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aula 4 ESTUDOS POLÍTICOS E ECONÔMICOS

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ESTUDOS ECONÔMICOS E 
POLÍTICOS 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Regina Paulista Fernandes Reinert 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Discutiremos nesta aula questões impostas pelo capitalismo atual, suas 
estratégias para garantir a sua perpetuação e visualizaremos as diversas formas 
que ele adquire em distintos momentos históricos e políticos. Entre elas, 
destacamos as relações que envolvem o mundo do trabalho e as consequências 
da pós-industrialização. 
O objetivo desta aula é proporcionar uma reflexão do que ocorre na 
contemporaneidade em relação ao capitalismo e sua a relação com o 
neoliberalismo. 
Os objetivos de aprendizagem desta aula são: 
 caracterizar as principais mudanças no cenário global a que passa o 
capitalismo atual; 
 estabelecer relações entre o capitalismo contemporâneo (sistema 
econômico) e o neoliberalismo (sistema político); 
 possibilitar uma visão crítica acerca da materialidade e da representação 
no comportamento econômico e político. 
É impossível desvencilhar a economia do processo do neoliberalismo que 
se expande de forma global. Se por um lado temos uma economia que se 
apresenta de forma globalizada e proporciona a abertura de novas vagas, por 
outro, temos a hegemonia de um modelo que se expande de forma desigual. 
Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
O século XXI apresenta uma nova configuração do sistema capitalista da 
forma como se conhecida, principalmente, com a introdução de inovações 
tecnológicas e organizacionais, há uma alteração da noção de tempo e espaço, 
uma reconfiguração do mundo, e empresas estão instaladas por todo o planeta, 
em forma de montadoras. 
A vida dos trabalhadores também apresenta uma nova configuração, com 
novas formas de exercer as atividades, criação de novas profissões, a entrada 
significativa da mulher no mercado de trabalho, com a feminização do trabalho, 
a força braçal não é a mais importante foi substituída pelo trabalho intelectual. 
 
 
3 
Apesar dessa nova dinâmica, as relações de trabalho mantêm a forma 
original apregoada no capitalismo: a relação entre os proprietários dos meios de 
produção e aqueles que apenas têm a sua força de trabalho para ser vendida 
ainda está presente. 
O desafio neste momento é superar a contradição da relação trabalho 
versus capital, que gera um contingente de pessoas que não são absorvidas pelo 
mercado de trabalho formal, indo para a informalidade ou aumentando o índice 
de desempregados, acrescendo a isso uma política neoliberal, quando o Estado 
de bem-estar social está preste a deixar de existir. 
Junto a tudo isso, há ainda uma elevada taxa de privatizações e a 
concentração da renda nas mãos de conglomerados transnacionais, que 
associando as relações econômicas e políticas determinam o futuro global. 
Os temas abordados nesta aula são os seguintes: 
 pós-industrial; 
 mundo do trabalho; 
 economia informal; 
 inovações tecnológicas e organizacionais; 
 feminização do trabalho. 
Pesquise 
Nesta aula, vamos refletir a respeito do sistema capitalista na atualidade 
e a sua reestruturação produtiva e o mundo globalizado. Para a fixação dos 
conteúdos, é necessário que você leia os textos e assista aos vídeos sugeridos. 
Ao final, realize as atividades proposta de estudo de caso. 
TEMA 1 – ECONOMIA PÓS-INDUSTRIAL 
O sistema econômico com base na agricultura sofre uma queda na sua 
produção, no final do século XVIII, período em que se inicia o capitalismo 
industrial que perdurou até meados do século XX. O lema desse período é a 
eficiência, produzir muito, em menor tempo possível e com baixo custo. Entre os 
modos de produção utilizados para maior eficiência estão a teoria taylorista e a 
fordista. 
No período conhecido como pós-Segunda Guerra Mundial, há uma queda 
no crescimento agropecuário, enquanto os setores secundários (indústria) e 
 
