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A ORIGEM DO NOME Paraíba significa ‘rio ruim, impraticável’ ou ‘rio mau’, diante da dificuldade de navegação nesse rio que dá nome ao estado Outra versão é de que o nome na realidade significa ‘grande enseada’. De qualquer forma, a capitania da Paraíba foi fundada ainda em 1585. A HISTÓRIA DA PARAÍBA HISTORIOGRAFIA FONTES HISTÓRICAS PERIODIZAÇÃO OS PRIMEIROS HABITANTES • Os potiguaras, também conhecidos como potiguara, potiguares, petiguares, pitaguares, pitiguares e pitiguaras, são um grupo indígena brasileiro que, no século XVI, ocupava áreas hoje pertencentes aos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. • Os tabajaras são um povo indígena que habita o litoral do Brasil no trecho entre a ilha de Itamaracá e a foz do rio Paraíba. • No século XVI, eram 40 mil indivíduos, e se aliaram aos colonizadores portugueses na Capitania de Pernambuco, além de terem ajudado a fundar o que viria a ser a Capitania da Paraíba. OS PRIMEIROS HABITANTES: OS TABAJARA • Na Paraíba a população de Tabajaras é de aproximadamente 750. • As famílias vivem em lotes da reforma agrária em Conde, Pitimbu e Alhandra e as que não conseguiram lotes vivem em bairros periféricos da capital. • Desde 2005, diversas famílias no estado da Paraíba vêm reivindicando o reconhecimento étnico oficial de sua condição de indígenas tabajaras nos seguintes municípios e localidades: ❖ Alhandra: Mucatu; ❖ Conde: Barra de Gramame, Jacumã e periferia do Conde; ❖ João Pessoa: Grotão, José Américo, Mandacaru, Cristo Redentor, Geisel, Jardim Veneza; ❖ Pitimbu: Abiaí e Pitimbu • Atualmente, sem território representativo, os Tabajara estão dispersos em localidades da baixa renda, pela Microrregião Litoral Sul da Paraíba, como Alhandra, Pitimbu e Conde, além de bairros periféricos dos municípios da Grande João Pessoa, Bayeux e Santa Rita. OS PRIMEIROS HABITANTES Os potiguara e os Franceses. Os Tabajaras e os Portugueses OS PRIMEIROS HABITANTES: OS POTIGUARA • Habitavam a região hoje compreendida entre o Rio Paraíba e o baixo Jaguaribe (atual Ceará); • Conforme aponta documentação do século XVI, eram conhecidos como os "senhores do Paraíba“; • Resistiram por décadas às investidas dos colonizadores portugueses em direção ao norte, pondo em risco o projeto colonizador; • Segundo IHGP (Inst. Histórico e Geográfico Paraibano) relata a história dos Potiguara desde os primeiros contatos com os europeus (início do XVI), o trato do pau- brasil negociado com os franceses, as primeiras investidas portuguesas no rio Paraíba e o período Holandês OS PRIMEIROS HABITANTES: OS POTIGUARA • A conquista do Rio Paraíba foi motivada por conta dos ataques que os índios Potiguara deflagraram contra a Capitania de Itamaracá a partir do século XVI; • O território, antes, fazia parte da Capitania de Itamaracá e fora devolvido à Coroa Portuguesa por impossibilidade dos herdeiros de Pero Lopes de Sousa controlarem às terras; • A Capitania se estendia desde a barra do rio Goiana até a Baía da Traição. • E era justamente dessa região que saíam os ataques dos Potiguara; • Os Potiguara contavam com o apoio dos franceses (parceiros no negócio do pau-brasil). OS PRIMEIROS HABITANTES: OS POTIGUARA • Hostilidades com os portugueses “Tragédia de Tracunhaém” (1574) • Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de um índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de Tracunhaém (PE). • Após receber a comitiva constituída pela índia e seus irmãos, vindos de viagem, após resgatar a índia raptada, para pernoite em sua casa, um senhor de engenho, Diogo Dias, provavelmente escondeu-a, de modo que quando amanheceu o dia a moça havia desaparecido e seus irmãos voltaram para sua tribo sem a índia. OS PRIMEIROS HABITANTES: OS POTIGUARA • Seu pai ainda apelou para as