parada cardíaca, infecção hospitalar, 
doenças infectocontagiosas,traumatismo ocasionado por queda forte, assim melhor 
esclarecido (BRASIL, 2006, p.22): 
• Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição 
materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras. 
• Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor 
cerebral e outras. 
• Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; 
acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; 
quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros. 
• Amputações: causas vasculares; traumas; malformações congênitas; 
causas metabólicas e outras. 
• Febre reumática – doença grave que pode afetar o coração; 
• Câncer; 
 
 
• Miastenias graves (consistem num grave enfraquecimento muscular sem 
atrofia). O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, no 
artigo 55, reforça os dispositivos legais citados ao determinar que “os pais 
ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na 
rede regular de ensino”. (BRASIL, 2001a, p.21). 
 
 
Fonte: www.pluralmetodista.com.br 
O Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172, é uma determinação 
prevista na Constituição de 1988 e na LDBEN Lei n. 9.934/96 que apresenta em seu 
histórico a necessidade de estabelecer diretrizes e metas para a educação, 
documento como Declaração Mundial de Educação para Todos em 1990, assegura o 
acesso e a permanência de todos na escola, com o objetivo de satisfazer as 
necessidades básicas da aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos devem 
estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para 
satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. 
Essas necessidades compreendem tanto os instrumentos essenciais para a 
aprendizagem (como a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de 
problemas), quanto os conteúdos básicos da aprendizagem (como conhecimentos, 
habilidades, valores e atitudes), necessários para que os seres humanos possam 
sobreviver desenvolver plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar com 
dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, 
 
 
tomar decisões fundamentadas e continuar aprendendo. Junto, a Declaração de 
Salamanca (BRASIL, 1994) passam a influenciar a formulação das políticas públicas 
da educação inclusiva. 
Em 1994, a Declaração de Salamanca proclama que as escolas regulares com 
orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes 
discriminatórias e que alunos com necessidades educacionais especiais devem ter 
acesso à escola regular, tendo como princípio orientador que “as escolas deveriam 
acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, 
intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras” (BRASIL, 1994, p.330). 
A Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 
3.956/2001, afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos 
e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo como discriminação com 
base na deficiência toda diferenciação ou exclusão que possa impedir ou anular o 
exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais. BRASIL (2001), 
este documento tem importante repercussão na educação, exigindo uma 
reinterpretação da educação especial, compreendida no contexto da diferenciação, 
adotado para promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso à 
escolarização. 
 
 
Fonte: www.barradopirai.rj.gov.br 
A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, 
seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que 
possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. A 
Educação especial tem se organizado para atender especifica e exclusivamente 
 
 
alunos com deficiências tem sido uma das áreas que tem desenvolvido estudos 
científicos para melhor atender estas pessoas. A educação regular passou a se 
ocupar também do atendimento a essas pessoas, o que inclui pessoas com 
deficiência além das necessidades comportamentais, emocionais ou sociais. 
Educação inclusiva segundo Sassaki (1997) é um processo no qual se amplia 
a participação de todas as pessoas com deficiência na educação. Trata-se de uma 
reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo 
que estas respondam à diversidade de alunos como um direito de todos. 
As escolas brasileiras já deveriam estar capacitadas para a inclusão, porém a 
realidade que enfrentamos é outra, pois na verdade a etapa de adaptação dessa nova 
realidade já deveria ter sido superada. As escolas deveriam estar adequadas as 
necessidades de todos as crianças, porém como estas crianças necessitam dessas 
adaptações representam uma minoria dentro das escolas. 
Para um aluno que apresenta sequela motora ter acesso a rede regular de 
ensino é necessário transporte para a escola, se a família não tiver condução própria 
e ele não puder andar de ônibus, equipamento que necessite para frequentar as aulas, 
como uma cadeira de rodas; eliminação barreiras arquitetônicas e do preconceito do 
professor em relação com a pessoa com deficiência, a exigência de um cuidador 
acompanhando o aluno em sala de aula, no caso de a família não puder atendê-la. 
Para que os alunos tenham acesso á rede regular de ensino é imprescindível a 
compreensão concreta dos alunos que apresentam sequelas motoras. Não há 
possibilidade desse aluno frequentar uma sala de aula sem que sejam atendidas a 
essas necessidades, que não são especiais e fazem parte da luta pelo seu acesso e 
pela permanência. 
A educação das pessoas com deficiência física precisa ser repensada a partir 
dessa contextualização como uma questão histórica, buscando superar uma leitura 
abstrata da mesma. É preciso que consideremos o conjunto de características físicas 
ao interagirmos com o indivíduo com deficiência física, que saibamos favorecer o seu 
desenvolvimento humano, caso contrário estaremos contribuindo para o 
desenvolvimento da deficiência. 
Vygotsky (1984) considera que o desenvolvimento e aprendizagem estão 
interligados desde os primeiros dias de vida, sendo que a aprendizagem impulsiona e 
 
 
promove o desenvolvimento. Pois quanto mais cedo e estimulada a criança for, menos 
evidentes serão suas deficiências. 
 
