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AULA 3

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Autoria: Aislan da Silva Nunes - Revisão Técnica: Douglas Almeida Lima
Contabilidade avançada I
UNIDADE 3 - INVESTIMENTOS EM
COLIGADAS E EM CONTROLADAS E
TRANSAÇÕES ENTRE PARTES
RELACIONADAS
Caro(a) estudante, nesta unidade,
conheceremos os investimentos existentes entre
sociedades jurídicas e suas características. Já
sabemos que a combinação de sociedades
exige o controle de uma empresa por outra
empresa, ou seja, nessa prática, uma empresa
se torna controladora, enquanto a outra se torna
controlada.
Mas você sabe o que acontece nos casos em que as empresas não fazem
investimentos significativos em outras empresas? E nos casos em que os
investimentos são inferiores a 20% do patrimônio líquido, o que ocorre? Nesses
casos, conforme veremos ao longo de nossos estudos, estaremos diante de
empresas relacionadas, que têm uma pequena participação no patrimônio líquido de
outra organização.
Ainda nesta unidade, veremos que os ganhos das empresas relacionadas devem ser
contabilizados pelo método de equivalência patrimonial, que, em geral, diz respeito ao
reconhecimento do percentual investido no patrimônio líquido como ágio após a
distribuição dos lucros obtidos pela empresa investida. Finalmente, ao término de
nossos estudos, iremos abordar as transações entre as empresas relacionadas,
apresentando suas definições, seus tipos e a divulgação dos resultados.
Bons estudos!
Introdução
3.1 Investimentos em coligadas e
controladas
Quando uma empresa tem interesse em investir em outra empresa, estamos falando de uma
participação de uma pessoa jurídica em outra pessoa jurídica. Para esses investimentos, existe
no ativo não circulante um grupo específico, denominado investimento. Dentro desse grupo
contábil, por sua vez, existem as participações permanentes relacionadas à aquisição de outras
empresas, o que ocorre quando uma empresa investidora adquire ações ou quotas de
responsabilidades limitadas de outras empresas com a intenção de continuar com o
empreendimento.
No Brasil, a Lei n. 6.404, de 1976, conhecida também como Lei das Sociedades por Ações,
apresenta duas metodologias distintas de avaliação para os investimentos entre empresas: a
primeira delas é pelo método do custo; já a segunda é pelo método de equivalência
patrimonial (BRASIL, [2020]). Há, ainda, uma terceira metodologia, apresentada pelo
Pronunciamento Técnico CPC 38, que se refere ao método do valor justo (CPC, 2009).
Notamos que há uma pequena diferença entre as orientações do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC) e as determinações da legislação societária, isto é, da Lei n. 6.404. Pela
primeira orientação, as empresas deverão utilizar o método do valor justo. Porém, é possível
que elas não consigam fazer uma estimativa confiável do valor de venda dos investimentos.
Nesse caso, deverá ser seguida a orientação da legislação vigente.
Nesse contexto, compre ressaltar que, de acordo com o CPC 38, o “[...] valor justo é o preço
que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo
em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração” (CPC,
2009, p. 11). Diante desse contexto, a seguir, conheceremos as definições a respeito dos
investimentos em coligadas e em controladas, as características do método de equivalência
patrimonial e como os investimentos devem ser contabilizados por esse método.
3.1.1 Definições
A expressão sociedade coligada tem sua origem no direito italiano e tem duplo significado. O
primeiro significado que a ela é atribuído é o de participação societária no capital de uma
empresa em relação a uma outra empresa. Já o segundo sentido é o de existência de um
vínculo jurídico que une duas sociedades, servindo para diferenciar os conceitos de controle e
de simples participação.
Em um sentido mais amplo da expressão, dizemos que uma empresa tem uma coligação com
uma outra empresa nos casos em que uma pessoa jurídica tem participação societária em uma
outra pessoa jurídica. Em outras palavras, uma empresa é sócia de outra empresa. Quando nos
referimos a controle, uma empresa exerce controle societário sobre outra empresa.
Nesse sentido, a coligação está relacionada à formação de conjuntos empresariais que
objetivam criar entre si um vínculo de integralidade patrimonial, outorgando às sociedades
autonomia na relação de personificação jurídica. Dito de outro modo, a coligação pode ser
entendida como um gênero que tem duas espécies: a primeira é o controle e a segunda é a
coligação. Os conceitos de coligação e de controle são assim abordados por Iudícibus (2017,
p. 172):
Nesse mesmo sentido, de acordo com o CPC 18 (R2) (CPC, 2012), nas empresas com
sociedade coligada, há investimentos com influência significativa de uma entidade sobre outra,
contudo, esses investimentos não são suficientes para que haja um controle da primeira sobre
a segunda, de modo que esta não pode ser entendida como uma empresa controlada.
