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TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR

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Prévia do material em texto

Professor(a) Esp. Sandra Mesquita
TERAPIA OCUPACIONAL
NO CONTEXTO ESCOLAR
 REITOR Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
 DIRETOR DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Ms. Daniel de Lima
 DIRETORA DE ENSINO EAD Prof. Dra. Giani Andrea Linde Colauto 
 DIRETOR FINANCEIRO EAD Prof. Eduardo Luiz Campano Santini
 DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Esquivel 
 SECRETÁRIO ACADÊMICO Tiago Pereira da Silva
 COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Prof. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Prof. Ms. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Ms. Jeferson de Souza Sá
 COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE GESTÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS Prof. Dra. Ariane Maria Machado de Oliveira
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE T.I E ENGENHARIAS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE SAÚDE E LICENCIATURAS Prof. Dra. Katiúscia Kelli Montanari Coelho 
 COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS Luiz Fernando Freitas
 REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
 Caroline da Silva Marques 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Hugo Batalhoti Morangueira
 Bruna de Lima Ramos
 Vitor Amaral Poltronieri
 ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
 DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira 
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos
 Kauê Berto
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 Thassiane da Silva Jacinto 
 
 FICHA CATALOGRÁFICA
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
M582t Mesquita, Sandra
 Terapia ocupacional no contexto escolar / Sandra
 Mesquita. Paranavaí: EduFatecie, 2023.
 60 p.: il. Color.
 
 1. Terapia ocupacional. 2. Educação inclusiva. I. Centro 
 Universitário Unifatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. 
 III. Título. 
 
 CDD: 23. ed. 615.8515
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas dos bancos de imagens 
Shutterstock .
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
https://www.shutterstock.com/pt/
3
Professor(a) Esp. Sandra Mesquita
 
• Especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) em transtorno do 
Espectro Autismo 
• Bacharel em Terapia Ocupacional pela Universidade Guilherme Guimbala (ACE) 
— Joinville-SC 
• Especialista em psicomotricidade e Neuropedagogia pela UNIFATECIE- Paranavaí. 
 
Ampla experiência como reabilitação neurológica e Reabilitação de mão. 
Há oito anos em experiência com Transtorno do Espectro Autista e ABA. 
 
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/7795736736336075 
AUTOR
4
Caro (a) aluno (a), seja bem-vindo ao nosso curso de Terapia Ocupacional no Con-
texto Escolar. É com imenso prazer que disponibilizamos as apostilas a seguir, repletas de 
conteúdos relevantes para a sua formação. Recomendamos que você leia cada apostila 
com atenção e aproveite todos os assuntos abordados. 
Estamos felizes por tê-lo(a) aqui e encorajamos o uso de todas as ferramentas 
disponíveis, como livros e vídeos. As unidades estão subdivididas da seguinte forma:
• Unidade I - A Terapia Ocupacional frente às demandas da inclusão escolar.
• Unidade I - Práticas e perspectivas da atuação da Terapia Ocupacional na Educação. 
• Unidade III- Tecnologia assistiva e adaptações para promover inclusão escolar.
• Unidade IV – Estratégias e práticas inclusivas para estudantes com diversos 
transtornos
Aproveite ao máximo o conteúdo disponibilizado nas apostilas. Os temas discutidos 
no decorrer do curso são pertinentes e essenciais para a atuação da Terapia Ocupacional 
na educação inclusiva.
Esperamos que, ao término deste curso, você tenha adquirido conhecimentos 
sólidos sobre as demandas da inclusão escolar, as práticas e perspectivas da Terapia 
Ocupacional na educação, o uso da tecnologia assistiva e as adaptações necessárias 
para promover a inclusão escolar. Além disso, buscamos fornecer estratégias e práticas 
inclusivas para lidar com diferentes tipos de deficiências e dificuldades de aprendizagem.
Acreditamos que, com o conhecimento adquirido, você estará preparado(a) para 
enfrentar os desafios e contribuir de forma significativa para a promoção da inclusão e o 
desenvolvimento pleno dos estudantes. Lembre-se de utilizar todas as ferramentas dispo-
níveis, como livros e vídeos, para aprofundar ainda mais o seu aprendizado.
Desejamos a você sucesso em sua jornada profissional como terapeuta ocupacio-
nal no contexto escolar. 
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
SUMÁRIO
UNIDADE 1
A Terapia Ocupacional Frente às 
Demandas da Inclusão Escolar
UNIDADE 2
Práticas e Perspectivas da Atuação da 
Terapia Ocupacional na Educação
UNIDADE 3
Tecnologia Assistiva e Adaptações 
Para Promover Inclusão Escolar
UNIDADE 4
Estratégias e Práticas Inclusivas Para 
Estudantes Com Diversos Transtornos
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Plano de Estudos
• Terapia ocupacional no ensino educacional;
• Terapia ocupacional na educação infantil de 0 a 2 anos;
• Possibilidades de atuação da terapia ocupacional;
• Inclusão e perspectivas da terapia ocupacional no ambiente escolar.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a facilitação dos processos de aprendizagem e 
contextualizar por meio de atividades estruturadas, lúdicas e brincadeiras;
• Auxiliar no desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e sociais que 
facilitem o desempenho dos estudantes em atividades cotidianas e escolares;
• Orientar pais, professores e colaboradores sobre estratégias para auxiliar 
no aprendizado das crianças e adolescentes.
1UNIDADEUNIDADEA TERAPIA A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLARINCLUSÃO ESCOLARProfessor(a) Esp. Sandra Mesquita
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja bem-vindo (a) ao nosso material sobre Terapia Ocupacional 
no contexto escolar, aproveitem ao máximo o conteúdo disponibilizado. Na unidade I, 
discutiremos os estudos sobre Terapia Ocupacional no contexto educacional, além de 
explorarmos a Educação Infantil de 0 a 2 anos. Abordaremos as diversas possibilidadesde 
atuação da Terapia Ocupacional e realizaremos uma breve discussão sobre inclusão e as 
perspectivas do profissional na escola. Trago a você informações importantes sobre o papel 
do terapeuta, tanto no apoio aos alunos que necessitam de auxílio, quanto na sua interação 
com outros profissionais e a comunidade. Convido você a adquirir este conteúdo valioso 
para o seu processo de formação profissional. Desejo a você bons estudos!
UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR 7
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A Terapia Ocupacional vem cada vez mais ganhando seu espaço frente às necessi-
dades diversas que demonstram a real importância desse campo de atuação. Percebemos 
que, nos últimos anos, a necessidade de mudança na formação de profissionais vem sendo 
solicitada, mudanças essas conforme as necessidades que veremos no decorrer do conteúdo.
Uma dessas mudanças está na formação destes profissionais, que devem romper 
com modelos de ensino amplamente tradicionais e dispor de informações e competências 
em maior quantia possível, para assim, formar profissionais capacitados para lidar com as 
demandas advindas da necessidade social e lidar com a realidade de crianças e adolescen-
tes, uma dessas demandas está ligada ao contexto escolar (BARBA et al., 2012).
Sabemos que um dos principais objetivos da terapia ocupacional está ligada a inter-
venções em diversas ocupações humanas, podendo assim desempenhar seus serviços em 
ambientes distintos como, neurologia, gerontologia, ambiente hospitalar, na saúde mental 
e no ambiente escolar. Assim, complementando tanto o campo educacional quanto o de 
saúde ocupacional, e beneficiando o público alvo.
Quando o terapeuta ocupacional está inserido no ambiente educacional, podemos rela-
cionar sua atuação junto a comunidade escolar, e quando relacionamos este campo de atuação 
estamos citando tanto o ensino regular quanto a educação inclusiva de diferentes aspectos.
No contexto escolar, a Terapia Ocupacional lida com o aluno e o ambiente edu-
cacional, além da história de vida da família envolvida e das necessidades específicas 
e individuais daquele aluno. O objetivo é compreender as intervenções adequadas para 
UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
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 1 TERAPIA OCUPACIONAL NO ENSINO EDUCACIONALTÓPICO
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promover seu desenvolvimento. Trata-se de um conjunto complexo de ações que nos per-
mite compreender as causas e resultados relacionados a cada indivíduo, sendo a escola o 
ambiente central nesse processo.
Vale ressaltar a importância de documentar, registrar e descrever quais as neces-
sidades vistas e que levaram as intervenções, com evoluções que irão contribuir para esta 
criança, uma vez que o vínculo seja estabelecido e a relação esteja contextualizada a 
demanda irá ser direcionada ao mesmo.
