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ESTUDOS ECONÔMICOS E POLÍTICOS AULA 4 Prof.ª Regina Paulista Fernandes Reinert 2 CONVERSA INICIAL Discutiremos nesta aula questões impostas pelo capitalismo atual, suas estratégias para garantir a sua perpetuação e visualizaremos as diversas formas que ele adquire em distintos momentos históricos e políticos. Entre elas, destacamos as relações que envolvem o mundo do trabalho e as consequências da pós-industrialização. O objetivo desta aula é proporcionar uma reflexão do que ocorre na contemporaneidade em relação ao capitalismo e sua a relação com o neoliberalismo. Os objetivos de aprendizagem desta aula são: caracterizar as principais mudanças no cenário global a que passa o capitalismo atual; estabelecer relações entre o capitalismo contemporâneo (sistema econômico) e o neoliberalismo (sistema político); possibilitar uma visão crítica acerca da materialidade e da representação no comportamento econômico e político. É impossível desvencilhar a economia do processo do neoliberalismo que se expande de forma global. Se por um lado temos uma economia que se apresenta de forma globalizada e proporciona a abertura de novas vagas, por outro, temos a hegemonia de um modelo que se expande de forma desigual. Bons estudos! CONTEXTUALIZANDO O século XXI apresenta uma nova configuração do sistema capitalista da forma como se conhecida, principalmente, com a introdução de inovações tecnológicas e organizacionais, há uma alteração da noção de tempo e espaço, uma reconfiguração do mundo, e empresas estão instaladas por todo o planeta, em forma de montadoras. A vida dos trabalhadores também apresenta uma nova configuração, com novas formas de exercer as atividades, criação de novas profissões, a entrada significativa da mulher no mercado de trabalho, com a feminização do trabalho, a força braçal não é a mais importante foi substituída pelo trabalho intelectual. 3 Apesar dessa nova dinâmica, as relações de trabalho mantêm a forma original apregoada no capitalismo: a relação entre os proprietários dos meios de produção e aqueles que apenas têm a sua força de trabalho para ser vendida ainda está presente. O desafio neste momento é superar a contradição da relação trabalho versus capital, que gera um contingente de pessoas que não são absorvidas pelo mercado de trabalho formal, indo para a informalidade ou aumentando o índice de desempregados, acrescendo a isso uma política neoliberal, quando o Estado de bem-estar social está preste a deixar de existir. Junto a tudo isso, há ainda uma elevada taxa de privatizações e a concentração da renda nas mãos de conglomerados transnacionais, que associando as relações econômicas e políticas determinam o futuro global. Os temas abordados nesta aula são os seguintes: pós-industrial; mundo do trabalho; economia informal; inovações tecnológicas e organizacionais; feminização do trabalho. Pesquise Nesta aula, vamos refletir a respeito do sistema capitalista na atualidade e a sua reestruturação produtiva e o mundo globalizado. Para a fixação dos conteúdos, é necessário que você leia os textos e assista aos vídeos sugeridos. Ao final, realize as atividades proposta de estudo de caso. TEMA 1 – ECONOMIA PÓS-INDUSTRIAL O sistema econômico com base na agricultura sofre uma queda na sua produção, no final do século XVIII, período em que se inicia o capitalismo industrial que perdurou até meados do século XX. O lema desse período é a eficiência, produzir muito, em menor tempo possível e com baixo custo. Entre os modos de produção utilizados para maior eficiência estão a teoria taylorista e a fordista. No período conhecido como pós-Segunda Guerra Mundial, há uma queda no crescimento agropecuário, enquanto os setores secundários (indústria) e 4 terciário (setor de serviços) passam a representar um aumento de vagas de emprego, ocorre uma transformação do modo de produção capitalista para que se torne mais competitivo, portanto gere mais lucros. Pode-se dizer que a sociedade pós-industrial já começa a dar indícios no pós-guerra, com o aumento da comunicação entre os países, a expansão das inovações tecnológicas e as mudanças na base econômica. Uma sociedade baseada na produção de informação, serviços, semiótica e estética. De acordo com Comparato (2013, p. 67), a sociedade pós-industrial evidencia a ruptura com os padrões estabelecidos pela sociedade capitalista do século XIX e “sua origem