 
Fonte: www.clmais.com.br 
Um defeito ou problema físico, qualquer que seja sua natureza, desafia o 
organismo. Assim o resultado de um defeito é invariavelmente duplo e contraditório. 
Por um lado, ele enfraquece o organismo, mina suas atividades e age como uma força 
negativa. Por outro lado, precisamente porque torna a atividade do organismo difícil, 
o defeito age como um incentivo para aumentar o desenvolvimento de outras funções 
no organismo; ele ativa, desperta o organismo para redobrar atividade, que 
compensará o defeito e superará a dificuldade. (VYGOTSKY, 1984, p.233). 
 
 
 
Fonte: www.catracalivre.com.br 
O autor deixa transparecer a capacidade de se transformar do organismo e do 
ser humano, na capacidade do indivíduo criar processos adaptativos com intuito de 
superar os impedimentos que encontra. A capacidade de superação só se realiza a 
partir da interação com fatores ambientais, pois o desenvolvimento se dá no 
entrelaçamento de fatores externos e internos. 
A Educação Infantil proposta nos espaços da creche e pré-escola, deve 
possibilitar que a criança com deficiência experimente aquilo que outros alunos da 
mesma idade vivenciam: brincadeiras corporais, sensoriais, músicas, estórias, cores, 
formas, tempo e espaço e afeto. Buscando construir basese alicerces para o 
aprendizado, a criança pequena com deficiência também necessita experimentar, 
movimentar-se e deslocar-se mesmo do seu jeito diferente; necessita tocar, perceber 
e comparar; entrar, sair, compor e desfazer; necessita significar o que percebe com 
os sentidos, como qualquer outra criança de sua idade. 
O mundo caminha para a construção de uma sociedade para incluir cada vez 
mais estas pessoas com deficiência. Sinais desse processo de construção são visíveis 
nas escolas, na mídia, nas nossas vizinhanças e nos programas e serviços. Muitos 
países já adotaram a abordagem inclusiva, o Brasil já começou a buscar o seu 
caminho, mesmo com pouca ajuda técnica e financeira os resultados ainda são 
pequenos. As escolas brasileiras já deveriam estar capacitadas para inclusão, porém 
a realidade que enfrentamos é outra. 
 
 
Os professores principalmente e outros profissionais ligados na área da 
educação enfrentam o desafio da inclusão, o que não poderia ser chamado assim, 
pois na verdade a etapa da adaptação a essa nossa realidade já deveria ter sido 
superada. As escolas deveriam estar adequadas ás necessidades de todos os alunos 
que necessitam dessas adaptações e apresentam a minoria dentro das escolas. 
Essas adequações vêm de encontro à acessibilidade, de acordo com o Dischinger e 
Machado (2006), está se apresenta nas seguintes dimensões: 
• Acessibilidade arquitetônica, sem barreiras ambientais físicas em todos os 
recintos internos e esternos da escola e nos transportes coletivos. 
• Acessibilidade comunicacional, sem barreiras na comunicação interpessoal 
(face-face, língua de sinais, linguagem corporal linguagem gestual, etc.), na 
comunicação escrita e na comunicação virtual (acessibilidade digital). 
• Acessibilidade metodológica, sem barreiras nos métodos e técnicas de 
estudo(adaptações curriculares, aulas baseadas nas inteligências múltiplas, 
uso de todos os estilos de aprendizagem, participação de todos de cada 
aluno, novo conceito de avaliação de aprendizagem, novo conceito de 
educação, novo conceito de didática), de ação comunitária (metodologia 
social, cultural, artística etc. baseada em participação ativa) e de educação 
dos filhos (novos métodos e técnicas nas relações familiares etc.). 
• Acessibilidade instrumental, sem barreiras nos instrumentos e utensílios de 
estudo (lápis, caneta, régua, teclado do computador, materiais 
pedagógicos), de atividade da vida diária, esporte e recreação (dispositivos 
que atendam às limitações sensoriais, físicas e mentais, etc.). 
• Acessibilidade programática, sem barreiras invisíveis embutidas em 
políticas públicas, em regulamentos. E em normas de um modo geral. 
• Acessibilidade atitudinal, por meio de programas e práticas de 
sensibilização e de conscientização das pessoas em geral e da convivência 
na diversidade humana resultado em quebra de preconceito estigmas, 
estereótipos e discriminações 
 
Quanto aos requisitos das pessoas com deficiência física nas escolas 
verificamos também as determinações do Ministério da Educação através da Portaria 
nº 1679 de 2 de dezembro de 1999 que estabelece as condições básicas de acesso 
nas instituições de ensino. 
 
 
Art. 2º A Secretaria de Educação deste Mistério, com apoio técnico da 
Secretaria d Educação Especial estabelecera os requisitos, tendo como referência a 
Norma Brasil 9050, da Associação brasileira de Normas e Técnicas, que trata da 
Acessibilidade de pessoas com deficiências, edificações, espaço, mobiliário, 
equipamentos urbanos. 
 
