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Autoria: Aislan da Silva Nunes - Revisão Técnica: Douglas Almeida Lima Contabilidade avançada I UNIDADE 3 - INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E EM CONTROLADAS E TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS Caro(a) estudante, nesta unidade, conheceremos os investimentos existentes entre sociedades jurídicas e suas características. Já sabemos que a combinação de sociedades exige o controle de uma empresa por outra empresa, ou seja, nessa prática, uma empresa se torna controladora, enquanto a outra se torna controlada. Mas você sabe o que acontece nos casos em que as empresas não fazem investimentos significativos em outras empresas? E nos casos em que os investimentos são inferiores a 20% do patrimônio líquido, o que ocorre? Nesses casos, conforme veremos ao longo de nossos estudos, estaremos diante de empresas relacionadas, que têm uma pequena participação no patrimônio líquido de outra organização. Ainda nesta unidade, veremos que os ganhos das empresas relacionadas devem ser contabilizados pelo método de equivalência patrimonial, que, em geral, diz respeito ao reconhecimento do percentual investido no patrimônio líquido como ágio após a distribuição dos lucros obtidos pela empresa investida. Finalmente, ao término de nossos estudos, iremos abordar as transações entre as empresas relacionadas, apresentando suas definições, seus tipos e a divulgação dos resultados. Bons estudos! Introdução 3.1 Investimentos em coligadas e controladas Quando uma empresa tem interesse em investir em outra empresa, estamos falando de uma participação de uma pessoa jurídica em outra pessoa jurídica. Para esses investimentos, existe no ativo não circulante um grupo específico, denominado investimento. Dentro desse grupo contábil, por sua vez, existem as participações permanentes relacionadas à aquisição de outras empresas, o que ocorre quando uma empresa investidora adquire ações ou quotas de responsabilidades limitadas de outras empresas com a intenção de continuar com o empreendimento. No Brasil, a Lei n. 6.404, de 1976, conhecida também como Lei das Sociedades por Ações, apresenta duas metodologias distintas de avaliação para os investimentos entre empresas: a primeira delas é pelo método do custo; já a segunda é pelo método de equivalência patrimonial (BRASIL, [2020]). Há, ainda, uma terceira metodologia, apresentada pelo Pronunciamento Técnico CPC 38, que se refere ao método do valor justo (CPC, 2009). Notamos que há uma pequena diferença entre as orientações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as determinações da legislação societária, isto é, da Lei n. 6.404. Pela primeira orientação, as empresas deverão utilizar o método do valor justo. Porém, é possível que elas não consigam fazer uma estimativa confiável do valor de venda dos investimentos. Nesse caso, deverá ser seguida a orientação da legislação vigente. Nesse contexto, compre ressaltar que, de acordo com o CPC 38, o “[...] valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração” (CPC, 2009, p. 11). Diante desse contexto, a seguir, conheceremos as definições a respeito dos investimentos em coligadas e em controladas, as características do método de equivalência patrimonial e como os investimentos devem ser contabilizados por esse método. 3.1.1 Definições A expressão sociedade coligada tem sua origem no direito italiano e tem duplo significado. O primeiro significado que a ela é atribuído é o de participação societária no capital de uma empresa em relação a uma outra empresa. Já o segundo sentido é o de existência de um vínculo jurídico que une duas sociedades, servindo para diferenciar os conceitos de controle e de simples participação. Em um sentido mais amplo da expressão, dizemos que uma empresa tem uma coligação com uma outra empresa nos casos em que uma pessoa jurídica tem participação societária em uma outra pessoa jurídica. Em outras palavras, uma empresa é sócia de outra empresa. Quando nos referimos a controle, uma empresa exerce controle societário sobre outra empresa. Nesse sentido, a coligação está relacionada à formação de conjuntos empresariais que objetivam criar entre si um vínculo de integralidade patrimonial, outorgando às sociedades autonomia na relação de personificação jurídica. Dito de outro modo, a coligação pode ser entendida como um gênero que tem duas espécies: a primeira é o controle e a segunda é a coligação. Os conceitos de coligação e de controle são assim abordados por Iudícibus (2017, p. 172): Nesse mesmo sentido, de acordo com o CPC 18 (R2) (CPC, 2012), nas empresas com sociedade coligada, há