coincide com as manifestações de revolta popular espontânea, ocorridas em vários países ao redor do mundo, a partir de meados dos anos 60 do século XX”. Entre as várias manifestações, podem-se destacar: nos Estados Unidos a revolta contra a Guerra do Vietnã, em 1964; na França a revolta de estudantes, em 1968; movimentos sociais que contestavam a exploração econômica, o racismo, a guerra. O grande empresariado soube reagir aos desafios econômicos e sociais, aproveitando a oportunidade para reinventar o capitalismo, com o aumento a escolarização das camadas populares, qualificando a mão de obra para o novo modelo produtivo. Na década de 1970, surge o termo pós-industrial, que se entende por um crescimento do setor de serviços (terciário), serviços pessoais, comércio, instituições financeiras, transporte e setor público, da informação, aumento da escolarização e difusão da mídia. Em contrapartida, há um declínio dos setores industriais ou da indústria transformadora, diminuição de postos de trabalho formais e do setor agrícola. Entre os estudiosos da sociedade pós-industrial estão Alian Touraine, que empregou o termo pela primeira vez em 1969, na França, em seu livro La société post-industrielle, posteriormente, foi empregada nos Estados Unidos, em 1973 por Daniel Bell em seu livro The Coming of Post-Industrial Society. Apesar de terem enfoques diferenciados, para Bell (1977) o conceito de pós-industrial é geral e amplo. Para tanto ele subdivide em cinco dimensões: 1. as mudanças da economia de produção de bens para o setor de serviços; 2. distinção entre classe profissional e técnica; 5 3. o conhecimento teórico como fonte de inovação e formulações para política para a sociedade; 4. o controle da tecnologia e a distribuição tecnológica como orientação futura; 5. criação de uma tecnologia intelectual. Já para Alain Touraine (1970, p. 8), pós-industriais, caso se queira marcar a distância que as separa das sociedades de industrialização que a precederam e que se misturam ainda a ela tanto sob sua forma capitalista quanto sob a forma socialista. Pode-se chamá-las de sociedades tecnocráticas, caso se queira nomear o poder que as domina. E ainda sociedades programadas, caso se procure defini-las, antes, pela natureza de seu modo de produção e de organização econômica. Mas o que isso realmente significa? O mundo capitalista como conhecemos até o momento é predominantemente industrial. O trabalho muitas vezes braçal está presente em fábricas. Os empregos estão direta ou indiretamente ligados à produção de bens industriais, ocorre a diminuição ou eliminação da capacidade produtiva em determinados países ou regiões. O trabalho torna-se mais mental, a criatividade substitui a muscular, as atividades mentais tornam-se fundamentais para ao aprimoramento de mecanismos de processamentos de dados e inteligência artificial. Para Lucci (S.d.), “vivemos na era pós-industrial, um novo mundo, onde o trabalho físico é feito pelas máquinas e o mental, pelos computadores. Nela cabe ao homem uma tarefa para qual é insubstituível: ser criativo, ter ideias”. Os programas de computadores permitem um aumento na qualidade e redução no custo de produção industrial, corrigindo erros e antecipando o funcionamento do processo, para que não aja desperdício de tempo e de matéria-prima.A economia pós-industrial tem agora uma nova matéria-prima que é a tecnologia da informação. A indústria de produção de bens ocupa países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que produzem o necessário a um custo baixo, mas não detêm o conhecimento. As tarefas são automatizadas, os trabalhos tendem a ser tornar menos pesados. Com isso, novas relações laborais se estabelecem, substituem as antigas formas de trabalho e consequentemente a transformação na forma de mediação dos conflitos entre o Direito do Trabalho e a classe operária, assim 6 como as relações sociais, econômicas e políticas, conforme Touraine (1970, p. 17-18), enquanto que na sociedade de industrialização capitalista esta resistência da vida privada permanecia definida no quadro do trabalho, apoiava-se sobre a profissão (métier) ou a coletividade local, agora, face a um poder de integração, de manipulação e de agressão que atinge todos os domínios da vida social, é o conjunto da personalidade que se mobiliza [...] A sociedade, entorpecida durante muito tempo na satisfação do seu êxito material, não rejeita o progresso técnico