 
Fonte: www.julianellisaed.com.br 
Parágrafo Único. Os requisitos estabelecidos na forma do caput deverão 
contemplar no mínimo: 
 Para alunos com deficiência física: eliminação de barreiras 
arquitetônicas para circulação do estudante, permitindo acesso nos 
espaços de uso coletivos, reserva de vagas nas em estacionamentos 
nas proximidades das unidades de serviço construção de rampas com 
corrimãos ou colocação de elevadores, facilitando a circulação de 
cadeiras de rodas, adaptação de portas e banheiros para permitir o 
acesso de cadeira de rodas; colocação de barras de apoio nas paredes 
dos banheiros; instalação de lavabos, bebedouros e telefones públicos 
em altura acessível aos usuários de cadeira de rodas. (BRASIL, 1999, 
p.25). 
Existem muitas adaptações a serem feitas para favorecer as crianças com 
deficiência física, com relação à acessibilidade, a realidade é que muitas escolas 
 
 
brasileiras infelizmente apresentam obstáculos a inclusão, são muitas barreiras 
encontradas dificultando o acesso e permanência destas crianças no espaço escolar. 
O papel do professor também é fundamental. Ele deve ser capaz de identificar 
as necessidades da sala de aula e as peculiaridades de cada um do grupo. Esta é 
uma dificuldade real daqueles que trabalham com a inclusão, pois é um cuidado que 
se deve ter ao valorizar as diferenças como singularidade. 
O professor precisa ter conhecimento bem construído em sua área de atuação, 
além de se manter em permanente atualização, buscar informações e aprender a 
selecioná-las são novas habilidades que o professor não pode deixar de desenvolver, 
assim como aperfeiçoar o conhecimento especifico, conhecer teorias pedagógicas e 
técnicas didáticas bastante variadas é fundamental. 
Mas atualmente é necessário ter mais do que isto, é preciso estar disposto a 
entrar em contato com o conhecimento em geral, com o que está acontecendo dentro 
e fora do meio, pressupondo uma atitude diferenciada. Todos sabem que a inclusão 
embora garantida por lei, não se concretiza por si só. Para se tornar uma prática real, 
a inclusão depende da disponibilidade interna dos que estão envolvidos, inclusive da 
família e que constitui uma instituição de extrema importância na formação e na 
educação das crianças, juntamente com a escola, onde é desenvolvida a educação e 
formação sistematizada das mesmas. Porém, é no ambiente familiar que a criança 
tem seu primeiro contato com a sociedade. 
Daí a importância da união dessas duas instituições sociais na formação 
educacional das crianças com deficiência. Embora a maioria dos sistemas 
educacionais defenda a posição de que a educação inicial é de responsabilidade da 
família, pelo fato de considerar esse ambiente familiar como ideal para o 
desenvolvimento e educação das crianças, porém os pais precisam conhecer e 
discutir os objetivos da proposta pedagógica e os meios organizados para atingi-los, 
além de trocar opiniões sobre como o cotidiano escolar e em casa. 
A prática de reunir os pais periodicamente, para informá-los e discutir algumas 
mudanças a serem feitas no cotidiano das crianças, pode garantir que suas famílias 
apoiem os filhos de forma tranquila, assegurando o processo educacional dos filhos, 
uma vez que a educação, para ser integral precisa ser conduzida por essas duas 
instituições sociais essenciais ao desenvolvimento da criança – família e escola. 
 
 
2 A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO TRABALHO COM OS 
PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS 
A psicomotricidade envolve os seguintes elementos: esquema e imagem 
corporal, coordenação global, equilíbrio, dominância lateral, orientação espacial e 
latero-espacial, orientação temporal, coordenação dinâmica das mãos. 
 
 
Fonte: www.marlenesomavila.com.br 
Estes elementos são considerados básicos para o desenvolvimento global da 
criança, são pré-requisitos necessários para a criança adquirir à aprendizagem da 
leitura e da escrita; vivenciar a percepção do seu corpo com relação aos objetos, saber 
discriminar partes do seu corpo e ter controle sobre elas e obter organização de 
espaço e tempo. 
2.1 Esquema corporalÉ um elemento básica indispensável para a formação da personalidade da 
criança. É a representação da imagem que a criança tem de seu próprio corpo. A 
criança se sentirá bem na medida em seu corpo lhe obedece, em que o conhece bem, 
em que pode utiliza-lo não somente para movimentar-se, mas também para agir. Uma 
criança cujo esquema corporal é mal constituído não coordena bem os movimentos, 
na escola a grafia é feia, e a leitura expressiva, não harmoniosa: a criança não segue 
o ritmo da leitura ou então para no meio de uma palavra. Segundo De Meur (1989), 
uma criança que se sinta à vontade significa que ele domina o seu corpo, utiliza-o com 
 
 
desenvoltura e eficácia, proporcionando-lhe bem-estar, tornando fáceis e equilibrados 
seus contatos com os outros. 
 