investimentos com influência significativa de uma entidade sobre outra, contudo, esses investimentos não são suficientes para que haja um controle da primeira sobre a segunda, de modo que esta não pode ser entendida como uma empresa controlada. Vejamos, então, o que o CPC 18 (R2) (CPC, 2012, p. 2) nos apresenta: A Lei das Sociedades por ações define coligada como “as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa” (art. 243, § 1º) e considera que existe tal influência quando “a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la” (art. 243, § 4º). A lei dispõe ainda que a influência significativa é presumida “quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la”. Coligada é uma entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, sobre a qual o investidor tem influência significativa e que não se configura como controlada ou participação em empreendimento sob controle conjunto (joint venture). Observamos que, de acordo com essas orientações, há uma influência significativa de uma entidade sobre outra; contudo, não há o controle. Por outro lado, no que se refere às sociedades controladas, o mesmo documento apresenta que controlada é uma empresa sobre a qual incide uma empresa controladora, ou seja, esta tem preponderância nas determinações sociais da empresa controlada: Nas últimas décadas, as alterações sobre a Lei das Sociedades por Ações, apresentadas pela Lei n. 11.638, de 2007, e pela Lei n. 11.941, de 2009, facilitaram o entendimento sobre os investimentos e sobre sua avaliação utilizando o método da equivalência patrimonial. Atualmente, os investimentos relacionados às empresas coligadas, segundo as orientações trazidas por ambas as leis, devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial. As leis ainda ensinam que esse método deverá ser utilizado considerando o percentual de participação sobre o patrimônio líquido. Isso porque sempre que a investidora possuir influência significativa sobre a investida, estará sob o conceito de coligação, tendo, portanto, as características necessárias para que o investimento seja avaliado respeitando o método da equivalência patrimonial. Além disso, é importante ressaltar que, para a definição de empresas coligadas, não observamos o percentual de participação, mas sim a influência da investidora sobre a investida. São exemplos de influência significativa a dependência tecnológica da investida em relação à investidora; o poder para influenciar a tomada de decisões; a capacidade de eleger diretores; a capacidade de destituir diretores; a participação na tomada de decisões político-financeiras; e a troca permanente de informações contábeis. Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. (CPC, 2012, p. 2) O vídeo Operações societárias: cisão e incorporação, de 2019, conta com a participação de Rodrigo Garcia e de Filipe Hiroshi Kamoei para tratar de temas como fusão,cisão e incorporação de empresas. Trata-se de uma ótima opção para aqueles que desejam se aprofundar no assunto. Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=- R8gpQLK1cg) Você quer ver? Você sabia? https://www.youtube.com/watch?v=-R8gpQLK1cg Desse modo, no que se refere à influência significativa, é importante compreender que ela pode ser verificada quando o investidor detém ou exerce o poder de participar das decisões políticas, financeiras ou comerciais da investida sem controle. Podemos exemplificar um caso de influência significativa pensando em uma investida que depende de uma tecnologia desenvolvida pela investidora para produzir seus produtos. Além disso, baseada na legislação, uma hipótese de presunção da influência significativa considera os casos em que a investidora tem 20% ou mais do capital votante da investida, sem que fique caracterizado o controle. Segundo Iudícibus (2017, p. 172): Ainda segundo o autor, é sabido que a legislação societária vigente dá mais atenção ao impacto significativo na avaliação pelo método da equivalência patrimonial, em vez de definir o tipo de empresa. Para melhor compreender o conceito apresentado pela lei, suponhamos os percentuais indicados na figura a seguir, que correspondem ao percentual do capital votante aplicável à investida. As normas contábeis são divulgadas por meio dos pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC. Uma boa sugestão de leitura para o assunto que estamos abordando nesta unidade é o CPC 15, que trata da combinação de negócios, e o CPC 18, relacionado aos investimentos em coligada, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto. Acesse (http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos- Emitidos/Pronunciamentos) Cabe notar que na definição