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SUSTENTABILIDADE E TURISMO

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2011
SuStentabilidade e turiSmo
Profa. Maria Antonietta Castro Pivatto
Prof. Maicon Mohr
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Profa. Maria Antonietta Castro Pivatto
Prof. Maicon Mohr
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
 
338.4791
M699s Mohr, Maicon
 Sustentabilidade e turismo / Maicon Mohr e Maria 
 Antonietta Castro Pivatto. Indaial : Uniasselvi, 2011.
 262 p. : il.
 Inclui bibliografia.
 ISBN 978-85-7830-465-2
1. Turismo - Sustentabilidade
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
 
III
apreSentação
De acordo com a Divisão de População das Nações Unidas, no final 
de 2011, o mundo terá 7 bilhões de habitantes (NATIONAL GEOGRAPHIC, 
2011). A quantidade de energia e recursos naturais necessários para manter 
uma população tão numerosa e crescente está acima da capacidade de 
reposição do planeta Terra, nos levando a um futuro perigoso.
É neste cenário que o modelo tradicional de desenvolvimento é 
repensado, e cada vez mais governo e sociedade civil buscam por alternativas 
sustentáveis, na esperança de reverter este quadro. E o setor turístico não 
poderia ficar de fora.
Segundo a Organização Mundial do Turismo, 935 milhões de 
passageiros passaram por aeroportos do mundo em 2010, um crescimento 
de 7% em relação ao ano anterior.
Dados da EMBRATUR apontam que o Brasil recebeu 5,161 milhões 
de turistas estrangeiros, um aumento de 7,5% em relação a 2009 (JÚNIOR, 
2011). 
Estes números só tendem a aumentar, seguindo a oscilação das 
moedas internacionais e da estabilidade econômica. Mas por trás destas boas 
notícias, esconde-se um fantasma assustador: a pressão por novos destinos, 
roteiros e serviços. Dentro do modelo tradicional de negócios, esta estrutura 
demanda pesquisa de mercado, planejamento, aplicação de recursos e 
treinamento de mão de obra qualificada.
Mas quando levamos em conta as novas demandas da sociedade, 
cada vez mais cobrando harmonia com a natureza, observamos que outros 
fatores precisam fazer parte do projeto: avaliação de impactos ambientais, 
preparação da comunidade local, cuidados específicos com saneamento, 
fornecimento de água, reciclagem de lixo, arquitetura etc.
Acredita-se que o ecoturismo é uma das alternativas que pode 
absorver estas demandas, porém toda a indústria do turismo necessita 
buscar sustentabilidade, visto que no futuro teremos menos oferta de novos 
destinos, sendo estes cada vez mais pressionados pelo excesso de visitação. 
Assim, este curso tem a grande missão de trazer aos estudantes de turismo 
uma nova perspectiva no seu caminho profissional, inserindo informações 
sobre meio ambiente, educação ambiental e sustentabilidade.
FONTE: <http://pt.wikinoticia.com/entretenimento/turismo/71932-o-numero-de-turistas-
no-mundo>. Acesso em: 8 ago. 2011.
IV
Esperamos com isso motivar uma nova percepção sobre a relação 
do homem com a natureza, tendo o turismo como ferramenta desta 
transformação.
Bons estudos!
Profa. Maria Antonietta Castro Pivatto 
Prof. Maicon Mohr
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VI
VII
UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO ...................1
TÓPICO 1 – NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA .............................................................................3
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................3
2 BOTÂNICA ..........................................................................................................................................6
3 ZOOLOGIA ........................................................................................................................................19
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................26
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................28
TÓPICO 2 – CARACTERIZAÇÃO DE MEIO AMBIENTE ...........................................................31
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................31
2 MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA ...................................................................................................32
3 BIOMAS BRASILEIROS ..................................................................................................................35
4 PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE NATURAL .........................................42
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................44
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................46
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................48
TÓPICO 3 – ECOTURISMO ................................................................................................................51
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................51
2 DEFININDO O ECOTURISMO ......................................................................................................51
3 PLANEJAMENTO E GESTÃO INTEGRADA DO ECOTURISMO .........................................54
4 ECOTURISMO NO BRASIL ...........................................................................................................58
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................64AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................66
TÓPICO 4 – A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DO TURISMO ......................................69
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................69
2 PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..................................................72
3 MEIO AMBIENTE E REPRESENTAÇÃO SOCIAL .....................................................................74
4 RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TURISMO ..................................................77
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................82
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................84
UNIDADE 2 – SUSTENTABILIDADE ..............................................................................................87
TÓPICO 1 – AS DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE ..........................................................89
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................89
2 AS DIMENSÕES SOCIAL E CULTURAL .....................................................................................91
3 AS DIMENSÕES ECOLÓGICA, AMBIENTAL E TERRITORIAL ...........................................95
4 A DIMENSÃO ECONÔMICA .........................................................................................................99
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................100
5 AS DIMENSÕES POLÍTICAS ........................................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................107
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................109
Sumário
VIII
TÓPICO 2 – A SOCIEDADE MODERNA E SEU PAPEL NA SUSTENTABILIDADE ...........111
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................111
2 CENÁRIO DEMOGRÁFICO DA SOCIEDADE MODERNA ...................................................113
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................116
3 O CONSUMISMO E SEUS IMPACTOS .......................................................................................117
4 DESENVOLVIMENTO INCLUDENTE ........................................................................................122
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................125
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................127
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................130
TÓPICO 3 – TURISMO E PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL ...................................................133
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................133
2 PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TURISMO ............................................................................134
3 ATORES DO TURISMO SUSTENTÁVEL ....................................................................................139
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................152
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................154
TÓPICO 4 – CAPACIDADE DE CARGA NO TURISMO .............................................................157
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................157
2 CONCEITUAÇÃO E UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA ....................................158
3 DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA TURÍSTICA .........................................159
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................164
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................172
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................174
UNIDADE 3 – MODALIDADES TURÍSTICAS NO ESPAÇO NATURAL ...............................177
TÓPICO 1 – ECOTURISMO E TURISMO DE AVENTURA ........................................................179
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................179
2 ENVOLVIMENTO COM A NATUREZA .......................................................................................182
3 TURISMO CONTEMPLATIVO .......................................................................................................184
4 TURISMO DE AVENTURA ..............................................................................................................188
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................191
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................193
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................195
TÓPICO 2 – TURISMO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO .................................................197
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................197
2 SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – SNUC ................................200
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................203
3 OS EFEITOS DO TURISMO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO...................................206
4 SUSTENTABILIDADE EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ..............................................209
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................213
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................216
TÓPICO 3 – TURISMO DE EXPERIÊNCIA .....................................................................................219
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................219
2 LAZER E EXPERIÊNCIA ...................................................................................................................220
3 ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE LOCAL ...............................................................226
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................226
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................230
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................233IX
TÓPICO 4 – O IMPACTO AMBIENTAL DA ATIVIDADE TURÍSTICA ..................................235
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................235
2 TURISMO DE MASSA .....................................................................................................................235
3 OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO TURISMO ..............................................238
4 TURISMO DE BAIXO IMPACTO ..................................................................................................243
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................246
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................248
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................250
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................253
X
1
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E 
DO ECOTURISMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• fornecer informações básicas sobre biologia;
• promover a compreensão básica da botânica;
• promover a compreensão básica da zoologia;
• conhecer os conceitos de meio ambiente e ecologia; 
• conhecer os principais biomas brasileiros;
• compreender preservação e conservação do ambiente natural;
• compreender o conceito de ecoturismo;
• conhecer planejamento e gestão integrada do ecoturismo;
• compreender a realidade do ecoturismo no Brasil;
• conhecer os princípios e objetivos da educação ambiental;
• conhecer o conceito de meio ambiente e representação social;
• compreender a relação entre educação ambiental e turismo.
Esta Unidade está organizada em quatro tópicos, sendo que, em cada 
um deles, você encontrará atividades para uma maior compreensão das 
informações apresentadas.
TÓPICO 1 – NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
TÓPICO 2 – CARACTERIZAÇÃO DE MEIO AMBIENTE
TÓPICO 3 – ECOTURISMO 
TÓPICO 4 – A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DO TURISMO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Esta unidade tem como objetivo oferecer uma introdução 
sobre os Fundamentos do Meio ambiente e do Ecoturismo. Para o estudo desta 
disciplina, é de fundamental importância o conhecimento de alguns conceitos e 
características da Biologia, e de duas áreas específicas que a integram, que são a 
Botânica e a Zoologia. 
Vamos iniciar nossos estudos conhecendo um pouco mais sobre a 
Biologia. A palavra biologia significa “estudo da vida” (do grego bios “vida” e 
logos “estudo”). É a ciência que estuda os seres vivos e suas manifestações vitais. 
Procura entender o surgimento e a evolução da vida em nosso planeta, as relações 
dos seres vivos com o meio ambiente, seus métodos de sobrevivência, além de 
vários outros aspectos. 