 
Fonte: www.salaazu.blogspot.com.br 
2.2 A organização do corpo no espaço (organização espacial) 
É a capacidade de movimentar o próprio corpo de forma integrada, dentro de 
um ambiente contendo obstáculos, passando por eles. Movimentos com rastejar, 
engatinhar, e andar, irão propiciar a criança o desenvolvimento das primeiras noções 
espaciais: perto, longe, dentro, fora. 
Para De Meur (1989), os problemas quanto à orientação temporal e espacial, 
como por exemplo, com a noção “antes-depois”, acarretam principalmente confusão 
na ordenação dos elementos de uma sílaba. A criança sente dificuldade em 
reconstruir uma frase cujas palavras estejam misturadas, sendo a analise gramatical 
um quebra-cabeça para ela. Uma má organização espacial ou temporal acarreta 
fracasso em matemática. Com efeito, para calcular a criança deve ter pontos de 
referência, colocar os números corretamente, possuir noção de “fileira”, de “coluna”; 
deve conseguir combinar as formas para fazer construções geométricas. Diante de 
problemas de percepção espacial uma criança não é capaz de distinguir um “b” de um 
“d”, um “p” de um “q”, “21” de “12”, caso não perceba a diferença entre a esquerda e 
 
 
a direita. Se não se distingue bem o alto e o baixo, confunde o “b” e o “p”, o “n” e o 
“u”, o “ou” e o “on”. 
2.3 A dominância lateral 
Refere-se ao esquema do espaço interno do indivíduo, que o capacita utilizar 
um lado do corpo com melhor desembaraço do que outro, em atividades que 
requeiram habilidade, caracterizando-se por uma assimetria funcional. A definição da 
lateralidade ocorre à medida que a criança se desenvolve. 
A lateralidade na criança não deve ser estimulada até que não tenha sido 
definida, quando a criança é forçada a usar um lado do corpo torna-se prejudicial para 
a lateralidade, devido a fatores culturais os mais antigos acham que não é correto a 
criança escrever com a mão esquerda, forçando-a a utilizar a mão direita par tal ação, 
os pais devem favorecer a escolha feita pelas crianças. Na idade onde ainda prevalece 
a bilateralidade, se ainda a criança tiver tendência para o sinestrismo e os pais tentar 
fazer algo para que impeça, pode levar a criança a apresentar danos na motricidade 
e contribuir para o surgimento de problemas de aprendizagem. 
2.4 O equilíbrio 
É a função na qual os indivíduos mantêm sua estabilidade corporal durante os 
movimentos e quando em estado de imobilidade (Masson,1985). Shinca (1992), relata 
que o bom equilíbrio é essencial para a conquista da locomoção assim como a 
independência dos membros superiores. 
 
 
 
Fonte: www.csa.osa.org.br 
A dificuldade de equilibrar-se produz estados de ansiedade e insegurança, pois 
a criança não consegue manter um estado estático ou de movimento e isto atrapalha 
a relação entre equilíbrio físico e psíquico. Picq e Vayer (1985), diz que na presença 
de algum distúrbio do equilíbrio pode-se observar uma indisponibilidade imediata dos 
movimentos, desequilíbrio corporal global, marcha não harmoniosa, tensões 
musculares locais, desalinhamentos anatômicos e imprevisibilidade de atitudes. 
Socialmente a criança pode apresentar tendência à inibição ou desejo de esconder, e 
falta de confiança em si mesmo. 
2.5 A organização latero-espacial 
Desenvolve da seguinte maneira, aos 6 anos a criança tem conhecimento do 
lado direito e esquerdo do seu corpo, aos 7 anos reconhece a posição relativa entre 
dois objetos, aos 8 anos reconhece o lado direito e esquerdo em outra pessoa, aos 9 
anos consegue imitar movimentos realizados por outras pessoas com o mesmo lado 
do corpo no qual a pessoa realiza o movimento, isto é transpõe o lado da pessoa para 
o seu, aos 10 anos reproduz movimentos de figuras esquematizadas, e aos 11 anos 
consegue identificar a posição relativa entre 3 objetos. 
 
 
2.6 A coordenação dinâmica 
A coordenação dinâmica geral da a criança um bom domínio do corpo suprindo 
a ansiedade habitual, diminui as sincinesias e as tensões trazendo um controle 
satisfatório e confiança com relação ao próprio corpo. 
Com relação à coordenação dinâmica das mãos Le Boulch (1982) diz que a 
habilidade manual ou destreza constitui um aspecto particular da coordenação global. 
Reveste muita importância nas práxis, no grafismo, pelo que deve dar se muita 
atenção particular. A criança quando apresenta algum distúrbio no desenvolvimento 
da coordenação (tanto global como da dinâmica das mãos), poderá apresentar 
dificuldades escolares com disgrafia, ultrapassa linhas e margens do caderno, pode 
ter dificuldades na apreensão de dedos e nos gestos. 
Os potenciais humanos, são apoiados nas áreas básicas da Psicomotricidade, 
seu estudo e pesquisa constantes do esquema e da imagem corporal, da 
lateralização, da tonicidade, da equilibração e coordenação, são enriquecidos 
instrumentalmente, estimulando o sentimento de competência, de autoestima, 
entendendo o ser humano em constantes e complexas adaptações, fazendo-o 
concluir que é amado e aceito, tornando-o transformador e produtor social. 
Sintetizando, a Psicomotricidade subtende uma concepção holística de 
aprendizagem e de adaptação do ser humano, que tem por finalidade, associar 
dinamicamente, o ato ao pensamento, o gesto à palavra, o símbolo ao conceito. 
2.7 A história da psicomotricidade no brasil 
A história da Psicomotricidade no Brasil, segue os passos da escola francesa. 
Era clara e nítida a influência marcante da Escola Francesa de Psiquiatria Infantil e da 
Psicologia na época da 1ª guerra em todo mundo. O Brasil foi também invadido, ainda 
que tardiamente, pelos primeiros ventos da Pedagogia e da Psicologia. Nos países 
europeus, pesquisadores se organizavam em grupos de trabalho: era preciso 
responder as aspirações e necessidades da sociedade industrial, que levava as 
mulheres ao trabalho formal, deixando as crianças em creches. 
 