 
4 
terciário (setor de serviços) passam a representar um aumento de vagas de 
emprego, ocorre uma transformação do modo de produção capitalista para que 
se torne mais competitivo, portanto gere mais lucros. 
Pode-se dizer que a sociedade pós-industrial já começa a dar indícios no 
pós-guerra, com o aumento da comunicação entre os países, a expansão das 
inovações tecnológicas e as mudanças na base econômica. Uma sociedade 
baseada na produção de informação, serviços, semiótica e estética. 
De acordo com Comparato (2013, p. 67), a sociedade pós-industrial 
evidencia a ruptura com os padrões estabelecidos pela sociedade capitalista do 
século XIX e “sua origem coincide com as manifestações de revolta popular 
espontânea, ocorridas em vários países ao redor do mundo, a partir de meados 
dos anos 60 do século XX”. 
Entre as várias manifestações, podem-se destacar: nos Estados Unidos 
a revolta contra a Guerra do Vietnã, em 1964; na França a revolta de estudantes, 
em 1968; movimentos sociais que contestavam a exploração econômica, o 
racismo, a guerra. 
O grande empresariado soube reagir aos desafios econômicos e sociais, 
aproveitando a oportunidade para reinventar o capitalismo, com o aumento a 
escolarização das camadas populares, qualificando a mão de obra para o novo 
modelo produtivo. 
Na década de 1970, surge o termo pós-industrial, que se entende por um 
crescimento do setor de serviços (terciário), serviços pessoais, comércio, 
instituições financeiras, transporte e setor público, da informação, aumento da 
escolarização e difusão da mídia. 
Em contrapartida, há um declínio dos setores industriais ou da indústria 
transformadora, diminuição de postos de trabalho formais e do setor agrícola. 
Entre os estudiosos da sociedade pós-industrial estão Alian Touraine, que 
empregou o termo pela primeira vez em 1969, na França, em seu livro La société 
post-industrielle, posteriormente, foi empregada nos Estados Unidos, em 1973 
por Daniel Bell em seu livro The Coming of Post-Industrial Society. 
Apesar de terem enfoques diferenciados, para Bell (1977) o conceito de 
pós-industrial é geral e amplo. Para tanto ele subdivide em cinco dimensões: 
1. as mudanças da economia de produção de bens para o setor de serviços; 
2. distinção entre classe profissional e técnica; 
 
 
5 
3. o conhecimento teórico como fonte de inovação e formulações para 
política para a sociedade; 
4. o controle da tecnologia e a distribuição tecnológica como orientação 
futura; 
5. criação de uma tecnologia intelectual. 
Já para Alain Touraine (1970, p. 8), 
pós-industriais, caso se queira marcar a distância que as separa das 
sociedades de industrialização que a precederam e que se misturam 
ainda a ela tanto sob sua forma capitalista quanto sob a forma 
socialista. Pode-se chamá-las de sociedades tecnocráticas, caso se 
queira nomear o poder que as domina. E ainda sociedades 
programadas, caso se procure defini-las, antes, pela natureza de seu 
modo de produção e de organização econômica. 
Mas o que isso realmente significa? O mundo capitalista como 
conhecemos até o momento é predominantemente industrial. O trabalho muitas 
vezes braçal está presente em fábricas. Os empregos estão direta ou 
indiretamente ligados à produção de bens industriais, ocorre a diminuição ou 
eliminação da capacidade produtiva em determinados países ou regiões. 
O trabalho torna-se mais mental, a criatividade substitui a muscular, as 
atividades mentais tornam-se fundamentais para ao aprimoramento de 
mecanismos de processamentos de dados e inteligência artificial. Para Lucci 
(S.d.), “vivemos na era pós-industrial, um novo mundo, onde o trabalho físico é 
feito pelas máquinas e o mental, pelos computadores. Nela cabe ao homem uma 
tarefa para qual é insubstituível: ser criativo, ter ideias”. 
Os programas de computadores permitem um aumento na qualidade e 
redução no custo de produção industrial, corrigindo erros e antecipando o 
funcionamento do processo, para que não aja desperdício de tempo e de 
matéria-prima.A economia pós-industrial tem agora uma nova matéria-prima que é a 
tecnologia da informação. A indústria de produção de bens ocupa países 
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que produzem o necessário a um 
custo baixo, mas não detêm o conhecimento. 
As tarefas são automatizadas, os trabalhos tendem a ser tornar menos 
pesados. Com isso, novas relações laborais se estabelecem, substituem as 
antigas formas de trabalho e consequentemente a transformação na forma de 
mediação dos conflitos entre o Direito do Trabalho e a classe operária, assim 
 