autoridades, enviando emissários a Pernambuco sem o menor sucesso. • Os franceses que se encontravam na Paraíba estimularam os potiguaras à luta. • Pouco tempo depois, todos os chefes potiguaras se reuniram, movimentaram guerreiros da Paraíba e do Rio Grande do Norte e atacaram o engenho de Diogo Dias. • Foram centenas de índios que, ardilosamente, se acercaram do engenho e realizaram um verdadeira chacina a morte de todos que encontraram pela frente: proprietários, colonos e escravos, seguindo-se o incêndio do engenho. OS PRIMEIROS HABITANTES: OS POTIGUARA • Após o massacre, o rei de Portugal desmembrou Itamaracá e deu a ordem de punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. • Assim começaram as cinco expedições para a conquistar a Capitania Real da Paraíba, atual estado da Paraíba. A FORMAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA A Expansão Marítima O Mercantilismo O Sentido da Colonização O relativo abandono Martim Afonso de Souza PERIODIZAÇÃO DA PARAÍBA PARAÍBA COLONIAL PARAÍBA IMPERIAL PARAÍBA REPUBLICANA VICENTE PINZÓN • navegador espanhol que teria chegado ao Brasil antes mesmo que Cabral • A história oficial sobre o Descobrimento do Brasil conta que o português Pedro Álvares Cabral desembarcou no sul da Bahia, em 22 de abril de 1500, em um local batizado de Monte Pascoal. • Porém, existem relatos documentados de que, cerca de três meses antes, no dia 26 de janeiro, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón já teria aportado na Ponta do Mucuripe, em Fortaleza, nomeando o local de Cabo de Santa Maria de la Consolación • Pelo feito, o navegador e explorador ganhou importância na capital cearense e acabou emprestando o nome a um dos bairros mais interessantes de Fortaleza. VICENTE PINZÓN • navegador espanhol que teria chegado ao Brasil antes mesmo que Cabral • A história oficial sobre o Descobrimento do Brasil conta que o português Pedro Álvares Cabral desembarcou no sul da Bahia, em 22 de abril de 1500, em um local batizado de Monte Pascoal. • Porém, existem relatos documentados de que, cerca de três meses antes, no dia 26 de janeiro, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón já teria aportado na Ponta do Mucuripe, em Fortaleza, nomeando o local de Cabo de Santa Maria de la Consolación • Pelo feito, o navegador e explorador ganhou importância na capital cearense e acabou emprestando o nome a um dos bairros mais interessantes de Fortaleza. VICENTE PINZÓN: BIOGRAFIA • Nasceu em 1462, na cidade portuária de Palos de la Frontera, na Costa Atlântica da Andaluzia. • Era de longe o mais jovem dentre seus irmãos, e provavelmente recebeu o sobrenome “Pinzón” de um certo Yáñez de Rodrigo Yáñez, um funcionário da administração municipal espanhola, que seria seu padrinho, como era costume na região. • Desde muito pequeno aprendeu a arte de navegar com seu irmão mais velho, um dos mais destacados navegadores da época e participou desde a adolescência em combates e assaltos naqueles tempos conturbados • Casou-se duas vezes, a primeira com Teresa Rodríguez, que lhe deu duas filhas: Ana Rodríguez e Juana González. • A segunda, ao voltar de sua última viagem, à península de Iucatã, em 1509, com Ana Núñez de Trujillo, com quem viveu em Triana, um bairro de Sevilha, até sua morte. O mapa representa a rota de Pinzón segundo três interpretações. A primeira indica sua chegada ao cabo Orange. Essa tese foi defendida pelo historiador luso Duarte Leite, em 1926. A segunda, estabelecida por Justo Guedes, marca sua chegada ao Ceará e é a mais provável. A terceira o conduz até o cabo de Santo Agostinho (PE) e baseia-se nas afirmativas feitas pelo próprio Pinzón em 1515. O PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530) • Relativo abandono • O Comércio de especiarias nas Índias • Falta de riquezas para explorar