A Biologia é uma ciência muito ampla e antiga. Sabemos que o homem 
primitivo já se preocupava em conhecer o funcionamento de seu corpo e do 
mundo ao seu redor. Mas historicamente, foi Aristóteles (384 a.C - 322 a.C) o 
primeiro a escrever sobre Biologia. Talvez você já o conheça por ser um grande 
filósofo grego, mas você sabia que Aristóteles foi o primeiro grande biólogo da 
Europa? A formulação do princípio de que todos os organismos estão totalmente 
adaptados ao meio em que vivem e a afirmação de que a natureza não despende 
energia desnecessariamente são dele.
Infelizmente, após a morte de Aristóteles, a biologia “adormeceu”, não 
houve uma continuidade de seus estudos e suas pesquisas quase foram perdidas. 
Somente no século XIV, no período da Renascença é que houve um recomeço 
nesta área. Isso ocorreu através da pretensão de vários artistas, em especial 
pintores e escultores, de entender perfeitamente a anatomia humana para poder 
retratá-las com perfeição em suas obras.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
4
FIGURA 1 – ARISTÓTELES – FILÓSOFO GREGO (384-322 A.C.)
FONTE: <http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica_aristot%C3%A9lica>. Acesso em: 31 jul. 2011.
Foi através das observações desses estudiosos e artistas, que tinham como 
objetivo principal entender melhor todas as formas de vida na Terra e retratá-las 
com maior realismo, que mais tarde chegou-se à conclusão de que os seres vivos 
podiam ser estudados mais a fundo se estivessem separados por áreas de estudo 
específicas.
NOTA
É possível que você tenha se surpreendido com a influência que o pensador 
grego, Aristóteles, teve sobre a Biologia. Isto não se atribui somente a ele, mas a inúmeros 
outros pensadores e artistas, que contribuíram para uma série de outras áreas. Por isso, é 
importante que você busque ampliar seus conhecimentos sobre a filosofia.
Sem dúvida nenhuma, a Biologia é um ramo de conhecimento que cresce 
em um ritmo bastante acelerado e o acúmulo de tanto conhecimento levou à 
subdivisão da Biologia em diversos ramos. Observe o quadro a seguir e entenda 
mais sobre os principais ramos de estudo da Biologia. 
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
5
QUADRO 1 – OS PRINCIPAIS RAMOS DA BIOLOGIA
PRINCIPAIS RAMOS DA BIOLOGIA
Subdivisão O que estuda
Citologia ou Biologia 
Celular Estuda o componente básico dos seres vivos, a célula.
Histologia
Estuda a formação (origem), a morfologia (forma e estrutura) e o 
funcionamento dos tecidos. O estudo de citologia e de histologia 
frequentemente é realizado com o auxílio de microscópios, uma vez que 
a maioria das células não é visível a olho nu.
Anatomia Estudo morfológico das estruturas corporais macroscópicas, isto é, visíveis a olho nu.
Embriologia Estuda da formação e o desenvolvimento embriológico dos seres vivos.
Botânica Estuda plantas, algas (ficologia) e fungos (micologia) abrangendo o crescimento, o desenvolvimento, a fisiologia e a evolução destes organismos.
Zoologia É a área da Biologia que estuda os animais em todos os seus aspectos.
Fisiologia Estuda o funcionamento de células, tecidos, órgãos, sistemas e do indivíduo como um todo.
Genética Estuda a hereditariedade, isto é, o modo como certas características são transmitidas de uma geração a outra.
Evolução
Estuda o surgimento de novas espécies a partir de espécies preexistentes. 
Também investiga as modificações que os seres vivos apresentam durante 
intervalos de tempo relativamente longos.
Ecologia Estuda as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, além da distribuição e abundância dos organismos no planeta.
Sistemática Estuda a classificação dos seres vivos e as relações evolutivas que existem entre eles.
FONTE: Adaptado de: Aguiar et al. (2010a)
Como pudemos perceber, o desenvolvimento da Biologia não está 
unicamente relacionado aos novos conhecimentos e descobertas que surgem a 
todo o momento, mas essencialmente à importância dos temas biológicos no dia a 
dia das pessoas. Compreender os princípios biológicos nos ajuda a lidar de forma 
mais consciente com temas relacionados ao meio ambiente, noções de nutrição e 
higiene, desenvolvimento de hábitos saudáveis etc.
Caro acadêmico! Este tópico não é um resumo completo de toda a Biologia, é 
apenas um guia para que você possa ter as noções básicas. Portanto, é importante que você 
pesquise mais em livros, revistas e/ou internet sobre esta importante área de estudo. 
ATENCAO
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
6
2 BOTÂNICA
Podemos conceituar Botânica como a parte da Biologia que estuda os 
vegetais em todos os aspectos possíveis e, por tradição, as algas e fungos. De 
acordo com Eichhorn et al. (2001), a palavra “botânica” provém do grego botané, 
que significa planta, e deriva do verbo boskein, “alimentar”. 
Vale lembrar que foi através de um grupo de algas clorófitas (algas verdes) 
que as plantastiveram sua origem. O passo seguinte foi a mudança destas algas 
do ambiente aquático para o terrestre o que tornou possível o desenvolvimento 
de muitos animais.
NOTA
O Reino Plantae é composto por aproximadamente 280.000 espécies e abriga 
organismos capazes de produzir o seu próprio alimento. Contudo, eles possuem necessidades 
específicas de determinados nutrientes presentes somente no solo, como por exemplo, os 
sais minerais.
Assim como em outros ramos da Biologia, a Botânica estuda o seu 
objeto principal, “as plantas”, através de uma grande variedade de níveis, 
desde o molecular, genético e bioquímico através de organelas, células, tecidos 
e a biodiversidade de plantas inteiras. No topo desta escala, plantas podem 
ser estudadas em populações, comunidades e ecossistemas (como acontece no 
ramo da Ecologia). Em cada um destes níveis um botânico pode se dedicar à 
classificação (taxonomia), estrutura (anatomia) ou função (fisiologia) da vida 
vegetal.
UNI
Caro acadêmico! Após esta etapa introdutória, vamos focalizar um pouco sobre 
a História da Botânica. Os fatos expostos neste item têm como base as informações postadas 
no seguinte site: <http://mundonanet.sites.uol.com.br/biologia9.html>.
FONTE: Adaptado de: <http://biologia-completa.blogspot.com/2011_03_01_archive.html>. 
Acesso em: 8 ago. 2011.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
7
Entre os primeiros estudos botânicos, escritos por volta de 300 a.C., estão 
dois grandes tratados de Teofrasto: “Sobre a História das Plantas” e “Sobre as 
Causas das Plantas”. Juntos, estes livros constituem-se na contribuição mais 
importante à ciência botânica durante a antiguidade e a Idade Média. 
Em 1665, usando um microscópio primitivo, Robert Hooke descobriu 
células em cortiça; pouco tempo depois em tecidos vegetais vivos. O alemão 
Leonhart Fuchs, o suíço Conrad Gessner, e os autores britânicos Nicholas 
Culpeper e John Gerard, publicaram Herbais (livros sobre ervas) com 
informações de usos das plantas.
Mas só no século XVIII foram realizados estudos mais aprofundados, 
como o do sueco Carl von Linné, que propôs uma nomenclatura para as 
plantas em que elas teriam dois nomes em latim: o primeiro indicaria o gênero 
e o segundo, a espécie, como por exemplo, a Laelia lobata, que popularmente 
conhecemos pelo nome de orquídea.
No Brasil, o estudo das plantas ganhou importância com a chegada 
da corte portuguesa em 1808. Neste ano, D. João VI fundou o Jardim Botânico 
do Rio de Janeiro, que se tornaria o centro da botânica nacional no século 
20. Pode-se dizer que a análise da flora brasileira, a mais rica do mundo, se 
iniciou com o alemão Carl Friedrich Philip von Martius que, entre 1817 e 1820, 
percorreu o país colhendo os mais variados tipos de plantas, resultando na 
obra Flora Brasiliensis, de 15 volumes. Esta obra começou a ser publicada em 
1840 e só terminou em 1906, muitos anos após a sua morte. 
FONTE: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Botânica>. Acesso em: 8 ago. 2011.
FONTE: <http://mundonanet.sites.uol.com.br/biologia9.html>. Acesso em: 30 jul. 2011.
FONTE: <http://mundonanet.sites.uol.com.br/biologia9.html>. Acesso em: 30 jul. 2011.
FONTE: <http://mundonanet.sites.uol.com.br/biologia9.html>. Acesso em: 30 jul. 2011.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
8
FIGURA 2 – CARL FRIEDRICH PHILIP VON MARTIUS – AUTOR DA OBRA “FLORA BRASILIENSIS”
FONTE: <http://florabrasiliensis.cria.org.br/info?history>. Acesso em: 29 jun. 2011.
DICAS
Para enriquecer seus estudos, você pode encontrar a versão on-line da obra 
“Flora Brasiliensis”: <www.florabrasiliensis.cria.org.br>. 