 
6 
como as relações sociais, econômicas e políticas, conforme Touraine (1970, p. 
17-18), 
enquanto que na sociedade de industrialização capitalista esta 
resistência da vida privada permanecia definida no quadro do trabalho, 
apoiava-se sobre a profissão (métier) ou a coletividade local, agora, 
face a um poder de integração, de manipulação e de agressão que 
atinge todos os domínios da vida social, é o conjunto da personalidade 
que se mobiliza [...] A sociedade, entorpecida durante muito tempo na 
satisfação do seu êxito material, não rejeita o progresso técnico e o 
crescimento econômico, mas a sua submissão a um poder que se 
proclama impessoal e racional, que espalha a ideia de já não ser, ele 
próprio, senão o conjunto de exigências da mudança e da produção. 
O gerenciamento das atividades produtivas também sofrem alterações 
com a introdução de inovações organizacionais, por meio da racionalização e 
otimização do setor produtivo. De acordo com Lucci (S.d.), o trabalho 
contemporâneo é 
caracterizado por uma exagerada ambição; somos vítimas da 
impaciência revolucionária que tudo deseja, e imediatamente. Assim 
se explicam as revoluções, que têm em mira resultados gigantescos e 
imediatos, à custa, muitas vezes, da violação das leis naturais. E, 
contudo, a História ensina-nos que não é a revolução, mas sim o 
trabalho humano constante e tranquilo que nos impele no caminho do 
progresso. Desgraçadamente, o homem confia demasiado nas forças 
da revolução e destrói prematuramente as suas próprias forças, 
escravizando-as à febre de criar. Deseja alcançar no mais curto espaço 
de tempo possível tudo aquilo que só pode dar fruto completo dentro 
dos limites estabelecidos pelas leis naturais. 
Se, de um lado, o problema enfrentado no século XXI é o aumento do 
desemprego causado pela exclusão de trabalhadores do processo produtivo, de 
outro, outras profissões surgirão ou estão em processo de transformação, tais 
como as dos setores de: informática, turismo, biomedicina, coaching. 
Saiba mais 
Para aprofundar o seu conhecimento sobre o pós-industrial, leia o artigo O 
capitalismo pós-industrial, de Fábio Konder Comparato. 
COMPARATO, F. K. O capitalismo pós-industrial. Revista Estudos do Século 
XX, n. 13, 2013. Disponível em: <https://digitalis-
dsp.uc.pt/jspui/handle/10316.2/36797>. Acesso em: 2 jul. 2018. 
 
 
 
7 
TEMA 2 – MUNDO DO TRABALHO 
O sentido dado à expressão mundo do trabalho vai além das atividades 
laborais; estende-se a todas as atividades materiais, produtivas e aos processos 
sociais, muitas vezes inerentes à realização de um trabalho. 
O trabalho foi responsável por transformar o ser humano em um ser social. 
Conforme Engels (s.d.), o trabalho permitiu que os homens desenvolvessem 
habilidade físicas e sociais. No momento em que o ser humano transforma a 
natureza para obter os recursos para a sua sobrevivência, ele cria o trabalho, as 
ferramentas, as técnicas. Dessa forma, cria-se a sociedade e cria-se o homem. 
Após a constituição das sociedades, os diferentes modos de produção 
sempre regularam a vida no coletivo, principalmente, nas sociedades ocidentais, 
ou seja, como afirma Kei (2007), 
as sociedades passaram da produção rural para a industrial e da 
industrial para a pós-industrial. Algumas vivem um paradoxo. Por um 
lado, continuam com alta produção agrícola, por outro, desenvolvem 
indústrias e tentam, também, entrar na dinâmica do trabalho imaterial. 
Assim, alguns países convivem, ao mesmo tempo, com a sociedade 
rural, industrial e pós-industrial. 
As sociedades ocidentais apresentam vários modos de produção durante 
a sua história. A economia agrária e artesanal são sociedades estamentais, 
dividida em grupos sociais, a mobilidade social é inexistente, a posição social 
ocupada na sociedade será de acordo com grupo que nasceu; a economia 
industrial e pós-industrial constitui uma sociedade dividida em classes sociais. 
Até 1945, o mundo do trabalho tem sua fundamentação no modo de 
produção baseado no trabalho manual racional, taylorista e fordista. Existe a 
separação entre o trabalho intelectual e o braçal, portanto, os trabalhadores eram 
divididos entre os que supervisionavam e planejavam e os que executavam. 
Atualmente, exige-se uma maior qualificação, o domínio do conhecimento 
de novas tecnologias. Entre as alterações apresentam-se a flexibilização, 
precarização, fragmentação do trabalho. 
2.1 Flexibilização do trabalho 
A década de 1970 é berço de várias transformações que ocorrem no 
mundo, principalmente, nas que dizem respeito ao mundo do trabalho. A 
 