de coligada, não especifica o tipo de sociedade, o tipo de título patrimonial ou ainda a proporção na investida (exceto pelo conceito presumido de influência), abrangendo todos os tipos de sociedades (sociedades por ações, limitadas ou outro tipo), bem como não faz menção sobre participações indiretas, concluindo-se que as empresas são coligadas somente por participações diretas. Figura 1 - Exemplos de participação societária Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos #PraCegoVer: figura ilustrando diferentes participações societárias, composta por três exemplos, cada um em esquemas de hierarquia vertical e contendo caixas de texto. No primeiro exemplo, à esquerda, a empresa A está relacionada com a empresa B por participar em 8% do capital social, de modo que a empresa B é coligada de A. No segundo exemplo, no centro, há a mesma relação entre a empresa A e a empresa B, porém, há um capital de participação de 80% da primeira sobre a segunda. Nesse caso, a empresa B é controlada de A. Por fim, no terceiro exemplo, à direita, há a participação de três empresas, A, B e C. A empresa A participa em 80% da empresa B, e a empresa B, por sua vez, participa em 65% da empresa C. Nesse caso, a empresa C é controlada indireta da empresa A. Para os exemplos apresentados na imagem, consideremos algumas questões. Além dos conceitos de coligação e de controle, é importante observar que a lei também prevê a avaliação obrigatória dos investimentos em outras empresas do mesmo grupo ou sob o mesmo controle pelo método da equivalência patrimonial. Ainda, para efeitos de constituição de sociedade controlada, as alterações sobre a Lei das Sociedades por Ações não estabeleceram parâmetros relativos ao percentual do capital total ou votante das empresas participantes. A Lei n. 11.941 é uma inovação que caracteriza a empresa como parceira por expressar um conceito influente. Nesse primeiro exemplo, a empresa A tem uma influência significativa sobre a empresa B devido à dependência tecnológica que a investida tem da investidora, portanto, ela tem o direito de participar das decisões da investida. Uma vez que a empresa A tem 80% do capital votante de B, a empresa A tem uma vantagem nas deliberações sociais e tem o direito de eleger a maioria dos diretores de B. A tem a vantagem de B nas deliberações sociais e tem o direito de eleger a maioria dos administradores de C. Isso ocorre porque B tem 65% do capital votante de C. Primeiro exemplo Segundo exemplo Terceiro exemplo Ressalta-se, ainda, que a participação majoritária no capital total nem sempre resulta no controle de uma empresa por outra, uma vez que a participação maioritária do capital votante é a principal característica relacionada ao controle. Para um melhor entendimento desse aspecto, imaginemos um caso em que a empresa A detenha 10% do capital total da empresa e mais 60% do capital votante da empresa B. Nesse caso, a empresa B é controlada pela empresa A. Por outro lado, a empresa A pode deter 60% da metade do capital total da empresa, mas apenas 10% do capital votante de B. Nesse último caso, B não será controlada por A. O art. 243, parágrafo 2º da Lei das Sociedades por Ações estabelece que uma sociedade é considerada controlada quando a controladora detém os direitos dos sócios diretamente ou por meio de outras sociedades controladas, garantindo permanentemente sua vantagem no processo de revisão e o poder de eleger a maioria dos administradores (BRASIL, [2020]). Portanto, se o percentual de participação for aumentado para possibilitar o controle da empresa, a investida deixará de ser coligada e passará a ser uma empresa controlada. Se as condições do controlador forem obtidas ao mesmo tempo, ocorrerá a mesma situação. Posto isso, sabendo da importância do método de equivalência patrimonial para as sociedades coligadas e controladas, a seguir, conheceremos com mais detalhes esse método. 3.1.2 Método de equivalência patrimonial Por meio do método de equivalência patrimonial (MEP), descobriremos como registrar contabilmente um investimento, de modo que o valor seja proporcional ao percentual de participação da investidora no patrimônio líquido da empresa investida, ou seja, além da confirmação de tais resultados na demonstração, a empresa de investimento também terá uma certa proporção do capital de investimento, o resultado do resultado anual. Como nosso foco está centrado no MEP, iremos apresentar as empresas que estão obrigadas à utilização desse método. As empresas devem utilizar o MEP para avaliar investimentos permanentes (com intenção de permanência) em que a investidora detenha controle sobre a investida ou tenha