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DIREITO PROCESSUAL PENAL CPII 2º PERÍODO 2023 TEMAS 01 Questões e Processos Incidentes. Noções gerais. Das questões prejudiciais. Conceito e Natureza Jurídica. Distinção entre questões prejudiciais e questões preliminares. Classificação das questões prejudiciais: imperfeitas e perfeitas; homogêneas e heterogêneas; não devolutivas e devolutivas (absoluta e relativa); obrigatórias e facultativas; total e parcial. Os vínculos das questões prejudiciais. Sistema de solução das questões prejudiciais. Procedimento. Das exceções. Conceito e Natureza Jurídica. Classificação das exceções. Efeitos. Exceção de Suspeição. Exceção de suspeição por violação da garantia da imparcialidade do julgador e do sistema acusatório. Impedimentos e incompatibilidades. 02 Questões e Processos incidentes (continuação): Exceção de incompetência. Exceção de litispendência. Exceção de ilegitimidade de parte. Exceção de coisa julgada e a incidência da teoria da substanciação. Dos reflexos do crime continuado e do concurso formal. Conflito de Jurisdição e de Competência. Espécies. Procedimento. 03 Questões prejudiciais. Processos incidentes (continuação): Do incidente de falsidade. Natureza jurídica. Do falso material e do falso ideológico. Procedimento. Efeitos. Da insanidade mental do acusado. Natureza. Efeitos. 04 Teoria geral da prova: Conceito. Objeto. Principiologia da prova: garantia da jurisdição (distinção de atos de investigação e atos de prova); presunção de inocência; carga da prova (ônus) e in dubio pro reo; in dubio pro societate ranço inquisitório); contraditório e momentos de prova; provas e direito de defesa (princípio do nemo tenetur se detegere). Finalidade da prova. Avaliação e conferência da prova (sistema legal de provas, íntima convicção e livre convencimento motivado). O problema da verdade no Processo Penal. Prova Indiciária. 05 Teoria geral da prova (continuação): Cadeia de custódia da prova: Lei 13.964/2019. Dos limites constitucionais à atividade probatória. Limites extrapenais da prova. Provas nominadas e inominadas. Provas digitais. Questão da prova emprestada. Limites à licitude da prova (distinção entre prova ilícita e prova ilegítima). Teorias sobre admissibilidades das provas ilícitas. Interceptação telefônica: Lei 9.296/96. Proteção à privacidade no Direito: violação ao sigilo das comunicações telefônicas, telegráficas, de dados e da correspondência; violação do domicílio, à intimidade corporal e violação à intimidade familiar e profissional. Prova ilícita por derivação. Consequências da prova ilícita. Jurisprudência. Prova documental. 06 Prova testemunhal: Conceito. Dever de depor. Isenção e proibição de depor. Avaliação e conferência da prova testemunhal. Prova no júri. Falso testemunho. Acareação e reconhecimento de pessoas e coisas. Cabimento e finalidade. Acareação na precatória e rogatória. Reconhecimento extrajudicial e judicial. Forma e documentação. Avaliação e conferência. Falsas memórias e as provas testemunhais. Proteção à testemunha (Lei 9.807/99). 07 Interrogatório: Críticas ao interrogatório on-line. Condução coercitiva do investigado/réu. Confissão. O desvalor da chamada confissão extrajudicial. Declarações do ofendido. Declarações do indiciado e interrogatório. Chamada de corréu e seu valor probatório. Confissão indireta. Confissão qualificada. Divisibilidade e retratação da confissão. Declaração do ofendido. Natureza da confissão e das declarações do ofendido como elemento, fonte e meio de prova. Avaliação e conferência do interrogatório, confissão e declaração do ofendido. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 1 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 08 Prova Pericial: Corpo de delito. Objeto. Corpo de delito direto e indireto. Nomeação dos peritos - suas funções. Contraditório e Direito de Defesa na prova pericial. Formalização dos quesitos. Avaliação e conferência da prova diante de exames periciais. Intervenções corporais e os limites assegurados pelo princípio do nemo tenetur se detegere. Novos tipos de prova e sua credibilidade (DNA, e-mail, suportes informáticos e vídeos). Reprodução simulada dos fatos. 09 Prisões cautelares: Regramento constitucional. Principiologia das prisões cautelares: Jurisdicionalidade; Provisionalidade; Provisoriedade; Excepcionalidade; Proporcionalidade. Pressupostos e requisitos da prisão cautelar: adequação e motivação. Duplo juízo: legalidade e necessidade. Modalidades da prisão cautelar. Lei 12.403/11. Prisão preventiva: cabimento e decretação. Prisão Domiciliar. 10 Prisão temporária: Lei 7.960/89. Prisão em flagrante: Natureza jurídica. Garantias constitucionais relacionadas ao flagrante. Medida de natureza Pré-Cautelar. Fases da prisão em flagrante (captura, formalização e prisão propriamente dita). Sujeitos ativo e passivo. Análise das espécies. Requisitos e Defeitos. Garantias Processuais e Constitucionais. Legalidade dos flagrantes Forjado, Provocado, Preparado, Esperado e Protelado (ou Diferido). Elaboração do APF. 11 Prisão em flagrante (continuação): Flagrante delito e ação controlada. Flagrante nos crimes habituais e nos crimes permanentes. Flagrantes nos crimes de ação de iniciativa pública condicionada e ação de iniciativa privada. Flagrante nas infrações de menor potencial ofensivo. Flagrante nos crimes de trânsito. Controle judicial da prisão em flagrante. Audiência de Custódia (Resolução TJ/OE/RJ 29/2015 alterada pela Resolução TJ/OE/RJ 32/2015 e Resolução 213/2015, CNJ). Conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. 12 Medidas cautelares: Natureza e Princípios. Poder de cautela: existência ou inexistência. Cautelares típicas (Lei 12.403/2011): espécies. Principiologia: a) jurisdicionalidade; b) contraditório; c) provisionalidade; d) provisoriedade; e) excepcionalidade; f) proporcionalidade. 