e o crescimento econômico, mas a sua submissão a um poder que se proclama impessoal e racional, que espalha a ideia de já não ser, ele próprio, senão o conjunto de exigências da mudança e da produção. O gerenciamento das atividades produtivas também sofrem alterações com a introdução de inovações organizacionais, por meio da racionalização e otimização do setor produtivo. De acordo com Lucci (S.d.), o trabalho contemporâneo é caracterizado por uma exagerada ambição; somos vítimas da impaciência revolucionária que tudo deseja, e imediatamente. Assim se explicam as revoluções, que têm em mira resultados gigantescos e imediatos, à custa, muitas vezes, da violação das leis naturais. E, contudo, a História ensina-nos que não é a revolução, mas sim o trabalho humano constante e tranquilo que nos impele no caminho do progresso. Desgraçadamente, o homem confia demasiado nas forças da revolução e destrói prematuramente as suas próprias forças, escravizando-as à febre de criar. Deseja alcançar no mais curto espaço de tempo possível tudo aquilo que só pode dar fruto completo dentro dos limites estabelecidos pelas leis naturais. Se, de um lado, o problema enfrentado no século XXI é o aumento do desemprego causado pela exclusão de trabalhadores do processo produtivo, de outro, outras profissões surgirão ou estão em processo de transformação, tais como as dos setores de: informática, turismo, biomedicina, coaching. Saiba mais Para aprofundar o seu conhecimento sobre o pós-industrial, leia o artigo O capitalismo pós-industrial, de Fábio Konder Comparato. COMPARATO, F. K. O capitalismo pós-industrial. Revista Estudos do Século XX, n. 13, 2013. Disponível em: <https://digitalis- dsp.uc.pt/jspui/handle/10316.2/36797>. Acesso em: 2 jul. 2018. 7 TEMA 2 – MUNDO DO TRABALHO O sentido dado à expressão mundo do trabalho vai além das atividades laborais; estende-se a todas as atividades materiais, produtivas e aos processos sociais, muitas vezes inerentes à realização de um trabalho. O trabalho foi responsável por transformar o ser humano em um ser social. Conforme Engels (s.d.), o trabalho permitiu que os homens desenvolvessem habilidade físicas e sociais. No momento em que o ser humano transforma a natureza para obter os recursos para a sua sobrevivência, ele cria o trabalho, as ferramentas, as técnicas. Dessa forma, cria-se a sociedade e cria-se o homem. Após a constituição das sociedades, os diferentes modos de produção sempre regularam a vida no coletivo, principalmente, nas sociedades ocidentais, ou seja, como afirma Kei (2007), as sociedades passaram da produção rural para a industrial e da industrial para a pós-industrial. Algumas vivem um paradoxo. Por um lado, continuam com alta produção agrícola, por outro, desenvolvem indústrias e tentam, também, entrar na dinâmica do trabalho imaterial. Assim, alguns países convivem, ao mesmo tempo, com a sociedade rural, industrial e pós-industrial. As sociedades ocidentais apresentam vários modos de produção durante a sua história. A economia agrária e artesanal são sociedades estamentais, dividida em grupos sociais, a mobilidade social é inexistente, a posição social ocupada na sociedade será de acordo com grupo que nasceu; a economia industrial e pós-industrial constitui uma sociedade dividida em classes sociais. Até 1945, o mundo do trabalho tem sua fundamentação no modo de produção baseado no trabalho manual racional, taylorista e fordista. Existe a separação entre o trabalho intelectual e o braçal, portanto, os trabalhadores eram divididos entre os que supervisionavam e planejavam e os que executavam. Atualmente, exige-se uma maior qualificação, o domínio do conhecimento de novas tecnologias. Entre as alterações apresentam-se a flexibilização, precarização, fragmentação do trabalho. 