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a 
Po
rt
ug
ue
sa
SEE-MG
Analista Educacional (ANE) - Analista 
Educacional - para exercer, preferencialmente, atribuições 
técnico-pedagógicas
Lingua Portuguesa
Interpretação e Compreensão de texto ......................................................................... 1
Organização estrutural dos textos. Marcas de textualidade: coesão, coerência e inter-
textualidade ................................................................................................................... 2
Modos de organização discursiva: descrição, narração, exposição, argumentação e 
injunção; características específicas de cada modo ..................................................... 6
Tipos textuais: informativo, publicitário, propagandístico, normativo, didático e divi-
natório; características específicas de cada tipo ........................................................... 8
Textos literários e não literários ..................................................................................... 14
Tipologia da frase portuguesa. Estrutura da frase portuguesa: operações de desloca-
mento, substituição, modificação e correção. Problemas estruturais das frases. Or-
ganização sintática das frases: termos e orações. Ordem direta e inversa .................. 14
Norma culta ................................................................................................................... 19
Pontuação e sinais gráficos........................................................................................... 21
Tipos de discurso .......................................................................................................... 26
Registros de linguagem ................................................................................................. 31
Funções da linguagem .................................................................................................. 33
Elementos dos atos de comunicação ............................................................................ 35
Estrutura e formação de palavras ................................................................................. 36
Formas de abreviação ................................................................................................... 39
Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais de 
substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, verbos, advérbios, conjunções 
e interjeições ................................................................................................................. 42
os modalizadores. Semântica: sentido próprio e figurado; antônimos, sinônimos, 
parônimos e hiperônimos. Polissemia e ambiguidade .................................................. 53
Os dicionários: tipos ...................................................................................................... 54
A organização de verbetes ............................................................................................ 60
Vocabulário: neologismos, arcaísmos, estrangeirismos................................................ 76
latinismos....................................................................................................................... 78
Ortografia....................................................................................................................... 80
Acentuação gráfica ........................................................................................................ 81
A crase........................................................................................................................... 83
Periodização da literatura brasileira; estudo dos principais autores dos estilos de 
época ............................................................................................................................. 90
Exercícios ...................................................................................................................... 101
Gabarito ......................................................................................................................... 111
Apostila gerada especialmente para: valdo santos 836.271.703-34
1
Interpretação e Compreensão de texto
 
Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois sempre que compreendemos adequadamente 
um texto e o objetivo de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é do que as conclusões 
específicas. Exemplificando, sempre que nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, 
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, ocorre a interpretação, que é a leitura e a 
conclusão fundamentada em nossos conhecimentos prévios. 
Compreensão de Textos 
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do que está explícito no texto, ou seja, na 
identificação da mensagem. É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso da capacidade de 
entender, atinar, perceber, compreender. Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem 
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a decodificação da mensagem que é feita pelo 
leitor. Por exemplo, ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos a mensagem transmitida por 
ela, assim como o seu propósito comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado evento. 
Interpretação de Textos 
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os resultados aos quais chegamos por meio da 
associação das ideias e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar é decodificar o sentido 
de um texto por indução. 
A interpretação de textos compreende a habilidade de se chegar a conclusões específicas após a leitura de 
algum tipo de texto, seja ele escrito, oral ou visual. 
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado da leitura, integrando um conhecimento que 
foi sendo assimilado ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, podendo ser diferente 
entre leitores. 
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de textos, analise a questão abaixo, que aborda 
os dois conceitos em um texto misto (verbal e visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos
A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a inclusão surge para garantir esse direito também 
aos alunos com deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou menos severas.”
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
Apostila gerada especialmente para: valdo santos 836.271.703-34
2
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 1988.
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser incluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
Comentário da questão:
Em “A” – Errado: o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas com deficiência, ou seja, inclusão 
de pessoas na sociedade. 
Em “B” – Certo: o complemento “mais ou menos severas” se refere à “deficiências de toda ordem”, não às 
leis. 
Em “C” – Errado: o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/adição das pessoas portadoras de 
deficiência ao direito à educação, além das que não apresentam essas condições.
Em “D” – Errado: além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o texto destaca que podem ser 
“permanentes ou temporárias”.
Em “E” – Errado: este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. 
Resposta: Letra B. 
Organização estrutural dos textos. Marcas de textualidade: coesão, coerência e inter-
textualidade
— Definições e diferenciação
Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um texto coeso pode ser incoerente, e vice-
versa. O que existeem comum entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais para uma 
produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão textual se volta para as questões gramaticais, isto é, 
na articulação interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação externa da mensagem. 
— Coesão Textual
Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado das palavras que proporcionam a ligação entre 
frases, períodos e parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se realiza por meio de 
palavras denominadas conectivos. 
As técnicas de coesão
A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem 
relacionados à mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como endofóricas. Enquanto a 
anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. 
 
As regras de coesão 
Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as regras relacionadas abaixo sejam seguidas.
Referência 
– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. 
Exemplo: 
«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal 
anafórica (retoma termo já mencionado). 
– Comparativa: emprego de comparações com base em semelhanças. 
Apostila gerada especialmente para: valdo santos 836.271.703-34
3
Exemplo: 
“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência comparativa endofórica. 
– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes demonstrativos. 
Exemplo: 
“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” Temos uma referência demonstrativa catafórica. 
– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja nome, verbo ou frase, por outro, para que ele 
não seja repetido. 
Analise o exemplo: 
“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” 
Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é evidente principalmente no fato de que a 
substituição adiciona ao texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o pronome pessoal 
retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar quaisquer informações ao texto. 
– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – nominal, verbal ou frasal – por meio da figura 
denominando eclipse. 
Exemplo: 
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que proporciona o entendimento da segunda oração, 
pois o leitor fica ciente de que o locutor está procurando por Ana. 
– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações. 
Exemplo: 
“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente aconteceu.” Conjunção concessiva. 
– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem parte de um mesmo campo lexical ou que 
carregam sentido aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, entre outros. 
Exemplo: 
“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está dando conta da demanda populacional.” 
— Coerência Textual 
A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto que se origina da sua argumentação – 
consequência decorrente dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto redundante e 
contraditório, ou cujas ideias introduzidas não apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência 
prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer que a falta de coerência não consiste 
apenas na ignorância por parte dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da emissão de 
ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais. 
Observe os exemplos: 
“A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até o momento.” Aqui, temos um processo verbal 
acabado e um inacabado. 
“Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos não consomem produtos de origem animal. 
Princípios Básicos da Coerência 
– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
– Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.
– Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes. 
Fatores de Coerência 
– As inferências: se partimos do pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as 
inferências podem simplificar as informações. 