 
8 
flexibilização do trabalho e da produção ocorre com a intenção de diminuir os 
custos de produção dentro dos locais de trabalho. 
O método fordista – rígido – começa a ficar ultrapassado, equipamentos 
que não permitem alterações imediatas para a produção de novos produtos, 
estoques de mercadorias, o que fazia que baixassem os lucros. 
Conforme Araújo (2013) flexibilidade é 
a habilidade de um sistema para assumir diversos estados sem 
deterioração significativa de custos, qualidade e tempos (e inovação), 
concebe Salerno (1993) e, no âmbito do trabalho, se expressa na 
jornada, nos salários, na produção, nos direitos trabalhistas, nas 
relações de trabalho, na previdência social, no direito do trabalho, na 
legislação trabalhista, no mercado de trabalho. A flexibilidade do 
emprego foi conseguida, inicialmente, nos países desenvolvidos, pelo 
crescimento do trabalho temporário, dos contratos por tempo 
determinado e da terceirização, nas condições de flexibilidade têm 
impactos concretos nos locais e ambientes de trabalho e suas formas 
de operacionalização variam muito. 
Surge o toyotismo com inovações tecnológicas e organizacionais, 
flexibiliza os processos, funções e o tempo de trabalho com a intenção de 
produzir mais em menor tempo, acabando com os estoques. 
Como mostra a imagem a seguir, na primeira linha a produção e venda no 
sistema taylorista fordista e na segunda linha a produção toyotista. 
Figura 1 – Modos de produção 
 
Fonte: Socio..., 2014. 
Para Sennett (1999, p. 9) a 
expressão “capitalismo flexível” descreve hoje um sistema que é mais 
que uma variação sobre um velho tema. Enfatiza a flexibilidade. 
Atacam-se as formas rígidas de burocracia, e também os males das 
rotinas cegas. Pede-se aos trabalhadores que sejam ágeis, estejam 
 
 
9 
abertos a mudanças a curto prazo, assumam riscos continuamente, 
dependam cada vez menos de leis e procedimentos formais 
A flexibilização do trabalho vem contra a padronização e rigidez do 
sistema fordista de acumulação; caracteriza-se pela produção realizada por 
equipes de trabalhadores, pela automação do trabalho, flexibilização no custo da 
mão de obra e o salário é definido e variável pelo contrato entre empregador e 
empregado. 
São forma de flexibilização do trabalho: estágios, bancos de horas, 
homework (trabalho em casa), lay-off (suspensão temporária do contrato de 
trabalho) terceirização e cooperativas de trabalho. 
Com a introdução da automação na produção, os trabalhadores exercem 
diversas funções. A consequência disso é que o trabalhador está em constante 
adaptação, o que gera uma insegurança em relação à manutenção do emprego. 
O modo flexível propõe reorganizar a economia de mercado desenvolvida 
por meio de um novo modelo de desenvolvimento, novas práticasde 
organização, conforme Araújo “a flexibilidade faz crescer a produtividade do 
trabalho e baixa o custo salarial e valoriza o capital”, por meio da substituição do 
trabalho integral pelo trabalho parcial, subcontratação, flexibilização dos postos 
de trabalho. 
Em consequência das alterações que ocorreram na economia 
globalizada, no desenvolvimento tecnológico, no processo de produção 
flexibilizada nas relações de trabalho, as normas do direito também são 
obrigados a sofrer alterações. 
A flexibilização do trabalho é decorrente da concepção política apregoada 
pelo neoliberalismo. Dessa forma as leis consideradas rígidas passam a ser mais 
flexíveis. De acordo com Rosa (2002), isso significa que 
a desregulamentação dos direitos do trabalhador é considerada a partir 
das mudanças no trabalho, melhor dizendo, das mudanças no uso de 
si, do homem, na condição de trabalhador, as quais ampliam, dentre 
outros aspectos, o poder de dispensa do empregador, ampliação esta 
que é garantida pela desregulamentação. 
Flexibilização e desregulamentação estão muito próximas, porém têm 
significados diferenciados. Por desregulamentação entende-se o Estado deixa 
de intervir nas relações de trabalho, a normatização do trabalho fica a critério da 
negociação entre o trabalhador e o seu empregador, a leis deixam de existir. O 
Estado atua apenas para garantir o mínimo indispensável para a proteção do 
 
 
10 
trabalhador, para que este possa sobreviver, portanto a proteção mínima 
necessária. 
2.2 Precarização do trabalho 
O cenário que se apresenta do mundo do trabalho no início do século XXI, 
em um mundo globalizado, é o avanço da supervalorização das instituições 
financeiras em contrapartida ao declínio da produção industrial. Para Araújo 
(2013), “o cenário de crise mundial da primeira década deste século aponta o 
processo de acumulação em níveis altos e o aperfeiçoamento da gestão da força 
de trabalho, para alcançar maior competitividade, elevar a produtividade e 
garantir a lucratividade”. 
Entende-se o conceito precarização do trabalho como tudo aquilo que fere 
os direitos do trabalhador, que são: remuneração decente, que garanta a 
qualidade de vida do trabalhador e de sua família, alimentação, saúde, moradia, 
segurança e a proteção mesmo quando ele está impossibilitado de exercer as 
suas atividades, desemprego, doenças, aposentadoria com os direitos 
garantidos. 
Figura 2 – Charge sobre a precarização do trabalho 
 
Fonte: Juristas..., 2012. 
 