Por muitos séculos, todas as pessoas que estudavam a natureza eram 
chamadas naturalistas. A profissão de botânico teve seu início somente em 3 
de setembro de 1979, quando a faculdade de Biologia foi reconhecida.
UNI
Agora que já estudamos o conceito de Botânica e vimos alguns aspectos da sua 
história, vamos saber um pouco mais sobre o seu objeto de estudo: as plantas.
FONTE: <http://mundonanet.sites.uol.com.br/biologia9.html>. Acesso em: 30 jul. 2011.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
9
Levando em consideração suas características gerais, sabemos que as 
plantas são organismos eucariontes, pluricelulares e autótrofos e que apresentam 
uma particularidade marcante e primordial para o desenvolvimento da vida 
na terra, realizam a fotossíntese. No entanto, a fotossíntese também é realizada 
por representantes de outros reinos, como o Monera e Protoctista. Existem 
representantes desse reino em praticamente todos os ambientes de nosso planeta, 
tanto terrestres quanto aquáticos.
NOTA
As plantas são seres fotossintéticos e utilizam o Sol, a forma básica de energia, 
para produzir o próprio alimento. Por essa razão, são chamadas de autotróficas. As plantas 
são responsáveis por manter a maioria dos ecossistemas e, por isso, são essenciais para a 
vida na Terra.
A classificação das plantas baseia-se em diversos parâmetros importantes 
como a anatomia, embriologia, ecologia, genética molecular e bioquímica, é 
continuamente atualizada de acordo com as contribuições de pesquisas científicas.
Segundo Aguiar et al. (2010b, p. 6):
Ao longo do tempo, diversos sistemas de classificação foram 
propostos. Em muitos desses sistemas, as algas multicelulares eram 
incluídas no mesmo reino que as plantas, embora hoje seja consenso 
colocá-las no reino Proctista, juntamente com as algas unicelulares e os 
protozoários. Atualmente as plantas estão divididas em quatro grandes 
grupos: briófitas, que incluem os musgos e as hepáticas; pteridófitas, 
que incluem as samambaias; gimnospermas, que incluem os pinheiros 
e angiospermas, que incluem as plantas com frutos. Dentro de cada 
grupo, existem subgrupos com muitas divisões.
UNI
Veremos a seguir, de uma forma bastante resumida, as principais características 
dos grupos de plantas citados anteriormente. Os fatos expostos neste item têm como base 
as informações postadas no seguinte site:
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reino-plantae-10.php>.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
10
● BRIÓFITAS
Briófitas (grego: bryon “musgo”, phyton “planta”) são plantas 
avasculares, ou seja, não possuem vasos condutores de seiva. O transporte 
de substâncias se dá por difusão entre as células, e é um processo lento, o que 
limita seu tamanho (as briófitas são plantas de pequeno porte). As briófitas 
mais conhecidas são os musgos, as hepáticas e os antóceros. 
As briófitas são classificadas em três Filos:
→ Bryophytas – Os musgos, com gametófito organizado em rizoides, cauloide e 
filoides. 
FIGURA 3 – PARTES DAS BRIÓFITAS 
FIGURA 4 – MUSGO 
FONTE: <http://trabalhos.hd1.com.br/briofitas.html>. Acesso em: 29 jun. 2011.
FONTE: <http://trabalhos.hd1.com.br/briofitas.html>. Acesso em: 29 jun. 2011.
filóide
caulóide
Esporófito:
● diplóide
● fase passageira
● aclorofilado
● dependente
Gametófito
● haplóide
● fase duradoura
● clorofilado
● sustentável
rizóide
FONTE: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/capas/biologia/biologia.php>. Acesso 
em: 28 jun. 2011.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
11
→ Hepatophyta – As hepáticas, com gametófito prostrado, onde não ocorre a 
diferenciação entre filoides e cauloides. 
FIGURA 5 – HEPÁTICA 
FONTE: <http://trabalhos.hd1.com.br/briofitas.html>. Acesso em: 29 jun. 2011.
FIGURA 6 – HEPÁTICA
FONTE: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/briofitas-4.php>. Acesso em: 
29 jun. 2011.
→ Anthocerophyta – Os antóceros (raros). O filo dos antóceros contém cerca de 
100 espécies descritas, sendo o gênero Anthoceros o mais conhecido.
FIGURA 7 – TIPO DE ANTÓCERO 
FONTE: <http://www.infoescola.com/biologia/antoceros-filo-anthocerophyta/>. Acesso em: 29 
jun. 2011.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
12
Importância das Briófitas
As briófitas são organismos pioneiros em uma sucessão ecológica, 
podem se desenvolver em rochas, e os produtos resultantes de sua atividadebiológica modificam este substrato de forma a permitir que outras espécies 
também possam se desenvolver nele. Dependendo do ambiente, a quantidade 
de carbono que estas plantas absorvem pode influenciar grandemente o 
ciclo biogeoquímico deste elemento. São também plantas bastante sensíveis 
à poluição atmosférica, sendo assim podem ser indicadoras de áreas muito 
poluídas, quando nestes locais a quantidade de briófitas é bastante reduzida. 
• PTERIDÓFITAS
As pteridófitas, assim como as briófitas, são plantas criptógamas 
(não possuem sementes, nem flores, nem frutos). Foram as primeiras plantas 
VASCULARES, ou seja, a apresentarem vasos condutores de seiva (xilema 
e floema), sendo que isto proporciona a elas reporem as perdas de água de 
forma mais eficaz, e atingirem maiores comprimentos, inclusive podendo 
apresentar porte arbóreo. Apresentam raízes, caules e folhas verdadeiros. As 
pteridófitas mais comuns são as samambaias, avencas, cavalinhas e selaginelas. 
O esporófito é autótrofo e possui esporângios, as estruturas produtoras de 
esporos.
As pteridófitas são classificadas em quatro Filos:
→ Pterophyta: samambaias e avencas.
FIGURA 8 – SAMAMBAIA AMERICANA (Nephrolepis exaltata) 
FONTE: <http://www.spflores.com.br/show.asp>. Acesso em: 29 jun. 2011.
FONTE: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reino-plantae-10.php>. 
Acesso em: 31 jul. 2011.
FONTE: Adaptado de: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reino-
plantae-10.php>. Acesso em: 31 jul. 2011.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
13
FIGURA 9 – AVENCA (Adiantum capillus) 
FONTE: <http://www.alienado.net/plantas-que-limpam-ambientes/>. Acesso em: 29 jun. 2011.
→ Psilotophyta: Psilotum.
FONTE: <http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_psilotophyta_
pteridofita.htm>. Acesso em: 29 jun. 2011.
FIGURA 10 – PLANTA DA ESPÉCIE (Psilotum nudum) 
→ Lycophyta: licopódios e selaginelas. 
FIGURA 11 – LICOPÓDIO 
FONTE: <http://verdeemfolha.blogspot.com/2010_12_01_archive.html>. Acesso em: 29 jun. 
2011.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
14
FIGURA 12 – SELAGINELAS
FONTE: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/por-dentro-das-celulas/uma-historia-vitoriosa>. 
Acesso em: 29 jun. 2011.
→ Sphenophyta: cavalinhas.
FIGURA 13 – CAVALINHA (Equisetum arvense) 
FONTE: <http://liberherbarium.blogspot.com/2011/05/workshop-sobre-ervas-magicas-1906-em.
html>. Acesso em: 29 jun. 2011.
Importância das Pteridófitas
São amplamente utilizadas como plantas ornamentais, sendo que 
inclusive, o caule da samambaiaçu serve para se fazer xaxim. Os atuais depósitos 
de carvão mineral (hulha), um importante combustível, foram formados a 
partir da fossilização de pteridófitas de porte arbóreo, de aproximadamente 
375-290 milhões de anos atrás. Algumas podem ser utilizadas na fabricação de 
alimentos e medicamentos.
FONTE: Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reino-
plantae-10.php>. Acesso em: 31 jul. 2011.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
15
• GIMNOSPERMAS
As gimnospermas são plantas de porte arbóreo, climas temperados, 
e vasculares (ou traqueófitas), pois apresentam vasos condutores de seiva. 
Ao contrário das briófitas e pteridófitas (criptógamas), formam estróbilos ou 
pinhas, as estruturas reprodutoras que abrigam os esporângios (as “flores” das 
gimnospermas), sendo então classificadas como fanerógamas. Estas plantas 
possuem sementes, todavia, não formam frutos. Na verdade, gimnosperma 
significa semente nua (mas têm casca!). Dentre as gimnospermas mais 
conhecidas estão os pinheiros, o pinheiro-do-paraná e as sequoias, que estão 
dentre as maiores árvores conhecidas atualmente. 
As gimnospermas são classificadas mais comumente em quatro Filos:
→ Coniferophyta: pinheiros, sequoia, araucária. 
FIGURA 14 – PINHEIRO-DO-PARANÁ (Araucária Angustifolia)
FONTE: <http://terceiroanobiologia.blogspot.com/2010/07/gimnospermas-as-gimnospermas-do-
grego.html>. Acesso em: 29 jun. 2011.
FONTE: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reino-plantae-10.php>. 