relação de coligada. Para isso, a Lei n. 11.638 estabelece normas O livro Fusões e aquisições: aspectos fiscais e societários, de Muniz e Branco (2007), trata das reorganizações societárias. Ele é uma ótima opção para quem deseja se aprofundar nesse tema. Você quer ler? Ian Muniz é autor de grandes obras, a exemplo de livros que tratam da reorganização societária. Sua atuação é voltada para a área jurídica, porém, é também muito relacionada à área contábil, principalmente no que se refere à fusão, à cisão e à incorporação entre personalidades jurídicas. Você o conhece? obrigatórias, que estipulam a avaliação de investimentos em empresas associadas com influência significativa, e mesmo em empresas associadas que detenham 20% ou mais do capital da empresa. 3.1.3 Contabilização de investimentos pelo MEP Muitas vezes, as negociações de compra de participação societária ocorrem com divergências de valores entre o valor pago e o valor de avaliação da empresa. Imaginemos, por exemplo, o caso da Apple. Ao final do ano de 2020, a empresa de tecnologia superou o seu valor de mercado, chegando a mais de dois trilhões de dólares. Embora esse seja o valor considerado justo, dificilmente encontraremos um patrimônio contábil que reflita esse número. O motivo para isso está em algo intangível: a expectativa de rentabilidade futura que os investidores têm sobre a empresa. Desse modo, podemos entender que o valor da aquisição de um investimento não se refere apenas ao percentual de patrimônio adquirido. O mesmo pode acontecer de forma contrária. Podemos encarar situações reais emque a empresa investidora conseguiu realizar a aquisição por um valor abaixo do que realmente valeria o patrimônio da empresa. Nesse contexto, Gelbcke et al. (2018, p. 190) explicam que: Diante disso, ao fazermos o primeiro reconhecimento de um investimento, como contadores, deveremos nos preocupar em ter três informações fundamentais: o valor da aquisição; o valor patrimonial, comumente chamado de valor contábil; e o valor justo, comumente denominado valor de mercado. A partir do conhecimento dessas informações, podemos resumir que o investimento será segregado em três subcontas, cujos valores serão dados pelas equações apresentadas a seguir. Pela perspectiva da entidade investidora como entidade separada, quando o preço de aquisição for maior que o valor patrimonial dessa participação, pode surgir (a) um ágio por “mais-valia de ativos líquidos” pela diferença positiva entre a parte do investidor no valor justo dos ativos líquidos e o valor patrimonial da participação adquirida (se a diferença for negativa teremos um deságio representativo de uma menos-valia), e/ou (b) um “ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)” pela diferença positiva entre o preço de aquisição pelo investidor (acrescido do valor justo de alguma participação preexistente, se houver) e a parte do investidor no valor justo dos ativos líquidos (se a diferença for negativa, teremos um “ganho por compra vantajosa”, o qual deve ser reconhecido diretamente no resultado). O valor patrimonial é dado pelo percentual de participação multiplicado pelo patrimônio líquido da investida. A mais-valia ou menos-valia é dada pela subtração entre valor justo e valor patrimonial. Nesse caso, se o resultado for positivo, haverá mais- valia, conta de natureza devedora. Se o resultado for negativo, haverá menos-valia, conta de natureza credora. Valor patrimonial Mais-valia no investimento ou menos-valia no investimento Sabendo disso, vejamos, então, a contabilização de um investimento avaliado pelo MEP a partir de um exemplo. Para isso, suponha uma empresa, denominada Cia. Investidora, que adquiriu 60% de participação societária na Cia. Investida S.A. pelo valor de R$ 80 milhões. Na data- base da aquisição, foram levantados os valores patrimonial e justo. Os valores evidenciados na contabilidade (valor patrimonial) são de R$ 100 milhões. O valor de mercado (valor justo) foi definido em R$ 120 milhões. No quadro a seguir, podemos visualizar os valores a serem registrados na contabilidade da investidora como representativos da conta de investimento. #PraCegoVer: quadro evidenciando o registro contábil do investimento na Cia. Investida S.A., de forma segregada, indicando conta de valor patrimonial, conta de mais-valia e ágio por rentabilidade futura. Ele está separado em três colunas. A primeira, à esquerda, informa a conta e as subcontas. A segunda, mais à direita, apresenta os registros feitos a débito, enquanto a terceira, à direita, apresenta os registros a crédito. São evidenciados valor patrimonial de R$ 60 milhões, mais-valia de R$ 12 milhões e ágio de R$ 8 milhões, todos a débito, com contrapartida em bancos conta movimento de R$ 80 milhões a crédito. No quadro, notamos que, ao realizar cada cálculo, foram feitas multiplicações usando o percentual de 60%, correspondente ao percentual de participação da Cia. Investidora. É importante observar também que as contas de mais ou de menos-valia são temporárias, sendo diretamente vinculadas à existência de um fato gerador (ativo ou passivo). Diante disso, Gelbcke et al. (2018, p. 191) explicam que: Quadro 1 - Contabilização do investimento na Cia. Investida S.A. Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. É dado pela subtração entre valor da aquisição e valor justo. Caso o resultado seja positivo, haverá ágio, registrado como de natureza devedora. Se o resultado for negativo, isso indicará um deságio, de natureza credora. Ágio por expectativa de rentabilidade futura ou deságio por compra vantajosa Precisamos destacar também que quando houver mutações patrimoniais na investida, a investidora precisará evidenciar a partir da contabilização do que chamamos de resultado de equivalência patrimonial. Sabendo disso, a partir de agora, trataremos em especial das mutações causadas pelo lucro ou pelo prejuízo do exercício. Esse é um procedimento contábil simples, mas fundamental para a continuidade do MEP, pois quando a investida tem resultados (lucro ou prejuízo), afetando seu patrimônio líquido, a empresa investidora deverá contabilizar tais alterações de modo que o valor contábil do seu investimento seja sempre proporcional ao percentual de participação da investidora no patrimônio líquido da investida. Vejamos, nos próximos quadros, o procedimento a ser feito em caso de lucro e de prejuízo, respectivamente. Começaremos pelo que aconteceria em caso de lucro da empresa investida. #PraCegoVer: quadro composto por três colunas, evidenciando, da esquerda para a direita, contas contábeis, lançamento a débito e lançamento a crédito. São evidenciadas as contas de investimento em coligadas e controladas, com registro a débito, e de receita de equivalência patrimonial, com registro a crédito. A parcela relativa ao ágio por mais-valia de ativos líquidos, contida no saldo do investimento, será realizada na medida da realização dos ativos e passivos que lhes deu origem [...]. Já a parcela relativa ao goodwill permanecerá no saldo do investimento, sendo realizado juntamente com o investimento por ocasião, por exemplo, da alienação dessa participação, ou pelo reconhecimento de perdas por redução ao valor recuperável do investimento (impairment). Suponha que a Cia. Investida S.A. tenha registrado, em determinado período, um resultado contábil positivo (lucro) no valor de R$ 1 milhão. Nessa situação, a Cia. Investidora precisará realizar registros contábeis que mantenham a equivalência patrimonial. Caso você fosse o contador dessa organização, como faria esses registros? Vamos Praticar! Quadro 2 - Contabilização de receita de equivalência patrimonial Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em GELBCKE et al., 2018. No quadro anterior, apresentamos qual deveria ser o registro contábil caso a investida obtivesse lucro no exercício. O resultado a ser registrado como receita de equivalência patrimonial seria proporcional também ao valor do investimento, ou seja, o valor da receita de equivalência seria definido multiplicando-se o percentual de participação da investidora pelo resultado da investida. Para melhor compreendermos esses registros, retomemos o exemplo anterior. Supondo que a Cia. Investida S.A. obtivesse um lucro de R$ 1 milhão no exercício, a investidora deveria reconhecer uma receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 600 mil, pois esse número seria proporcional ao seu percentual de participação na investida. E se no lugar de obter lucro a empresa investida obtivesse um prejuízo de R$ 1 milhão, o que aconteceria? Como você faria esse registro contábil? Veja o quadro a seguir e confira! #PraCegoVer: quadro composto por três colunas e evidenciando a contabilização de despesa de equivalência patrimonial. Da esquerda para a direita, temos a primeira coluna, na qual são apresentadas as contas contábeis. Na segunda coluna, destacam-se os lançamentos a débito. Por fim, na terceira coluna, à direita, constam os lançamentos a crédito. As contas destacadas são a despesa de equivalência patrimonial, com registro a débito, e o investimento em coligadas e controladas, com registro a crédito. Desse modo, considerando que a Cia. Investida S.A. obtivesse prejuízo de R$ 1 milhão, precisaríamos registrar, então, um débito de despesa de equivalência patrimonial no valor