Toda intervenção precisa preencher quais as reais necessidades da criança, e 
assim, estabelecer contato com todos os profissionais que lecionam no ambiente escolar, 
e junto aos familiares. Esta aproximação faz, por hora, entender e compreender qual a 
dificuldade que vem sendo apresentada pelo menor, como dificuldades de aprendizagem, 
de socialização, limitações e diversos atrasos.
Esta aproximação irá possibilitar ao profissional que conheça seu cotidiano, suas 
ocupações e seus interesses, além é claro de captar dados familiares e pessoais que no 
ambiente escolar podem não ser apresentadas ou faladas pela mesma, a importância da 
anamnese e conversa com os responsáveis é uma das maiores ferramentas utilizadas A 
terapia ocupacional pode assim adquirir e aplicar sua função como um fator facilitador entre 
famílias e integração escolar, será o meio e veículo entre os dois ambientes, para entender-
mos muitas dificuldades apresentadas na escola e em sala de aula, os demais profissionais 
que atendem uma mesma criança deve assim manter uma relação e discussão sobre o me-
nor quando estiver em processo de intervenções (GRADIM; FINARDE e CARRIJO, 2020).
Devemos ainda, perceber que muitas vezes este meio de comunicação e meio faci-
litador entre família e escola pode não ser uma realidade encontrada em grande parte das 
escolas regulares no país, ou pela falta de profissionais inseridos neste contexto escolar, ou 
pela falta de diálogo entre famílias e profissionais, devemos assim refletirmos acerca disto.
Precisamos ainda salientar que, o ambiente escolar deve se manter democrático 
e efetivo com relação aos deveres frente ao processo educacional, independente da faixa 
etária, assim estruturar e oferecer conhecimento de qualidade, respeitando a individuali-
dade de cada aluno e entendendo suas necessidades pessoais que refletem no ambiente 
escolar. A diversidade de alunos proporciona um ambiente complexo e desafiador para o 
terapeuta ocupacional (SILVA; PEDRO, 2018).
Precisamos ainda entender que o trabalho da terapia ocupacional no contexto esco-
lar se caracteriza entre apoio tanto de famílias e crianças quanto de profissionais inseridos 
na mesma rede de ensino, assim contribuindo para que o processo de intervenção esteja 
alinhado e atinja objetivos traçados, o trabalho em conjunto e colaborativo só tende a somar 
para melhores resultados com o menor em discussão.
9UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
Ressaltamos ainda a necessidade de mais interrelações entre esses profissionais, 
mesmo que não inseridos no mesmo ambiente educacional, deve-se assim manter uma 
conversação frente a necessidade vista. Relações estás em escolas e clínicas, por exemplo, 
frente a isto, temos visto efeitos satisfatórios nos resultados. O papel da Terapia Ocupacio-
nal pode e deve proporcionar estas relações junto às intervenções (SILVA; PEDRO, 2018).
É importante recordarmos que a Terapia Ocupacional no ambiente escolar, aconteceu 
para suprir as necessidades dos alunos com alguma deficiência e posteriormente com suas difi-
culdades, isto em ambiente próprio para abordar estes indivíduos, em instituições especializadas.
Atualmente, o terapeuta ocupacional tem sido destaque justamente em ambiente 
de ensino regular, no campo da educação inclusiva, ainda atendendo as necessidades 
especiais de cada indivíduo com específica deficiência, porém junto aos demais alunos e 
oferecendo suporte a estes. Suporte no qual é ofertado tanto aos alunos, quanto aos demais 
profissionais e professores com suas ações de consultoria colaborativa à instituição.
As adaptações são necessárias vistas conforme a dificuldade do indivíduo em 
realizar tal atividade, seja ela cognitiva ou motora. Por isso, o terapeuta ocupacional auxilia 
na elaboração de atividades, adequações no ambiente físico para facilitar o acesso desses 
alunos a diversos ambientes, adequação de mobiliários condizentes com tal necessidade e 
ainda solicitação de equipamentos necessários a esta educação inclusiva.
O terapeuta ocupacional ainda tem papel importante frente a introdução de tecnolo-
gia, sendo ela assistida, junto a comunicação alternativa, a possibilidade de colaborar para 
maior autonomia do aluno, manejos e possibilidades de relações sociais. Ainda, tendo au-
tonomia, para encaminhar o menor ao ambiente de saúde para uma determinada avaliação 
ou reabilitação junto a escola, possibilitandoassim uma melhor qualidade de vida e ensino.
Todavia, o ambiente escolar deve atender a população de forma democrática, para as-
sim cumprir-se efetivos objetivos de toda rede de ensino e todas as faixas etárias. Este mesmo 
ambiente deve ser acolhedor, reestruturando as necessidades educacionais de seus alunos, ofe-
recendo assim uma educação de qualidade e diversidade de estudantes (SILVA; PEDRO, 2018).
10UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
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A educação infantil por muitos anos, vem sendo difundida como ambiente em que 
recebiam o menor, porém a responsabilidade de tarefas era somente de familiares, visto 
que, a escola não tinha papel relevante na formação, sendo assim ao longo da história 
foram sendo construídos novos caminhos e significados.
Sendo assim, a educação infantil passou a ter sua responsabilidade por meio de 
entidades religiosas e assistenciais. Por meio das reivindicações de operários, as primeiras 
creches surgiram por volta do século XX, no ambiente industrial, além destas as creches 
filantrópicas surgiram por volta da década de 50, sendo elas responsáveis por higienização, 
segurança do menor e alimentação (CARRASCO, 2005).
Com o passar dos anos o ambiente escolar infantil passou por diversas reformas, 
sendo uma delas as adaptações necessárias para estes alunos. Este é um setor que requer 
atenção, e se necessário as mudanças devem ser constantes, vistos quando haja necessidade.
Além das necessárias mudanças devemos entender que o ambiente escolar e os 
primeiros contatos da criança com o meio externo irão acarretar diversos benefícios, sendo 
assim, o ambiente influenciará nas sensações, medos, descobertas e exploração, fora é 
claro do seu ambiente seguro no qual já está habituado, onde a mesma reside.
As percepções e ampliação de sensações fazem parte de um dos papéis dos pro-
fessores quando recebem estes pequenos, possibilitar assim um campo de exploração, 
e assim provocar a curiosidade, quando despertada, oferece a criança a possibilidade de 
tocar, sentir e conhecer determinado objeto ou algo novo.
Salientamos que, a creche e a escola de educação infantil devem ser consideradas 
o local de novas vivências e diferentes conhecimentos. É ali que muitas crianças passarão a 
entender o mundo que a rodeia, talvez por falta de recursos em casa ou talvez por ausência 
de diferentes estímulos.
UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
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 2 TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE 0 A 2 ANOSTÓPICO
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As diversas percepções, e este novo mundo de sensações constrói aos poucos a 
noção de ser o ambiente em que se está inserido. É de extrema importância a estimulação 
precoce, tanto cognitiva, quanto a motora. Muitas crianças que chegam ao ensino infantil 
não foram ou poucas vezes receberam a possibilidade de explorar o ambiente em que 
vivem (SOUTO; GOMES; FOLHA, 2018).
A partir daí podemos ver qual o papel do terapeuta ocupacional frente às necessida-
des e deveres com relação aos alunos inseridos neste contexto escolar. As possibilidades 
de aplicabilidade do terapeuta neste local refletem qual a necessidade de o mesmo estar 
inserido nas escolas de educação infantil.
Além dos estímulos sensoriais, devemos pensar no ambiente físico, local de receptivida-
de, mobília conforme as idades, elaboração de conteúdo e a realização de diferentes atividades. 
É necessário ainda que, o terapeuta entenda basicamente sobre desenvolvimento infantil.
Quando falamos em desenvolvimento e intervenções, precisamos salientar que é 
de extrema necessidade a atuação que todo e qualquer profissional de educação infantil 
saiba e perceba o desenvolvimento dos seus alunos. Por isso, quando citamos a faixa etária 
de até 2 anos, uma gama de descobertas será demonstrada e devemos assim estarmos 
preparados para saber identificarmos junto a família qualquer eventualidade ou necessida-
de de demais avaliações (CARRASCO, 2005).
O terapeuta educacional do ensino infantil assim deve avaliar, observar e relatar 
qualquer anormalidade que fuja do desenvolvimento padrão de um dos alunos. Entende-se 
que toda criança terá seu tempo, mas este mesmo tempo de alcançar diferentes conquistas 
devem ser no tempo de desenvolvimento infantil, tempo este universal, no qual toda e qualquer 
criança deve atingir, ultrapassando isto os professores, terapeuta e familiares devem intervir e 
aprofundar com acompanhamento, se necessário com intervenções após indicações médicas.