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4
Exemplo: 
“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que voltagem da lavadora é 220w”. 
Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de que existe um local adequado para ligar 
determinado aparelho. 
– O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem de saberes adquirida ao longo da vida 
e que é arquivada na nossa memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts (roteiros, tal 
como normas de etiqueta), planos (planejar algo com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos 
de funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, sair para o trabalho/escola), frames 
(rótulos), etc. 
Exemplo: 
“Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!” 
O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são 
elementos, os chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e nada têm a ver com o Natal. 
Elementos da organização textual: segmentação, encadeamento e ordenação.
A segmentação é a divisão do texto em pequenas partes para melhorar a compreensão. A encadeamento 
é a ligação dessas partes, criando uma lógica e coesão no texto. A ordenação é a disposição dessas partes 
de forma a transmitir uma mensagem clara e coerente. Juntos, esses elementos ajudam a criar uma estrutura 
eficiente para o texto.
Intertextualidade. 
— Definições gerais
Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação entre textos que se exerce com a menção 
parcial ou integral de elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência a uma ou a mais 
produções pré-existentes; é a inserção em um texto de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre 
textos não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e envolve, também composições de 
natureza não verbal (pinturas, esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música, desenhos animados, 
novelas, jogos digitais, etc.).
— Intertextualidade Explícita x Implícita 
– Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral da passagem conveniente, manifestada aberta e 
diretamente nas palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a obra que originou a referência, 
o autor deve fazer uma prévia da existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade evidente. 
As características da intertextualidade explícita são: 
– Conexão direta com o texto anterior; 
– Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem necessidade de esforço ou deduções; 
– Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar do conteúdo;
– Os elementos extraídos do outro texto estão claramente transcritos e referenciados.
– Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos acadêmicos, como dissertações e monografias, 
a intertextualidade explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste justamente na contribuição de 
novas informações aos saberes já produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode ser direta, 
com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou indireta, que é uma clara exploração das informações, 
mas sem transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor. 
– Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos que, ao aproveitarem conceitos, dados e 
informações presentes em produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem integralmente 
em sua estrutura as passagens envolvidas. Em outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-
la. De qualquer forma, para que se compreenda o significado da relação estabelecida, é indispensável que o 
leitor seja capaz de reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos, ter lido e compreendido 
Apostila gerada especialmente para: valdo santos836.271.703-34
5
o primeiro material. As características da intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte; o 
leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento prévio do leitor; exigência de análise e deduções 
por parte do leitor; os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova estrutura.
— Tipos de Intertextualidade
1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da crítica ou da ironia, com a finalidade de 
subverter o sentido original do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a estrutura permanece 
inalterada. É muito comum nas músicas, no cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira 
estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira:
TEXTO ORIGINAL
“Vou-me embora para Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei?”
PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES
“Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de Pasárgada
Sou inimigo do Rei
Não tenho nada que eu quero
Não tenho e nunca terei”
2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto inicial, porém, a estrutura da nova produção nada 
tem a ver com a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem escreve o novo texto, isto é, 
os conceitos do primeiro texto são preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos: observe 
as frases originais e suas respectivas paráfrases: 
“Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem muito estuda.
“To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, that is the question.
3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada obra, situação ou personagem já retratados em 
textos anteriores, de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja o exemplo a seguir: 
“Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os troianos caem em armadilhada armada pelos 
gregos durante a Guerra de Troia.
4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, consiste em extrair o trecho útil de um texto e 
copiá-lo em outro. A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como artigos, dissertações e teses. 
Para que não configure plágio (uma falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo judicial), a 
citação exige a indicação do autor original e inserção entre aspas. Exemplo: 
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
(Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773).
5 – Crossover: com denominação em inglês que significa “cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem 
sido muito explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries e cinema. Basicamente, é a 
inserção de um personagem próprio de um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & Jason” 
é um grande crossover do gênero de horror no cinema.
Apostila gerada especialmente para: valdo santos 836.271.703-34
6
Exemplo:
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br
6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto de origem na abertura do texto corrente. Em 
geral, a epígrafe está localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo uma passagem “solta”, 
esse tipo de intertextualidade está sempre relacionado ao teor do novo texto.
 Exemplo: 
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu,
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre
aquilo que todo mundo vê.”
Arthur Schopenhaus
Modos de organização discursiva: descrição, narração, exposição, argumentação e 
injunção; características específicas de cada modo
— Definição 
Argumentação é um recurso expressivo da linguagem empregado nas produções textuais que objetivam 
estimular as reflexões críticas e o diálogo, a partir de um grupo de proposições. A elaboração de um texto 
argumentativo requer coerência e coesão, ou seja, clareza de ideia e o emprego adequado das normas 
gramaticais. Desse modo, a ação de argumentar promove a potencialização das capacidades intelectuais, 
visto que se pauta expressão de ideias e em pontos de vista ordenados e estabelecidos com base em um 
tema específico, visando, especialmente, persuadir o receptor da mensagem. É importante ressaltar que a 
argumentação compreende, além das produções textuais escritas, as propagandas publicitárias, os debates 
políticos, os discursos orais, entre outros. 
Os tipos de argumentação 
– Argumentação de autoridade: recorre-se a uma personalidade conhecida por sua atuação em uma 
determinada área ou a uma renomada instituição de pesquisa para enfatizar os conceitos influenciar a opinião 
do leitor. Por exemplo, recorrer ao parecer de um médico infectologista para prevenir as pessoas sobre os 
riscos de contrair o novo corona vírus. 
– Argumentação histórica: recorre-se a acontecimentos e marcos da história que remetem ao assunto 
abordado. Exemplo: “A desigualdade social no Brasil nos remete às condutas racistas desempenhadas 
instituições e pela população desde o início do século XVI, conhecido como período escravista.” 
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7
– Argumentação de exemplificação: recorre a narrativas do cotidiano para chamar a atenção para um 
problema e, com isso, auxiliar na fundamentação de uma opinião a respeito. Exemplo: “Os casos de feminicídio 
e de agressões domésticas sofridas pelas mulheres no país são evidenciados pelos sucessivos episódios de 
violência vividos por Maria da Penha no período em que ela esteve casada com seu ex-esposo. Esses episódios 
motivaram a criação de uma lei que leva seu nome, e que visa à garantia da segurança das mulheres.” 
– Argumentação de comparação: equipara ideias divergentes com o propósito de construir uma perspec-
tiva indicando as diferenças ou as similaridades entre os conceitos abordados. Exemplo: No reino Unido, os 
desenvolvimentos na educação passaram, em duas décadas, por sucessivas políticas destinadas ao reconhe-
cimento do professor e à sua formação profissional. No Brasil, no entanto, ainda existe um um déficit na forma-
ção desses profissionais, e o piso nacional ainda é muito insuficiente.” 
