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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 
SAÚDE DA MULHER I
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Laís Cristina Gonçalves
Assistência de Enfermagem na Saúde da Mulher I / GONÇALVES, 
CRISTINA LAÍS. - Multivix, 2023
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2022 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 1
 Empoderamento feminino 15
 Plenitude da saúde feminina 16
 Princípios da Plano Nacional de Políticas para as mulheres (PNPM) 17
 Equidade de gênero 20
 Mulher grávida 21
 Objetivos do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher 
(PAISM) 22
 Áreas de atendimento priorizadas na assistência à saúde da mulher 22
 Saúde da mulher 23
 Objetivos gerais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da 
Mulher (PNAISM) 24
 Movimento feminista 26
 Câncer de mama 27
 Urbanização 28
 Maternidade e submissão da mulher 29
 Doenças cardiovasculares 30
 Atenção obstétrica 32
 Prevenção HIV/Aids 34
 Preservativo masculino 34
 Infecções sexualmente transmissíveis (IST) 37
 Violência 40
UNIDADE 2
 Sistema reprodutor feminino 45
 Órgãos reprodutores internos da mulher 46
 Órgãos reprodutores externos da mulher 47
 Ciclo menstrual 49
 Fecundação do óvulo 50
 Cuidados na saúde da mulher 51
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Adolescência e puberdade: períodos marcados por mudanças 52
 Mudanças emocionais na adolescência 53
 Adolescência 54
 Puberdade e adolescência feminina 55
 Ciclo menstrual na adolescência 58
 Consulta de enfermagem 59
 Aparelho reprodutor feminino 60
 Ciclo reprodutivo feminino 61
 Climatério 63
 Mulher na fase da menopausa 64
 Menopausa e sexualidade 66
 Efeitos colaterais da TRH 67
 Contraindicações para a TRH 67
UNIDADE 3
 Diferentes mulheres 73
 Histórico de enfermagem 74
 Autoexame das mamas 75
 Não à violência 77
 Dor pélvica 78
 Fatores de risco para miomatose uterina 79
 Fatores de risco para miomatose uterina 80
 Exame ginecológico 81
 Agravos ginecológicos 82
 Principais agravos da região pélvica feminina 83
 Consulta ginecológica 84
 Infertilidade 86
 Preservativo masculino 88
 Tratamento para sífilis 89
 Prevenção em saúde 90
 Prevenção do HIV/Aids 92
 Hábitos saudáveis 93
6
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Cuidado em enfermagem 94
 Prevenção 95
UNIDADE 4
 Gestação 101
 Pré-natal 102
 Pré-natal na Unidade Básica de Saúde 103
 Pré-natal de baixo risco 107
 Assistência ao pré-natal 110
 Avaliação gestacional 111
 Gestação 40 semanas 112
 Infecção do trato urinário 113
 Intercorrências obstétricas 114
 Diabetes mellitus gestacional 115
 Equipe multiprofissional 116
 Pré-eclâmpsia 117
 Classificação Síndrome de Hellp 119
 Tipos de aborto 120
UNIDADE 5
 Período pós-parto 126
 Bebê recém-nascido 127
 Sinais de perigo no pós-parto 128
 Avaliação do recém-nascido 130
 Métodos contraceptivos 131
 Extremo cansaço no pós-parto 133
 Psicose puerperal 134
 Principais intercorrências puerperais 135
 Aleitamento materno 136
 Fases do leite materno 138
 Planejamento familiar 140
 Orientações sobre saúde sexual e reprodutiva 141
 Desigualdade de gênero 142
7
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Saúde da mulher 142
 Direitos humanos das mulheres 143
 Métodos anticoncepcionais 145
 Anticoncepcional hormonal combinado oral 146
 Anticoncepcional injetável 147
 Consulta ginecológica 148
 Orientação 149
 Fertilidade 150
 Atenção do enfermeiro no planejamento familiar 150
 Respeito 151
UNIDADE 6
 Rastreamento oncológico 157
 Ações estratégicas para o rastreio oncológico 158
 Rastreio de câncer de mama 160
 Sistema reprodutor feminino 163
 Prevenção câncer de colo de útero 164
 Simbologia contra o câncer de colo uterino 166
 Processo de desenvolvimento do câncer de intestino 167
 Fatores de risco para o câncer de intestino 168
 Atividade física 169
 Violência contra a mulher 170
 Violência doméstica 172
 Violência física 173
 Violência contra a mulher 173
 Agressor e vítima 174
 Agressão contra a mulher 175
 Uso abusivo de álcool 176
 Acolhimento 178
 Humanização 179
8
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
UNIDADE 1
 Fatores de risco 38
UNIDADE 2
 Manifestações clínicas transitórias durante o climatério 64
 Manifestações clínicas não transitórias durante o climatério 65
UNIDADE 3
 Doenças que acometem a vulva e a vagina 81
UNIDADE 4
 Dez passos para um pré-natal de qualidade 104
 Preenchimento do cartão da gestante 105
 Exames de rotina 108
UNIDADE 5
 Benefícios do aleitamento materno 136
 Direitos reprodutivos e sexuais 144
UNIDADE 6
 Classificação BI-RADS® e conduta para atenção primária 161
9
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 12
1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER 14
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 14
1.1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER 15
MATERIAL COMPLEMENTAR 42
2 INTEGRALIDADE NO PROCESSO DE CUIDAR EM ENFERMAGEM 
NA SAÚDE DA MULHER 44
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 44
2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR 
FEMININO E CICLO MENSTRUAL 45
2.2 CICLO REPRODUTIVO FEMININO E CLIMATÉRIO 59
MATERIAL COMPLEMENTAR 70
3 AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE DA MULHER 72
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 72
3.1 AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE DA MULHER 72
3.2 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) 87
MATERIAL COMPLEMENTAR 97
4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE O PERÍODO GESTACIONA 100
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 100
4.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE 
A GESTAÇÃO 100
4.2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM À MULHER COM 
INTERCORRÊNCIAS NA GESTAÇÃO 111
MATERIAL COMPLEMENTAR 124
5 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS-PARTO 126
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 126
5.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODOPÓS-PARTO 126
5.2 PLANEJAMENTO FAMILIAR 139
MATERIAL COMPLEMENTAR 153
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
10
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
6 PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER 156
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 156
6.1 RASTREIO ONCOLÓGICO 156
6.2 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 169
MATERIAL COMPLEMENTAR 181 181
6UNIDADE
11
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
12
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Considerando a saúde como bem-estar físico, mental e social de maneira glo-
balizada, é possível afirmar que a vulnerabilidade feminina está fortemente 
relacionada ao seu padrão de saúde. Mesmo atualmente, ainda é possível pre-
senciar a falta de acesso às oportunidades disponíveis na sociedade, seja em 
relação às práticas sociais e políticas ou aos fatores econômicos e socioam-
bientais, configurações familiares, à empregabilidade, o que as leva a estarem 
mais expostas a riscos.
Diante desses fatores, a saúde da mulher torna-se uma questão urgente, que 
necessita de intervenções que visem à saúde dessa população. Para isso, é 
fundamental que você aprenda sobre a mulher em todas as fases da vida, 
bem como conheça e aprofunde os conhecimentos sobre a história dos mo-
vimentos sociais e a construção da identidade feminina na sociedade brasi-
leira; além das políticas de atenção voltadas para as mulheres, reconhecendo 
as situações de vulnerabilidade, a fim de promover um cuidado humanizado.
Assim, esta disciplina contribuirá com seu processo de ensino-aprendizagem, 
oportunizando aproximação com a prática clínica para a construção de sabe-
res e criticidade. Bons estudos!
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
13
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
> Compreender a história 
da saúde da mulher 
dentro da Política 
Nacional de Atenção à 
Saúde da Mulher.
> Compreender a 
situação epidemiológica 
e sociodemográfica da 
mulher no Brasil.
14
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA 
MULHER
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Inicialmente, as políticas que envolviam a saúde da mulher foram destinadas 
às questões relacionadas à gestação e ao parto. Nesse período, os programas 
eram vinculados à visão restrita ao papel biológico e social da época voltados 
à maternidade, criação dos filhos, por meio de ações de combate à desnutri-
ção e planejamento familiar (SANTOS, 2018).
A década de 70 foi marcada pelo início do desenvolvimento da equidade, au-
tonomia política e econômica, pleiteando a diminuição da desigualdade en-
tre os homens, temas levantados durante a Conferência do Ano Internacional 
da Mulher (SANTOS, 2018).
A partir da década de 80, houve destaque do movimento feminista, entretan-
to a saúde da mulher ainda era considerada precária, visto que era centrada 
apenas na gestação e puerpério, não englobando demais patologias, que pu-
dessem interferir no processo de saúde-doença dessa parcela da população 
(SANTOS, 2018).
Somente em 1984 ocorreu a mudança de conceitos e prioridades sociais e po-
líticas no que se refere à saúde feminina por meio do Programa de Assistência 
Integral à Saúde da Mulher (PAISM) (SANTOS, 2018).
15
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPODERAMENTO FEMININO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: imagem de uma mulher negra de blusa amarela, protestando junto com 
outras pessoas.
Pautada nessas vertentes, esta unidade abordará assuntos essenciais para 
compreender o crescimento do poder da mulher nas políticas públicas, en-
quanto indivíduo inserido na sociedade, agravos sociais e de saúde relaciona-
dos à mulher, defendendo a saúde como direito social (SANTOS, 2018).
1.1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER
A população brasileira é composta majoritariamente por mulheres, sendo as 
principais usuárias do sistema de saúde (SANTOS, 2018). 
Galleguillos (2014) afirma que ao longo dos anos que se seguem haverá alar-
gamento e maior sobrevivência da população, aumento da estimativa de 
vida, principalmente do sexo feminino, justificando a teoria que apesar do 
adoecimento das mulheres, estas aumentam sua sobrevida em virtude da 
maior procura pelos serviços de saúde, prevenção de doenças e tratamentos 
preconizados e adequados quando comparadas aos homens.
16
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
PLENITUDE DA SAÚDE FEMININA
Fonte: ©pressfoto, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher relaxada sentada de pernas cruzadas, apreciando o mar.
As políticas públicas têm sido criadas, modificadas e melhoradas para alcan-
çar a saúde da mulher em sua plenitude, de modo que interajam com o meio 
ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho e moradia, mini-
mização da discriminação no contexto social e econômico, diminuindo a vul-
nerabilidade feminina. Nesse contexto, foi criado, em 1984, pelo Ministério da 
Saúde, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) (FER-
NANDES; NARCHI, 2012; SANTOS 2018). 
Outro marco para o processo de consolidação e amadurecimento da política 
pública que abrange a saúde da mulher é o Plano Nacional de Políticas para 
as mulheres (PNPM). Criado em 1º de janeiro de 2003, registrou importante 
momento na história do Brasil no que se refere às políticas que buscavam 
igualdade entre homens e mulheres, garantindo direitos a essa população.
17
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Assim, o PNPM orienta-se pelos seguintes princípios:
PRINCÍPIOS DA PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES (PNPM)
PNPM
Igualdade 
e respeito 
à diversidade Autonomia
feminina
Participação e 
controle social
Universalidade
das políticas
Justiça 
social
Equidade
Transparência
dos atos
públicos
Laicidade
do Estado
Fonte: adaptado de Brasil (2005).
#PraTodosVerem: organograma colorido representando os oito princípios do Plano 
Nacional de Políticas para as mulheres (PNPM).
Em face do exposto, a seguir você encontrará o que cada princípio significa:
Igualdade e respeito à diversidade
Mulheres e homens são iguais em seus direitos. A promoção da 
igualdade implica respeito à diversidade cultural, étnica, racial, 
inserção social, situação econômica e regional, assim como os 
diferentes momentos da vida das mulheres.
Equidade
Todas as pessoas devem ter garantida a igualdade de 
oportunidades, observando-se os direitos universais e as questões 
específicas das mulheres.
18
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Autonomia das mulheres
O poder de decisão sobre suas vidas e corpos deve ser assegurado às 
mulheres, assim como as condições de influenciar os acontecimentos 
em sua comunidade e seu país.
Laicidade do Estado
As políticas públicas voltadas para as mulheres devem ser formuladas 
e implementadas independentemente de princípios religiosos, de 
forma a assegurar os direitos consagrados na Constituição Federal e 
nos instrumentos e acordos internacionais assinados pelo Brasil.
Universalidade daspolíticas
As políticas públicas devem garantir, em sua implementação, 
o acesso aos direitos sociais, políticos, econômicos, culturais e 
ambientais para todas as mulheres.
Justiça social
A redistribuição dos recursos e riquezas produzidos pela sociedade e 
a busca de superação da desigualdade social, que atinge de maneira 
significativa as mulheres, deve ser assegurada.
Transparência dos atos públicos
O respeito aos princípios da administração pública, tais como 
legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, com 
transparência nos atos públicos e controle social, deve ser garantido.
Participação e controle social
O debate e a participação das mulheres na formulação, 
implementação, avaliação e controle social das políticas públicas 
devem ser garantidos e ratificados pelo Estado brasileiro, como 
medida de proteção aos direitos humanos das mulheres e meninas.
19
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Desde a criação do PNPM, em 2003, as políticas para as mulheres têm busca-
do protagonismo, força e concretude. Palco de conferências nacionais de po-
líticas para as mulheres, as políticas públicas foram se fortalecendo, criando 
resoluções e estabelecendo novos princípios orientadores ao longo dos anos 
(BRASIL, 2015).
Se você quiser aprofundar seus conhecimentos 
sobre as modificações do Plano Nacional de 
Políticas para as mulheres (2013-2015), acesse aqui.
A seguir, abordaremos assuntos como a saúde da mulher e enfoque de gêne-
ro. Boa leitura!
1.1.1 SAÚDE DA MULHER E ENFOQUE DE 
GÊNERO
A política brasileira ainda reflete a desigualdade de gênero no que se refere às 
mulheres e suas diversidades em aspectos sociais, econômicos, acadêmicos, 
de saúde e participação política. Além disso, as relações de gênero mostram-
-se desiguais perante a discriminação de classe, racial, orientação sexual, cul-
tural, etnia, religião, grupos sociais, deficiências, entre outros. (FERNANDES; 
NARCHI, 2013; BRASIL, 2015). 
O gênero aqui especificado não é o produto de um destino biológico, mas de 
construções sociais que têm uma base material e tornam-se explicativos dos 
atributos específicos que cada cultura impõe ao masculino e ao feminino. 
O termo sexo contém um atributo biológico, enquanto o termo gênero é 
utilizado na perspectiva de relações e representa uma elaboração cultural 
http://www.mulheres.ba.gov.br/arquivos/File/Publicacoes/PlanoNacionaldePoliticasparaasMulheres20132015.pdf
20
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
sobre o sexo (FERNANDES; NARCHI, 2013, p. 5).
EQUIDADE DE GÊNERO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: imagem de homem em azul e mulher em rosa, que se fundem tornando-
se um só.
Historicamente, o papel da mulher na sociedade limitava-se à subordinação 
ao marido/pai/irmão, ou seja, figura masculina, com fundamento no patriarca-
do, gerando o conceito de inferioridade e fragilidade feminina (BRASIL, 2004; 
FERNANDES; NARCHI, 2013). Dessa forma, pensar e executar políticas públi-
cas que visem garantir à igualdade das mulheres e combate à discriminação 
de gênero é considerado um desafio que transcorre o tempo (BRASIL, 2015). 
Com base nisso, é válido expor que a saúde da mulher era vista exclusiva-
mente pela perspectiva de reprodução e maternidade. Assim, a mulher era 
considerada saudável quando não apresentava doenças que prejudicassem 
a reprodução humana (FERNANDES; NARCHI, 2013). 
21
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MULHER GRÁVIDA
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher grávida sentada à beira da cama, com as mãos sobre a barriga.
Entretanto, há poucos anos vêm sendo aprimorados e discutidos os direitos 
que envolvem a saúde da mulher, garantindo 
O direito de expressar seus pensamentos, manifestar sua participação 
política, gerar autonomia e usufruir dos direitos sociais que lhe cabem, os 
quais devem protegê-la contra as diversas expressões de violência de gênero 
e de sexo, além de garantir seu atendimento com respeito e humanidade 
quando acontecerem tais violências, minimizando suas consequências. 
(FERNANDES; NARCHI, 2013, p. 7) 
Em razão disso, as questões de gênero devem ser levadas em pauta para a 
criação e formulação de políticas públicas e formas de aplicação que visem à 
melhoria das condições de vida, igualdade e direitos de cidadania, combate à 
violência contra as mulheres, preservar sua função social, garantindo a saúde 
da mulher em seu amplo contexto.
1.1.2 SAÚDE DA MULHER E ENFOQUE DE 
GÊNERO
Fundamentados na evolução das políticas públicas de saúde da mulher e 
das prioridades que se referem à saúde da mulher, foi criado em 1984, pelo 
22
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Ministério da Saúde, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher 
(PAISM), que tinha por objetivo (SANTOS, 2018): 
OBJETIVOS DO PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER (PAISM)
Ações 
Educativas
Ações 
Preventivas
Ações 
de Tratamento 
e Recuperação
Ações 
de Diagnóstico PAISM
Fonte: adaptado de Santos (2018, p. 15).
#PraTodosVerem: quatro objetivos do Programa de Assistência Integral à Saúde 
da Mulher (PAISM), sendo de caráter educativo, diagnóstico, preventivo e de 
tratamento e recuperação.
Levando em consideração o PAISM, algumas áreas de atendimento eram 
priorizadas na assistência à mulher, sendo elas:
ÁREAS DE ATENDIMENTO PRIORIZADAS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER
Clínicas 
ginecológicas
Planejamento 
Familiar
Pré-natal
Puerpério Climatério
Parto
Câncer de Colo 
de útero e 
de mama
Doenças 
Sexualmente 
Transmissíveis (DST)
Fonte: adaptado de Santos (2018, p. 15).
#PraTodosVerem: quadros coloridos contendo as oito prioridades de atendimento da 
saúde da mulher.
23
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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Apesar do fortalecimento das ações que visavam melhorias de assistência à 
saúde da mulher, somente em 2003 percebeu-se que as áreas de atendimen-
to eram insuficientes para garantir a atenção integral à saúde dessa popula-
ção. Dessa forma, outras áreas técnicas foram articuladas, integrando mulhe-
res consideradas em vulnerabilidade, como as mulheres negras, portadoras 
de deficiências, indígenas, presidiárias, homossexuais, que residiam em zonas 
rurais ou afastadas de centros urbanos (SANTOS, 2018).
Assim, em 2004, por meio do Ministério da Saúde, baseada em dados epide-
miológicos e necessidades reivindicadas ao longo dos anos, foi criada a Políti-
ca Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), com princípios 
e diretrizes voltados para humanização e melhoria da qualidade do atendi-
mento à assistência à saúde da mulher (SANTOS, 2018).
SAÚDE DA MULHER
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: imagem de uma mulher negra com flores coloridas em seus cabelos e 
rosto, além de ter suas mãos encobrindo o rosto.
No sentido em que ocorria o fortalecimento da Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde da Mulher, novas alianças foram sendo estabelecidas: “mo-
vimento feministas, negros, trabalhadores rurais”, gestores do Sistema Único 
de Saúde (SUS) e assim, novas diretrizes e objetivos foram sendo traçados ao 
programa, conforme segue (SANTOS, 2018, p. 16): 
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Que saber mais sobre os novos objetivos e diretrizes 
estabelecidos em 2011 para a Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)? 
Acesse aqui. 
Agora que aprendemos sobre as diretrizesda PNAISM, veremos a seguir os 
objetivos gerais, específicos e as estratégias que compreendem essa política 
(SARTORI et al., 2019):
OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA 
MULHER (PNAISM)
Objetivos
Gerais
Melhorar as condições de saúde e de vida das 
brasileiras, por meio da segurança dos direitos 
legalmente constituídos e do aumento do acesso 
aos serviços de saúde, abrangendo a promoção 
da saúde, a prevenção de agravos, a assistência 
e a recuperação da saúde em todo o Brasil.
Colaborar para a redução da morbidade e mortalidade 
feminina no país, principalmente por causas evitáveis, 
em todos os ciclos de vida e nos vários grupos 
populacionais, sem nenhuma diferenciação.
Amplificar, qualificar e humanizar a atenção 
integral à saúde da mulher no SUS.
Fonte: Brasil (2011) apud Sartori et al. (2019, p. 23).
#PraTodosVerem: três principais objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde 
da Mulher.
https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres/arquivo/central-de-conteudos/publicacoes/publicacoes/2015/pnaism_pnpm-versaoweb.pdf
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Com base nisso, é válido que você possa compreender como a sociedade civil 
participa do processo de elaboração, execução e avaliação das políticas públi-
cas que interferem na Saúde da Mulher. Esse e outros assuntos serão aborda-
dos a seguir. 
1.1.3 PAPEL DA SOCIEDADE CIVIL NA 
CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS DE SAÚDE DA 
MULHER
Para que você possa entender o papel da sociedade civil na construção de 
políticas de saúde da mulher, é necessário que se compreenda por quem são 
compostos os grupos que a integram.
A sociedade civil é um elo de interação social entre a economia e o Estado 
e é composta pelas famílias, pelas associações, pelos movimentos sociais e 
pelas formas de comunicação pública. Após a Segunda Guerra Mundial, a 
sociedade civil passou a ter grande expressividade em razão de seu papel na 
reconstrução da democracia (FERNANDES; NARCHI, 2013, p. 25).
Dentre esses grupos, estão os movimentos feministas, responsáveis pelo elo 
entre os elaboradores e gestores de políticas, que deram início à construção 
dos direitos da mulher pela saúde e direitos. Assim, o PAISM, criado em 1983, 
foi marcado pela intervenção inicial de grupos progressistas, participação de 
movimentos feministas, ONGs, associações voluntárias e, que hoje, possuem 
autonomia, profissionalismo e buscam a saúde de modo coletivo (FERNAN-
DES; NARCHI, 2013).
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MOVIMENTO FEMINISTA
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: quatro mulheres de costas, com o braço direito erguido e esticado, com 
fitas roxas amarradas em seus punhos e o símbolo de vênus gravado no dorso da mão de 
cada uma delas, simbolizando manifesto do movimento feminista.
No Brasil, a política de saúde foi marcada na década de 1990, pela represen-
tação do SUS, com avanços legislativos que impulsionaram a saúde como 
um todo. 
Para que você possa entender mais sobre o marco 
histórico da saúde brasileira em 1990, acesse aqui 
e também aqui.
A partir de então, melhorias de acessibilidade na assistência à saúde foram 
notadas, principalmente após a concretização da NOB 01/96. Contribuições 
das ações públicas, ampliação de acesso e organização dos recursos possibi-
litaram a realização de “procedimentos de atenção básica como vacinação, 
pré-natal, prevenção de câncer de colo de útero, entre outros” (FERNANDES; 
NARCHI, 2013, p. 26).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm
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Para acessar a NOB 01/96, clique aqui.
Por meio da Política de Atendimento Integral à Saúde da Mulher, houve um 
alcance positivo de indicadores essenciais para garantir qualidade de assis-
tência à saúde das mulheres, garantidos por grupos como Controle do Cân-
cer do Colo do Útero e Mama; Programa de Gestante de Alto Risco (FERNAN-
DES; NARCHI, 2013).
CÂNCER DE MAMA
Fonte: ©jcomp, Freepik (2023)
#PraTodosVerem: mulher de camiseta rosa com fita de cetim rosa no peito, apoiando o 
símbolo de prevenção de câncer de mama com ambas as mãos.
Vale a pena mencionar que a participação da sociedade civil também influen-
ciou e levantou questões sobre doenças sexualmente transmissíveis e o HIV/
Aids. Dessa forma, a fim de construir um Brasil em que a mulher seja valoriza-
da e incluída no processo de desenvolvimento social, econômico e cultural é 
http://siops.datasus.gov.br/Documentacao/NOB%2096.pdf
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preciso que haja uma continuidade de ações e processos na interação social 
entre sociedade civil, a economia e o Estado “de modo a contribuir para a im-
plementação das políticas públicas para as mulheres e a proteção e garantia 
dos seus direitos” (BRASIL, 2015, p. 9; RAMOS, 2004).
1.2 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E 
SOCIODEMOGRÁFICA DA MULHER
A situação epidemiológica e sociodemográfica de uma estrutura populacio-
nal varia de acordo com o local e o tempo analisado. Além disso, sofrem in-
fluências de fatores históricos, econômicos, políticos, culturais e ambientais 
(TAVARES; PEREIRA NETO, 2020).
Considerando o histórico da situação demográfica, atualmente tem ocorrido 
uma redução acentuada da fecundidade. Era comum uma mulher ter, em 
média, seis filhos na década de 1970. O último censo demográfico, publicado 
em 2010, demonstra que a média de filhos por mulher passou a ser de 1,9 filho, 
evidenciando a redução do crescimento populacional, aumento do número 
de idosos e diminuição do número de jovens (FERNANDES; NARCHI, 2013).
URBANIZAÇÃO
Fonte: ©freepic.diller, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: cidade com carros antigos, várias construções civis e aglomeração de 
pessoas, representando o processo de urbanização.
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Alguns motivos podem ser citados que justifiquem a queda da fecundida-
de entre a população brasileira. Com o advento da revolução industrial e o 
processo de urbanização mudanças de fatores econômicos e sociais geraram 
inúmeras alterações. As mulheres passaram a integrar o mercado de trabalho 
nas fábricas, conciliando com o trabalho doméstico a atuação feminina no 
mercado de trabalho, antes não exercida. Porém, ampliavam-se as diferenças 
entre os homens e mulheres devido à proibição da mulher na participação da 
vida social, pública e política. (FILSINGER; DE PAULA, 2022).
MATERNIDADE E SUBMISSÃO DA MULHER
Fonte: ©freepic.diller, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mãe vestindo vestido azul com avental branco, carregando sua filha, que 
está comendo uma maçã, ambas em frente a uma pilha de feno.
O Pacto pela Vida está intimamente vinculado às 
necessidades da mulher e suas prioridades. Para 
entender mais e conhecer seus objetivos e diretrizes, 
acesse aqui.
https://saude.mppr.mp.br/arquivos/File/volume1.pdf
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Apesar do avanço no contexto econômico e social, ainda é notória a desigual-
dade encontrada na remuneração entre homens e mulheres, evidenciando 
que as mulheres recebem salários mais baixos quando comparadas aos ho-
mens, pelo desempenho das mesmas atividades e funções, o que faz da mu-
lher com maior suscetibilidade a desencadear complicações de saúde, visto 
que a qualidade de vida está intimamenterelacionada a níveis de condição 
socioeconômicos (FERNANDES; NARCHI, 2013).
Desse modo, o perfil epidemiológico, a morbidade e mortalidade feminina 
variam em cada região brasileira. Assim, a Política de Atendimento Integral à 
Saúde da Mulher respeita as particularidades de cada localidade (FERNAN-
DES; NARCHI, 2013).
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: profissional de saúde aferindo a pressão arterial de uma mulher.