Vejamos, então, o que o CPC 18 (R2) (CPC, 2012, p. 2) nos apresenta:
A Lei das Sociedades por ações define coligada como “as sociedades nas quais a investidora tenha
influência significativa” (art. 243, § 1º) e considera que existe tal influência quando “a investidora
detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da
investida, sem controlá-la” (art. 243, § 4º). A lei dispõe ainda que a influência significativa é
presumida “quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la”.
Coligada é uma entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma
parceria, sobre a qual o investidor tem influência significativa e que não se configura como
controlada ou participação em empreendimento sob controle conjunto (joint venture).
Observamos que, de acordo com essas orientações, há uma influência significativa de uma
entidade sobre outra; contudo, não há o controle. Por outro lado, no que se refere às
sociedades controladas, o mesmo documento apresenta que controlada é uma empresa
sobre a qual incide uma empresa controladora, ou seja, esta tem preponderância nas
determinações sociais da empresa controlada:
Nas últimas décadas, as alterações sobre a Lei das Sociedades por Ações, apresentadas pela
Lei n. 11.638, de 2007, e pela Lei n. 11.941, de 2009, facilitaram o entendimento sobre os
investimentos e sobre sua avaliação utilizando o método da equivalência patrimonial.
Atualmente, os investimentos relacionados às empresas coligadas, segundo as orientações
trazidas por ambas as leis, devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial. As
leis ainda ensinam que esse método deverá ser utilizado considerando o percentual de
participação sobre o patrimônio líquido. Isso porque sempre que a investidora possuir influência
significativa sobre a investida, estará sob o conceito de coligação, tendo, portanto, as
características necessárias para que o investimento seja avaliado respeitando o método da
equivalência patrimonial.
Além disso, é importante ressaltar que, para a definição de empresas coligadas, não
observamos o percentual de participação, mas sim a influência da investidora sobre a investida.
São exemplos de influência significativa a dependência tecnológica da investida em relação à
investidora; o poder para influenciar a tomada de decisões; a capacidade de eleger diretores; a
capacidade de destituir diretores; a participação na tomada de decisões político-financeiras; e a
troca permanente de informações contábeis.
Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma
parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos
de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o
poder de eleger a maioria dos administradores. (CPC, 2012, p. 2)
O vídeo Operações societárias: cisão e incorporação, de
2019, conta com a participação de Rodrigo Garcia e de
Filipe Hiroshi Kamoei para tratar de temas como fusão,cisão e incorporação de empresas. Trata-se de uma
ótima opção para aqueles que desejam se aprofundar
no assunto.
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=-
R8gpQLK1cg)
Você quer ver?
Você sabia?
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Desse modo, no que se refere à influência significativa, é importante compreender que ela pode
ser verificada quando o investidor detém ou exerce o poder de participar das decisões políticas,
financeiras ou comerciais da investida sem controle. Podemos exemplificar um caso de
influência significativa pensando em uma investida que depende de uma tecnologia
desenvolvida pela investidora para produzir seus produtos.
Além disso, baseada na legislação, uma hipótese de presunção da influência significativa
considera os casos em que a investidora tem 20% ou mais do capital votante da investida, sem
que fique caracterizado o controle. Segundo Iudícibus (2017, p. 172):
Ainda segundo o autor, é sabido que a legislação societária vigente dá mais atenção ao impacto
significativo na avaliação pelo método da equivalência patrimonial, em vez de definir o tipo de
empresa.
Para melhor compreender o conceito apresentado pela lei, suponhamos os percentuais
indicados na figura a seguir, que correspondem ao percentual do capital votante aplicável à
investida.
As normas contábeis são divulgadas por meio dos
pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC. Uma boa
sugestão de leitura para o assunto que estamos abordando
nesta unidade é o CPC 15, que trata da combinação de
negócios, e o CPC 18, relacionado aos investimentos em
coligada, em controlada e em empreendimento controlado em
conjunto.