– Argumentação por raciocínio lógico: recorre-se à relação de causa e efeito, proporcionando uma 
interpretação voltada diretamente para o parecer defendido pelo emissor da mensagem. Exemplo: “Promover o 
aumento das punições no sistema penal em diversos países não reduziu os casos de violência nesses locais, 
assim, resultados semelhantes devem ser observados se o sistema penal do Brasil aplicar maiores penas e 
rigor aos transgressores das leis.” 
Os gêneros argumentativos
– Texto dissertativo-argumentativo: esse texto apresenta um tema, de modo que a argumentação é um 
recurso fundamental de seu desenvolvimento. Por meio da argumentação, o autor defende seu ponto de vista 
e realiza a exposição de seu raciocínio. Resenhas, ensaios e artigos são alguns exemplos desse tipo de texto. 
– Resenha crítica: a argumentação também é um recurso fundamental desse tipo de texto, além de se 
caracterizar pelo pelo juízo de valor, isto é, se baseia na exposição de ideias com grande potencial persuasivo.
– Crônica argumentativa: esse tipo de texto se assemelha aos artigos de opinião, e trata de temas e 
eventos do cotidiano. Ao contrário das crônicas cômicas e históricas, a argumentativa recorre ao juízo de valor 
para acordar um dado ponto de vista sempre com vistas ao convencimento e à persuasão do leitor. 
– Ensaio: por expor ideias, pensamentos e pontos de vista, esse texto caracteriza-se como argumentati-
vo. Recebe esse nome exatamente por estar relacionado à ação de ensaiar, isto é, demonstrar as proposições 
argumentativas com flexibilidade e despretensão. 
– Texto editorial: dentre os textos jornalísticos, o editorial é aquele que faz uso da argumentação, pois se 
trata de uma produção que considera a subjetividade do autor, pela sua natureza crítica e opinativa.
– Artigos de opinião: são textos semelhantes aos editoriais, por apresentarem a opinião ao autor acerca de 
assuntos atuais, porém, em vez deuma síntese do tema, esses textos são elaborados por especialistas, pois 
seu objetivo é fazer uso da argumentação para propagar conhecimento. 
Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais são dois conceitos distintos, cada qual com 
sua própria linguagem e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão da estrutura linguística, 
enquanto os gêneros textuais têm sua classificação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros são 
variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos dos tipos textuais. A definição de um gênero 
textual é feita a partir dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica. Logo, para cada tipo 
de texto, existem gêneros característicos. 
Como se classificam os tipos e os gêneros textuais
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças e são amplamente flexíveis. Os principais 
gêneros são: romance, conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio de restaurante, lista 
de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto 
com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais são: narrativo, descritivo, dissertativo, 
expositivo e injuntivo. Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto as tipologias integram 
o campo das formas, da teoria. Acompanhe abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se 
inserem em cada tipo textual:
Apostila gerada especialmente para: valdo santos 836.271.703-34
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Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses 
textos se caracterizam pela apresentação das ações de personagens em um tempo e espaço determinado. Os 
principais gêneros textuais que pertencem ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas e 
fábulas.
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem lugares ou seres ou relatam acontecimentos. 
Em geral, esse tipo de texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, em termos de gêneros, 
abrange diários, classificados, cardápios de restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir ideias utilizando recursos de definição, 
comparação, descrição, conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, jornais, resumos 
escolares, entre outros, fazem parte dos textos expositivos. 
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo de apresentar um assunto recorrendo a 
argumentações, isto é, caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é composta por introdução, 
desenvolvimento e conclusão. Os textos argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e abaixo-
assinado.
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma 
que o emissor procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de verbos no modo imperativo é 
sua característica principal. Pertencem a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais de 
instruções, entre outros.
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir o leitor em relação ao procedimento. Esses 
textos, de certa forma, impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele siga o que diz o texto. 
Os gêneros que pertencem a esse tipo de texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.
Tipos textuais: informativo, publicitário, propagandístico, normativo, didático e divina-
tório; características específicas de cada tipo
Texto Informativo 
Sua função é ensinar e informar, esclarecendo dúvidas sobre um tema e transmitindo conhecimentos. Este 
tipo de texto é comum em jornais, livros didáticos, revistas, etc.
As características do texto informativo são:
- Escrito em 3ª pessoa, em prosa.
- Apresenta informações objetivas e reais a respeito de um tema.
- É um texto que evita ser ambíguo, não fazendo uso de figuras de linguagem, utilizando a linguagem de-
notativa.
- A opinião pessoal do autor não se reflete no texto.
- Há a citação de fontes, que garantem a credibilidade, e o texto apresenta caráter utilitário e prático.
O conteúdo deste tipo de texto é mais importante que sua estrutura. O objetivo do texto é a transmissão de 
conhecimento sobre determinado tema, por isso o texto informativo pode apresentar diversos recursos, como 
gráficos, ilustrações, tabelas, etc.
Texto Didático
Esse tipo de texto possui objetivos pedagógicos e está disposto de uma forma a que qualquer leitor tenha 
a mesma conclusão. Sua construção dá-se de maneira conceitual, visando a necessidade de compreensão do 
assunto exposto por parte do interlocutor.
A linguagem de um texto didático não é figurativa, mas sim própria, utilizando os termos de maneira exata. 
A apresentação das informações pode considerar, ou não, os conhecimentos prévios do leitor. Trata-se de um 
tipo textual muito utilizado em artigos científicos e livros didáticos.
Algumas características desse tipo de texto são: impessoalidade, objetividade, coesão, abordagem que 
permite uma interpretação única e específica.
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Gêneros Textuais e Gêneros Literários
Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se referem a qualquer tipo de texto, enquanto os gê-
neros literários se referem apenas aos textos literários.
Os gêneros literários são divisões feitas segundo características formais comuns em obras literárias, agru-
pando-as conforme critérios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros.
- Gênero lírico;
- Gênero épico ou narrativo;
- Gênero dramático.
Gênero Lírico
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à do 
autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os 
verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem.
Elegia
Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. 
O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom 
exemplo é a peça Roan e Yufa, de William Shakespeare.
Epitalâmia
Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom 
exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
Ode (ou hino)
É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à 
mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical.
Idílio (ou écloga) 
Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá 
ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado 
da amada (pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio 
com diálogos (muito rara).
Sátira
É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte 
sarcasmo, pode abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assuntos políticos, ou pessoas de 
relevância social.