13 Medidas cautelares (continuação): Produção antecipada da prova. Sequestro de bens imóveis e móveis. Arresto. Especialização de hipoteca legal. Busca e apreensão. Medidas cautelares reais. Da restituição de coisas apreendidas. 14 Teoria da Liberdade: Valores da Jurisdição: verdade e liberdade (Ferrajoli). Relaxamento. Revogação da prisão cautelar. Liberdade Provisória. Noções gerais de liberdade provisória. Liberdade provisória sem fiança. Visão garantista. 15 Teoria da Liberdade (continuação): Liberdade provisória mediante fiança: Regime jurídico da fiança. Limitações e Paradoxos do Sistema Brasileiro. Novo regime jurídico da fiança. Valor, reforço, dispensa, destinação, cassação, quebramento e perda da fiança. Liberdade provisória e a Lei 8.072/90. Tema 01: Questões e Processos Incidentes. Noções gerais. Das questões prejudiciais. Conceito e Natureza Jurídica. Distinção entre questões prejudiciais e questões preliminares. Classificação das questões prejudiciais: imperfeitas e perfeitas; homogêneas e heterogêneas; não devolutivas e devolutivas (absoluta e relativa); obrigatórias e facultativas; total e parcial. Os vínculos das questões prejudiciais. Sistema de solução das questões prejudiciais. Procedimento. Das exceções. Conceito e Natureza Jurídica. Classificação das exceções. Efeitos. Exceção de Suspeição. Exceção de suspeição por violação da garantia da imparcialidade do julgador e do sistema acusatório. Impedimentos e incompatibilidades. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 2 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 01ª QUESTÃO: MERIVAL impetra habeas corpus em favor de MAURÍLIO e SILVIANO, no qual objetiva a suspensão de duas ações penais em que denunciados pela suposta prática dos delitos previstos no art. 168-A, §1º, I, e art. 337-A, §1º, I, ambos do Código Penal. Narra o impetrante que foram os pacientes acusados de, na qualidade de presidentes da Cooperativa Cachoeirinha Ltda., terem deixado de recolher as contribuições sociais incidentes sobre a comercialização da produção rural, conhecida como Funrural, bemcomo terem deixado de informá-la em guia específica da Previdência Social. Refere que os delitos, apesar de tratarem de um mesmo débito previdenciário, têm natureza diferenciada, razão pela qual a ação penal foi desmembrada em dois processos. Alega também que "o débito que deu ensejo ao presente processo refere-se ao período de 2000 a 2004, quando a contribuição sobre a comercialização do produto rural não era mais devida, seja pela inconstitucionalidade de sua cobrança com o advento da Constituição Federal de 1988, nas operações internas; seja pela previsão constante da EC 30/2001, que determina a não incidência tributária sobre a atividade de exportação." MERIVAL aduz que "a Cooperativa autuada ingressou com duas medidas judiciais que têm por objeto a declaração de inconstitucionalidade de sua exigência a partir da Constituição Federal de 1988, bem como, a partir da Emenda Constitucional de 2001, que determinou a imunidade das atividades de exportação no País." Sustenta que a contribuição de que trata a denúncia é de constitucionalidade duvidosa, tendo sido proferidos, recentemente, pelo órgão plenário do Supremo Tribunal Federal, cinco votos pela inconstitucionalidade das normas que a instituíram. Argumenta que a definição acerca da exigibilidade da contribuição de cuja apropriação e sonegação estão sendo acusados os pacientes é imprescindível ao prosseguimento das demandas, pois a denúncia está embasada em tributo controvertido perante a Suprema Corte. Por tais razões, requer seja determinada a suspensão das ações penais promovidas pelo Ministério Público Federal em face de MAURÍLIO e SILVIANO. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça se a existência de ação discutindo a constitucionalidade de norma ou de diploma penal deve ser considerada uma questão prejudicial capaz de conduzir à suspensão do processo criminal com base no art. 93 do CPP. Resposta devidamente fundamentada. 02ª QUESTÃO: ALEXANDRE TICIANO apresentou exceção de suspeição contra os Ministros integrantes da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça e, para tanto, aduziu o excipiente que os exceptos não poderiam participar de julgamento de recurso especial interposto contra acórdão prolatado em revisão criminal e distribuído ao referido colegiado, pois essa mesma Turma já teria realizado o julgamento de outros recursos que diriam respeito à ação penal que deu origem ao pedido revisional. Afirmou, ainda, que por mais que se compreenda que a revisão criminal é, de fato, um procedimento autônomo e distinto da ação penal em que foi proferida a sentença condenatória, é forçoso reconhecer o estreito caráter de dependência e conexidade entre uma e outra. Posto isso, concluiu que a colenda Turma Julgadora já proferiu decisões de mérito/direito relevantes no curso daquela ação penal, razão pela qual há que se cogitar a respeito da possível quebra da imparcialidade para analisar e julgar o recurso especial interposto nos autos da revisão criminal, violando, assim, o disposto nos artigos 252, III, e 625 do Código de Processo Penal. A partir da situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, se a exceção de suspeição merece acolhimento, enfrentando, ainda, os argumentos sustentados pelo excipiente. Tema 02: Questões e Processos incidentes (continuação): Exceção de incompetência. Exceção de litispendência. Exceção de ilegitimidade de parte. Exceção de coisa julgada e a incidência da teoria da substanciação. Dos reflexos do crime continuado e do concurso formal. Conflito de Jurisdição e de Competência. Espécies. Procedimento. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 3 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 01ª QUESTÃO: FÉLIX foi denunciado, processado e julgado pela morte de NINHO, tendo a respectiva decisão transitado em julgado. Posteriormente, foi descoberto que o mesmo tiro que matou NINHO causou, por acidente, a morte de um transeunte, TUFÃO, que também restou atingido pelo projétil, sendo, até então, desconhecido o autor desse disparo. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça se poderia o segundo resultado, descoberto apenas em momento posterior ao julgamento do primeiro, ser objeto de novo processo. Resposta devidamente fundamentada. 02ª QUESTÃO: JUANES foi condenado à pena de 7 (sete) anos de reclusão, em regime inicial fechado, além de multa, pela prática de associação para o tráfico transnacional (art. 35, caput, c/c art. 40, I, ambos da Lei 11.343/2006). Inconformada, a defesa de JUANES interpôs recurso de apelação no qual sustentou a ocorrência de bis in idem processual, sob o argumento de que o réu também foi denunciado pelos mesmos fatos no Uruguai, motivo pelo qual não pode ser penalizado duas vezes. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região desproveu o recurso, já que não configurada a hipótese de litispendência no caso em comento. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, se o Tribunal agiu corretamente. Tema 03: Questões prejudiciais. Processos incidentes (continuação): Do incidente de falsidade. Natureza jurídica. Do falso material e do falso ideológico. Procedimento. Efeitos. Da insanidade mental do acusado. Natureza. Efeitos. 01ª QUESTÃO: O Ministério Público denunciou TIÃO BEZERRA, que tinha 36 anos de idade à época dos fatos, pela suposta prática da infração contida no art. 213, caput, c/c art. 61, II, ‘f‘, todos do Código Penal. A denúncia foi recebida. Citado pessoalmente, o acusado apresentou, por intermédio de procurador constituído, resposta à acusação. No decorrer da instrução, procedeu-se à oitiva da vítima que afirmou que TIÃO BEZERRA, na data do ocorrido, apresentava-se desorientado, perturbado e com um comportamento suicida. Além disso, foram colhidos os depoimentos de três testemunhas de acusação, duas de defesa e ao interrogatório do réu. Ao final, as partes apresentaram memoriais escritos. Em seguida, sobreveio sentença que julgou procedente a pretensão punitiva contida na acusação e condenou o réu TIÃO BEZERRA como incurso nas sanções do artigo 213, caput, combinado com os artigos 61, II, & ldquo;f & rdquo; e art. 26, parágrafo único, ambos do Código Penal, impondo-lhe a pena carcerária definitiva de 07 (sete) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, tendo em vista que a prova oral coligida autoriza o reconhecimento da minorante prevista no art. 26, parágrafo único, do CPB, posto que as condições psíquicas e psicológicas apresentadas pelo réu à ocasião do fato evidenciam que ele agiu durante um episódio de perturbação de sua saúde mental, em razão do que, ainda que compreendesse a ilicitude de sua conduta, não era plena e inteiramente capaz de se determinar de acordo com esse entendimento. Inconformado, o Ministério Público interpôs recurso de apelação, no qual ressaltou a ilegalidade da decisão que reconheceu a incidência do redutor previsto no art. 26, parágrafo único, do Código Penal, bem como a negativa de vigência do art. 149 do Código de Processo Penal, pois o reconhecimento da causa especial de redução da pena descrita no referido dispositivo, por estar atrelada a condição biológica, depende de laudo médico que comprove a doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, ou de laudo psicológico a atestar que, ao tempo do fato, o autor não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, se o recurso ministerial deve ser provido. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 4 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 02ª QUESTÃO: CONRAD GRAYSON foi denunciado pela suposta prática do delito de tráfico de entorpecentes. Durante o trâmite processual, a defesa do acusado requereu a realização do exame de insanidade mental, o que restou indeferido pelomagistrado. A defesa impetrou habeas corpus com pedido de anulação do processo-crime a que responde o paciente. Argumentou, para tanto, que a não instauração do incidente de insanidade mental do paciente implicou cerceamento de defesa, pois, em que pese a discricionariedade do magistrado para aferir a necessidade de realização do exame para formar sua convicção, é imprescindível para a solução da questão que se permita ao paciente demonstrar seu real estado psicológico. Com base na situação hipotética acima narrada, responda: a) Como Desembargador, esclareça se assiste razão à tese defensiva. b) Elaborado o laudo sobre a sanidade mental do acusado, estaria o juiz vinculado a este? Tema 04: Teoria geral da prova: Conceito. Objeto. Principiologia da prova: garantia da jurisdição (distinção de atos de investigação e atos de prova); presunção de inocência; carga da prova (ônus) e in dubio pro reo; in dubio pro societate ranço inquisitório); contraditório e momentos de prova; provas e direito de defesa (princípio do nemo tenetur se detegere). Finalidade da prova. Avaliação e conferência da prova (sistema legal de provas, íntima convicção e livre convencimento motivado). O problema da verdade no Processo Penal. Prova Indiciária. 01ª QUESTÃO: O Ministério Público ofereceu denúncia contra ZÉ ALFREDO como incurso nas sanções do artigo 304 do Código Penal, por ter, em tese, apresentado documento público (histórico escolar) e documento particular (diploma de qualificação técnica) falsos perante o Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro, a fim de exercer ilegalmente a profissão de auxiliar de enfermagem. O magistrado recebeu a denúncia e determinou a citação do acusado para responder à ação penal. Durante a fase instrutória, as partes não produziram provas. Pelo juiz, foi determinada a intimação de 5 (cinco) testemunhas, com fundamento no art. 156, II, do Código de Processo Penal. Inconformada, a defesa de ZÉ ALFREDO impetrou habeas corpus, ao argumento de que houve abuso do poder probatório e, por consequência, violação da imparcialidade do juiz. Com base no exposto, esclareça, com base no entendimento da doutrina e jurisprudência, se o writ merece ser concedido. 