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NUVENS O que é uma nuvem? Nuvens são aglomerados de gotículas de água e/ou de cristais de gelo em suspensão na atmosfera. Para que ela se forme, são necessárias algumas condições, dentre elas: Atingir a saturação através do aumento da umidade Arrefecimento do ar Condições de estabilidade: estabilidade é a tendência de resistência ou intensificação do movimento vertical do ar atmosférico. Existência de núcleos de condensação para que o vapor de água se condense As nuvens podem variar de altura (altas, médias e baixas), aparência, constituição (sólidas, líquidas e mistas) e seu desenvolvimento vertical. Nuvens sólidas são compostas de gelo ou cristais de gelo, as líquidas são compostas por gotículas de água e a mistas sendo uma mistura de gotículas com cristais. Nuvens baixas - < 2000m: Tipos: Stratus (St), Stratocumulus (Sc), Nimbostratus (Ns). Nuvens médias – alturas dependem da região: São Nuvens líquidas ou mistas. Tipos: Altostratus (As) e Altocumulus (Ac). Nuvens altas – alturas dependem da região: Constituídas por gotas sólidas, cristais de gelo. Principais tipos - Cirrus, Cirrostratus, Cirrocumulus Forças que atuam nas nuvens: força da gravidade (peso das parcelas/gotas), empuxo associado a presença de parcelas de ar quente e úmida, forças de arrasto aerodinâmico (resistência ou atrito) e convergência do escoamento horizontal do vento; IMPORTANTE: PROCESSO FÍSICO DE FORMAÇÃO DAS NUVENS: Como citado anteriormente, - Existência de núcleos de condensação, que irão promover a condensação, além de poderem ser núcleos de condensação de gotículas de água e também núcleos de formação de gelo; - Existência de umidade, próxima a saturação: - Esfriamento do ar até a temperatura de saturação, isto é a temperatura do ar deve ser menor que a temperatura de orvalho. O nível de condensação é aquele nível no qual o ar se torna saturado durante o movimento ascensional. - Existência de processos capazes de elevar o ar. Existem 4 processos principais e cada terá uma dinâmica diferente e poderá gerar configurações de nuvens distintas. O primeiro é convecção térmica, quando ocorre pela ascendência do ar devido a diferença de temperatura do ar, esses movimentos estão relacionados com a estabilidade do ar. A convergência acontece quando duas massas de ar convergem em centro de baixa pressão e são forçados a se elevar (esse tipo de movimento acontece no ZCIT e pode gerar nuvens cirrostratus). As causas orográficas também são uma das causas, quando existem montanhas ou relevos que forçam o ar a subir e ele atingir a temperatura de orvalho, poderá condensar formando uma nuvem orográfica. E por último, as causas frontais, estando relacionadas com frentes frias ou querentes, que nada mais é do que o resultado do encontro de duas massas de ar com temperaturas e umidades diferentes. Estágios da nuvem: estágio inicial de formação (estágio cumulus), estágio de maturidade e estágio de dissipação. Mas como uma nuvem é dissipada? Pode ocorrer por evaporação quando existem correntes verticais descendentes (subsidência) e ocorre principalmente em centros de alta pressão (anticiclone), quando há a precipitação, insolação ou mistura com o ar mais seco da vizinhança da nuvem. Mecanismos da precipitação: O processo da colisão/coalescência ocorre em nuvens quentes (acima do ponto de congelamento > 0°C). As gotículas aqui crescem a custa das menores por choque e acreção ou por coalescência quando as gotas pequenas irão evaporar e o vapor de água irá condensar sobre as maiores. O processo de bergeron resulta na formação de cristais de gelo (abaixo do ponto de congelamento 0°C); Os cristais de gelo vão crescendo às custas das gotas de água, seja ou contato ou sublimação das gotas que se evaporam sobre os cristais de gelo. ELETRICIDADE ATMOSFÉRICA Nuvens de tempestades (cumulonibus) podem gerar descarga elétrica, originando os relâmpagos, raios e trovão. Para diferenciar, raios são as descargas elétricas que saem da nuvem atingindo o solo ou outra nuvem; os relâmpagos é a luz emitida por essa descarga elétrica e o trovão é o som que é gerado pela expansão supersônica do ar ocasionada pela descarga. Para que uma descarga aconteça, é necessário que as cargas excedam a capacidade isolante do ar (rigidez dielétrica, que é um valor limite para o campo elétrico aplicado a espessura do material, que a partir dele, os átomos se ionizam, passando a ser um condutor). Essa descarga tem uma duração muitooo pequenas, chegando a 100 milissegundos. As descargas podem acontecer entre nuvem-solo e solo-nuvem (sendo o segundo mais raro) ou até mesmo, dentro da própria nuvem, entre nuvens e entre