Sempre que citamos o fato de intervir precocemente, não devemos assim retirar ou 
diminuir as frequências do ambiente e contexto escolar, pois é neste meio que muitas vezes a 
criança pode apresentar novas características. Conforme já dito acima, interpelações entre equi-
pe, professores e familiares para melhor intervenção e resultados necessários com a criança.
O profissional deve-se manter atento às necessidades de cada indivíduo e sempre 
que necessário manter uma conversação com os responsáveis, recordatórios e anamnese 
com os pais fazem valer frente a uma possível avaliação e indicação clínica.
É sempre necessário ofertarmos a essa faixa etária a possibilidade de brincar, livre 
e de forma genuína. Assim, sem mostrarmos objetivos e interesses por trás do brincar, 
interesses estes dos profissionais que acompanham e trabalham com estas estimulações.
Lembre-se, toda e qualquer criança precisa e deve manter-se como tal, e para isso 
o ambiente é fundamental, além das instruções de um adulto que o possibilite de conhecer 
o mundo a sua volta, deve, naturalmente, conduzir as melhores sensações. Por outro lado, 
os educadores devem manter boas relações em rotinas pré-estabelecidas, fazendo com 
que a criança mesmo no início da infância já entenda e respeite regras e deveres, como 
compensação o ambiente agradável e de harmonia que será ofertado.
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Sabemos o quão importante tornou-se o trabalho e atuação do terapeuta ocupacional no 
ambiente escolar, tanto para melhorias, adaptações e inclusão de diversos alunos neste contexto. 
A possível atuação deu-se após notar-se a necessidade e possibilidade de bons resultados.
Já falado acima, porém devemos frisar que antes o papel do terapeuta ocupacional 
no contexto escolar se dava exclusivamente a reabilitação e manejos específicos, o que há 
alguns anos vem sendo modificado e difundindo sua necessidade neste campo educacional. 
Um dos grandes papéis do terapeuta ocupacional neste ambiente é a inclusão 
social e melhora dos conhecimentos dos alunos que, por sua vez, apresentam suas difi-
culdades e limitações. Entende-se que a escola inclusiva vem com o propósito de abordar 
novas ideias e posturas em relação à educação, especialmente nas escolas e creches 
consideradas comuns, ou seja, nas escolas de ensino regular. Essa abordagem busca 
promover a inclusão de todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessi-
dades, e oferecer a eles igualdade de oportunidades no ambiente escolar. Trata-se de um 
movimento que valoriza a diversidade e busca criar um espaço acolhedor e inclusivo,onde 
todos os estudantes se sintam respeitados e tenham acesso a uma educação de qualidade.
Sendo assim, a educação inclusiva permite ampliar os saberes na medida que todos os 
alunos possam e devam aprender juntos, dentro de cada objetivo, mesmo que para isto o proces-
so seja diferente ou adaptado. Portanto, o professor tem a chance de oferecer aos seus alunos 
um suporte necessário a cada estudante, respeitando suas particularidades (CARRASCO, 2005).
Uma das formas de conseguirmos estes resultados está no papel de atuação do 
terapeuta ocupacional neste contexto, sendo assim, este profissional irá mediar entre pos-
UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
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 3 POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONALTÓPICO
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sibilidades de absorção de conteúdos, e interligações entre educação e saúde. À medida 
que o ambiente escolar favorece e possibilita novas descobertas entre alunos e terapeutas, 
podemos assim identificar que a criança estará inserida numa maior diversidade e ativida-
des, respeitando os processos e as dificuldades de cada um.
Ao pensarmos em desenvolvimento infantil, principalmente nesta primeira infância, 
devemos assim atingir uma qualidade em oferecer atividades como papel fundamental em 
aspectos psicomotores, de autonomia e percepções cognitivas, além é claro da interação 
social entre todos os alunos e ambiente escolar.
Entretanto, o papel do terapeuta ocupacional no contexto escolar, apesar de no-
tarmos sua real importância e fundamentação na sua atuação, sabemos que o mesmo 
está sendo inserido neste ambiente educacional progressivamente e de modo recente. 
Precisamos assim, enquanto profissional deste ambiente, ressaltarmos e consolidarmos 
sua necessidade, pois assim como já vem sendo tratado, este profissional é quem irá 
mediar entre saúde infantil, encaminhamos específicos e intervenções necessárias após 
avaliações clínicas do mesmo (CARRASCO, 2005).
 Devemos assim salientar que além de mantermos um ambiente funcional aos me-
nores, podemos então promover não só a maior participação de educadores no processo 
educacional como também a participação do núcleo familiar e a equipe multidisciplinar.
Os maiores enfoques do papel do terapeuta ocupacional se dá hoje no contexto 
escolar e na educação inclusiva de 3 formas, sendo elas, viabilização de inclusão entre pro-
fissionais e âmbito familiar; possibilidade de diretas ou indiretas de necessidades particulares 
tanto da criança quando do adulto da família e novos caminhos facilitadores entre instituição 
educacional e assistência médica especializada (SOUTO; GOMES; FOLHA, 2018).
Cabe assim ao terapeuta ocupacional, ofertar aos demais profissionais novas pos-
sibilidades de trabalhos e atividades, visto que, o objetivo final é incluir os alunos com suas 
dificuldades em meio a grande parte da turma em sala de aula.
Preparando assim toda a equipe multiprofissional para que consigam traçar e 
alcançar ao mesmo tempo, um único objetivo, a educação de qualidade para diferentes 
crianças. Cabe ainda ao terapeuta ocupacional identificar quais as dificuldades que esses 
demais profissionais e instituição vem apresentando, que possivelmente estão interferindo 
no processo de educação inclusiva.
Para que o ensino de qualidade seja entregue e explorado é necessário que o 
terapeuta faça um trabalho em conjunto com a instituição de ensino regular. Neste sentido, 
fornecer e contribuir para que o processo de aprendizagem seja eficaz dentre todos os 
alunos da instituição de educação, visando melhorar suas necessidades especiais.
14UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
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No decorrer dos últimos anos, as Instituições de ensino enfrentam a necessidade 
de elaborar, implementar e avaliar propostas de boa qualidade pedagógica para então 
transpassar aos seus usuários um ensino significativo, resultando assim numa formação 
de qualidade satisfatória ao longo dos anos de curso.
São diversas as áreas que podem influenciar na construção da formação, mesmo 
que essa formação de base seja a educação. A área da saúde, por exemplo, tende a acres-
centar significativamente no acúmulo de conhecimentos. A área da educação traz consigo 
metodologias alternativas com relação a ensinos tradicionais e inovadores, que por sua vez 
podem atender suas necessidades.
A formação do terapeuta Ocupacional não difere, frente a educação tradicional du-
rante os anos de curso, sabemos a importância e a relevância que tendem ao aprofundar-
mos nas opções alternativas, pensando que iremos atingir o público com as necessidades 
e dificuldades na educação tradicional (BARBA et al., 2012).
Assim, quando pensamos em formação de bons profissionais visando um atendimento 
de qualidade ao público que deve ser atingido, devemos também imaginar que o profissional 
de Terapia Ocupacional atendo o ser como um ser práxico, que assim busca intervir em seu 
cotidiano com a finalidade de proporcionar uma melhor qualidade de vida para o mesmo.
Em vista disso, por meio de atividades educacionais, o terapeuta irá proporcionar 
em quaisquer áreas que for inserido, bem-estar físico, mental, psíquico, imersão por meio 
da área da saúde, social e áreas educacionais. Assim, o terapeuta, cada vez mais vem 
sendo inserido em meios educacionais, como visto acima. (PAULA; BALEOTTI, 2011).
UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
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 4 INCLUSÃO E PERSPECTIVAS DA TERAPIA OCUPACIONAL NO AMBIENTE ESCOLARTÓPICO
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O terapeuta Ocupacional tem como sua maior perspectiva atingir a qualidade pedagógi-
ca esperada tanto pelos profissionais que aplicam o ensino quanto os alunos que necessitam de 
auxílio. Precisamos ter em mente que a qualidade de ensino deve ser pautada nas ações tanto 
voltadas aos alunos inseridos na escola quanto à população que possui algum tipo de dificuldade 
ou deficiência, assim, além de inserir este ser no contexto escolar, nas escolas de ensino regular.