2.1 Flexibilização do trabalho A década de 1970 é berço de várias transformações que ocorrem no mundo, principalmente, nas que dizem respeito ao mundo do trabalho. A 8 flexibilização do trabalho e da produção ocorre com a intenção de diminuir os custos de produção dentro dos locais de trabalho. O método fordista – rígido – começa a ficar ultrapassado, equipamentos que não permitem alterações imediatas para a produção de novos produtos, estoques de mercadorias, o que fazia que baixassem os lucros. Conforme Araújo (2013) flexibilidade é a habilidade de um sistema para assumir diversos estados sem deterioração significativa de custos, qualidade e tempos (e inovação), concebe Salerno (1993) e, no âmbito do trabalho, se expressa na jornada, nos salários, na produção, nos direitos trabalhistas, nas relações de trabalho, na previdência social, no direito do trabalho, na legislação trabalhista, no mercado de trabalho. A flexibilidade do emprego foi conseguida, inicialmente, nos países desenvolvidos, pelo crescimento do trabalho temporário, dos contratos por tempo determinado e da terceirização, nas condições de flexibilidade têm impactos concretos nos locais e ambientes de trabalho e suas formas de operacionalização variam muito. Surge o toyotismo com inovações tecnológicas e organizacionais, flexibiliza os processos, funções e o tempo de trabalho com a intenção de produzir mais em menor tempo, acabando com os estoques. Como mostra a imagem a seguir, na primeira linha a produção e venda no sistema taylorista fordista e na segunda linha a produção toyotista. Figura 1 – Modos de produção Fonte: Socio..., 2014. Para Sennett (1999, p. 9) a expressão “capitalismo flexível” descreve hoje um sistema que é mais que uma variação sobre um velho tema. Enfatiza a flexibilidade. Atacam-se as formas rígidas de burocracia, e também os males das rotinas cegas. Pede-se aos trabalhadores que sejam ágeis, estejam 9 abertos a mudanças a curto prazo, assumam riscos continuamente, dependam cada vez menos de leis e procedimentos formais A flexibilização do trabalho vem contra a padronização e rigidez do sistema fordista de acumulação; caracteriza-se pela produção realizada por equipes de trabalhadores, pela automação do trabalho, flexibilização no custo da mão de obra e o salário é definido e variável pelo contrato entre empregador e empregado. São forma de flexibilização do trabalho: estágios, bancos de horas, homework (trabalho em casa), lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) terceirização e cooperativas de trabalho. Com a introdução da automação na produção, os trabalhadores exercem diversas funções. A consequência disso é que o trabalhador está em constante adaptação, o que gera uma insegurança em relação à manutenção do emprego. O modo flexível propõe reorganizar a economia de mercado desenvolvida por meio de um novo modelo de desenvolvimento, novas práticasde organização, conforme Araújo “a flexibilidade faz crescer a produtividade do trabalho e baixa o custo salarial e valoriza o capital”, por meio da substituição do trabalho integral pelo trabalho parcial, subcontratação, flexibilização dos postos de trabalho. Em consequência das alterações que ocorreram na economia globalizada, no desenvolvimento tecnológico, no processo de produção flexibilizada nas relações de trabalho, as normas do direito também são obrigados a sofrer alterações. A flexibilização do trabalho é decorrente da concepção política apregoada pelo neoliberalismo. Dessa forma as leis consideradas rígidas passam a ser mais flexíveis. De acordo com Rosa (2002), isso significa que a desregulamentação dos direitos do trabalhador é considerada a partir das mudanças no trabalho, melhor dizendo, das mudanças no uso de si, do homem, na condição de trabalhador, as quais ampliam, dentre outros aspectos, o poder de dispensa do empregador, ampliação esta que é garantida pela desregulamentação. Flexibilização e desregulamentação estão muito próximas, porém têm significados diferenciados. Por desregulamentação entende-se o Estado deixa de intervir nas relações de trabalho, a normatização do trabalho fica a critério da negociação entre o trabalhador e o seu empregador, a leis deixam de existir. O Estado atua apenas para garantir o mínimo indispensável para a proteção do 10 trabalhador, para que este possa sobreviver, portanto a proteção mínima necessária. 2.2 Precarização do trabalho O cenário que se apresenta do mundo do trabalho no início do século XXI, em um mundo globalizado, é o avanço da supervalorização das instituições financeiras em contrapartida ao declínio da produção industrial. Para Araújo (2013), “o cenário de crise mundial da primeira década deste século aponta o processo de acumulação em níveis altos e o aperfeiçoamento da gestão da força de trabalho, para alcançar maior competitividade, elevar a produtividade e garantir a lucratividade”. Entende-se o conceito precarização do trabalho como tudo aquilo que fere os direitos do trabalhador, que são: remuneração decente, que garanta a qualidade de vida do trabalhador e de sua família, alimentação, saúde, moradia, segurança e a proteção mesmo quando ele está impossibilitado de exercer as suas atividades, desemprego, doenças, aposentadoria com os direitos garantidos. Figura 2 – Charge sobre a precarização do trabalho Fonte: Juristas..., 2012. 