Atualmente, as principais causas de morte entre as mulheres são: (FERNAN-
DES; NARCHI, 2013, p. 11):
• Doenças cardiovasculares: dentre essas as mais importantes estão o infarto 
agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral.
• Neoplasias: sendo as causas mais importantes o câncer de mama, o de 
pulmão e o de colo do útero.
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• Doenças do aparelho respiratório.
• Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, com destaque para 
o diabetes.
• Causas externas (FERNANDES; NARCHI, 2013, p. 11).
Já no que se refere às principais causas de internação entre as mulheres, estão:
• Gravidez, parto e puerpério.
• Doenças do aparelho respiratório.
• Doenças cardiovasculares.
• Doenças do aparelho geniturinário.
• Doenças do aparelho digestivo;
• Doenças infecciosas e parasitárias. (FERNANDES; NARCHI, 2013, p. 11).
Agora que você compreendeu um pouco mais sobre a situação epidemioló-
gica e sociodemográfica da mulher, vamos imergir na atenção obstétrica e 
nos aprofundar na saúde da mulher nesse contexto. Boa leitura!
1.2.1 ATENÇÃO OBSTÉTRICA E À SAÚDE DAS 
MULHERES NOS MAIS VARIADOS NÍVEIS DE VIDA
A saúde da mulher pode ser considerada como aquela que envolve diversos 
aspectos que garantem qualidade de vida, tais como psicológicos, sociais, fí-
sicos, econômicos, biológicos, culturais, políticos, nutrição, entre outros, que 
permitem que a mulher viva em plenitude. Assim, estudar a saúde da mulher 
compreende analisar a saúde reprodutiva por meio da atenção obstétrica 
(FERNANDES; NARCHI, 2013).
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ATENÇÃO OBSTÉTRICA
Fonte: ©yanalya, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante de camiseta branca e barriga exposta, com ambas as mãos 
apoiadas na barriga.
A atenção obstétrica, por meio dos cuidados de enfermagem, se inicia quan-
do é confirmada a gestação e perdura por todo o período gestacional. Para 
uma assistência de qualidade, é preciso que o enfermeiro se atente às ações 
que serão desempenhadas nesse período e após, durante o puerpério (FEL-
TRIN, et al., 2021, p. 21-22):
• Orientar sobre a importância de realizar o pré-natal adequadamente.
• Realizar o histórico de enfermagem. 
• Verificar os sinais vitais e realizar exame físico. 
• Solicitar os exames de rotina.
• Fazer os testes rápidos para doenças sexualmente transmissíveis, como 
HIV, sífilis e hepatites B e C. Conforme a evolução da gestação, medir a 
altura uterina, auscultar os batimentos cardíacos fetais e realizar palpação 
obstétrica.
• Realizar orientações referentes à imunização.
• Orientar sobre os direitos da gestante.
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• Coletar dados sobre o parto. 
• Orientar sobre a amamentação.
• Orientar sobre dor, fluxo vaginal e sangramentos.
• Orientar sobre o planejamento familiar. 
• Orientar sobre as atividades sexuais e a contracepção.
• Realizar exame físico após o parto. 
• Orientar quanto à suplementação de ferro.
Como visto anteriormente, a PAISM prevê a integralidade e a promoção da 
saúde da mulher, com enfoque nos direitos de reprodução e sexuais, plane-
jamento familiar, abortamento inseguro, na luta contra a violência sexual e 
doméstica, além de melhorar a atenção obstétrica. Além disso, inclui a pre-
venção, o cuidado e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, pre-
venção de câncer de colo de útero e mama, bem como o HIV/Aids (SARTORI; 
AMARO; CARNIER, 2019, p. 21).
1.2.2 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
(IST) E INFECÇÃO PELO HIV/AIDS
As infecções sexualmente transmissíveis (IST) e a transmissão pelo vírus da 
Imunodeficiência Adquirida (HIV) devem ser amplamente discutidas quando 
se trata de saúde da mulher. Por meio da PAISM e sua nova abordagem para 
o cuidado integral à saúde da mulher, iniciou-se, juntamente com demais 
práticas, ações que visavam educação em saúde, atividades voltadas para o 
planejamento familiar, câncer de mama e de colo uterino, bem como a detec-
ção de doenças sexualmente transmissíveis e a infecção pelo HIV/Aids (FER-
NANDES; NARCHI, 2013).
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PREVENÇÃO HIV/AIDS
Fonte: ©yanalya, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: profissional de saúde vestindo jaleco branco e usando estetoscópio em 
volta do pescoço, segurando uma fita vermelha como símbolo da prevenção do HIV/Aids
Estima-se que a maioria dos casos de IST e HIV/Aids estejam associados às 
pessoas sexualmente ativas, adultos e jovens. Por isso, é de suma importância 
que o enfermeiro se concentre na promoção de práticas sexuais seguras, me-
diante o uso de preservativos masculinos ou femininos em todas as relações 
sexuais (SARTORI; AMARO; CARNIER, 2019).
PRESERVATIVO MASCULINO
Fonte: ©schantalao, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: preservativo masculino sendo segurado por uma mão de mulher e outra 
de homem.
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As IST podem ser causadas e transmitidas por agentes etiológicos diferentes, 
como vírus, bactérias, fungos e protozoários, conforme explanados a seguir: 
Transmissão sexual
Podem ser transmitidos por relações sexuais desprotegidas, ou seja, 
sem o uso de preservativo masculino ou feminino, por via oral, vaginal 
e anal. 
Transmissão vertical
Pode ocorrer a transmissão da mãe para o feto pela via 
transplacentária (no curso da gestação); pela via do parto (durante o 
trabalho de parto); pela amamentação.
Transmissão por compartilhamento de agulhas
O uso de drogas injetáveis pelo compartilhamento de seringas e 
agulhas.
Transfusão sanguínea
Ocorre de forma rara. (SARTORI; AMARO; CARNIER, 2019, p. 72).
É importante destacar que muitas das IST não apresentam sinais e sintomas, 
caso das infecções virais, como pelo vírus do HIV e pelas hepatites B e C. En-
tretanto, quando os sinais clínicos surgem, comumente se manifestam sob a 
forma de corrimentos vaginais ou penianos, bem como feridas e/ou verrugas 
anogenitais ou em demais partes do corpo. Quando o indivíduo é acometido 
por corrimento, este normalmente pode se apresentar com coloração esbran-
quiçada, amarela ou esverdeada, acompanhado ou não por odor fétido e/ou 
prurido. Em alguns casos podem evoluir para disúria e dispareunia (SARTORI; 
AMARO; CARNIER, 2019).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Disúria: dor para urinar.
Dispareunia: dor durante a relação sexual.
No que refere à infecção por HIV/Aids, anteriormente, o homem homossexual 
e/ou usuário de drogas injetáveis fazia parte da maioria dos casos detectados. 
Após muitas teorias de transmissão do HIV/Aids ao longo dos anos, o cenário 
da epidemia da doença vem se modificando no Brasil e no mundo, sendo 
considerado que a mulher com vida sexual ativa, independentemente de sua 
orientação sexual, usuária ou não de drogas injetáveis e relacionamento mo-
nogâmico ou não, estava sob o risco de desenvolver o agravo, sem distinção 
de raça ou gênero. “No Brasil, o primeirocaso de transmissão heterossexual 
ocorreu em 1983, e o primeiro caso de transmissão vertical foi registrado em 
1985, no estado de São Paulo” (FERNANDES; NARCHI, 2013, p. 188).
Quando se analisa a evolução da epidemia no sexo feminino no país, 
observam-se três fases distintas em termos de risco para a infecção pelo HIV: 
a primeira fase, até 1986, quando a transmissão pela via sexual era a mais 
importante, sendo, naquele momento, as parcerias com homens que fazem 
sexo com homens (HSH) e homens transfundidos as mais frequentes. Nesse 
período era também relevante a transmissão pela transfusão sanguínea. A 
segunda fase, do fim da década de 80 ao início da década de 90, em que o uso 
de drogas injetáveis aparece como uma importante forma de infecção pelo 
HIV, particularmente na Região Sudeste do país; e a terceira fase, do início 
dos anos 90 até o presente momento, que apresenta nítido predomínio da 
prática heterossexual como forma de transmissão do HIV para as mulheres 
(SANTOS et al., 2009, p. 322).
Além disso, o HIV deve ser levado em consideração como grave problema de 
saúde pública, pois além de estar em alta prevalência entre as mulheres, tam-
bém possui associação com a transmissão vertical, ou seja, transmissão por 
via transplacentária (GAZZI et al., 2022).
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Dentre as principais IST estão:
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
Sífilis
Clamídia
HIV
Gonorreia
Doença 
inflamatória 
pélvica 
(DIP)
Hepatites 
virais
HPV
Herpes 
genitais
IST
Fonte: adaptado de Sartori; Amaro; Carnier (2019, p. 74-78).
#PraTodosVerem: esquema que representa as principais IST, tais como sífilis, clamídia, HIV, 
gonorreia, herpes genitais, hepatites virais, HPV e doença inflamatória pélvica (DIP).
No exercício da profissão, os profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, 
são responsáveis pelas orientações a fim de interromper a cadeia de trans-
missão das IST (SARTORI; AMARO; CARNIER, 2019).
Para saber mais sobre o protocolo clínico e as 
diretrizes terapêuticas das Infecções Sexualmente 
Transmissíveis (IST), acesse aqui.
Já estudamos que a melhor forma de evitar a transmissão de IST e do HIV/
Aids é o uso de preservativos, assim, ações de prevenção e educação em saú-
de podem ser eficazes para aprimorar a qualidade de assistência dos serviços 
de saúde (SARTORI; AMARO; CARNIER, 2019).
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf
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1.2.3 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A 
EXCLUSÃO SOCIAL FEMININA
Mundialmente, a violência contra a mulher é considerada um “grave proble-
ma de saúde pública e de violação de direitos. Afinal, esse tipo de violência 
é uma das grandes causas de morbidade e mortalidade nessa população” 
(BRASIL, 2016 apud FELTRIN et al., 2021, p. 110).
A violência contra a mulher, seja ela física, moral, psicológica, sexual, aconte-
ce diariamente em ambientes considerados familiares, causada por parentes, 
companheiros, maridos, namorados, ex-parceiros; em ambientes de trabalho 
(SIGNORELLI; TAFT; PEREIRA, 2018; FELTRIN et al., 2018). Alguns fatores de risco 
são citados por expor mulheres à violência, seja em ambiente familiar, social, de 
trabalho, comunitários, de relacionamento, conforme demonstrado a seguir:
FATORES DE RISCO
Fatores 
individuais
Fatores de 
relacionamento
Fatores 
comunitários
Fatores 
sociais
Juventude
Álcool
Depressão
Transtornos de 
personalidade
Baixo desempenho 
acadêmico
Baixa renda
Testemunho ou 
sofrimento de 
violência quando 
criança
Conflito conjugal
Instabilidade 
conjugal 
Domínio masculino 
na família
Estresse econômico
Família pobre
Fracas sanções 
da comunidade 
contra a violência 
doméstica
Pobreza
Baixo capital 
social
Normas tradicionais 
de gênero
Normas sociais que 
apoiam a violência
Fonte: adaptado de OMS (2002) apud Feltrin et al. (2021, p. 112).
#PraTodosVerem: quadro informativo sobre os fatores de riscos que expõem as mulheres 
à violência.
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Entretanto, apesar dos fatores de risco acima citados, a violência contra a mu-
lher pode ser observada em diferentes classes sociais, faixas etárias, níveis de 
escolaridade, raças, orientações sexuais. Nesse contexto, explica-se o conceito 
de violência contra as mulheres:
A Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres ancora-
se na definição da Convenção de Belém do Pará (1994). De acordo com o 
art. 1º dessa convenção, a violência contra a mulher caracteriza-se por “[...] 
qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou 
sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público 
como no privado” (CONVENÇÃO DE BELÉM DO PARÁ, 1994 apud FELTRIN 
et al. (2021, p. 114).
A exposição da mulher à violência pode desencadear inúmeros problemas de 
ordem física, mental, sexual e reprodutiva. A seguir, você encontrará os princi-
pais problemas:
Problemas físicos
Lesões abdominais/torácicas, hematomas, lacerações, síndromes 
de dor crônica, incapacidade, fraturas, problemas gastrointestinais, 
danos oculares e funcionamento físico limitado.
Problemas sexuais e reprodutivos
Distúrbios ginecológicos, infertilidade, doença inflamatória pélvica, 
complicações na gravidez/aborto espontâneo, disfunção sexual, 
infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV/Aids, abortamento 
inseguro, gravidez indesejada e infecção do trato urinário.
Problemas psicológicos e comportamentais
Abuso de álcool e drogas, depressão e ansiedade, transtornos 
alimentares e do sono, sentimentos de vergonha e culpa, fobias e 
transtorno de pânico, baixa autoestima, transtorno de estresse pós-
traumático, transtornos psicossomáticos, comportamento suicida e 
automutilação, além de comportamento sexual inseguro. Ademais, há 
as consequências fatais, como a mortalidade maternal e o suicídio.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
A violência sexual é considerada aquela em que o indivíduo obrigue a mulher 
a manter contato/relação sexual, por meio de forma física, verbal, corporal, to-
ques não consentidos. Já a violência física consiste em atitudes que prejudi-
quem a integridade física e corporal da mulher, podendo ocorrer por meio de 
armas, golpes, chutes, empurrões, ferimentos por arma branca (FELTRIN et 
al., 2021, p. 116).
VIOLÊNCIA
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: homem de camisa azul com face agressiva e tenso. Sua imagem é 
projetada para a frente.
A violência psicológica consiste em atitudes que ocasionem danos emo-
cionais e de autoestima, por meio de desmoralização ou controle de atos e 
ações da mulher. Nesse caso, podem ser citadas as ameaças de emprego, 
“constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constan-
te, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração, li-
mitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause danos à 
saúde psicológica e à autodeterminação” (FELTRIN et al., 2021, p. 116).
No que se refere à violência institucional, esta ocorre por meio de ações e/ou 
omissões em instituições públicas, como também é o caso das prisões, em que a 
mulher sofre julgamentos, desrespeito à sua autonomia, discriminação de classe, 
raça e cor ou, no caso do sistema prisional, quando são proibidas de exercerem 
seu direito de reprodução e atividades sexuais (FELTRIN et al., 2021, p. 116).
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CONCLUSÃO
Esta unidade objetivou-se a apresentar uma reflexão sobre as Políticas Públi-
cas de Saúde da Mulher, bem como a evolução do papel da mulher na socie-
dade e sua situação sociodemográfica e epidemiológica. Além disso, foram 
abordados temas como a atenção obstétrica, infecções sexualmente trans-
missíveis e o HIV/Aids, além de introduzir a violência contra a mulher.
Desse modo, as políticas públicas têm sido criadas, modificadas e melhoradas 
para alcançar a saúde da mulher em sua plenitude, de modo que interajam 
com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho e 
moradia, minimização da discriminação no contexto social e econômico, di-
minuindo a vulnerabilidade feminina.
Portanto, cabe aos profissionais de saúde, especialmente aos enfermeiros, 
proporcionar, no âmbito da assistência à mulher, ações e estratégias que en-
volvam todo o ciclo de vida feminino, atuando na educação em saúde, orien-
tação, acolhimento, prevenção, diagnóstico, oferecendo e proporcionando 
segurança a essa parcela da população, a fim de poder contribuir com a ma-
nutenção da saúde em todas as fases do ciclo vital.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre esse tema, leia os 
artigos a seguir:
1. Contribuições da fenomenologia para a 
prática da enfermagem na saúde da mulher. 
2. A importância da enfermagem obstétrica 
na saúde da mulher brasileira. 
3. A importância do trabalho humanizado 
da enfermagem nas ações preventivas e 
promoção da saúde no período gestacional e 
puerpério de gestantes com HIV/AIDS: Uma 
revisão narrativa. 
4. Vivência da sexualidade de mulheres 
que convivem com o HIV: ressignificação e 
implicações para a prática da enfermagem.
5. A importância do conhecimento sobre as 
políticas públicas de saúde da mulher para 
enfermeiros da Atenção Básica.
https://www.recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/468
https://www.recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/468
https://revistarebis.rebis.com.br/index.php/rebis/article/view/80
https://revistarebis.rebis.com.br/index.php/rebis/article/view/80
emhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/12865
emhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/12865
emhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/12865
emhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/12865
emhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/12865
http://www.conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/2348
http://www.conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/2348
http://www.conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/2348
https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/26629
https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/26629
https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/26629
UNIDADE 2
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
> Compreender a 
anatomia e fisiologia 
do aparelho reprodutor 
feminino e ciclo 
menstrual.
> Entender o ciclo 
reprodutivo feminino e 
climatério.
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2 INTEGRALIDADE NO PROCESSO 
DE CUIDAR EM ENFERMAGEM NA 
SAÚDE DA MULHER
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A população brasileira é composta majoritariamente de mulheres, que são 
as principais usuárias do sistema de saúde (SANTOS, 2018). Anteriormente, 
a saúde da mulher era voltada exclusivamente para a perspectiva de re-
produção e maternidade, e ela era considerada saudável quando não apre-
sentava doenças que prejudicassem a reprodução humana (FERNANDES; 
NARCHI, 2013). 
Atualmente, a saúde da mulher pode ser considerada como aquela que en-
volve diversos aspectos que garantem qualidade de vida, tais como psicoló-
gicos, sociais, físicos, econômicos, biológicos, culturais, políticos e de nutrição, 
que permitem que a mulher viva em plenitude (FERNANDES; NARCHI, 2013).
Para que a saúde da mulher se consolide de maneira ampla, o profissional 
enfermeiro e toda a equipe constituem um papel essencial no sistema de 
saúde. Para que possamos discutir o cuidado de enfermagem nas mais varia-
das fases da vida da mulher, é de suma importância adquirir conhecimento 
do corpo feminino, técnica e sensibilidade. Portanto, convidamos você, futuro 
enfermeiro, a estudar a integralidade no processo de cuidar em enfermagem 
na saúde da mulher. 
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2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO 
REPRODUTOR FEMININO E CICLO MENSTRUAL
O sistema genital humano compreende inúmeras funções, que consistem 
em produzir, armazenar, nutrir, transportar gametas masculinos e femininos 
funcionais. Os órgãos reprodutivos masculinos e femininos diferem em es-
trutura e função, e essas diferenças estão relacionadas à atividade sexual e à 
reprodução, mas também ao desenvolvimento de doenças (SANTOS, 2014; 
COUTINHO; COSTA; SILVA, 2018). 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Sistema reprodutivo feminino
Trompas de falópio
Ovário
Útero 
Cérvix
Vagina 
Fonte: ©brgfx, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: ilustração de corpo humano em forma anatômica, com enfoque no 
sistema reprodutor feminino, destacando-se vagina, cérvix, útero, ovários e trompas.
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Portanto, os órgãos genitais femininos são compostos dos órgãos internos 
ovários, trompas, útero e vagina (SANTOS, 2014).
ÓRGÃOS REPRODUTORES INTERNOS DA MULHER
OVÁRIOS
TROMPAS
ÚTERO
VÁGINA
ÓRGÃOS
REPRODUTORES
INTERNOS
FEMININOS
Fonte: adaptado de Santos (2018).
#PraTodosVerem: fluxograma contendo os órgãos reprodutores internos femininos.
Ovários
Localizado no início das trompas de Falópio, produz hormônios 
(estrogênio e progesterona) que controlam as características sexuais 
secundárias e atuam no útero durante o início da embriogênese e o 
mecanismo de implantação do óvulo fertilizado
Trompas (tubas uterinas) 
São tubos longos e finos que se estendem da cavidade abdominal 
até o útero e transportam os óvulos dos ovários para a cavidade 
uterina. específicas das mulheres.
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Útero
A função é abrigar o feto durante o desenvolvimento até o 
nascimento. O útero é dividido em três partes: fundo, corpo, istmo e 
colo do útero. É formado por três camadas: o endométrio, a camada 
mais interna, que muda durante o ciclo menstrual; miométrio, a 
camada intermediária; e a camada periférica, a camada externa, 
representada pelo peritônio.
Vagina
“Tubos musculares que conectam a cavidade uterina com o 
ambiente externo. Eliminam a menstruação e recebem os 
espermatozoides.” (SANTOS, 2014, p. 108-109).
ÓRGÃOS REPRODUTORES EXTERNOS DA MULHER
MONTE 
DO PÚBIS
VESTÍBULO
DA VAGINA
ÓRGÃOS
REPRODUTORES
EXTERNOS
FEMININOS
LÁBIOS 
MENORES
BULBOS
DO VESTÍBULO
LÁBIOS
MAIORES
CLITÓRIS
Fonte: adaptado de Santos (2018).
#PraTodosVerem: fluxograma contendo os órgãos reprodutores externos femininos.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Para entender um pouco mais de cada órgão, leia com atenção os tópicos 
a seguir.
Monte do púbis 
“Localizado anteriormente às aberturas vaginal e uretral, é uma 
elevação detecido adiposo recoberto por pele e pelos pubianos 
grossos que acolchoam a sínfise púbica.” (COUTINHO; COSTA; SILVA, 
2018, p. 210-1).
Lábios maiores
“Do monte do púbis se estendem inferior e posteriormente duas 
pregas de pele longitudinais chamadas de lábios maiores do 
pudendo.” (Coutinho; Costa; Silva, 2018, p. 210-211).
Lábios menores
“Medialmente aos lábios maiores do pudendo estão duas pregas 
de pele menores chamadas de lábios menores. Contêm muitas 
glândulas sebáceas.” (COUTINHO; COSTA; SILVA, 2018, p. 210-1).
Clitóris
“Pequena massa cilíndrica composta de dois pequenos corpos 
eréteis, os corpos cavernosos, diversos vasos sanguíneos e nervos.” 
(COUTINHO; COSTA; SILVA, 2018, p. 210-1). 
Vestíbulo da vagina
Região entre os lábios menores do pudendo. No interior estão o 
hímen, o óstio da vagina, o óstio externo da uretra, e as aberturas dos 
ductos de várias glândulas. (COUTINHO; COSTA; SILVA, 2018, p. 210-1).
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Bulbos do vestíbulo
“Consiste em duas massas alongadas de tecido erétil imediatamente 
profundas aos lábios de cada lado do óstio da vagina.” (COUTINHO; 
COSTA; SILVA, 2018, p. 210-1).
Considerando que a reprodução feminina é um processo fisiológico cíclico, 
prosseguiremos abordando o percurso que o espermatozoide realiza nos ór-
gãos femininos durante o ato sexual. 
Agora que você pôde compreender um pouco mais da anatomia e da fisio-
logia do sistema reprodutor feminino, iniciaremos nossa discussão acerca do 
ciclo menstrual. 
2.1.1 ETAPAS DO CICLO MENSTRUAL
As mulheres passam por vários ciclos regulares destinados a preparar o corpo 
para a fertilização e a gravidez. Assim, o ciclo menstrual é caracterizado pela 
descamação do endométrio, levando ao sangramento vaginal mensal. Além 
disso, contando a partir do primeiro dia fluxo, esse ciclo dura cerca de 28 dias 
(FELTRIN et al., 2021).
CICLO MENSTRUAL
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: ilustração de mãos segurando dispositivos coletores menstruais, como 
absorvente externo, copo coletor, absorvente interno, além de calendário marcando os dias 
de início do fluxo e cartela de comprimidos.
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No que consiste o ciclo ovariano, Barret et al. (2014 apud FELTRIN et al. 2021, 
p. 60) descrevem que
A partir do nascimento, a menina já possui folículos primordiais sob a cápsula 
ovariana, onde cada um desses folículos dispõe de um ovócito imatura. No 
início do ciclo, muitos folículos se desenvolvem e uma concavidade é criada 
em volta do ovócito. Em um dos ovários, no sexto dia do ciclo menstrual, 
um desses folículos cresce rapidamente e se altera para folículo dominante, 
correspondendo à fase folicular. No 14º dia do ciclo menstrual, ocorre a 
ovulação, quando o folículo acaba se rompendo e o ovócito que estava no 
folículo é capturado pelas fibrinas das tubas uterinas e encaminhado para 
o útero.
Após o rompimento do ovócito, inicia-se a fase lútea, caracterizada pela se-
creção de progesterona e de estrógeno pelas células lúteas: o folículo se en-
che de sangue e inicia- se a proliferação das células da granulosa e da teca 
do revestimento folicular. Assim, o sangue já coagulado é transformado pelas 
células luteínicas, formando o corpo lúteo (FELTRIN et al., 2021).
Se houver a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, ocasionando a gesta-
ção, o corpo lúteo permanece e a menstruação cessa até que o bebê nasça. 
Em casos negativos para a gravidez, o corpo lúteo começa a se deteriorar qua-
tro dias antes do início da menstruação e muda devido ao tecido cicatricial, o 
que formará o corpo albicante (FELTRIN et al., 2021).
FECUNDAÇÃO DO ÓVULO
Fonte: ©Freepik, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: óvulo sendo encontrado por espermatozoides.
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Já no ciclo uterino, as camadas do endométrio são descamadas no final do 
período menstrual, exceto a camada mais interna. Assim, um novo revesti-
mento uterino começa a se formar devido ao efeito do estrogênio no folículo 
em desenvolvimento. Além disso, deve-se notar que do 5º ao 14º dia do ciclo 
menstrual, a espessura do endométrio aumenta rapidamente. Devido a esse 
aumento da espessura do endométrio, ocorre a expansão das glândulas ute-
rinas, o que corresponde à fase proliferativa do ciclo menstrual. Logo após a 
ovulação, o revestimento do útero torna-se ligeiramente fibroso e altamente 
vascularizado devido à ação do estrogênio e da progesterona do corpo lúteo. 
As glândulas se tornam espiraladas e produzem um líquido claro, que corres-
ponde à fase lútea ou secretora do ciclo menstrual (FELTRIN et al., 2021). 
CUIDADOS NA SAÚDE DA MULHER
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: modelo do sistema reprodutivo feminino e estetoscópio.
Finalmente, quando o corpo lúteo se retrai, a ação dos hormônios sobre o 
endométrio é interrompida e uma camada mais fina é formada, facilitando o 
envolvimento das arteríolas espiraladas. Nesse momento, começam a apare-
cer lesões necróticas no endométrio e a parede da artéria espiral se deteriora, 
causando hemorragia, que leva ao fluxo menstrual (FELTRIN et al., 2021).
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2.1.2 PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA FEMININA
Adolescência e puberdade são conceitos distintos. A puberdade é considera-
da o marcador mais importante do início da adolescência, e é caracterizada 
por mudanças biológicas no sistema reprodutivo sexual, além de alterações 
somáticas. Entretanto, termina muito antes do fim da adolescência (FELTRIN 
et al., 2021).
ADOLESCÊNCIA E PUBERDADE: PERÍODOS MARCADOS POR MUDANÇAS
Fonte: ©wirestock, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: duas borboletas saindo do casulo, caracterizando as mudanças ocorridas 
nas fases da vida.