A população que tem algum tipo de deficiência, seja ela física, mental, auditiva, visual ou 
qualquer transtorno do desenvolvimento, merece um espaço de atenção oferecido pelo contexto 
escolar, uma extensão oferecida tanto pela escola quanto em ambiente de atividade clínica, seja 
estes atendimentos de reabilitação física ou cognitiva (SOUTO; GOMES; FOLHA, 2018).
O mais importante quando falamos em inclusão e perspectivas da terapia ocupacional é 
buscar qualidade de vida e condições próximas ao cotidiano da sociedade. Assim, todo o contex-
to de vida diária desta criança, deve haver relação entre meio familiar e meio educacional. Por 
isso devemos entender que toda escola tem sua realidade, mas de modo geral todo processo de 
ensino e educação se baseiam num mesmo propósito,o ensino de qualidade (ATHAYDE, 2020).
Quando inserimos profissionais de terapia ocupacional nas escolas, inserimos as-
sim mais conhecimento e amparo aos profissionais. Pois sabemos que muitos professores 
se encontram sem preparo para atendimento especializado. Além do que, mudanças físicas 
de estrutura podem assim ser ajustadas pelo T.O de acordo com a realidade da instituição.
A partir do momento em que um terapeuta ocupacional tem a oportunidade de atuar no 
âmbito de ensino, eles tendem a contribuir positivamente neste ambiente, trabalhando diversos 
aspectos relacionados ao dia a dia da escola. Assim, atingem resultados positivos, além do pro-
cesso de aprendizagem convencional, inclusão assertiva com profissionais e todos os alunos que 
ali estão inseridos. Deste modo precisamos entender qual a forma de atuação deste profissional.
A atuação dos terapeutas ocupacionais nas escolas é amparada pela Resolu-
ção n.° 445, de 26 de abril de 2014, do COFFITO (Conselho Federal de Fisiote-
rapia e Terapia Ocupacional), em seu anexo XII, que inclui ações terapêuticas 
ocupacionais no ensino regular com o propósito de “facilitar o processo de 
ensino/aprendizado, a superação das desigualdades educacionais e a inclusão 
escolar, a formação para o trabalho, a promoção da participação e da cidada-
nia de crianças, jovens, adultos e idosos”6. Do mesmo modo, a Resolução nº 
500, de 26 de dezembro de 2018, do COFFITO, a qual reconhece a especia-
lidade de Terapia Ocupacional no contexto escolar. (ATHAYDE, 2020, p. 10).
Assim, quando se entende como é importante a atuação de um profissional de terapia 
ocupacional no contexto escolar, visto que, seu papel não é atuar sobre educação especial, 
mais, sim, inserir alunos com dificuldades e necessidades na instituição, sendo esta inserção por 
espaço físico, currículo adaptado de ensino ou desempenho ocupacional do estudante inserido.
Vimos ainda que, falta muito para que todas as instituições adotem o uso deste pro-
16UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
fissional, dá-se pelo não conhecimento dos mesmos ou pelo fator administrativo no qual o 
responsável ainda não se encontrou na necessidade de inseri-lo. Tendo em vista quais os 
benefícios que este profissional pode proporcionar a escola, devemos cada vez mais bus-
car o enfoque no processo de inclusão educacional (PAULA; BALEOTTI, 2011).
É por meio deste profissional que o contexto escolar terá melhores condições de adap-
tações e a criação de um ambiente com melhores condições no processo de ensino aprendiza-
gem, além de melhores ambientes de trabalho para os demais profissionais que compartilham do 
mesmo ambiente educacional. Estes profissionais devem estar no contexto não só estadual, mas 
principalmente no meio de ensino municipal e ensino infantil, abrangendo então desde a primeira 
infância a inserção e inclusão dos alunos com dificuldades e limitações (ATHAYDE, 2020).
17UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
Conforme algumas leituras realizadas, sabemos que por volta da década de 1960 a terapia ocupacional veio a ca-
lhar exclusivamente na educação especial, assim, como o atendimento era direcionado a crianças e adolescentes 
que apresentam algum transtorno do desenvolvimento, deficiências físicas, auditivas ou cognitivas. A educação 
especial abrangia esse público que se mostravam “desviados” dos padrões de “normalidade” da sociedade.
Fonte: Souto; Gomes; Folha (2018).
Apesar de compreendermos a importância do Terapeuta Ocupacional no contexto escolar nos dias atuais, 
você sabia que esta inserção foi documentada no Brasil em 1994?
“No Brasil, a educação inclusiva foi difundida em 1994, após os postulados produzidos pela Declaração 
de Salamanca (UNESCO, 1994). Tal Declaração reafirma o compromisso com a Educação para Todos, 
reconhecendo a necessidade e urgência de providenciar educação para as crianças, jovens e adultos com 
necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino, endossa a Estrutura de Ação em 
Educação Especial”.
Fonte: Paula; Baleotti (2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado (a) aluno (a),
 
No presente material, analisamos qual o papel do terapeuta ocupacional frente 
ao contexto escolar. Entendemos que além de auxiliar crianças e jovens que necessitam 
de ajustes físicos ou ajuda motora, este terapeuta também aborda o ambiente familiar, 
pode estender seu atendimento a clínica que a criança possa frequentar e promover aos 
demais profissionais da escola o conhecimento e suporte. Por meio deste material teórico 
conseguimos assim visualizar a real necessidade de um profissional no contexto escolar.
Adaptações físicas, por exemplo, são vistas necessárias a partir de quando a neces-
sidade do (a) aluno (a) passa a trazer resultados negativos no processo de aprendizagem, 
professores e coordenadores precisam estar atentos a essas dificuldades, e o terapeuta 
é quem irá norteá-los a tal adaptação, que por si só pode tanto confeccionar o necessário 
quanto solicitar novos materiais específicos para tal dificuldade.
Vimos ainda qual o papel deste terapeuta no processo de aprendizagem de 0 a 2 
anos de idade e sua relação entre professores e comunidade, família envolvida e demais 
terapeutas quando a criança passa a ter a necessidade de mais suporte. O processo de 
encaminhamentos e percepção de avaliação médica ainda é muitas vezes parte deste 
profissional. Vimos também o papel de atuação do terapeuta no processo de inclusão e 
percepções desta profissão nas escolas.
Logo mais, abordaremos demais assuntos relacionados a terapia ocupacional e o 
contexto escolar, desfrute de todos os conteúdos disponibilizados, portanto, faça a leitura 
do material disponível logo abaixo e assista ao vídeo sugerido, é por meio de estudo teórico 
que se faz um profissional de excelência na vida prática profissional.
Muito Obrigado!
UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR 18
MATERIAL COMPLEMENTAR
• Título: Escola para todos e as pessoas com deficiência: contri-
buições da Terapia Ocupacional
• Autor: Eucenir Fredini Rocha, Maria Inês Britto Brunello e Camila 
C. B. Ximenez de Souza.
• Editora: HUCITEC.
• Sinopse: O livro pretende estimular o leitor a refletir sobre os 
possíveis deslocamentos do objeto da Terapia Ocupacional no 
campo da Educação de abordagens biomédicas, organicistas, 
cujas origens estão no movimento eugênico, para abordagens fun-
damentadas em princípios epistêmicos e éticos alinhados com a 
possibilidade de exercer a liberdade, a imaginação e o diálogo vivo 
com as experiências. Pondera sobre as ações práticas da Terapia 
Ocupacional no contexto escolar, considerando as particularidades 
do seu cotidiano e dos seus coletivos, tendo como finalidade a 
escola para todos e suas interconexões com o pensamento críti-
co. Deseja ainda, por meio de diferentes relatos de experiências, 
instigar o leitor a dialogar com temas atuais como os preconceitos, 
estigmas, medos, intolerâncias presentes nas relações interpes-
soais e institucionais do contexto escolar.
• Título: Terapia Ocupacional no Contexto Escolar
• Ano: 2018.
• Sinopse: O vídeo da terapeuta Márcia Valiat, explica sobre as 
razões mais frequentes do encaminhamento de crianças em idade 
escolar à terapia Ocupacional.
• Link do vídeo: https://youtu.be/7iOurUt7_CE
UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR 19
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Plano de Estudos
• Formação Educacional na Terapia Ocupacional.
• Metodologia de intervenções no contexto escolar.
• Atuação da Terapia Ocupacional e saúde mental infantojuvenil. 