Acesso em: 31 jul. 2011.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
16
→ Cycadophyta: cicas (ornamentais). 
FIGURA 15 – CICA
FONTE: < https://pixabay.com/pt/photos/cicas-flor-sagu-palma-1541391/ >. Acesso em: 03 jun. 2019.
→ Gnetophyta: efedra – efedrina: estimulante do SNC e descongestionante nasal. 
FIGURA 16 – EFEDRA
FONTE: <http://www.imagejuicy.com/images/plants/e/ephedra/10/>. Acesso em: 29 jun. 2011.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
17
→ Ginkgophyta: somente uma espécie, a Ginkgo biloba. 
FONTE: <http://vidasimplesenatural.blogspot.com/2011/05/botanica.html>. Acesso em: 29 jun. 
2011.
Importância das gimnospermas
Este grupo é importante para a indústria madeireira e da celulose, 
inclusive, a araucária é uma espécie em risco de extinção devido à exploração 
excessiva. Para a indústria alimentícia, pois se beneficia da semente da araucária. 
A semente, conhecida como pinhão, é utilizada na alimentação humana e animal. 
Da Gnetophyta efedra e da Ginkgo biloba extraem-se substâncias utilizadas 
na indústria farmacêutica, que servem como estimulante do Sistema Nervoso 
Central e como descongestionante nasal no tratamento de pessoas asmáticas e no 
sentido de favorecer a irrigação cerebral e estimular a memória, respectivamente.
NOTA
Árvore viva mais velha! Um pinheiro bristlecone (Pinus longaeva), batizado 
de “Matusalém”, foi descoberto pelo Dr. Edmund Schulman (EUA), nas montanhas brancas, 
Califórnia, EUA, e datado em 1957 com a idade de 4,6 mil anos, embora cientistas aleguem 
haver exemplares mais antigos. Sua localização é mantida em sigilo, a fim de protegê-lo de 
vandalismo. Os anéis de crescimento de árvores como esta são ótimas fontes de dados sobre 
as mudanças climáticas. (GUINNESS WORLD RECORDS, 2010).
FIGURA 17 – GINKGO (Ginkgo biloba)
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
18
● ANGIOSPERMAS
As angiospermas são as verdadeiras plantas superiores. É o grupo 
vegetal atual mais representativo e com a maior diversidade morfológica, 
variando de ervas a árvores, além de ser também o grupo com a maior 
distribuição geográfica e de ambientes (existem algumas espécies marinhas). 
São fanerógamas que além de produzirem flores, também produzem os frutos, 
que conferem proteção às sementes além de auxiliarem na sua dispersão 
(angios - urna, caixa). Antes de se entrar em detalhes sobre o ciclo de vida 
destas plantas, deve-se inicialmente analisar a estrutura das flores e frutos. 
As angiospermas são classificadas em apenas um Filo:
→ Magnoliophyta – todas das plantas com frutos.
FIGURA 18 – ÁRVORE COM FRUTOS
FONTE: <http://www.nistocremos.net/2011/03/arvore-e-frutos.html>. Acesso em: 31 jul. 2011.
Importância das Angiospermas
Como já visto anteriormente, elas são o grupo vegetal mais diverso e 
representativo. Sendo assim, são muito importantes para o homem em diversos 
aspectos, como a agricultura (são os principais componentes da dieta dos seres 
humanos), medicina (plantas medicinais), economia (indústria madeireira e 
de celulose) e ornamentação. Têm também papel fundamental na reciclagem 
do O2 e CO2 atmosféricos e regulação climática (as grandes florestas seriam 
grandes aparelhos de ar-condicionado). 
FONTE: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reino-plantae-10.php>. 
Acesso em: 31 jul. 2011.
FONTE: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reino-plantae-10.php>. 
Acesso em: 31 jul. 2011.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
19
UNI
Caro acadêmico! Agora que você aprendeu mais sobre as plantas e suas 
divisões, você já parou para pensar sobre a importância dos vegetais nas nossas vidas? Vamos 
entender um pouco mais sobre a importância das plantas?
São as plantas que fornecem o oxigênio necessário para a nossa respiração 
e absorvem o dióxido de carbono (importante gás do efeito estufa) através da 
fotossíntese, permitem a produçãode fibras para a confecção de tecidos, fornecem 
matéria-prima para a produção de papel (livros, revistas, jornais etc), especiarias 
para temperos, alimentos para o homem e para os animais, substâncias para o 
desenvolvimento de perfumes e medicamentos, madeira para a construção de 
casas e móveis, matéria-prima para combustíveis e uma série de outras utilidades 
que contribuem para o desenvolvimento humano de uma forma geral.
A Paleobotânica é uma área da Biologia que tem como principal objetivo o 
estudo dos fósseis das plantas. Ao investigar os fósseis de plantas primitivas e extintas, os 
paleobotânicos tentam utilizar características morfológicas para estabelecer relações de 
parentesco entre os diversos grupos de plantas, em diferentes momentos geológicos. Além 
disso, esse estudo também possibilita imaginar como seriam os ambientes onde essas 
plantas provavelmente se desenvolveram milhões de anos atrás. No Brasil existem diversos 
sítios paleobotânicos importantes nas regiões Nordeste e Sul.
FONTE: Aguiar et al. (2010b, p. 6).
ATENCAO
3 ZOOLOGIA 
A zoologia do grego, zoon “animal” é a área da Biologia que estuda os 
animais (AGUIAR et al. 2010a). E com base nesta definição, tão ampla, algumas 
perguntas podem surgir:
- Por que estudar os animais?
Assim como os animais, o homem também é resultado de um processo 
evolutivo. Desta forma, adquirir conhecimentos diversos, através da zoologia, 
é também compreender a natureza e a posição que ocupamos nela. 
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
20
- Para que estudar os animais?
Primeiramente para conhecer suas estruturas, características e 
funcionamento, buscando sempre compreender suas relações evolutivas. É 
bom lembrar que grande parte dos conhecimentos adquiridos sobre os seres 
humanos conseguiu-se estudando outros animais.
- Como estudar os animais?
Advindas do conhecimento popular, da observação direta, de 
experimentos controlados e de pesquisas científicas, é que as informações sobre 
os animais foram sendo organizadas. Em Biologia as disciplinas costumam 
ser agrupadas em dois campos distintos. Um conhecido como o campo da 
Biologia Geral e outro como o campo da Biologia Comparada. Na primeira 
opção, os estudos têm como base os métodos experimentais, para estudar 
os mecanismos e os processos que governam os seres vivos. Já na Biologia 
Comparada estuda-se a biodiversidade usando a metodologia de comparação 
para descobrir os fatores ocasionados pela presença de seres vivos ou suas 
relações. 
Portanto, podemos dizer que o conhecimento técnico-científico sobre 
animais é adquirido pelos métodos comparativo e experimental. Cientistas são 
aqueles que formulam hipóteses a partir de fatos concretos, testam suas teorias, 
repetem seus experimentos e não temem em buscar a opinião de outros especialistas. 
É através da divulgação das descobertas científicas que se torna possível expandir 
um campo de investigação, seja relacionado aos animais, ou a outro tema.
Os animais sempre despertaram interesse e fascínio entre os homens. 
Este fato atravessa a história, relembrando um passado remoto onde pinturas 
destes, muitos hoje extintos, eram feitas no interior de cavernas. Apesar de todo 
esse interesse, foi através do trabalho do filósofo grego Aristóteles, “História dos 
animais”, que a zoologia passou a ser de fato ciência. Ele reuniu todos os fatos 
zoológicos conhecidos até então, e lançou um sistema de classificação para todos 
os animais. 
Dentre importantes obras que surgiram após a publicação de Aristóteles, 
podemos destacar a do naturalista sueco, Carl Von Linné (1707-1778), mais 
conhecido como Lineu, que criou o sistema nominal adotando dois nomes em 
latim (gênero e espécie) que é usado até os dias de hoje. Nascia assim a taxonomia 
(do grego, táxis, classificação, e nomos, regra).
 No sistema criado por Lineu, o nome da espécie é composto por duas 
palavras. A primeira significando o gênero e a segunda, o epíteto (palavra que 
qualifica o substantivo) específico. As espécies deverão ter seus nomes escritos, 
usando o efeito tipográfico itálico, ou sublinhado, sendo que somente a primeira 
letra do gênero deverá ser maiúscula.
FONTE: Adaptado de: <http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/o_que_e_zoologia.
htm>. Acesso em: 8 ago. 2011.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
21
Exemplos:
Homo sapiens (Homo = humano, sapiens = sábio); 
Canis familiaris (Canis = cão, familiaris = da família).
 
Em 1758, Lineu organizou os animais em: Reino – Filo – Classe – Ordem – 
Família – Gênero e Espécie. E foi a partir de sua importante contribuição, que se 
estabeleceu o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, periodicamente 
aprimorado por zoólogos de diversos países. O objetivo deste código é promover 
a estabilidade e a universalidade dos nomes científicos dos animais, para que 
qualquer zoólogo, independente de sua língua consiga divulgar suas pesquisas e 
compreender outras publicações.
