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Aula 05

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O BACEN 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
AULA 5 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Na aula de hoje, focalizaremos a relação existente entre as 
orações que compõem o período. Nessa relação, as conjunções têm um 
papel importante. Será preciso lançar mão de conceitos sobre oração e 
período. Lembra-se de que na aula anterior iniciei minhas explicações 
esclarecendo o que é uma oração e o que é um período? Se você ainda tem 
dúvidas de reconhecê-los, deve reler a aula 4. Se precisar, utilize também 
outros recursos didáticos (livros, apostilas, resumos etc.). 
Você perceberá que a Cesgranrio (como a maioria das bancas 
examinadoras) não está dando ênfase às nomenclaturas das orações, mas 
sim ao valor semântico delas em relação ao período. 
Tenho notado que muitos alunos sentem dificuldades de 
responder às questões de provas sobre orações porque desconhecem suas 
conjunções características e classificações. Sou contra aquele tipo de 
“decoreba” a que normalmente nos sujeitamos durante os tempos escolares. 
Você se deparará – só para dar um exemplo – com casos em que uma 
conjunção tipicamente adversativa introduz uma oração de valor semântico 
aditivo, e vice-versa. 
Admito, porém, que há significativa importância nos estudos 
“cartezianos” das orações. Alguns professores tornam esse assunto mais 
difícil de ser compreendido porque partem do princípio de que seus alunos já 
vão para a sala de aula sabendo classificar cada oração, reconhecendo suas 
características e valores semânticos. Não pretendo incorrer em equívoco 
semelhante, por isso iniciarei explicando cada uma delas separada e 
detalhadamente. 
De início, você deve observar que as orações surgem 
organizadas em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou 
composto. Será simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou 
uma locução verbal), caso em que a oração será dita oração absoluta. 
 
 
 
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Vive-se um momento social delicado. 
Os alunos continuam estudando. 
Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso 
em que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade 
(coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas. 
Eu vou à escola; você, à praia. 
A primeira observação a ser feita sobre o exemplo acima é que o 
verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela vírgula, já 
que esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda, perceba, 
é que as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a 
coordenação entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o 
elemento “co”, que traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras 
palavras, não há o exercício de uma função sintática (sujeito, objeto, 
adjunto adnominal etc.) por qualquer das orações do período. 
É necessário que vocês estudem. 
A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações: 
“É necessário” e “que vocês estudem”. Alguém já deve ter percebido que o a 
primeira oração é constituída por um verbo de ligação (SER) e por um termo 
(“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde 
está o sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração 
(“que vocês estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque 
a frase na ordem direta: 
Que vocês estudem é necessário. 
 
 
 
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Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom artifício: 
substitua a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim: 
Isso é necessário. 
Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela 
oração “Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha 
alguma função sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de 
subordinação. Note que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo “sub”, 
tradutor da noção de posição abaixo, dependência. 
Vezes há em que, em um mesmo período, as orações que o 
compõem articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada. 
Eu disse que trabalho e estudo. 
As duas últimas orações (“que trabalho e estudo”) 
subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o 
significado do verbo “disse” (o que?), exercendo a função sintática de objeto 
direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações 
estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se 
à segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto, 
ou seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo. 
Bem, já que falamos na relação coordenada entre orações, 
precisamos agora estudar as classificações e os valores semânticos de cada 
uma delas. Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá 
por meio de um conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos 
uma coordenação sindética (o vocábulo síndeto significa conjunção) entre 
orações. Caso a resposta seja negativa, estaremos de uma coordenação 
assindética (sem conjunção). Averiguemos! 
 
 
 
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ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS E SINDÉTICAS 
As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem 
conjunção são chamadas assindéticas. Diferentemente, as orações 
coordenadas sindéticas são conectadas por uma conjunção que recebe 
nome semelhante ao da oração. 
Lá estava, lá fiquei. (coordenada assindética, sem conjunção) 
Sentou e olhou ao redor. (coordenada sindética, com conjunção) 
Estudou, mas não passou. (coordenada sindética, com 
conjunção) 
ATENÇÃO! 1 – Costuma-se chamar coordenada inicial a primeira oração 
de um período composto por coordenação. 
2 – O mesmo período pode ser composto por orações 
coordenadas assindéticas e sindéticas. 
“Vi, vim e venci.” (a segunda oração – “vim” – coordena-se à 
primeira sem conjunção; a terceira – “e venci” – articula-se por meio da 
conjunção “e”). 
• CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
a) Aditivas – indicam fatos sequenciais, dando a ideia de soma. 
Ela falava, e eu ouvia. 
Nossas crianças não fumam nem bebem. 
Ele não só passou no concurso, mas também tirou o primeiro 
lugar. (esta é uma estrutura aditiva enfática) 
 