nuvem e o ar. Como podemos observar, existem centros principais de carga. Sendo o positivo espalhando na parte superior da nuvem e um centro negativo. O processo de eletrificação das nuvens ainda não é exato, por envolverem processos macrofísicos e microfísicos. Os macrofísicos refere-se ao gravitacional, onde partículas maiores tendem a permanecer na parte inferior da nuvem, enquanto as menores tendem a permanecer na parte superior da nuvem. O microfísico é o colisional onde as colisões geram uma separação das cargas por meio de polarização das partículas grandes (indução) ou se a temperatura do local da colisão tem um papel na separação das cargas (termoelétrico) A teoria mais aceita é a teoria não-indutiva que sugere que a nuvem gera separação de cargas elétricas pelo choque entre partículas de gelo sem a necessidade da pré-existência de um campo elétrico. Reynolds (1957) realizou experimentos que foram capazes de reproduzir isso. ESTABILIDADE DA ATMOSFERA Movimento ascendente: convecção atmosférica, movimento ascendente do ar, resultado da instabilidade numa determinada massa ou parcela de ar. Movimento subsidente: subsidência, movimento descendente do ar predominante quando o ar está mais frio e mais denso no alto. Condições de estabilidade: Em uma atmosfera instável: é caracterizada pela turbulência mecânica intensificada pela estrutura térmica do ar; em uma atmosfera neutra, a estrutura térmica não piora ou resiste a turbulência mecânica; já em uma atmosfera estável, a estrutura térmica inibe a turbulência mecânica, imprimindo-se lhe movimento ascendente, ela tenda a voltar à posição original. Como podemos avaliar a estabilidade? Temos que recorrer ao gradiente de temperatura adiabático, que é a variação da temperatura que ocorre nas massas em movimento vertical. Podendo ser dividido e um gradiente adiabático seco ou úmido (lapse rate seco ou úmida). O lapse rate é a taxa de mudança da temperatura com a altura de uma parcela de ar seco a qual move-se sobre a atmosfera e segue um processo adiabático. A diferença entre o lapse rate seco e úmida está na diferença das condições de condensação do vapor de água que acontecem a temperaturas diferentes. Ele pode ser medido observacionalmente a partir de uma radiossonda. Em uma atmosfera instável para ar saturado, o movimento vertical é intensificado e os topos das nuvens cumulus sobem. Já se for estável, o crescimento vertical é inibido. DIAGRAMA TERMODINÂMICO O diagrama termodinâmico é uma ferramenta crucial para a previsão do tempo. Permite avaliar a estrutura vertical termodinâmica da atmosfera e: (i) Identificar ambientes estáveis e instáveis, e o diagnóstico do conteúdo de umidade na troposfera; (ii) Avaliar o potencial de ocorrência de tempestades; (iii) Inferir, com algumas horas de antecedência, o tipo de convecção mais provável de ocorrer caso tempestades se formem. Um exemplo de diagrama termodinâmico é Skew-T. O diagrama skew-T é composto por uma superposição de isolinhas de diversas grandezas termodinâmicas Vento, Vento Geostrófico e Força de Coriolis Os ventos são movimentos do ar, horizontal e vertical, de grandes massas que se movem em velocidadevariáveis. A movimentação do ar ocorre em sentido dos centros de alta pressão para os de baixa pressão, isso ocorre devido ao comportamento do ar aquecer devido ao aquecimento da superfície terrestre, tornando o ar menos denso e o ar mais frio mais denso. Os movimentos horizontais são anticiclônicos e ciclônicos. Os anticiclones são centros de alta pressão e o ciclones são de baixa pressão. Já os movimentos verticais são os momentos de convergência e subsidência. CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA A circulação atmosférica é o movimento de grande escala da atmosfera e o meio através do qual o calor é distribuído pela superfície da terra. Pode ocorre em grande escala devido ao aquecimento diferencial na linha do equador e nos polos, gerando as células de Hadley, por exemplo, ou a rotação do planeta (efeito Coriolis) VENTOS PREDOMINANTES NA ATMOSFERA Ventos de leste: são ventos convergentes do nordeste e sudeste nas latitudes equatoriais Ventos do oeste: é o movimento atmosférico persistente dominante, centrado em latitudes médias de cada hemisfério. Ventos alísios: são ventos de leste que sopram dos trópicos para o equador e ocorrem permanentemente nas regiões sub-tropicais. Forças que dirigem o vento: Força do gradiente da pressão; o gradiente de pressão irá dirigir o vento das áreas de alta pressão para áreas de menor pressão Força de Coriolis; o efeito da rotação da terra também surti um desvio na direção do movimento dos ventos. O vento é desviado da direção perpendicular