 
11 
Pode-se afirmar que a precarização do trabalho está diretamente 
associada à eliminação dos direitos sociais para garantir a lógica perversa do 
capitalismo. É o aumento do lucro atrelado à redução de custos de produção. A 
forma encontrada para a realização de tal prática é a exclusão cada vez maior 
da garantia dos seus direitos legais dos trabalhadores e o agravamento de suas 
condições, diretamente ligadas à transformação na forma de emprego, dos 
contratos de trabalho, dos postos de serviços, alterando o próprio conceito de 
trabalho assalariado. 
De acordo com Fernandes (2010), a precarização pode ser observada no 
que os economistas chamam de mismatch (incompatibilidade) entre o grau de 
instrução do trabalhador e a atividade ocupada por ele. Em muitos postos de 
trabalho, encontra-se trabalhadores com uma escolaridade muito acima do que 
a atividade necessita. 
Saiba mais 
Para aprofundar o seu conhecimento sobre o mundo do trabalho, leia o artigo As 
mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital, de Ricardo 
Antunes e Giovanni Alves. 
ANTUNES, R.; ALVES, G. As mutações no mundo do trabalho na era da 
mundialização do capital. Educ. Soc., Campinas, v. 25, n. 87, p. 335-351, 
maio/ago. 2004. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/es/v25n87/21460.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2018. 
TEMA 3 – INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E ORGANIZACIONAIS 
A globalização é um dos fatores mais impactantes na vida atualmente. 
Isso só é possível graças à introdução de novas tecnologias e inovações 
organizacionais que afetam a vida como um todo, mas principalmente a 
economia mundial, o processo de mudança estrutural do capitalismo e as 
relações de trabalho. O sistema econômico que antes estava centrado na 
produção industrial passa a ter maior concentração no capital financeiro. 
As relações de trabalho são afetadas, diretamente, pelas inovações 
tecnológicas (utilização da microeletrônica, automatização, sistemas de 
informações nos processos produtivos), e pelas consequentes novas 
organizações, qualificação polivalente dos trabalhadores, deram os seus 
primeiros indícios na década de 1970. 
 
 
12 
utiliza-se de novas técnicas de gestão da força de trabalho, do trabalho 
em equipe, das 'células de produção', dos 'times de trabalho', dos 
grupos 'semiautônomos', além de requerer, ao menos no plano 
discursivo, o 'envolvimento participativo' dos trabalhadores, em 
verdade uma participação manipuladora e que preserva, na essência, 
as condições de trabalho alienado e estranhado (Antunes, 2009, p. 54). 
Entre as características das novas formas de gestão impulsionadas pela 
introdução inovações tecnológicas, há uma valorização do coletivo dos 
trabalhadores, busca por flexibilidades, os produtos não mais estocados mas 
produzidos segundo as necessidades dos consumidores, os equipamentos são 
adaptados conforme as necessidades de produção de novos produtos. 
3.1 Reestruturação produtiva ou capitalismo flexível 
Refere-se à utilização das inovações tecnológicas e organizacionais, que 
tiveram início na segunda metade do século XX. Esse processo está diretamente 
ligado à flexibilidade da produção e do trabalho, seguindo a lógica da 
acumulação capitalista, a competitividade entre as empresas, a qualidade total. 
A reestruturação produtiva só foi possível com o avanço das novas 
tecnologias, que permitiram maior eficiência no processo produtivo, com a 
robótica, a nanotecnologia e o dinamismo no processo produtivo. 
Isso interfere diretamente na organização das empresas, que passam a 
ser geridas com base na multifuncionalidade e na integração das tarefas. As 
inovações melhoram a produtividade das empresas, mas nem sempre isso 
resulta em melhora nas condições de trabalho. 
O atual estágio do capitalismo é caracterizado pela automação da 
produção, que significa a substituição do trabalho humano pela tecnologia. As 
condições de trabalho são deterioradas, geram relações de trabalho com 
mecanismos de controle dos trabalhadores, precarização do trabalho, má 
remuneração, diminuição da média dos salários. 
São forma de trabalho: 
 Trabalho informal: são os conhecidos “bicos” ou subempregos; não 
necessitam de registro, pois não têm vínculo empregatício, nem contrato 
de trabalho, nem a emissão de notas fiscais, não são pagos os impostos. 
 Subcontratação ou terceirização: quando parte da atividade produtiva ou 
serviços é repassada a terceiro estranho ao contrato para execute parte 
da atividade. 
 