 
 
Fonte: www.csa.osa.org.br 
Os franceses se conscientizavam sobre a importância do gesto e pesquisavam 
profundamente os temas corporais. André Thomas e Saint-Anné Dargassie, iniciavam 
suas pesquisas sobre tônus axiais. A maturação, os reflexos tônicos arcaicos do 
nascimento dos primeiros anos de vida, produziram as primeiras palavras-chave da 
Psicomotricidade. 
No entanto, Henri Wallon ousou falar em Tônus e Relaxamento e Dr. 
Ajuriaguerra combinou às suas pesquisas, a importância dos tônus falados por Wallon 
em seus escritos sobre o diálogo tônico. Dra. Giselle Soubiran iniciou sua prática de 
relaxação psicotônica e fez seguidores. 
Empenhada cada vez mais em mostrar ao mundo, a importância dos tônus no 
dia a dia, ela apontou aos pesquisadores, caminhos a serem seguidos e estudados e 
deixou clara a sintomatologia tônica corporal do século. No Brasil, Antônio Branco 
Lefévre buscou junto às obras de Ajuriaguerra e Ozeretski, influenciado por sua 
formação em Paris, a organização da primeira escala de avaliaçãoneuromotora para 
crianças brasileiras. 
 
 
2.8 A evolução da psicomotricidade 
1790 – Maine de Brian, primeiro a valorizar o movimento como componente 
essencial da estruturação do “eu”. Para ele, é na ação que o EU tomo consciência de 
si mesmo e do mundo. O “eu” não pensa, vive-se; 
1874 – C. Koupernik foi o principal indicador do que poderíamos chamar de 
Psicomotricidade do adulto; 
1885 – Jean M. Charcot a partir do estudo sobre o membro fantasma, histeria, 
evidência as interferências do psiquismo sobre o corpo e do corpo sobre o psiquismo, 
encaminhando uma mudança progressiva da visão dualista; 
1890 – Freud ressalta a noção do inconsciente, do corpo pulsão, do corpo 
relação, ou seja, o corpo passa a desempenhar um papel importante nas formações 
inconscientes; 
1900 – Karl Wernicke usou pela primeira vez o termo psicomotricidade; 
1901 – Phillipe Tisié falou que por Educação Física não se deve entender 
apenas exercício muscular do corpo, mas também e principalmente o treinamento dos 
centros psicomotores pelas associações múltiplas e repetidas entre movimento e 
pensamento; 
1906 – Dupré publicou na Revue de Neurologie o resultado dos estudos sobre 
a Psicomotricidade, nos quais define a síndrome da debilidade motora, para 
evidenciar o paralelismo psicomotor, ou seja, a associação estreita entre 
desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade; 
1909 – Ajuriaguerra foi considerado o iniciador da psicomotricidade da criança 
com o relatório sobre a debilidade motora. A psicomotricidade seria a experiência do 
corpo, como diálogo tônico, podendo ser lida como uma linguagem. Ajuriaguerra que 
afirmou que o papel da função tônica não é apenas o de servir de pano de fundo da 
ação corporal, mas é também um modo de relação com o outro; 
1925 – Dupré retoma o termo psicomotricidade na obra Pathologie de 
l’imagination et de l’émotivité, empregado, também, na mesma época, por Wernicke; 
Henri Wallon apresenta a famosa classificação das síndromes psicomotoras e 
sustenta um paralelismo das manifestações motoras e psíquicas, impregnado do 
reducionismo neurológico, fruto do dualismo corpo-alma; 
 