• Terapia Ocupacional em Escolas Públicas.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar sobre a formação de terapeutas ocupacionais;
• Auxiliar no processo de aprendizagem dos estudantes com relação às 
metodologias de intervenções no contexto escolar;
• Orientar profissionais com relação à saúde mental infantil e o papel do 
terapeuta nas escolas públicas.
2UNIDADEUNIDADEPRÁTICAS E PRÁTICAS E PERSPECTIVASPERSPECTIVAS DA DA ATUAÇÃO DA TERAPIA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOProfessor(a) Esp. Sandra Mesquita 
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a), seja bem-vindo(a) à nossa Unidade II sobre Terapia Ocupacional 
no contexto escolar. Aproveitem ao máximo o conteúdo disponibilizado. Nessa Unidade 
II, vamos debater sobre a formação educacional na Terapia Ocupacional, abordando o 
processo de formação dos futuros profissionais durante o período de formação. Além disso, 
buscaremos compreender a metodologia de intervenções disponíveis no contexto escolar. 
Abordaremos ainda temas relacionados à atuação do terapeuta ocupacional na saúde men-
tal infantojuvenil nas escolas públicas. Convido você a adquirir este valioso conteúdo, que 
certamente contribuirá significativamente para o seu processo de formação profissional. Ao 
explorar e absorver o conhecimento presente neste material, você estará ampliando suas 
habilidades e conhecimentos no campo da Terapia Ocupacional no contexto escolar.
Bons estudos!
UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO 21
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Assim como em diferentes áreas de atuação profissional, necessitamos de conhe-
cimentos amplos. Na terapia ocupacional, não seria diferente, pois estamos nos referindo 
aos cuidados gerais que o profissional deve manter com o aluno ou paciente durante o seu 
processo terapêutico.
É de extrema importância e se faz necessário que estudantes e profissionais já in-
seridos no mercado de trabalho tenham conhecimento de todo o processo de saúde versus 
doença com o qual podemos lidar. Estamos pensando em alunos propensos a apresentar 
essas complexidades e/ou comorbidades.
Precisamos fortalecer os vínculos entre o sistema de saúde e as universidades, a 
fim de modificarmos a formação dos profissionais de saúde. Essa modificação deve ocorrer 
de maneira positiva e agregar um melhor manejo de atendimento quando feito.
Devemos nos atentar e nos capacitar de modo integral para a saúde individual e 
coletiva. Essa formação diferenciada e abrangente demonstra que é necessário revisar os 
currículos dos cursos de graduação de níveis superiores e fazer adequações com relação a 
essas abrangências de saúde. É claro que isso deve ser analisado e aplicado conforme as 
regiões e localidades, levando em consideração a necessidade de ampliar os atendimentos na 
saúde pública, com espaços e locais adequados. No entanto, toda e qualquer mudança gera 
desconforto e sacrifícios, e, portanto, todo o sistema precisa se readequar. Por que não iniciar 
pela formação acadêmica desses profissionais que serão inseridos no mercado de trabalho?
O principal manejo para que toda mudança e melhoria aconteça ainda é por meio 
da boa formação generalista, humanizada, reflexiva e capaz de desenvolver suas ações por 
UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
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 1 FORMAÇÃO EDUCACIONAL NA TERAPIA OCUPACIONAL.TÓPICO
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meio de projetos pedagógicos, onde o principal interessado é o indivíduo em atendimento 
clínico. Para que isto aconteça precisamos ter em mente a necessidade de cursos práticos 
mesmo dentro da instituição de ensino e não apenas mudança no campo de estágio, por 
exemplo (BARBA; et al., 2012).
Em vista disso, precisamos oferecer metodologias de ensino e aprendizagem que 
venham de encontro com as necessidades de cada indivíduo. Por meio da prática peda-
gógica, já podemos perceber essa necessidade viável. Devemos, portanto, considerar a 
interdisciplinaridade e valorizar as diferentes dimensões éticas que permeiam nossa cultura, 
respeitando todo e qualquer indivíduo.
Sendo assim, conseguimos abranger não só os alunos com indicação ao acompa-
nhamento terapêutico no ambiente escolar, mas sim fortalecer o serviço de atendimento es-
colar amplo, mediante a várias situações e possíveis indicações. Em vista disso, o contexto 
escolar deve por si só oferecer além dos conhecimentos básicos esperados pela instituição, 
um ambiente no qual conseguimos desenvolver um sistema de corresponsabilidade, avalia-
ções e acompanhamentos quando qualquer criança precisa ser observada de mais perto.
Além disso, é importante selecionar conteúdos pertinentes e de grande relevância 
na formação desse aluno ao longo dos períodos escolares. E mais, devemos nos atentar 
ao papel primordial das escolas, não apenas em relação à estrutura física, mas também em 
oferecer conteúdo de qualidade e proveitoso às crianças que frequentam. Será por meio 
dos profissionais que atuam nesse ambiente que conseguiremos analisar qual é a real 
necessidade presente nesse contexto.
Por isso, precisamos, enquanto profissionais de terapia ocupacional, ficar atentos 
e ressaltar nossa participação ativa no meio dessas fases de todo estudante, promovendo 
assim maior qualidade e possibilidade de construção de conhecimento. O mais importante 
é que, por meio dos atendimentos terapêuticos, muitas vezes podemos oferecer a um aluno 
o autocuidado e o autoconhecimento.
Torna-se, assim, a participação do educador enquanto mediador ou facilitador edu-
cacional, criar diferentes situações e condições de aprendizagem a fim de construir conhe-
cimentos e saberes a partir delas. Nós, terapeutas ocupacionais, temos a responsabilidade 
de proporcionar isso. Vale lembrar que essas situações podem ser criadas ou baseadas em 
situações reais do cotidiano, buscando uma formação inovadora em Terapia Ocupacional.
23UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
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A metodologia de intervenção no contexto escolar, envolve uma série de estratégias 
e técnicas que visam promover o desenvolvimento educacional, social e emocional dos 
alunos, bem como a melhoria do desempenho escolar e do clima escolar como um todo.
Para trabalhar com esta metodologia, é necessário seguir algumas etapas, tais como: 
• Identificação dos problemas e desafios: é importante fazer uma análise crítica do 
contexto escolar, identificando pontos fortes e pontos fracos, desafios e oportunidades.
• Definir objetivos e metas: com base na análise do contexto,deve-se estabele-
cer objetivos e metas claramente definidos, que sejam específicos, mensuráveis, 
alcançáveis, relevantes e temporais. 
• Planejar as intervenções: com base nos objetivos e metas definidos, é ne-
cessário planejar as intervenções, selecionando as estratégias e técnicas mais 
adequadas para cada caso.
• Executar as intervenções: com o plano de intervenções elaborado, é hora de 
colocá-lo em prática, envolvendo todos os atores envolvidos no processo educa-
cional, tais como professores, alunos, pais, gestores, entre outros. 
• Avaliar os resultados: após a execução das intervenções, é importante avaliar 
os resultados alcançados, verificando se os objetivos e metas definidos foram 
atingidos e se as mudanças esperadas ocorreram de fato.
Caso necessário, é preciso ajustar o plano de intervenções e repetir o processo. Além 
disso, existem algumas maneiras de identificar problemas e desafios no contexto escolar, como: 
• Observação direta - observar a dinâmica da escola e como os alunos e pro-
fessores interagem entre si pode revelar problemas como falta de comunicação, 
bullying, conflitos de interesse, entre outras questões.
UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
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 2 METODOLOGIA DE INTERVENÇÕES NO CONTEXTO ESCOLARTÓPICO
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• Análise de dados - avaliar os dados de desempenho dos alunos, taxas de eva-
são e reprovação, entre outros indicadores, pode dar uma visão mais clara dos 
desafios que a escola enfrenta. 
• Feedback de alunos, pais e professores - ouvir as opiniões e sugestões de todos 
os envolvidos na escola pode trazer à tona problemas e desafios que precisam 
ser abordados.
• Benchmarking - estudar o que outras escolas estão fazendo para superar pro-
blemas semelhantes pode ser uma fonte valiosa de ideias e soluções.
A avaliação dos resultados é uma etapa crítica no processo de intervenção, pois permite 
que os responsáveis pelo projeto verifiquem se os esforços foram bem-sucedidos, identifiquem 
oportunidades de melhoria e façam os ajustes necessários para futuras intervenções. A avaliação 
pode ser realizada a partir de diferentes abordagens e metodologias, desde a análise de relató-
rios e dados quantitativos até a realização de entrevistas e grupos focados em obter feedback 
qualitativo dos usuários ou beneficiários da intervenção (CARDOSO; MATSUKURA, 2012).