11 Pode-se afirmar que a precarização do trabalho está diretamente associada à eliminação dos direitos sociais para garantir a lógica perversa do capitalismo. É o aumento do lucro atrelado à redução de custos de produção. A forma encontrada para a realização de tal prática é a exclusão cada vez maior da garantia dos seus direitos legais dos trabalhadores e o agravamento de suas condições, diretamente ligadas à transformação na forma de emprego, dos contratos de trabalho, dos postos de serviços, alterando o próprio conceito de trabalho assalariado. De acordo com Fernandes (2010), a precarização pode ser observada no que os economistas chamam de mismatch (incompatibilidade) entre o grau de instrução do trabalhador e a atividade ocupada por ele. Em muitos postos de trabalho, encontra-se trabalhadores com uma escolaridade muito acima do que a atividade necessita. Saiba mais Para aprofundar o seu conhecimento sobre o mundo do trabalho, leia o artigo As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital, de Ricardo Antunes e Giovanni Alves. ANTUNES, R.; ALVES, G. As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital. Educ. Soc., Campinas, v. 25, n. 87, p. 335-351, maio/ago. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v25n87/21460.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2018. TEMA 3 – INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E ORGANIZACIONAIS A globalização é um dos fatores mais impactantes na vida atualmente. Isso só é possível graças à introdução de novas tecnologias e inovações organizacionais que afetam a vida como um todo, mas principalmente a economia mundial, o processo de mudança estrutural do capitalismo e as relações de trabalho. O sistema econômico que antes estava centrado na produção industrial passa a ter maior concentração no capital financeiro. As relações de trabalho são afetadas, diretamente, pelas inovações tecnológicas (utilização da microeletrônica, automatização, sistemas de informações nos processos produtivos), e pelas consequentes novas organizações, qualificação polivalente dos trabalhadores, deram os seus primeiros indícios na década de 1970. 12 utiliza-se de novas técnicas de gestão da força de trabalho, do trabalho em equipe, das 'células de produção', dos 'times de trabalho', dos grupos 'semiautônomos', além de requerer, ao menos no plano discursivo, o 'envolvimento participativo' dos trabalhadores, em verdade uma participação manipuladora e que preserva, na essência, as condições de trabalho alienado e estranhado (Antunes, 2009, p. 54). Entre as características das novas formas de gestão impulsionadas pela introdução inovações tecnológicas, há uma valorização do coletivo dos trabalhadores, busca por flexibilidades, os produtos não mais estocados mas produzidos segundo as necessidades dos consumidores, os equipamentos são adaptados conforme as necessidades de produção de novos produtos. 3.1 Reestruturação produtiva ou capitalismo flexível Refere-se à utilização das inovações tecnológicas e organizacionais, que tiveram início na segunda metade do século XX. Esse processo está diretamente ligado à flexibilidade da produção e do trabalho, seguindo a lógica da acumulação capitalista, a competitividade entre as empresas, a qualidade total. A reestruturação produtiva só foi possível com o avanço das novas tecnologias, que permitiram maior eficiência no processo produtivo, com a robótica, a nanotecnologia e o dinamismo no processo produtivo. Isso interfere diretamente na organização das empresas, que passam a ser geridas com base na multifuncionalidade e na integração das tarefas. As inovações melhoram a produtividade das empresas, mas nem sempre isso resulta em melhora nas condições de trabalho. O atual estágio do capitalismo é caracterizado pela automação da produção, que significa a substituição do trabalho humano pela tecnologia. As condições de trabalho são deterioradas, geram relações de trabalho com mecanismos de controle dos trabalhadores, precarização do trabalho, má remuneração, diminuição da média dos salários. São forma de trabalho: Trabalho informal: são os conhecidos “bicos” ou subempregos; não necessitam de registro, pois não têm vínculo empregatício, nem contrato de trabalho, nem a emissão de notas fiscais, não são pagos os impostos. Subcontratação ou terceirização: quando parte da atividade produtiva ou serviços é repassada a terceiro estranho ao contrato para execute parte da atividade. 