Nas meninas algumas mudanças são iniciadas na puberdade, classificadas 
como modificações sexuais primárias, e consistem em alterações nos ovários, 
útero e vagina. Na sequência, é possível identificar o desenvolvimento das ca-
racterísticas sexuais secundárias, percebidas pelo aumento das mamas, sur-
gimento dos pelos pubianos e axilares (FELTRIN et al., 2021).
No Brasil, o conceito de adolescência está previsto pelo Estatuto da Criança 
e do Adolescente (ECA) e pelo Ministério da Saúde. O ECA destaca que a ado-
lescência se inicia aos 12 e termina aos 18 anos de idade. Já para o Ministério da 
Saúde, a adolescência varia entre 10 e 19 anos. Independentemente da idade 
cronológica, é importante frisar que a adolescência marca a fase de transição 
da infância para a fase adulta (FELTRIN et al., 2021).
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A adolescência é considerada um momento em que muitas mudanças de 
ordem física, social, emocional, cultural, entre outras acontecem. Por esse mo-
tivo, exige alguns cuidados que garantam qualidade de vida satisfatória, além 
de adequado desenvolvimento vital e de saúde (FERNANDES; NARCHI, 2013).
MUDANÇAS EMOCIONAIS NA ADOLESCÊNCIA
Fonte: ©tonodiaz, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: adolescente sentada no chão, com as mãos na cabeça e semblante triste.
A puberdade é caracterizada por mudanças no desenvolvimento físico e 
maturação sexual, aquisição de funções e características do corpo adulto e 
novas formas físicas e estéticas regidas por complexas inter-relações entre 
órgãos e diversos fatores de ordem neuroendocrinológica (FERNANDES; 
NARCHI, 2013). 
Além das alterações físicas, ocorrem as mudanças psicoemocionais, rela-
cionadas a reconhecero novo corpo e os novos grupos sociais que vão se 
formando ou desfazendo, bem como novas leituras socioculturais. Essas 
mudanças devem ser compreendidas e levadas em consideração pelos pro-
fissionais de saúde ao realizar orientações de cuidado à saúde (FERNANDES; 
NARCHI, 2013). 
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ADOLESCÊNCIA
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: foto em preto e branco de cinco adolescentes saindo juntos para se divertir.
Dentre as características físicas na adolescência, o crescimento estatural du-
rante a puberdade é um processo contínuo e não linear que depende das 
influências hormonais (esteroides sexuais, hormônio do crescimento, hormô-
nio tireoidiano) e do perfil genético de cada indivíduo, além de outros fato-
res, como sono, exercícios, condições médicas, parto e efeitos psicossociais. 
No início da puberdade das mulheres ocorre um surto de crescimento, resul-
tando em aumento de aproximadamente 20% na altura final (FERNANDES; 
NARCHI, 2013).
2.1.3 PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS 
GINECOLÓGICAS NA PUBERDADE E NA 
ADOLESCÊNCIA FEMININA
Durante a adolescência, os órgãos reprodutivos começam a se desenvolver 
e as características sexuais secundárias começam a aparecer. Nas mulheres, 
uma das primeiras alterações que ocorrem é o aparecimento de brotos ma-
mários unilaterais ou bilaterais, que se desenvolvem nas mamas adultas. Ou-
tros eventos são a menstruação (primeira menstruação) e o aparecimento de 
pelos pubianos (FERNANDES; NARCHI, 2013).
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PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA FEMININA
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: quatro adolescentes tirando uma selfie.
De acordo com os estágios de desenvolvimento pubertário, as mamas pas-
sam por cinco estágios, sendo eles:
Estágio 1
Mamas infantis: elevação da papila.
Estágio 2
Broto mamário: elevação da mama e da papila, acompanhado de 
aumento do diâmetro aureolar.
Estágio 3
Aumento da mama: auréola sem separação dos contornos.
Estágio 4
Projeção da auréola e das papilas: elevação acima do nível da mama.
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Estágio 5
Mama adulta. (FERNANDES; NARCHI, 2013, p. 237).
O crescimento de pelos também respeita estágios de desenvolvimento, con-
forme explicado a seguir:
Estágio 1
Ausência de pelos pubianos.
Estágio 2
Pelos esparsos, finos, longos ou enrolados, discretamente 
pigmentados, nos grandes lábios.
Estágio 3
Pelos mais concentrados, pigmentados e enrolados, na sínfise pubiana.
Estágio 4
Pelos pubianos adultos, porém em menor quantidade.
Estágio 5
Pelos pubianos adultos. (FERNANDES; NARCHI, 2013, p. 237).
Nesse contexto, a seguir são apresentados os eventos e a cronologia de de-
senvolvimento da puberdade na mulher. 
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Telarca: marcada pelo aparecimento do broto 
mamário – elevação da mama e da papila; aumento 
do diâmetro areolar; aceleração da velocidade de 
crescimento estatural.
Pubarca: marcado pelo surgimento de pelos 
pubianos esparsos, finos, longos ou enrolados, 
discretamente pigmentados, nos grandes lábios 
(início, em média, aos 11,2 anos de idade).
Pico da velocidade de crescimento: caracterizado 
pelo aumento da mama – aréola sem separação 
dos contornos; pelos pubianos mais concentrados, 
pigmentados e enrolados, na sínfise pubiana.
Menarca: marcada pela primeira menstruação, 
consiste em ciclos menstruais irregulares; projeção 
da aréola e das papilas – elevação acima do nível da 
mama; pelos pubianos adultos, porém em menor 
quantidade; pelos axilares – estágio 4.
Puberdade completa: caracterizada por ciclos 
menstruais regulares; mamas e pelos adultos; 
parada no crescimento e definição da estatura 
(FERNANDES; NARCHI, 2013; FELTRIN et al., 2021).
Durante a puberdade, a secreção de hormônios esteroides (testosterona e es-
trogênio) aumenta, e o hipotálamo e a hipófise tornam-se menos sensíveis a 
eles, estimulando o aumento da produção do hormônio folículo-estimulante 
(FSH) nas mulheres e do hormônio luteinizante (LH) nas mulheres e nos ho-
mens (FERNANDES; NARCHI, 2013).
Nas mulheres, devido aos níveis de estrogênio, ocorre o aumento da secre-
ção do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), o que leva ao cresci-
mento folicular, à ovulação, à formação do corpo lúteo, à menstruação e à 
produção de hormônios sexuais (estrogênios e progesterona) (FERNANDES; 
NARCHI, 2013).
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CICLO MENSTRUAL NA ADOLESCÊNCIA
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: adolescente segurando um coletor menstrual.
Durante a avaliação da adolescente/mulher, o enfermeiro deve se atentar à 
regularidade e o caráter do ciclo menstrual, levando em consideração: perí-
odos menstruais variando de 23 a 35 dias, quantidade de perda para manter 
os níveis de ferro no sangue e duração da menstruação de dois a sete dias. 
Queixas de alterações menstruais são comuns. Durante um período de dois 
a três anos, os ciclos pós-menstruais costumam ser irregulares (períodos lon-
gos, menstruação atrasada, fluxo intenso). Além disso, podem ocorrer sangra-
mentos associados a causas orgânicas (FERNANDES; NARCHI, 2013).
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CONSULTA DE ENFERMAGEM
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: profissional de enfermagem sentada, usando um computador, em 
consulta com adolescente sentada em uma cadeira.
O enfermeiro também deve se atentar para a avaliação física da adolescente, 
verificando o estado geral e nutricional, possíveis alterações na postura, pres-
são arterial e pulso, altura e peso, maturidade sexual e tempo de progressão, 
tamanho da tireoide e possíveis sinais de doenças crônicas e infecções. Além 
disso, devem ser rastreadas para vulvovaginite e infecções sexualmente trans-
missíveis (ISTs) por meio de triagem ginecológica, especialmente se forem 
sexualmente ativas (FERNANDES; NARCHI, 2013).
2.2 CICLO REPRODUTIVO FEMININO 
E CLIMATÉRIO
A seguir, você aprenderá mais do ciclo reprodutivo feminino e o climatério. 
Durante a vida da mulher, acontecem inúmeros ciclos hormonais, que têm 
início durante a puberdade e duram até a menopausa. A menopausa, ocor-
rida durante o período do climatério, é marcada pelo processo de envelheci-
mento da mulher e gera muitas mudanças de ordem social, amorosa, sexual 
e familiar (SELBAC et al., 2018). 
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2.2.1 CICLO REPRODUTIVO FEMININO
O ciclo reprodutivo feminino tem como função a regulação hormonal e a pre-
paração do corpo da mulher para uma possível gestação. Dessa forma, ocorre 
no ovário e no útero e é dividido em três etapas, interligadas entre si e não 
excludentes, ou seja, uma não ocorre sem a outra (SANTOS, 2018):
• Ciclo menstrual. 
• Ciclo ovárico.
• Regulação hormonal. 
APARELHO REPRODUTOR FEMININO
Trompas de falópio
Ovário
Útero 
Cérvix
Vagina 
Fundo do útero 
Tuba uterina
Miométrio
Endométrio
Fibras
Fonte: ©brgfx, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: ilustração da anatomia do aparelho reprodutor feminino.
O ciclo menstrual dura, em média, 28 dias e diz respeito aos fenômenos que 
ocorrem no útero e estão relacionados à preparação do endométrio para re-
ceber o óvulo fecundado. Nos casos em que não ocorre a fecundação, o endo-métrio se desintegra e ocasiona a menstruação. 
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O útero passa por três fases, sendo elas:
1) Fase menstrual: também chamada de menstruação ou fase folicular. Tem 
por característica o sangramento via vaginal, que dura em média de três a cin-
co dias. Nessa fase, a mulher perde, em média, 150 ml de sangue, juntamente 
com células da camada interna do útero. Além disso, há o aumento da produ-
ção do hormônio FSH (folículo-estimulante) e de estrogênio.
2) Fase pré-ovulatória: conhecida como fase proliferativa ou fase ovulatória, é 
aquela em que ocorre um aumento considerável da parede interna do útero, 
associada ao surgimento de novos vasos sanguíneos, aumento progressivo 
de estrógenos e produção do hormônio luteinizante (LH), com o objetivo prin-
cipal de preparar o corpo feminino para a fecundação (SANTOS, 2018, p. 45).
3) Fase pós-ovulatória: “também conhecida como fase secretora ou fase lú-
tea, é uma fase constante e dura em torno de 14 dias” (SANTOS, 2018, p. 45). 
Tem por característica a produção de progesterona e estrogênio, o aumen-
to da produção de glicogênio e crescimento dos vasos sanguíneos. Nos ca-
sos de fecundação confirmada, inicia-se a produção de hormônio hCG, o que 
mantém os níveis elevados de estrogênio e progesterona. “Se a fecundação 
não ocorrer, os níveis de estrógeno e progesterona diminuem, até que o re-
vestimento do útero seja eliminado, dando início a um novo ciclo menstrual” 
(SANTOS, 2018, p. 45).
CICLO REPRODUTIVO FEMININO
Fonte: adaptada de Santos (2018, p. 46).
#PraTodosVerem: escala dos níveis hormonais durante todas as fases do ciclo 
reprodutivo feminino.
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Já o ciclo ovárico se dá pela ação dos hormônios femininos. 
No primeiro dia de menstruação, dá-se início ao amadurecimento de um 
novo óvulo no ovário. Isso ocorre a cada ciclo menstrual e em um ovário de 
cada vez. A ovulação é a libertação do óvulo maduro nas Trompas de Falópio, 
onde ocorrerá a fecundação caso haja espermatozoides disponíveis. Se não 
houver fecundação, a menstruação é iniciada. (SANTOS, 2018, p. 46)
O ciclo hormonal e regulação hormonal dizem respeito à fase em que os 
hormônios são regulados naturalmente. O estrógeno e a progesterona são 
produzidos no útero e ovários. Já o LH e o FSH são produzidos na adrenohi-
pófise e estão presentes em todas as fases do ciclo reprodutivo feminino, em 
níveis oscilatórios, que variam conforme o momento do ciclo. 
Menarca: primeira menstruação. 
Menopausa: período correspondente após a última 
menstruação da vida da mulher. Santos (2018, p. 46).
2.2.2 CLIMATÉRIO 
No decorrer da vida da mulher, algumas fases são marcantes, como é o caso 
da menarca, da gestação e da última menstruação, considerados fenômenos 
naturais, causados por modificações biológicas (FELTRIN et al., 2021).
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CLIMATÉRIO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher de meia-idade, de cabelos grisalhos, sentada, sorrindo, apoiando o 
queixo na mão.
O climatério é definido como uma fase biológica pela qual as mulheres trans-
correm. Compreende a transição da fase reprodutiva feminina para a não 
reprodutiva, ocorrendo geralmente entre os 40 e 65 anos de idade, sendo a 
menopausa um marco dessa fase. Também deve ser lembrado como o prin-
cipal período em que ocorrem o surgimento de algumas doenças, como a 
obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, neoplasias, distúrbios 
urinários, osteoporose (FELTRIN et al., 2021; BRASIL 2016).
A menopausa ocorre, normalmente, entre os 45 e 55 anos, normalmente após 
dois anos de início do climatério. É considerada precoce se ocorrer antes dos 
40 anos de idade. Está relacionada ao esgotamento folicular e ao fim da habi-
lidade de reprodução da mulher (SARTORI et al., 2019; BRASIL, 2016).
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MULHER NA FASE DA MENOPAUSA
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher de meia-idade sorrindo, com o queixo apoiado nas mãos.
Muitas mulheres vivem o climatério de modo assintomático. Entretanto, ou-
tras apresentam diversos sintomas. Esses sintomas são divididos em: transi-
tórios e não transitórios, sendo que os que mais interferem na qualidade de 
vida da mulher nesse período são os de ordem psicossocial e afetiva, expli-
cados a seguir: 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS TRANSITÓRIAS DURANTE O CLIMATÉRIO
Manifestações clínicas transitórias durante o climatério
Alterações 
menstruais
Tendência a ciclos progressivamente mais curtos, com 
diminuição da produção de progesterona, indução da ovulação 
ou ciclos múltiplos, com diminuição ou aumento do fluxo; ciclos 
anovulatórios e aumento do intervalo entre os ciclos.
Disfunções sexuais Diminuição da libido, frequência e resposta orgástica associada a 
problemas psicológicos, sexuais e hormonais.
Sintomas 
vasomotores
"Ondas de calor", principalmente no corpo, pescoço e face, hiperemia, 
sudorese, palpitações e, em casos raros, desmaios, causando 
inquietação e desconforto; calafrios, insônia ou distúrbios do sono, 
tonturas, parestesias, perda de memória e fadiga. 
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Manifestações clínicas transitórias durante o climatério
Sintomas 
neuropsíquicos
Vulnerabilidade emocional, ansiedade, nervosismo, irritabilidade, 
depressão, baixa autoestima, dificuldade de tomar decisões, 
tristeza e depressão. Em relação aos fatores ambientais, fatores 
externos, como estilo de vida (atividade física, alimentação e 
tabagismo) podem influenciar diretamente nos sintomas da 
perimenopausa.
Fonte: adaptado de Feltrin et al. (2021, p. 207-9).
#PraTodosVerem: quadro apresentando as manifestações clínicas transitórias durante o climatério.
A seguir, observaremos as manifestações não transitórias:
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NÃO TRANSITÓRIAS DURANTE O CLIMATÉRIO
Manifestações clínicas não transitórias durante o climatério
Alterações 
urogenitais
Distopias Em diferentes graus de distopia encontramos: 
cistocele, uretrocele, retocele, prolapso uterino, 
prolapso de cúpula vaginal e enterocele. O 
tratamento pode incluir fisioterapia, exercícios de 
Kegel, medicamentos ou o uso de um pessário. 
Incontinência 
urinária
Quanto ao tecido (mucosa) que reveste o aparelho 
geniturinário, a maioria das mulheres na pós-
menopausa fica mais magra, menos lubrificada e 
mais frágil durante a relação sexual.
Distúrbios 
metabólicos
Alterações no 
metabolismo 
lipídico
Elevação dos níveis de colesterol e triglicérides, 
dislipidemia, aterosclerose, doença coronariana, 
infarto do miocárdio e acidente vascular 
cerebral e hemostasia, aumentando o risco de 
tromboembolismo.
Alterações no 
metabolismo 
ósseo
Alterações no metabolismo de cálcio, podendo levar 
à perda de massa óssea, osteoporose e osteopenia. 
Medidas preventivas precoces e promotoras de 
saúde podem ser adotadas, como atividade física e 
alimentação equilibrada. 
Fonte: adaptado de Feltrin et al. (2021, p. 210-1).
#PraTodosVerem: quadro apresentando as manifestações clínicas não transitórias durante 
o climatério.
Agora que conseguimos compreender a fase do climatério, adentraremos na 
temática menopausa. 
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2.2.3 MENOPAUSA
A menopausa ocorre, em média, entre os 45 e 55 anos e é considerada preco-
ce se ocorrer antes dos 40 anos deidade. Está relacionada ao esgotamento 
folicular e ao fim da habilidade de reprodução da mulher. Como a menopau-
sa faz parte do climatério, as mulheres experimentam os mesmos sinais e 
sintomas já apresentados anteriormente (BRASIL, 2016).
Dessa forma, a sexualidade pode ser fortemente afetada durante a menopau-
sa. Algumas pessoas relacionam a fase da menopausa à velhice, reproduzin-
do concepções negativas, ancoradas à perda do desejo sexual. Isso pode fazer 
com que a mulher se sinta menos atraente e desejada, levando-a a desen-
volver questões psicossociais e biológicas que podem prejudicar o convívio 
familiar, social, conjugal e sexual (FELTRIN et al., 2021).
MENOPAUSA E SEXUALIDADE
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: casal de idosos de costas um para o outro.
Os estrogênios e a progesterona são os principais hormônios esteroides sexu-
ais femininos, podendo afetar o desenvolvimento e o comportamento sexual, 
uma variedade de outras funções reprodutivas e não reprodutivas, a capaci-
dade de estimular o crescimento e a manutenção das características sexuais 
femininas. Com a diminuição da produção de hormônios por consequência 
do climatério, surgiu a terapia de reposição hormonal (TRH), para todos os 
problemas gerados pela menopausa. 
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Entretanto, apesar de benéfica, é preciso se atentar aos efeitos colaterais des-
sa terapia: 
EFEITOS COLATERAIS DA TRH
Maiores chances 
de desenvolvimento 
de doenças de coagulação
Aumento da predisposição 
ao desenvolvimento 
de alguns cânceres
Aumento dos 
níveis pressóricos
Aumento 
do triglicerideosTRH
Fonte: adaptado de Feltrin et al. (2021, p. 213).
#PraTodosVerem: fluxograma mostrando os efeitos colaterais da terapia de reposição 
hormonal, sendo eles: maiores chances de desenvolvimento de doenças de coagulação; 
aumento dos níveis pressóricos; aumento do triglicerídeos; aumento da predisposição ao 
desenvolvimento de alguns cânceres.
Dessa forma, a TRH está contraindicada para algumas mulheres, conforme 
exposto a seguir:
CONTRAINDICAÇÕES PARA A TRH
Doença hepática 
descompensada
Meningeoma, 
lúpus eritematoso 
sistêmico
Lesão precursora 
para câncer de mamaTRH
Sangramento 
vaginal por causa 
desconhecida
Doenças coronarianas 
e cerebrovasculares, 
doença trombótica ou 
tromboembólica venosa
Câncer 
de endométrio
Porfiria
Fonte: adaptado de Feltrin et al. (2021, p. 213).
#PraTodosVerem: fluxograma mostrando as sete contraindicações para a terapia de 
reposição hormonal.
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É importante mencionar que, mesmo com a chegada da menopausa, as mu-
lheres devem manter o acompanhamento ginecológico com regularidade, 
não deixando de realizar os exames preventivos, tão importantes nessa fase da 
vida, como é o caso dos exames para prevenção de colo de útero, de mama e 
de intestino. Esse tema será abordado em unidades posteriores (BRASIL, 2016).
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CONCLUSÃO
Esta unidade objetivou-se a apresentar a anatomia e fisiologia do aparelho re-
produtor feminino e ciclo menstrual, bem como o ciclo reprodutivo feminino 
e o climatério e menopausa.
O enfermeiro tem papel fundamental na avaliação e no acompanhamento 
do adolescente, que podem ser realizados por meio da consulta de enferma-
gem. A partir de 1986, a Lei n. 7.498, de 25 de junho, deu direito ao enfermeiro 
de exercer a consulta de enfermagem nos serviços de saúde. 
A consulta de enfermagem pode ser uma estratégia para a prática de educa-
ção em saúde, ações preventivas e cuidados direcionados aos adolescentes e 
a mulher, para que, devido às peculiaridades, possam ser vistos de forma inte-
gral, facilitando o engajamento e estabelecendo um elo de confiança entre o 
profissional e o paciente.
Desse modo, é de suma importância compreender e aprofundar conheci-
mentos acerca do conteúdo abordado nesta unidade, no que se refere às al-
terações pelas quais esses indivíduos passam, promovendo atividades e aco-
lhimento a cada queixa ou dúvida.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre esse tema, leia os artigos a 
seguir:
1. CAMPOS, P. F. et al. Climatério e menopausa: 
conhecimento e condutas de enfermeiras que 
atuam na Atenção Primária à Saúde. Revista de 
Enfermagem da UFSM, v. 12, 2022.
2. NERY, I. S. et al. Abordagem da sexualidade no 
diálogo entre pais e adolescentes. Acta Paulista de 
Enfermagem, v. 28, p. 287-92, 2015.
3. DE ANDRADE, A. R. L. et al. Conhecimento do 
enfermeiro da Atenção Primária à Saúde sobre 
sexualidade no climatério. Research, Society and 
Development, v. 11, n. 3, 2022.
4. SEHNEM, G. D. et al. Saúde sexual e reprodutiva 
dos adolescentes: percepções dos profissionais em 
enfermagem. Avances en Enfermería, v. 37, n. 3, p. 
343-52, 2019.
5. TEIXEIRA, L. E. M. M. et al. Terapia de reposição 
hormonal no climatério e na menopausa e o risco 
cardiovascular: uma revisão sistemática. Recima21 
– Revista Científica Multidisciplinar, v. 3, n. 10, 2022.
https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/68637
https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/68637
https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/68637
https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/68637
https://www.scielo.br/j/ape/a/9mgxX6s5dDcKSgybqQmfB8p/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/ape/a/9mgxX6s5dDcKSgybqQmfB8p/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/ape/a/9mgxX6s5dDcKSgybqQmfB8p/abstract/?lang=pt
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26244
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26244
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26244
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26244
https://revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/78933
https://revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/78933
https://revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/78933
https://revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/78933
https://www.recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/1949
https://www.recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/1949
https://www.recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/1949
https://www.recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/1949
UNIDADE 3
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> Compreender os 
principais agravos 
relacionados à saúde da 
mulher.
> Conhecer as 
Infecções Sexualmente 
Transmissíveis (IST) e a 
infecção causada pelo 
vírus HIV/Aids.
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3 AGRAVOS RELACIONADOS À 
SAÚDE DA MULHER
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A busca pela saúde da mulher na integralidade é uma prática que está in-
serida no cotidiano de toda a equipe de enfermagem, sendo esta uma das 
categorias profissionais que mais estreita laços e estabelece vínculos com 
a população. Devido a isso, é essencial que toda a equipe de enfermagem, 
sejam auxiliares, técnicos de enfermagem ou enfermeiros tenha conhe-
cimento das especificidades inerentes à saúde da mulher, bem como os 
principais agravos que podem acometê-la.
Na graduação, acontece o primeiro contato dos acadêmicos de enferma-
gem com a prática da saúde da mulher. Por isso, o aprendizado deve ser 
eficaz, mostrar a importância das ações, estratégias, cuidados e orienta-
ções para proporcionar a prevenção e a promoçãode saúde, melhorando a 
qualidade de vida dessa população. 
Dessa forma, nesta unidade aprenderemos os principais agravos que aco-
metem a saúde da mulher, além das infecções sexualmente transmissíveis 
e dos cuidados em saúde que devem ser dispensados às mulheres. 
3.1 AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE DA MULHER
A saúde da mulher engloba todas as fases da vida, desde a infância até a seni-
lidade, sendo de grande responsabilidade de todos os profissionais de saúde 
envolvidos em tratar questões intrínsecas e específicas que envolvem a sexu-
alidade, culturas e valores, muitas vezes considerado tabu entre a população 
(SANTOS, 2018).
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DIFERENTES MULHERES
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulheres com idades diferentes se abraçando.
Por isso, cabe aos profissionais, em especial à enfermagem acolher essa par-
cela da população, a fim de esclarecer as dúvidas, realizando atendimento 
adequado e de qualidade, em qualquer âmbito da saúde, seja na atenção 
primária ou especializada, em rede privada ou pública (SANTOS, 2018).
3.1.1 PRINCIPAIS AGRAVOS QUE ACOMETEM A 
SAÚDE DA MULHER
Algumas queixas relatadas pelas mulheres devem ser ouvidas durante a con-
sulta de enfermagem, podendo indicar diversos agravos que, se não tratados 
corretamente, podem piorar até causar infertilidade e comprometimento da 
saúde mental (SARTORI et al., 2019). 
Dessa forma, a consulta de enfermagem assume papel essencial e estraté-
gico para permitir a ampliação de acesso à população feminina, promoven-
do cuidado em saúde de modo integral e de qualidade, criando um vínculo 
enfermeiro-paciente adequado que possam auxiliar a mulher a relatar todas 
as queixas que tiver (GIRÃO, 2019). 
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HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
Fonte: ©jannoon028, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: profissional de enfermagem escrevendo em uma prancheta.
Atentar-se à queixa e duração dos sinais e sintomas é uma estratégia que visa 
identificar o problema que levou a paciente a procurar o atendimento. Além 
disso, é importante saber há quanto tempo a queixa existe. Algumas mulhe-
res procuram o serviço de saúde apenas como rotina e exames de prevenção. 
Entretanto, majoritariamente, são observadas queixas relacionadas a corri-
mento vaginal, dor pélvica, irregularidade menstrual, incontinência urinária, 
infertilidade, entre outras (GIRÃO, 2019).
Entre as principais condições que afetam a saúde da mulher estão as displa-
sias mamárias, dor pélvica, miomas, violência sexual e doméstica, tensão pré-
-menstrual (GIRÃO, 2019).
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AUTOEXAME DAS MAMAS
Câncer de mama
Faça o autoexame!
Fonte: ©studiogstock, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: ilustração de mulher realizando o autoexame das mamas em quatro etapas
A displasia mamária consiste no surgimento de pequenos nódulos ou altera-
ções císticas nas mamas que podem ocasionar dor local, sendo mais eviden-
te à palpação e até mesmo secreção mamilar. Para detecção de nódulos ou 
cistos mamários, alguns exames de imagem podem ser realizados, como é o 
caso da mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética. Além desses, o 
autoexame da mama e biópsia são opções válidas. Para realizar o autoexame 
de mamas, é preciso atentar-se aos três passos que serão explicados a seguir 
(SANTOS, 2018).