Entre os principais indicadores que podem ser monitorados estão: 
• Alcance das metas e objetivos definidos: é importante verificar se as mudanças es-
peradas foram alcançadas e se os números e indicadores previstos foram atingidos. 
• Impactos e efeitos da intervenção: além dos resultados quantitativos, é importan-
te analisar os impactos e efeitos da intervenção sobre os usuários, beneficiários 
e a comunidade em geral, buscando identificar mudanças de comportamento, 
percepções e atitudes.
• Satisfação dos usuários: a avaliação da satisfação dos usuários é fundamental 
para identificar eventuais problemas ou oportunidades de melhoria na execução 
da intervenção, bem como para garantir que as necessidades e expectativas dos 
usuários sejam atendidas. 
• Custos e efetividade: é necessário avaliar os custos da intervenção em relação 
aos resultados alcançados, buscando garantir que os recursos foram utilizados 
de forma efetiva e eficiente.
Com base nos resultados obtidos, os responsáveis pelo projeto podem fazer os 
ajustes necessários no plano de intervenções e repetir o processo, buscando continuamente 
melhorar a qualidade e efetividade das ações realizadas. Algumas técnicas e estratégias que 
podem ser utilizadas para trabalhar com a metodologia de intervenções no contexto escolar 
são: análise de dados e indicadores educacionais, planejamento estratégico, formação de 
equipes pedagógicas, implementação de programas de desenvolvimento socioemocional, in-
tervenções para a melhoria do clima escolar, entre outras (CARDOSO; MATSUKURA, 2012).
É importante lembrar que a metodologia de intervenções no contexto escolar exige 
um trabalho em equipe, participação ativa de todos os envolvidos e um engajamento contí-
nuo para garantir resultados efetivos.
25UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
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A Terapia Ocupacional desempenha um papel importante na promoção da saúde 
mental infantojuvenil, ao ajudar crianças e adolescentes a explorarem suas potencialidades 
e habilidades, assim como encontrar maneiras positivas de lidar com as suas dificuldades 
emocionais e comportamentais.
Os Terapeutas Ocupacionais trabalham com crianças e adolescentes em diversas 
áreas, como habilidades sociais, comunicação, atividades de vida diária, organização e 
planejamento, alfabetização emocional, autoestima e autoconfiança. Eles auxiliam na 
identificação e resolução de problemas pessoais, familiares e sociais, promovendo a com-
preensão das emoções e sentimentos dos pacientes e incentivando sua participação em 
atividades que promovam o bem-estar e a felicidade.
A Terapia Ocupacional também pode ser usada para auxiliar na recuperação de doenças 
mentais. Em conjunto com outros profissionais da saúde mental, o Terapeuta Ocupacional ajuda o 
paciente a desenvolver habilidades e estratégias de enfrentamento, que o auxiliam na promoção 
de saúde física e mental, e na prevenção de futuras crises (FERNANDES, et al., 2019).
Em geral, a Terapia Ocupacional é uma opção importante para promover a saúde mental 
infantil e juvenil, e deve ser incluída em todos os planos de tratamento. A Terapia Ocupacional 
(TO) é uma disciplina da área da saúde que visa melhorar a qualidade de vida e a independência 
das pessoas por meio da utilização da atividade humana em suas diversas formas.
Na saúde mental, o objetivo é ajudar as crianças e os jovens a desenvolverem habi-
lidades funcionais, sociais e emocionais que possam ajudá-los a lidar com as demandas do 
dia a dia. Através da TO, é possível identificar as atividades que as crianças e jovens gostam 
e que lhe trazem satisfação, e incorporá-las em um plano de intervenção individualizado.
UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
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 3 ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL E SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENILTÓPICO
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Estas atividades podem ser utilizadas como ferramentas importantes para ajudar 
a promover o bem-estar emocional, melhorar a autoestima, aumentar a autoconfiança e 
fornecer um sentido de propósito e realização. Além disso, a TO pode ajudar a criança 
ou jovem a se envolver em atividades em grupo, como esportes, música ou artes, que 
possam ajudá-los a desenvolver habilidades sociais e fornecer um senso de pertencimento 
e conexão com outras pessoas.
Em resumo, a Terapia Ocupacional é uma opção importante para promover a 
saúde mental infantil e juvenil, e deve ser incluída em todos os planosde tratamento. Ela 
pode ser feita em uma variedade de ambientes, como em casa, na escola ou em clínicas 
especializadas, e pode ajudar a criança ou jovem a desenvolver habilidades vitais para o 
crescimento e o desenvolvimento saudáveis (FERNANDES, et al., 2019).
Além disso, o TO pode ajudar a criança ou jovem a desenvolver habilidades de co-
municação eficaz, resolução de conflitos, autocontrole e autoestima, o que pode ajudá-los 
a ter relacionamentos mais saudáveis e positivos ao longo da vida.
O TO também pode ajudar a identificar problemas comportamentais ou emocionais 
e fornecer intervenções adequadas para lidar com essas questões. Em última análise, o 
objetivo da TO é permitir que a criança ou jovem alcance seu potencial máximo e desfru-
te de uma vida feliz e saudável. A Terapia Ocupacional (TO) em escolas públicas é uma 
prática voltada para o apoio de crianças e jovens com dificuldades em atividades diárias, 
habilidades motoras, sociais e emocionais. O papel do terapeuta ocupacional é realizar 
uma avaliação inicial das habilidades e necessidades do aluno e, a partir disso, desenvolver 
planos de tratamento personalizados que incluam atividades e intervenções terapêuticas 
para auxiliar na adaptação às atividades escolares e habilidades para a vida diária.
Os terapeutas ocupacionais em escolas públicas podem trabalhar com crianças 
com diferentes condições e necessidades, incluindo autismo, transtornos de aprendizagem, 
transtornos de déficit de atenção e hiperatividade, paralisia cerebral, distúrbios motores ou 
sensoriais. Eles também podem trabalhar com crianças em geral para promover habilida-
des de autonomia e independência, como o desenvolvimento de habilidades motoras finas, 
habilidades de escrita, planejamento e organização (SILVA; PEDRO, 2022).
Além disso, a Terapia Ocupacional pode ajudar na adaptação de estudantes com 
deficiência em sala de aula, fornecendo soluções para problemas de acessibilidade, como a 
adaptação de equipamentos, materiais e estrutura física e organizacional. Em escolas públicas, 
a Terapia Ocupacional pode ser financiada por meio de recursos do Sistema Único de Saúde 
(SUS), Secretarias de Educação, Ministério da Educação e outros parceiros governamentais.
27UNIDADE 1 A TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS DEMANDAS DA INCLUSÃO ESCOLAR
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Em resumo, a Terapia Ocupacional em escolas públicas é uma importante fer-
ramenta para ajudar crianças e jovens com necessidades diferentes a se integrarem na 
escola, promover a inclusão e melhorar a qualidade de vida e o desempenho escolar. 
O terapeuta ocupacional pode atuar em várias frentes, como: identificação das difi-
culdades motoras, sensoriais, cognitivas e emocionais dos alunos, por meio de avaliações 
individuais; elaboração de atividades adaptadas e planejamento de intervenções pedagó-
gicas inclusivas em parceria com professores e equipes escolares; ensino de técnicas e 
estratégias para melhorar o desempenho em atividades de vida diária, como escrita, leitura, 
habilidades sociais e de comunicação; elaboração de programas de treinamento para a 
autonomia em situações de rotina escolar, como alimentação, higiene, vestuário e locomo-
ção; aconselhamento a pais e professores sobre como lidar com desafios e dificuldades na 
rotina escolar; promoção de ações para conscientização e respeito à diversidade e inclusão 
de alunos com necessidades especiais (ATHAYDE, 2020).
Em suma, a terapia ocupacional em escolas públicas tem como objetivo central 
promover a inclusão e a qualidade de vida dos alunos com necessidades diferentes de forma 
integral, capacitando-os para lidar com as dificuldades cotidianas e a desempenhar seu máxi-
mo potencial. A terapia ocupacional oferece atividades que ajudam a desenvolver habilidades 
como coordenação motora fina, organização do pensamento, atenção, percepção e resolução 
de problemas, além de incentivar a socialização e a autoestima (SILVA; PEDRO, 2022).