 
1930 – H. Wallon distingue dois tipos de atividades motoras e faz uma escala 
de desenvolvimento da criança, além de relacionar diretamente o movimento com o 
desenvolvimento psíquico; 
1935 – E. Guillmain, além de montar um teste psicomotor, analisou o 
paralelismo entre o comportamento geral da criança e o teste psicomotor e descobre 
três funções essenciais: atividades tônica, relacional e intelectual; 
1937 – Jean Piaget demonstra a importância do movimento, com base de toda 
a estruturação da inteligência humana. Reafirma que a atividade motora é o ponto de 
partida para o desenvolvimento das inteligências. A partir daí a função tônica e a 
coordenação dos esquemas serão reconhecidas pelas psicologias como objeto de 
estudo; 
1948 – Heuyer fala da psicomotricidade como a associação estreita entre o 
desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade; 
1960 – 1º Edição da obra “Educação Psicomotora e Retardo Mental” de Picq e 
Vayer, que significa o ponto em que a educação psicomotora ganha verdadeiramente 
uma autonomia, e se converte em uma atividade educativa original e com objetivos 
próprios; 
1963 – No quadro universitário do Hospital Salpétrière, na França, expediu-se 
um certificado de Reeducação da Psicomotricidade; 
1963-1973 –Institucionalização e dispersão das doutrinas e do método; 
1974 – Existe, na França, o diploma de Estado de Psicomotricista, obtido 
através dos Ministérios da Saúde e da Família, envolvendo três anos de estudos, após 
o Bacharelado; 
1980 – Com o incentivo de Françoise Desobeau, foi criada a SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE TERAPIA PSICOMOTORA (SBTP), integrada à sociedade 
Internacional de Terapia Psicomotora (SITP), num encontro em Araruama, onde 
estiveram presentes 40 profissionais de oito profissões diferentes e de oito Estados 
do Brasil. 
1982 – I Congresso Brasileiro de Psicomotricidade; 
Foram iniciadas as primeiras publicações na área de Psicomotricidade através 
dos Anais do congresso, dos exemplares IPERA, da própria Sociedade, além de 
revistas como CONTINUIDADE, do CESIR e CORPO E LINGUAGEM, da Editora 
Jacobé, que era dirigida por um dos membros da Sociedade; 
 
 
1983 – Foram criados cursos de Pós-graduação de Psicomotricidade, na 
Universidade Estácio de Sá e no Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação 
(IBMR), constituindo um passo importante na história da Psicomotricidade. 
1985 – Decreto 85.188, de 7.02.1985, rebatizou o diploma de Estado de 
Psicomotricidade. 
1989 – Em julho foi aberto, no IBMR, o curso de formação de Psicomotricidade 
com duração de 4 anos, a nível de graduação. 
2.9 Sinopse do reconhecimento da psicomotricidade 
Primeiro com Tissié (1894), com Dupré (1925), depois com Janet (1928), e 
fundamentalmente com Wallon (1925, 1932 e 1934), a Psicomotricidade ganha 
definitivamente o reconhecimento institucional. 
2.10 Desenvolvimento motor 
O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de certos tecidos 
nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central, 
crescimento dos ossos e músculos. São, portanto, comportamentos não aprendidos 
que surgem espontaneamente desde que a criança tenha condições adequadas para 
exercitar-se. Esses comportamentos não se desenvolverão caso haja algum tipo de 
distúrbio ou doença. Podemos notar que crianças que vivem em creches e que ficam 
presas em seus berços sem qualquer estimulação não desenvolverão o 
comportamento de sentar, andar na época adequada que futuramente apresentarão 
problemas de coordenação e motricidade. 
As principais funções psicomotoras é um bom desenvolvimento da estruturação 
do esquema corporal que mostre a evolução da apresentação da imagem do corpo e 
o reconhecimento do próprio corpo, evolução de preensão e da coordenação óculo-
manual que nos proporciona a fixação ocular e prensão e olhar e desenvolvimento da 
função tônico e da postura em pé e reflexos arcaicos da estruturação espaço-temporal 
(tempo, espaço, distância e retina). 
 
 
 
Fonte: www.atequeenfimbaby.com.br 
Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo ocorre não somente 
mecanicamente, mas sim que são aprendidos e vivenciados junto a família, onde a 
criança aprende a formar a base da noção de seu 'eu corporal'. 
Não podemos esquecer de citar a importância dos sentimentos da criança na 
fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois um esquema corporal mal 
estruturado pode determinar na criança um certo desajeitamento e falta de 
coordenação, se sentindo insegura e isso poderá desencadear uma série de reações 
negativas como: agressividade, mal humor, apatia que às vezes parece ser algo tão 
simples poderá originar sérios problemas de motricidade que serão manifestados 
através do comportamento. 
 
 
 
Fonte: www.colegio.pioxii-es.com.br 
3 AS ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE 
Para fins didáticos subdividiremos a psicomotricidade em áreas que, embora 
citadas isoladamente, agirão quase sempre vinculadas umas às outras; entenderemos 
por "Prática Psicomotora" todas as atividades que visam estimular as várias áreas que 
mencionaremos a seguir: 
3.1 Comunicação e expressão 
A linguagem é função de expressão e comunicação do pensamento e função 
de socialização. Permite ao indivíduo trocar experiências e atuar - verbal e 
gestualmente - no mundo. 
Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da articulação e da 
respiração, incluem-se nesta área os exercícios fonoarticulatórios e respiratórios. 
 