às isóbaras. Indo para direita no HN e esquerda no HS Força centrípeta; É a força resultante que puxa o corpo para o centro da trajetória em um movimento curvilíneo ou circular Força de fricção: É a força de contato que atua sempre que dois corpos entram em choque e há tendência ao movimento O Vento Geostrófico é o escoamento paralelo às isóbaras, no qual a força de gradiente de pressão é balanceada pela força de Coriolis. Sistemas Atmosféricos: Massas de ar e sistemas frontais Sistemas atmosféricos são componentes da atmosfera que proporcionam uma termodinâmica e dinâmica que interage com todos os elementos que a compõem, consolidam o tempo e clima em diferentes regiões do planeta. MASSAS DE AR: São grandes volumes de ar cobrindo uma grande área da superfície terrestre e possui características termodinâmicas uniformes. Para que uma massa de ar se forma é necessário que o ar fique estacionado durante algum tempo sobre uma região que tenha uma distribuição uniforme de temperatura, de modo a adquirir as suas características. Elas podem ser classificadas a partir da sua região de origem, influência sofridas e comportamento termodinâmico. Região de origem: polar (P), tropicais (T) e equatoriais (E) Influência sofridas: continentais ( C ) e marítimas (m) Comportamento termodinâmico: quentes (w) ou frias (k) Ou ainda podem ser classificadas por massas de ar instáveis ou estáveis. Durante o deslocamento da massa de ar da sua região de origem até o destino, elas podem sofrer influências sobre das regiões as quais circulam modificando suas características, como umidade ou temperatura. Frentes ou sistemas frontais As massas de ar diferenciadas por as suas características térmicas (ar polar e ar tropical por exemplo), quando elas se encontram não se misturam existindo entre elas uma superfície de descontinuidade que se designa por superfície frontal As frentes são zonas de transição entre duas massas de ar com densidades diferentes, normalmente é diferente em temperatura e umidade. Para identificar elas em uma carta sinótica, pode-se usar mudanças de temperaturas rápidas em distâncias pequenas, mudanças na umidade do ar, mudanças rápidas de pressão, e mais alguns outros. Existem diferentes tipos de frentes: Frentes frias que é uma zona de transição de uma massa de ar frio e seco que irá substituir uma massa de ar quente e úmida. Frentes quentes que é uma zona de transição de massa de ar quente substintuindo uma massa de ar fria. Frentes oclusas que é uma zona onde uma frente fria move-se mais rápido que uma frente quente fazendo elevar todo o ar quente. Frentes estacionárias onde ambos os lados da frente não se dirige para a massa de ar quente ou frio, mas paralelo a linha de frente. ZCAS – zona de convergência do atlântico sul: é uma banda de nebulosidade que segue da região noroeste-sudeste. Ocorre pela confluência entre o ar da alta subtropical do atlantico sul e o ar oriundo de latitudes mais altas, acompanhado de umidade. Fica por pelo menos 4 dias. É um dos principais mecanismos causadores de chuva no sudeste e outras regiões do país. ZCOU – zona de convergência de umidade: muito similar ao ZCAS, mas difere na duração. Sistemas Atmosféricos: ciclones, furacões, tempestades severas. Eventos Extremos Um ciclone ocorre em núcleos de menor pressão que são causadas pela elevação do ar quente que favorece a formação de nuvens. Ciclogênese é o processo de abaixamento da pressão atmosférica de superfície com conseqüente formação da circulação ciclônica. TIPOS DE CICLONE Os ciclones tropicais ocorrem em todas as áreas oceânicas tropicais exceto no Atlantico Sul e Pacifico Sul. Normalmente ocorre em épocas mais quentes, as temperaturas do mar devem ser maiores que 26,5°C, possui um núcleo quente e simétrico e vento forte sustentado. Os ciclones extratropicais são sistemas de escala sinótica que formam entre latitudes de 30° e 60°C de cada hemisfério. Contribuem para o equilíbrio térmico das regiões equatoriais e regiões polares. Eles possuem um núcleo frio e assimétrico, vento forte em forma de rajadas, chuva com diversas intensidades e são típicos do Atlântico e Pacífico Sul, e afetam diretamente a América do Sul. Por último, os ciclones subtropicais são sistemas de baixa pressão híbridos associados a transição tropical e extratropical. Original entre latitudes de 20° e 40° e possuem uma temperatura da superfície do mar menor que 26,5°C; não são associados a sistemas frontais, possuem núcleos frios em altos níveis e quentes em baixos níveis. Esse tipo de ciclone é relativamente imprevisível de pode causar grandes danos eventualmente; Furacões Sistemas de baixa pressão em superfície que se forma sobre