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10/05/2022 1 Erosão do solo Prof. Paulo Ferreira Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação dos solos 1 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Mundialmente 52% das terras agricultáveis já estão danificadas. Esta degradação representa cerca de 6,3 a 10,6 trilhões de dólares por ano. Perda com produção de alimentos, madeira, água, medicamentos, absorção de gases causadores do efeito estufa e reciclagem de nutrientes, por exemplo. Formas de degradação Física (4%) Química (12%) Erosão Eólica 28%) Erosão Hídrica (56%) Causas de degradação Uso excessivo (7%) Desmatamento (30%) Industrialização (1%) Atividades Agrícolas (28%) Super pastoreio (35%) 2 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 3 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Ø 847.000.000 t.ano-1, Ø 8 bilhões de reais por ano. Erosão Hídrica no Brasil Perdas econômicas 4 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Conceitos • Erosão é o processo de desprendimento e arraste acelerado das partículas do solo causado pela água e pelo vento (Lombardi Neto, 2008). • Processo de desprendimento e arraste das partículas do solo, ocasionado pela ação do vento e da água, constituindo a principal causa da degradação das terras agrícolas (Pruski, 2009). 5 Angra dos Reis. 01 janeiro de 2010 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 6 10/05/2022 2 Diagrama da erosão Prof. Paulo Ferreira Erosão do Solo Enchentes Assoreamento de mananciais Poluição de mananciais Uso Inadequado do Solo Baixa Produtividade Degradação do solo Uso inadequado de insumos Fonte: Adaptado de Braganolo et al. (1997) Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 7 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Erosão Geológica ØErosão natural sobre os agentes erosivos; ØLongo período de tempo; ØSem interferência do homem. 8 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Modelo evolutivo da erosão geológica 9 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 10 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 11 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo EROSÃO ACELERADA: ØAgentes naturais em curtos espaços de tempo; Ø Interferência do homem; ØRompimento do equilíbrio entre as forças de desgaste e formação dos solos. 13 10/05/2022 3 Agentes erosivos: • Água: Impacto das gotas da chuva; Enxurrada. • Vento: Movimentação de partículas. Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 14 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Deserto na Australia. Foto: Neil Creek Pináculo Pedestal Túnel Deslocamento de massa Eólica 15 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo EROSÃO EÓLICA 17 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo China Estados Unidos da América Jalapão - Brasil EROSÃO EÓLICA NO MUNDO 18 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo N O R IO G R A N D E D O S U L 19 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo ü Existência de vento; ü Áreas planas ou suavemente onduladas; ü Períodos de estiagem; ü Solo seco e descoberto; ü Presença de fração areia na composição do solo; ü Partículas de solo desagregadas. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS 20 10/05/2022 4 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Cobertura do solo com Pinus Cobertura do solo com aveia 30 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 32 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Principal tipo de erosão no Brasil Hídrica pluvial Desagregação, transporte e deposição Gotas de chuva Escoamento superficial 33 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Fertilidade do solo 34 FASES DO PROCESSO DE EROSÃO Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 35 Principal mecanismo responsável pelo processo de desagregação: Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Impacto das gotas da chuva Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 36 10/05/2022 5 Desagregação Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 37 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 38 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Transporte Agentes: Ø Enxurrada Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 39 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Mecanismo responsável pelo processo de transporte do material desagregado: - Escoamento difuso, ocorre na região do entressulco e caracteriza-sepor uma lâmina de água difusa. - Escoamento concentrado, ocorre na forma de um sulco que pode evoluir para uma voçoroca. Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 40 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Energia relacionada com a erosão: EC = ½ m v2 (cinética) - 96% da energia do escoamento é dissipada pela resistência do meio (rugosidade). - 0,2% da energia da chuva é expedida para provocar a desagregação. Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 41 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Deposição Ø Quando cessa o efeito de transporte da enxurrada Ø Acúmulo nas posições de “ baixadas” Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 42 10/05/2022 6 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Dependerá da intensidade do agente causador. LAMINAR SULCOS VOÇOROCAS FORMAS DE EROSÃO HÍDRICA 43 EROSÃO LAMINAR Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo v Baixa energia cinética; v Potencial para arrastar as partículas desagregadas pelo impacto da gota de chuva. v Difícil de perceber! 44 EROSÃO EM SULCOS v Formação de pequenos canais onde há concentração fluxo de água; v Desagregação e transporte realizados pelo escorrimento superficial; v É a forma de erosão mais frequentemente observada pelos produtores. Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 45 EROSÃO EMVOÇOROCAS v Semelhante a erosão em sulcos ( maior volume de água e de sedimentos); v Forma mais severa de erosão hídrica. E mais difícil de recuperar. Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo VOÇOROCAS EM NEOSSOLO QUARTZARÊNICO 46 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo EVOLUÇÃO DA EROSÃO HÍDRICA 47 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo VOÇOROCAS EM LATOSSOLO 48 10/05/2022 7 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Como avaliar a erosão do solo??? 49 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo MODELO MATEMÁTICO: Os modelos são ferramentas que a ciência desenvolveu para melhor entender e representar os processos naturais ou artificiais e prever condições diferentes das esperadas. MODELAGEM DOS PROCESSOS EROSIVOS EQUAÇÃO UNIVERSAL DE PERDA DE SOLO Estimar as perdas de solo de uma área em função das condições de clima, solo, relevo, vegetação e práticas conservacionistas. 50 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo A = R K L S C P Fator chuva Fator Solo Fator Topografia Fator Uso e Manejo do solo Fat or P ráti cas con ser vac ion ista s Perda de solo (t/ha) EQUAÇÃO UNIVERSAL DE PERDA DE SOLO 51 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 52 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 53 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Erosividade da chuva – fator R • Capacidade da chuva em causar erosão hídrica • Fatores que influenciam 54 10/05/2022 8 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Erosividade da chuva – fator R 55 Diâmetro médio das gotas (mm) 1. 25 1. 50 2. 00 3. 00 4. 00 5. 00 6. 00 V elo ci da de d e qu ed a (m /s ) 4 5 6 7 8 9 10 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Ø Tamanho ( até 7 mm) e velocidade das gotas; Ø Energia cinética da chuva. Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 56 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Chuva: Intensidade x Duração TEMPO - h Ip mm/h 1 10 50 100 150 200 Duração da chuva (min) Intensidade da chuva (mm h-1) Perda de solo (t ha-1) Perdas de água (% da chuva) 30 60 6,0 54 15 120 15,3 64 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 57 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 ØEfeito da frequência da chuva sobre a erosão ØUmidade do solo Capacidade da chuva causar erosão = Erosividade Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Chuva anterior Chuva que causou a erosão Intensidade da chuva (mm) Quantidade de chuva (mm) Perdas Solo (t ha-1) Água (mm) 03/08 20/08 36 18 0,0 0,1 20/10 22/10 24 12,5 0,5 2,4 Chuva anterior Chuva que causou a erosão Intensidade da chuva (mm) Quantidade de chuva (mm) Perdas Solo (t ha-1) Água (mm) 03/08 20/08 36 18 0,0 0,1 20/10 22/10 24 12,5 0,5 2,4 58 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Erosividade do Brasil. Mello et al. (2013) Erosividade da chuva – fator R MAPA DE ISOEROSIVIDADE 60 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Erodibilidade do solo – fator K • Consiste no fator responsável pela susceptibilidade ou vulnerabilidade do solo à erosão hídrica • Fatores que influenciam 61 10/05/2022 9 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Atributos de Solo: - Químico • Carb. orgânico • Óxidos • PCZ - Morfológico • Estrutura • Fragipan e Duripan • Cerosidade - Mineralógico • Óxidos • 2:1 e 1:1 - Físico •Textura • Dens. do Solo • Porosidade • Coesão • Infiltração BALANÇO = ATRIBUTOS FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS COESÃO E INFILTRAÇÃO Erodibilidade do solo – fator K 62 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 2:1 1:1 0:1 Ex: esmectitas, Cloritas, ilita e vermiculita Ex: caulinita e haloisita Ex: gibsita, hematita