de R$ 600 mil, proporcional ao seu percentual de participação na investidora, que é de 60%. Lembre-se: fazemos esses registros como forma de manter a equivalência patrimonial, ou seja, ao final do procedimento, o valor do investimento, registrado nos ativos da investidora, precisará ser equivalente ao percentual de participaçãoda investidora no patrimônio líquido da investida. São exemplos de sucesso de reorganização societária e combinação de negócios das empresas Ambev e Do Bem, que foram incorporadas. Nesse caso, a empresa Do Bem deixou de existir, ampliando a sociedade da Ambev. Já as empresas Suzano e Fibria são exemplos de organizações que se fundiram e que, por isso, deixaram de existir para a formação de uma Quadro 3 - Contabilização de despesa de equivalência patrimonial Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em GELBCKE et al., 2018. Caso terceira empresa, a Suzano S.A. Finalmente, um ótimo exemplo de cisão é o que ocorreu com as empresas Mercado Livre e Axado. Para findarmos este tópico, vamos analisar um outro tipo de registro contábil decorrente dos investimentos avaliados pelo MEP: a distribuição de dividendos pela investida. Mas o que há de especial nesse registro para que nos preocupemos com ele? Para respondermos a essa pergunta, precisamos estar bem alinhados sobre o conceito de dividendos, sua função e operacionalização. O dividendo nada mais é do que a distribuição de resultados da investida para seus investidores, ou seja, ele tem a função de remunerar o capital do investidor, garantindo a ele uma espécie de recompensa pelos resultados da investida. Sabendo disso, precisaremos nos atentar, agora, à forma com que os dividendos são operacionalizados. Os dividendos representam, contabilmente, a distribuição de riqueza da investidora para seus investidores, ou seja, a empresa se “desfaz” de uma parte de seu patrimônio para distribuí-lo aos seus sócios e acionistas. É nesse entendimento que surge nossa preocupação. Se há distribuição de patrimônio, isso significa que, efetivamente, a investida está reduzindo o seu patrimônio líquido ao distribuir dividendos. Desse modo, precisamos realizar a contabilização disso para que a investidora possa tanto reconhecer o valor do dividendo recebido em conta bancária quanto registrar a redução do valor do investimento em decorrência dessa distribuição de riqueza da investida. Vejamos, então, o quadro a seguir. #PraCegoVer: quadro em três colunas apresentando a contabilização de recebimento de dividendos na investidora. Da esquerda para a direita, as colunas apresentam, respectivamente, as contas contábeis, os lançamentos a débito e os lançamentos a crédito. As contas evidenciadas são bancos, com registro a débito, e investimentos em coligadas e controladas, com registro a crédito. Vamos retornar ao nosso exemplo de investimento. Suponhamos que a Cia. Investida S.A. tenha realizado a distribuição de R$ 200 mil a título de dividendos. Na contabilidade da investidora, debitaríamos R$ 120 mil (correspondente a 60% de participação da investidora multiplicado por R$ 200 mil distribuídos) e creditaríamos a própria conta de investimentos, pois, como vimos, a distribuição de dividendos representa uma redução de patrimônio da investida. Quadro 4 - Contabilização de recebimento de dividendos na investidora Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em GELBCKE et al., 2018. Assim, como foi possível observar, nos casos de distribuição de dividendos pela investida, precisamos evidenciar uma redução no valor do investimento. Em contrapartida, temos a entrada de recursos financeiros na conta bancária da investidora pelo recebimento dos dividendos. Claros esses conceitos, na sequência, veremos aspectos importantes concernentes às transações entre partes relacionadas. Teste seus conhecimentos (Atividade não pontuada) 3.2 Transações entre as partes relacionadas As transações envolvendo as partes relacionadas devem seguir as orientações apresentadas nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) TSP 22. Tais orientações têm como principal objetivo a divulgação de relacionamentos que envolvem empresas relacionadas, nas quais há o controle e a divulgação das informações. As informações que são divulgadas visam apresentar características cotidianas de operações que envolvem as partes relacionadas, considerando controladoras, controladas e coligadas. Tais entidades têm a capacidade de afetar as políticas financeiras e operacionais das investidas por meio de controle pleno, de controle compartilhado ou de influência significativa, visto que o relacionamento entre as partes relacionadas tem efeitos nos relatórios