Primeiro passo
Realizado em frente ao espelho, com os seios à mostra. Primeiramente, 
com os braços posicionados ao lado do tronco, observa-se a presença 
de assimetria mamária, alteração de cor, edema, saliências ou algum 
nódulo evidente. A seguir, com os braços erguidos e posicionados atrás 
da cabeça, na altura do pescoço, observe as mamas a fim de encontrar 
nódulos evidentes visíveis. Por fim, posicione os braços na altura da 
cintura, pressione levemente a região com as mãos e observe se há 
alteração nas mamas.
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Segundo passo
Essa etapa deve ser realizada durante o banho, com as mãos 
ensaboadas, facilitando o deslize dos dedos e mãos nos seios. 
Primeiramente, deve-se levantar um dos braços e colocar a mão atrás 
da cabeça. Em seguida, com a outra mão, em movimentos circulares, 
de cima para baixo, deve-se apalpar delicadamente a mama deslizando 
os dedos por ela e ao redor do mamilo. É importante que se pressione 
o mamilo levemente para identificar saída de líquidos ou secreções. 
Repita com a outra mama. Observe se há nódulos, cistos ou caroços, e 
se sente dor à palpação.
Terceiro passo
Em posição deitada, pôr um dos braços na altura da nuca, colocando 
um travesseiro embaixo do ombro para conforto. Com a outra mão, 
realizar a palpação da mama, com movimentos idênticos ao descrito no 
segundo passo. Repita o processo na outra mama (SANTOS, 2018).
A violência sexual e doméstica é considerada um tema de saúde pública em 
todo o território nacional, pois ocasiona cerca de milhões de óbitos por ano. 
Algumas estratégias vêm sendo traçadas e implementadas para impedir es-
ses tipos de violência. Uma delas é a criação da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria 
da Penha), lançada em 1970 no Brasil. Essa lei leva em consideração diversos 
tipos de violência contra a mulher, sendo considerado um alto ganho para o 
protagonismo feminino. Assim, a lei considera as formas de violência familiar 
e doméstica contra a mulher: moral, psicológica, física, patrimonial e sexual 
(SANTOS; PASSOS, 2021).
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NÃO À VIOLÊNCIA
Fonte: ©wayhomestudio, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher com semblante triste e equimoses pela face, com a mão erguida, 
em sinal de “pare”.
Nos casos em que o profissional de saúde identificar o relato de uma paciente 
vítima de violência de qualquer espécie é obrigatória a realização de notifica-
ção por meio da ficha de notificação de violências interpessoais e autoprovo-
cadas (SANTOS; PASSOS, 2021).
Para saber mais do contexto da violência doméstica 
e sexual, acesse aqui.
https://www.redalyc.org/pdf/4815/481554853020.pdf
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Já a dor pélvica pode ser classificada de acordo com o início da dor, conforme 
imagem a seguir:
DOR PÉLVICA
Cíclica
Dor 
pélvica
Aguda Crônica
Fonte: adaptada de Sartori et al. (2019, p. 56).
#PraTodosVerem: tipos de dor pélvica de acordo com o início dela: aguda, cíclica e crônica
Aguda
“início ou aumento abrupto da dor, evolução curta, sinais e sintomas 
associados” (SARTORI et al., 2019, p. 56).
Cíclica
“associada ao ciclo menstrual, apresenta dor em cólica ou pontada, 
geralmente unilateral, alterna a lateralidade nos ciclos subsequentes” 
(SARTORI et al., 2019, p. 56).
Crônica
“a intensidade da dor interfere nas atividades habituais” (SARTORI et al., 
2019, p. 56).
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O mioma ou miomatose uterina é considerado uma doença que afeta, na 
maioria das vezes, mulheres em idade fértil. É uma neoplasia benigna que 
pode ser acompanhada de sintomas como sangramento uterino aumentado. 
Nos casos de complicações, muitas vezes é necessária a realização de histe-
rectomia para controle do agravo. Entretanto, em outros casos, a doença pode 
se manifestar de modo assintomático (FELTRIN et al., 2021).
Entre os fatores de riscoque podem aumentar o risco de miomatose ute-
rina estão: 
FATORES DE RISCO PARA MIOMATOSE UTERINA
Idade
Obesidade
Nuliparidade
Histórico familiar
Raça
Fonte: adaptada de Feltrin et al. (2021).
#PraTodosVerem: lista contendo cinco fatores de risco para miomatose uterina: 
nuliparidade, histórico familiar, raça, idade e obesidade.
Para saber mais das características da miomatose 
uterina, acesse aqui.
https://acervomais.com.br/index.php/medico/article/view/11167
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A tensão pré-menstrual, também conhecida como sintomas pré-menstru-
ais, está relacionada com os sintomas que a mulher pode apresentar durante 
a fase lútea do ciclo menstrual. Comumente, nessa fase, a mulher apresenta 
quadros depressivos, labilidade emocional (mudanças exageradas e sucessi-
vas no humor), irritabilidade, esquecimento, dores em mamas e membros 
inferiores, fadiga, isolamento social, edema de extremidades, distensão abdo-
minal, cefaleia etc. (SARTORI et al., 2019). 
3.1.2 AGRAVOS GINECOLÓGICOS
No que diz respeito aos principais agravos ginecológicos estão a endometrio-
se, doença inflamatória pélvica, infertilidade, atraso menstrual e amenorreia, 
doenças da vulva e vagina, doenças do útero, doenças da cavidade pélvica, 
infecções sexualmente transmissíveis (IST) (SARTORI et al., 2019).
FATORES DE RISCO PARA MIOMATOSE UTERINA
Fonte: adaptada de Feltrin et al. (2021).
#PraTodosVerem: lista contendo cinco fatores de risco para miomatose uterina: 
nuliparidade, histórico familiar, raça, idade e obesidade.
Além das queixas de atraso menstrual e amenorreia, o enfermeiro pode ser 
deparar com queixas de: 
• amenorreia: ausência de períodos menstruais; e
• dismenorreia: cólicas menstruais.
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As doenças da vulva e vagina podem acometer a mulher em qualquer ida-
de e são consideradas os principais motivos de idas ao ginecologista. Essas 
doenças são facilmente detectadas por meio do exame físico e anamnese, 
podendo ser complementados por outros exames, como o exame especular 
(SANTOS, 2018).
EXAME GINECOLÓGICO
Fonte: ©ArtPhoto_studio, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: paciente posicionada em posição ginecológica.
Observe as principais doenças que acometem a vulva e a vagina:
DOENÇAS QUE ACOMETEM A VULVA E A VAGINA
Principais doenças da vulva e da vagina
Vulvovaginite É um processo inflamatório que acomete a vulva e 
a vagina (vulvite); associada à vaginite, daí a relação 
vulvovaginite. As mulheres apresentam dor local, prurido, 
hiperemia, edema e aumento das glândulas de Bartholin.
Cistos benignos São provenientes da obstrução nos canais das glândulas 
acessórias, especificamente as glândulas de Bartholin, 
classificadas como bartolinite, ou seja, processo infeccioso 
agudo, com formação de abscesso que tem como 
principal conduta a drenagem do abcesso.
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Principais doenças da vulva e da vagina
Leucorreia Doença extremamente comum, causada por infecção do 
canal vaginal, popularmente conhecida como corrimento. 
Pode estar acompanhada de prurido, eritema, queimação 
e edema local, causando desconforto ao urinar.
Fonte: adaptado de Santos (2018, p. 89).
#PraTodosVerem: quadro explicativo das principais doenças que acometem a vulva e 
a vagina. À esquerda, a coluna com o nome das doenças; direta, uma explicação das 
características de cada uma.
O útero, órgão responsável pela reprodução humana, também está susceptí-
vel a algumas infecções e inflamações (SANTOS, 2018):
AGRAVOS GINECOLÓGICOS
Retocele CistoceleCervicite Mioma Adenomiose
Fonte: adaptada de Santos (2018, p. 90).
#PraTodosVerem: lista com os principais agravos ginecológicos: cervicite, mioma, 
adenomiose, retocele e cistocele.
Uma doença muito comum entre as mulheres em idade fértil que acomete o 
útero é a miomatose uterina. Esse agravo consiste em uma neoplasia benig-
na que pode levar à infertilidade. Normalmente é ocasionada por células do 
endométrio, podendo ser assintomática ou não. Nas mulheres que apresen-
tam sintomas surge a necessidade de tratamento (FELTRIN et al., 2021). 
Os miomas se desenvolvem lentamente na camada do miométrio, podendo 
ser únicos ou muitos. Causam abaulamento na cavidade uterina e são classi-
ficados de acordo com o tamanho, sendo: tipo 0, tipo 1 e tipo 2. Assim, é con-
siderado tipo 0 quando mais de 50% do volume estão no interior da cavidade 
uterina; tipo 1 quando 50% são submucosos e 50% são intramurais; e tipo 2 
quando menos de 50% estão inseridos na cavidade uterina (FELTRIN et al., 
2021, p. 129). 
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Entre os principais fatores de risco estão a nuliparidade, histórico familiar, raça, 
idade, obesidade, consumo de carnes vermelhas, doenças crônicas, menarca 
precoce, acometimento por IST e o tabagismo (FELTRIN et al., 2021). 
A pelve compreende um conjunto de órgãos: endométrio, tubas uterinas, 
ovários, útero e colo do útero, vulva e vagina. As doenças que acometem a 
pelve poder provocar dor intensa e desconforto. Entre as principais doenças 
estão (SANTOS, 2018):
PRINCIPAIS AGRAVOS DA REGIÃO PÉLVICA FEMININA
EndometrioseCistos ovarianos Anexite
Doença 
inflamatória 
pélvica (DIP)
Fonte: adaptada de Santos (2018, p. 90).
#PraTodosVerem: lista com os principais agravos que acometem a região pélvica: cistos 
ovarianos, anexite, doença inflamatória pélvica e endometriose.
Os cistos ovarianos são considerados tumores benignos que têm no interior 
conteúdo líquido, semilíquido ou pastoso, normalmente, ligados a alterações 
hormonais. Mediante a gravidade do caso há diferenciação na proposta de tra-
tamento, podendo, nos casos mais simples, abordar a terapia hormonal, retira-
da cirúrgica do cisto, ou, em casos mais graves, a ooforectomia, que é o proce-
dimento cirúrgico de remoção de um ou dos dois ovários (SANTOS, 2018). 
A anexite diz respeito à inflamação que ocorre nos órgãos anexos femininos, 
trompas e ovários, chamada de ooforite quando acomete os ovários e salpin-
gite quando acomete as trompas. Nessa doença, há presença de alguns sinais 
e sintomas como náuseas, vômitos, febre alta, alteração laboratorial do hemo-
grama, dor de forte intensidade e frequente (SANTOS, 2018).
3.1.3 ENDOMETRIOSE, DOENÇA INFLAMATÓRIA 
PÉLVICA (DIP) E INFERTILIDADE
A endometriose é uma doença ginecológica de caráter crônico de grande 
importância devido ao potencial de gravidade. É caracterizada pelo tecido en-
dometrial funcional que se forma fora do útero (funcional ou ectópico). Está 
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fortemente relacionada às mulheres em idade reprodutiva com história de 
menarca precoce, gestações tardias ou, em menor número, menstruações 
retrógradas (GIRÃO, 2019; ARAÚJO; SCHMIDT, 2020).
Atualmente, o principal tratamento para endometriose é a associação de me-
dicamentos. Em casos de falha terapêutica, o procedimento cirúrgico para 
remoção das lesões pode ser considerado. Muitas mulheres portadoras da do-
ença não apresentam sinais e sintomas. Entretanto, as que são sintomáticas 
podem relatar “fortes cólicas, ciclos menstruais irregulares e com sangramen-
to excessivo crônico, os quais podem causar danos físicos, psíquicos e sociais” 
(ARAÚJO; SCHMIDT, 2020, p. 25).
CONSULTA GINECOLÓGICA
Fonte: ©stefamerpik, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: enfermeira conversando com paciente jovem durante consulta de enfermagem.
A DIP é causada por microrganismos quepor via ascendente no canal vaginal 
até o colo uterino alcançam outras estruturas do sistema reprodutor femini-
no. Normalmente é ocasionada por via sexual devido à complicação de IST. 
Levam a processo inflamatório grave associado a fortes dores nas mulheres 
(FELTRIN et al., 2021).
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Ela é “uma síndrome clínica atribuída à complicação de uma IST ou de uma 
manipulação (inserção de DIU, biópsia de endométrio, curetagem, entre ou-
tros)” (FELTRIN et al., 202, p. 100). Nos casos em que a DIP se desenvolve por 
via sexual, normalmente tem como agentes infecciosos:
• Chlamydia trachomatis.
• Neisseria gonorrhoeae. 
• Bactérias facultativas anaeróbias (por exemplo: 
Gardnerella vaginalis, Haemophilus influenzae, 
Streptococcus agalactiae).
• Outros microrganismos (FELTRIN et al., 2021, p. 101).
Segundo Feltrin et al. (2021, p. 102):
São considerados fatores de risco para DIP :
• IST prévias ou atuais — atenção especial à clamídia e à gonorreia; 
• Cervicite;
• Salpingite; 
• Múltiplas parcerias sexuais; 
• Parceria sexual com algum sinal e sintoma de IST;
• Uso de DIU.
O diagnóstico de DIP é estabelecido por meio de quadro clínico, sendo essen-
cial que a mulher apresente a associação de três critérios maiores mais um 
critério menor ou um critério elaborado, conforme descrito a seguir:
Critérios maiores
"dor no hipogástrio; dor à palpação dos anexos; dor à mobilização de 
colo uterino.” (FELTRIN et al., 2021, p. 102).
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Critérios menores
"temperatura axilar > 37,5°C ou > 38,3°C; conteúdo vaginal ou secreção 
endocervical anormal; massa pélvica; mais de cinco leucócitos 
por campo de imersão em material de endocérvice; leucocitose; 
proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação aumentada; 
comprovação laboratorial de infecção cervical (clamídia, gonorreia ou 
micoplasmas).” (FELTRIN et al., 2021, p. 102).
Critérios elaborados
"evidência histopatológica de endometrite; presença de abscesso tubo-
ovariano ou de fundo de Saco de Douglas em estudo de imagem; 
laparoscopia com evidência de DIP.” (FELTRIN et al., 2021, p. 102).
Quando uma mulher desenvolve DIP, o enfermeiro deve rastrear outras do-
enças associadas, como gonorreia, sífilis, clamídia, HIV, hepatite B e C. Além 
disso, é preciso atentar-se aos demais pacientes que compõem a população 
adscrita da unidade básica de saúde (FELTRIN et al., 2021).
INFERTILIDADE
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: casal abraçado sofrendo devido a um teste de gravidez negativo.
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Por fim, a infertilidade é definida como a ausência de gravidez após 12 meses 
de tentativas sem uso de nenhum método contraceptivo. É considerada um 
problema de saúde pública devido às grandes alterações mentais e emocio-
nais. O número de pessoas que sofrem com a infertilidade tem se mostrado 
crescente por inúmeros fatores, entre eles estão (FELTRIN et al., 2021): ma-
ternidade tardia, DIP, maior acometimento por IST, sedentarismo, obesidade, 
uso de tabaco e álcool e endometriose.
Segundo Feltrin et al. (2021), a infertilidade pode ter causas definidas na mu-
lher, como: causas ovarianas e ovulares, causas tubárias e do canal endocer-
vical, causas relacionadas à fertilização e causas relacionadas à implantação 
do embrião.
Sendo assim, para evitar a infertilidade, algumas ações podem ser desempe-
nhadas pelo enfermeiro, como atentar-se às condições que podem levar à 
infertilidade, a fim de conduzir adequadamente cada situação, além executar 
ações de educação em saúde (FERNANDES; NARCHI, 2012).
3.2 INFECÇÕES SEXUALMENTE 
TRANSMISSÍVEIS (IST)
As IST são consideradas problema de saúde pública em nível mundial. Po-
dem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmiti-
das principalmente por relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem o uso de 
preservativo, incluindo sexo vaginal, anal e oral. Algumas das patologias que 
correspondem às IST podem também ser transmitidas via parto ou gravidez, 
como a clamídia, gonorreia e sífilis. No caso da sífilis, pode ser transmitida por 
contato com sangue, agulhas/seringas compartilhadas. Por esse motivo, são 
considerados fatores negativos importantes na saúde reprodutiva da mulher 
e infantil (DOMINGUES et al., 2021). 
Entre os principais fatores de risco estão a relação sexual sem o uso de preser-
vativos e a idade, visto que as IST acometem, na maioria, pessoas jovens, com 
vida sexual ativa, até os 29 anos. Apesar da relação das IST com a população 
jovem, deve-se destacar o aumento do índice de idosos acometidos por DST. 
Isso se dá devido à melhoria da qualidade de vida nessa faixa de idade e o uso 
de medicações vasodilatadoras que auxiliam o processo de ereção e o não 
uso de barreiras de proteção, como o preservativo.
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PRESERVATIVO MASCULINO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: pessoa segurando preservativo masculino de cor azul.
Em nível nacional, algumas IST fazem parte da lista de nacional de notifica-
ção compulsória, sendo elas: HIV, HIV em gestantes, hepatites virais, sífilis em 
gestantes, sífilis adquirida e síndrome do corrimento uretral masculino. Elas 
precisam ser notificadas por meio do Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação (Sinan). 
Para todas essas etapas se cumprirem, é de suma importância que os pro-
fissionais envolvidos compreendam a importância da notificação, para que o 
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica possa realizar as investigações 
necessárias, com o objetivo de melhorar as condições e situação de saúde, 
permitindo planejar e adotar ações que visem adotar medidas de controle 
necessárias, bem como revisar e implantar planos e programas de saúde. 
3.2.1 PRINCIPAIS INFECÇÕES SEXUALMENTE 
TRANSMISSÍVEIS
A sífilis é uma doença transmitida por via sexual, ou seja, por meio de rela-
ções sexuais sem o uso de preservativo ou por sangue contaminado por via 
transplacentária (de mãe para o filho). São considerados quatro tipos de sífilis: 
primária, secundária, latente e terciária (BRASIL, 2016; SANTOS, 2018).
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TRATAMENTO PARA SÍFILIS
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: frasco de vidro contendo medicação ao lado de seringa com agulha.
O diagnóstico desse agravo é realizado por sorologia para VDRL e FTA-ABS, 
além de cultura bacteriana, que pode ser realizada se houver secreção nas 
feridas. Nos casos de complicações neurológicas, é utilizada a punção lombar 
para coleta de liquor para confirmação diagnóstica. No que diz respeito ao 
tratamento, este é realizado pela administração de penicilina benzatina (SAN-
TOS, 2018).
Para saber mais da sífilis congênita, acesse aqui. 
Outra doença comumente diagnosticada é a gonorreia. Trata-se de uma 
infecção bacteriana, altamente contagiosa, causada pelo agente etiológico 
Neisseria gonorrhoeae, podendo ser transmitida por via sexual oral, vaginal 
e anal. A gonorreia apresenta manifestações diferentes no homem e na mu-
lher, sendo que no homem há possibilidade de ser encontrada na uretra, 
https://www.scielo.br/j/reben/a/VHkQjypb65Nq9jcKTTFpbhc/abstract/?lang=pt
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no reto, amígdalas e faringe. Já nas mulheres, ela pode ser encontrada na 
uretra, no canal cervical,no reto, na vagina, na vulva, amígdalas e faringe 
(SANTOS, 2018).
Devido à lenta progressão dos sintomas nas mulheres, estas podem se apre-
sentar assintomáticas por longos períodos, o que dificulta o diagnóstico e re-
tarda o tratamento. Nos casos sintomáticos, podem surgir corrimento vaginal 
ou uretral purulento, com ulcerações e uretrite (SANTOS, 2018).
Os homens podem apresentar manifestações como corrimento uretral, pu-
rulento e lesões ulcerativas. Os recém-nascidos também podem ser acome-
tidos pela doença que, nesses casos, se manifesta em região ocular, podendo 
aparecer entre o segundo e quinto dia de vida. A prevenção da gonorreia em 
recém-nascidos é feita logo após o nascimento, com a aplicação de nitrato de 
prata a 2%, sendo denominada credeização (SANTOS, 2018).
PREVENÇÃO EM SAÚDE
Fonte: ©master1305, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher segurando imagem de emoji feliz na região pélvica.
A herpes genital é outra doença considerada uma IST. É causada pelo vírus 
do herpes simples (HSV). O vírus do herpes pode ser do tipo 1 (HSV-1) e tipo 
s (HSV-2), sendo nesse caso, de transmissão sexual, considerado herpes sim-
ples tipo 2 (HSV-2). Nessa situação, ocorre o surgimento de lesões bolhosas e 
vesiculares em região genital, perineal e perianal, acompanhadas de prurido, 
edema, eritema e dor. É importante ressaltar que pode ocorrer infecção cru-
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zada entre os dois tipos de vírus se houver contato orogenital, ou seja, sexo 
oral. A transmissão pode acontecer mesmo se o indivíduo infectado não apre-
sentar lesões aparentes, situação que ocorre na fase de latência da doença 
(SANTOS, 2018).
A infecção por HPV (papiloma vírus humano) é considerada um problema 
na saúde pública, visto as complicações em caso de tratamentos incorretos 
ou tardios. O HPV apresenta mais de 150 genótipos virais diferentes, sendo 
12 deles considerados oncogênicos, ou seja, com fator potencial de desenvol-
vimento de câncer, principalmente de colo uterino (SANTOS, 2018; MACIEL; 
SILVA, 2015).
A principal forma de transmissão se dá por via sexual, entretanto, em alguns 
casos pode ocorrer por via transplacentária. Entre os sintomas, a infecção por 
HPV pode ser assintomática e permanecer em latência por muitos anos. Po-
rém quando surgem, evoluem para lesões tipo condiloma acuminado, ver-
rugas genitais ou crista de galo em região genital, colo uterino, ânus e reto 
(SANTOS, 2018).
O tratamento consiste na cauterização das lesões associadas a medicações 
tópicas. A vacina contra o HPV é uma das formas de prevenção e proteção 
disponíveis atualmente e está presente no esquema vacina do Sistema Único 
de Saúde e rede privada. Atualmente, o esquema vacinal foi atualizado e re-
comenda esquema de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas em 
indivíduos (meninos e meninas) entre 9 e 14 anos (SANTOS, 2018).
3.2.2 INFECÇÃO PELO VÍRUS HIV/AIDS
A Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS) é causada pelo 
Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), considerado um retrovírus. O HIV 
ataca o sistema imunológico do hospedeiro, sendo os linfócitos tipo CD4+ os 
mais afetados, responsáveis pela defesa do organismo. Ao atingir o CD4+, o 
vírus consegue alterar a molécula de DNA e inicia a multiplicação viral, levan-
do à debilidade do sistema imunológico humano. É importante frisar que ser 
portador do vírus HIV não significa que o indivíduo tenha desenvolvido a Aids 
(BRASIL, 2006; SANTOS, 2018; GONÇALES et al., 2021).
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PREVENÇÃO DO HIV/AIDS
Fonte: ©jcomp, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: profissional de enfermagem segurando fita vermelha simbolizando a 
prevenção do HIV/Aids.
O contágio do vírus HIV se dá por via sexual (anal, oral e vaginal) sem o uso 
de preservativos; uso de seringas compartilhadas; transfusão sanguínea com 
sangue contaminado; durante a gravidez, parto e amamentação; acidentes 
com material perfurocortante com sangue contaminado (SANTOS, 2018).
As mães que vivem com HIV, se seguirem o 
tratamento com TARV de forma adequada 
durante a gravidez, parto e pós-parto, têm 99% de 
chance de terem filhos sem o HIV. Além disso, os 
indivíduos com carga viral indetectável, ou seja, 
quantidade de vírus inferior a 40 cópias de ml de 
sangue, em tratamento antirretroviral adequado, 
não transmitem o HIV para parceiros sexuais, ou 
seja, indetectável = intransmissível (sexualmente) 
(SANTOS, 2018; OLIVEIRA; BONATO; CATTANI, 2022). 
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O diagnóstico pode ser realizado por meio de exame de sangue, ressaltan-
do que se trata de um teste disponível gratuitamente na rede pública (SUS). 
Assim, a infecção pelo HIV pode ser detectada em pelo menos 30 dias a con-
tar da exposição, pois o exame faz o diagnóstico por meio da busca por anti-
corpos contra o HIV, sendo considerado esse período de 30 dias como janela 
imunológica (SANTOS, 2018).
O tratamento consiste na prevenção da transmissão do vírus HIV, melhor qua-
lidade de vida aos portadores do vírus HIV e redução da taxa de mortalidade. 
Os medicamentos antirretrovirais reduzem a carga viral circulante no sangue, 
alcançando a carga viral indetectável, o que permite a intransmissibilidade do 
vírus em relações sexuais (SANTOS, 2018).
HÁBITOS SAUDÁVEIS
Fonte: ©pvproductions, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher feliz se alimentando de legumes e frutas.
Além do mais, a prática de exercícios físicos regulares e a alimentação saudá-
vel contribuem fortemente para o bem-estar geral e saúde de modo amplifi-
cado das pessoas que vivem com HIV (SANTOS, 2018).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
3.2.3 PLANO DE CUIDADOS PARA 
MULHERES COM INFECÇÕES 
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
No Brasil, os profissionais da saúde são considerados protagonistas no con-
trole das IST, principalmente em relação à atenção primária. Porém, o fato de 
estarem concentradas na atenção primária, as principais ações e estratégias 
preventivas não excluem a importância da interação desse serviço com os de 
média e alta complexidade (BEZERRA et al., 2017).
CUIDADO EM ENFERMAGEM
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: enfermeira segurando as mãos de uma paciente.
O enfermeiro é considerado uma figura importante capaz de transcender o 
processo de cuidado e prevenção das IST, por meio de diferentes perspectivas 
de cuidados. Para Bezerra et al. (2017, p. 3): “os cuidados de enfermagem en-
volvem a educação em saúde, a avaliação abrangente e completa, o aconse-
lhamento, imunizações, realização de testes, tratamento, busca ativa de par-
ceiros e apoio ao usuário para tomada de decisões informadas”. 
É importante que o enfermeiro tenha a consciência que ofertar o preserva-
tivo como barreira de transmissão de IST e esperar que a população faça o 
próprio papel de conscientização da importância do uso desse método não 
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é suficiente. É preciso utilizar prevenção combinada, que abrange três áreas 
estratégicas: biomédica, comportamental e estrutural, aplicadas tanto indivi-
dualmente quando coletivamente (SARTORI et al., 2019).
PREVENÇÃO
Fonte: ©mindandi, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: pessoa interrompendo a queda de dominós com a mão, simbolizando a 
prevenção das doenças.
Esse tipo de prevenção combinada parte do princípio de que os cuidados de-
vem ser traçados de acordo com as especificidades dos sujeitos e dos contex-
tos em que estão inseridos,centrados nas pessoas e nos grupos sociais delas 
(SARTORI et al., 2019).