de imediato • O escambo e o estando • A Exploração do Pau-brasil • As ameaças estrangeiras: piratas e corsários O PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530) • Expedições exploratórias: tinham como função fazer o levantamento de possíveis riquezas, mapeamento do litorale a exploração do pau-brasil. • Expedições de patrulha ou guarda-costas: eram responsáveis por fazer a proteção do litoral da colônia. A extensão do território era um fator que dificultava esse controle. • As primeiras expedições exploratórias foram feitas por portugueses como Fernão de Noronha, Gaspar de Lemos e Gonçalo Coelho, principalmente entre os anos de 1500 e 1505. • O fracasso das expedições O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS A viagem de Martim Afonso de Souza A divisão em capitanias Hereditárias TRADICIONAL DIVISÃO Os direitos e os deveres Direitos dos donatários: explorar as capitanias e obter parte dos lucros da coroa com os produtos vendidos. Deveres dos donatários: povoar, defender e tornar sua capitania lucrativa fundando vilas e doando terras (sesmarias). DIVISÃO ATUALIZADA A CAPITANIA DE ITAMARACÁ • Estendia-se do rio Santa Cruz até a Baía da Traição • Inicialmente essa capitania foi doada à Pedro Lopes de Souza, que não pôde assumir, vindo em seu lugar o administrador Francisco Braga, que devido a uma rivalidade com Duarte Coelho, deixou a capitania em falência, dando lugar a João Gonçalves, que realizou algumas benfeitorias na capitania como a fundação da Vila da Conceição e a construção de engenhos. • Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em declínio, ficando a mercê de malfeitores e propiciando a continuidade do contrabando de madeira. • Com a tragédia de Tacunhaém, em 1574 o rei de Portugal desmembrou Itamaracá, dando formação à Capitania Real da Paraíba. A FORMAÇÃO DA PARAÍBA Existia uma grande preocupação por parte dos lusitanos em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, pois havia a garantia do progresso da capitania pernambucana, a quebra da aliança entre Potiguaras e franceses, e ainda, estender sua colonização ao norte. • Quando o Governador Geral (D. Luís de Brito) recebeu a ordem para separar Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a ordem de punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. • Assim começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o Ouvidor Geral D. Fernão da Silva. • I Expedição (1574): O comandante desta expedição foi o Ouvidor Geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por indígenas e teve que recuar para Pernambuco. • II Expedição (1575): Quem comandou a segunda expedição foi o Governador Geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro Governador Geral (Lourenço Veiga), tenta conquistar a o Rio Paraíba, não obtendo êxito. • III Expedição (1579): Frutuoso Barbosa impôs a condição de que se ele conquistasse a paraíba, a governaria por dez anos. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa. AS EXPEDIÇÕES DE CONQUISTA DA PARAÍBA(1574-1585) AS EXPEDIÇÕES DE CONQUISTA DA PARAÍBA(1574-1585) • IV Expedição (1582): Com a mesma proposta imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses. Barbosa desiste após perder um filho em combate. • V Expedição (1584): Este teve a presença de Flores Valdez, Felipe de Moura e o insistente Frutuoso Barbosa, que conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a Paraíba. Após a conquista, eles construíram os fortes de São Tiago e São Felipe. • Para as jornadas o Ouvidor Geral Martim Leitão formou uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que eram índios Tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua luta era contra os Potiguaras (rivais dos Tabajaras). • Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra traição, a rejeitaram. Depois de um certo