Através desses exercícios, os alunos têm a oportunidade de explorar seu potencial 
e de aprender a superar suas limitações de maneira independente. A terapia ocupacional é 
essencial em escolas públicas porque muitas vezes as crianças com necessidades não têm 
UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
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 4 TERAPIA OCUPACIONAL EM ESCOLAS PÚBLICASTÓPICO
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acesso a um atendimento individualizado fora do contexto escolar, ou seja, em suas casas 
ou em clínicas particulares. A escola é um ambiente inclusivo por natureza e, com a terapia 
ocupacional, é possível oferecer um atendimento diferenciado aos alunos que precisam de 
uma atenção mais específica.
Dessa forma, a terapia ocupacional se torna uma ferramenta essencial para promo-
ver a inclusão e a qualidade de vida desses alunos, contribuindo para o seu desenvolvimento 
integral e para a construção de uma sociedade mais inclusiva e plural. É fundamental que 
tanto os profissionais de educação quanto os profissionais de saúde estejam capacitados a 
atuar em conjunto, promovendo a integração entre as diversas áreas e ampliando o acesso 
aos serviços de terapia ocupacional.
“A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) constitui uma estratégia preconizada pelas políticas públicas em 
alimentação e nutrição, sendo considerada um importante instrumento para promoção de hábitos alimen-
tares saudáveis. O interesse pelo tema no Brasil surgiu na década de 1940 e, até 1970, esteve relacionada 
à introdução de alimentos novos para população por interesses econômicos, às publicações voltadas para 
divulgação de materiais informativos, e à adoção de medidas que privilegiavam a suplementação alimentar 
e atividades de combate a carências nutricionais específicas. Na década de 1970, por seu turno, houve re-
ferência à renda como principal obstáculo à alimentação adequada e nesse período a educação nutricional 
foi menos destacada nos programas de saúde pública por aproximadamente duas décadas”.
Fonte: RAMOS; SANTOS; REIS, 2013.
Frente às necessidades psicológicas que o ambiente escolar tem sofrido, refletimos: 
“Ainda segundo o autor, o psicólogo escolar seria um elo entre o mundo acadêmico e o sistema escolar. 
O psicólogo escolar serve, no modelo clínico, como elo entre várias agências de saúde mental e o sistema 
escolar. Enquanto agente de ligação entre o mundo acadêmico e o sistema escolar, o psicólogo escolar 
está interessado em metodologias científicas e resultados de pesquisas, geralmente obtidos no ambiente 
acadêmico. Enquanto profissional vinculado ao campo educacional, traduziria estas metodologias e 
resultados em ação nas escolas. Fazendo isso, poderia atender a dois objetivos: ajudar a superar o 
descompasso entre educação e aplicação de resultados de pesquisa e encorajar atividades de pesquisa nas 
escolas, servindo como elemento de ligação para os acadêmicos que queiram fazer contato com indivíduos 
que falem a sua linguagem nas escolas.”
Fonte: MARTINS, 2003.
29UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado (a) aluno (a),
No presente material, analisamos qual o papel do terapeuta ocupacional frente ao 
contexto escolar. Compreendemos de maneira ampla sobre a formação educacional do tera-
peuta ocupacional, junto a metodologia de intervenções no contexto escolar,além da forma 
de atuação do terapeuta ocupacional e o contexto da saúde mental infantojuvenil, sempre 
interligando esses temas ao ensino e processo de aprendizagem nas escolas públicas.
Logo mais, abordaremos demais assuntos relacionados a terapia ocupacional e 
contexto escolar, desfrute de todos os conteúdos disponibilizados. Portanto, faça a leitura 
do material disponível logo abaixo e assista ao vídeo sugerido, é por meio de estudo teórico 
que se faz um profissional de excelência na vida prática profissional.
 
Muito Obrigado!
UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO 30
MATERIAL COMPLEMENTAR
• Título: Formação em terapia ocupacional no Brasil
• Autor: Rodrigo Alves dos Santos Sila, Pamela Cristina Bianchi e 
David dos Santos Calheiros.
• Editora: Filoczar
• Sinopse: Este livro, inédito na área, tem o objetivo de contribuir 
para o fortalecimento da formação técnica, política e ética de tera-
peutas ocupacionais. Trata-se de uma coletânea com 17 capítulos 
baseados em relatos de experiências e pesquisas, escritos por 42 
estudiosos de distintas Universidades brasileiras. A reunião desses 
capítulos em obra única, permite aos interessados, uma compreen-
são articulada das potências, dos desafios e do que vem sendo 
produzido sobre a formação em Terapia Ocupacional no Brasil.
• Título: Guia de Profissões - Terapia Ocupacional
• Ano: 2017
• Sinopse: Terapia Ocupacional - Mais autonomia aos pacientes 
nas atividades cotidianas. O terapeuta ocupacional trabalha para 
restabelecer pacientes e adaptar o meio às suas necessidades, a fim 
de lhe dar mais autonomia na realização das atividades cotidianas.
• Link do vídeo: https://youtu.be/LXyT3UFgJRk
31UNIDADE 2 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
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Plano de Estudos
• O uso da tecnologia assistiva para alunos com necessidades específicas; 
• Tecnologias Sociais entre Educação e Terapia Ocupacional;
• O papel da Terapia Ocupacional com uso de tecnologias;
• Tecnologias assistiva e inclusão educacional.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar quais às necessidades específicas entre 
alunos e a tecnologia assistiva; 
• Auxiliar no processo de aprendizagem entre educação e a terapia 
ocupacional;
• Orientar profissionais com relação ao papel da terapia ocupacional e 
inclusão educacional.
3UNIDADEUNIDADETECNOLOGIA ASSIS-TECNOLOGIA ASSIS-TIVA E ADAPTAÇÕES TIVA E ADAPTAÇÕES PARA PROMOVER PARA PROMOVER INCLUSÃO ESCOLARINCLUSÃO ESCOLARProfessor(a) Esp. Sandra Mesquita
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja bem-vindo à nossa Unidade III da disciplina sobre Terapia 
Ocupacional no contexto escolar. Aproveite ao máximo o conteúdo disponibilizado. Nessa 
unidade, discutiremos o uso das tecnologias assistivas entre o terapeuta ocupacional e os 
alunos, bem como a análise das necessidades específicas da escola e o papel fundamental 
que o terapeuta ocupacional desempenha no processo de inclusão social. Convido você 
para essa viagem rumo ao conhecimento, na qual contribuirá significativamente em seu 
processo de formação profissional. 
Bons estudos.
UNIDADE 3 TECNOLOGIA ASSISTIVA E ADAPTAÇÕES PARA PROMOVER INCLUSÃO ESCOLAR 33
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A tecnologia assistiva é um conjunto de recursos que auxiliam pessoas com neces-
sidades específicas a participar da vida social, aumentar a sua independência e melhorar a 
sua qualidade de vida. Para alunos com necessidades educacionais especiais, a tecnologia 
assistiva é fundamental para garantir o seu direito à inclusão e acessibilidade.
A tecnologia assistiva pode ser utilizada para diferentes tipos de necessidades 
especiais, como visuais, auditivas, motoras, cognitivas e de comunicação. Existem diver-
sos recursos disponíveis que auxiliam os alunos a superar as barreiras que encontram 
na aprendizagem, como leitores de tela, braile, pranchas de comunicação, software de 
reconhecimento de voz, dentre outros.
Além disso, os avanços tecnológicos têm permitido novas possibilidades de aces-
sibilidade, como aplicativos e softwares que auxiliam na escrita, leitura, cálculo e organi-
zação, além de dispositivos de controle de movimento para alunos com deficiência física, 
programas de tradução e interpretação para alunos com deficiência auditiva e muitos outros 
recursos (SOUTO; GOMES; FOLHA, 2018).
Por isso, é fundamental que as escolas estejam preparadas para o uso da tecno-
logia assistiva, oferecendo suporte e treinamento para os professores e disponibilizando 
recursos e equipamentos para os alunos. Além disso, é preciso garantir que esses recursos 
sejam utilizados de forma adequada e inclusiva, respeitando as diferenças individuais e 
estimulando a autonomia dos alunos.
Em resumo, a tecnologia assistiva é uma importante ferramenta para garantir o 
direito à educação e inclusão de alunos com necessidades especiais. Com investimento 
UNIDADE 3 TECNOLOGIA ASSISTIVA E ADAPTAÇÕES PARA PROMOVER INCLUSÃO ESCOLAR
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 1 O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECÍFICASTÓPICO
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e apoio adequados, é possível oferecer aos alunos as condições necessárias para que 
possam aprender e se desenvolver plenamente.