Outras estratégias podem ser utilizadas para oferecer prática sexual segura, 
como é o caso da vacinação contra hepatite B, HPV; realizar sorologias para as 
IST; conhecer o parceiro sexual; realizar periodicamente os exames preventivos 
de colo de útero para identificar possíveis lesões de HPV, entre outras ações que 
visem interromper a cadeia de transmissão das IST (SARTORI et al., 2019). 
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MULTIVIX EAD
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
CONCLUSÃO
Esta unidade objetivou-se a apresentar os principais agravos relacionados à 
saúde da mulher, conhecer as infecções sexualmente transmissíveis, a infec-
ção pelo vírus HIV e o acometimento por Aids. Além disso, buscou reforçar o 
papel do enfermeiro diante dessa realidade.
Com isso, compreendemos a importância dos profissionais de saúde, em 
especial o enfermeiro, na busca da prevenção, da interrupção da cadeia de 
transmissão das IST, bem como do HIV, por meio de ações voltas à educação 
em saúde e assistência de enfermagem em face dos principais agravos que 
acometem as mulheres e a saúde sexual delas, até mesmo a relação estabe-
lecida entre o enfermeiro e os pacientes.
Nesse contexto, orientar e executar estratégias que visem à prevenção e à 
promoção da saúde torna-se um desafio para o enfermeiro na assistência à 
saúde da mulher, visto que as ações desenvolvidas por esse profissional são de 
extrema relevância para alcançar qualidade de vida das usuárias do serviço.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre esse tema, leia os artigos 
a seguir:
1. DUARTE, B. A. R.; JUNQUEIRA, M. A. de B.; 
GIULIANI, C. D. Vítimas de violência: atendimento 
dos profissionais de enfermagem em atenção 
primária. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde 
no Contexto Social, v. 7, n. 3, p. 401-11, 2019.
2. D’OLIVEIRA, A. F. P. L. et al. Obstáculos e facilitadores 
para o cuidado de mulheres em situação de violência 
doméstica na atenção primária em saúde: uma 
revisão sistemática. Interface-Comunicação, Saúde, 
Educação, v. 24, 2020.
3. OLIVEIRA, R. F. dos S. et al. A importância do 
enfermeiro na conscientização e prevenção do 
HPV. Psicologia e Saúde em Debate, v. 5, n. 1, p. 80-
109, 2019.
4. MURAMATSU, C. H. et al. Consequências da 
síndrome da tensão pré-menstrual na vida da 
mulher. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 
v. 35, p. 205-13, 2001.
5. NOGUEIRA, L. F. et al. Desafios da inserção do 
enfermeiro na assistência à saúde da mulher. Sanare 
– Revista de Políticas Públicas, v. 16, n. 1, 2017.
https://www.redalyc.org/journal/4979/497960141014/497960141014.pdf
https://www.redalyc.org/journal/4979/497960141014/497960141014.pdf
https://www.redalyc.org/journal/4979/497960141014/497960141014.pdf
https://www.redalyc.org/journal/4979/497960141014/497960141014.pdf
https://www.redalyc.org/journal/4979/497960141014/497960141014.pdf
https://www.scielo.br/j/icse/a/ttfjMwYKXCHCxhKHjSVpMYL/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/icse/a/ttfjMwYKXCHCxhKHjSVpMYL/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/icse/a/ttfjMwYKXCHCxhKHjSVpMYL/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/icse/a/ttfjMwYKXCHCxhKHjSVpMYL/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/icse/a/ttfjMwYKXCHCxhKHjSVpMYL/abstract/?lang=pt
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/V5N1A8.
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/V5N1A8.
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/V5N1A8.
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/V5N1A8.
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/b6DfLwJdQqMqgQhPfNvp49M/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/b6DfLwJdQqMqgQhPfNvp49M/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/b6DfLwJdQqMqgQhPfNvp49M/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/b6DfLwJdQqMqgQhPfNvp49M/?lang=pt
https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1091/602
https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1091/602
https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1091/602
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
UNIDADE 4
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
> Compreender os 
principais agravos 
relacionados à saúde da 
mulher.
> Conhecer as 
Infecções Sexualmente 
Transmissíveis (IST) e a 
infecção causada pelo 
vírus HIV/Aids.
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4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
DURANTE O PERÍODO GESTACIONA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A gestação ocorre por meio da fecundação do óvulo com o espermatozoide. 
Durante esse período, a mulher passa por diversas mudanças físicas, hormo-
nais, sociais, psicológicas e sociais, envolvendo diversos sistemas e órgãos. Por 
esse motivo, a gestação é considerada um momento único para a mulher e 
que deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, em especial, 
enfermeiro e médico.
Por meio da consulta pré-natal o profissional de enfermagem consegue ava-
liar e acompanhar a gestante durante todo o período gestacional e no pós-
-parto, que é conhecido como puerpério. Portanto, a atenção pré-natal é 
identificada como uma etapa essencial para a identificação de situações de 
risco à saúde materna (MACIEL; SILVA, 2015). 
Nesta unidade, você será capaz de entender o pré-natal, bem como o papel 
do enfermeiro durante esse processo. Desejamos que você tenha uma leitura 
proveitosa e agradável. 
4.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE 
A GESTAÇÃO
Alguns cuidados durante o período gestacional são competências do profis-
sional de enfermagem, como a assistência no pré-natal, seja de baixo risco ou 
alto risco, bem como a atenção à mulher com intercorrências na gestação, 
tais como: diabetes mellitus, pré-eclâmpsia, eclampsia, Síndrome de Hellp e 
síndromes hemorrágicas.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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4.1.1 ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL 
Após confirmada a gestação por meio de exames laboratoriais ou exames 
de imagem, como a ultrassonografia, idealmente, deve-se iniciar a assis-
tência pré-natal. A gestante será incluída no programa de pré-natal do Sis-
tema Único de Saúde (SUS) para que possa iniciar o processo de cuidados 
durante a gestação (JÚNIOR; BARRA; ARMOND, 2016; OLIVEIRA, 2017)
GESTAÇÃO
Fonte: ©shurkin_son, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante sentada em sofá com as mãos na barriga. 
O intuito do acompanhamento pré-natal é prezar pelo desenvolvimento sau-
dável da gestação, para que evolua para o parto de um recém-nascido saudá-
vel e que a saúde materna seja preservada, além de executar ações de educa-
ção e prevenção (BRASIL, 2012; MACIEL; SILVA, 2015). 
Nesse contexto, entre outros objetivos da realização do pré-natal, está reduzir 
a morbimortalidade materno-infantil no Brasil, por meio do reconhecimento 
de fatores de risco que podem ser identificados, acompanhados e tratados. 
Nessa temática, as mortes maternas são classificadas em (BRASIL, 2012):
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Obstétricas diretas
“resultam de complicações surgidas durante a gravidez, o parto ou 
o puerpério (período de até 42 dias após o parto), decorrentes de 
intervenções, omissões ou tratamento incorreto” (BRASIL, 2012, p. 19).
Obstétricas indiretas
“decorrem de doenças preexistentesou que se desenvolveram durante 
a gestação e que foram agravadas por ela, como problemas circulatórios 
e respiratórios” (BRASIL, 2012, p. 19).
Assim, ao iniciar o processo de pré-natal é preciso que ocorra o envolvimento 
de toda a equipe. Além de abordar assuntos inerentes à saúde da mãe e do 
feto, é importante que haja orientação acerca de direitos sociais, trabalhistas 
e sexuais (BRASIL, 2016; MACIEL; SILVA, 2015).
PRÉ-NATAL
Fonte: ©serhii_bobyk, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante deitada sendo avaliada por profissional de saúde, com 
barriga a mostra. 
Dessa forma, para fornecer a assistência pré-natal adequada é preciso que toda 
a equipe multiprofissional esteja focada na avaliação do risco gestacional, em 
103
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identificar e intervir precocemente em situações de risco, bem como estabele-
cer o elo entre a gestante e a referência hospitalar/maternidade (BRASIL, 2012).
Para saber mais sobre a estratificação de risco 
gestacional, acesse aqui
O local ideal para acolher as necessidades da gestante no sistema de saúde é 
a Unidade Básica de Saúde (UBS), sendo considerado um ponto de atenção 
estratégico para proporcionar acompanhamento longitudinal e continuado 
durante todo o período gestacional, pautado na integralidade do cuidado.
PRÉ-NATAL NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Fonte: ©DCStudio, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante sentada na maca, sendo avaliada por profissional da saúde do 
sexo masculino. 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_gestacao_alto_risco.pdf
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
O Ministério da Saúde indica dez passos para se alcançar o pré-natal de qua-
lidade na Atenção Básica (BRASIL, 2012, p. 38):
DEZ PASSOS PARA UM PRÉ-NATAL DE QUALIDADE
1º Passo Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de 
gestação (captação precoce).
2º Passo Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à 
atenção pré-natal.
3º Passo Toda gestante deve ter asseguradas a solicitação, realização e avaliação 
em tempo oportuno do resultado dos exames preconizados no 
atendimento pré-natal.
4º Passo Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes.
5º Passo Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento 
pré-natal, quando necessário.
6º Passo É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames 
e ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-
natal do(a) parceiro(a)".
7º Passo Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja 
necessário.
8º Passo Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a 
elaboração do Plano de Parto.
9º Passo Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço 
de saúde no qual irá dar à luz (vinculação).
10º Passo As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no 
período gravídico-puerperal.
Fonte: adaptado de Brasil (2012, p. 38). 
#PraTodosVerem: quadro explicativo sobre os dez passos para um pré-natal de qualidade.
Calcular a idade gestacional e a data provável do parto é uma das atividades 
própria do enfermeiro na assistência ao pré-natal. O cálculo da idade gesta-
cional (IG) é realizado considerando a data da última menstruação (DUM), le-
vando em conta o primeiro dia de sangramento do último ciclo menstrual. 
A seguir, aprenderemos sobre outras características e condutas realizadas du-
rante o pré-natal de baixo risco. 
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4.1.2 ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO
A gravidez é classificada como gestação de baixo risco quando a mulher não 
apresenta fatores de risco de maior complexidade que necessitem de inter-
venções heterogêneas (BRASIL, 2016).
Para definir a complexidade da gravidez, algumas ações são necessárias para 
avaliar as condições e o processo de saúde-doenças da gestante. A primeira 
etapa é o preenchimento do cartão da gestante, conforme exposto no quadro 
a seguir: 
PREENCHIMENTO DO CARTÃO DA GESTANTE
Entrevista Quando avaliar O que avaliar
Presença de 
sintomas e 
queixas?
Todas as 
consultas
Alterações gastrointestinais; queixas urinárias; 
salivação em excesso; corrimento; Tontura; edemas; 
dores: mama, coluna lombar, membros inferiores, 
região pélvica; alteração do padrão de sono.
Planejamento 
reprodutivo
Primeira 
consulta
Data da última menstruação (DUM);
Rede familiar e 
social
Todas as 
consultas
Presença de companheiro; 
Condições 
de moradia, 
de trabalho 
e exposições 
ambientais
Todas as 
consultas
Tipo de moradia; tipo de saneamento; grau de esforço 
físico; renda; estresse e jornada de trabalho; exposição 
a agentes nocivos; beneficiário de programa social.
Atividade física Todas as 
consultas
Tipo de atividade física; periodicidade; lazer.
História 
nutricional
Primeira 
consulta
Histórico de desnutrição; sobrepeso; obesidade; 
cirurgia bariátrica; transtornos alimentares; carências 
nutricionais; histórico de criança com baixo peso ao 
nascer; uso de substâncias tóxicas para o bebê; peso e 
altura antes da gestação; hábito alimentar.
Tabagismo e 
exposição à 
fumaça do cigarro
Todas as 
consultas
Status em relação ao cigarro (fumante, ex-fumante, 
tempo de abstinência, tipo de fumo); exposição 
ambiental à fumaça de cigarro (para as fumantes 
avaliarem se pensam em parar de fumar nesse 
momento). 
106
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Entrevista Quando avaliar O que avaliar
Álcool e outras 
substâncias 
psicoativas (lícitas 
e ilícitas)
Todas as 
consultas
Padrão prévio e/ou atual de consumo de álcool e 
outras substâncias psicoativas (lícitas e ilícitas).
Saúde sexual Primeira 
consulta
Idade de início da atividade sexual; intercorrências 
como dor, desconforto; desejo e prazer sexual; 
práticas sexuais; medidas de proteção para IST.
Antecedentes 
clínicos, 
ginecológicos, 
obstétricos e 
de aleitamento 
materno
Primeira 
consulta
Diabetes; hipertensão; cardiopatias; trombose 
venosa; alergias, transfusão de sangue, cirurgias, 
medicamentos de uso eventual ou contínuo; 
cirurgias prévias; hemopatias; doenças autoimunes, 
doenças respiratórias; doenças hepáticas; 
tireoidopatias; doença renal; infecção urinária; IST; 
doenças infecciosas; transtornos mentais; epilepsia; 
neoplasias; desnutrição; excesso de peso; cirurgia 
bariátrica; avaliar sinais de depressão; idade na 
primeira gestação; número de gestações anteriores, 
partos (termo, pré e pós-termo; tipo e intervalo), 
abortamentos e perdas fetais; gestações múltiplas; 
número de filhos vivos; peso ao nascimento, recém-
nascidos com história de icterícia, hipoglicemia 
ou óbito neonatal e pós-neonatal; malformações 
congênitas; intercorrências em gestações anteriores; 
mola hidatiforme; gravidez anembrionada ou ovo 
cego; intercorrências no puerpério; experiência 
em partos anteriores; ciclos menstruais; história 
de infertilidade; resultado do último exame 
preventivo de câncer de colo uterino histórico de 
útero bicorno; malformações uterinas e miomas; 
cirurgias ginecológicas e mamárias, implantes; 
doença inflamatória pélvica; história de aleitamento 
em outras gestações; tempo; intercorrências ou 
desmame precoce; desejo de amamentar.
Imunização Primeira 
consulta
Estado vacinal: dT/dTpa, hepatite B, influenza, 
tríplice viral.
Saúde bucal Primeira 
consulta
Antecedentes ou história atual de sangramento 
gengival; mobilidade dentária; dor; lesões na boca; 
infecções; pulpite; cáries; doença periodontal ou 
outras queixas; hábitosde higiene bucal, como rotina 
de escovação e uso de fio dental; data da última 
avaliação de saúde bucal.
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Entrevista Quando avaliar O que avaliar
Antecedentes 
familiares
Primeira 
consulta
Doenças hereditárias; gemelaridade; diabetes; 
hanseníase; transtorno mental; doença neurológica; 
grau de parentesco com o pai do bebê; pré-
eclâmpsia; hipertensão; tuberculose; câncer de 
mama ou ovário; deficiência e malformações; Parceiro 
com IST ou HIV/Aids.
Fonte: adaptado de Brasil (2012, p. 38). 
#PraTodosVerem: quadro explicando como se deve preencher o cartão da gestante.
A avaliação dos dados vitais (pressão arterial (PA), pulso, frequência respira-
tória, temperatura axilar e saturação) é essencial (BRASIL, 2016).
Tão importante quanto a realização da entrevista e a verificação de PA é o 
exame físico da paciente. A avaliação é cefalocaudal, incluindo exame especu-
lar, de acordo com a necessidade, história e queixas da gestante, objetivando 
avaliar possíveis alterações e/ou fatores de risco que evidenciem o direciona-
mento dessa gestante para o pré-natal de alto risco (BRASIL, 2016).
PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO
Fonte: ©valuavitaly, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante deitada na cama com as mãos na barriga sendo avaliada por 
enfermeira, que está segurando uma prancheta. 
108
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Identificada a gestação de baixo risco, após realizada a entrevista, alguns exa-
mes de rotina devem ser solicitados:
EXAMES DE ROTINA
EXAMES PERIÓDICO
Hemoglobina e hematócrito Primeira consulta e 3º trimestre de gestação.
Eletroforese de hemoglobina Primeira consulta 
Tipo sanguíneo e fator Rh Primeira consulta 
Coombs indireto A partir da 24ª semana de gestação.
Glicemia em jejum Primeira consulta e 3º trimestre de gestação
Teste de tolerância à glicose (jejum e 
duas horas pós-sobrecarga, com 75 g 
de glicose anidro)
Entre a 24ª e a 28ª semana de gestação.
Urina tipo I Primeira consulta e 3º trimestre de gestação 
(ou quando necessário).
Urocultura e antibiograma Primeira consulta e 3º trimestre de gestação 
(ou quando necessário).
Teste rápido de proteinúria Indicado para mulheres com hipertensão na 
gravidez.
Teste rápido para sífilis ou VDRL Primeira consulta e 3º trimestre (28ª semana).
Teste rápido para HIV ou sorologia 
(anti-HIV I e II)
Primeira consulta e 3º trimestre de gestação.
Sorologia hepatite B (HBsAg) Primeira consulta e 3º trimestre de gestação.
Toxoplasmose IgG e IgM Primeira consulta e 3º trimestre de gestação.
Parasitológico de fezes Primeira consulta
Ultrassom obstétrica Primeira consulta (para estimar idade 
gestacional e vitalidade fetal e alterações 
gestacionais). 
Citologia oncótica Primeira consulta
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EXAMES PERIÓDICO
TSH, T4 livre Primeira consulta
pesquisa de estreptococo do grupo B 
em introito vaginal e anal (swab)
Entre 35 e 37 semanas.
Ultrassonografia morfológica fetal do 
1º trimestre
Entre 11 semanas + 3 dias e 13 semanas + 6 
dias.
Ultrassonografia morfológica fetal do 
2º trimestre
Entre 20 e 24 semanas.
Ultrassonografia obstétrica Entre 34 e 37 semanas.
Fonte: adaptado de Maciel; Silva (2015, p. 181-189); Brasil (2016, p. 79-83).
#PraTodosVerem: quadro apresentando quais exames de rotina devem ser solicitados 
à gestante.
Mesmo tendo sido classificada inicialmente como gestação de baixo risco, 
durante toda o período gestacional, o profissional enfermeiro e o médico pre-
cisarão avaliar regularmente a paciente. Em face de qualquer indício de gra-
vidade, é preciso realização nova classificação gestacional, a fim de identificar 
se a paciente prossegue como atendimento voltado para pré-natal de baixo 
risco ou se deve ser encaminhada para o pré-natal de alto risco (BRASIL, 2016).
Idealmente, as consultas de pré-natal devem iniciar no primeiro trimes-
tre de gestação, sendo necessárias no mínimo seis consultas, intercalando 
consulta médica e de enfermagem, preferencialmente respeitando o s e -
guinte cronograma:
Até 28ª semana – mensalmente; Da 28ª até a 36ª 
semana – quinzenalmente; Da 36ª até a 41ª semana 
– semanalmente (Brasil, 2012, p. 62).
Nos casos em que a gestação se prolongar para 41 semanas, a gestante deve 
ser encaminhada para uma avaliação do bem-estar fetal, que avaliará o índice 
do líquido amniótico e também irá realizar o monitoramento cardíaco fetal. 
110
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
4.1.3 ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
Alguns fatores de risco podem desencadear nas gestantes maior evolução de 
desfecho desfavorável da gestação, sendo estas gestantes classificadas como 
gestantes de alto risco (BRASIL, 2016).
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
Fonte: ©DCStudio, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante sentada em cadeira ouvindo conduta de profissional de enfermagem.
É de suma importância que esses fatores de risco sejam identificados tão pre-
cocemente possível, para reduzir a morbimortalidade materno-infantil e me-
lhorar a qualidade de acesso, levando em conta a agilidade, o cuidado eficaz 
e a prioridade clínica. (BRASIL, 2016).
Toda a classificação gestacional é realizada na atenção básica. Porém, nos ca-
sos em que forem identificadas situações de emergência obstétrica, é preciso 
identificar, em tempo hábil, casos graves e pacientes com potencial risco para 
que sejam direcionados aos serviços de referência de emergências obstétri-
cas da Rede de Atenção à Saúde. 
A seguir, abordaremos os cuidados de enfermagem à mulher com intercor-
rência na gestação e as principais doenças que podem acometê-las.
111
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
MULTIVIX EAD
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4.2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM À MULHER 
COM INTERCORRÊNCIAS NA GESTAÇÃO
Majoritariamente, a gestação progride sem intercorrências, sendo a gravidez 
um processo tranquilo. Entretanto, algumas vezes, acontecem situações que 
representam risco à saúde materna e ao desenvolvimento fetal (SARTORI et 
al., 2019).
AVALIAÇÃO GESTACIONAL
Fonte: ©senivpetro, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher grávida com foto de ultrassom em mãos, sentada na cama. 
Entre elas, estão o trabalho de parto prematuro, ruptura prematura da bolsa 
amniótica, infecção do trato urinário e corioamnionite. Tendo em vista a possi-
bilidade de prevenção, promoção e reabilitação que podem ser dispensadas, 
o enfermeiro se torna figura importante durante todo o período gestacional, 
parto e puerpério (SARTORI et al., 2019).
O trabalho de parto prematuro (TPP) pode iniciar entre 22 e 37 semanas de 
gestação e se caracteriza pela “ocorrência de contrações frequentes (uma a 
cada cinco a oito minutos), associadas a modificações cervicais, definidas por 
dilatação maior que 2 cm e/ou esvaecimento maior que 50%” (BRASIL, 2012 
apud SARTORI et al., 2019, p. 190). 
112
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Algumas medidas podem ser realizadas para minimizar sua ocorrência:
Diagnóstico precoce de infecções urinárias e genitais. 
Início de tratamento de infecções genitais e do 
trato urinário em tempo hábil. Classificação correta 
do grau de risco da gestação. Acompanhamento 
integral e próximo. (SARTORI et al., 2019).
Assim, caso ocorra o trabalho de parto prematuro, as melhores formas para 
diagnosticar o TPP são:
• “Secreção vaginal com tonalidade rósea.
• Contrações uterinas regulares. 
• Dilatação maiorque 2 cm.
• Apagamento cervical maior que 50%.” (SARTORI et al., 2019, p. 191).
Já a ruptura prematura da bolsa amniótica é o rompimento da bolsa antes 
de 37 semanas de gestação, quadro que evolui com extravasamento do lí-
quido amniótico por via vaginal, acompanhado pelo início de quadro álgico 
do tipo cólica. 
GESTAÇÃO 40 SEMANAS
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante em pé, de roupão, com as mãos apoiadas na barriga.
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Alguns fatores podem estar relacionados à ruptura prematura da bolsa:
“fator interno, a exposição a infecções, e, como fatores externos, a ocorrência 
de situações de trauma, estresse, práticas excessivas de exercícios físicos, 
etc.” (BRASIL, 2012a apud SARTORI et al. p. 191).
As infecções do trato urinário (ITU) são muito recorrentes entre as gestantes. 
Refere-se à multiplicação de bactérias no trato urinário, provocando danos 
nos tecidos urinários (SARTORI et al., 2019).
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: profissional de saúde segurando dois fracos contendo diurese.
Entre os principais sinais e sintomas da ITU, destacam-se a disúria; polaciúria; 
desconforto suprapúbico; urina com odor não característico, muitas vezes, fé-
tida; dor lombar. Nesse contexto, pode-se classificar os sinais e sintomas con-
forme descrito a seguir:
Bacteriúria assintomática
sedimento urinário normal e diagnóstico realizado pela urocultura 
(SARTORI et al., 2019).
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Critérios menores
“disúria, polaciúria, urgência miccional, nictúria, estrangúria, dor 
retropúbica, suprapúbica ou abdominal. Geralmente, é afebril e sem 
evidência de sintomas sistêmicos.” (SARTORI et al., 2019, p. 192).
Pielonefrite
“febre, calafrios, cefaleia, náuseas, vômitos e hipersensibilidade do 
ângulo costovertebral.” (SARTORI et al., 2019, p. 193).
A corioamnionite representa “Inflamação no âmnio e no córion (membranas 
fetais) causada por uma infecção bacteriana” (PERRONI; BITTAR, ZUGAIB, 
2006 apud SARTORI et al., 2019, p. 193). Como sintomas pode-se observar: fe-
bre, taquicardia da mãe do feto, sudorese, útero sensível ao toque e secreção 
vaginal com odor anormal.
INTERCORRÊNCIAS OBSTÉTRICAS
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante deitada em maca sendo avaliada pelo médico, com aparelho 
de ultrassom.
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Em decorrência da possibilidade de desencadeamento de intercorrências 
na gestação, a atuação do enfermeiro torna-se fundamental para orientação 
quanto aos fatores de risco que podem provocar agravos no momento da gra-
videz. Dessa forma, o enfermeiro pode elaborar um plano de cuidados para 
cada intercorrência, de modo individualizado, analisando as particularidades 
de cada paciente (SARTORI et al., 2019).
4.2.1 DIABETES MELLITUS GESTACIONAL 
O diabetes mellitus gestacional (DMG) é considerado um agravo de impor-
tância em saúde pública devido às graves consequências que podem ser cau-
sadas à mãe e ao feto. Considerado como intolerância a carboidratos, resulta 
em aumento de níveis de glicose no sangue, hiperglicemia, sendo diagnosti-
cado durante a gestação, normalmente após a 24ª semana (JUNIOR; BARRA; 
ARMOND, 2016).
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
Fonte: ©DCStudio, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: gestante sentada em sofá ouvindo conduta de profissional de 
enfermagem, enquanto outra profissional digita no notebook.
A principal complicação causada pelo DMG diz respeito ao feto, que pode 
evoluir para macrossomia. Essa condição faz com que o feto produza níveis 
superiores de insulina em resposta à alta taxa glicêmica da mãe. Como a insu-
lina é considerada um hormônio anabolizante, as células do feto aumentam 
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de tamanho, aumentando o risco de cesariana e outros agravantes, como dis-
tocia de ombro, lesão do plexo braquial e fratura clavicular (JUNIOR; BARRA; 
ARMOND, 2016).
Além disso, a mãe pode apresentar polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmp-
sia e outras complicações. No que diz respeito às complicações neonatais es-
tão a hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia e complicações respi-
ratórias, além de terem chances elevadas de obesidade; acometimento por 
DM tipo 2; tolerância à glicose prejudicada ou síndrome metabólica quando 
adultos, dentre outros (JUNIOR; BARRA; ARMOND, 2016).
A terapia nutricional é considerada o melhor tratamento para o DMG, com 
dietas e exercícios físicos. É essencial realizar atividade física de grau modera-
do cerca de 30 minutos ao dia, desde que não haja contraindicação médica 
(JUNIOR; BARRA; ARMOND, 2016).
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
Fonte: ©wavebreakmedia_micro, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: cinco profissionais de saúde em fila.
Outra importante orientação que o enfermeiro pode realizar se dá pela moni-
torização glicêmica durante todo o período pré-natal, incluindo sua realização 
em domicílio e capacitação da utilização da insulina nos casos em que for 
necessário (JUNIOR; BARRA; ARMOND, 2016).
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4.2.2 PRÉ-ECLÂMPSIA, ECLÂMPSIA E 
SÍNDROME DE HELLP
Dentre as principais causas da morbimortalidade materna e fetal estão as sín-
dromes hipertensivas da gravidez. É considerada como hipertensão arterial a 
gestante que mantém níveis pressóricos iguais ou superiores a 140/90 mmHg 
(BRASIL, 2010). 