Acesse (http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos)
Cabe notar que na definição de coligada, não especifica o tipo de sociedade, o tipo de título
patrimonial ou ainda a proporção na investida (exceto pelo conceito presumido de influência),
abrangendo todos os tipos de sociedades (sociedades por ações, limitadas ou outro tipo), bem como
não faz menção sobre participações indiretas, concluindo-se que as empresas são coligadas
somente por participações diretas.
Figura 1 - Exemplos de participação societária
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos
#PraCegoVer: figura ilustrando diferentes participações societárias, composta por três
exemplos, cada um em esquemas de hierarquia vertical e contendo caixas de texto. No primeiro
exemplo, à esquerda, a empresa A está relacionada com a empresa B por participar em 8% do
capital social, de modo que a empresa B é coligada de A. No segundo exemplo, no centro, há a
mesma relação entre a empresa A e a empresa B, porém, há um capital de participação de 80%
da primeira sobre a segunda. Nesse caso, a empresa B é controlada de A. Por fim, no terceiro
exemplo, à direita, há a participação de três empresas, A, B e C. A empresa A participa em 80%
da empresa B, e a empresa B, por sua vez, participa em 65% da empresa C. Nesse caso, a
empresa C é controlada indireta da empresa A.
Para os exemplos apresentados na imagem, consideremos algumas questões.
Além dos conceitos de coligação e de controle, é importante observar que a lei também prevê a
avaliação obrigatória dos investimentos em outras empresas do mesmo grupo ou sob o mesmo
controle pelo método da equivalência patrimonial. Ainda, para efeitos de constituição de
sociedade controlada, as alterações sobre a Lei das Sociedades por Ações não estabeleceram
parâmetros relativos ao percentual do capital total ou votante das empresas participantes. A Lei
n. 11.941 é uma inovação que caracteriza a empresa como parceira por expressar um conceito
influente.
Nesse primeiro exemplo, a empresa A tem uma influência significativa sobre a empresa
B devido à dependência tecnológica que a investida tem da investidora, portanto, ela
tem o direito de participar das decisões da investida.
Uma vez que a empresa A tem 80% do capital votante de B, a empresa A tem uma
vantagem nas deliberações sociais e tem o direito de eleger a maioria dos diretores de
B.
A tem a vantagem de B nas deliberações sociais e tem o direito de eleger a maioria
dos administradores de C. Isso ocorre porque B tem 65% do capital votante de C.
Primeiro exemplo
Segundo exemplo
Terceiro exemplo
Ressalta-se, ainda, que a participação majoritária no capital total nem sempre resulta no
controle de uma empresa por outra, uma vez que a participação maioritária do capital votante é
a principal característica relacionada ao controle. Para um melhor entendimento desse aspecto,
imaginemos um caso em que a empresa A detenha 10% do capital total da empresa e mais
60% do capital votante da empresa B. Nesse caso, a empresa B é controlada pela empresa A.
Por outro lado, a empresa A pode deter 60% da metade do capital total da empresa, mas
apenas 10% do capital votante de B. Nesse último caso, B não será controlada por A.
O art. 243, parágrafo 2º da Lei das Sociedades por Ações estabelece que uma sociedade é
considerada controlada quando a controladora detém os direitos dos sócios diretamente ou por
meio de outras sociedades controladas, garantindo permanentemente sua vantagem no
processo de revisão e o poder de eleger a maioria dos administradores (BRASIL, [2020]).
Portanto, se o percentual de participação for aumentado para possibilitar o controle da
empresa, a investida deixará de ser coligada e passará a ser uma empresa controlada. Se as
condições do controlador forem obtidas ao mesmo tempo, ocorrerá a mesma situação.
Posto isso, sabendo da importância do método de equivalência patrimonial para as sociedades
coligadas e controladas, a seguir, conheceremos com mais detalhes esse método.
3.1.2 Método de equivalência patrimonial
Por meio do método de equivalência patrimonial (MEP), descobriremos como registrar
contabilmente um investimento, de modo que o valor seja proporcional ao percentual de
participação da investidora no patrimônio líquido da empresa investida, ou seja, além da
confirmação de tais resultados na demonstração, a empresa de investimento também terá uma
certa proporção do capital de investimento, o resultado do resultado anual.
Como nosso foco está centrado no MEP, iremos apresentar as empresas que estão obrigadas à
utilização desse método. As empresas devem utilizar o MEP para avaliar investimentos
permanentes (com intenção de permanência) em que a investidora detenha controle sobre a
investida ou tenha relação de coligada. Para isso, a Lei n. 11.638 estabelece normas
O livro Fusões e aquisições: aspectos fiscais e
societários, de Muniz e Branco (2007), trata das
reorganizações societárias. Ele é uma ótima opção para
quem deseja se aprofundar nesse tema.