02ª QUESTÃO: No direito processo penal pátrio, é aplicável o "standard além (ou acima) da dúvida do razoável", como critério de decisão na avaliação do conjunto de provas e indícios, diante do princípio constitucional do in dubio pro reo? Tema 05: Teoria geral da prova (continuação): Cadeia de custódia da prova: Lei 13.964/2019. Dos limites constitucionais à atividade probatória. Limites extrapenais da prova. Provas nominadas e inominadas. Provas digitais. Questão da prova emprestada. Limites à licitude da prova (distinção entre prova ilícita e prova ilegítima). Teorias sobre admissibilidades das provas ilícitas. Interceptação telefônica: Lei 9.296/96. Proteção à privacidade no Direito: violação ao sigilo das comunicações telefônicas, telegráficas, de dados e da correspondência; violação do domicílio, à intimidade corporal e violação à intimidade familiar e profissional. Prova ilícita por derivação. Consequências da prova ilícita. Jurisprudência. Prova documental. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 5 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 01ª QUESTÃO: O Ministério Público denunciou RUBINHO pela suposta prática do crime descrito no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006. Asseverou, para tanto, que policiais se deslocaram até a residência do réu para verificar denúncias anônimas, recebidas pelo Disque Denúncia, acerca da suposta prática de tráfico de drogas naquela localidade, sendo certo que, ao chegarem ao local, encontraram RUBINHO na frente da casa. Em seguida, declarou que, em depoimento prestado tanto na delegacia quanto em juízo, os policiais afirmaram que explicaram a RUBINHO que buscavam drogas, tendo ele confessado que possuía a substância e autorizado que os agentes ingressassem em sua residência, oportunidade em que entraram na casa e encontraram grande quantidade de droga e outras pessoas preparando a substância para comercialização. Quando interrogado em juízo, RUBINHO apresentou uma narrativa diferente e afirmou que foi surpreendido pelos policiais militares na porta de sua residência, momento em que eles alegaram que buscavam uma pessoa que havia cometido um roubo, razão pela qual solicitaram que ele abrisse o portão para verificar se o ladrão havia se escondido naquele local. Assim, afirmou que atendeu ao pedido, oportunidade em que eles entraram e passaram a procurar por drogas em sua casa. Encerrada a instrução criminal, RUBINHO foi condenado como incurso no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006, à pena de 5 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, mais multa. A defesa de RUBINHO interpôs recurso de apelação no qual sustentou a nulidade do processo porquanto deflagrado com base em elementos de informação ilícitos obtidos por meio de invasão de domicílio sem que houvesse justa causa para tanto, tampouco consentimento válido do morador. Requereu, assim, o reconhecimento da nulidade da prova obtida a partir da violação de domicílio de RUBINHO, com a sua consequente absolvição. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, a) a licitude da prova colhida pelos policiais, mediante o enfrentamento da evolução jurisprudencial dos Tribunais Superiores acerca do tema. b) havendo suspeita de flagrância delitiva, qual é a exigência, em termos de standard probatório, para que policiais ingressem no domicílio do suspeito sem mandado judicial. 02ª QUESTÃO: O Ministério Público ofereceu denúncia contra ANGEL pela suposta prática do crime descrito no art. 121, §2º, II, do Código Penal, perpetrado contra ALEXANDRE TICIANO. Segundo o parquet, ALEXANDRE TICIANO morreu com um disparo de arma de fogo em seu peito, dentro do apartamento onde residia com sua esposa, ora acusada. A ocorrência foi registrada inicialmente como suicídio, entretanto, no decorrer da investigação, a polícia concluiu tratar-se da prática do crime de homicídio, apontando ANGEL como sendo suposta autora do disparo, sendo certo que o delito teria sido praticado em razão de supostas traições de ALEXANDRE TICIANO. O magistrado, a partir do lastro probatório produzido na primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, pronunciou ANGEL, nos termos constantes na denúncia. A defesa interpôs recurso em sentido estrito contra a decisão de pronúncia, ao argumento de que não há indícios suficientes de autoria, sobretudo porque a pronúncia foi lastreada exclusivamente em elementos de informação colhidos no curso do inquérito policial, não corroborados por provas produzidas judicialmente. Pleiteou, ainda, a decretação de nulidade da autópsia psicológica, uma vez que a mencionada prova pericial é produzida ao largo do rigor científico exigido, motivo pelo qual deve ser desentranhada dos autos. Posto isso, esclareça, fundamentadamente, se o laudo elaborado a partir da autópsia psicológica é admitido em sede processual penal, enfrentando, para tanto, o rol de provas estabelecido no Código de Processo Penal. Tema 06: Prova testemunhal: Conceito. Dever de depor. Isenção e proibição de depor. Avaliação e conferência da prova testemunhal. Prova no júri. Falso testemunho. Acareação e reconhecimento de pessoas e coisas. Cabimento e finalidade. Acareação na precatória e rogatória. Reconhecimento extrajudicial e judicial. Forma e documentação. Avaliação e conferência. Falsas memórias e as provas testemunhais. Proteção à testemunha (Lei 9.807/99). DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 6 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 01ª QUESTÃO: RAJ ANANDA foi condenado às penas de 2 (dois) anos e 8 (oito) meses de reclusão, substituídas por restritivas de direitos, em regime inicial aberto, mais multa, bem como à perda de seu cargo e funçõespúblicas de investigador da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, pela prática do delito previsto no art. 316, caput, do Código Penal. Isso porque no dia 10/05/2021, RAJ ANANDA e BAHUAN, investigadores de Polícia Civil, no exercício da