A hipertensão arterial na gestante pode evoluir para complicações graves, 
classificadas em formas distintas: pré-eclâmpsia, eclâmpsia e síndrome de 
Hellp, associadas a altas taxas de mortalidade materna e fetal (BRASIL, 2010). 
A pré-eclâmpsia é ocasionada por fatores genéticos, imunológicos e ambien-
tais. Ocasionada, normalmente, após a 20ª semana de gestação, pode estar 
associada à proteinúria ou a sintomas como cefaleia, escotomas, dor na nuca, 
dor abdominal, plaquetopenia e aumento de enzimas hepáticas. Pode ser 
classificada em pré-eclâmpsia leve ou grave.
PRÉ-ECLÂMPSIA
Fonte: ©valuavitaly, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: profissional de enfermagem verificando pressão arterial de gestante.
As gestantes diagnosticas com pré-eclâmpsia leve devem, preferencialmen-
te, ser hospitalizadas para avaliação e controle rigoroso da pressão arterial e 
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repouso relativo. Além disso, sinais de agravamento devem ser observados 
constantemente, tais como:
• Pesquisa de sintomas de iminência de eclampsia: Cefaleia frontal ou 
occipital persistente;
• Distúrbios visuais (escotomas, diplopia, amaurose);
• Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito, acompanhada ou não de náuseas 
e vômitos; Hiperreflexia;
• Proteinúria na fita ou proteinúria de 24 horas;
• Hematócrito e plaquetas; 
• Provas de função renal e hepática. (BRASIL, 2010, p. 31)
O enfermeiro precisa igualmente atentar-se para as condições e vitalidade 
fetal por meio das seguintes ações (BRASIL, 2010): verificação de movimentos 
fetais todos os dias; observação do crescimento fetal e do líquido amniótico e 
cardiotocografia basal (CTB).
Já as gestantes diagnosticadas com pré-eclâmpsia grave precisam ser acom-
panhadas rigorosamente em âmbito hospitalar, avaliando as condições ma-
ternas e fetais e, nos casos em que a gestação tiver idade gestacional igual ou 
superior a 34 semanas, deve ser avaliada juntamente com o obstetraa possi-
bilidade e necessidade de interrupção da gestação (BRASIL, 2010).
“A eclâmpsia caracteriza-se pela presença de 
convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma 
em mulher com qualquer quadro hipertensivo, não 
causadas por epilepsia ou qualquer outra doença 
convulsiva. Pode ocorrer na gravidez, no parto e no 
puerpério imediato” (BRASIL, 2010, p. 28).
Quanto aos cuidados gerais às gestantes diagnosticadas com eclâmpsia, es-
tão a estabilização do quadro materno e a avaliação das condições e vitalida-
de fetal, além da ininterrupção da gestação em qualquer idade gestacional, 
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devido ao alto risco de morte materna e fetal. Para a estabilização do quadro, 
alguns cuidados são dispensados:
• Manter o ambiente tranquilo, o mais silencioso possível
• Decúbito elevado a 30º e face lateralizada 
• Cateter nasal com oxigênio (5l/min) 
• Punção de veia central ou periférica calibrosa
• Cateter vesical contínuo. (BRASIL, 2010, p. 36)
Nesses casos, a terapia anticonvulsivante é indicada pelo profissional médico 
para prevenir convulsões recorrentes, sendo o sulfato de magnésio a droga de 
primeira escolha.
Já a síndome de Hellp significa “quadro clínico caracterizado por hemólise 
(H = hemolysis), elevação de enzimas hepáticas (EL = elevated liver functions 
tests) e plaquetopenia (LP = low platelets count), considerada como agrava-
mento do quadro de pré-eclâmpsia (BRASIL, 2010).
CLASSIFICAÇÃO SÍNDROME DE HELLP 
Classificação Síndrome de Hellp
COMPLETA
<100.000 plaquetas/ml
DHL≥600UI/L e/ou BILIBURRINA ≥1,2mg/dL e/ou esquizócitos
TGO≥700UI/L
INCOMPLETA
Apenas um ou dois acima presentes
Fonte: adaptado de Brasil (2010, p. 39).
#PraTodosVerem: classificação da Síndrome de Hellp contendo critérios e valores de 
plaquetas, DHL, bilirrubina, TGO.
Após a admissão, deve-se confirmar a idade gestacional e o estado fetal ava-
liado por cardiotocografia. Todas as gestantes com diagnóstico de síndrome 
de Hellp devem ser preparadas para a resolução do parto, seja por via vagi-
nal ou, preferencialmente, por via abdominal. Devem receber terapia com 
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corticoide as gestantes que estiverem com idade gestacional entre 24 e 34 
semanas (BRASIL, 2010).
4.2.3 SÍNDROMES HEMORRÁGICAS
As síndromes hemorrágicas são sangramentos por via vaginal durante perí-
odo da gestação, que “podem ser classificadas em hemorragias da primeira 
metade da gravidez, normalmente causadas por aborto, gravidez ectópica e 
doença trofoblástica gestacional, e da segunda metade da gestação, provo-
cadas por descolamento da placenta, placenta prévia e rotura uterina” (SAR-
TORI et al., 2019, p. 204). 
O abortamento pode ocorrer devido a alguns motivos, dentre eles estão as 
anomalias cromossômicas, anatomia materna, incompetência istmo-cervical 
e causa materna sistêmica, entre outros. Ocorre a interrupção da gravidez an-
teriormente às 22 semanas de gestação e correspondem a cerca de 10% das 
gestações (SARTORI et al., 2019).
Dentre os tipos de abortamento estão:
TIPOS DE ABORTO
Ameaça
de aborto
Tipos 
de aborto
Abortamento 
incompleto
Abortamento 
infectado
Aborto 
retido
Abortamento 
completo
Fonte: adaptado de Brasil (2011) apud Sartori et al. (2019, p. 204-205).
#PraTodosVerem: diagrama em cores mostrando os tipos de aborto.
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A seguir, verifique as características dos tipos de abortamento:
Ameaça de aborto
risco de abortamento devido a sangramento via vaginal de pequena a 
média intensidade.
Abortamento completo
o feto é completamente expelido. 
Abortamento incompleto
sangramento de maior intensidade acompanhado de dor do tipo cólica 
e colo de útero aberto. 
Abortamento retido
o concepto fica retido dentro do útero, o colo do útero fica ocluído e não 
ocorre sangramento transvaginal.
Abortamento infectado
caracterizado por infecção causada por bactérias da flora vaginal 
(BRASIL, 2011 apud SARTORI et al., 2019).
Outro agravo diz despeito à gravidez ectópica, também conhecida como 
gravidez ovariana, gravidez tubária, gravidez cervical ou gravidez intersticial. 
Considerada uma condição grave, sendo a principal causa de morte materna 
no primeiro trimestre gestacional, consiste na implantação e desenvolvimen-
to do concepto fora da cavidade uterina, especialmente nas trompas uterinas 
(SARTORI et al., 2019).
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Já a placenta prévia é uma condição obstétrica que “consiste na inserção da 
placenta na porção inferior do segmento uterino e que se localiza adiante da 
apresentação fetal, revestindo ou estando muito próxima do orifício interno 
do colo uterino” (SARTORI et al., 2019, p. 210). Pode ocorrer sangramento ver-
melho vivo, muitas vezes abundante, podendo estar acompanhada de dor do 
tipo cólica, o que pode colocar em risco a vida da mulher e do feto. 
O descolamento prematuro da placenta é uma condição grave, que se ca-
racteriza pelo descolamento da placenta da parede uterina anteriormente ao 
trabalho de parto e após a 20ª semana de gestação, associado a sangramento 
uterino vermelho escuro, queixa de dor de forte intensidade súbita, acompa-
nhada por contrações uterinas (SARTORI et al., 2019).
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CONCLUSÃO
Esta unidade objetivou-se a apresentar os principais agravos relacionados à 
saúde da mulher, conhecer as infecções sexualmente transmissíveis, a infec-
ção pelo vírus HIV e o acometimento por Aids. Além disso, buscou reforçar o 
papel do enfermeiro diante dessa realidade.
Com isso, compreendemos a importância dos profissionais de saúde, em 
especial o enfermeiro, na busca da prevenção, da interrupção da cadeia de 
transmissão das IST, bem como do HIV, por meio de ações voltas à educação 
em saúde e assistência de enfermagem em face dos principais agravos que 
acometem as mulheres e a saúde sexual delas, até mesmo a relação estabe-
lecida entre o enfermeiro e os pacientes.
Nesse contexto, orientar e executar estratégias que visem à prevenção e à 
promoção da saúde torna-se um desafio para o enfermeiro na assistência à 
saúde da mulher, visto que as ações desenvolvidas por esse profissional são de 
extrema relevância para alcançar qualidade de vida das usuárias do serviço.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre esse tema, leia os artigos 
a seguir:
1. A atuação do enfermeiro no cuidado à gestante 
com diagnóstico de diabetes gestacional. 
2. A atenção do enfermeiro na assistência ao pré-
natal de baixo risco.
3. Assistênc ia de enfermagem em mulheres 
com pré-eclâmpsia e/ou eclâmpsia: uma revisão 
integrativa da literatura. 
4. Estratificação de risco em gestantes no 
pré-natal.
5. As dimensões do trabalho do enfermeiro no pré-
natal de baixo risco: uma revisão integrativa. 
https://www.globalacademicnursing.com/index.php/globacadnurs/article/view/177
https://www.globalacademicnursing.com/index.php/globacadnurs/article/view/177
https://www.brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/23866?__cf_chl_tk=Phj.N9tDv2mm0FerRB5hFDaoXhfo8DxuKtaVXEcNlNw-1678401306-0-gaNycGzNCrs
https://www.brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/23866?__cf_chl_tk=Phj.N9tDv2mm0FerRB5hFDaoXhfo8DxuKtaVXEcNlNw-1678401306-0-gaNycGzNCrs
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/487https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/487
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/487
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/2160
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/2160
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30973
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30973
UNIDADE 5
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> Compreender os 
cuidados de enfermagem 
no período pós-parto.
> Compreender o 
planejamento familiar
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5 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO 
PERÍODO PÓS-PARTO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Abordaremos os cuidados de enfermagem no período pós-parto; aleita-
mento materno; planejamento familiar e políticas públicas, bem como o 
papel do enfermeiro nesse contexto.
5.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO 
PÓS-PARTO
O período pós-parto compreende um marco de transformação fisiológico e 
psicológico para a mãe, o bebê e todos os familiares, que acompanharão de 
perto essa nova fase (RICCI, 2019).
O período puerperal se inicia após a dequitação (queda) da placenta e dura 
cerca de seis semanas. Nesse período, acontecem mudanças fisiológicas em 
que o corpo da mulher inicia o processo de transformação ao estado pré-
-gestacional. Além dessas alterações, outras mudanças passam a ocorrer, em 
aspectos psicológicos e sociais. A vida da mulher se transforma para se encai-
xar ao novo mundo (RICCI, 2019).
PERÍODO PÓS-PARTO
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: bebê acordado no colo da mãe.
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Depois do parto, os sistemas e órgãos da mãe levam algumas semanas para 
voltar ao estado pré-gestacional. Assim, o enfermeiro deve estar ciente de 
todas essas mudanças e transformações, de modo que possa orientar e es-
clarecer dúvidas e identificar intercorrências baseado no raciocínio técnico e 
científico (RICCI, 2019).
O enfermeiro também é responsável pela orientação dos cuidados básicos 
com o recém-nascido, além do incentivo, promoção, orientações e manejo no 
que diz respeito ao aleitamento materno (RICCI, 2019).
Dessa forma, os cuidados de enfermagem no período pós-parto se iniciam 
nas primeiras horas após o parto, se estendem até a alta e continuam em do-
micílio por meio da equipe de atenção domiciliar do Sistema Único de Saúde 
(RICCI, 2019).
BEBÊ RECÉM-NASCIDO
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: bebê deitado com pulseira de identificação no tornozelo.
Inicialmente, o principal ponto de atenção do enfermeiro no pós-parto se dá 
pela verificação dos sinais vitais, avaliação dos níveis de dor, inspeção do local 
da anestesia, em casos de epidural, e criteriosamente, “avaliação dos sistemas 
de órgãos da puérpera” (RICCI, 2019).
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Nesse contexto, alguns sinais de alterações devem ser levados em consideração, 
conforme o quadro a seguir.
SINAIS DE PERIGO NO PÓS-PARTO
Febre superior a 38°C.
Lóquios com odor fétido ou mudança inesperada de coloração 
 ou de volume.
Coágulos sanguíneos grandes ou sangramento que satura o 
absorvente íntimo em uma hora.
Cefaleia intensa ou borramento visual.
Alterações visuais, como borramento visual ou manchas, 
ou cefaleia.
Dor na panturrilha à dorsiflexão do tornozelo.
Tumefação, vermelhidão ou secreção nos locais de episiotomia, 
anestesia epidural ou incisão abdominal.
Disúria, sensação de queimação ou esvaziamento incompleto 
da bexiga.
Dispneia ou dificuldade para respirar sem esforço.
Fonte: adaptado de Ricci (2019, p. 527).
#PraTodosVerem: lista contendo os principais sinais de perigo no período pós-parto.
Portanto, estar sempre atento a qualquer sinal de alteração pode minimizar 
as chances de mau prognóstico (RICCI, 2019).
“O achado de temperatura corporal superior a 
38°C, em qualquer momento, ou de temperatura 
anormal após as primeiras 24 horas pode indicar 
infecção e tem de ser relatado” (RICCI, 2019, p. 527).
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Dentre os sinais vitais a serem avaliados se destacam os valores considerados 
normais durante os primeiros dias de pós-parto (RICCI, 2019):
Frequência cardíaca
60-80 bpm em repouso.
Frequência respiratória
12-20 incursões por minuto em repouso.
Pressão arterial
Entre 85/60 e 140/80 mmHg.
Dor
Escala de dor entre 0-2. 
O enfermeiro também deve realizar minuciosamente o exame físico, avalian-
do possíveis alterações em relação às mamas, útero, bexiga, trânsito intestinal, 
lóquios, episiotomia, bem como o estado emocional da puérpera e formação 
de vínculo e apego ao bebê (RICCI, 2019).
5.1.1 CONSULTA DE ENFERMAGEM PUERPERAL
A consulta puerperal pode ser realizada por meio de visita domiciliar à puér-
pera e ao recém-nascido (RN), idealmente entre sete e dez dias, tornando-se 
fundamental para a saúde materna e neonatal (BRASIL, 2006). 
Essa visita permitirá, entre outras ações, identificar as condições de vida, or-
ganização, higiene da casa e interação familiar que o binômio mãe-filho está 
vivenciando na nova fase (BRASIL, 2006).
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Nos casos em que o RN tiver sido classificado como de risco, é importante que 
a visita domiciliar ocorra em menor tempo, devendo ser nos primeiros três 
dias de alta da maternidade (BRASIL, 2006).
AVALIAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: enfermeira realizando ausculta pulmonar com estetoscópio em bebê. 
Algumas ações são desempenhadas para o bem-estar da mãe e do bebê. En-
tre elas, algumas ações em relação à puérpera compreendem a anamnese, 
em que o enfermeiro avaliará o cartão da gestante e iniciará um diálogo. Serão 
abordados assuntos relacionados às condições e a dados do parto. Também é 
essencial verificar os sinais vitais da puérpera e identificar as necessidades da 
mulher e do recém-nascido (BRASIL, 2006).
Durante a consulta puerperal, também é possível e importante introduzir 
o planejamento familiar. Assim, a mulher ou o casal podem decidir qual 
método contraceptivo se enquadra melhor no contexto de vida em que 
estão inseridos (BRASIL, 2006).
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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Preservativo Preservativo 
feminino 
Pílulas 
anticoncepcionais Anel vaginal 
Implante 
Método 
do calendário
DIU Espermicida Ducha íntima 
Esterilização 
cirúrgica
 Injeção 
contraceptiva
Adesivo 
anticoncepcional 
Abstinência
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: quadro rosa com os principais métodos contraceptivos utilizados. 
Caso não tenha sido identificada nenhuma gravidade, agendar nova con-
sulta puerperal até 42 dias após o parto e reforçar que, em casos de dificul-
dades ou dúvida, a equipe da unidade básica de saúde deve ser acionada 
(BRASIL, 2006).
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MULTIVIX EAD
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Findada essa avaliação, volta-se o olhar para a situação vacinal do bebê, teste 
do pezinho e próximas consultas:
“Realizar o teste do pezinho e registrar o resultado 
na caderneta da criança” (BRASIL, 2006, p. 84).
“Verificar se foram aplicadas, na maternidade,as 
vacinas BCG e de hepatite B. Caso não tenham sido, 
aplicá-las na unidade e registrá-las no prontuário e na 
Caderneta de Saúde da Criança” (BRASIL, 2006, p. 84).
“Agendar as próximas consultas de acordo com o 
calendário previsto para seguimento da criança: 2º; 4º; 
6º; 9º; 12º; 18º e 24º mês de vida” (BRASIL, 2006, p. 84).
A seguir, abordaremos assuntos inerentes ao puerpério normal e patológico.
5.1.2 PUERPÉRIO NORMAL E PUERPÉRIO 
PATOLÓGICO
Conforme estudamos até aqui, o puerpério tem início de uma a duas horas 
após a dequitação da placenta e compreende o momento em que a mulher 
sofrerá a transição do organismo ao estado pré-gravídico (SARTORI et al., 2019).
Esse período provoca alterações anatômicas e fisiológicas, visto que a mu-
lher vivencia inúmeras sensações, tais como: extremo cansaço, euforia, medo, 
fome, sede e sonolência. Além dessas, outras alterações fisiológicas podem 
ocorrer, como o aumento da temperatura corporal da puérpera, em virtude 
do esforço realizado e pelas perdas líquidas sofridas durante o parto. Entre-
tanto, o profissional de enfermagem deve estar atento, já que esse ligeiro au-
mento de temperatura deve durar até o segundo ou terceiro dia de pós-parto. 
Caso esse limite se exceda ou esteja concomitante a outros sinais e sintomas, 
deve-se suspeitar de infecção puerperal (SARTORI et al., 2019).
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EXTREMO CANSAÇO NO PÓS-PARTO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mãe com bebê no colo, com semblante de extremo cansaço.
Além da temperatura, o sistema cardiovascular pode apresentar alterações 
notadas por sopro sistólico de hiperfluxo, causado pelo aumento do volume 
circulante no sistema cardiovascular. Nesse contexto, atenção redobrada deve 
ser dada às puérperas cardiopatas (SARTORI et al., 2019).
O sistema gastrointestinal também se modifica com a chegada do puerpério, 
podendo a mulher referir alívio gástrico e, caso ela tenha hemorroidas, esse 
quadro pode ser agravado pelo período expulsivo no parto normal. Nos casos 
de cesariana, também podem ser notada a constipação devido à manipula-
ção da cavidade abdominal (SARTORI et al., 2019).
Igualmente pode ser evidenciada modificação no sistema urinário, em que 
algumas mulheres podem referir aumento da diurese, disuria e retenção uri-
nária. Complicações tromboembólicas também podem ocorrer devido ao 
fibrinogênio e plaquetas aumentadas. Por isso a enfermagem precisa estar 
alerta para períodos prolongados de imobilização no leito, o que pode levar a 
um agravamento da situação e condições patológicas (SARTORI et al., 2019).
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PSICOSE PUERPERAL
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher triste, chorando. 
No que diz respeito à involução uterina, idealmente, logo após o pós-parto, o 
útero se aproxima da cicatriz umbilical e regride cerca de 1 cm ao dia. Diante 
dessa progressão, reduz-se o risco de perda sanguínea abundante. Em rela-
ção ao lóquios, pode ocorrer variação do volume e da característica do sangra-
mento dependendo do período de pós-parto (SARTORI et al., 2019):
Lóquios vermelhos ou sanguinolentos ou rubros
“Presentes nos primeiros quatro dias, constituindo-se de sangue, tecido 
decidual necrosado e células epiteliais.” (SARTORI et al., 2019, p. 294).
Lóquios serossanguinolentos (lóquio fusco)
“Presentes a partir do quarto até o décimo dia. A coloração passa para 
rósea/acastanhada.” (SARTORI et al., 2019, p. 294).
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Lóquios serosos (lóquio flavo/amarelo)
“Observados após o décimo dia, podendo se estender até a quinta 
ou sexta semana e assumindo uma coloração amarelada ou branca.” 
(SARTORI et al., 2019, p. 294).
Diante de todas as mudanças compreendidas, algumas intercorrências puer-
perais podem estar interligadas aos processos biológicos e fisiológicos (SAR-
TORI et al., 2019):
PRINCIPAIS INTERCORRÊNCIAS PUERPERAIS
Hemorragia 
puerperal/hemorragia 
pós-parto (HPP)
Retenção placentária 
e placentação anômala
Inversão 
uterina
Hematoma 
puerperal
Distúrbios 
tromboembólicos
Fonte: adaptado de Sartori et al. (2019, p. 297).
#PraTodosVerem: quadro contendo as cinco principais intercorrências puerperais: 
hemorragia puerperal, retenção placentária e placentação anômala, inversão uterina, 
hematoma puerperal e distúrbios tromboembólicos.
Todas as intercorrências acima citadas podem ser consideradas fatores para a 
mortalidade materna. 
5.1.3 ALEITAMENTO MATERNO
O aleitamento materno é uma estratégia de vínculo afetivo, nutrição e reduz 
em larga escala a morbimortalidade infantil por permitir a promoção à saúde 
de modo integral ao binômio mãe/recém-nascido. As ações de proteção, pro-
moção e incentivo do aleitamento materno são responsabilidade da equipe 
de saúde, em especial do enfermeiro (SARTORI et al., 2019).
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ALEITAMENTO MATERNO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher sentada na cama, com bebê recém-nascido no colo, 
amamentando e mexendo no celular.
Amamentar oferece inúmeros benefícios para a mãe e para o bebê. Entre eles 
podem ser citados os seguintes:
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO
Mãe
Fortalecimento do vínculo afetivo.
Favorecimento da involução uterina.
Minimiza os riscos de hemorragia pós-parto.
Contribui para o processo de emagrecimento.
Pode ser uma estratégia de contracepção. 
Bebê
Alimento completo até os 6 meses de idade.
Facilita a eliminação de mecônio.
Diminui a incidência de icterícia.
Melhora o sistema imunológico.
Fator de proteção contra alergias e internações.
Alimento pronto e gratuito. 
Fonte: adaptado de Sartori et al. (2019, p. 297).
#PraTodosVerem: quadro contendo os principais benefícios do aleitamento materno para a 
mãe e para o bebê.
137
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Acredita-se que o êxito do aleitamento materno está relacionado ao posicio-
namento da mãe e do bebê em relação à pega. A mulher deve escolher uma 
posição para amamentar em que esteja confortável e relaxada. Já o bebê pre-
cisa estar alinhado, corpo e barriga, junto ao corpo da mãe, favorecendo a 
respiração, sucção e deglutição (SARTORI et al., 2019). 
A pega correta é outro fator determinante para o sucesso. Para isso, o bebê 
precisa abrir a boca e abocanhar parcial ou totalmente a região mamilo-are-
olar. Para que o enfermeiro possa orientar a pega correta, é preciso que se 
conheça os tipos de mamilos (SARTORI et al., 2019): 
Protusos
Os mamilos se sobressaem às aréolas. 
Invertidos
O bico do seio (mamilo) fica posicionado dentro da aréola.
Planos
Os mamilos não se sobressaem e não ficam posicionados dentro da 
aréola, não ficando eretos quando estimulados (SARTORI et al., 2019).
Para mulheres com mamilos planos ou invertidos, é preciso que o enfermeiro 
a ajude logo após o parto, orientando-a quanto à pega correta, posição ade-
quada, paciência e perseverança (SARTORI et al., 2019).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
O leite materno é composto de fases, sendo elas: 
FASES DO LEITE MATERNO
Colostro Leite de transição
Leite 
maduro
Fonte: adaptado de Sartori et al. (2019, p. 311)
#PraTodosVerem: esquema explicativo das fases do leite materno.
Se você quiser saber mais das fases do leite materno 
e as técnicas de amamentação, acesse aqui. 
É importante frisar que algumasintercorrências podem acontecer durante o 
aleitamento materno. Muitas mães enfrentam situações que podem levá-las 
a desistir desse processo, caso não sejam precocemente identificados e trata-
dos. Dessa forma, o enfermeiro é essencial durante o aleitamento materno, no 
que diz respeito à avaliação, prevenção e manejo (SARTORI et al., 2019).
Nos casos em que o ingurgitamento for patológico, será necessária interven-
ção. Nos casos em que não houver tratamento adequado em tempo hábil, é 
possível que evolua para um quadro chamado mastite, que é um processo 
inflamatório ou infeccioso dos seios (SARTORI et al., 2019). 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
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Existem algumas contraindicações absolutas para 
o aleitamento materno: mulheres com câncer 
de mama tratadas ou em tratamento; mulheres 
infectadas pelo vírus HIV ou HTLV1 e HTLV2; uso de 
medicamentos incompatíveis com a amamentação; 
criança portadora de galactosemia (BRASIL, 2015).
Igualmente existem contraindicações ao aleitamento materno temporárias.
Se você quiser saber mais das contraindicações 
temporárias ao aleitamento materno, acesse aqui. 
5.2 PLANEJAMENTO FAMILIAR
A sexualidade, o ato sexual e a orientação sexual são temas centrais na vida 
dos indivíduos e estão intimamente ligados às questões de saúde e bem-es-
tar (FELTRIN et al., 2021).
O planejamento familiar tem como um dos propósitos conscientizar os usu-
ários do serviço em relação à sexualidade e autoconhecimento. Para isso, é 
preciso que a equipe multidisciplinar, em especial o enfermeiro, leve em con-
sideração importantes questões inerentes a cada indivíduo e à história dele, 
como: “a identidade de gênero, a raça ou cor, a etnia, a geração, a condição 
física, entre outros fatores construídos cultural e historicamente pelo tempo e 
espaço” (FELTRIN et al., 2021, p. 180).
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-33-2018-cgscam-dapes-sas-ms#:~:text=Nas%20seguintes%20situa%C3%A7%C3%B5es%20o%20aleitamento,medicamentos%20incompat%C3%ADveis%20com%20a%20amamenta%C3%A7%C3%A3o
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: enfermeira realizando orientações de planejamento familiar para 
jovem casal.
Nesse contexto, a atenção em planejamento familiar tem por objetivo a am-
pliação de acesso às informações e o acompanhamento clínico no que diz res-
peito aos métodos contraceptivos, além de ofertar métodos e técnicas para a 
concepção e a anticoncepção. Para que essas ações fossem consolidadas, foi 
criada, em 1996, por meio da Lei n. 9.263, a validação do planejamento familiar 
(FELTRIN et al., 2021).