Você quer ler?
Ian Muniz é autor de grandes obras, a exemplo de livros que
tratam da reorganização societária. Sua atuação é voltada
para a área jurídica, porém, é também muito relacionada à
área contábil, principalmente no que se refere à fusão, à
cisão e à incorporação entre personalidades jurídicas.
Você o conhece?
obrigatórias, que estipulam a avaliação de investimentos em empresas associadas com
influência significativa, e mesmo em empresas associadas que detenham 20% ou mais do
capital da empresa.
3.1.3 Contabilização de investimentos pelo MEP
Muitas vezes, as negociações de compra de participação societária ocorrem com divergências
de valores entre o valor pago e o valor de avaliação da empresa. Imaginemos, por exemplo, o
caso da Apple. Ao final do ano de 2020, a empresa de tecnologia superou o seu valor de
mercado, chegando a mais de dois trilhões de dólares. Embora esse seja o valor considerado
justo, dificilmente encontraremos um patrimônio contábil que reflita esse número. O motivo para
isso está em algo intangível: a expectativa de rentabilidade futura que os investidores têm sobre
a empresa. Desse modo, podemos entender que o valor da aquisição de um investimento não
se refere apenas ao percentual de patrimônio adquirido.
O mesmo pode acontecer de forma contrária. Podemos encarar situações reais emque a
empresa investidora conseguiu realizar a aquisição por um valor abaixo do que realmente
valeria o patrimônio da empresa. Nesse contexto, Gelbcke et al. (2018, p. 190) explicam que:
Diante disso, ao fazermos o primeiro reconhecimento de um investimento, como contadores,
deveremos nos preocupar em ter três informações fundamentais: o valor da aquisição; o valor
patrimonial, comumente chamado de valor contábil; e o valor justo, comumente denominado
valor de mercado. A partir do conhecimento dessas informações, podemos resumir que o
investimento será segregado em três subcontas, cujos valores serão dados pelas equações
apresentadas a seguir.
Pela perspectiva da entidade investidora como entidade separada, quando o preço de aquisição for
maior que o valor patrimonial dessa participação, pode surgir (a) um ágio por “mais-valia de ativos
líquidos” pela diferença positiva entre a parte do investidor no valor justo dos ativos líquidos e o valor
patrimonial da participação adquirida (se a diferença for negativa teremos um deságio representativo
de uma menos-valia), e/ou (b) um “ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)” pela
diferença positiva entre o preço de aquisição pelo investidor (acrescido do valor justo de alguma
participação preexistente, se houver) e a parte do investidor no valor justo dos ativos líquidos (se a
diferença for negativa, teremos um “ganho por compra vantajosa”, o qual deve ser reconhecido
diretamente no resultado).
O valor patrimonial é dado pelo percentual de participação multiplicado
pelo patrimônio líquido da investida.
A mais-valia ou menos-valia é dada pela subtração entre valor justo e
valor patrimonial. Nesse caso, se o resultado for positivo, haverá mais-
valia, conta de natureza devedora. Se o resultado for negativo, haverá
menos-valia, conta de natureza credora.
Valor
patrimonial
Mais-valia no
investimento
ou menos-valia
no
investimento
Sabendo disso, vejamos, então, a contabilização de um investimento avaliado pelo MEP a partir
de um exemplo. Para isso, suponha uma empresa, denominada Cia. Investidora, que adquiriu
60% de participação societária na Cia. Investida S.A. pelo valor de R$ 80 milhões. Na data-
base da aquisição, foram levantados os valores patrimonial e justo. Os valores evidenciados na
contabilidade (valor patrimonial) são de R$ 100 milhões. O valor de mercado (valor justo) foi
definido em R$ 120 milhões.
No quadro a seguir, podemos visualizar os valores a serem registrados na contabilidade da
investidora como representativos da conta de investimento.