Acalanto
Canção de ninar.
Acróstico
Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase. Ex.:
Amigos são
Muitas vezes os
Irmãos que escolhemos.
Zelosos, eles nos
Ajudam e
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Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira e 
Eterna
https://www.todamateria.com.br/acrostico/
Balada
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico 
e refrão vocal que se destinam à dança.
Canção (ou Cantiga, Trova)
Poema oral com acompanhamento musical.
Gazal (ou Gazel)
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio.
Soneto
É um textoem poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos.
Vilancete
São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto. 
Gênero Épico ou Narrativo
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. 
Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do gênero literário 
narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, 
o conto, a crônica, a fábula. 
Épico (ou Epopeia)
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventu-
ras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valoriza-
ção de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero.
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e 
filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. 
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófi-
co, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos 
ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.
Gênero Dramático
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a 
história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens 
nas cenas.
Tragédia
É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que 
a tragédia era “uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, 
com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror”. Ex.: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Farsa
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos como o absurdo, as incongruên-
cias, os equívocos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o engano.
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Comédia
É a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está 
ligada às festas populares.
Tragicomédia
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real 
com o imaginário.
Poesia de cordel
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diver-
sos da sociedade e da realidade vivida por este povo.
Textos publicitários
“Os textos publicitários são aqueles que têm o objetivo de anunciar alguma coisa, fazer com que uma infor-
mação torne-se pública, desde uma campanha de vacinação até os anúncios de produtos e/ou prestação de 
serviços. Podemos encontrar os textos publicitários circulando em diversos suportes de comunicação, como os 
midiáticos (televisão, internet e rádio) e jornalísticos (jornais, revistas), e espalhados pelas vias urbanas (outdo-
ors, pontos de ônibus, postes de iluminação pública etc.).
Linguagem
Podemos dizer que a linguagem, sobretudo no que se refere à sua função e ao tipo, é a característica mais 
relevante dos textos publicitários, já que se trata do principal recurso que o autor da peça (texto) publicitária tem 
para que os efeitos de sentido gerados sejam aqueles desejados pelo autor para alcançar os leitores.
Quanto à função da linguagem dos textos publicitários, ela pode ser abordada de várias formas: linguagem 
referencial (quando o texto tem o objetivo de divulgar uma informação real), linguagem emotiva (quando o texto 
pretende alcançar seu objetivo por meio da emotividade dos leitores) e linguagem apelativa ou conativa (quan-
do o texto tem o objetivo de convencer alguém a fazer ou comprar alguma coisa, é conhecida como retórica).
Com relação ao tipo de linguagem, os textos publicitários podem ser criados a partir das linguagens verbal 
(oral ou escrita), não verbal (imagens, fotografias, desenhos) e mista (verbal e não verbal).
É relevante ressaltarmos também que a linguagem dos textos publicitários é pensada no sentido de atingir 
um grande número de interlocutores, ou seja, as massas, e, por essa razão, deve ser de fácil compreensão, 
objetiva, simples e acessível a interlocutores de todos as classes e faixas etárias.
Criatividade
De maneira geral, para conseguir causar efeitos de sentido e seduzir, chamar a atenção dos interlocutores, 
os autores das peças publicitárias fazem trocadilhos e trabalham as linguagens verbal e não verbal de maneira 
criativa.
Objetividade
Geralmente, os textos publicitários têm extensão bem reduzida, já que circulam em suportes cujo espaço 
também é reduzido e o valor de cada anúncio depende de seu tamanho. A seção dos classificados de jornal, 
que é um exemplo de texto publicitário, é um bom exemplar para que possamos observar essa característica. 
Outro exemplo que ilustra a objetividade dos textos publicitários é a criação de slogan (uma frase curta e de 
fácil memorização) ou manchetes, os quais resumem em um único enunciado as informações e os objetivos 
do texto.
Exemplos de slogan:
- “Cheetos, é impossível comer um só. (Elma Chips)
- Vem pra Caixa você também. Vem! (Caixa Econômica Federal)
- A rádio que toca notícias, só notícias. (Rádio CBN)
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Publicidade e o público
Em virtude de seu caráter persuasivo e pelo fato de alcançar as grandes massas, o texto publicitário exerce 
grande influência e poder sobre o público. Esse texto promove o compartilhamento de ideias, produtos e servi-
ços e, de certa forma, orientações ideológicas.
Devido ao seu papel importante na nossa cultura, existe uma autorregulamentação para a divulgação/publi-
cação de textos publicitários, a qual define limites de atuação e aprovação (ou não) quanto à veiculação de al-
guns anúncios. Essa autorregulamentação é necessária porque, conforme o Código de Defesa do Consumidor 
(CDC), os textos publicitários respondem pela qualidade dos produtos e serviços que estão sendo oferecidos, 
portanto, não devem realizar propaganda enganosa, que é crime.
Ainda de acordo com o CDC, propaganda enganosa significa qualquer modalidade de informação falsa, 
capaz de induzir o consumidor ao erro no que diz respeito à natureza, característica, qualidade, quantidade, 
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
Estrutura do texto publicitário
O texto publicitário é composto, muitas vezes, por imagem, título, texto, assinatura e slogan. A assinatura 
é o nome do produto/serviço e do anunciante. Slogan, como já dissemos, é um enunciado conciso e de fácil 
associação ao produto e lembrança do leitor. O título/headline é um enunciado breve com o objetivo de captar a 
atenção do leitor, incitando sua curiosidade. O texto deve incitar no consumidor o interesse, o desejo por aquilo 
que está sendo oferecido/anunciado.
A extensão do texto publicitário depende da intencionalidade discursiva do autor/anunciante e do espaço 
disponível/sugerido pelo suporte de circulação no qual o texto será veiculado: jornal, revista, outdoors, jingles 
em rádio (aliado à musicalidade), redes sociais, sites etc.
Vertentes do texto publicitário
Existem duas vertentes filosóficas do texto publicitário, ambas com origens filosóficas: a apolínea e a dio-
nisíaca.
Apolínea
A vertente apolínea visa ao desenvolvimento de textos que remetem à individualização, ou seja, descreven-
do e/ou narrando, como ocorre com as artes plásticas, fotografia e narração de histórias.
Dionísica
A vertente dionisíaca busca despertar sentimentos diversos em seus leitores/interlocutores para que assim 
possa criar empatia, contradição, terror, carinho etc. Geralmente, para causar esses efeitos,a música, a dra-
matização e a expressividade corporal são utilizadas.
