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EQUIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE VACINAS

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Nos últimos anos, a humanidade se viu exposto a uma grave crise de saúde pública em virtude de uma pandemia causada por um novo tipo de vírus, o Coronavírus, conhecido popularmente como COVID-19. A grande parte dos indivíduos infectados pela COVID exteriorizam quadros leves, entretanto, alguns apresentam contaminações graves, especialmente aqueles com comorbidades, idosos e crianças. Ressalta-se que uma parcela significativa da população infectada não apresenta sintomas (SANTOS et al, 2021).
 A preocupação global com a grave crise econômica e social gerada pela pandemia teve como resultado a elaboração e distribuição de vacinas exitosas. Mesmo com a descoberta da vacina, até o momento a ação mais eficaz para o controle da pandemia, a imunização enfrenta uma série de desafios, com destaque para novas cepas, limitação de doses, fake News, ceticismo público sobre a eficácia e movimento antivacina, esses aspectos negacionistas se propagaram por todas as partes. 
 Nesse cenário, é primordial discutir a equidade na aquisição, distribuição e aplicação das vacinas, pois estas ações são necessárias e estratégicas no controle dos casos graves causados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Vele lembrar que para um controle eficaz da pandemia o governo deve garantir o que consta na constituição, a saber: “Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do estado, assegurado mediante políticas sociais e econômicas que tem como finalidade a redução de doenças” (BRASIL, 1988). É preciso observar também o princípio da igualdade, onde os indivíduos colocados em situações diferentes sejam tratados de forma desigual
 Assim, em se tratando do controle pandêmico, a equidade se faz com o governo garantindo o acesso universal, oportuno e completo das doses de vacinas necessárias para completar o esquema vacinal, através de um esforço mútuo entre gestores, trabalhadores e da população. Desta forma, o governo está garantindo um tratamento isonômico, ou seja, trata igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades. 
 Segundo Nunes e Ribeiro (2021), a equidade está intimamente relacionada a justiça, que suscita na disponibilização de ações de saúde de acordo com as necessidades individuais de cada cidadão, com a finalidade de trazer paridade as assimetrias sociais, econômicas e ambientais. Estes autores apontam que a equidade em saúde é fundamental, entretanto configura-se como um desafio do sistema de saúde, destarte, todo e qualquer entrave para a efetivação da equidade precisa ser enfrentado. 
 No que concerne a pandemia de COVID-19 Nunes e Ribeiro (2021), afirmam que há uma urgência em políticas equânimes, visto que elas podem reduzir as desigualdades. Nesse sentido, é preciso pensar em estratégias em que haja uma distribuição de vacinas mais rápida, satisfatória e em uma quantidade que atenda a todos, principalmente para regiões com recursos limitados. Com isso tem-se uma igualdade de distribuição entre grupos sociais mais vulneráveis. Entretanto é preciso deixa claro que para se alcançar uma imunização bem-sucedida é necessário dar oportunidades justas e ética a todos. 
 Por fim destaca-se que alguns passos são determinantes para se alcançar a equidade plena na imunização contra COVID, entre eles Lima, Faria e Kfouri, relatam que o desenvolvimento, a aprovação, a fabricação e a distribuição de vacinas seguras e eficazes são passos primordiais para conter a pandemia, além disso, essas medidas diminuem a sobrecarga dos serviços de saúde. 
REFERENCIAS 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
NUNES CP, RIBEIRO GR. Equidade e vulnerabilidade em saúde no acesso às vacinas contra a COVID-19. Rev Panam Salud Publica. v. 46, n. 31, p. 10, 2022.
LIMA EJ, FARIA SM E KFOURI RA. Equidade e vulnerabilidade em saúde no acesso às vacinas contra a COVID-19. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, v. 30, n. 4, p. 20, 2021.
OLIVEIRAWK, et al. Como o Brasil pode deter a COVID-19. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, v. 29, n. 2, p. 44, 2020.

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