13 Trabalho temporário: quando a pessoa física é contratada para realizar um trabalho temporário. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego “é aquele prestado por uma pessoa a uma empresa para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular ou permanente ou o acréscimo extraordinário de serviço”. Trabalho em tempo parcial: conforme a Lei n. 13.467/2017, é a modalidade especial de trabalho com duração inferior a 44 horas semanais, o trabalhador não está sujeito ao limite diário de trabalho de, no máximo, 8 horas, podendo exceder ao limite de 8 horas diárias. Home office: expressão inglesa que significa escritório em casa, muito utilizado em consequência da economia globalizada e com aumento da terceirização, entretanto é considerado home office a execução de uma atividade em ambiente diferenciado da empresa. As principais vantagens são: maior independência, proximidadeda família, maior liberdade profissional, definição do próprio horário. Destaca-se como desvantagens: perda privacidade pessoal, tendência ao isolamento social, falta de atualização profissional em processos gerenciais, organização dos trabalhadores, preconceito no mercado formal. Entre as citadas consequências da reestruturação aumento nos índices de desemprego, está o desemprego estrutural em decorrência da utilização da tecnologia que leva à exclusão da mão de obra humana. Saiba mais Para aprofundar o seu conhecimento sobre o mundo do trabalho, leia o artigo Inovações tecnológicas e organizacionais no processo de modernização do comércio varejista, de José Tarcísio Pires Trindade e Lídia Micaela Segre. TRINDADE, J. T. P.; SEGRE, L. M. Inovações tecnológicas e organizacionais no processo de modernização do comércio varejista. Acta Scientiarum, v. 22, n. 5, p. 1371-1387, 2000. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciTechnol/article/view/3098/2222> . Acesso em: 3 jul. 2018. 14 TEMA 4 – ECONOMIA INFORMAL A Organização Internacional do Trabalho – OIT – considera uma diversidade de fenômeno da informalidade são as atividades econômicas desenvolvidas à margem da formalidade, entendido como fenômeno resultado do processo de urbanização. Em muitos casos os trabalhadores informais são considerados de segunda categoria “causada pelo obscurecimento da participação dos mesmos na produção coletiva de bens, aos quais parecem-nos meros vendedores de mercadorias” (Tavares, 2013). O conceito de economia informal está diretamente ligado ao atual momento do capitalismo, com o processo de reorganização do mercado de trabalho, diminuição do trabalho estável e aumento das formas de trabalho parcial, com contratações ilegais sem a proteção da legislação trabalhista Para Tavares (2013), a informalidade ao mesmo tempo fragmenta o trabalho e obriga-o a assumir a condição que aparenta, com isso, certamente não se anula a mais-valia, mas a dissolução serve de argumento para preservar a exploração cada vez maior que caminha a certo passo da produção capitalista, no qual todos seremos capitalistas. Entre as características principais estão a falta de registro de firma, não emissão de notas fiscais, contratações ilegais sem registro dos trabalhadores, sem pagamento dos impostos, falsas cooperativas de trabalho, trabalho em domicílio, os autônomos sem inscrição na previdência social, comércio ambulante (Krein; Weishaupt, 2010, p. 7). Os referidos autores afirmam que apesar dessa disparidade de manifestações, há um denominador comum: o fato de que, geralmente, envolvem trabalhadores cuja condição tende a ser mais precária em razão de estarem em atividades em desacordo com as normas legais ou fora do alcance das instituições públicas de seguridade social (Krein; Weishaupt, 2010, p. 7). Nos primeiros estudos, o setor informal era considerado um fenômeno dos países subdesenvolvidos, cujos os trabalhadores não conseguem se inserir no mercado de trabalho formal, que recebiam uma remuneração a baixo dos que estavam ocupando cargos no mercado formal. A informalidade continua se expandir em consequência da forma como a economia global está estruturada, eleva a insegurança nos mercados de 15 trabalho