função, abordaram o veículo da vítima OPASH e exigiram a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para permitir que este transportasse eletrônicos provenientes do Paraguai. A vítima negociou com os policiais a redução da quantia exigida para R$ 6.000,00 (seis mil reais), divididos em duas parcelas de R$ 3.000,00 (três mil reais) cada. Na ocasião, os policiais ainda exigiram que a vítima entregasse R$ 500,00 (quinhentos reais), disponíveis em sua carteira, o que foi feito, e marcaram o encontro para a entrega da 1ª parcela exigida para três dias depois, em um posto de combustíveis. No dia 13/05/2021, quando OPASH entregava a BAHUAN o valor correspondente à 1ª parcela, policiais civis lotados na Corregedoria, cientes do encontro, efetuaram a prisão em flagrante de BAHUAN. Após o flagrante, todos os envolvidos foram conduzidos à delegacia. Na ocasião, foram mostradas fotos dos policiais que trabalham na região, oportunidade em que OPASH reconheceu RAJ ANANDA como sendo o outro policial que lhe exigiu dinheiro. Na sequência, ao pesquisarem fotos de RAJ ANANDA no Instagram, a vítima novamente reconheceu em umas das imagens que o policial estava com a mesma touca usada no momento do delito. Em juízo, a vítima OPASH foi ouvida, assim como os policiais da Corregedoria. A defesa de RAJ ANANDA interpôs recurso de apelação no qual sustentou a nulidade do reconhecimento fotográfico do réu pela vítima, uma vez que desrespeitado por completo o artigo 226 do Código de Processo Penal, tendo sido este condenado criminalmente com base exclusivamente na referida prova, vale dizer, o reconhecimento fotográfico realizado pela vítima. Requereu, assim, o provimento do recurso, para que o réu seja absolvido, com fulcro no art. 386, II ou IV, do CPP. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça, a partir do atual entendimento dos tribunais superiores, se o recurso defensivo deve se provido. 02ª QUESTÃO: ROBERVAL foi denunciado juntamente com outros corréus à ação penal na 98ª Zona Eleitoral da Cidade de Campos dos Goytacazes/RJ, sendo que ao apresentar resposta à acusação arrolou tempestiva e oportunamente testemunhas de seu interesse, em obediência ao disposto no artigo 396-A do CPP e também ao previsto no art. 359 do Código Eleitoral. O magistrado proferiu despacho no qual determinou à defesa que fossem explicitadas as razões para a oitiva de cada uma das testemunhas arroladas. defesa de ROBERVAL peticionou ao Juízo no qual afirmou que não há previsão legal para a referida determinação, tendo reiterado, por esse fundamento, o pedido de intimação das testemunhas de defesa para comparecerem em audiência. Outrossim, o juízo processante, à luz do disposto no §1º do art. 400 do Código de Processo Penal, indeferiu a oitiva das testemunhas, sob o fundamento de que estas não têm qualquer vinculação com os fatos criminosos imputados ao réu, sendo o o pedido um ato meramente procrastinatório. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, se o magistrado agiu corretamente. Tema 07: Interrogatório: Críticas ao interrogatório on-line. Condução coercitiva do investigado/réu. Confissão. O desvalor da chamada confissão extrajudicial. Declarações do ofendido. Declarações do indiciado e interrogatório. Chamada de corréu e seu valor probatório. Confissão indireta. Confissão qualificada. Divisibilidade e retratação da confissão. Declaração do ofendido. Natureza da confissão e das declarações do ofendido como elemento, fonte e meio de prova. Avaliação e conferência do interrogatório, confissão e declaração do ofendido. 01ª QUESTÃO: Há diferença entre condução coercitiva de testemunha e condução coercitiva de acusado ou investigado? Justifique sua resposta abordando aspectos teóricos constitucionais penais e processuais penais. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 7 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 02ª QUESTÃO: AGNO foi condenado pela prática do delito de estupro de vulnerável à pena de 11 (onze) anos de reclusão. Inconformada, a defesa do réu interpôs recurso de apelação no qual sustentou a ocorrência de nulidade, por cerceamento do direito de defesa do acusado, tendo em vista que o depoimento da vítima, prestado em audiência, foi realizado sem a presença do réu. Em contrarrazões, o Ministério Público manifestou-se pelo desprovimento do recurso, ao fundamento de que a defesa de AGNO concordou com a oitiva da menor apenas na presença da assistente social e psicóloga, razão pela qual não há que se falar em cerceamento de defesa. Tomando como verdadeiros os argumentos apresentados pelas partes, esclareça, fundamentadamente, se assiste razão à defesa. Tema 08: Prova Pericial: Corpo de delito. Objeto. Corpo de delito direto e indireto. Nomeação dos peritos - suas funções. Contraditório e Direito de Defesa na prova pericial. Formalização dos quesitos. Avaliação e conferência da prova diante de exames periciais. Intervenções corporais e os limites assegurados pelo princípio do nemo tenetur se detegere. Novos tipos de prova e sua credibilidade (DNA, e-mail, suportes informáticos e vídeos). Reprodução simulada dos fatos. 01ª QUESTÃO: CHICLETE foi denunciado e processado pela prática de estupro de vulnerável, sob a acusação de ter praticado atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a criança JOSIANE, de 08 (oito) anos de idade, consistente em acariciar e beijar a vagina da infante. No transcorrer da instrução, sobreveio aos autos o laudo de exame pericial a que foi submetida a vítima, com "resposta prejudicada" para os questionamentos realizados quanto à ocorrência de atos libidinosos, muito embora a prova testemunhal tenha sido robusta e harmoniosa no sentido da sua prática. Em alegações finais, a defesa de CHICLETE pleiteou a sua absolvição sob o fundamento da ausência de comprovação da materialidade delitiva, diante da inexistência de laudo de exame pericial positivo. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, se assiste razão à defesa. 