Características do texto propagandístico
Os textos propagandísticos/publicitários, como o próprio nome já diz, têm como objetivo principal a propa-
ganda. Através desta, anuncia-se um determinado produto, ideia, benefício, movimento social, partido, entre 
outros. Como seu objetivo é convencer, é natural que a função apelativa da linguagem se destaque neste gê-
nero textual.
Sendo o objetivo persuadir o receptor, o texto publicitário, a fim de chamar a atenção, apresenta um pro-
duto ou serviço ao consumidor, promove sua venda ou garante a boa imagem da marca explicando por que 
o produto é bom e, ao mesmo tempo, estimulando a possuí-lo e depois comprar. No entanto, isso não é feito 
aleatoriamente.
Toda propaganda tem um público-alvo, sempre voltado para uma pessoa ou coletividade, com base em 
dados como idade, condição socioeconômica, escolaridade, costumes e hábitos de consumo.
Para atingir o seu propósito, os textos publicitários costumam utilizar verbos no modo imperativo e contam 
com outras estratégias argumentativas. A boa propaganda trabalha com uma linguagem sugestiva por meio 
da ambiguidade, da ironia, do jogo de palavras e de subentendidos, ou seja, vários formatos conotativos que 
fazem com que o público perceba a sutileza da inteligência dos textos.
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Estrutura do texto propagandístico
Título: É composto de pequenas frases atrativas, com o objetivo de chamar a atenção do leitor.
Imagem: Apresentam uma imagem, cuidadosamente trabalhada e selecionada, que vai muito além do mero 
papel de ilustração. Nesse gênero textual, a imagem tem um papel persuasivo importante e dialoga com a parte 
escrita.
Corpo do texto: Nele, o anunciante desenvolve melhor sua ideia, demonstrando um pouco mais as quali-
dades e vantagens do produto. Normalmente, o vocabulário é adequado ao público para o qual é destinado, 
contendo frases também atraentes.
Identificação do produto ou marca: A maioria dos anunciantes desenvolve um slogan para que o consumidor 
identifique a marca. Certamente você conhece inúmeros exemplos, como músicas que ficam na cabeça.
Gênero normativo
Os textos normativos são considerados como textos regulatórios capazes de sistematizar leis e códigos que 
asseguram nossos direitos e deveres. Esta modalidade textual também regula as normas funcionais de uma 
determinada comunidade, instituição, igreja, escola, empresas privadas ou instituições públicas. Atualmente 
viver em sociedade significa seguir regras e respeitar normas, não é verdade? Regras de como conviver com 
outras pessoas. Regras para se ter segurança no trânsito. Respeitar normas de boa convivência no trabalho ou 
na escola. Formais ou informais. No entanto, muitas vezes para que uma regra seja respeitada é necessário um 
registro, desta forma protocolos, portarias e editais são claros exemplos de textos normativos.
Os textos normativos e legais devem ser claros, de modo a não causar problemas de compreensão para 
o público a quem ele se destina. Deve ser objetivo e centra-se na regulamentação do que está em questão, 
podendo ser relações de convivência, trabalho e comércio.
Em nosso cotidiano, temos inúmeros exemplos de textos normativos, dentre eles ressaltamos:
• Um contrato de trabalho ou compra e venda
• O código de defesa do consumidor
• As leis de trânsito
• A Constituição Federal
• A Declaração Universal dos Direitos Humanos
• Diário Oficial
• ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
• Estatuto do idoso 
Os textos normativos são fundamentais para relações humanas e acima de tudo são considerados como 
gêneros que asseguram nossos direitos e deveres.
Texto divinatório
Função - prever.
Modelos - horóscopo, oráculos. 
Fontes: brasilescola.uol.com.br
descomplica.com.br
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Textos literários e não literários
Detecção de características e pormenores que identifiquem o texto dentro de um estilo de época
Principais características do texto literário
Há diferença do texto literário em relação ao texto referencial, sobretudo, por sua carga estética. Esse tipo 
de texto exerce uma linguagem ficcional, além de fazer referência à função poética da linguagem. 
Uma constante discussão sobre a função e a estrutura do texto literário existe, e também sobre a dificul-
dade de se entenderem os enigmas, as ambiguidades, as metáforas da literatura. São esses elementos que 
constituem o atrativo do texto literário: a escrita diferenciada, o trabalho com a palavra, seu aspecto conotativo, 
seus enigmas.
A literatura apresenta-se como o instrumento artístico de análise de mundo e de compreensão do homem. 
Cada época conceituou a literatura e suas funções de acordo com a realidade, o contexto histórico e cultural e, 
os anseios dos indivíduos daquele momento. 
Ficcionalidade: os textos baseiam-se no real, transfigurando-o, recriando-o. 
Aspecto subjetivo: o texto apresenta o olhar pessoal do artista, suas experiências e emoções.
Ênfase na função poética da linguagem: o texto literário manipula a palavra, revestindo-a de caráter artístico. 
Plurissignificação: as palavras, no texto literário, assumem vários significados. 
Principais características do texto não literário
Apresenta peculiaridades em relação a linguagem literária, entre elas o emprego de uma linguagem con-
vencional e denotativa.
Ela tem como função informar de maneira clara e sucinta, desconsiderando aspectos estilísticos próprios 
da linguagem literária.
Os diversos textos podem ser classificados de acordo com a linguagem utilizada. A linguagem de um texto 
está condicionada à sua funcionalidade. Quando pensamos nos diversos tipos e gêneros textuais, devemos 
pensar também na linguagem adequada a ser adotada em cada um deles. Para isso existem a linguagem lite-
rária e a linguagem não literária. 
Diferente do que ocorre com os textos literários, nos quais há uma preocupação com o objeto linguístico 
e também com o estilo, os textos não literários apresentam características bem delimitadas para que possam 
cumprir sua principal missão, que é, na maioria das vezes, a de informar. Quando pensamos em informação, 
alguns elementos devem ser elencados, como a objetividade, a transparência e o compromisso com uma lin-
guagem não literária, afastando assim possíveis equívocos na interpretação de um texto. 
Tipologia da frase portuguesa. Estrutura da frase portuguesa: operações de desloca-
mento, substituição, modificação e correção. Problemas estruturais das frases. Organi-
zação sintática das frases: termos e orações. Ordem direta e inversa
Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao estudo da ordenação das palavras em uma frase, 
das frases em um discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem entre si. Sempre que 
uma frase é construída, é fundamental que ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo 
receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e orações, a sintaxe é essencial para que essa 
compreensão se efetive. Para que se possa compreender a análise sintática, é importante retomarmos alguns 
conceitos, como o de frase, oração e período. Vejamos:
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Frase 
Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo que possui sentido integral, podendo ser 
constituída por somente uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou não (frase nominal). 
Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu 
discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. 