A partir de então, o enfermeiro presta atendimento que consiste em fornecer 
e assegurar direitos a métodos de concepção ou contracepção eficazes e se-
guros por meio da consulta de enfermagem ou ações individuais ou coletivas 
que tenham por objetivo realizar educação em saúde (FELTRIN et al., 2021; 
SANTOS, 2018).
As ações em prol do planejamento familiar, centradas na Unidade Básica de 
Saúde (UBS) orientam sobre os métodos anticoncepcionais, modo de utili-
zação, efeitos colaterais, complicações em médio e longo prazo, bem como 
garantir o fornecimento do método escolhido pelo indivíduo/casal (FELTRIN 
et al., 2021).
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ORIENTAÇÕES SOBRE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Fonte: ©gpointstudio, Freepik (2023)
#PraTodosVerem: enfermeira realizando anotações em prancheta enquanto jovem 
casal conversa.
Ao oferecer atenção em planejamento de modo eficaz e contínuo em todas 
as fases da vida dos indivíduos, por meio de uma assistência especializada e 
com informação, é possível impactar em assuntos essenciais, como o abor-
tamento, mortalidade materna e infantil, além de garantir o direito que toda 
pessoa tem de optar por ter ou não ter filhos, evitando a gravidez indesejada e 
contribuindo para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) 
(FELTRIN et al., 2021; SANTOS, 2018).
5.2.1 POLÍTICAS PÚBLICAS E PLANEJAMENTO 
FAMILIAR
Os direitos à saúde sexual e reprodutiva são considerados direito humanos, 
representando uma conquista histórica. Até meados de 1970, as leis existen-
tes na época não atendiam à saúde reprodutiva das mulheres na integra-
lidade, até mesmo as necessidades básicas dessa parcela da população. A 
assistência à saúde era voltada aos modelos curativistas e hospitalocêntricos 
(FELTRIN et al., 2021).
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DESIGUALDADE DE GÊNERO
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: ilustração de uma mulher em pé no lado inferior de uma gangorra e 
homem no lado superior.
A partir da implantação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mu-
lher (PAISM), em 1985, iniciou-se um movimento voltado à educação em saú-
de, exercido por profissionais em processo de treinamento, entretanto, ainda 
sem muita força e continuidade (FELTRIN et al., 2021).
SAÚDE DA MULHER
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: quatro mulheres de diferentes idades juntas, abrançando-se.
143
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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Somente a partir de 1988, por meio da nova Constituição Federal, o planeja-
mento familiar começou a ser reconhecido como direito para homens, mu-
lheres e casais, oferecendo meios para que essa norma estabelecida fosse 
cumprida (FELTRIN et al., 2021).
Assim, apenas em 1996, por meio da Lei Federal n. 9.263/1996, foi regulamen-
tado o planejamento familiar como “conjunto de atividades que visam a re-
gular a fecundidade e oferecer garantias de direitos iguais de constituição, 
limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.” (FEL-
TRIN et al., 2021, p. 181). 
DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: mãos de mulheres com o símbolo do feminismo e fita roxa envolta 
nos punhos.
Como os avanços nessa área, em 2004, foi criada pelo Ministério da Saúde a 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), que visava 
robustecer o compromisso firmado dos direitos humanos das mulheres, for-
talecendo a partir de então a assistência ao planejamento familiar e da aten-
ção a grupos específicos (FELTRIN et al., 2021).
Assim, focados em melhorar a qualidade de assistência em saúde da mulher, 
em 2005, foi lançada pelo Ministério da Saúde a Política Nacional dos Direitos 
Sexuais e dos Direitos Reprodutivos, que tinha como meta ampliar a distri-
buição de métodos anticoncepcionais reversíveis no SUS e incentivar ações 
educativas de saúde reprodutiva e sexual (FELTRIN et al., 2021).
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Após muitas conquistas, estruturava-se o direito reprodutivo e sexual 
como necessidade básica, em que se encontravam os seguintes direitos, 
respectivamente:
DIREITOS REPRODUTIVOS E SEXUAIS
DIREITOS 
REPRODUTIVOS
Decidir, com a parceria, de forma livre e responsável, se querem 
ou não ter filhos, quantos e em que momento. 
Ter acesso a informações de meios, métodos e técnicas para ter 
ou não ter filhos.
Exercer a sexualidade e a reprodução livres de discriminação, 
imposição e violência.
Realizar sexo seguro para a prevenção de gravidez indesejada.
Pode ser uma estratégia de contracepção. 
DIREITOS SEXUAIS
Viver e expressar livrementea sexualidade sem violência e 
discriminações.
Escolher as parcerias sexuais.
Viver plenamente a sexualidade.
Escolher se quer ou não ter relação sexual.
Expressar livremente a orientação sexual.
Ter relações sexuais independentemente da reprodução.
Realizar sexo seguro para a prevenção de Infecções Sexualmente 
Transmissíveis (IST) e HIV/Aids.
Ter direito de acesso e acolhimento a serviços de saúde que 
garantam privacidade.
Ter acesso à informação e à educação sexual e reprodutiva.
Fonte: adaptado de Feltrin et al. (2021, p. 182).
#PraTodosVerem: quadro explicativo dos direitos reprodutivos e sexuais.
5.2.2 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
O método contraceptivo deve ser escolhido de acordo com a etapa da vida 
reprodutiva da mulher e necessidades do momento. A Lei n. 9.263, de 12 de 
janeiro de 1996, regulamenta o planejamento familiar. A partir dessa lei, o SUS 
tem por obrigação garantir os direitos sexuais e reprodutivos da população, 
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incluindo o que diz respeito aos métodos contraceptivos e a concepção (BRA-
SIL, 1996; BRASIL, 2013).
Levando em consideração a alta taxa de transmissão de infecções sexualmen-
te transmissíveis (IST) e HIV/Aids, toma-se como estratégia orientar os usuários 
a utilização de dupla proteção, ou seja, métodos contraceptivos combinados, 
sendo sempre um método (preservativo feminino ou masculino) que visará à 
prevenção de IST e HIV/Aids, associado a algum método que prevenirá a gra-
videz (BRASIL, 2013).
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
Hormonais Barreira Intrauterinos Comportamentais ou naturais
Duchas vaginais Definitivos
Fonte: Brasil (2013, p. 132-133).
#PraTodosVerem: esquema contendo seis tipos de métodos anticoncepcionais: hormonais, 
barreira, intrauterino, comportamentais ou naturais, duchas vaginais e definitivos.
Antes de a mulher escolher um método contraceptivo, idealmente, o enfer-
meiro deve orientar cada método, as características, a eficácia, os efeitos cola-
terais, o modo de uso, a disponibilidade em rede pública ou privada, a reversi-
bilidade, a proteção a IST e HIV/Aids (BRASIL, 2013).
O enfermeiro também deve estar informado dos efeitos secundários, ou seja, 
dos efeitos colaterais de cada método, para que possa orientar cada usuário 
sobre a prevenção e o tratamento (BRASIL, 2013).
Considerando o exposto até aqui, citaremos a seguir os principais métodos 
contraceptivos disponíveis.
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ANTICONCEPCIONAL HORMONAL COMBINADO ORAL
Fonte: ©jcomp, Freepik (2023)
#PraTodosVerem: mulher segurando cartela de pílula anticoncepcional.
O anticoncepcional hormonal combinado oral, quando utilizado de forma 
correta, é considerado eficaz. Uma vantagem do uso é a regularidade do ci-
clo menstrual, alívio da dismenorreia, além de ser considerado como efeito 
protetor de doenças benignas das mamas, miomas uterinos, endometriose e 
osteoporose. Entretanto, em virtude de ser fator de risco para doenças de co-
agulação, como trombose, é contraindicado para mulheres tabagistas (BRA-
SIL, 2013).
A minipílula não tem eficácia contraceptiva similar e positiva como a dos an-
ticoncepcionais orais combinados, entretanto, pode ser considerada para uso 
para mulheres em perimenopausa e com contraindicação ao uso de estrogê-
nio (BRASIL, 2013).
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ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: seringa com agulha sobre frasco/ampola de medicação.
O uso de injetável mensal deve ser orientado quanto aos efeitos colaterais e 
contraindicações, pois aumentam consideravelmente o risco de desenvolvi-
mento de doenças tromboembólicas (BRASIL, 2013).
Já o injetável trimensal tem alta eficácia e pode ser utilizado em mulheres 
com contraindicação de uso de estrógeno. Em contrapartida, apresenta gran-
de incidência de efeitos indesejáveis e, por isso, deve ser repensado o uso em 
mulheres na perimenopausa (BRASIL, 2013).
Os implantes subcutâneos são um método contraceptivo de alta eficácia e 
proteção endometrial. Entretanto, podem ter alguns efeitos colaterais indese-
jáveis.
Já o anel vaginal libera constantemente os hormônios estrogênio e proges-
terona na corrente sanguínea e é considerado uma boa opção para o clima-
tério. As contraindicações são semelhantes às do anticoncepcional hormonal 
combinado oral, pois podem aumentar o risco de desenvolvimento de doen-
ças tromboembólicas (BRASIL, 2013).
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CONSULTA GINECOLÓGICA
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: profissional de saúde orientando uma mulher sobre o sistema 
reprodutivo feminino.
O adesivo anticoncepcional transdérmico é considerado uma excelente op-
ção para qualquer idade. O hormônio contido é absorvido pelo contato com a 
pele. Também têm contraindicações semelhantes às do anticoncepcional hor-
monal combinado oral. Além disso, o custo é considerado alto (BRASIL, 2013).
O DIU de cobre é considerado um dos melhores métodos devido à ausência 
de hormônios. Apresenta elevada eficácia e longa duração, de 10 anos após a 
inserção. Como desvantagens podem ser citados o aumento do fluxo mens-
trual, aumento de dismenorreia e maior taxa de expulsão (BRASIL, 2013).
O DIU com levonorgestrel age localmente no útero, sendo a absorção dos 
hormônios pela corrente sanguínea em taxas mínimas. Pode causar amenor-
reia ou diminuição progressiva do fluxo menstrual (BRASIL, 2013).
O diafragma é considerado um método de barreira e não tem efeitos colate-
rais sistêmicos. Já os espermicidas podem provocar microfissuras na mucosa 
vaginal e cervical se utilizados várias vezes ao dia, aumentando o risco de in-
fecções locais, IST e infecção por HIV/Aids (BRASIL, 2013).
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ORIENTAÇÃO
Fonte: ©stefamerpik, Freepik (2023)
#PraTodosVerem: profissional de saúde segurando prancheta na mão enquanto dá 
orientações a uma jovem mulher que está sentada em uma mesa ginecológica.
Os métodos naturais, também conhecidos como comportamentais, ainda 
são muito utilizados entre as mulheres: tabelinha, muco cervical, temperatura 
basal, porém não são amplamente confiáveis (BRASIL, 2013).
A laqueadura tubária mantém-se como o método contraceptivo mais fre-
quentemente utilizado no Brasil. Por ser considerado um método definitivo, é 
importante que a mulher ou o casal estejam devidamente orientados e decidi-
dos, visto que a reversão tubária é possível, porém, difícil e cara (BRASIL, 2013).
Quando possível, a vasectomia é uma opção válida para os casais heterosse-
xuais que não desejam mais ter filhos. Procedimento seguro, simples e rápido. 
É preferível quando se compara à laqueadura tubária.
5.2.3 ATENÇÃO DO ENFERMEIRO NO 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Pautados na premissa de que o planejamento familiar é um “conjunto de ati-
vidades que visam a regular a fecundidade e oferecer garantias de direitos 
iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo ho-
mem ou pelo casal” (FELTRIN et al., 2021, p. 181), o enfermeiro é o profissional 
diretamente relacionado a essas ações. 
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FERTILIDADE
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: pequenos quadrados de madeira que formam a palavra “fertility”, 
ou seja, fertilidade, com pequenas imagens simbolizando a aproximação do 
espermatozoide.
Na UnidadeBásica de Saúde, o enfermeiro é o principal agente na realiza-
ção do atendimento de quem busca direitos reprodutivos e sexuais. Para isso, 
é primordial que o profissional esteja capacitado para orientar os indivíduos 
acerca de questões relacionadas (FELTRIN et al., 2021).
ATENÇÃO DO ENFERMEIRO NO PLANEJAMENTO FAMILIAR
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: enfermeiro escrevendo em prancheta.
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Dessa forma, o enfermeiro é o responsável pelo envolvimento da equipe, co-
ordenação do programa Planejamento Familiar, treinamentos, suprimento, 
fornecimento, planejamento, supervisão, gerenciamento e participação efeti-
va nas atividades de educação permanente (FELTRIN et al., 2021).
Outras ações se dão pela realização de exames preventivos, como é o caso da 
coleta de citologia oncótica. Durante a consulta de enfermagem que precede 
a realização do exame, o enfermeiro pode se apropriar melhor da história da 
paciente, orientando-a de acordo com as necessidades, as dúvidas e os an-
seios que apresentar (FELTRIN et al., 2021).
RESPEITO
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023)
#PraTodosVerem: quatro pessoas com mãos que se entrelaçam.
Dessa forma, profissionais qualificados e preparados tornam-se de funda-
mental relevância durante as ações educativas, bem como estrutura física e 
incentivo à participação das mulheres, independentemente das circunstân-
cias, pautados em protocolos clínicos que permitam a realização de orienta-
ções, prescrição de anticoncepcionais, entre outros (FELTRIN et al., 2021).
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CONCLUSÃO
Nesta unidade, você compreendeu os cuidados de enfermagem durante o 
período pós-parto, o planejamento familiar e o aleitamento materno. Com 
isso, entendemos a importância da realização da consulta puerperal como 
uma estratégia e oportunidade para proporcionar a promoção e, muitas ve-
zes, recuperação da saúde da puérpera. 
Para que isso possa ocorrer de forma eficaz, é essencial que o enfermeiro 
compreenda a importância da própria atuação em todo o período puerperal, 
aliando o conhecimento técnico de acordo com o cenário encontrado. 
Essas ações são fatores que podem determinar a redução da mortalidade ma-
terna e qualidade de vida ao binômio materno-fetal. Nesse contexto, também 
é fundamental os cuidados da equipe multiprofissional, a fim de orientar e exe-
cutar estratégias que visem à qualidade dos serviços prestados para a mulher.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre esse tema, leia os artigos a 
seguir:
SOUSA, L. F. et al. Desafios e potencialidades 
na assistência de enfermagem no aleitamento 
materno. Remecs: Revista Multidisciplinar de 
Estudos Científicos em Saúde, v. 4, n. 7, p. 17-26, 2019.
ELIAS, E. A.; DE PAULA PINHO, J.; DE OLIVEIRA, S. 
R. Expectativas e sentimentos de gestantes sobre 
o puerpério: contribuições para a enfermagem. 
Enfermagem em Foco, v. 12, n. 2, p. 283-9, 2021.
MONTESCHIO, L. V. C. et al. Complicações puerperais 
em um modelo medicalizado de assistência ao 
parto. Reme: Revista Mineira de Enfermagem, v. 24, 
2020.
SARDINHA, D. M. et al. Promoção do aleitamento 
materno na assistência pré-natal pelo enfermeiro. 
Revista de Enfermagem UFPE online, v. 13, n. 3, p. 
852-7, 2019.
SKUPIEN, S. V.; RAVELLI, A. P. X.; ACAUAN, L. V. 
Consulta puerperal de enfermagem: prevenção de 
complicações mamárias. Cogitare Enfermagem, v. 
21, n. 2, 2016.
http://www.revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/41
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http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/4058
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https://reme.org.br/artigo/detalhes/1465
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https://reme.org.br/artigo/detalhes/1465
https://reme.org.br/artigo/detalhes/1465
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1015887
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https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1015887
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https://www.redalyc.org/journal/4836/483653650019/483653650019.pdf
https://www.redalyc.org/journal/4836/483653650019/483653650019.pdf
https://www.redalyc.org/journal/4836/483653650019/483653650019.pdf
https://www.redalyc.org/journal/4836/483653650019/483653650019.pdf
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UNIDADE 6
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> Compreender os 
principais métodos de 
rastreio de câncer de 
mama, de colo uterino e 
de intestino.
> Compreender a violência 
contra a mulher.
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6 PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA 
SAÚDE DA MULHER
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Abordaremos, nesta unidade, o câncer de mama, câncer de colo uterino, cân-
cer de intestino, violência contra a mulher, humanização, promoção à saúde e 
medidas preventivas, bem como sobre qual é o papel do enfermeiro em todo 
esse contexto.
6.1 RASTREIO ONCOLÓGICO
O termo rastreamento deriva do termo screening, da língua inglesa, com sen-
tido de peneirar. Pautando-se nessa ideia, surge a necessidade de rastrea-
mento de doenças. É importante dizer que rastreamento de doenças e diag-
nósticos de doenças são conceitos diferentes (BRASIL, 2013).
O rastreamento consiste em exames e testes realizados em pessoas sadias, que 
não apresentam sinais e sintomas que justifiquem a realização do exame. Nos 
casos em que a pessoa procura o serviço de saúde devido a algum sinal ou sinto-
ma referido ou apresentado e é submetido a exames solicitados por profissionais 
da saúde, caracteriza o cuidado e diagnóstico de doenças (BRASIL, 2013).
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RASTREAMENTO ONCOLÓGICO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher segurando fita amarela em forma de laço, simbolizando a luta 
contra o câncer.
Ressaltamos que nas situações em que os exames e testes realizados com a 
finalidade de rastreamento derem positivo, não se deve fechar um diagnós-
tico imediatamente. É prudente que haja avaliação médica especializada e 
realização de outros exames específicos para que a doença possa ser diagnos-
ticada ou descartada (BRASIL, 2013).
Em situações em que a mamografia apresenta 
resultado sugestivo ou possibilidade de malignidade 
neoplásica, é indicada a realização de biópsia do 
nódulo encontrado para anatomopatológico, a fim 
de confirmação diagnóstica.
Alguns programas têm sido implantados em prol do rastreamento oncológi-
co nos serviços de saúde. Eles podem ser classificados como rastreamento 
oportunístico ou programas organizados de rastreamento. A diferença en-
tre eles está no modo de rastreamento (BRASIL, 2013).
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Se você quiser sabermais da diferença entre 
rastreamento oportunístico e programas 
organizados de rastreamento, acesse aqui. 
Atualmente, os cânceres têm sido considerados a segunda causa de morta-
lidade feminina, estando atrás apenas dos óbitos por doenças cardiovascu-
lares. A ocorrência de câncer de colo de útero e de mama são problemas de 
saúde pública e merecem atenção especial na atenção primária quanto ao 
rastreamento (BRASIL, 2013).
Os programas de rastreamento organizado podem ser uma estratégia para a 
prevenção e o controle desses e de outros cânceres. Além disso, os profissio-
nais de saúde que têm mais contato com o paciente nas unidades básicas de 
saúde devem estar atentos aos critérios e fatores de risco das mulheres que 
frequentam o serviço de saúde para poder captá-las e envolvê-las na realiza-
ção dos principais exames de rastreio (BRASIL, 2013).
AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O RASTREIO ONCOLÓGICO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: enfermeiro em pé escrevendo em quadro branco, enquanto enfermeiras 
sentadas à mesa observam.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rastreamento_caderno_atencao_primaria_n29.pdf
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Todas essas ações devem ter por objetivo reduzir a incidência de casos de 
câncer. E quando identificadas neoplasias, reduzir a mortalidade fazendo o 
diagnóstico precoce e em tempo hábil para o tratamento e recuperação das 
mulheres (BRASIL, 2013).
6.1.1 CÂNCER DE MAMA
No Brasil, o câncer de mama é considerado a segunda neoplasia mais comum 
entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. 
O rastreamento tem como objetivo detectar pequenos nódulos não palpá-
veis em mulheres assintomáticas, ou seja, sem queixas, sinais ou sintomas, a 
fim de reduzir a mortalidade pela doença (MACIEL; SILVA, 2015; FERNANDES; 
NARCHI, 2013).
Além disso, quando é detectado em fase inicial da doença, há menor indí-
cio de tratamentos agressivos, minimizando a ocorrência de quimioterapias 
e aumentando significativamente a sobrevida das mulheres acometidas pela 
doença (MACIEL; SILVA, 2015; FELTRIN et al., 2021).
Você sabia que o câncer de mama pode acometer a 
população masculina? O acometimento de câncer 
de mama nos homens representa menos de 1% do 
total de casos da doença (BRASIL, 2021).
Para o rastreamento do câncer de mama, o exame padrão ouro no Brasil é 
a mamografia. Exames como a ultrassonografia de mamas e a ressonância 
magnética de mamas podem ser utilizados como complementares à reali-
zação da mamografia, servindo como apoio do diagnóstico clínico da doença 
(MACIEL; SILVA, 2015; FERNANDES; NARCHI, 2013).
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RASTREIO DE CÂNCER DE MAMA
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: fita rosa simbolizando a prevenção do câncer de mama e um 
estetoscópio.
A recomendação feita pelo Ministério da Saúde é de que o rastreamento de 
câncer de mama por meio da mamografia seja realizado bianualmente, em 
mulheres entre 50 e 74 anos, faixa de idade que apresenta maior risco de 
desenvolvimento da doença, sendo considerado grau de recomendação B 
(BRASIL, 2013). 
Já as mulheres com faixa etária inferior a 50 anos devem ser avaliadas por 
profissional especializado de forma individualizada, levando em consideração 
fatores de risco e contexto de vida da paciente que justifique a necessidade 
de iniciar o rastreamento antes da faixa etária recomendada (BRASIL, 2013).
Os resultados dos exames mamográficos são classificados de acordo com o 
Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®), que utiliza catego-
rias de 0 a 6 para descrever os achados do exame e indicar a conduta a ser 
realizada em cada caso (BRASIL, 2013).
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CLASSIFICAÇÃO BI-RADS® E CONDUTA PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Resultado da mamografia 
(BI-RADS®) Conduta para atenção primária
0 – Inconclusivo Necessita avaliação adicional.
1 – Sem achados Rotina de rastreamento. Caso haja alterações 
no exame clínico das mamas, prosseguir com 
investigação.
2 – Achado benigno Rotina de rastreamento.
3 – Achado provavelmente benigno Controle radiológico em seis meses 
(eventualmente biópsia).
4 – Achado suspeito Prosseguir com investigação e realizar biópsia. 
5- Achado altamente suspeito Prosseguir com investigação e realizar biópsia.
6- Achado com diagnóstico de câncer, 
mas não tratado. 
Encaminhamento para seguimento em 
unidade de referência de alta complexidade.
Fonte: adaptado de Brasil (2015, p. 73)
#PraTodosVerem: quadro explicativo da Classificação BI-RADS® e conduta para 
atenção primária. 
Existem fatores de risco causadores do câncer de mama, entretanto, é consi-
derada uma doença multifatorial, ou seja, não é causada por um único moti-
vo, e sim por um conjunto de fatores de risco que predispõem ao surgimento 
do câncer de mama (FELTRIN et al., 2021). São eles:
Comportamentais ou ambientais
“Obesidade e sobrepeso, após a menopausa; atividade física 
insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada 
por semana); consumo de bebida alcoólica; exposição frequente 
a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, 
mamografia etc.); história de tratamento prévio com radioterapia no 
tórax” (BRASIL, 2023).
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Aspectos da vida reprodutiva ou hormonais
“Menarca antes dos 12 anos; nuliparidade; primeira gravidez após 
os 30 anos; menopausa após os 55 anos; uso de contraceptivos 
hormonais (estrogênio-progesterona); ter feito terapia de reposição 
hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de 
cinco anos” (BRASIL, 2023).
Hereditários ou genéticos
“Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em 
mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de 
mama em homem; alteração genética, especialmente nos genes 
BRCA1 e BRCA2” (BRASIL, 2023). 
6.1.2 CÂNCER DE COLO UTERINO
O câncer de colo de útero é considerado a principal causa de morte entre as 
mulheres da América Latina. Entre os três tumores mais frequentes na popu-
lação feminina, é o terceiro, sendo antecedido pelo câncer de mama e color-
retal (BRASIL, 2016; OLIVEIRA, 2017). 
Comumente, o câncer de colo de útero tem progressão lenta, podendo evo-
luir para lesão cancerígena invasiva entre 10 e 20 anos. Quando diagnosticado 
precocemente, é considerado tratável e curável, podendo chegar a taxas de 
quase 100% de cura (BRASIL, 2022).
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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: modelo anatômico do sistema reprodutor feminino segurado por 
profissional da saúde.
O exame padrão ouro para o rastreio de câncer de colo de útero é a citologia 
oncótica, popularmente conhecida como Papanicolau, exame disponível 
gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que permite identificar 
lesões precursoras, que, caso não sejam tratadas adequadamente, têm altos 
índices de evolução para câncer de colo uterino (BRASIL, 2022; BRASIL, 2011).
A recomendação é para mulheres na faixa etária de 25 e 64 anos, que te-
nham iniciado atividade sexual. O Ministério da Saúde recomenda que, ini-
cialmente, o exame seja realizado anualmente. Caso obtenha-se resultados 
negativos por dois anos consecutivos, o exame pode ser realizado a cada 
triênio (BRASIL, 2022; BRASIL, 2011).
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PREVENÇÃO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
Fonte: Freepik (2023).
#PraTodosVerem: sistema reprodutivo bordado em roupa íntima feminina branca, com 
flores no interior.
Como a incidência de casos de câncer de colo uterino é baixa em mulheres 
com mais de 64 anos, recomenda-se que, caso a mulher nunca tenha reali-
zado a citologia oncótica, realize dois exames em intervalo de um a três anos, 
podendo ser realizado em Unidades Básicas de Saúde (UBS), coletado pelo 
enfermeiro ou por profissional capacitado (BRASIL, 2022).
Trata-se de um exame simples, rápido, efetivo 
e praticamente indolor. Colocada em posição 
ginecológica, o enfermeiro faz a inspeção dos 
órgãos genitais externos. Posteriormente, o 
espéculo é introduzido no canal vaginal de modo 
que seja possível ver o colo de útero. A partir disso, 
o enfermeiro realizará a inspeção do colo de útero 
em busca de lesões ou alterações. Em seguida, 
realiza a coleta do material com a ajuda de uma 
espátula para as células da ectocérvice e uma 
escovinha para as células da endocérvice (BRASIL, 
2022). “As amostras são colocadas em uma lâmina, 
fixadas e encaminhadas para análise em laboratório 
especializado em citopatologia” (BRASIL, 2022).
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Entre os fatores de risco estão para o câncer de colo de útero estão:
• “Grupos com maior vulnerabilidade social: 
dificuldades econômicas e geográficas, 
insuficiência de serviços e questões culturais, 
como medo e preconceito dos companheiros” 
(OLIVEIRA, 2017, p. 167). Início precoce da 
atividade sexual.
• Multiplicidade de parceiros. 
• Multiparidade.
• Imunossupressão.
• Tabagismo.
• Uso prolongado de anticoncepcionais.
• Higiene íntima inadequada. 
• Infecção pelo papilomavírus humano (HPV) 
(OLIVEIRA, 2017, p. 167).