#PraCegoVer: quadro evidenciando o registro contábil do investimento na Cia. Investida S.A.,
de forma segregada, indicando conta de valor patrimonial, conta de mais-valia e ágio por
rentabilidade futura. Ele está separado em três colunas. A primeira, à esquerda, informa a conta
e as subcontas. A segunda, mais à direita, apresenta os registros feitos a débito, enquanto a
terceira, à direita, apresenta os registros a crédito. São evidenciados valor patrimonial de R$ 60
milhões, mais-valia de R$ 12 milhões e ágio de R$ 8 milhões, todos a débito, com contrapartida
em bancos conta movimento de R$ 80 milhões a crédito.
No quadro, notamos que, ao realizar cada cálculo, foram feitas multiplicações usando o
percentual de 60%, correspondente ao percentual de participação da Cia. Investidora. É
importante observar também que as contas de mais ou de menos-valia são temporárias, sendo
diretamente vinculadas à existência de um fato gerador (ativo ou passivo). Diante disso,
Gelbcke et al. (2018, p. 191) explicam que:
Quadro 1 - Contabilização do investimento na Cia. Investida S.A.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
É dado pela subtração entre valor da aquisição e valor justo. Caso o
resultado seja positivo, haverá ágio, registrado como de natureza
devedora. Se o resultado for negativo, isso indicará um deságio, de
natureza credora.
Ágio por
expectativa de
rentabilidade
futura ou
deságio por
compra
vantajosa
Precisamos destacar também que quando houver mutações patrimoniais na investida, a
investidora precisará evidenciar a partir da contabilização do que chamamos de resultado de
equivalência patrimonial.
Sabendo disso, a partir de agora, trataremos em especial das mutações causadas pelo lucro ou
pelo prejuízo do exercício. Esse é um procedimento contábil simples, mas fundamental para a
continuidade do MEP, pois quando a investida tem resultados (lucro ou prejuízo), afetando seu
patrimônio líquido, a empresa investidora deverá contabilizar tais alterações de modo que o
valor contábil do seu investimento seja sempre proporcional ao percentual de participação da
investidora no patrimônio líquido da investida.
Vejamos, nos próximos quadros, o procedimento a ser feito em caso de lucro e de prejuízo,
respectivamente. Começaremos pelo que aconteceria em caso de lucro da empresa investida.
#PraCegoVer: quadro composto por três colunas, evidenciando, da esquerda para a direita,
contas contábeis, lançamento a débito e lançamento a crédito. São evidenciadas as contas de
investimento em coligadas e controladas, com registro a débito, e de receita de equivalência
patrimonial, com registro a crédito.
A parcela relativa ao ágio por mais-valia de ativos líquidos, contida no saldo do investimento, será
realizada na medida da realização dos ativos e passivos que lhes deu origem [...]. Já a parcela
relativa ao goodwill permanecerá no saldo do investimento, sendo realizado juntamente com o
investimento por ocasião, por exemplo, da alienação dessa participação, ou pelo reconhecimento de
perdas por redução ao valor recuperável do investimento (impairment).
Suponha que a Cia. Investida S.A. tenha registrado, em
determinado período, um resultado contábil positivo (lucro) no
valor de R$ 1 milhão. Nessa situação, a Cia. Investidora
precisará realizar registros contábeis que mantenham a
equivalência patrimonial. Caso você fosse o contador dessa
organização, como faria esses registros?
Vamos Praticar!
Quadro 2 - Contabilização de receita de equivalência patrimonial
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em GELBCKE et al., 2018.
No quadro anterior, apresentamos qual deveria ser o registro contábil caso a investida obtivesse
lucro no exercício. O resultado a ser registrado como receita de equivalência patrimonial seria
proporcional também ao valor do investimento, ou seja, o valor da receita de equivalência seria
definido multiplicando-se o percentual de participação da investidora pelo resultado da
investida.
Para melhor compreendermos esses registros, retomemos o exemplo anterior. Supondo que a
Cia. Investida S.A. obtivesse um lucro de R$ 1 milhão no exercício, a investidora deveria
reconhecer uma receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 600 mil, pois esse número
seria proporcional ao seu percentual de participação na investida. E se no lugar de obter lucro a
empresa investida obtivesse um prejuízo de R$ 1 milhão, o que aconteceria? Como você faria
esse registro contábil? Veja o quadro a seguir e confira!
#PraCegoVer: quadro composto por três colunas e evidenciando a contabilização de despesa
de equivalência patrimonial. Da esquerda para a direita, temos a primeira coluna, na qual são
apresentadas as contas contábeis. Na segunda coluna, destacam-se os lançamentos a débito.