 
13 
 Trabalho temporário: quando a pessoa física é contratada para realizar 
um trabalho temporário. De acordo com o Ministério do Trabalho e 
Emprego “é aquele prestado por uma pessoa a uma empresa para 
atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular 
ou permanente ou o acréscimo extraordinário de serviço”. 
 Trabalho em tempo parcial: conforme a Lei n. 13.467/2017, é a 
modalidade especial de trabalho com duração inferior a 44 horas 
semanais, o trabalhador não está sujeito ao limite diário de trabalho de, 
no máximo, 8 horas, podendo exceder ao limite de 8 horas diárias. 
 Home office: expressão inglesa que significa escritório em casa, muito 
utilizado em consequência da economia globalizada e com aumento da 
terceirização, entretanto é considerado home office a execução de uma 
atividade em ambiente diferenciado da empresa. As principais vantagens 
são: maior independência, proximidadeda família, maior liberdade 
profissional, definição do próprio horário. Destaca-se como desvantagens: 
perda privacidade pessoal, tendência ao isolamento social, falta de 
atualização profissional em processos gerenciais, organização dos 
trabalhadores, preconceito no mercado formal. 
Entre as citadas consequências da reestruturação aumento nos índices 
de desemprego, está o desemprego estrutural em decorrência da utilização da 
tecnologia que leva à exclusão da mão de obra humana. 
Saiba mais 
Para aprofundar o seu conhecimento sobre o mundo do trabalho, leia o artigo 
Inovações tecnológicas e organizacionais no processo de modernização do 
comércio varejista, de José Tarcísio Pires Trindade e Lídia Micaela Segre. 
TRINDADE, J. T. P.; SEGRE, L. M. Inovações tecnológicas e organizacionais no 
processo de modernização do comércio varejista. Acta Scientiarum, v. 22, n. 5, 
p. 1371-1387, 2000. Disponível em: 
<http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciTechnol/article/view/3098/2222>
. Acesso em: 3 jul. 2018. 
 
 
 
14 
TEMA 4 – ECONOMIA INFORMAL 
A Organização Internacional do Trabalho – OIT – considera uma 
diversidade de fenômeno da informalidade são as atividades econômicas 
desenvolvidas à margem da formalidade, entendido como fenômeno resultado 
do processo de urbanização. 
Em muitos casos os trabalhadores informais são considerados de 
segunda categoria “causada pelo obscurecimento da participação dos mesmos 
na produção coletiva de bens, aos quais parecem-nos meros vendedores de 
mercadorias” (Tavares, 2013). 
O conceito de economia informal está diretamente ligado ao atual 
momento do capitalismo, com o processo de reorganização do mercado de 
trabalho, diminuição do trabalho estável e aumento das formas de trabalho 
parcial, com contratações ilegais sem a proteção da legislação trabalhista 
Para Tavares (2013), a informalidade 
ao mesmo tempo fragmenta o trabalho e obriga-o a assumir a condição 
que aparenta, com isso, certamente não se anula a mais-valia, mas a 
dissolução serve de argumento para preservar a exploração cada vez 
maior que caminha a certo passo da produção capitalista, no qual todos 
seremos capitalistas. 
Entre as características principais estão a falta de registro de firma, não 
emissão de notas fiscais, contratações ilegais sem registro dos trabalhadores, 
sem pagamento dos impostos, falsas cooperativas de trabalho, trabalho em 
domicílio, os autônomos sem inscrição na previdência social, comércio 
ambulante (Krein; Weishaupt, 2010, p. 7). 
Os referidos autores afirmam que 
apesar dessa disparidade de manifestações, há um denominador 
comum: o fato de que, geralmente, envolvem trabalhadores cuja 
condição tende a ser mais precária em razão de estarem em atividades 
em desacordo com as normas legais ou fora do alcance das 
instituições públicas de seguridade social (Krein; Weishaupt, 2010, p. 
7). 
Nos primeiros estudos, o setor informal era considerado um fenômeno dos 
países subdesenvolvidos, cujos os trabalhadores não conseguem se inserir no 
mercado de trabalho formal, que recebiam uma remuneração a baixo dos que 
estavam ocupando cargos no mercado formal. 
A informalidade continua se expandir em consequência da forma como a 
economia global está estruturada, eleva a insegurança nos mercados de 
 