egoethita Ex: Vertissolo Ex: Cambissolo Argissolo e Latossolo Ex: Latossolo Intemperismo Erodibilidade 63 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo intemperismo ou idade do solo H+ K+ Suscetibilidade a erosão hídrica Neossolos Cambissolos LatossolosArgissolos Profundidade do solo 64 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo ÓXIDOS DE Fe e Al ARGILAS SILICATADAS ENXURRADA ENXURRADA EROSÃO SULCOS EROSÃO LAMINAR 65 65 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Escoamento superficial e infiltração 66 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Variações das taxas de infiltração: - 5 mm/h um solo argiloso - 200 mm/h um solo arenoso - Variabilidade das taxas de infiltração: - diferenças na estrutura do solo - efeito da compactação - perfil do solo - densidade da vegetação 67 10/05/2022 10 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Efeito da textura nas perdas por erosão 68 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 69 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Erodibilidade do solo – fator K • Comprimento de 25 m • 9 % de declividade 70 •Propriedades do solo que afetam a desagregação: ü Estabilidade dos agregados (Argila > estabilidade); ü Conteúdo de matéria orgânica; • Propriedades do solo que afetam o transporte: ü Tamanho das partículas desagregadas; ü Densidade das partículas. • Propriedades do solo que afetam a infiltração: ü Textura; ü Estrutura; ü Umidade Suscetibilidade do solo em relação à degradação e ao transporte pelos agentes erosivos = ERODIBILIDADE SOLO Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 71 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Fator topográfico – fator LS Corresponde a distância entre o ponto de início do escoamento superficial direto (enxurrada) até o local onde o gradiente de declive diminui de forma suficiente para ocorrência de deposição de sedimentos, ou a enxurrada atinge um canal bem definido (rede de drenagem ou canal construído). 72 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Fator topográfico – fator LS Adaptado de Avanzi et al. (2013) LS= fator topográfico S= declividade média da encosta (%) sendo: S ≤ 35% L= comprimento da rampa (m) sendo: 10m ≤ L≤ 180m LS= 0,00984 x S1,18 x L0,63 73 10/05/2022 11 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Côncava ConvexaPlana Convergência das águas Erosão mais localizada - sulcos Espessura do solo desigual Erosão e deposição Acúmulo de sementes e nutrientes Divergência das águas Erosão mais uniforme - Laminar Espessura do solo uniforme Erosão Dispersão de sementes e nutrientes 74 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 TOPOGRAFIA Ø Inclinação e comprimento do Declive: ü Aumenta o declive e o comprimento da rampa aumenta a erosão; ü Diminui a capacidade de infiltração e aumenta o escorrimento; ü Aumento do escorrimento aumenta a energia da água e o poder de desagregação (formação de sulcos) Comprimento do Declive (m) Perdas de Solo (t/ha) 25 14 50 20 100 33 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 75 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 MODELO DE RELÊVO DE UMA PENDENTE - DIRETO A) PENDENTE DIRETA – DECLIVIDADE CRESCENTE DESNÍVEL ZONA “CRÍTICA” DISTÂNCIA Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 76 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 77 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 MODELO DE RELÊVO DE UMA PENDENTE - INVERTIDO B) PENDENTE INVERTIDA – DECLIVIDADE DECRESCENTE DESNÍVEL ZONA “CRÍTICA” DISTÂNCIA Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 78 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 79 10/05/2022 12 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Fator cobertura – fator C É definido como sendo a relação entre as perdas de solo em uma área ocupada com um determinado uso agrícola, caracterizado sob condições específicas, e as perdas de solo em uma área continuamente exposta. 80 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo COBERTURA VEGETAL A cobertura vegetal é a defesa natural do solo contra á erosão • Proteção direta contra o impacto das gotas de chuva; • Dispersão da água, interceptando – e evaporando – a antes que atinja o solo; • Decomposição das raízes das plantas que, formando canalículos no solo, aumentam a infiltração da água; • Melhoramento da estrutura do solo pela adição de matéria orgânica, aumentando assim sua capacidade de retenção de água; • Redução da velocidade da enxurrada através do aumento da rugosidade. 