Por fim, na terceira coluna, à direita, constam os lançamentos a crédito. As contas destacadas
são a despesa de equivalência patrimonial, com registro a débito, e o investimento em
coligadas e controladas, com registro a crédito.
Desse modo, considerando que a Cia. Investida S.A. obtivesse prejuízo de R$ 1 milhão,
precisaríamos registrar, então, um débito de despesa de equivalência patrimonial no valor de
R$ 600 mil, proporcional ao seu percentual de participação na investidora, que é de 60%.
Lembre-se: fazemos esses registros como forma de manter a equivalência patrimonial, ou seja,
ao final do procedimento, o valor do investimento, registrado nos ativos da investidora,
precisará ser equivalente ao percentual de participaçãoda investidora no patrimônio líquido da
investida.
São exemplos de sucesso de reorganização societária e
combinação de negócios das empresas Ambev e Do Bem, que
foram incorporadas. Nesse caso, a empresa Do Bem deixou de
existir, ampliando a sociedade da Ambev. Já as empresas
Suzano e Fibria são exemplos de organizações que se fundiram
e que, por isso, deixaram de existir para a formação de uma
Quadro 3 - Contabilização de despesa de equivalência patrimonial
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em GELBCKE et al., 2018.
Caso
terceira empresa, a Suzano S.A. Finalmente, um ótimo exemplo
de cisão é o que ocorreu com as empresas Mercado Livre e
Axado.
Para findarmos este tópico, vamos analisar um outro tipo de registro contábil decorrente dos
investimentos avaliados pelo MEP: a distribuição de dividendos pela investida. Mas o que há de
especial nesse registro para que nos preocupemos com ele? Para respondermos a essa
pergunta, precisamos estar bem alinhados sobre o conceito de dividendos, sua função e
operacionalização. O dividendo nada mais é do que a distribuição de resultados da investida
para seus investidores, ou seja, ele tem a função de remunerar o capital do investidor,
garantindo a ele uma espécie de recompensa pelos resultados da investida.
Sabendo disso, precisaremos nos atentar, agora, à forma com que os dividendos são
operacionalizados. Os dividendos representam, contabilmente, a distribuição de riqueza da
investidora para seus investidores, ou seja, a empresa se “desfaz” de uma parte de seu
patrimônio para distribuí-lo aos seus sócios e acionistas. É nesse entendimento que surge
nossa preocupação. Se há distribuição de patrimônio, isso significa que, efetivamente, a
investida está reduzindo o seu patrimônio líquido ao distribuir dividendos. Desse modo,
precisamos realizar a contabilização disso para que a investidora possa tanto reconhecer o
valor do dividendo recebido em conta bancária quanto registrar a redução do valor do
investimento em decorrência dessa distribuição de riqueza da investida. Vejamos, então, o
quadro a seguir.
#PraCegoVer: quadro em três colunas apresentando a contabilização de recebimento de
dividendos na investidora. Da esquerda para a direita, as colunas apresentam,
respectivamente, as contas contábeis, os lançamentos a débito e os lançamentos a crédito. As
contas evidenciadas são bancos, com registro a débito, e investimentos em coligadas e
controladas, com registro a crédito.
Vamos retornar ao nosso exemplo de investimento. Suponhamos que a Cia. Investida S.A.
tenha realizado a distribuição de R$ 200 mil a título de dividendos. Na contabilidade da
investidora, debitaríamos R$ 120 mil (correspondente a 60% de participação da investidora
multiplicado por R$ 200 mil distribuídos) e creditaríamos a própria conta de investimentos, pois,
como vimos, a distribuição de dividendos representa uma redução de patrimônio da investida.
Quadro 4 - Contabilização de recebimento de dividendos na investidora
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em GELBCKE et al., 2018.
Assim, como foi possível observar, nos casos de distribuição de dividendos pela investida,
precisamos evidenciar uma redução no valor do investimento. Em contrapartida, temos a
entrada de recursos financeiros na conta bancária da investidora pelo recebimento dos
dividendos.
Claros esses conceitos, na sequência, veremos aspectos importantes concernentes às
transações entre partes relacionadas.
Teste seus conhecimentos
(Atividade não pontuada)
3.2 Transações entre as partes
relacionadas
As transações envolvendo as partes relacionadas devem seguir as orientações apresentadas
nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) TSP 22. Tais orientações têm como principal
objetivo a divulgação de relacionamentos que envolvem empresas relacionadas, nas quais há o
controle e a divulgação das informações.