A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a disposição das palavras na frase também é 
fundamental para a compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da Língua Portuguesa. 
Observe que a frase “A professora já vai falar.” Pode ser modificada para, porexemplo, “Já vai falar a professora.” 
, sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a já professora vai.” , apesar da combinação 
das palavras, não poderá ser compreendida pelo interlocutor. 
Oração
É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode 
ser uma oração, desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem sempre consta em uma 
oração, assim como o sentido completo. O importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. 
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. 
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não contém verbo. 
2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase como oração. 
Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma oração é formada por cada um dos termos, que, 
por sua vez, estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No exemplo supracitado, a palavra 
“quero” deve unir-se às palavras “Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem. Dessa forma, 
cada palavra desta oração recebe o nome de termo ou unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma 
função sintática diferente.
Classificação das orações: as orações podem ser simples ou compostas. As orações simples apresentam 
apenas uma frase; as compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração. Analise os exemplos 
abaixo e perceba que a oração composta tem duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido. 
– Oração simples: “Eu quero silêncio.” 
– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o noticiário”. 
Período 
É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com sentido completo. Assim como as orações, 
o período também pode ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número de orações que 
apresenta: o período simples contém apenas uma oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração 
é uma frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à classificação, basta contar quantos 
verbos existentes na frase.
– Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” - apresenta apenas um verbo. 
– Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou ficarei preocupada.” - contém dois verbos. 
 
— Análise Sintática 
É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a estrutura de um período e das orações que 
compõem um período. 
Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem sentido a uma frase verbal. A reunião desses 
elementos forma o que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais se subdividem em: 
essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe a seguir as especificidades de cada tipo. 
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1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual se declara algo, o outro é o que se declara 
sobre o sujeito e, por isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos respectivos exemplos 
a seguir:
Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”, que “fez um lindo discurso” (é o restante da 
oração, a declaração sobre o sujeito). 
Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto), podendo apresentar-se também no meio da 
fase ou mesmo após o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos respectivos casos: 
“Fred fez um lindo discurso.” 
 “Um lindo discurso Fred fez.” 
“Fez um lindo discurso, Fred.” 
– Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela concordância verbal. 
– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”. 
– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos. Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.” 
– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na oração, mas a frase é dotada de entendimento. 
Ex.: “Passamos no teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a concordância do verbo o 
destaca de forma indireta. 
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração e, diferente do caso anterior, não há concordância 
verbal para determiná-lo. 
Esse sujeito pode aparecer com: 
– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”. 
– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se padeiro.”». 
– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você estiver lá.” 
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, e sua mensagem está centralizada no verbo, 
que é impessoal. Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da natureza, ou os verbos ser, 
estar, haver e fazer quando indicativos de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: 
“Choveu muito ontem”. 
“Era uma hora e quinze”.
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, 
por sua vez, também recebem sua classificação, conforme abaixo: 
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante para passar a informação adequada. Em 
outras palavras, é o verbo que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa compreensão, esse 
trânsito do verbo, o complemento pode ser direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e 
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e complemento são unidos por preposição. 
Ex.: “Preciso de dinheiro.”
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, 
nascer, nadar, cair, mergulhar, correr. 
– Verbo de ligação: servem para expressar características de estado ao sujeito, sendo eles: estado 
permanente (“Pedro é alto.”), estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação (“Pedro esteve 
enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). 
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome (substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo 
da oração. Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, e é composto por um verbo de 
ligação mais o predicativo do sujeito. 
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– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: 
em “Marta é inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, é sua característica de estado 
ou qualidade. Isso é comprovado pelo “ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica atual. 
Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo 
um substantivo ou palavra substantivada. 
– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre um predicativo do sujeito associado a uma 
ação do sujeito acrescida de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da aula. Por isso, 
estavam contentes. 
O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair” e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam 
contentes” é o predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”. 
2 – Termos integrantes da oração
Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma oração, atribuindo sentindo a ela. Eles 
podem ser complementos verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva. 
– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos completam o sentido de verbos, e se 
classificam da seguinte forma: 
– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não exigindo preposição. 
– Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos, isto é, aqueles que dependem de preposição 
para que seu sentido seja compreendido. 
Quanto ao objeto direto, podemos ter: 
– Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.” 
– Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o acontecido.” 
– Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou os aparelhos.»
– Complementos Nominais: esses termos completam o sentido de uma palavra, mas não são verbos; sãonomes (substantivos, adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe os exemplos:
– “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que “satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” 
é complemento nominal. 
– “O entregador atravessou rapidamente pela viela. – “rapidamente” é advérbio de modo. 
– “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um substantivo. 
– Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam a ação expressa pelo verbo, quando 
este está na voz passiva. Assim, estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por. Observe os 
exemplos do item anterior modificados para a voz passiva: 
– “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.” 
– “O cachorro foi alvo do meu medo.” 
– “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.” 
3 – Termos acessórios da oração
Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos acessórios não são fundamentais o sentido da 
oração, mas servem para complementar a informação, exprimindo circunstância, determinando o substantivo 
ou caracterizando o sujeito. Confira abaixo quais são eles: 
– Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise 
os exemplos: 
“Dormimos muito.” 
O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”. 
“Ele ficou pouco animado com a notícia.” 
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O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado” 
“Maria escreve bastante bem.” 
O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”. 
Os adjuntos adverbiais podem ser: 
– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc. 
– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc. 
– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de tempo). 
– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo, com função de adjetivo. Em razão disso, pode 
ser representado por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou pronomes adjetivos. Analise 
o exemplo: 
“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega de escola.” 
– Sujeito: “jovem apaixonado” 
– Núcleo do predicado verbal: “presenteou” 
– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” 
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, 
pois caracterizam o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” fazem referência a “buquê” 
(substantivo); o artigo “à” (contração da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os adjuntos 
adnominais de “colega”. 
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para caracterizá-lo, contribuindo para a complementação 
uma informação já completa. Observe os exemplos:
 “Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” 
 “Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” 
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem com sujeito nem com predicado, tendo sua 
função no chamamento ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa do discurso. Os 
vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições 
de apelo. Observe: 
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” 
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” 
“Vista o casaco, filha!” 
— Estudo da relação entre as orações 
Os períodos compostos são formados por várias orações. As orações estabelecem entre si relações de 
coordenação ou de subordinação. 
– Período composto por coordenação: é formado por orações independentes. Apesar de estarem unidas por 
conjunções ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas individualmente porque apresentam 
sentidos completos. Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas:
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os doces.” 
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não preparei os doces.” 
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou preparo os doces.” 
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, logo, passou no exame.” 
– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame porque estudou bastante.” 