tempo Leitão e sua tropa finalmente chegaram aos fortes (São Felipe e São Tiago), ambos em decadência e miséria devido as intrigas entre espanhóis e portugueses. AS EXPEDIÇÕES DE CONQUISTA DA PARAÍBA(1574-1585) • Com isso Martim Leitão nomeou outro português, conhecido como Castrejon, para o cargo de Frutuoso Barbosa. • A troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castrejon havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha. • Quando ninguém esperava, os portugueses se unem aos Tabajaras, fazendo com que os Potiguaras recuassem. • Isto se deu no início de agosto de 1585. • A conquista da Paraíba se deu no final de tudo através da união de um português e um chefe indígena chamado Piragibe, palavra que significa Braço de Peixe. A FUNDAÇÃO DA PARAÍBA Martim Leitão trouxe pedreiros, carpinteiros, engenheiros e outros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves. Com o início das obras, Leitão foi a Baía da Traição expulsar o resto dos franceses que permaneciam na Paraíba. A FUNDAÇÃO DA PARAÍBA • Fundada em 1585, João Pessoa já nasceu cidade. • Sem nunca ter passado pela designação de vila, povoado ou aldeia, visto que foi fundada pela Cúpula da Fazenda Real, uma Capitania da Coroa, é considerada a terceira cidade mais antiga do Brasil (Mello, 1987). • A cidade de João Pessoa teve vários nomes antes da atual denominação. • Primeiro foi chamada de Nossa Senhora das Neves, em 05 de agosto de 1585, em homenagem ao Santo do dia em que foi fundada. • Depois foi chamada de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em 29 de outubro de 1585, em atenção ao rei da Espanha D. Felipe II, quando Portugal passou ao domínio Espanhol. • Em seguida recebeu o nome de Frederikstadt (Frederica), em 26 de dezembro de 1634, por ocasião da sua conquista pelos holandeses, em homenagem a Sua Alteza, o Príncipe Orange, Frederico Henrique. A FUNDAÇÃO DA PARAÍBA • Novamente mudou de nome, desta vez passando a chamar-se Parahyba, a 01 de fevereiro de 1654, com o retorno ao domínio português, recebendo a mesma denominação que teve a capitania, depois a província e por último o Estado. • Em 04 de setembro de 1930, finalmente recebeu o nome de João Pessoa, homenagem prestada ao Presidente do Estado assassinado em Recife por ter negado apoio a Júlio Prestes, candidato oficial à Presidência da República, nas eleições de 1930 (Rodriguez, 1991). CRONOLOGIA • 1586 – Era chamada Povoação de N Sra das Neves. • 1587 – Nominada de Cidade de N Sra das Neves. • 1589 – Chamava-se Filipéia de N Sra das Neves, em homenagem a Felipe II, então Rei da União Ibérica. • 1599 – É denominada Cidade da Parahyba. • 1634 – Com a invasão holandesa é nominada Frederica, homenagem ao Príncipe de Orange, Frederico. • 1654 – Após expulsão dos holandeses, volta a ser chamada de Parahyba. • 1930 – Sob clamor popular a Assembleia muda o nome da Capital (Sede) para João Pessoa, homenagem ao líder e reformista, assassinado em 1930. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES A conquista, pelos portugueses, do atual território da Paraíba, em 1585, foi marcada por um duro enfrentamento militar. Sobre essa guerra, leia o fragmento do texto do Sumário das Armadas. “Chegando (os portugueses) à boca da barra do Paraíba, com a armada que trouxe, e alguns caravelões destas duas capitanias, Tamaracá e Pernambuco, entraram pelo rio acima, por terem aviso que sete ou oito naus francesas, que lá estavam surtas, estavam bem descuidadas, e varadas em terra, e a maior parte da gente nela, e os índios metidos pelo sertão, a fazer pau para a carga deles. E dando de súbito sobre elas, queimaram cinco, esbulhando-as primeiro, que foi um honradofeito: as outras fugiram com quase toda a gente.” Fonte: Anônimo. História da Conquista da Paraíba. Brasília: Senado Federal, 2006, p. 