os oceanos tropicais quentes Tem um núcleo “quente” . Tem sua origem num ciclone tropical. Possui os seguintes estágios: depressões tropicais, tempestade tropical, furações e tufões, que irão se diferencias em velocidade dos ventos. Fatores que influenciam a formação de um furacão: TSM quente, águas quentes profundas, muita umidade em baixos níveis, convergência em superfície; Fatores que inibem a formação de furação: TSM fria; Ar seco em baixos níveis; Alísios muito fortes; ventos de altos níveis muito fortes; Tornados É uma coluna giratória e violenta de ar que se estende para baixo de uma nuvem cumulonimbus em forma de funil. A maioria gira em sentido ciclônico. Uma região de forma cisalhamento de vento força a corrente de ar ascendente dentro de uma trovoada girar em sentido ciclônico. Muitos dos tornados duram somente poucos segundos. Existem diferentes tipos de tornados, sendo eles tornados de múltiplos vórtices, tromba d’água e o redemoinho de pó. PREVISÃO METEOROLÓGICA A previsão é realizada pelo meteorologista utilizando duas ferramentas: análise observacional – fazendo um diagnóstico das condições atmosféricas – e a aplicação de um modelo numérico – previsão numérica do tempo. Para o diagnóstico, é necessários diversos dados, seja dados de estações meteorológicas (dados meteorológicos de superfície), radiossonda (dados de altura), boias e navios (dados sobre o oceano), satélites meteorológicos e radares meteorológicos. Essas observações podem ser imputadas em mapas ou cartas meteorológicas, como as cartas sinóticas para a análise. A observaçãoparte de uma verificação visual e a leitura de diversos instrumentos. A coleta é extremamente complexa e feitas diversas vezes ao dia, podendo ser originados e dados de aeroportos, rede sinóticas, navios, altitude, rotas aéreas e satélites. Cada país tem um centro meteorológico nacional. No Brasil, é o INMET que fica localizado em Brasília. A informação é disseminada e reunida em diversos centros, como centros mundiais localizados em Melbourne, Washington e Moscou. Existem dois tipos de modelos atmosféricos: modelagem numérica e estatística. Na modelagem numérica, é regido por algumas equações básicas, como a da massa, momento, energia e água, compostas por equações primitivas como a segunda lei de newton, equação do gás ideal, primeira lei da termodinâmica e conservação de massa. Modelos de grande escala > parametrizações de convecção Modelos de pequena escala > parametrizações de microfísica Detecção e atribuição das mudanças climáticas. Variabilidade climática é uma forma pela qual parâmetros climáticos variam em um determinado período, expressos através de desvio padrão, coeficiente de variação ou anomalia. Elas podem apresentar tendências positivas, negativas ou não apresentar uma tendência. Mudanças climáticas são alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra. São verificadas através de registros científicos nos valores climáticas médios ou desvios da média. É uma variação a longo prazo estatisticamente significante. Como podemos detectar uma mudança climática? Através da alteração ou variação de um parâmetro meteorológico. O que contribuem para as mudanças? Podem ser fatores externos ou internos. Fatores externos são, por exemplo, ciclos de manchas sol ares, alterações na geometria da Terra e do Sol, raios cósmicos e colisões de cometas. Já as internas podem ser por processos tectônicos, erupções vulcânicas, variações na composição atmosférica ou circulação oceânica. Algumas mudanças podem ser atribuídas a causas antrópicas, devido a gases de efeito estufa por exemplo. Lembrando que o aquecimento global é diferente do efeito estufa. O aquecimento global apresenta um efeito estufa alterado. Para evitar que a nossa temperatura média global não subisse mais de 2°C, foram feitos diversos acordos globais para evitar a mudança climática e anualmente existem painéis para a discussão de ações, como o IPCC. A mitigação pode ser feita pela diminuição de emissões de gases de efeito estufa ou ainda a partir de geoengenharia climática, a geoengenharia está sendo vista como uma necessidade para não atingir o aumento de 2°C na temperatura média, neutralizando os sistemas climáticos e neutralizando o aquecimento global. Ela pode incluir diversas coisas, como a fertilização do oceano para aumentar a quantidade de fitoplancton, engenharia genética para deixar culturas com cores mais claras e refletirem a luz solar, captura e armazenagem de carbono através de máquinas que sugam o CO2, pulverização de partículas minúsculas na atmosfera da Terra para refletir os raios de sol de volta ao espaço.
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