As informações que são divulgadas visam apresentar características cotidianas de operações
que envolvem as partes relacionadas, considerando controladoras, controladas e coligadas.
Tais entidades têm a capacidade de afetar as políticas financeiras e operacionais das investidas
por meio de controle pleno, de controle compartilhado ou de influência significativa, visto que o
relacionamento entre as partes relacionadas tem efeitos nos relatórios contábeis, como na
demonstração do resultado do exercício e no balanço patrimonial, conforme aponta o CPC 05
(R1) (CPC, 2010).
Ter conhecimento das transações entre as partes relacionadas e dos saldos existentes é
fundamental para avaliar as atividades na visão dos usuários contábeis, principalmente para
classificar riscos e oportunidades da empresa. Diante disso, duas classes são abordadas no
CPC 05 (R1) de forma ampla: a identificação de quais partes controlam ou influenciam
significativamente a entidade que reporta, e a determinação de qual informação deve ser
divulgada a respeito das transações com essas partes (CPC, 2010).
A seguir, veremos, então, as definições e as transações que dizem respeito às partes
relacionadas.
3.2.1 Definições
Alguns termos técnicos muito importantes para os profissionais da área são apresentados e
definidos na NBC TSP 22. O primeiro deles é a expressão pessoas-chave. Para compreendê-
la, podemos fazer um paralelo com nossa vida familiar, entendendo as pessoas-chave como
aqueles entes familiares que estão ligados diretamente ao nosso dia a dia (CFC, 2019).
Assim, para as empresas, as pessoas-chave são os administradores ou os membros de seu
corpo administrativo, podendo ser, ainda, aquelas pessoas que têm algum tipo de autoridade e
de responsabilidade pelo planejamento estratégico, organizacional e pelo controle das
atividades operacionais que a empresa desenvolve.
Ainda de acordo com a NBC TSP 22, a supervisão tem como objetivo, como o nome sugere,
supervisionar as atividades operacionais da empresa, de modo que, em geral, para esse
pessoal é outorgada a capacidade de controlar e de influenciar as decisões que são tomadas.
Partes relacionadas, por sua vez, são as empresas que têm capacidade de exercer influência
sobre outras, ou seja, trata-se de quando uma empresa controla a outra ou, ainda, quando
exerce influência significativa sobre as decisões financeiras e operacionais desta (CFC, 2019).
Qualquer empresa que tem um grau de relacionamento interno classificado como companhia
aberta é considerada relacionada. De modo geral, essas empresas têm a possibilidade de criar
condições comutativas e independentes sobre transações de terceiros. Em outras palavras,
elas podem ter operações como compra, venda, empréstimo, tomada de empréstimo,
remuneração, recebimento ou prestação de serviço, integralização de capitais, entre outras
ações.
A companhia aberta deve, obrigatoriamente, atender aos requisitos de divulgação de
informações. Ademais, ela precisa manter suas relações mais transparentes e coibir a
existência de conflitos de interesse.
3.2.2 Transações
Para identificar as transações, deveremos cumprir as condições dessas transações. Por
exemplo, se a transação tiver sido realizada em condições semelhantes às existentes entre
partes não relacionadas, deveremos observar características como preço, prazos, encargos,
qualidade e a própria transação ou seu impacto, isto é, se ela afeta ou se pode afetar, de
maneira significativa, a situação financeira e/ou os resultados das empresas envolvidas na
operação, bem como suas correspondentes demonstrações.
Segundo o CPC 15 (R1) (CPC, 2011), são exemplos de transações que devem ser divulgadas,
se feitas com partes relacionadas:
É fundamental que todas as transações entre as partes relacionadas sejam divulgadas no que
se refere às condições em que foram efetuadas. Transações que não são as casuais entre as
partes relacionadas deverão, após o encerramento do exercício ou do período, da mesma
compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados);
compras ou vendas de propriedades e outros ativos;
prestação ou recebimento de serviços;
arrendamentos;
transferências de pesquisa e desenvolvimento;
transferênciasmediante acordos de licença;
transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em
dinheiro ou equivalente);
fornecimento de garantias, avais ou fianças;
assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular
ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e
liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte
relacionada.
forma, ser divulgadas.
3.2.3 Divulgações
Para que seja feita a divulgação das transações entre as empresas relacionadas, há um
critério a ser observado. Com relação ao balanço patrimonial de tais empresas, as transações
que devem ser divulgadas precisam ser destacadas nas demonstrações financeiras. Os saldos
e as transações que tiverem as mesmas características devem ser classificados em conjunto.