e aumenta a desigualdade social, aumentado um “grande contingente de pessoas sem possibilidades de competir por um ‘bom emprego’, o setor informal (tanto nas cidades como no campo) estava desempenhando um papel relevante na geração de renda para uma parcela expressiva da população” (Krein; Weishaupt, 2010, p. 12). Atualmente, a nova ideia de informalidade, os trabalhos de baixa qualidade, sem que o trabalhador não tenha nenhuma qualificação, estão lado a lado com trabalhadores por conta própria, ambulantes, profissionais liberais, consultores e exigem maior grau de qualificação. Segundo dados da OIT “no início do século XXI existiam mais de 300 milhões de trabalhadores informais no mundo, sendo que mais de 10% do total desempenham atividades no Brasil” (Gonzalez, 2017). No sistema neoliberal, de acordo com Tavares (2013), os trabalhadores informais assumem a aparência de independente, criando a ilusão de que o trabalhador tem autonomia na realização do seu trabalho, mas inserido no sistema capitalista ele está frente ao rigoroso controle de exploração, marcado pela precarização do trabalho. A economia informal deve ser analisada em um contexto do sistema capitalista, com a introdução das novas formas do mundo do trabalho em conjunto com o sistema político neoliberal. Saiba mais Para aprofundar o seu conhecimento sobre economia informal, leia o livro A OIT e a economia informal. A OIT e a economia informal. Escritório da OIT em Lisboa, 2006.Disponível em: <http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/economia_informal. pdf>. Acesso em: 3 jul. 2018. TEMA 5 – FEMINIZAÇÃO DO TRABALHO O processo produtivo que surgiu em meados do século XX afeta a economia capitalista, em decorrência da crise do sistema fordista, a introdução de novas tecnologias e organizacionais, globalização que busca a qualidade e a flexibilidade ao menor custo propiciam o aparecimento do processo de feminização do trabalho. A partir dos anos 1970, ainda que crescente a participação da mulher nas atividades econômicas, o trabalho feminino ainda preserva as desigualdades das 16 condições de trabalho, salários menores que os masculinos. De acordo com Harvey (1993, p. 146), o avanço do trabalho feminino se deve na verdade, por uma revolução (de modo algum progressista) no papel das mulheres nos mercados e processos de trabalho, num período em que o movimento de mulheres lutava tanto por uma maior consciência como por uma melhoria das condição de um segmento que hoje representa mais de 40 por cento da força de trabalho em muitos países capitalistas avançados. Uma tendência mundial do trabalho feminino é a incorporação da “elevada proporção de mulheres” no processo de produção capitalista, assim como as lutas das mulheres pela emancipação feminina, o uso de contraceptivo e o aumento da escolaridade. Conforme Giddens (2005, p. 70), “as mulheres passaram a participar massivamente da força de trabalho, um fato que afetou muito as vidas pessoais dos indivíduos de ambos os sexos”. Uma das consequências que ocorre no mundo do trabalho por meio da reestruturação produtiva é denominada por vários autores – entre eles Gonçalves, Hirata, Nogueira, Antunes, Negri – de feminização do trabalho. Por um lado, o aumento de mulheres na produção refere-se à maior presença do sexo feminino na composição de uma profissão e inserção em postos antes ocupados exclusivamente por homens. Segundo Dias (2007), não se pode desmerecer a quantificação e as formas de incorporação das mulheres no mundo do trabalho, tendo em vista que esse ingresso vem associado a transformações significativas no mercado, nas relações familiares e conjugais, [...] principalmente, para uma nova modalidade de acumulação de capital em que as mulheres podem estar se configurando como um alvo estratégico, mercadorias eficientes que possuem um baixo custo. Por outro lado, mudanças no processo de inclusão de novas tecnologias alteram a forma de trabalho braçal para um trabalho mais intelectual, subjetivo e afetivo, que até então eram consideradas habilidades femininas. Assim, ocorre uma feminização das profissões ou funções nos padrões comportamentais, rearranjos familiares e aumento da escolaridade feminina. Para Negri (1998), “na produção contemporânea e nas formas eminentes de sua organização trabalhar conjuga-se antes no feminino do que no masculino. E que, portanto, os próprios homens, para produzir, têm de algum modo que se feminizar”, o que significa que a feminização do trabalho e a produção do conhecimento são subjetivas,imateriais. 