FIGURA 19 – CARL VON LINNÉ (LINEU)
FONTE: <http://maurenj.blogspot.com/2011/03/taxonomia-de-lineu.html>. Acesso em: 29 jun. 
2011.
NOTA
Johann Friedrich Theodor Müller, mais conhecido como Fritz Müller, foi um 
cientista alemão que viveu em Santa Catarina, principalmente na cidade de Blumenau, no 
período de 1852 até o ano de sua morte em 1897. Foi responsável pelo desenvolvimento de 
importantes trabalhos na área de Zoologia e Botânica, perpetuando-se entre os melhores 
cientistas com trabalhos desenvolvidos no Brasil.
Seguindo com nosso estudo do Reino Animal, podemos perceber que 
conforme a especialização aumenta, mais restritas se tornam as vertentes de 
estudo. Vamos conhecer agora alguns ramos de estudo específicos dentro da 
Zoologia:
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
22
• entomologia: estudo dos insetos;
• ornitologia: estudo das aves;
• mastozoologia: estudo dos mamíferos;
• ictiologia: estuda os peixes;
• herpetologia: estuda as serpentes;
• malacologia: estuda os moluscos;
• helmintologia: estuda os vermes;
• ficologia: estuda as algas;
• cinologia: estuda os cães e assim por diante.
UNI
Agora que você já viu como o conceito e algumas particularidades da Zoologia, 
você precisa ter algumas noções sobre a distribuição dos animais nas diversas regiões e 
ambientes do planeta Terra. É o que faremos na sequência.
A Terra inicialmente foi conquistada pelos vegetais, depois pelos 
seres invertebrados e finalmente pelos seres vertebrados. Desde os animais 
mais primitivos até os milhões de espécies conhecidos atualmente, muitas 
mudanças evolutivas ocorreram.
Dentro da diversidade animal, vários aspectos importantes devem 
ser analisados. Existem algumas diferenças aplicadas por grupos e outras 
individualmente. Estas diferenças fazem parte de um universo amplo, sendo 
assim, a seguir apresentaremos apenas algumas delas:
• Dimorfismo sexual – em que a diferença entre machos e fêmeas pode ser 
claramente identificável. Ou não tão claras, pelo menos externamente, onde 
fica impossível fazer a distinção do sexo a olho nu, precisando recorrer a 
exames laboratoriais específicos.
• Dimorfismo juvenil – em que o formato jovem de um animal pode ser 
completamente diferente do formato adulto da mesma espécie.
• Tamanho – característica em que a ordem de grandeza pode ser notada 
entre baleias e animais microscópicos.
• Morfologia – as diferenças relacionadas com a organização, ou seja, com 
o estudo da estrutura dos animais, são encontradas não apenas na forma 
externa, mas também na forma interna. 
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
23
• Fisiologia – em consequência do estudo das diferenças na estrutura/
forma dos animais, uma exigência de atividades diferentes, por exemplo, 
nos modos de locomoção e ingestão de alimentos surgiram. Entra então o 
estudo do funcionamento dos organismos.
• Simetria – é a divisão imaginária do corpo de um ser em metades opostas, 
que devem ser simétricas entre si; basicamente os elementos de simetria são 
eixos e planos. Eixoé uma reta que atravessa o centro do corpo, de tal modo 
que ao longo desta reta as partes do corpo se repetem. Plano é a superfície 
que divide o corpo em partes de tal modo que uma é a imagem especular da 
outra.
• Habitat – a diversidade animal também é expressa na variedade de 
habitats que eles ocupam; geralmente acredita-se que os animais tenham se 
originado nos oceanos arqueozoicos, bem antes do primeiro registro fóssil. 
Cada ambiente diferente - floresta, deserto, oceano, lago, rio, contém sua 
diversidade animal característica.
A distribuição dos animais é limitada pela existência de ambientes 
adequados à sua sobrevivência e estando este ambiente sujeito às alterações 
naturais ou artificiais, eles buscam novos locais para habitarem. 
A disponibilidade de alimento é fator muito importante na distribuição 
dos animais, assim como temperatura, água, competidores naturais, 
predadores, entre outros.
Os próprios seres vivos servem de meio para outros organismos, 
constituindo assim um tipo especial de ambiente, conhecido como meio 
biológico. Muitos organismos vivem no interior ou na superfície de outros em 
associações íntimas, conjuntamente chamadas de simbiose. 
Além da diversidade e distribuição, é importante, estudarmos um pouco 
mais detalhadamente as características e a classificação dos animais.
Os animais são organismos pluricelulares, eucarióticos, formados por 
tecidos bastante diferenciados e órgãos com funções específicas. Seus sistemas 
e órgãos desempenham diferentes funções permitindo a sobrevivência. Sem 
dúvida uma das características mais importantes dos animais é o fato de serem 
heterótrofos, ou seja, incapazes de sintetizar seu próprio alimento. (AGUIAR et 
al., 2010a).
Segundo a sua classificação, os animais estão divididos em:
FONTE: Adaptado de: <http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/o_que_e_zoologia.
htm>. Acesso em: 8 ago. 2011.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
24
QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS
PORÍFEROS: São os animais mais simples; sua inclusão entre os animais levou tempo para 
ocorrer, principalmente por sua mobilidade. As esponjas são aquáticas, sendo a maioria 
marinha. São muito diferentes dos demais animais, classificando-se em um sub-reino: Parazoa. 
Os outros animais pertencem ao sub-reino Eumetazoa. 
CNIDÁRIOS: Antigamente denominados celenterados, nesse grupo encontram-se animais 
aquáticos, em sua maioria marinhos e com sistema radial. Alguns, como as medusas, deslocam-
se livremente; as anêmonas vivem fixadas a um substrato.
PLATELMINTOS: Reúne animais de corpo achatado, que vivem em ambientes úmidos, em 
águas doces ou salgadas ou no interior de outros seres, parasitando-os. São exemplos a planária 
e a tênia.
NEMATOIDES: Fazem parte desse grupo animais de corpo cilíndrico, com as pontas afiladas. 
São encontrados em diversos ambientes e alguns são parasitas. Exemplo: a lombriga e o bicho 
geográfico.
MOLUSCOS: É um grupo de animais com aparência bastante diversificada, mas algumas 
características comuns. Incluem os bivalves (ostras e mariscos), os gastrópodes (lesmas, caracóis, 
e caramujos) e os cefalópodes (polvos, sépias e lulas).
ANELÍDEOS: Reúne animais de corpo cilíndrico dividido em anéis. Vivem em água doce ou em 
solo úmido. Como representantes desse grupo temos a minhoca, a sanguessuga e os poliquetos.
ARTRÓPODES: É o grupo de animais com maior número de espécies. Sua principal 
característica é que seu corpo encontra-se coberto por um exoesqueleto resistente, mas leve, 
capaz de protegê-lo e facilitar o movimento.
EQUINODERMOS: É o grupo do ouriço-do-mar e da estrela-do-mar. Os animais adultos 
geralmente têm simetria radial, como os cnidários. Sua estrutura, no entanto, é complexa e eles 
estão relacionados evolutivamente aos vertebrados.
CORDADOS: Alguns cordados, denominados vertebrados, têm um esqueleto interno com 
coluna vertebral e crânio. Nesse grupo estão os peixes, os anfíbios, os répteis e os mamíferos.
FONTE: Enciclopédia do Estudante (2008).
DICAS
Caro acadêmico! Para aprofundar o conteúdo, sugerimos uma visita ao site: Só 
Biologia: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biologia/>.
TÓPICO 1 | NOÇÕES GERAIS DE BIOLOGIA
25
DICAS
Acesse o site do Ministério do Meio Ambiente: <www.mma.gov.br> e pesquise 
o conteúdo apresentado nos dois volumes do “LIVRO VERMELHO DAS ESPÉCIES DA FAUNA 
BRASILEIRA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO”. Lembre-se de que é importante conhecer para 
preservar!
26
Neste tópico vimos que:
• Biologia é a ciência que estuda os seres vivos e suas manifestações vitais.
• A Botânica é a parte da Biologia que estuda os vegetais em todos os aspectos 
possíveis e, por tradição, as algas e fungos.
• O Reino Plantae é composto por aproximadamente 280.000 espécies.
• Em 1665, usando um microscópio primitivo, Robert Hooke descobriu células 
em cortiça; pouco tempo depois em tecidos vegetais vivos.
● As plantas são organismos eucariontes, pluricelulares e autótrofos e que 
apresentam uma particularidade marcante e primordial para o desenvolvimento 
da vida na terra, realizam a fotossíntese.
• Atualmente as plantas estão divididas em quatro grandes grupos: briófitas, 
pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Dentro de cada grupo, existem 
subgrupos com muitas divisões.
• Briófitas são plantas avasculares, ou seja, não possuem vasos condutores de 
seiva.
• Pteridófitas são plantas criptógamas, foram as primeiras plantas a apresentar 
vasos condutores de seiva e atingir maiores comprimentos. Apresentam raízes, 
caules e folhas verdadeiros.