– Período composto por subordinação: são constituídos por orações dependentes uma da outra. Como as 
orações subordinadas apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas de forma separada. As 
orações subordinadas são divididas em substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos: 
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– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado que o suspeito era realmente o culpado.” 
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não queria que isso acontecesse.” 
– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É obrigatório de que todos os estudantes sejam 
assíduos.” 
– Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho expectativa de que os planos serão melhores 
em breve!” 
– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa é que meus pais são saudáveis.” 
– Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba disto: que tudo esteja organizado quando eu 
voltar!” 
– Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.” 
– Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão felizes que pulamos de alegria.” 
– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando para que nós chegássemos a casa em 
segurança.” 
– Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu cheguei, eles iniciaram o trabalho.” 
– Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo, espero por você.» 
– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que estivesse cansado, concluiu a maratona.” 
– Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia como se ainda vivesse no interior.”
– Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme combinamos anteriormente, entregarei o produto 
até amanhã.” 
– Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais me exercito, mais tenho disposição.” 
– Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que passou no concurso, mudou-se para o interior.” 
– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
 
Norma culta
A Linguagem Culta ou Padrão
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia 
especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às 
normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. 
É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, 
discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Ouvindo e lendo é que você aprenderá a falar e a escrever bem. Procure ler muito, ler bons autores, para 
redigir bem.
A aprendizagem da língua inicia-se em casa, no contexto familiar, que é o primeiro círculo social para uma 
criança. A criança imita o que ouve e aprende, aos poucos, o vocabulário e as leis combinatórias da língua. 
Um falante ao entrar em contato com outras pessoas em diferentes ambientes sociais como a rua, a escola e 
etc., começa a perceber que nem todos falam da mesma forma. Há pessoas que falam de forma diferente por 
pertencerem a outras cidades ou regiões do país, ou por fazerem parte de outro grupo ou classe social. Essas 
diferenças no uso da língua constituem as variedades linguísticas.
Certas palavras e construções que empregamos acabam denunciando quem somos socialmente, ou seja, 
em que região do país nascemos, qual nosso nível social e escolar, nossa formação e, às vezes, até nossos 
valores, círculo de amizades e hobbies. O uso da língua também pode informar nossa timidez, sobre nossa 
capacidade de nos adaptarmos às situações novas e nossa insegurança.
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A norma culta é a variedade linguística ensinada nas escolas, contida na maior parte dos livros, registros es-
critos, nas mídias televisivas, entre outros. Como variantes da norma padrão aparecem: a linguagem regional, a 
gíria, a linguagem específica de grupos ou profissões. O ensino da língua culta na escola não tem a finalidade 
de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou em nossa comunidade. O domínio da língua 
culta, somado ao domínio de outras variedades linguísticas, torna-nos mais preparados para nos comunicar-
mos nos diferentes contextos lingísticos, já que a linguagem utilizada em reuniões de trabalho não deve ser a 
mesma utilizada em uma reunião de amigos no final de semana.
Portanto, saber usar bem uma língua equivale a saber empregá-la de modo adequado às mais diferentes 
situações sociais de que participamos.
A norma culta é responsável por representar as práticas linguísticas embasadas nos modelos de uso en-
contrados em textos formais. É o modelo que deve ser utilizado na escrita, sobretudo nos textos não literários, 
pois segue rigidamente as regras gramaticais. A norma culta conta com maior prestígio social e normalmente é 
associada ao nível cultural do falante: quanto maior a escolarização, maior a adequação com a língua padrão. 
Exemplo:
Venho solicitar a atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes 
a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta 
que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem 
se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio 
fisiológico de suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. 
A Linguagem Popular ou Coloquial
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical 
e é carregada de vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo – erros 
de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência 
pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular está presente nas 
conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, 
na expressão dos esta dos emocionais etc.
Dúvidas mais comuns da norma culta
Perca ou perda
Isto é uma perda de tempo ou uma perca de tempo? Tomara que ele não perca o ônibus ou não perda o 
ônibus? Quais são as frases corretas com perda e perca? Certo: Isto é uma perda de tempo.
Embaixo ou em baixo
O gato está embaixo da mesa ou em baixo da mesa? Continuarei falando em baixo tom de voz ou embaixo 
tom de voz? Quais são as frases corretas com embaixo e em baixo? Certo: O gato está embaixo da cama
Ver ou vir
A dúvida no uso de ver e vir ocorre nas seguintes construções: Se eu ver ou se eu vir? Quando eu ver ou 
quando eu vir? Qual das frases com ver ou vir está correta? Se eu vir você lá fora, você vai ficar de castigo!
Onde ou aonde
Os advérbios onde e aonde indicam lugar: Onde você está? Aonde você vai? Qual é a diferença entre onde 
e aonde? Onde indica permanência. É sinônimo de em que lugar. Onde, Em que lugar Fica?
Como escrever o dinheiro por extenso?
Os valores monetários, regra geral, devem ser escritos com algarismos: R$ 1,00 ou R$ 1 R$ 15,00 ou R$ 
15 R$ 100,00 ou R$ 100 R$ 1400,00 ou R$ 1400.
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Obrigado ou obrigada
Segundo a gramática tradicional e a norma culta, o homem ao agradecer deve dizer obrigado. A mulher ao 
agradecer deve dizer obrigada. 
Mal ou mau
Como essas duas palavras são, maioritariamente, pronunciadas da mesma forma, são facilmente confundi-
das pelos falantes. Qual a diferença entre mal e mau? Mal é um advérbio, antônimo de bem. Mau é o adjetivo 
contrário de bom.
“Vir”, “Ver” e “Vier”
A conjugação desses verbos pode causar confusão em algumas situações, como por exemplo no futuro do 
subjuntivo. O correto é, por exemplo, “quando você o vir”, e não “quando você o ver”.
Já no caso do verbo “ir”, a conjugação correta deste tempo verbal é “quando eu vier”, e não “quando eu vir”.
“Ao invés de” ou “em vez de”
“Ao invés de” significa “ao contrário” e deve ser usado apenas para expressar oposição.
Por exemplo: Ao invés de virar à direita, virei à esquerda.
Já “em vez de” tem um significado mais abrangente e é usado principalmente como a expressão “no lugar 
de”. Mas ele também pode ser usado para exprimir oposição. Por isso, os linguistas recomendam usar “em vez 
de” caso esteja na dúvida.
Por exemplo: Em vez de ir de ônibus para a escola, fui de bicicleta.
“Para mim” ou “para eu”
Os dois podem estar certos, mas, se você vai continuar a frase com um verbo, deve usar “para eu”.
Por exemplo: Mariana trouxe bolo para mim; Caio pediu para eu curtir as fotos dele.