Além disso, a tecnologia assistiva também pode contribuir para a autonomia e inde-
pendência dessas pessoas em outros aspectos da vida, como no trabalho e na vida cotidiana.
No entanto, é importante ressaltar que a tecnologia assistiva não é a única solução 
para garantir a inclusão e acesso à educação de pessoas com necessidades específicas. É 
necessário um esforço coletivo, que envolva professores, escolas, famílias e governos, para 
garantir que esses alunos tenham oportunidades iguais de aprendizado e desenvolvimento. 
A tecnologia assistiva é uma ferramenta complementar a ser integrada em um sistema 
abrangente de inclusão educacional e social.
Ela se refere a todo o conjunto de recursos e serviços que são utilizados para 
promover a autonomia, a acessibilidade e a inclusão social das pessoas com deficiên-
cia ou com necessidades específicas. Estes recursos abrangem desde equipamentos e 
tecnologias mais simples, como lupas, óculos especiais, até aparelhos mais sofisticados 
como cadeiras de rodas motorizadas, sistemas de comunicação alternativa, softwares e 
aplicativos especiais (SOUTO; GOMES; FOLHA, 2018).
A tecnologia assistiva é fundamental para a promoção de uma sociedade mais 
inclusiva,já que ela permite que as pessoas com deficiência ou com necessidades espe-
cíficas tenham um amplo acesso às informações, serviços, locais e oportunidades que, de 
outra forma, seriam inacessíveis. Ela também ajuda a reduzir as barreiras físicas, sociais e 
culturais que impedem o pleno desenvolvimento desses indivíduos.
Por isso, é fundamental que a tecnologia assistiva seja integrada em todos os as-
pectos da vida das pessoas com deficiência ou com necessidades específicas, incluindo a 
educação, o trabalho, a comunicação, a mobilidade e o lazer. Isso contribui para que essas 
pessoas possam ter mais autonomia e independência, além de ajudar a reduzir os estigmas 
e preconceitos associados à deficiência.
Com a ajuda de tecnologias assistivas, como próteses, cadeiras de rodas motori-
zadas, dispositivos de comunicação por voz e outros equipamentos que podem ajudar na 
mobilidade e comunicação, as pessoas com deficiência podem ser mais independentes 
e realizar tarefas diárias sem a ajuda de outras pessoas. Essas tecnologias não apenas 
fornecem uma melhor qualidade de vida para as pessoas com deficiência, mas também 
ajudam a reduzir a discriminação, melhorando a visibilidade e compreensão da deficiência 
para o público em geral. Isso pode levar a uma mudança positiva nas atitudes em relação 
às pessoas com deficiência e inclusão social geral (SOUTO; GOMES; FOLHA, 2018).
Por isso, a conscientização sobre as questões de deficiência e inclusão pode levar 
a uma mudança positiva nas atitudes em relação às pessoas com deficiência e inclusão 
social geral. À medida que as pessoas se tornam mais conscientes das barreiras que as 
pessoas com deficiência enfrentam, elas começam a se envolver em comportamentos 
inclusivos e adotar atitudes positivas em relação à inclusão. Essa mudança pode levar a 
um ambiente mais justo e equitativo, onde as pessoas com deficiência têm igual acesso a 
oportunidades e podem contribuir plenamente para a sociedade.
35UNIDADE 3 TECNOLOGIA ASSISTIVA E ADAPTAÇÕES PARA PROMOVER INCLUSÃO ESCOLAR
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As Tecnologias Sociais são ferramentas e formas de organização social que visam 
solucionar problemas e necessidades coletivas, de maneira sustentável e integrada. Entre as 
áreas que utilizam as tecnologias sociais, destacam-se a educação e a terapia ocupacional.
Na educação, as tecnologias sociais são utilizadas como recursos pedagógicos 
para promover o aprendizado e a participação dos alunos no processo educativo. Essas 
tecnologias podem ser materiais didáticos, como jogos educativos, ou metodologias de 
ensino, como a pedagogia da cooperação e a educação popular.
Já na terapia ocupacional, as tecnologias sociais são ferramentas para o desen-
volvimento da autonomia e da participação social dos pacientes. Essas tecnologias podem 
ser equipamentos de adaptação ou softwares que auxiliam no treinamento de habilidades 
motoras e cognitivas (GRADIM; FINARDE; CARRIJO, 2020).
No entanto, é importante ressaltar que as tecnologias sociais não são soluções 
definitivas para os problemas da educação e da terapia ocupacional. Elas devem ser utiliza-
das em conjunto com outras estratégias, como ações políticas e sociais, para garantir uma 
abordagem integral e efetiva.
É necessário considerar as particularidades de cada contexto e população-alvo, 
adaptando as tecnologias sociais de acordo com suas necessidades e demandas especí-
ficas. Por fim, é fundamental garantir a participação ativa e empoderamento dos sujeitos 
envolvidos no processo, buscando construir soluções coletivas e participativas.
Isso significa que cada pessoa envolvida deve ter voz e poder para tomar decisões 
e contribuir para a construção de soluções. Para isso, é necessário criar um ambiente 
seguro e inclusivo, onde todas as perspectivas são valorizadas e respeitadas.
UNIDADE 3 TECNOLOGIA ASSISTIVA E ADAPTAÇÕES PARA PROMOVER INCLUSÃO ESCOLAR
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 2 TECNOLOGIAS SOCIAIS ENTRE EDUCAÇÃO E TERAPIA OCUPACIONALTÓPICO
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Podemos assim, realizar por meio de dinâmicas participativas, como encontros co-
munitários, oficinas de co-criação e grupos de trabalho colaborativos. É importante também 
garantir acessibilidade e igualdade de oportunidades para que todas as pessoas envolvidas 
possam participar ativamente (GRADIM; FINARDE; CARRIJO, 2020).
Dessa forma, a construção de soluções coletivas e participativas pode levar a resul-
tados mais efetivos e sustentáveis, já que consideram as necessidades, desejos e opiniões 
de todos os envolvidos.
Ao envolver as pessoas diretamente afetadas em um processo colaborativo de 
tomada de decisão, é mais fácil identificar e antecipar possíveis desafios e tomar medidas 
preventivas. Além disso, a implementação de soluções pode ser mais efetiva, já que há 
maior cooperação e comprometimento dos participantes.
As soluções coletivas também podem levar a um maior senso de pertencimento 
e responsabilidade em relação ao resultado final. À medida que as pessoas participam 
ativamente do processo, elas se sentem mais empoderadas e envolvidas com a solução, o 
que pode ajudar a sustentá-la a longo prazo.
Estratégias colaborativas como a co-design, oficinas participativas e fóruns comunitários 
podem ser eficazes para construir soluções coletivas que atendam às necessidades e interesses 
da comunidade. Esses processos também podem ajudar a criar um ambiente de confiança e 
transparência entre os envolvidos, o que pode ser fundamental para o sucesso da iniciativa.
Por fim, a construção de soluções coletivas e participativas é também uma opor-
tunidade para promover a inclusão social e a diversidade. Envolver pessoas de diferentes 
origens e perspectivas pode tornar as soluções mais abrangentes e eficazes, atendendo às 
necessidades de grupos vulneráveis e promovendo a igualdade de oportunidades.
A diversidade promove um ambiente mais criativo e inovador, pois cada indivíduo 
traz consigo suas próprias habilidades, experiências e conhecimentos, enriquecendo o 
processo de tomada de decisão e resultando em soluções mais abrangentes e adequadas 
às demandas da sociedade como um todo. A inclusão de diferentes perspectivas também 
ajuda a evitar a exclusão social e o preconceito, criando um ambiente mais justo e inclusivo 
para todos. Portanto, a diversidade é uma importante ferramenta para a construção de uma 
sociedade mais justa e equitativa.
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A Terapia Ocupacional (TO) é uma profissão da área da saúde que tem como ob-
jetivo ajudar as pessoas a desempenhar as atividades diárias de forma mais independente 
e satisfatória. O terapeuta ocupacional avalia as habilidades e limitações do paciente e 
desenvolve um plano de intervenção individualizado, que inclui a utilização de tecnologias 
assistivas quando necessário (CARDOSO; MATSUKURA, 2012).
As tecnologias assistivas são dispositivos, equipamentos e sistemas que ajudam 
pessoas com deficiências ou limitações físicas, sensoriais ou cognitivas, a realizar tarefas 
que de outra forma seria difícil ou impossível. Essas tecnologias são fundamentais para 
promover a autonomia e melhorar a qualidade

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