 
3.2 Percepção 
Percepçãoé a capacidade de reconhecer e compreender estímulos recebidos. 
A percepção está ligada à atenção, à consciência e a memória. Os estímulos que 
chegam até elas provocam uma sensação que possibilita a percepção e a 
discriminação. Primeiramente sentimos, através dos sentidos: tato, visão, audição, 
olfato e degustação. Em seguida, percebemos, realizamos uma mediação entre o 
sentir e o pensar. E, por fim, discriminamos - reconhecemos as diferenças e 
semelhanças entre estímulos e percepções. A discriminação é que nos permite saber, 
por exemplo, o que é verde e o que é azul, e a diferença entre o 1 e o 7. As atividades 
propostas para esta área devem auxiliar o desenvolvimento da percepção e da 
discriminação. 
3.3 Coordenação 
A coordenação motora é mais ou menos instintiva e ligada ao desenvolvimento 
físico. Entendida como a união harmoniosa de movimentos, a coordenação supõe 
integridade e maturação do sistema nervoso. Subdividiremos a coordenação motora 
em coordenação dinâmica global ou geral, viso manual ou fina e visual. A coordenação 
dinâmica global envolve movimentos amplos com todo o corpo (cabeça, ombros, 
braços, pernas, pés, tornozelos, quadris etc.) e desse modo 'coloca grupos 
musculares diferentes em ação simultânea, com vistas à execução de movimentos 
voluntários mais ou menos complexos". A coordenação viso manual engloba 
movimentos dos pequenos músculos em harmonia, na execução de atividades 
utilizando dedos, mãos e pulsos. 
A coordenação visual refere-se a movimentos específicos com os olhos nas 
mais variadas direções. As atividades psicomotoras propostas para a área de 
coordenação estão subdivididas nessas três áreas. 
3.4 Orientação 
A orientação ou estruturação espacial/temporal é importante no processo de 
adaptação do indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado, ocupa 
necessariamente um espaço em um dado momento. A orientação espacial e temporal 
 
 
corresponde à organização intelectual do meio e está ligada à consciência, à memória 
a às experiências vivenciadas pelo indivíduo. 
 
Fonte:www.kitsegifts.com.br 
3.5 Conhecimento corporal e lateralidade 
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu corpo 
ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe sons, 
sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo é centro, o 
referencial. A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos 
disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação 
entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo-somático ante uma imagem de 
nós mesmos, do outro e dos objetos. 
O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no decorrer da 
evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de consciência sucessiva 
de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabeça, iriam pouco a pouco 
encaixar-se uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um corpo 
 
 
desmembrado. O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma 
forma que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para 
o observador, tomando contorno, forma e coloração cada vez mais nítidos. 
A elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer 
relativamente cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta 
dos quatro ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo 'objetivo', 
estruturado e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a 
qualquer momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do 
esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da 
representação de si. O conceito corporal, que é o conhecimento intelectual sobre 
partes e funções; e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos 
músculos e partes do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o 
tempo. 
Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é 
a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A 
lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade 
desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo 
do desenvolvimento da experiência. Perceber que o corpo possui dois lados e que 
um é mais utilizado do que o outro é o início da discriminação entre a esquerda e 
direita. De início, a criança não distingue os dois lados do corpo; num segundo 
momento, ela compreende que os dois braços se encontram um em cada lado de seu 
corpo, embora ignore que sejam "direito" e "esquerdo". 
Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e um pé do outro. Em 
seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criança tem noção de 
suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos pares, apontando sua 
localização em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas, mamilos, etc.). Aos 
sete anos, sabe com precisão quais são as partes direita e esquerda de seu corpo. 
As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa noção de espaço e 
lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos objetos, às pessoas e aos 
sinais gráficos. 
Alguns estudiosos preferem tratar a questão da lateralidade como parte da 
orientação espacial e não como parte do conhecimento corporal. 
 
 
 
Fonte: www.psicopedagogaanalucia.com.br 
3.6 Habilidades conceituais 
A matemática pode ser considerada uma linguagem cuja função é expressar 
relações de quantidade, espaço, tamanho, ordem, distância, etc. 
A medida em que brinca com formas, quebra-cabeças, caixas ou panelas, a 
criança adquire uma visão dos conceitos pré-simbólicos de tamanho, número e forma. 
Ela enfia contas no barbante ou coloca figuras em quadros e aprende sobre sequência 
e ordem; aprende frases: acabou, não mais, muito, o que amplia suas ideias de 
quantidade. A criança progride na medida do conhecimento lógico-matemático, pela 
coordenação das relações que anteriormente estabeleceu entre os objetos. Para que 
se construa o conhecimento físico (referente a cor, peso, etc.), a criança necessita ter 
um sistema de referência lógico-matemático que lhe possibilite relacionar novas 
observações com o conhecimento já existente; por exemplo: para perceber que um 
peixe é vermelho, ela necessita um esquema classificatório para distinguir o vermelho 
de todas as outras cores e outro esquema classificatório para distinguir o peixe de 
todos os demais objetos que conhece. 
 
 
3.7 Habilidades psicomotoras e processo de alfabetização 
As habilidades psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no processo 
de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como: 
• Dominância manual já estabelecida (área de lateralidade); 
• Conhecimento numérico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas 
existem nas letras m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área de 
habilidades conceituais); 
• Movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de 
movimentos delicados adequados à escrita, acompanhamento das linhas 
de uma página com os olhos ou os dedos, preensão adequada para segurar 
lápis e papel e para folhear (área de coordenação visual e manual); 
• Discriminação de sons (área de percepção auditiva); 
• Adequação da escrita às dimensões do papel, reconhecimento das 
diferenças dos pares b/d, q/d, p/q etc., orientação da leitura e da escrita da 
esquerda para a direita, manutenção da proporção de altura e largura das 
letras, manutenção de espaço entre as palavras e escrita orientada pelas 
pautas (áreas de percepção visual, orientação espacial, lateralidade,habilidades conceituais); 
• Pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras (área de 
comunicação e expressão); 
• Noção de linearidade da disposição sucessiva de letras, sílabas e palavras 
(área de orientação têmporo-espacial); 
• Capacidade de decompor palavras em sílabas e letras (análise); 
• Possibilidade de reunir letras e sílabas para formar novas palavras 
(síntese). 
 