contábeis, como na demonstração do resultado do exercício e no balanço patrimonial, conforme aponta o CPC 05 (R1) (CPC, 2010). Ter conhecimento das transações entre as partes relacionadas e dos saldos existentes é fundamental para avaliar as atividades na visão dos usuários contábeis, principalmente para classificar riscos e oportunidades da empresa. Diante disso, duas classes são abordadas no CPC 05 (R1) de forma ampla: a identificação de quais partes controlam ou influenciam significativamente a entidade que reporta, e a determinação de qual informação deve ser divulgada a respeito das transações com essas partes (CPC, 2010). A seguir, veremos, então, as definições e as transações que dizem respeito às partes relacionadas. 3.2.1 Definições Alguns termos técnicos muito importantes para os profissionais da área são apresentados e definidos na NBC TSP 22. O primeiro deles é a expressão pessoas-chave. Para compreendê- la, podemos fazer um paralelo com nossa vida familiar, entendendo as pessoas-chave como aqueles entes familiares que estão ligados diretamente ao nosso dia a dia (CFC, 2019). Assim, para as empresas, as pessoas-chave são os administradores ou os membros de seu corpo administrativo, podendo ser, ainda, aquelas pessoas que têm algum tipo de autoridade e de responsabilidade pelo planejamento estratégico, organizacional e pelo controle das atividades operacionais que a empresa desenvolve. Ainda de acordo com a NBC TSP 22, a supervisão tem como objetivo, como o nome sugere, supervisionar as atividades operacionais da empresa, de modo que, em geral, para esse pessoal é outorgada a capacidade de controlar e de influenciar as decisões que são tomadas. Partes relacionadas, por sua vez, são as empresas que têm capacidade de exercer influência sobre outras, ou seja, trata-se de quando uma empresa controla a outra ou, ainda, quando exerce influência significativa sobre as decisões financeiras e operacionais desta (CFC, 2019). Qualquer empresa que tem um grau de relacionamento interno classificado como companhia aberta é considerada relacionada. De modo geral, essas empresas têm a possibilidade de criar condições comutativas e independentes sobre transações de terceiros. Em outras palavras, elas podem ter operações como compra, venda, empréstimo, tomada de empréstimo, remuneração, recebimento ou prestação de serviço, integralização de capitais, entre outras ações. A companhia aberta deve, obrigatoriamente, atender aos requisitos de divulgação de informações. Ademais, ela precisa manter suas relações mais transparentes e coibir a existência de conflitos de interesse. 3.2.2 Transações Para identificar as transações, deveremos cumprir as condições dessas transações. Por exemplo, se a transação tiver sido realizada em condições semelhantes às existentes entre partes não relacionadas, deveremos observar características como preço, prazos, encargos, qualidade e a própria transação ou seu impacto, isto é, se ela afeta ou se pode afetar, de maneira significativa, a situação financeira e/ou os resultados das empresas envolvidas na operação, bem como suas correspondentes demonstrações. Segundo o CPC 15 (R1) (CPC, 2011), são exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com partes relacionadas: É fundamental que todas as transações entre as partes relacionadas sejam divulgadas no que se refere às condições em que foram efetuadas. Transações que não são as casuais entre as partes relacionadas deverão, após o encerramento do exercício ou do período, da mesma compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados); compras ou vendas de propriedades e outros ativos; prestação ou recebimento de serviços; arrendamentos; transferências de pesquisa e desenvolvimento; transferênciasmediante acordos de licença; transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em dinheiro ou equivalente); fornecimento de garantias, avais ou fianças; assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada. forma, ser divulgadas. 