 
 
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1. (Cesgranrio/ANP/Analista Administrativo/2008) Os períodos abaixo 
contêm duas idéias contrastantes, SALVO 
(A) “...o Brasil deixou de ser um colônia fechada e atrasada para se tornar 
uma país independente.” (l. 5-7) 
(B) “... o balanço que a maioria dos estudiosos faz de D. João VI tende a 
ser positivo, apesar de todas as fraquezas pessoais do rei.” (l. 7-9) 
(C) “Não só pelo fato de elevar o Brasil a reino, mas também, e sobretudo, 
por lhe dar [...] as estruturas de uma nação propriamente dita.” (l. 16-
19) 
(D) “Apesar da relutância em fazer conjecturas, boa parte dos historiadores 
concorda que o país simplesmente não existiria na sua forma atual.” (l. 
23-25) 
(E) “...a Independência e a República teriam vindo mais cedo, mas a antiga 
colônia portuguesa se fragmentaria em um retalho de pequenos países 
autônomos,” (l. 25-28) 
Comentário – Nas alternativas B, D e E, as ideias contrastantes saltam aos 
olhos por causa da utilização dos conectivos apesar de e mas, cujos valores 
semânticos são de adversidade, oposição. Na alternativa A, mesmo sem a 
presença de conectivos semelhantes, o sentido contrastante é mantido em 
virtude da comparação entre a situação anterior e a atual do país. 
O par correlato não só... mas (ou como) também... exprime 
adição de ideias. 
Resposta– C 
b) Adversativas – exprimem fatos opostos ao que se declara na 
oração coordenada anterior; ideia de contraste. 
Apressou-se, contudo não chegou a tempo. 
 
 
 
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Principais conjunções e locuções: mas, porém, todavia, entretanto, no 
entanto, não obstante. 
(...) 
As visitas no hospital acontecem em média 
duas vezes por mês, mas o grupo pretende expandir a 
35 periodicidade das visitas. “Nós temos um carinho muito 
grande pelo Vital Brazil e já está em fase de discussão 
estabelecer um “plantão” aqui, para que possamos mar-
car presença com mais frequência no HMVB”, expli- 
 ca Lúcio. 
(Adaptado) 
Disponível em: http://www.plox.com.br/caderno/ci%C3%AAncia-esa% 
C3%BAde/terapia-do-humor-em-hospital-com-doutores-do-riso 
2. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) Em “As visitas 
no hospital acontecem em média duas vezes por mês, mas o grupo 
pretende expandir a periodicidade das visitas.” (l. 33-35), o conectivo 
destacado só NÃO pode ser substituído, devido a alterar o sentido 
original, por: 
(A) não obstante. 
(B) no entanto. 
(C) todavia. 
(D) contudo. 
(E) porquanto. 
Comentário – Com exceção de porquanto, todas as outras integram 
orações de valor semântico adversativo. Elas denotam ideias contrárias. 
Estabelecem uma oposição ou ressalva entre a oração anterior e a posterior. 
As orações articuladas pela conjunção porquanto 
classificam-se como coordenadas explicativas (Estudem, porquanto a 
 
 
 
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concorrência será acirrada), ou subordinadas causais (O concurso foi 
anulado porquanto o gabarito fora vendido). 
Uma explicação é posterior ao fato que a gerou; uma causa 
é sempre anterior à consequência gerada. Além disso, as orações 
explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou optativas. 
Fica aqui uma dica: porquanto = porque (subordinativa 
causal ou coordenativa explicativa) não deve ser trocada por conquanto 
(subordinativa concessiva). Parece bobagem, mas os examinadores gostam 
de explorar essas diferenças em provas. 
Falar de si 
Falar mal do outro parece fácil de entender. Mais 
que fazer uma crítica negativa, é intensificar a crítica 
ao ponto de, por meio dela, destruir o objeto criticado. 
Porém aquele que fala, mal ou bem, sempre fala de si 
5 mesmo. (...) 
TIBURI, Márcia. Revista vida simples. dez. 2008, 
pp.62-63. (Fragmento). 
3. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) “Porém 
aquele que fala, mal ou bem, sempre fala de si mesmo.” (l. 4-5). 
Por qual conector a conjunção destacada acima pode ser substituída 
sem que haja alteração de sentido? 
(A) Logo. 
(B) Pois. 
(C) Entretanto. 
(D) Porquanto. 
(E) Quando. 
 