Já as transações que não tiverem as mesmas características devem ser apresentadas
individualmente.
A divulgação da transação pode ser feita por meio de notas explicativas ou no corpo das
demonstrações financeiras, de modo que a empresa pode escolher entre a opção que julgar
mais adequada. Em todo caso, é essencial que a transação seja listada em termos de valor e
de prazos quando houver relação com o valor de mercado ou com transações que ocorreram
anteriormente.
Vejamos, a seguir, um exemplo de nota explicativa referente às partes relacionadas. Nela, é
possível visualizar a remuneração do pessoal-chave de uma empresa.
#PraCegoVer: quadro em três colunas com um exemplo de nota explicativa, divulgando
informações sobre as partes relacionadas e sobre a remuneração do pessoal-chave da
administração. Na primeira coluna, à esquerda, apresentam-se os seguintes itens: benefícios
de curto prazo, de pós-emprego, de longo prazo e rescisórios, bem como os pagamentos
baseados em ações. Na segunda e na terceira colunas, à direita, são apresentados os valores
relativos a cada um desses itens nos anos de 2015 e de 2014, respectivamente.
Observe que essa nota é apenas um exemplo de como poderá ser feita a divulgação, não se
tratando, portanto, de um modelo-padrão. Outro exemplo que podemos ter de nota explicativa
envolvendo valores de partes relacionadas, de transações e de saldos dessas transações é
apresentado a seguir.
Quadro 5 - Remuneração do pessoal-chave da administração
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em MATIASI; BAUER, 2018.
#PraCegoVer: quadro composto por sete colunas e apresentando um exemplo de nota
explicativa com informações entre as empresas A, B e C, partes relacionadas entre si. Em cada
coluna, da esquerda para a direita, são apresentadas as seguintes informações,
respectivamente: partes relacionadas; saldo ativos; saldos passivos; vendas de
produtos/serviços; compras de produtos/serviços; receitas financeiras; e despesas financeiras.
Em partes relacionadas, na primeira coluna, são destacados cada parte (A, B e C) e os saldos
de 2015 e de 2014.
As divulgações de informações entre as partes relacionadas devem ser feitas identificando a
natureza do relacionamento, a remuneração do pessoal-chave da administração, a natureza
das transações, o montante das transações, detalhes de quaisquer garantias dadas ou
recebidas, os prazos e condições, as previsões para crédito de liquidação duvidosa e as
despesas reconhecidas relacionadas a dívidas incobráveis (MATIASI; BAUER, 2018).
Quadro 6 - Exemplo de nota explicativa sobre partes relacionadas
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em MATIASI; BAUER, 2018.
Teste seus conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Chegamos ao fim de mais uma unidade de estudos. Aqui,
aprendemos que existem vários tipos de fusões de empresas.
Algumas dessas fusões não representam um investimento
significativo, visto que não atingem 20% do patrimônio líquido. Além
disso, observamos o que torna uma empresa controlada ou coligada,
bem como descobrimos como devem ser avaliados os investimentos
pelo método de equivalência patrimonial.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
Conclusão
identificar aspectos relacionados aos investimentos em empresas
coligadas e controladas, compreendendo também suas definições
e contabilizações pelo método de equivalência patrimonial;
inteirar-se sobre as transações entre empresas relacionadas,
observando que tais fatos devem ser relevantes e divulgados com
clareza e objetividade;
conhecer as definições, transições e divulgações referentes às
transações de empresas relacionadas.
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe
sobre as Sociedades por Ações. Brasília, DF: Presidência da
República, [2020]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm). Acesso em: 13 jan.
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BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da
Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de
1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e
divulgação de demonstrações financeiras. Brasília, DF: Presidência da República,
2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11638.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
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BRASIL. Lei n. 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal
relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos
em que especifica [...] e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da
República, 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/lei/l11941.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
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(R1): combinação de negócios. Brasília, DF: CPC, 3 jun. 2011. Disponível em:
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Emitidos/Pronunciamentos (http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
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https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTSP22.pdf(https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTSP22.pdf). Acesso em: 13 jan.
2021.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as
sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2018.
IUDÍCIBUS, S. D. Análise de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
MATIASI, A. P. A.; BAUER, M. M. Divulgação em nota explicativa sobre partes
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Publicado pelo canal Investor Consulting Partners. Disponível em:
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