• As gimnospermas são plantas de porte arbóreo, apresentam vasos condutores 
de seiva, possuem sementes, todavia, não formam frutos.
• As angiospermas são as verdadeiras plantas superiores. É o grupo vegetal 
atual mais representativo e com a maior diversidade morfológica. Produzem 
sementes, flores e frutos.
• As plantas fornecem o oxigênio necessário para a nossa respiração, absorvem 
dióxido de carbono através da fotossíntese, permitem a produção de 
matéria-prima para a produção de diversos materiais que contribuem para o 
desenvolvimento humano de uma forma geral.
• Zoologia é o ramo da Biologia que estuda todos os aspectos da biologia animal, 
inclusive as relações existentes entre estes seres e o ambiente em que vivem. 
RESUMO DO TÓPICO 1
27
• Grande parte dos conhecimentos adquiridos sobre os seres humanos conseguiu-
se estudando outros animais.
• O naturalista sueco, Carl Von Linné, mais conhecido como Lineu, criou o 
sistema binominal de classificação que é usado até os dias de hoje. Nascia 
assim a taxonomia (do grego, táxis, classificação, e nomos, regra).
• A partir do trabalho de Lineu se estabeleceu o Código Internacional de 
Nomenclatura Zoológica. O objetivo deste código é promover a estabilidade e 
a universalidade dos nomes científicos dos animais.
• Fritz Müller foi um cientista alemão que viveu em Santa Catarina, principalmente 
na cidade de Blumenau, no período de 1852 até o ano de sua morte em 1897. 
Foi responsável pelo desenvolvimento de importantes trabalhos na área de 
Zoologia e Botânica.
• Os animais são pluricelulares, eucarióticos, formados por tecidos diferenciados 
e órgãos com funções específicas. Uma das características mais importantes 
dos animais é o fato de serem heterótrofos, ou seja, incapazes de sintetizar seu 
próprio alimento.
28
1 Qual é o objeto de estudo da Evolução?
a) Estuda a classificação dos seres vivos e as relações evolutivas que existem 
entre eles.
b) Estuda o surgimento de novas espécies a partir de espécies preexistentes. 
Também investiga as modificações que os seres vivos apresentam durante 
intervalos de tempo relativamente longos.
c) Estuda a classificação dos seres vivos através das relações evolutivas que 
existem entre eles.
d) Estuda o surgimento de novas espécies a partir de espécies já existentes, 
além de investigar as semelhanças que os seres vivos apresentam durante 
intervalos de tempo relativamente longos.
2 Levando emconsideração suas características gerais, sabemos que as plantas 
são organismos:
a) Eucariontes, pluricelulares e autótrofos e que apresentam uma particularidade 
marcante e primordial para o desenvolvimento da vida na terra, realizam a 
fotossíntese.
b) Monera e Protoctista.
c) Eucariontes, pluricelulares e autótrofos.
d) Monera e Protoctista e que apresentam uma particularidade marcante e 
primordial para o desenvolvimento da vida na terra, realizam a fotossíntese.
3 Sobre os aspectos da diversidade animal, pode-se afirmar:
I- Dimorfismo sexual – em que o formato jovem de um animal pode ser 
completamente diferente do formato adulto da mesma espécie.
II- Dimorfismo juvenil – em que a diferença entre machos e fêmeas pode ser 
claramente identificável. Ou não tão claras, pelo menos externamente, onde 
fica impossível fazer a distinção do sexo a olho nu, precisando recorrer a 
exames laboratoriais específicos.
III- Tamanho – característica em que a ordem de grandeza pode ser notada 
entre baleias e animais microscópicos.
IV- Morfologia – as diferenças relacionadas com a organização, ou seja, com 
o estudo da estrutura dos animais, são encontradas não apenas na forma 
externa, mas também na forma interna. 
V- Fisiologia – é a divisão imaginária do corpo de um ser em metades opostas, 
que devem ser simétricas entre si; basicamente os elementos de simetria são 
eixos e planos. Eixo é uma reta que atravessa o centro do corpo, de tal modo 
que ao longo desta reta as partes do corpo se repetem. 
AUTOATIVIDADE
29
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) As sentenças I e II estão corretas.
b) As sentenças II e III estão corretas.
c) As sentenças I, II e V estão corretas.
d) As sentenças III e IV estão corretas.
4 Alguns cordados, denominados vertebrados, têm um esqueleto interno com 
coluna vertebral e crânio. Assinale a alternativa que não corresponde a um 
cordado:
a) Peixes.
b) Anfíbios.
c) Répteis.
d) Ostras.
5 Assinale a alternativa incorreta:
a) Biologia é a ciência que estuda os seres vivos e suas manifestações vitais.
b) A Botânica é a parte da Biologia que estuda os vegetais em todos os aspectos 
possíveis e, por tradição, as algas e fungos.
c) Zoologia é o ramo da Biologia que estuda alguns dos aspectos da biologia 
animal, inclusive as relações existentes entre estes seres e o ambiente em que 
vivem. 
d) Os animais são pluricelulares, eucarióticos, formados por tecidos 
diferenciados e órgãos com funções específicas.
30
31
TÓPICO 2
CARACTERIZAÇÃO DE MEIO AMBIENTE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior aprendemos sobre a importância da fauna e da flora para 
o meio ambiente. Você já se deu conta de que o mundo como o conhecemos hoje 
não existiria se não fosse a interação dos seres vivos? Essa interação é responsável 
pelo mundo que conhecemos. E nossa existência é totalmente dependente dessa 
verdade. Desde o ar que respiramos, produzido através da fotossíntese, até nossas 
roupas, alimentos, combustíveis e tudo o mais que imaginar.
NOTA
Fotossíntese é um processo fisioquímico realizado por vegetais que possuem 
clorofila através da sintetização de dióxido de carbono e água. Como resultado deste 
processo, a planta obtém glicose, amido e celulose, eliminando oxigênio. Para isso usa a 
energia luminosa vinda do sol. Para saber mais, acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Fotoss%C3%ADntese>.
Além do suporte para nossa existência, existe um fator muito importante 
que desenvolvemos ao longo da evolução: a Biofilia. A biofilia pode ser definida 
como o amor ou atração por vida, uma tendência natural do ser humano de voltar 
sua atenção às coisas vivas (WILSON, 2003). É o que explica nosso prazer em ter 
animais de estimação por perto, flores e visitar ambientes naturais. É neste ponto 
que o meio ambiente passa a ser foco de interesse do turismo, especialmente do 
ecoturismo, como veremos no Tópico 3.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
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FIGURA 20 – A BIOFILIA EXPLICA O AMOR QUE OS SERES HUMANOS SENTEM POR SEUS ANIMAIS 
DE ESTIMAÇÃO
FONTE: <http://www.imagensdahora.com.br/clipart/cliparts_path/124/cachorro_desenho_
com_dono/>. Acesso em: 19 jul. 2011.
2 MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA
Em nossas vidas é comum ouvirmos falar em Meio Ambiente e Ecologia, 
quase que diariamente. É muito importante que saibamos o real significado 
destas expressões.
● Meio Ambiente
Para compreender o que é meio ambiente, tome você mesmo como 
referência. Agora procure lembrar-se de tudo com o que você se relaciona, seja 
vivo ou não. Muito bem, este é o seu meio ambiente.
Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada 
em Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: “O 
meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e 
sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou 
longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas.”
Então, o meio ambiente de um ser vivo é representado por tudo 
aquilo que o rodeia e o influencia, sendo constituído por fatores bióticos e 
abióticos. São fatores bióticos do seu meio ambiente aqueles seres vivos com 
quem você compartilha este espaço, ou seja, com quem você interage, direta 
ou indiretamente. 
FONTE: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente>. Acesso em: 8 ago. 2011.
FONTE: <http://diariodoverde.com/definicao-de-meio-ambiente-e-ecologia/>. Acesso em: 8 
ago. 2011.
TÓPICO 2 | CARACTERIZAÇÃO DE MEIO AMBIENTE
33
O Meio Ambiente Biótico inclui alimentos, plantas e animais, e suas 
relações recíprocas e com o meio abiótico. A sobrevivência e o bem-estar 
do homem dependem em grande parte dos alimentos que come, tais como 
frutas, verduras e carne. Depende igualmente de suas associações com outros 
seres vivos. Por exemplo, algumas bactérias do sistema digestivo do homem 
ajudam-no a digerir certos alimentos.
Os fatores abióticos por sua vez, são aqueles do ambiente físico que 
influenciam o ser vivo, como por exemplo, a temperatura, a água, a luz, o relevo, 
a pressão, o teor de oxigênio, entre outros. 
O Meio Ambiente Abiótico é constituído por diversos objetos e forças que 
se influenciam entre si e influenciam a comunidade de seres vivos que os cercam. 