02ª QUESTÃO: MELKÃ GURUR, interpõe recurso especial contra acórdão proferido em apelação criminal, porque o referido acórdão determinou que o recorrente deveria cumprir pena de 2 anos e 6 meses de reclusão, em regime semiaberto, mais multa, pela prática do crime previsto no art. 155, §4º, II, c/c o art. 61, I, do Código Penal. MELKÃ alega que o acórdão recorrido diverge de precedentes do STJ quanto à interpretação do art. 171 do Código de Processo Penal, uma vez que a jurisprudência daquela Corte considera que a qualificadora da escalada só pode ser comprovada por meio de exame pericial, que constatará os vestígios da conduta criminosa. O recorrente sustenta que, ante a presença de vestígios, o laudo pericial é necessário e não pode ser substituído por depoimento de testemunhas, requerendo o provimento do recurso para afastar a qualificadora do furto. Como deve ser julgado o presente recurso? Tema 09: Prisões cautelares: Regramento constitucional. Principiologia das prisões cautelares: Jurisdicionalidade; Provisionalidade; Provisoriedade; Excepcionalidade; Proporcionalidade. Pressupostos e requisitos da prisão cautelar: adequação e motivação. Duplo juízo: legalidade e necessidade. Modalidades da prisão cautelar. Lei 12.403/11. Prisão preventiva: cabimento e decretação. Prisão Domiciliar. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 01ª QUESTÃO: TERTULINHO foi preso em flagrante, sendo, posteriormente, encaminhado para a audiência de custódia. Em audiência, o Ministério Público requereu a concessão da liberdade provisória mediante a aplicação de medida cautelardiversa da prisão, vale dizer, recolhimento domiciliar. A magistrada, não obstante o requerimento formulado pelo parquet, entendeu que estavam presentes os requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, motivo pelo qual decretou a prisão preventiva de TERTULINHO. A Defensoria Pública protestou no sentido de que a magistrada agiu de ofício ao decretar a prisão preventiva, considerando que o Ministério Público requereu apenas medidas cautelares diversas da prisão. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça qual é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça acerca da possibilidade de o magistrado decretar a prisão na hipótese de o Ministério Público requerer a aplicação de medida cautelar diversa da prisão. 02ª QUESTÃO: ZEFA foi presa em flagrante pela prática do crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/2006, posto que foi encontrada portando grande quantidade e variedade de substância entorpecente. A defesa de ZEFA impetrou habeas corpus no qual requereu a concessão de prisão domiciliar à paciente, tendo em vista ser genitora de criança menor de 12 (doze) anos. Para tanto, fundamentou o pedido com base nos artigos 318, V c/c o art. 318-A do Código de Processo Penal. O Tribunal de Justiça não concedeu a ordem, sob o fundamento de que a grande quantidade e variedade de drogas encontradas em poder da paciente são circunstâncias que demonstram que ela teria participação em organização criminosa. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, se a decisão do Tribunal se encontra em consonância com o entendimento dos Tribunais Superiores. Tema 10: Prisão temporária: Lei 7.960/89. Prisão em flagrante: Natureza jurídica. Garantias constitucionais relacionadas ao flagrante. Medida de natureza Pré-Cautelar. Fases da prisão em flagrante (captura, formalização e prisão propriamente dita). Sujeitos ativo e passivo. Análise das espécies. Requisitos e Defeitos. Garantias Processuais e Constitucionais. Legalidade dos flagrantes Forjado, Provocado, Preparado, Esperado e Protelado (ou Diferido). Elaboração do APF. 01ª QUESTÃO: Consta dos autos que no dia 21/02/2022 foi decretada a prisão temporária de RUBINHO, pelo prazo de 30 dias, para apurar a suposta prática do delito previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006. A defesa impetrou habeas corpus, no qual sustentou a ocorrência de constrangimento ilegal do paciente e alegou, para tanto, que o art. 1º da Lei 7.960/89 contraria direitos fundamentais constitucionalmente assegurados e que a decretação da prisão temporária somente seria possível se os requisitos previstos nos incisos do dispositivo questionado estivessem presentes de forma conjunta, sob pena de descumprir o devido processo legal material. Sustentou, ainda, que a redação imprecisa dos art. 1º, I, II e III, da Lei 7.960/89 provoca controvérsias interpretativas e argumentou a inconstitucionalidade da lei diante do direito à liberdade provisória e da presunção de inocência, por ser uma modalidade de prisão com menos requisitos que a prisão preventiva e, portanto, inconstitucional. Com base na situação hipotética acima narrada, esclareça fundamentadamente se o inciso I do art. 1º da Lei 7.960/89 é constitucional. Aborde, ainda, quais são os requisitos necessários para a decretação da prisão temporária. 02ª QUESTÃO: Considerando os dispositivos da Lei 12.403/2011, que promoveu alterações no Código de Processo Penal relativas à prisão processual, discorra sobre a natureza jurídica da prisão em flagrante diante da nova roupagem processual penal, abordando, necessária e fundamentadamente, as justificativas doutrinárias que defendem a sua cautelaridade e as que defendem a sua pré-cautelaridade. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS Tema 11: Prisão em flagrante (continuação): Flagrante delito e ação controlada. Flagrante nos crimes habituais e nos crimes permanentes. Flagrantes nos crimes de ação de iniciativa pública condicionada e ação de iniciativa privada. Flagrante nas infrações de menor potencial ofensivo. Flagrante nos crimes de trânsito. Controle judicial da prisão em flagrante. Audiência de Custódia (Resolução TJ/OE/RJ 29/2015 alterada pela Resolução TJ/OE/RJ 32/2015 e Resolução 213/2015, CNJ). Conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. 