“Tem” ou “têm”
Tanto “tem” como “têm” fazem parte da conjugação do verbo “ter” no presente. Mas o primeiro é usado no 
singular, e o segundo no plural.
Por exemplo: Você tem medo de mudança; Eles têm medo de mudança.
“Há muitos anos”, “muitos anos atrás” ou “há muitos anos atrás”
Usar “Há” e “atrás” na mesma frase é uma redundância, já que ambas indicam passado. O correto é usar 
um ou outro.
Por exemplo: A erosão da encosta começou há muito tempo; O romance começou muito tempo atrás.
Sim, isso quer dizer que a música Eu nasci há dez mil anos atrás, de Raul Seixas, está incorreta.
Pontuação e sinais gráficos
— Visão Geral
O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais gráficos que, em um período sintático, têm a 
função primordial de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas e, ocasionalmente, manifestar 
as propriedades da fala (prosódias) em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os gestos e 
as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a compreensão da frase. 
O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades: 
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos tipos textuais;
– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
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– Demarcar das unidades de um texto; 
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um enunciado
Vírgula 
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado para indicar que os termos por ela isolados, 
embora compartilhem da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, se, ao contrário, 
houver relação sintática entre os termos, estes não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao 
mesmo tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em outras, ela é vetada. Confira os casos 
em que a vírgula deve ser empregada: 
• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
 
REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos!
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
2 – Isolar o vocativo 
“Crianças, venham almoçar!” 
“Quando será a prova, professora?” 
3 – Separar apostos 
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 
4 – Isolar expressões explicativas: 
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi responsabilizado.” 
5 – Separar conjunções intercaladas 
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: 
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários do setor.” 
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” 
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: 
“Estas alegações, não as considero legítimas.” 
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8 – Separar termoscoordenados assindéticos (não conectadas por conjunções) 
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” 
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. 
10 – Marcar a omissão de um termo: 
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo “fazer”). 
• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas 
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” 
2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas 
pela conjunção “e”: 
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos ajudasse.” 
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a principal: 
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” 
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas ou reduzidas, especialmente as que 
antecedem a oração principal: 
Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!
Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!
5 – Separar as sentenças intercaladas: 
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu leito, até que você se recupere por completo.”
• Antes da conjunção “e”
1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire valores que não expressam adição, como 
consequência ou diversidade, por exemplo. 
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre que a conjunção “e” é reiterada com com 
a finalidade de destacar alguma ideia, por exemplo:
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; e dez meses de combates, e cem dias de 
cancioneiro contínuo; e o esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas apresentam sujeitos distintos, por exemplo: 
“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
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O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito e predicado, verbo e objeto, nome de 
adjunto adnominal, nome e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração substantiva e oração 
subordinada (desde que a substantivo não seja apositiva nem se apresente inversamente). 
Ponto
1 – Para indicar final de frase declarativa: 
“O almoço está pronto e será servido.”
2 – Abrevia palavras: 
– “p.” (página) 
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria) 
– “Dr.” (Doutor) 
3 – Para separar períodos: 
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
Ponto e Vírgula 
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha 
utilizado a vírgula: 
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; nossa amiga, de praticar esportes.”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: 
Mercúrio; 
Vênus; 
Terra; 
Marte; 
Júpiter; 
Saturno; 
Urano;
Netuno.” 
Dois Pontos
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam 
e/ou resumem ideias anteriores. 
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela grande ofensa.” 
2 – Para introduzirem citação direta: 
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“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, 
tudo se transforma’.” 
3 – Para iniciar fala de personagens: 
“Ele gritava repetidamente: 
– Sou inocente!” 
Reticências 
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta sintaticamente: 
“Quem sabe um dia...” 
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: 
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar ainda.” 
3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o objetivo de prolongar o raciocínio: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - 
José de Alencar).
4 – Suprimem palavras em uma transcrição: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner).
Ponto de Interrogação 
1 – Para perguntas diretas: 
“Quando você pode comparecer?” 
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para destacar o enunciado: 
“Não brinca, é sério?!” 
Ponto de Exclamação 
1 – Após interjeição: 
“Nossa Que legal!” 
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva 
“Infelizmente!” 
3 – Após vocativo 
“Ana, boa tarde!” 
4 – Para fechar de frases imperativas: 
“Entre já!” 
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Parênteses 
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases intercaladas de valor explicativo, podendo 
substituir o travessão ou a vírgula: 
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre) 
quem seria promovido.” 
Travessão 
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: 
“O rapaz perguntou ao padre: 
— Amar demais é pecado?” 
2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 
“— Vou partir em breve. 
— Vá com Deus!” 
3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: 
“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: 
“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” 
Aspas 
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, como termos populares, gírias, neologismos, 
estrangeirismos, arcaísmos, palavrões, e neologismos. 
“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.” 
“A reunião será feita ‘online’.” 
2 – Para indicar uma citação direta: 
“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de Assis)
Tipos de discurso
Discurso direto
É a fala da personagem reproduzida fielmente pelo narrador, ou seja, reproduzida nos termos em que foi 
expressa.
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores completamente bêbados, não é?
Foi aí que um dos bêbados pediu:
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é o seu marido que os outros querem ir para 
casa.
(Stanislaw Ponte Preta)
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Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é introduzida por um travessão, que deve estar ali-
nhado dentro do parágrafo.
O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens, conserva características do linguajar de cada 
uma, como termos de gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou cacoetes pessoais.
O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou declarativos ou dicendi) que indicam quem 
está emitindo a mensagem.
Os verbos declarativos ou de elocução mais comuns são:
acrescentar
afirmar
concordar
consentir
contestar
continuar
declamar
determinar
dizer
esclarecer
exclamar
explicar
gritar
indagar
insistir
interrogar
interromper
intervir
mandar
ordenar, pedir
perguntar
prosseguir
protestar
reclamar
repetir
replicar
responder
retrucar
solicitar
Os verbos declarativos podem, além de introduzir a fala, indicar atitudes, estados interiores ou situações 
emocionais das personagens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e outros. Esse efeito pode 
ser também obtido com o uso de adjetivos ou advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente, 
gritou histérica, respondeu irritada, explicou docemente.
Exemplo:
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— O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nossas vidas.
Ao utilizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão) entre as personagens –, você deve optar 
por um dos três estilos a seguir:
Estilo 1:
João perguntou:
— Que tal o carro?
Estilo 2:
João perguntou: “Que tal o carro?” (As aspas são optativas)
Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são optativas)
Estilo 3:
Verbos de elocução no meio da fala:
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o carro.
— Você, retrucou Antônio, está completamente enganado.

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