O Portal Educação cita como exemplo:
A corrente de um rio pode influir na forma das pedras que fazem ao 
longo do fundo do rio. Mas a temperatura, limpidez da água e sua composição 
química também podem influenciar toda sorte de plantas e animais e sua 
maneira de viver. Um importante grupo de fatores ambientais abióticos 
constitui o que se chama de tempo. 
Tanto o meio ambiente abiótico quanto o biótico atuam um sobre o 
outro para formar o meio ambiente total dos seres vivos e dos ecossistemas.
● Meio ambiente natural
O Meio Ambiente Natural é aquele que já existia antes do surgimento 
do ser humano. Os recursos naturais, de uma forma geral, bióticos ou abióticos 
são componentes estruturais do meio ambiente natural. A inter-relação entre os 
elementos que compõem esta classe também é um fator de suma importância 
para sua compreensão. Certamente que com o surgimento do ser humano, este, 
como ser animal que é, acabou se tornando elemento do meio ambiente natural.
● Meio ambiente artificial
O Meio Ambiente Artificial é um contraponto ao Meio Ambiente Natural. 
O próprio termo “artificial” já demonstra ser um bem que não se harmoniza 
com a ideia implícita ao “natural”. Objetivamente, costuma-se vincular o meio 
FONTE: <http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/meio_ambiente.htm>. Acesso em: 
26 jul. 2011.
FONTE: <http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/8735/meio-ambiente>. Acesso 
em: 26 jul. 2011.
FONTE: <http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/meio_ambiente.htm>. Acesso em: 
26 jul. 2011.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
34
ambiente artificial aos bens ambientais que foram alterados pelos seres humanos. 
Assim, a artificialidade seria uma característica do meio ambiente natural que foi 
modificado pelo homem e quepor isso não seria mais natural.
FIGURA 21 – A METRÓPOLE DE SÃO PAULO É UM EXEMPLO DE AMBIENTE ARTIFICIAL
FONTE: <http://www.imagensgratis.com.br/imagens/original/fotos-da-sao-paulo.jpg&imgrefurl>. 
Acesso em: 19 jul. 2011.
● Meio ambiente cultural
O Meio Ambiente Cultural é uma associação entre o Meio Ambiente 
Artificial com valores culturais, artísticos, históricos, ou paisagísticos. Outra 
compreensão do Meio Ambiente Cultural é otimizada, de modo a que abrange 
duas dimensões: a dimensão concreta, formada pelos bens artificiais de valores 
culturais, artísticos, históricos, entre outros, e a dimensão abstrata, que trata 
da cultura propriamente dita.
Os recursos naturais são elementos da natureza, que possuem utilidade 
para o homem. Eles podem ser renováveis, como a fauna, a flora, as águas, a 
energia solar e do vento; ou ainda não renováveis, como o petróleo, o gás e os 
minérios em geral.
Atualmente nossa sociedade vive de tal modo que precisa de quantidades 
cada vez maiores de recursos naturais para produzir energia, seus bens de consumo 
e obter alimentos. Deste modo, exploramos nossos recursos renováveis e não 
renováveis, muitas vezes em um lugar do planeta onde ele não é completamente 
consumido, ou seja, necessita de transporte para seus consumidores. Esta atividade 
provoca efeitos negativos como, por exemplo, o gasto de energia para transporte 
do bem e a impossibilidade de reciclagem dos resíduos no seu local de origem. 
Outro ponto importante a ser considerado é que após o consumo humano, todo 
o resíduo passa a compor o lixo das cidades. Como temos vivido um período de 
superexploração, nossos ecossistemas têm sido severamente afetados, causando 
degradação e perda de espécies. 
FONTE: <http://www.univen.edu.br/revista/universo_petroleo_01.pdf>. Acesso em: 26 jul. 
2011.
TÓPICO 2 | CARACTERIZAÇÃO DE MEIO AMBIENTE
35
● Ecologia
Intuitivamente, sabemos que os seres vivos não podem viver isoladamente. 
Eles precisam interagir, seja uma ave, uma árvore, um inseto, um fungo ou 
mesmo o homem. As inter-relações entre estes organismos e seu ambiente físico 
são chamadas de Ecologia.
Ecologia é uma palavra de origem grega. A tradução de “oikos” é casa, e 
“logos” é estudo. Seu significado seria algo como o “estudo da casa”. A ecologia 
é um ramo da Biologia, portanto uma ciência, que estuda os seres vivos e suas 
interações com o meio ambiente. 
A Ecologia também é responsável pelo estudo da abundância, distribuição 
e inter-relações dos seres vivos no planeta, e seus estudos fornecem dados que 
revelam se a fauna e os ecossistemas estão em perfeita harmonia. 
A vida em nosso planeta ocorre em uma fina camada de 15 km de 
espessura chamada biosfera. Ela é dividida em três regiões, a atmosfera, a 
hidrosfera e a litosfera. A atmosfera é formada por diversos gases importantes 
para a manutenção da vida na Terra. A hidrosfera é formada por toda a água que 
circula entre a atmosfera e litosfera, como mares, rios, lagos, aquíferos. A litosfera 
contém em si a crosta terrestre e a camada abaixo da crosta terrestre – chamada 
de manto.
3 BIOMAS BRASILEIROS 
Vamos agora estudar um pouco dos biomas que ocorrem no Brasil. Mas, 
é comum ouvirmos falar em ecossistemas, então precisamos saber as diferenças 
entre eles. Vejamos as definições que o Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística nos dá: 
“Ecossistema - Sistema integrado e autofuncionante que consiste em 
interações dos elementos bióticos e abióticos e cujas dimensões podem variar 
consideravelmente.”
“Bioma - Conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo 
agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala 
regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de 
mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria.”
FONTE: <http://panoramageografico.blogspot.com/2009_07_01_archive.html>. Acesso em: 
26 jul. 2011.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
36
O Brasil é o país de maior biodiversidade do planeta. Foi ele o primeiro 
signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), e é considerado 
megabiodiverso – país que reúne ao menos 70% das espécies vegetais e animais 
do planeta.
A biota terrestre do nosso país possui a flora mais rica do mundo, com 
até 56.000 espécies de plantas superiores, já descritas; acima de 3.000 espécies 
de peixes de água doce; 517 espécies de anfíbios; 1.832 espécies de aves; e 518 
espécies de mamíferos; pode ter até 10 milhões de insetos. 
Os grandes biomas brasileiros são: Mata Atlântica, Floresta Amazônica, 
Cerrado, Caatinga, Campos Gerais e Pantanal.
FIGURA 22 – OS BIOMAS BRASILEIROS (IBAMA 2011)
FONTE: <https://www.todamateria.com.br/biomas-brasileiros/>. Acesso em: 03 jun. 2019.
UNI
Caro acadêmico! Após esta etapa introdutória sobre os biomas, vamos 
aprofundar nossos estudos sobre os biomas brasileiros.
FONTE: <http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/home.htm>. Acesso em: 24 jun. 2011.
FONTE: Adaptado de: <http://josecarlosmendes.blogspot.com/>. Acesso em: 24 jun. 2011.
TÓPICO 2 | CARACTERIZAÇÃO DE MEIO AMBIENTE
37
● A Mata Atlântica
A Mata Atlântica originalmente foi a floresta com a maior extensão 
latitudinal do planeta. Ela já cobriu 11% do território nacional, estendendo-se deste 
o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Hoje, porém, a Mata Atlântica 
possui no máximo 5% da cobertura original. A variabilidade climática ao longo 
de sua distribuição é grande, indo desde clima tropical úmido e semiárido no 
nordeste e temperados superúmidos no extremo sul. (AGUIAR et al. 2010).
O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a 
este bioma. Nos vales, geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando 
uma floresta densa. Nas encostas, esta floresta é menos densa, devido à frequente 
queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos 
rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a floresta 
de Araucárias. (AGUIAR et al., 2010).
São espécies de árvores típicas da Mata Atlântica: araçazeiro, araucária, 
goiabeira, jabuticabeira, palmeiras, pau-brasil, pitangueira, entre outras. Já entre 
os animais presentes neste bioma, podemos citar: onças, macacos, e aves como 
araponga, corocochó, jacutinga, e tucano-de-bico-verde. (AGUIAR et al., 2010).
A Mata Atlântica também possui áreas que podem ser consideradas 
subdivisões da mesma. Duas delas são: restingas e mata de araucárias. As restingas 
ocorrem na orla litorânea, desenvolvendo-se sobre o solo arenoso. Sua vegetação 
é composta por arbustos e árvores de pequeno porte. Porém, em direção ao 
interior, a vegetação fica mais densa e as árvores maiores. A Mata de araucárias 
é considerada uma subdivisão da Mata Atlântica devido à composição de sua 
vegetação e ocorrência geográfica. Ela é assim denominada devido à predominância 
do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Sua ocorrência principal se dá nos 
estados do Paraná e Santa Catarina, mas também ocorrem pequena áreas nos 
estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. Sua ocorrência é mais evidente em 
altitudes superiores a 500 metros. As florestas variam em densidade arbórea e 
altura da vegetação. Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Araucária vêm 
sofrendo forte pressão de desmatamento. (AGUIAR et al., 2010).