01ª QUESTÃO: O Juízo da 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de ALEXANDRE TICIANO, sendo certo que o cumprimento do mandado de prisão ocorreu na cidade de Curitiba/PR. O encarceramento foi comunicado pela Superintendência da Polícia Federal do Paraná ao Juízo que a decretara. Na mesma data, o Juízo da 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro expediu carta precatória a uma das Varas Federais Criminais da Subseção Judiciária de Curitiba/PR, a fim de que realizasse a audiência de custódia. Outrossim, a Juíza Federal em exercício na jurisdição de Curitiba/PR declarou-se incompetente para a realização do ato, sob a justificativa de que o ato poderia ser realizado pelo juízo deprecante por meio de videoconferência. A partir da situação hipotética acima descrita, esclareça se está correto o fundamento utilizado pelo Juízo Federal da Seção Judiciária do Paraná. Indique, ainda, a origem da previsão de realização de audiência de custódia em nosso ordenamento jurídico, bem como da finalidade precípua do referido ato. 02ª QUESTÃO: Consta dos autos que TENÓRIO foi preso em flagrante em quarto de hotel, após diligências investigativas realizadas pela polícia civil para apurar a veracidade da informação de que haviam entorpecentes no local. Na ocasião, foram apreendidos 164 porções de cocaína e 257 porções de maconha, além de um caderno de anotações da venda de entorpecentes. Posteriormente, TENÓRIO teve a custódia convertida em preventiva pela suposta prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006. A defesa de TENÓRIO impetrou habeas corpus no qual aduziu que o processo instaurado em desfavor do acusado é nulo, porquanto deflagrado a partir de elementos de informação ilícitos, obtidos por meio de violação de domicílio. Afirmou, para tanto, que houve ingresso dos policiais no quarto de hotel em que estava o paciente, sem mandado judicial. Ressaltou, ainda, que não restou evidenciada hipótese alguma das previstas no art. 312 do CPP, motivo pelo qual requereu a concessão da ordem para que seja relaxada a custódia preventiva do paciente. Analise os argumentos apresentados pela defesa de TENÓRIO, à luz da orientação do C. STJ, mediante apontamento de fundamento legal que justifique a orientação adotada. Tema 12: Medidas cautelares: Natureza e Princípios. Poder de cautela: existência ou inexistência. Cautelares típicas (Lei 12.403/2011): espécies. Principiologia: a) jurisdicionalidade; b) contraditório; c) provisionalidade; d) provisoriedade; e) excepcionalidade; f) proporcionalidade. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 10 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 01ª QUESTÃO: O Juízo da 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, em inquérito policial deflagrado para apurar a prática de pedofilia, constitutiva de crimes - consistente na produção e na disseminação de material pornográfico infanto-juvenil - e de estupro de vulnerável - haja vista a suspeita da ocorrência de relações sexuais com menores -, determinou aos provedores Facebook Serviços Online do Brasil, Google Brasil Internet e Yahoo do Brasil, em fevereiro de 2021, que fornecessem dados cadastrais, logins de acesso, dados armazenados, inclusive fotografias exibidas, álbuns de fotos, vídeos, recados, depoimentos, listas de amigos de TENÓRIO, ora investigado, e de comunidades das quais o perfil dele fosse membro. A determinação judicial, a despeito dos diversos ofícios e da decisão que delimitou prazo,que se ultimaria em 24/08/2021, para o cumprimento da ordem judicial, somente veio a ser cumprida pelo Facebook Serviços Online do Brasil em 02/09/2021, isto é, 9 dias após o término do prazo peremptório fixado, o que culminou em uma multa de R$ 450.000,00, com fundamento no art. 497 e 537 do CPC c/c art. 3º do CPP, com ordem de pagamento, em 15 dias, sob pena de inscrição do débito na dívida ativa não tributária. Contra essa decisão, o Facebook Serviços Online do Brasil interpôs recurso no qual alegou a ilegalidade da aplicação de multa diária a terceiro, bem como a ilegalidade da imposição de multa em razão do cumprimento da ordem. Posto isto, esclareça, a partir do entendimento do Superior Tribunal de Justiça, se assiste razão à parte recorrente, enfrentando, para tanto, os argumentos trazidos pela parte recorrente. 02ª QUESTÃO: MÃOZINHA, vereador, responde a ação penal em primeira instância pela suposta prática de crimes contra a Administração Pública. Pergunta-se: o magistrado pode determinar o afastamento cautelar do parlamentar de suas funções com espeque no artigo 319, VI, do Código de Processo Penal? Responda, justificadamente, com base no posicionamento doutrinário e jurisprudencial acerca do tema. Tema 13: Medidas cautelares (continuação): Produção antecipada da prova. Sequestro de bens imóveis e móveis. Arresto. Especialização de hipoteca legal. Busca e apreensão. Medidas cautelares reais. Da restituição de coisas apreendidas. 01ª QUESTÃO: FÉLIX foi denunciado pela prática de roubo qualificado (art. 157, §2º-A, I, Código Penal). Por não ser encontrado para citação pessoal, o juiz determinou a expedição de edital. O acusado, uma vez citado por edital, não compareceu, bem como não constituiu advogado para oferecer a resposta prévia, o que levou o magistrado a suspender o processo e o curso do prazo prescricional. O Ministério Público, então, requereu a colheita antecipada de provas testemunhais, face ao risco de se fragilizarem pelo decurso do tempo, caso transferidas para data futura e incerta. Com base na situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, se o requerimento deve ou não ser deferido pelo magistrado. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 11 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 02ª QUESTÃO: Em patrulhamento de rotina, policiais receberam uma delação anônima, com a descrição de um indivíduo que se encontrava com uma arma de fogo em via pública nas imediações do bairro do Leme, no Rio de Janeiro. Sendo assim, os policiais se dirigiram até o local e se depararam com um indivíduo com as características informadas. Ao realizarem a busca pessoal, encontraram uma pistola, carregada com nove munições, bem como um documento pessoal, com a sua identificação, além da quantia de R$ 100,00 (cem reais). Ainda na abordagem policial, em via pública, os policiais tomaram conhecimento de que TERTULINHO possuía antecedente criminal pela prática do crime de tráfico de drogas. Diante dessa informação, os policiais decidiram ir até a residência de TERTULINHO e, com o suposto consentimento do morador, entraram no imóvel. Com o auxílio de cães farejadores, foi localizado, no sofá, um tijolo de maconha, e duas porções de cocaína na mesa da cozinha, além da quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais), no guarda-roupas. Com base nesses elementos informativos, TERTULINHO foi denunciado, processado e condenado à pena total de 8 (oito) anos, 9 (nove) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, mais multa, pela prática dos crimes de porte ilegal de arma de fogo e por tráfico de drogas. A defesa interpôs recurso de apelação, no qual afirmou que o processo instaurado em desfavor do réu é nulo, porquanto foi deflagrado com base em elementos de informação ilícitos, obtidos por meio de invasão de domicílio, sem que houvesse justa causa nem consentimento do morador para tanto. Requereu, assim, o provimento do recurso a fim de que seja reconhecida a nulidade da prova obtida com base na medida invasiva e, por consequência, a absolvição do acusado. A partir da situação hipotética acima descrita, esclareça, fundamentadamente, se o recurso defensivo merece ser provido. Tema 14: Teoria da Liberdade: Valores da Jurisdição: verdade e liberdade (Ferrajoli). Relaxamento. Revogação da prisão cautelar. Liberdade Provisória. Noções gerais de liberdade provisória. Liberdade provisória sem fiança. Visão garantista. 01ª QUESTÃO: Diga se cabe liberdade provisória de prisão preventiva. Justifique. 02ª QUESTÃO: Estabeleça a diferença entre liberdade provisória e relaxamento de prisão. Tema 15: Teoria da Liberdade (continuação): Liberdade provisória mediante fiança: Regime jurídico da fiança. Limitações e Paradoxos do Sistema Brasileiro. Novo regime jurídico da fiança. Valor, reforço, dispensa, destinação, cassação, quebramento e perda da fiança. Liberdade provisória e a Lei 8.072/90. 01ª QUESTÃO: Esclareça, fundamentadamente, quais critérios devem ser adotados pela autoridade policial para arbitrar ou não a fiança, salientando, ainda, como a matéria era disciplinada antes da Lei 12.403/11. DIREITO PROCESSUAL PENAL - CP08 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2023 12 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CADERNO DE EXERCÍCIOS 02ª QUESTÃO: A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro impetrou habeas corpus coletivo em favor de GIRAFALES, QUICO, CHAVES e de todos aqueles a quem foi concedida liberdade provisória condicionada ao pagamento da fiança no Estado do Rio de Janeiro e que ainda se encontram submetidos à privação cautelar de liberdade. Para tanto, alegou que, diante do cenário atual de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), nos moldes da Recomendação nº 62/2020 do CNJ, deve ser determinada a soltura imediata de todos os presos que tiveram o deferimento da liberdade provisória condicionada ao pagamento de fiança, tendo em vista que a superlotação nos presídios do Rio de Janeiro é campo fértil para a propagação do novo coronavírus, devendo ser aplicada a mencionada recomendação do CNJ, que preconiza a máxima excepcionalidade das ordens de prisão preventiva, inserindo-se nesse contexto o pedido veiculado nesse habeas corpus coletivo, em defesa daqueles que se encontram nesses presídios - insalubres e com excesso de aglomeração de pessoas -, os quais nem sequer estariam presos caso tivessem condições financeiras para arcar com o pagamento da fiança. Sustentou que há que se reduzir a população carcerária do estado, sobretudo no período da pandemia da Covid-19, com maior razão porque é ilegal a manutenção da prisão cautelar de pessoas tão somente pelo fato de não possuírem condições financeiras para recolhimento da fiança arbitrada. Aduziu, ainda, que carece de proporcionalidade a decisão que concedeu liberdade provisória condicionada ao pagamento de fiança no momento de grande disseminação da Covid-19, sendo certo que o simples fato de os pacientes serem assistidos pela Defensoria Pública corrobora a afirmação de não possuírem recursos financeiros para arcar com o valor arbitrado pelo juízo a quo. Requereu, assim, a concessão da ordem de habeas corpus, com a imediata soltura dos pacientes a quem foi concedida a liberdade provisória mediante o recolhimento de fiança, com a dispensa do recolhimento da fiança arbitrada. Almejou, por fim, que a decisão seja estendida a todos os presos em território nacional que tiveram a liberdade provisória condicionada ao recolhimento de fiança e que não reuniram condições de cumprir com o respectivo pagamento. Com base na situação hipotética acima narrada, esclareça, fundamentadamente, se a ordem deve ser concedida. BIBLIOGRAFIA GERAL 01. ALVES, Leonardo Barreto Moreira. Manual de Processo Penal. 2 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora JusPodivm, 2022. 02. ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Recentes alterações no processo penal às leis n. 11.689/08, 11.690/08 e 11.719/08. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. 03. ARANHA, Adalberto José Q.T. de Camargo. Da prova no Processo Penal. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 04. BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo Penal. 8. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020. 05. _______. Espistemologia Judiciária e Prova Penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2019. 06. BARROS, Flaviane de Magalhães. 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