3.2.3 Divulgações Para que seja feita a divulgação das transações entre as empresas relacionadas, há um critério a ser observado. Com relação ao balanço patrimonial de tais empresas, as transações que devem ser divulgadas precisam ser destacadas nas demonstrações financeiras. Os saldos e as transações que tiverem as mesmas características devem ser classificados em conjunto. Já as transações que não tiverem as mesmas características devem ser apresentadas individualmente. A divulgação da transação pode ser feita por meio de notas explicativas ou no corpo das demonstrações financeiras, de modo que a empresa pode escolher entre a opção que julgar mais adequada. Em todo caso, é essencial que a transação seja listada em termos de valor e de prazos quando houver relação com o valor de mercado ou com transações que ocorreram anteriormente. Vejamos, a seguir, um exemplo de nota explicativa referente às partes relacionadas. Nela, é possível visualizar a remuneração do pessoal-chave de uma empresa. #PraCegoVer: quadro em três colunas com um exemplo de nota explicativa, divulgando informações sobre as partes relacionadas e sobre a remuneração do pessoal-chave da administração. Na primeira coluna, à esquerda, apresentam-se os seguintes itens: benefícios de curto prazo, de pós-emprego, de longo prazo e rescisórios, bem como os pagamentos baseados em ações. Na segunda e na terceira colunas, à direita, são apresentados os valores relativos a cada um desses itens nos anos de 2015 e de 2014, respectivamente. Observe que essa nota é apenas um exemplo de como poderá ser feita a divulgação, não se tratando, portanto, de um modelo-padrão. Outro exemplo que podemos ter de nota explicativa envolvendo valores de partes relacionadas, de transações e de saldos dessas transações é apresentado a seguir. Quadro 5 - Remuneração do pessoal-chave da administração Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em MATIASI; BAUER, 2018. #PraCegoVer: quadro composto por sete colunas e apresentando um exemplo de nota explicativa com informações entre as empresas A, B e C, partes relacionadas entre si. Em cada coluna, da esquerda para a direita, são apresentadas as seguintes informações, respectivamente: partes relacionadas; saldo ativos; saldos passivos; vendas de produtos/serviços; compras de produtos/serviços; receitas financeiras; e despesas financeiras. Em partes relacionadas, na primeira coluna, são destacados cada parte (A, B e C) e os saldos de 2015 e de 2014. As divulgações de informações entre as partes relacionadas devem ser feitas identificando a natureza do relacionamento, a remuneração do pessoal-chave da administração, a natureza das transações, o montante das transações, detalhes de quaisquer garantias dadas ou recebidas, os prazos e condições, as previsões para crédito de liquidação duvidosa e as despesas reconhecidas relacionadas a dívidas incobráveis (MATIASI; BAUER, 2018). Quadro 6 - Exemplo de nota explicativa sobre partes relacionadas Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em MATIASI; BAUER, 2018. Teste seus conhecimentos (Atividade não pontuada) Chegamos ao fim de mais uma unidade de estudos. Aqui, aprendemos que existem vários tipos de fusões de empresas. Algumas dessas fusões não representam um investimento significativo, visto que não atingem 20% do patrimônio líquido. Além disso, observamos o que torna uma empresa controlada ou coligada, bem como descobrimos como devem ser avaliados os investimentos pelo método de equivalência patrimonial. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: Conclusão identificar aspectos relacionados aos investimentos em empresas coligadas e controladas, compreendendo também suas definições e contabilizações pelo método de equivalência patrimonial; inteirar-se sobre as transações entre empresas relacionadas, observando que tais fatos devem ser relevantes e divulgados com clareza e objetividade; conhecer as definições, transições e divulgações referentes às transações de empresas relacionadas. BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm). Acesso em: 13 jan. 2021. BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Brasília, DF: Presidência da República, 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/lei/l11638.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/lei/l11638.htm). Acesso em: 13 jan. 2021. BRASIL. Lei n. 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que especifica [...] e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2009/lei/l11941.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2009/lei/l11941.htm). Acesso em: 13 jan. 2021. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 38: instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração. Brasília, DF: CPC, 2 out. 2009. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/406_CPC_38_rev%2015.pdf (http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/406_CPC_38_rev%2015.pdf). Acesso em: 13 jan. 2021. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 05 (R1): divulgação sobre partes relacionadas. Brasília, DF: CPC, 3 set. 2010. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/159_CPC_05_R1_rev%2006.pdf (http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/159_CPC_05_R1_rev%2006.pdf). Acesso em: 13 jan. 2021. 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