 
15 
trabalho e aumenta a desigualdade social, aumentado um “grande contingente 
de pessoas sem possibilidades de competir por um ‘bom emprego’, o setor 
informal (tanto nas cidades como no campo) estava desempenhando um papel 
relevante na geração de renda para uma parcela expressiva da população” 
(Krein; Weishaupt, 2010, p. 12). 
Atualmente, a nova ideia de informalidade, os trabalhos de baixa 
qualidade, sem que o trabalhador não tenha nenhuma qualificação, estão lado a 
lado com trabalhadores por conta própria, ambulantes, profissionais liberais, 
consultores e exigem maior grau de qualificação. Segundo dados da OIT “no 
início do século XXI existiam mais de 300 milhões de trabalhadores informais no 
mundo, sendo que mais de 10% do total desempenham atividades no Brasil” 
(Gonzalez, 2017). 
No sistema neoliberal, de acordo com Tavares (2013), os trabalhadores 
informais assumem a aparência de independente, criando a ilusão de que o 
trabalhador tem autonomia na realização do seu trabalho, mas inserido no 
sistema capitalista ele está frente ao rigoroso controle de exploração, marcado 
pela precarização do trabalho. A economia informal deve ser analisada em um 
contexto do sistema capitalista, com a introdução das novas formas do mundo 
do trabalho em conjunto com o sistema político neoliberal. 
Saiba mais 
Para aprofundar o seu conhecimento sobre economia informal, leia o livro A OIT 
e a economia informal. 
A OIT e a economia informal. Escritório da OIT em Lisboa, 2006.Disponível em: 
<http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/economia_informal.
pdf>. Acesso em: 3 jul. 2018. 
TEMA 5 – FEMINIZAÇÃO DO TRABALHO 
O processo produtivo que surgiu em meados do século XX afeta a 
economia capitalista, em decorrência da crise do sistema fordista, a introdução 
de novas tecnologias e organizacionais, globalização que busca a qualidade e a 
flexibilidade ao menor custo propiciam o aparecimento do processo de 
feminização do trabalho. 
A partir dos anos 1970, ainda que crescente a participação da mulher nas 
atividades econômicas, o trabalho feminino ainda preserva as desigualdades das 
 
 
16 
condições de trabalho, salários menores que os masculinos. De acordo com 
Harvey (1993, p. 146), o avanço do trabalho feminino se deve 
na verdade, por uma revolução (de modo algum progressista) no papel 
das mulheres nos mercados e processos de trabalho, num período em 
que o movimento de mulheres lutava tanto por uma maior consciência 
como por uma melhoria das condição de um segmento que hoje 
representa mais de 40 por cento da força de trabalho em muitos países 
capitalistas avançados. 
Uma tendência mundial do trabalho feminino é a incorporação da “elevada 
proporção de mulheres” no processo de produção capitalista, assim como as 
lutas das mulheres pela emancipação feminina, o uso de contraceptivo e o 
aumento da escolaridade. 
Conforme Giddens (2005, p. 70), “as mulheres passaram a participar 
massivamente da força de trabalho, um fato que afetou muito as vidas pessoais 
dos indivíduos de ambos os sexos”. 
Uma das consequências que ocorre no mundo do trabalho por meio da 
reestruturação produtiva é denominada por vários autores – entre eles 
Gonçalves, Hirata, Nogueira, Antunes, Negri – de feminização do trabalho. 
Por um lado, o aumento de mulheres na produção refere-se à maior 
presença do sexo feminino na composição de uma profissão e inserção em 
postos antes ocupados exclusivamente por homens. 
Segundo Dias (2007), 
não se pode desmerecer a quantificação e as formas de incorporação 
das mulheres no mundo do trabalho, tendo em vista que esse ingresso 
vem associado a transformações significativas no mercado, nas 
relações familiares e conjugais, [...] principalmente, para uma nova 
modalidade de acumulação de capital em que as mulheres podem 
estar se configurando como um alvo estratégico, mercadorias 
eficientes que possuem um baixo custo. 
Por outro lado, mudanças no processo de inclusão de novas tecnologias 
alteram a forma de trabalho braçal para um trabalho mais intelectual, subjetivo e 
afetivo, que até então eram consideradas habilidades femininas. Assim, ocorre 
uma feminização das profissões ou funções nos padrões comportamentais, 
rearranjos familiares e aumento da escolaridade feminina. 
Para Negri (1998), “na produção contemporânea e nas formas eminentes 
de sua organização trabalhar conjuga-se antes no feminino do que no masculino. 
E que, portanto, os próprios homens, para produzir, têm de algum modo que se 
feminizar”, o que significa que a feminização do trabalho e a produção do 
conhecimento são subjetivas,imateriais. 
 