Sabe-se que a infecção por HPV é um forte fator de risco para o câncer de colo 
uterino. Além do colo uterino, o acometimento por HPV está relacionado a 
cânceres do ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe, todos considerados evitá-
veis por meio de estratégias de prevenção primária (BRASIL, 2011).
Dessa forma, a infecção pelo HPV leva ao câncer do colo uterino devido às 
lesões consequentes da infecção pelo vírus. Na maioria, as lesões de HPV são 
autocurativas. Entretanto, outras precisam de intervenção médica para o tra-
tamento (BRASIL, 2011).
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SIMBOLOGIA CONTRA O CÂNCER DE COLO UTERINO
Fonte: ©gpointstudio, Freepik (2023)
#PraTodosVerem: imagem de um estetoscópio e de um laço de fita azul-clara. 
Contudo, ainda existe o risco da infecção pelo HPV se cronificar e as lesões 
evoluírem para câncer invasivo do colo do útero, o que leva em média 15 a 20 
anos em mulheres consideradas sadias e 5 a 10 anos em mulheres com siste-
ma imunológico debilitado (BRASIL, 2011).
Assim, essa longa progressão da doença pré-invasiva para o câncer de colo 
uterino é classificada de acordo com a nomenclatura citológica brasileira, de-
nominada neoplasia intraepitelial cervical (NIC), categorizadas em NIC I, NIC 
II, NIC III, NIC IV e NIC V (BRASIL, 2022). 
“Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer 
do colo do útero ou seus precursores. O achado destas lesões durante o 
ciclo grávido puerperal reflete a oportunidade do rastreio durante o pré-
natal. [...] o rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de 
periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, sendo que a 
procura ao serviço de saúde para realização de pré-natal deve sempre ser 
considerada uma oportunidade para o rastreio (A)” (BRASIL, 2011).
6.1.3 CÂNCER DE INTESTINO
O câncer de intestino ou câncer de cólon e reto está entre os mais frequen-
tes na população brasileira. Trata-se de um câncer rastreável, de evolução 
lenta, que se antecede pelo surgimento de lesões benignas, os chamados 
pólipos adenomatosos, por um período, aproximadamente, de 10 a 15 anos 
(BRASIL, 2013).
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Quando detectados, os pólipos intestinais adenomatosos são retirados, pro-
cedimento conhecido por polipectomia, que reduz significativamente a in-
cidência do câncer de intestino. Quando identificados como lesões cancerí-
genas em estágios iniciais elevam a taxa de sobrevida e estimam redução da 
mortalidade em 90%.
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE INTESTINOPROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER
CÉLULA 
NORMAL
MUDANÇAS 
GENÉTICAS
CÉLULA 
CANCERÍGENA DUPLICAÇÃO CÉLULAS 
CANCERÍGENAS MALIGNAS 
Fonte: ©brgfx, Freepik (2023)
#PraTodosVerem: ilustração de um intestino saudável e um intestino com células 
cancerígenas em amarelo, aumentadas por uma lupa. Na parte inferior da imagem consta 
a evolução do processo: célula normal, seguida por célula cancerígena, multiplicação 
celular e várias células cancerígenas agrupadas.
O exame conhecido por sangue oculto nas fezes é considerado como a 
principal estratégia para a detecção do câncer de colo uterino. Exame de 
baixa complexidade, não invasivo, de baixo custo, pode, no resultado, iden-
tificar o sangue que não é visível a olho nu nas fezes, sendo forte indicador 
para a realização de outros tipos de exame para rastreio da doença, como 
a colonoscopia (BRASIL, 2013).
Recomenda-se que todos os indivíduos entre 50 e 75 anos realizem rotinei-
ramente exames de rastreamento para o câncer de cólon e reto, devido ao 
aumento expressivo da mortalidade por esse tipo de câncer nessa faixa etária 
(BRASIL, 2013).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Grau de recomendação A
“Recomenda-se o rastreamento para o câncer de cólon e reto 
usando pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou 
signoidoscopia, em adultos entre 50 e 75 anos.” (BRASIL, 2013, p. 75).
Grau de recomendação C
“Recomenda-se contra o rastreamento de rotina para câncer de 
cólon e reto em adultos entre 76 e 85 anos.” (BRASIL, 2013, p. 75).
Grau de recomendação D
“Recomenda-se contra o rastreamento de câncer de cólon e reto em 
pacientes de 85 ou mais.” (BRASIL, 2013, p. 75).
Entre os fatores de risco para o câncer de intestino estão:
FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE INTESTINO
Alimentação Nutrição Atividade 
física insuficiente
AlcoolismoTabagismo
Fonte: adaptado de Brasil (2023).
#PraTodosVerem: esquema demonstrativo dos fatores de risco para o câncer de intestino.
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Os hábitos de alimentação, nutrição e atividade física estão fortemente rela-
cionados ao câncer de intestino.
ATIVIDADE FÍSICA
Fonte: ©Drazen Zigic, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: praticando corrida na natureza.
O diagnóstico do câncer de intestino pode ser feito pela investigação clíni-
ca de sinais e sintomas, como a alteração dos hábitos intestinais, presença 
de massas abdominais, perda de peso repentina e sem dieta, anemia, dor 
abdominal e presença de sangue nas fezes. Entre os métodos diagnósticos 
também está a biópsia dos pólipos encontrados por meio de colonoscopia ou 
cirurgia (BRASIL, 2023).
6.2 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A violência contra a mulher é considerada um grave problema de saúde pú-
blica e de violação de direitos. É definida como qualquer ato de violência que 
resulte em sofrimento, seja físico, moral, sexual ou mental para as mulheres, 
em qualquer ambiente ou circunstância. Dessa forma, a violência contra a 
mulher pode ser:
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMNA SAÚDE DA MULHER I 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Violência 
sexual
Violência 
doméstica
Violência 
familiar
Violência 
moral
Violência 
psicológica
Violência 
física
Violência 
de gênero
Violência 
patrimonial
Fonte: adaptado de Brasil (2006).
#PraTodosVerem: esquema demonstrativo dos oito tipos de violência que podem ser 
praticados contra a mulher: violência moral, doméstica, familiar, física, gênero, psicológica, 
moral e patrimonial.
Ela é causada, principalmente, por parceiros íntimos, como esposos, namora-
dos, companheiros, ex-companheiros e é uma das grandes causas de morbi-
dade e mortalidade feminina (FELTRIN et al., 2021).
Em 2005, foi criada no Brasil, a Central de Atendimento à Mulher, estratégia 
que auxilia no atendimento a queixas e relatos de violências sofridas pelas 
mulheres. De acordo com o Código Penal Brasileiro, segundo o artigo 7º da 
Lei n. 11.340/2006, as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher 
podem ser (BRASIL, 2006):
Violência física
Ações que transgridam a integridade ou saúde corporal.
171
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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Violência psicológica
Ações que transgridam o emocional, a autoestima, comportamentos, 
crenças e decisões, seja por meio de ameaças, constrangimento 
ou quaisquer outros que causem danos à saúde psicológica e 
autodeterminação.
Violência sexual
Ações que causem participação não desejada em atos que estejam 
ligados à sexualidade ou ao próprio ato sexual não desejado ou 
consentido, seja por ameaça, intimidação, constrangimento ou outros.
Violência patrimonial
Ações que prejudiquem objetos pessoais, instrumentos de trabalho, 
documentos pessoais, bens, recursos econômicos, valores, entre outros.
Violência moral
Ações que caracterizem calúnia, difamação ou injúria (BRASIL, 2006).
A lei estabeleceu a criação de mecanismos que impeçam a violência do-
méstica e familiar contra a mulher, com base na “prevenção, punição e 
erradicação da violência” (BRASIL, 2006), dispondo Juizados de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher; alterando o Código de Processo Pe-
nal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal, além de estabelecer “medi-
das de assistência e proteção às mulheres que sofreram quaisquer tipo de 
violência” (BRASIL, 2006).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Fonte: ©Dragana_Gordic, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher deitada no chão se defendendo com as mãos.
Dessa forma, cabe à União, estados, Distrito Federal e municípios a criação de 
ações articuladas que promovam estudos, pesquisas, campanhas educativas, 
parcerias com órgãos governamentais, entre outras diretrizes (BRASIL, 2006).
Para saber mais das diretrizes da Lei n. 11.340, de 7 
de agosto de 2006, clique aqui. 
6.2.1 CUIDANDO DE MULHERES EM SITUAÇÃO 
DE VIOLÊNCIA
A vivência da violência causada contra a mulher causa uma série de proble-
mas de ordem psicológica, física, sexual, reprodutiva, o que pode levar a in-
capacidades em curto e longo prazos. Entre os problemas físicos que podem 
ser ocasionados mais comumente estão (FELTRIN et al., 2021, p. 112) “lesões 
abdominais/torácicas, hematomas, lacerações, dores crônicas, incapacidades, 
fraturas, problemas gastrointestinais, danos oculares e limitação do funciona-
mento físico”.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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VIOLÊNCIA FÍSICA
Fonte: ©master1305, Freepik (2023)
#PraTodosVerem: mulher com hematoma no olho e lesão no canto da boca.
No que diz respeito aos problemas sexuais e reprodutivos, podem ser encontra-
dos (FELTRIN et al., 2021, p. 112): “distúrbios ginecológicos, infertilidade, doença 
inflamatória pélvica, complicações na gravidez, aborto espontâneo, disfunção 
sexual, infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV/Aids, abortamento 
inseguro, gravidez indesejada, infecção urinária de repetição e dor pélvica”.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Fonte: Freepik (2023)
#PraTodosVerem: mulher com os olhos fechados se defendendo com a mão de possível 
agressor, que está com as mãos em punho.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Já os problemas psicológicos e comportamentais podem ser citados (FEL-
TRIN et al., 2021, p. 113): “abuso de álcool e drogas, depressão, transtorno de 
estresse pós-traumático, transtornos psicossomáticos, suicídio, implicações 
para a família das vítimas”.
Além de todos os problemas relatados que podem ser desencadeados na 
mulher vítima de violência, também estão a implicação em fatores sociais e 
econômicos. Após o ocorrido, a mulher pode se tornar improdutiva por algum 
tempo ou de modo permanente, além de aumentar o uso de serviços de saú-
de e sociais. Isso causa um gasto desnecessário para os cofres públicos, além 
de prejudicar a mulher e os familiares nas finanças (FELTRIN et al., 2021).
AGRESSOR E VÍTIMA
Fonte: ©KamranAydinov, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher com a boca sendo fechada pelas mãos de um agressor.
A Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006, prevê medidas legais de “assistência à 
mulher em situação de violência doméstica e familiar” (BRASIL, 2006). Essas 
ações devem estar articuladas com os “princípios e diretrizes contidos na Lei 
Orgânica da Assistência Social, no SUS e no Sistema Único de Segurança Pú-
blica” (BRASIL, 2006).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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6.2.2 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: FATORES 
DE RISCO E CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE
A violência é um tema complexo, multifatorial e envolve diversas áreas: so-
ciais, econômicas, políticas, biológicas e jurídicas. Historicamente, a mulher 
é alvo de discriminação, inferioridade, preconceito, menosprezo, em virtude 
do sistema patriarcal existente e que ainda perdura na sociedade atual. A cul-
tura era marcada pela dominação masculina sobre a mulher, cujo papel na 
sociedade era limitado e se restringia aos afazeres domésticos e à reprodução 
humana (FERNANDES; NARCHI, 2013). 
Algumas justificativas citadas para a violência contra a mulher estão correla-
cionados ao peso da história que a mulher carrega pelo tempo. Alguns ho-
mens, ao identificarem que não existe submissão, que desafiam ou colocam 
em jogo o papel patriarcal perante conhecidos e familiares, podem reagir com 
reações violentas, ameaçadoras, intimidadoras, entre outras que prejudicam 
fisicamente e psicologicamente a mulher (FERNANDES; NARCHI, 2013).
AGRESSÃO CONTRA A MULHER
Fonte: ©wayhomestudio, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: mulher com o rosto ferido fazendo gesto de “pare” com uma das mãos.
A violência contra a mulher causa graves problemas à vida, pois pode afetar a 
saúde física, mental, laboral, relações interpessoais, qualidade de vida, geran-
do maior risco de patologias de ordem mentais e doenças sexuais (FERNAN-
DES; NARCHI, 2013).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
Muitos profissionais de saúde ainda têm dificuldade de identificar uma mu-
lher que está sendo vítima de violência. Normalmente, elas aparecem nos 
serviços de saúde com queixas de ansiedade, nervosismo, medo, pânico e in-
sônia, que podem ser manifestações decorrentes da violência do cotidiano 
(FERNANDES; NARCHI, 2013).
Considerando o exposto, é essencial que os profissionais de saúde que têm 
contato direto com a mulher tenham conhecimento dos fatores de risco e os 
determinantes da saúde que podem desencadear a violênciacontra a mu-
lher (FERNANDES; NARCHI, 2013).
USO ABUSIVO DE ÁLCOOL
Fonte: ©jcomp, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: homem segurando copo e garrafa de bebida alcoólica.
Alguns fatores de risco e determinantes de saúde estão associados ao agres-
sor e outros à vítima. Entre os principais podem ser citados estão (FERNAN-
DES; NARCHI, 2013):
• baixo nível de escolaridade;
• desemprego;
• história pregressa de violência sofrida na infância;
• história pregressa de abuso sexual na infância ou adolescência;
• histórico de doenças psiquiátricas;
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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• uso abusivo de álcool e drogas;
• vida sexual promíscua;
• aceitação de violência e submissão;
• antecedentes de violência praticada;
• ausência de diálogo entre o casal;
• crenças e ideologias; e
• pensamento e convicção patriarcal.
Entre as consequências para a saúde, vários problemas estão correlacionados, 
como problemas físicos, mentais, sexuais e de reprodução, abuso de álcool, 
tabaco e drogas, homicídio e suicídio, entre outros que podem surgir em cur-
to e longo prazos (FERNANDES; NARCHI, 2013).
Gestantes vítimas de violência podem evoluir com complicações na gestação, 
probabilidade de aborto espontâneo, prematuridade, entre outras consequên-
cias que podem afetar a vida da mãe e do bebê (FERNANDES; NARCHI, 2013).
Para minimizar a ocorrência dos casos de violência contra a mulher, progra-
mas de prevenção primária podem ser desenvolvidos, promulgando leis e po-
líticas em favor das mulheres, de modo que abordem a importância da mu-
lher na sociedade, minimizando a discriminação e promovendo a igualdade 
de gênero (FERNANDES; NARCHI, 2013).
6.2.3 HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À 
MULHER
No conceito de saúde, a humanização pode ser definida como a avaliação 
da qualidade técnica e ética da assistência, aliada à consciência dos direitos 
do usuário, da subjetividade e das referências culturais, em termos de gêne-
ro, etnia e raça, garantindo respeito aos problemas apresentados, situação 
econômica, orientação sexual e grupos populacionais menos favorecidos 
(SANTOS, 2018).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
ACOLHIMENTO
Fonte: ©pressfoto, Freepik (2023).
#PraTodosVerem: pessoa segurando as mãos de uma mulher para dar apoio, acolher.
A humanização, segundo a Política Nacional de Humanização na Atenção e 
Gestão do SUS (Humaniza SUS), é entendida como a avaliação dos diferentes 
sujeitos envolvidos no processo de produção da saúde. Alguns valores orien-
tam essa política, entre eles autonomia e agência do sujeito, responsabilidade 
compartilhada entre os sujeitos, vínculos de solidariedade e participação co-
letiva na prática de saúde (SANTOS, 2018).
Para isso, é preciso ter à disposição algumas ferramentas. No contexto da as-
sistência, pode-se destacar o acolhimento como uma fase do processo de tra-
balho que todo o pessoal de saúde tende a buscar, "conquistar a atenção", 
atendendo às necessidades de quem acessa os serviços. Uma saudação não 
é um espaço físico, é uma atitude ética que não exige um horário ou profissio-
nal específico. Na prática, significa compartilhar conhecimentos, necessida-
des, oportunidades, medos e invenções (SANTOS, 2018).
Sabemos que a humanização entre profissionais e público pode se expressar 
por meio de encontros produtivos, nos quais a experiência de cada membro 
contribui para o desenvolvimento do cuidado. Os trabalhadores devem in-
cutir atitudes positivas para encorajar as mulheres a passarem de medidas 
preventivas para o tratamento de doenças. A presença da mulher na unidade 
básica de saúde tende a contribuir para a equipe de saúde (SANTOS, 2018).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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Assim, a humanização e acolhimento à mulher deve englobar as políticas que 
visam atenção integral à saúde da mulher propostas pelo Ministério da Saúde 
(SANTOS, 2018).
HUMANIZAÇÃO
Fonte: ©jcomp, Freepik (2023
#PraTodosVerem: profissional de saúde segurando as mãos de paciente.
Várias diretrizes têm sido propostas pelo Ministério da Saúde para garantir 
que o programa da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher 
(PNAISM) tenha continuidade em termos de humanização e qualidade da 
assistência, baseando-se em dados epidemiológicos e reivindicações de di-
versos segmentos da sociedade para apresentar os princípios e diretrizes da 
PNAISM (SANTOS, 2018).
A atenção à saúde deve ser pautada pelos princípios da humanização. As ati-
tudes e posturas dos trabalhadores da saúde devem considerar o nível de co-
nhecimento do corpo e do estado de saúde da mulher, tomando decisões de 
acordo com a situação e o momento da vida (SANTOS, 2018).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
CONCLUSÃO
Compreendemos, nesta unidade, a promoção e a prevenção à saúde da mu-
lher no que consiste o câncer de mama, câncer de colo de útero e de intesti-
no, com ações voltadas para o rastreamento, promovendo a prevenção desses 
agravos e, consequentemente, minimizando os riscos e melhorando o prog-
nóstico. Com isso, compreendemos a importância da realização dos princi-
pais exames de rastreio para os principais tipos de cânceres que acometem 
as mulheres, bem como a importância em fazer esse rastreamento dentro da 
periodicidade recomendada, de acordo com a história pessoal e familiar de 
cada mulher.
Outro ponto importante abordado nesta unidade foi a violência contra a mu-
lher, os fatores de risco e as consequências para cada vítima de agressão. 
Por fim, apontamos a importância da humanização e do acolhimento da mu-
lher pelos profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, dentro do am-
biente de atenção à saúde. 
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre esse tema, leia os artigos a 
seguir:
1. CRUZ, M. S.; IRFFI, G. Qual o efeito da violência 
contra a mulher brasileira na autopercepção da 
saúde? Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 2531-42, 
2019.
2.ARAÚJO, M. C. H.; ARAÚJO, A. H. I. M. Atuação 
da enfermagem em câncer de colo do útero no 
Brasil: revisão integrativa. Revista JRG de Estudos 
Acadêmicos, v. 5, n. 11, p. 429-42, 2022.
3.DOBIESZ, B. A. et al. Mortalidade por câncer 
colorretal em mulheres: análise de tendência 
no Brasil, estados e regiões. Revista Brasileira de 
Enfermagem, v. 75, 2022.
4. SALA, D. C. P. et al. Rastreamento do câncer de 
mama na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão 
sistemática. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 
74, 2021.
5. XAVIER, A. A. P.; SILVA, E. G. Assistência de 
enfermagem no atendimento de mulheres em 
situação de violência na atenção básica. Revista de 
Iniciação Científica e Extensão, v. 2, n. esp. 2, p. 293-
300, 2019.
https://www.scielosp.org/article/csc/2019.v24n7/2531-2542/
https://www.scielosp.org/article/csc/2019.v24n7/2531-2542/
https://www.scielosp.org/article/csc/2019.v24n7/2531-2542/
https://www.scielosp.org/article/csc/2019.v24n7/2531-2542/
http://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/451
http://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/451
http://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/451
http://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/451
https://www.scielo.br/j/reben/a/KT4JTpKFVFRXWNTyG8TzNKf/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/KT4JTpKFVFRXWNTyG8TzNKf/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/KT4JTpKFVFRXWNTyG8TzNKf/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/KT4JTpKFVFRXWNTyG8TzNKf/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/YJfxf3DCjnGbgTPHjdGZhMc/abstract/?lang=pthttps://www.scielo.br/j/reben/a/YJfxf3DCjnGbgTPHjdGZhMc/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/YJfxf3DCjnGbgTPHjdGZhMc/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/YJfxf3DCjnGbgTPHjdGZhMc/abstract/?lang=pt
https://revistasfacesa.senaaires.com.br/index.php/iniciacao-cientifica/article/view/279
https://revistasfacesa.senaaires.com.br/index.php/iniciacao-cientifica/article/view/279
182
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
REFERÊNCIAS 
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BRASIL. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica 
e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção 
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção In-
teramericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação 
dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Pe-
nal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 8 ago. 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/
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BRASIL. Lei n. 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Fe-
deral, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, 15 jan. 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9263.htm. Acesso em: 17 mar. 2023.
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições de promoção, 
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços corresponden-
tes e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1990. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em 11 jan. 2023.
BRASIL. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre participação da comunidade na 
gestão do Sistema Único de Saúde – SUS e sobre as transferências intergovernamentais de re-
cursos financeiros na área de saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 
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mar. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. HIV/aids, hepatites e outras DST. 
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-
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https://www.revistasuninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/989
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http://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2017/TRABALHO_EV071_MD1_SA4_ID562_15052017203337.pdf
http://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2017/TRABALHO_EV071_MD1_SA4_ID562_15052017203337.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm
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https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/26629
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735728
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536510958
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536532455
https://www.scielosp.org/pdf/csp/v25s2/14.pdf
https://www.scielosp.org/pdf/csp/v25s2/14.pdf
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER I 
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feminino–climatério à menopausa. Aletheia, v. 51, n. 1 e 2, 2018. Disponível em: http://www.periodi-
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blicas e agentes comunitários de saúde na Atenção Primária Brasileira. Ciência & Saúde Coleti-
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https://www.scielo.br/j/csc/a/J55Jxm9XWYcSr5pqxtGW8Xr/?lang=en
https://www.scielo.br/j/csc/a/J55Jxm9XWYcSr5pqxtGW8Xr/?lang=en
 https://revistarebis.rebis.com.br/index.php/rebis/article/view/80
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https://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view/5928/5599
https://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view/5928/5599
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30973
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SAÚDE • EDUCAÇÃO • DIREITO • GESTÃO E NEGÓCIOS
	Fatores de risco
	Manifestações clínicas transitórias durante o climatério
	Manifestações clínicas não transitórias durante o climatério
	Doenças que acometem a vulva e a vagina
	Dez passos para um pré-natal de qualidade
	Preenchimento do cartão da gestante
	Exames de rotina
	Benefícios do aleitamento materno
	Direitos reprodutivos e sexuais
	Classificação BI-RADS® e conduta para atenção primária
	Apresentação da disciplina
	1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	1.1 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER
	MATERIAL COMPLEMENTAR
	2 INTEGRALIDADE NO PROCESSO DE CUIDAR EM ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO E CICLO MENSTRUAL
	2.2 CICLO REPRODUTIVO FEMININO 				E CLIMATÉRIO
	MATERIAL COMPLEMENTAR
	3 AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE DA MULHER
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	3.1 AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE DA MULHER
	3.2 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
	MATERIAL COMPLEMENTAR
	4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE O PERÍODO GESTACIONA
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	4.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTEA GESTAÇÃO
	4.2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM À MULHER COM INTERCORRÊNCIAS NA GESTAÇÃO
	MATERIAL COMPLEMENTAR
	5 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS-PARTO
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	5.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS-PARTO
	5.2 PLANEJAMENTO FAMILIAR
	MATERIAL COMPLEMENTAR
	6 PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	6.1 RASTREIO ONCOLÓGICO
	6.2 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
	MATERIAL COMPLEMENTAR
	
	Empoderamento feminino
	Plenitude da saúde feminina
	Princípios da Plano Nacional de Políticas para as mulheres (PNPM)
	Equidade de gênero
	Mulher grávida
	Objetivos do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM)
	Áreas de atendimento priorizadas na assistência à saúde da mulher
	Saúde da mulher
	Objetivos gerais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
	Movimento feminista
	Câncer de mama
	Urbanização
	Maternidade e submissão da mulher
	Doenças cardiovasculares
	Atenção obstétrica
	Prevenção HIV/Aids
	Preservativo masculino
	Infecções sexualmente transmissíveis (IST)
	Violência
	Sistema reprodutor feminino
	Órgãos reprodutores internos da mulher
	Órgãos reprodutores externos da mulher
	Ciclo menstrual
	Fecundação do óvulo
	Cuidados na saúde da mulher
	Adolescência e puberdade: períodos marcados por mudanças
	Mudanças emocionais na adolescência
	Adolescência
	Puberdade e adolescência feminina
	Ciclo menstrual na adolescência
	Consulta de enfermagem
	Aparelho reprodutor feminino
	Ciclo reprodutivo feminino
	Climatério
	Mulher na fase da menopausa
	Menopausa e sexualidade
	Efeitos colaterais da TRH
	Contraindicações para a TRH
	Diferentes mulheres
	Histórico de enfermagem
	Autoexame das mamas
	Não à violência
	Dor pélvica
	Fatores de risco para miomatose uterina
	Fatores de risco para miomatose uterina
	Exame ginecológico
	Agravos ginecológicos
	Principais agravos da região pélvica feminina
	Consulta ginecológica
	Infertilidade
	Preservativo masculino
	Tratamento para sífilis
	Prevenção em saúde
	Prevenção do HIV/Aids
	Hábitos saudáveis
	Cuidado em enfermagem
	Prevenção
	Gestação
	Pré-natal
	Pré-natal na Unidade Básica de Saúde
	Pré-natal de baixo risco
	Assistência ao pré-natal
	Avaliação gestacional
	Gestação 40 semanas
	Infecção do trato urinário
	Intercorrências obstétricas
	Diabetes mellitus gestacional
	Equipe multiprofissional
	Pré-eclâmpsia
	Classificação Síndrome de Hellp 
	Tipos de aborto
	Período pós-parto
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	Avaliação do recém-nascido
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	Principais intercorrências puerperais
	Aleitamento materno
	Fases do leite materno
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	Orientações sobre saúde sexual e reprodutiva
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	Saúde da mulher
	Direitos humanos das mulheres
	Métodos anticoncepcionais
	Anticoncepcional hormonal combinado oral
	Anticoncepcional injetável
	Consulta ginecológica
	Orientação
	Fertilidade
	Atenção do enfermeiro no planejamento familiar
	Respeito
	Rastreamento oncológico
	Ações estratégicas para o rastreio oncológico
	Rastreio de câncer de mama
	Sistema reprodutor feminino
	Prevenção câncer de colo de útero
	Simbologia contra o câncer de colo uterino
	Processo de desenvolvimento do câncer de intestino
	Fatores de risco para o câncer de intestino
	Atividade física
	Violência contra a mulher
	Violência doméstica
	Violência física
	Violência contra a mulher
	Agressor e vítima
	Agressão contra a mulher
	Uso abusivo de álcool
	Acolhimento
	Humanização
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