17 O trabalho produtivo de serviços na contemporaneidade é a entrada cada vez maior de mulheres no mercado de trabalho, pois o sistema capitalista aproveita o grande contingente de mão de obra feminina e um processo de exploração da mais-valia, como uma forma de baratear os custos e elevar os lucros, “se por um lado o ingresso do trabalho feminino no espaço produtivo foi uma conquista da mulher, por outro lado permitiu que o capitalismo ampliasse a exploração da força de trabalho, intensificando-a através do universo do trabalho feminino” (Nogueira, 2004, p. 13). Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010 o rendimento médio das mulheres ganharam foi média 68% do que os homens ganham, independentemente de as mulheres terem uma formação educacional maior do que eles, apresentando nível superior completo: 12,5% das mulheres completaram a graduação contra 9,9% dos homens. Saiba mais Para aprofundar o seu conhecimento sobre feminização recomendo “Dinâmica sexista do capital: feminização do trabalho precário”, de Renata Gonçalves. GONÇALVES, R. Dinâmica sexista do capital: feminização do trabalho precário. Disponível em: <http://www4.pucsp.br/neils/downloads/v9_artigo_renata.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2018. TROCANDO IDEIAS Como pudemos perceber na aula, o capitalismo, por mais que se reinvente, continua a estabelecer as relações de quando surgiu com a Revolução Industrial. Talvez essa relação nunca esteve tão visível quanto na atualidade. Apesar das transformações tecnológicas e organizacionais que nada lembram a forma como a população vivia no período, as relações de trabalho continuam mediadas pelo salário, em busca do lucro alto a baixo custo de produção. Enquanto esse sistema capitalista proporcionar o lucro, continuará a vigorar, agora por meio de conglomerados globais, em outros momentos pelo fortalecimento dos mercados locais, tendo em vista sempre a aliança entre a política e o sistema econômico, ambos a serviço de projeto de perpetuação da hegemonia do capitalismo. 18 NA PRÁTICA Para uma compreensão prática da relação que existe no mundo trabalho, estabeleça uma relação entre o texto sobre os trabalhadores da General Motors e o filme Amor sem escalas. Faça um comentário de aproximadamente duas laudas. Filme: Amor sem escalas, direção: Jason Reitman. 2010. AMOR+Sem+ESCALAS+720p BluRay Dual -assistir filme completo dublado em português. Marco Riche, 26 fev. 2017. <https://www.youtube.com/watch?v=E4I4nvH0juM>. Acesso em: 3 jul. 2018. A General Motors do Brasil, recentemente, esteve envolvida em um caso de lay-off. O sindicato de trabalhadores pediu a execução dessa forma de flexibilização quando soube que os funcionários da empresa seriam demitidos. SANTOS, G. Sindicato propõe lay-off para 800 trabalhadores da GM. Folha de S.Paulo, 22 out. 2014. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/10/1536614-sindicato-propoe- lay-off-para-800-trabalhadores-da-gm.shtml>. Acesso em: 3 jul. 2018. FINALIZANDO No estudo sobre o capitalismo atual, foi possível identificar a influência do neoliberalismo aliado às inovações tecnológicas nas transformações que ocorreram no mundo do trabalho. Em cada um dos temas, foi possível visualizar como a economia aliada a política modificam a vida global em busca do lucro aliado ao baixo custo de produção. Mesmo como todas as novas tecnologias, ainda vivemos a relação dialética de proprietários dos meios de produção que determinam todos os aspectos da vida do trabalhador e aqueles cuja a única possibilidade de troca é a sua força de trabalho. 19 REFERÊNCIAS ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2009. ARAÚJO, A. M. C.; FERREIRA, V. C. Sindicalismo e relações de gênero. In: ROCHA, M. I. B. da (Org.). Trabalho e gênero: mudanças, permanências e desafios. São Paulo: Editora 34; Abep; Nepo/Unicamp; Cedeplar/UFMG, 2000. p. 309-346. ARAUJO, S. M. de. Da precarização do trabalhador portuário avulso a uma teoria da precariedade do trabalho. Soc. estado, v. 28, n. 3, set./dez. 2013. p.565-586. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69922013000300006>. Acesso em: 2 jul. 2018. BELL, D. O advento da sociedade pós-industrial. São Paulo: Cultrix, 1977. COMPARATO, F. K. O capitalismo pós-industrial. 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