 
17 
O trabalho produtivo de serviços na contemporaneidade é a entrada cada 
vez maior de mulheres no mercado de trabalho, pois o sistema capitalista 
aproveita o grande contingente de mão de obra feminina e um processo de 
exploração da mais-valia, como uma forma de baratear os custos e elevar os 
lucros, “se por um lado o ingresso do trabalho feminino no espaço produtivo foi 
uma conquista da mulher, por outro lado permitiu que o capitalismo ampliasse a 
exploração da força de trabalho, intensificando-a através do universo do trabalho 
feminino” (Nogueira, 2004, p. 13). 
Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 
em 2010 o rendimento médio das mulheres ganharam foi média 68% do que os 
homens ganham, independentemente de as mulheres terem uma formação 
educacional maior do que eles, apresentando nível superior completo: 12,5% 
das mulheres completaram a graduação contra 9,9% dos homens. 
Saiba mais 
Para aprofundar o seu conhecimento sobre feminização recomendo “Dinâmica 
sexista do capital: feminização do trabalho precário”, de Renata Gonçalves. 
GONÇALVES, R. Dinâmica sexista do capital: feminização do trabalho precário. 
Disponível em: <http://www4.pucsp.br/neils/downloads/v9_artigo_renata.pdf>. 
Acesso em: 3 jul. 2018. 
TROCANDO IDEIAS 
Como pudemos perceber na aula, o capitalismo, por mais que se 
reinvente, continua a estabelecer as relações de quando surgiu com a Revolução 
Industrial. Talvez essa relação nunca esteve tão visível quanto na atualidade. 
Apesar das transformações tecnológicas e organizacionais que nada 
lembram a forma como a população vivia no período, as relações de trabalho 
continuam mediadas pelo salário, em busca do lucro alto a baixo custo de 
produção. 
Enquanto esse sistema capitalista proporcionar o lucro, continuará a 
vigorar, agora por meio de conglomerados globais, em outros momentos pelo 
fortalecimento dos mercados locais, tendo em vista sempre a aliança entre a 
política e o sistema econômico, ambos a serviço de projeto de perpetuação da 
hegemonia do capitalismo. 
 
 
18 
NA PRÁTICA 
Para uma compreensão prática da relação que existe no mundo trabalho, 
estabeleça uma relação entre o texto sobre os trabalhadores da General Motors 
e o filme Amor sem escalas. Faça um comentário de aproximadamente duas 
laudas. 
 Filme: Amor sem escalas, direção: Jason Reitman. 2010. 
 AMOR+Sem+ESCALAS+720p BluRay Dual -assistir filme completo 
dublado em português. Marco Riche, 26 fev. 2017. 
<https://www.youtube.com/watch?v=E4I4nvH0juM>. Acesso em: 3 jul. 
2018. 
 A General Motors do Brasil, recentemente, esteve envolvida em um caso 
de lay-off. O sindicato de trabalhadores pediu a execução dessa forma de 
flexibilização quando soube que os funcionários da empresa seriam 
demitidos. 
SANTOS, G. Sindicato propõe lay-off para 800 trabalhadores da GM. Folha 
de S.Paulo, 22 out. 2014. Disponível em: 
<http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/10/1536614-sindicato-propoe-
lay-off-para-800-trabalhadores-da-gm.shtml>. Acesso em: 3 jul. 2018. 
FINALIZANDO 
No estudo sobre o capitalismo atual, foi possível identificar a influência do 
neoliberalismo aliado às inovações tecnológicas nas transformações que 
ocorreram no mundo do trabalho. Em cada um dos temas, foi possível visualizar 
como a economia aliada a política modificam a vida global em busca do lucro 
aliado ao baixo custo de produção. Mesmo como todas as novas tecnologias, 
ainda vivemos a relação dialética de proprietários dos meios de produção que 
determinam todos os aspectos da vida do trabalhador e aqueles cuja a única 
possibilidade de troca é a sua força de trabalho. 
 
 
 
19 
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2007. Disponível em: 
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GIDDENS, A. Sociologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 
 
 
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