34. Com base no texto e nos conhecimentos históricos sobre o tema nele abordado, é correto afirmar: A) Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, eram parte, em 1585, do império espanhol, que desejava construir um porto em Cabedelo e expulsar os potiguara dessa área. Os portugueses mantinham boas relações com esse povo indígena, mas a Espanha impôs suas ordens aos lusitanos, que foram forçados à guerra contra os potiguara. QUESTÃO 1 UFPB B) Os portugueses e os franceses haviam entrado em acordo, uma vez que ambos eram inimigos da Espanha. Por esse acerto, os franceses poderiam retirar o pau-brasil da Paraíba, mas os potiguara, senhores do território, não aceitaram a aliança franco- lusitana, o que impediu a exploração do território pelos franceses. C) Portugal e suas colônias, desde 1580, estavam sob domínio da Espanha, o que gerou conflitos entre portugueses e espanhóis não só na Europa, mas também na América. Os espanhóis aliaram-se aos potiguara, habitantes do território hoje paraibano, e guerrearam contra os portugueses, o que levou os últimos a se apossarem das terras potiguara. D) Os franceses aliaram-se aos índios potiguara, com os quais trocavam presentes e armas por pau-brasil. Essa aliança ameaçava os engenhos de açúcar da Capitania de Pernambuco e motivou os portugueses à guerra e à conquista do território que se tornaria a Capitania da Paraíba. E) Os franceses já ocupavam, desde a metade do século XVI, as terras da atual Paraíba, em que estabeleceram contatos e acordos com os índios tabajara para a exploração do pau-brasil. Os portugueses consideravam essa aliança uma ameaça ao seu domínio e se aliaram aos índios potiguara, que eram inimigos dos tabajara. QUESTÃO 1 UFPB Leia o excerto e, em seguida, responda ao que se pede: “Martim Leitão deu início à edificação da então cidade de Nossa Senhora das Neves. Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte. Paraíba foi a terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última do século XVI.” (FONTE: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/historico. Acesso em 14 de março às 22:00 horas). Atualmente a cidade que faz referência ao fragmento do texto é: A) Itabaiana. B) Pombal. C) Sousa. D) Campina Grande. E) João Pessoa. QUESTÃO 2 UEPB Durante o século XVI, por ordem do rei de Portugal, chegaram as expedições para a conquista da Paraíba, mas foi somente na 5ª expedição, em 1584, que o governo português conseguiu: A) desmembrar Itamaracá, dando formação à Capitania do Rio Paraíba. B) desmembrar Santa Cruz, dando formação à Capitania de Patos. C) expulsar os holandeses e conquistar Santa Cruz. D) expulsar os franceses e conquistar a capitania do Rio Grande. E) expulsar os franceses e conquistar a Paraíba. QUESTÃO 3 IBADE Assumindo os ideais iluministas no reino, o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas de Portugal e colônias. Na Paraíba, os jesuítas foram expulsos por Pombal, em 1759. A consequência dessa expulsão para a capitania foi a A) criação de uma cultura formada por valores Indígenas Católicos. B) expansão da pecuária sobre as terras dos indígenas no Sertão da Paraíba. C) introdução de novos conhecimentos espirituais e científicos vindos da Europa. D) intensificação dos conflitos que ocorriam entre colonos e os Tupis- Guaranis. E) desarticulação do sistema de ensino mantido por essa Ordem Religiosa. QUESTÃO 4 FCC Contando em 1774 com (...) uma população total de 52.000 habitantes em toda capitania, a Paraíba tornou-se presa para o Tribunal do Santo Ofício. Especialistas sustentam haver sido ela a capitania mais perseguida pela instituição, depois do Rio de Janeiro (...) No Brasil, a Inquisição significou mecanismo do pacto colonial, ou seja, de transferência de riqueza de colônia para a metrópole. (José Octávio de Arruda Mello. História