81 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Fator cobertura – fator C 82 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Experimento de erosão hídrica: Verão de 2007/2008 30/11/2007 02/01/2008 21/03/2008 Feijão de Porco 83 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Fator cobertura – fator C Cultura Fator C Fonte Mata atlântica (ES) 0,02 Martins et al. (2010) Pastagem 0,0075 Oliveira et al. (2007) Eucalipto (7 anos) 0,30 Martins et al. (2010) Soja-trigo (prep. red.) 0,2661 Bertol et al. (2001) Café (3 x 3 m) 0,1412 Prochonow et al. (2005)Milho-feijão de porco (prep. conv.) 0,077 Lima et al. (2014) 84 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Fator cobertura – fator C 85 10/05/2022 13 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 COBERTURA E MANEJO DO SOLO Ø Cobertura superficial pelas plantas ou resíduos das culturas: ü Proteção impacto das gotas de chuva; ü Aumento da infiltração; ü Diminuição escorrimento superficial; Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 86 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 COBERTURA E MANEJO DO SOLO • Manejo do solo: ü Tipos de culturas: Culturas com maior grau de cobertura protegem melhor o solo; ü Tipos de preparo do solo: Afetam primeiramente a cobertura do solo; PD aumenta a rugosidade, reduz a energia da enxurrada Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 87 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 COMO CONTROLAR EROSÃO 1) Manter a superfície do solo coberta; 2) Manter a superfície do solo rugosa; 3) Manter a alta capacidade de infiltração no solo; 4) Manter a alta estabilidade dos agregados do solo; 5) Reduzir o volume e a velocidade do escorrimento superficial; 6) Usar e manejar o solo com sua capacidade de uso e manejo; Manter a superfície do solo protegida contra o impacto direto das gotas de chuva reduzindo a degradação e produzir uma alta capacidade de infiltração de água para diminuir o escorrimento superficial da água. Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo 88 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Práticas conservacionistas – fator P Consiste na relação entre as perdas de solo em uma cultura sob efeito de uma determinada prática de cultivo e as perdas de solo desta mesma cultura plantada no sentido do declive (“morro a baixo”) 89 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Práticas conservacionistas – fator P Tipo de manejo Inclinação do terreno (%) 2 a 7 8 a 12 13 a 18 19 a 24 Plantio morro a baixo 1,0 1,0 1,0 1,0 Faixas niveladas 0,50 0,60 0,80 0,90 Cordão de vegetação permanente 0,25 0,30 0,40 0,45 Terraceamento 0,10 0,12 0,16 0,18 90 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Tolerância de perdas de solo – T • Consiste na taxa máxima de perdas de solo que pode ocorrer, e ainda assim, permitir a manutenção da produtividade das culturas e ser economicamente sustentável 91 10/05/2022 14 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Tolerância de perdas de solo – T ü Método I (Lombardi Neto & Bertoni, 1975) ü Método II (Lombardi Neto & Bertoni, 1975, modificado por Bertol & Almeida, 2000) ü Método III (Galindo & Margolis, 1989, modificado por Bertol & Almeida, 2000) 92 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Tolerância de perdas de solo – T ü Método I (Lombardi Neto & Bertoni, 1975) T = tolerância de perdas (Mg ha-1 ano-1) e = profundidade efetiva do solo (cm), limitada a 100 cm r = coeficiente que expressa o efeito da relação textural entre os horizontes B e A na ponderação das perdas de solo Ds = densidade do solo (g cm-3) Rel. Text. r < 1,5 1,0 1,5 a 2,5 0,75 > 2,5 0,50 93 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo ü Método II (Bertol & Almeida, 2000) ra = relação que expressa, conjuntamente, o efeito da relação textural entre os horizontes B e A e do teor de argila do horizonte A Rel. Text. % Argila “A” ra < 1,5 > 40 1,0 < 1,5 20 – 40 0,90 < 1,5 > 20 0,80 1,5 a 2,5 > 40 0,80 1,5 a 2,5 20 – 40 0,70 1,5 a 2,5 > 20 0,60 > 2,5 > 40 0,60 > 2,5 20 – 40 0,50 > 2,5 > 20 0,40 94 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo ü Método III (Galindo & Margolis, 1989) m = fator que expressa o efeito da matéria orgânica na camada de 0-20 cm p = fator que expressa o efeito da permeabilidade do solo M.O. (g dm-3) m > 2,0 1,15 1,0 a 2,0 1,00 > 1,0 0,85 Permeabilidade p Rápida 1,15 Moderada 1,00 Lenta 0,85 95 Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, terça-feira, 10 de maio de 2022 Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul - Engenharia Agrícola Uso, manejo e conservação do solo Tolerância de perdas de solo – T Classes de solo Método I Método II Método III Média (Mg ha-1) Neossolo 6,30 5,18 4,97 5,48 Cambissolo 10,31 8,83 8,71 9,28 Argissolo 8,97 6,67 6,77 7,47 Latossolo 13,86 12,36 12,35 12,86 Tolerância de perdas de solo por erosão para algumas ordens de solos do estado da Paraíba (Adaptado de Oliveira et al., 2008) 96
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