FIGURA 23 – MATA ATLÂNTICA
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/floresta-cachoeira-%C3%A1rvores-verde-969069/ >. 
Acesso em: 03 jun. 2019.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
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● Floresta Amazônica
A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil e aproximadamente 
47% fica em território nacional. É a maior formação florestal do planeta, 
condicionada pelo clima equatorial úmido e ultrapassa o território nacional 
brasileiro. Ela compreende além do Brasil, a Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, 
Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. (AGUIAR et al., 2010).
O clima na região amazônica é quente e úmido, o que favorece a 
biodiversidade da região,que é reconhecida como uma das regiões de maior 
biodiversidade do planeta. (AGUIAR et al., 2010).
A região possui uma grande variedade de fisionomias vegetais, desde as 
florestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas florestas 
de terra firme, as florestas de várzea, periodicamente alagadas, e as florestas de 
igapó, permanentemente inundadas e ocorrem por quase toda a Amazônia central. 
Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo setentrional da 
bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-se sobre solos arenosos, 
espalhando-se em manchas ao longo da bacia do Rio Negro. (AGUIAR et al., 
2010).
FIGURA 24 – ENCONTRO DAS ÁGUAS, RIO NEGRO E SOLIMÕES, NA AMAZÔNIA
FONTE: <http://www.brasilescola.com/brasil/rio-amazonas.htm>. Acesso em: 31 jul. 2011.
● O Cerrado 
O Cerrado brasileiro ocupa a região do Planalto Central brasileiro, em 
uma área de aproximadamente 25% do território nacional. O solo do cerrado 
é predominantemente arenoso, ácido e pobre em material orgânico, além de 
profundos e bem drenados de modo que não acumule água na superfície com 
facilidade. (AGUIAR et al., 2010).
TÓPICO 2 | CARACTERIZAÇÃO DE MEIO AMBIENTE
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Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas estações bem 
definidas. A vegetação deste bioma é caracterizada, principalmente, por plantas de 
raízes superficiais e galhos retorcidos. A fauna do Cerrado pode ser representada 
por espécies como tamanduás, cascavéis, seriemas, emas, entre outros. (AGUIAR 
et al., 2010).
A grande quantidade de material seco que se acumula sobre o solo e a 
longa estiagem no Cerrado favorecem a ocorrência de queimadas. Tal ocorrência é 
considerada um fator importante na manutenção deste bioma. Porém, queimadas 
muito frequentes impedem que a vegetação lenhosa se estabeleça. (AGUIAR et 
al., 2010).
FIGURA 25 – PAISAGEM DE CERRADO EM TOCANTINS
FONTE: < http://twixar.me/bx7n >. Acesso em: 03 jun. 2019.
● Caatinga
O sertão nordestino é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais 
rala do Semiárido brasileiro, a Caatinga, abrangendo a maior parte dos estados 
de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, 
Sergipe e norte de Minas Gerais. As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos 
intensas, localizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste. A área 
de transição entre a Caatinga e a Amazônia é conhecida como Meio-norte ou 
Zona dos cocais. (AGUIAR et al., 2010).
O clima é caracterizado pelas temperaturas médias anuais elevadas. As 
chuvas são concentradas e a seca pode perdurar por até oito meses, ou mais. 
A flora é caracterizada por juazeiros, umbus, coroas-de-frade, mandacarus e 
uma abundante vegetação arbustiva. Grandes áreas do Sertão nordestino sofrem 
alto risco de desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo. 
(AGUIAR et al., 2010).
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
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FIGURA 26 – PAISAGEM SECA DA CAATINGA
FONTE: <http://twixar.me/yx7n >. Acesso em: 03 jun. 2019.
● Campos Gerais
Os Campos gerais também são conhecidos como pampas ou campos do 
sul, e estão localizados no estado do Rio Grande do Sul. Mas eles ultrapassam o 
território nacional, abrangendo parte dos territórios uruguaios e argentinos. O clima 
da região é o subtropical frio, com temperaturas médias anuais de 19o C. Os terrenos 
planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, 
são ocupados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo 
savana aberta. Estas extensas planícies favorecem os ventos fortes e gelados que são 
conhecidos na região como “minuanos”. Há ainda áreas de florestas estacionais e 
de campos de cobertura gramíneo-lenhosa. (AGUIAR et al., 2010).
O relevo plano, com a predominância de gramíneas e a presença bastante 
esparsa de arbustos e árvores, torna os Campos Gerais uma região bastante 
adequada à criação de gado e à agricultura. Mas o cultivo de pastagens e plantas 
de interesses econômicos tem levado à destruição da vegetação original. A fauna é 
composta especialmente por roedores, répteis e aves como o quero-quero (Vanellus 
chilensis) – Ave-símbolo do estado do Rio Grande do Sul. (AGUIAR et al., 2010).
FIGURA 27 – CAMPOS GERAIS
FONTE: <http://www.camposgeraisemais.com.br/2009/04/09/comunidade-vai-decidir-
geoparque-dos-campos-gerais/>. Acesso em: 19 jul. 2011.
TÓPICO 2 | CARACTERIZAÇÃO DE MEIO AMBIENTE
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● Pantanal
O Pantanal abrange parte dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso 
do Sul, além de parte dos territórios paraguaio e boliviano, onde é chamado 
de “chaco”. Como área transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal 
é uma das regiões de maior biodiversidade e a maior planície de inundação 
contínua do planeta, sendo coberta por vegetação predominantemente aberta. 
Este ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos, cobertos 
de diferentes fisionomias devido à variedade de microrrelevos e regimes de 
inundação. (AGUIAR et al., 2010).
O clima da região é definido como tropical úmido e as temperaturas 
médias anuais variam entre 23o C e 25o C. Toda vida no pantanal está relacionada 
ao regime das águas, que é dividido entre “vazante” – maio a julho, e “seca”- 
agosto a outubro. (AGUIAR et al., 2010).
A flora do Pantanal é distinta nas áreas altas, onde não ocorrem as 
inundações, e nas áreas baixas, que na “vazante” fica inundada. Nas áreas 
mais altas encontramos vegetação com características de Mata ou de Cerrado, 
e nas áreas mais baixas se desenvolvem grande variedade de plantas aquáticas. 
(AGUIAR; ARGEL-DE-OLIVEIRA; SANTOS, 2010).
A fauna pantaneira é composta por uma variedade muito grande de 
espécies. Dentre elas, podemos citar peixes como dourado (Salminus brasiliensis), 
jaú (Paulicea luetkeni), pacu (Piaractus mesopotamicus), pintado (Pseudoplatystoma 
corruscans), piraputanga (Brycon hilarii); répteis como calango (Ameiva ameiva), 
jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris), jiboia (Boa constrictor constrictor), 
sucuri (Eunectes murinus); mamíferos como anta (Tapirus terrestris), capivara 
(Hydrochoerus hydrochoeris), onça-pintada (Panthera onca), queixada (Tayassu pecari), 
veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus); e aves como arara-azul (Anodorhynchus 
hyacinthinus), biguá (Phalacrocorax brasilianus), cafezinho (Jacana jacana), ema (Rhea 
americana), socó-boi (Tigrisoma lineatum), tuiuiú (Jabiru mycteria), udu-de-coroa-
azul (Momotus momota) – Ave-símbolo de Bonito/MS. (AGUIAR et al., 2010).
FIGURA 28 – VISTA AÉREA DO PANTANAL, MOSTRANDO CAMPOS, CORDILHEIRAS E BAÍAS
FONTE: <http://ppbio.inpa.gov.br/Port/inventarios/pantanalsul/copy_of_index_html/view>. 
Acesso em: 19 jul. 2011.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DO MEIO AMBIENTE E DO ECOTURISMO
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4 PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE 
NATURAL
O ser humano sempre esteve vinculado ao meio ambiente. No início de 
sua história esse vínculo era muito forte, pois tudo o que precisava para viver 
vinha diretamente da natureza, como alimentos, roupas e utensílios. Ainda hoje, 
tudo o que usamos tem origem natural, ainda que distante como o plástico, cuja 
matéria-prima é o petróleo. 
No início essa relação era harmoniosa, com os hominídeos sobrevivendo 
da coleta de frutos e raízes na floresta, depois com a caça e as primeiras ferramentas 
fabricadas com madeira e pedra, que Sachs (2009) caracteriza como sendo de 
alta dependência da biomassa. Aos poucos esse trabalho ficou mais elaborado, 
precisando cada vez mais de recursos. O domínio dos minerais, a produção de 
alimentos em maior quantidade, a domesticação de animais e a formação de 
comunidades foram grandes transformadores da humanidade e nos levou à 
civilização atual. (MANÇO; PIVATTO, 2002).
Como os recursos eram fartos, ninguém se preocupava com sua 
conservação, pois se imaginava que nunca acabariam. A descoberta de novas 
fontes de energia e novas formas de aproveitá-las nunca levou em conta a 
degradação ambiental, sendo que a Revolução Industrial foi o início de uma era

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