da Paraíba , lutas e resistência. Paraíba, Conselho Estadual de Cultura (SEC): União Editora, s/d. p. 81-82) A partir do texto pode-se afirmar que a atuação da Inquisição na capitania, no século XVIII, A) foi um dos elementos responsáveis pelo atraso econômico da Paraíba. B) fez com que a Paraíba superasse sua mais séria e longa crise financeira. C) foi uma das causas pelo declínio da exploração metropolitana na Paraíba. D) fez com que a metrópole aplicasse uma brutal alta de impostos na Paraíba. E) foi responsável pelo crescimento da produção de subsistência na Paraíba. QUESTÃO 5 FCC Além das finalidades econômicas e militares, a nascente Capitania da Paraíba cumpria funções político-administrativas e sociais. Isto por caber articular a sociedade em formação. Nela, a figura central era o capitão-mor com atribuições assemelhadas aos atuais governadores. (José Octávio de Arruda Mello. História da Paraíba , lutas e resistência. Paraíba, Conselho Estadual de Cultura (SEC): União Editora, s/d. p. 28) Considerando as informações do texto e o conhecimento da História da Paraíba, pode-se afirmar que a função político-administrativa da capitania tinha em vista A) restringir o povoamento para assegurar o sucesso da capitania. B) implantar um sistema político semelhante à Metrópole, na Paraíba. C) possibilitar maior participação dos colonos no governo da Paraíba. D) garantir a subordinação da Paraíba à Metrópole, ou seja, a Portugal. E) transferir o poder da Capitania para a Metrópole, ou seja, a Portugal. QUESTÃO 6 Segundo o historiador José Octávio de A. Mello, foram responsáveis pela ocupação do litoral e brejos e do interior da Paraíba, nos séculos XVI e XVII, respectivamente, A) a sesmaria, grande propriedade produtora de algodão, e o binômio couro/tabaco B) a produção agrícola voltada para o comércio interno, e o binômio algodão/tabaco. C) o latifúndio, unidade produtora de cana-de-açúcar, e o binômio pecuária/algodão no sertão. D) o minifúndio, unidade produtora de alimento e matéria-prima, e a monocultura de açúcar no litoral. E) a economia de subsistência, com base na mão de obra livre, e a agroindústria açucareira no sertão. QUESTÃO 7 Em verdade, os portugueses aproveitaram-se das diferenças étnicas entre as tribos indígenas para jogar umas contra as outras e prevalecer. Assim, aliás, atuará sempre o colonialismo... Sem a cisão do campo dos naturais da terra, os representantes do Império não teriam dominado parte alguma do mundo. (José Octávio de Arruda Mello. História da Paraíba, lutas e resistência. Paraíba, Conselho Estadual de Cultura (SEC): União Editora, s/d. p. 25-26) Com base no texto e no conhecimento histórico, pode-se afirmar que o sucesso da expedição chefiada por João Tavares na conquista da Paraíba em 1585 deveu-se, principalmente, A) aos acordos de paz entre os missionários e índios do grupo Tapuias. B) ao estímulo português a conflitos entre índios Potiguaras e invasores. C) à agressividade dos indígenas na luta entre portugueses e Tapuias. D) à rivalidade existente entre os indígenas Tabajaras e Potiguaras. E) aos constantes conflitos entre os franceses e os Tupis-Guaranis QUESTÃO 8 FCC Em 1574 aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de Tracunhaém", no qual índios mataram todos os moradores de um engenho chamado Tracunhaém em Pernambuco. Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de Tracunhaém. Com base no conhecimento da História da Paraíba, é correto afirmar que essa Tragédia contribuiu para A) a aliança entre os índios Potiguaras e portugueses e para o progresso da Paraíba. B) o desmembramento da capitania de Itamaracá e para a formação da capitania da Paraíba. C) a autonomia administrativa de colônia e para a expansão das bandeiras no interior da Paraíba. D) a resistência indígena à conquista portuguesa e para a expansão da pecuária na Paraíba. E) o ingresso de Ordens religiosas na capitania e para a catequização dosíndios da Paraíba. QUESTÃO 9 FCC A Tragédia de Tracunhaém é a denominação do episódio histórico A) em que centenas de indígenas, que habitavam o território entre Pernambuco e Paraíba, foram massacrados por conquistadores portugueses, em um ataque surpresa liderado por Frutuoso Barbosa. B) ocorrido no rio de mesmo nome, quando uma frota de embarcações portuguesas foi alvo do ataque de tribos indígenas e de colonizadores holandeses, sendo todos os tripulantes mortos. C) que resultou na morte de todos os colonos que habitavam o engenho de mesmo nome, motivando a determinação dos portugueses em controlar mais rigorosamente a região por meio da criação da capitania da Paraíba. D) no qual uma forte epidemia de varíola se alastrou e dizimou, em poucos meses, várias aldeias indígenas e as populações que habitavam diversas vilas em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. E) decorrente do enfrentamento entre colonizadores franceses e portugueses, aliados a tribos indígenas, que terminou com a destruição completa dos vilarejos da capitania de Itamaracá, e um grande número de mortos de ambos os lados. QUESTÃO 10 FCC As dificuldades encontradas pelos portugueses na conquista da Paraíba tiveram relação com A) a prévia ocupação francesa na região, e as alianças entre os franceses e as tribos Potiguaras. B) a animosidade dos índios Tabajaras que, ao resistirem às tentativas de ocupação, provocou seu extermínio. C) os ataques empreendidos pelas vilas coloniais, fundadas por espanhóis e densamente fortificadas. D) o descaso da Coroa com a conquista dessa região, uma vez que nenhum tipo de exploração econômica havia sido implantado. E) o fracasso das sucessivas expedições de conquista que, devido às intempéries marítimas, jamais chegaram ao seu destino. QUESTÃO 11 FCC A Paraíba está situada na porção leste da região Nordeste. Seu território abriga o ponto extremo leste da América do Sul. Seu relevo comporta planície, planalto e depressões. Com 1.197 metros de altitude, o pico do Jabre, na serra do Teixeira, é o ponto mais elevado do território do estado. Quanto à vegetação, veem-se mangues, pequena área de floresta tropical e caatinga. O clima comporta, basicamente, dois tipos: tropical e semiárido. Entre suas principais cidades, estão a capital João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, Guarabira, Cajazeiras, Sapé e Cabedelo. A ocupação e a colonização da Paraíba tiveram início no mesmo século em que começou a colonização do Brasil. A fundação da Vila de Felipéia de Nossa Senhora das Neves ocorreu em 1585. A cana-de-açúcar esteve na origem da colonização do território paraibano, vinda de Pernambuco. O desenvolvimento da economia açucareira atraiu a atenção de outros europeus que tentaram se fixar na região. Na mesma época, na região em torno da atual Campina Grande, desenvolvia- se a pecuária. No século XIX, a Paraíba envolveu-se nas lutas pela independência do Brasil. Em 1874, uma revolta, verdadeira insurreição popular contra a pobreza, a fome, os impostos elevados e o descaso pela população sertaneja, sacudiu a província. Na Primeira República (1889-1930), a economia manteve-se atrelada a uma agricultura estagnada e, sob o ponto de vista político, o Estado continuou submetido ao poder das oligarquias. QUESTÃO 12 FCC Em 1930, a Paraíba teve importante papel na Revolução que levou Getúlio Vargas ao poder nacional. Citada no texto, a Vila de Felipéia de Nossa Senhora das Neves, fundada no século XVI, é a atual cidade de A) Campina Grande. B) Guarabira. C) Sousa. D) João Pessoa. E) Patos. QUESTÃO 12 CEBRASPE 1.D 2.E 3.E 4.E 5.A 6.D 7.C 8.D 9.B 10.C 11.A 12.D GABARITO
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