 
 
Fonte: www.martinspedagogicos.com.br 
3.8 Distúrbios psicomotores 
"O que não percebeu, negais que exista; o que não calculastes, é mentira; o 
que vós não pensastes, não tem peso, metal que não cunhais, dizeis que é falso." 
(Goethe) 
Que há com ela? O que acontece com essa criança desajeitada? Porque, 
apesar de sua aparência cheia de torpor e inabilidade, quando consegue aproximar-
se, mostra-se com encanto e interesse? 
O que há com ela? Andou tarde, caiu quantas vezes... precipitava-se pelas 
escadas ao invés de desce-las, ou morria de medo como se fosse um grande 
empreendimento... escalá-las e não apenas subi-las. E vestir-se. O que seria a 
manga, onde estariam os braços, as pernas das calças? Enfiam-se pela cabeça? 
Por que existem laços de sapato? Para atormentar crianças? Ou talvez, a sua mãe 
que, desoladamente, contempla sua dificuldade? E um caderno? Começa-se de que 
lado? Por que as coisas são assim? Que estranho é este mundo de lados que não 
tem lados... O que há com esta criança? 
 
 
 
Fonte: www.logopediadinamicaydivertida.com.br 
Seus movimentos são desajeitados, lentos e pesados. Quando andam, apoiam 
duramente o calcanhar no solo. Quando crianças custam a aprender a subir e descer 
escadas, nas escolas, evitam participar de jogos, nas quais geralmente são 
ridicularizadas e afastadas: tê-las como parceiras é perder na certa. 
Tal ser é uma questão e uma dificuldade para seus pais, para seus mestres, 
para todos nós. Como entendê-lo. Como ajudá-lo? 
A criança descrita na história acima apresenta um distúrbio de motricidade: uma 
dispraxia. 
Práxis: São sistemas de movimentos coordenados em função de um resultado 
ou de uma intenção. Não são nem reflexos, nem automatismos, nem movimentos 
involuntários. O estudo sobre os distúrbios das práxis foram primeiramente, 
sistematizados em adultos. Estas perturbações consistiam em perda ou alterações do 
ato voluntário, como de lesão no sistema nervoso central. São as apraxias. 
Pesquisas foram desenvolvidas com crianças que mostraram serem algumas 
delas portadoras de um determinado distúrbio cujos sintomas assemelhavam-se aos 
adultos. Por outro lado, mesmo existindo a lesão, ela incidia sobre um cérebro ainda 
em desenvolvimento e, portanto, em condições diferentes a dos adultos. 
A partir destas considerações e da preocupação em estabelecer-se uma 
psicopatologia diferencial da criança e do adulto passa-se a encontrar, na literatura, a 
 
 
denominação de dispraxia ou apraxia de evolução quando se trata de distúrbios das 
praxias na criança. Apraxia aparece referindo-se ao distúrbio infantil. 
Classificação das apraxias. Distinguem três variedades: a) Apraxia sensório-
cinética - que se caracteriza pela alteração da síntese sensório-motora como a 
desautomatização do gesto. Não há nela distúrbios de representação do ato. 
b) Apracto-somato-gnosia espacial - caracterizada por uma desorganização do 
esquema corporal e do espaço. 
c) Apraxia de formulação simbólica que se caracteriza por uma desorganização da 
atividade simbólica e da compreensão da linguagem. 
A finalidade é de estabelecer os diferentes tipos de distúrbios. 
ESTUDOS INICIAIS SOBRE O DISTÚRBIO PSICOMOTOR 
Debilidade Motora é uma condição patológica da mobilidade, às vezes 
hereditária e familiar, caracterizada pela exageração dos reflexos tendinosos, uma 
perturbação do reflexo plantar, um desajeito dos movimentos voluntários intencionais 
que levam a impossibilidade de realizar voluntariamente a ação muscular. 
Distúrbio Psicomotor: significa um transtorno que atinge a unidade 
indissociável, formada pela inteligência, pela afetividade e pela motricidade. 
Paratonia: É a possibilidade que apresentam certas crianças de relaxar 
voluntariamente um músculo. 
Sincinesias: São fenômenos normais em crianças. 
Catalepsia: É uma aptidão anormal para a conservação de uma atitude. 
Outros sinais são marcados como certas epilepsias, espasmos dos músculos 
lisos, alguns estados de excitação e de agitação e a instabilidade. 
Assim muitos anos, os distúrbios de psicomotricidade e portanto, as dispraxias, 
foram vistos sob o nome de debilidade motora que é uma insuficiência de imperfeição 
das funções motoras consideradas do ponto de vista da sua adaptação. 
Os distúrbios da Psicomotricidade são definidos sob o nome de Disfunções 
Psicomotoras. 
 
 
 
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