 
 
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Comentário – O conector (ou conjunção) destacado introduz segmento de 
valor semântico adversativo e integra o mesmo conjunto que as conjunções 
entretanto, mas, todavia, no entanto, contudo. 
A conjunção logo introduz oração conclusiva, assim como: 
portanto, por isso, por conseguinte. 
Pois pode dentar conclusão ou explicação, mas nunca 
contrariedade. Terá valor conclusivo quando surgir depois do verbo da 
oração que integra, destacada pela pontuação: 
Estudou intensamente; tirou, pois, o primeiro lugar. 
Seu valor explicativo será ressaltado quando surgir antes do verbo, ligado a 
ele sem a interferência da vírgula: 
Precisava tirar o primeiro lugar, pois estudou 
intensamente. 
Cuidado também com o conectivo porquanto. Pode ele 
designar uma explicação: 
A criança devia estar doente, porquanto chorava bastante. 
ou uma causa: 
Não foi premiado, porquanto a isso não fez jus. 
A resposta correta dependerá do período sob análise. 
A conjunção subordinativa adverbial quando exprime 
circunstância de tempo: 
Quando ele chegou, ela já tinha ido embora. 
Resposta – C 
c) Alternativas – exprimem fatos que se alternam ou se excluem 
mutuamente. 
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Ora respondia, ora ficava mudo. 
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. 
ATENÇÃO! Embora a conjunção apareça na oração coordenada inicial, ela 
não é classificada como sindética alternativa. 
Principais conjunções: ou... ou...; ora... ora...; já... já...; quer... quer...; 
seja... seja... 
d) Conclusivas – expressam uma conclusão lógica que é obtida a 
partir dos fatos expressos na oração anterior. 
Ele estuda; passará, pois. 
ATENÇÃO! A conjunção pois tem valor semântico conclusivo quando 
aparecer após o verbo da oração em que surge. Antes dele, porém, ela 
integrará oração de cunho explicativo. 
Principais conjunções e locuções: logo, pois, portanto, por conseguinte, por 
isso, de modo que, em vista disso. 
e) Explicativa – expressam a justificativa de uma ordem, 
suposição ou sugestão. 
Fique calmo, pois ele já vem. 
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. 
ATENÇÃO! Não devemos confundir explicação com causa, isto é, orações 
coordenadas sindéticas explicativas com orações subordinadas adverbiais 
causais. Uma explicação é sempre posterior ao fato que a gerou; uma causa 
 
 
 
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é sempre anterior à consequência gerada. Além disso, as orações 
explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou optativas. 
Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo da 
oração explicativa) 
WILLY. Tribuna da Imprensa (RJ), 02 abr. 05. 
4. (Cesgranrio/Funasa/Administrador/2009) A primeira frase do 
personagem pode ser lida como uma hipótese formulada a partir da fala 
que faz a seguir. Apesar de não estarem ligadas por um conectivo, 
pode-se perceber a relação estabelecida entre as duas orações. O 
conectivo que deve ser usado para unir essas duas orações, mantendo 
o sentido, é 
(A) embora. 
(B) entretanto. 
(C) logo. 
(D) se. 
(E) pois. 
Comentário – A frase final do personagem (“É o pais que mais faz 
economia em saúde, educação, habitação...”) serve como motivo ou 
justificativa para a suposição formulada anteriormente. Unindo os dois 
segmentos em apenas um período, a conjunção adequada para que a 
relação entre elas seja mantida é “pois”. 
 
 
 
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Embora e entretanto denotam relações contrastantes, 
conflituosas. A primeira surge com frequência nas orações subordinadas 
adverbiais concessivas; a segunda, nas coordenadas adversativas. Logo 
integra segmento de valor semântico conclusivo, isto é, denota o desfecho 
natural de um fato. Se estabelece a condição para que algo se concretize. O 
emprego dessas conjunções não preservaria a coerência argumentativa 
original. 
Resposta – E 
5. (ESAF/Pref. de Natal-RN/Auditor do Tesouro/2008- adaptada) Julgue a 
proposição seguinte a respeito do emprego das estruturas lingüísticas 
no texto. 
A linguagem da mídia é uma das mais constantes 
formas de comunicação a que as pessoas têm acesso. 
Com os avanços da tecnologia, a produção de notícias 
escritas e faladas invade nosso cotidiano. O noticiário 
5 tem um papel social e político, assim como educacional: 
ao estarmos expostos a ele fazemos conexões e 
tentamos entender e explicar como acontecimentos 
relatados na mídia se relacionam com nossas vidas e 
com a sociedade como um todo. Entretanto, notícias 
10 são relatos de fatose não o fato em si. (...) 
(Carmen Rosa Caldas-Coulthard. A imprensa britânica e a representação 
da América Latina: recontextualização textual e prática social) 
O sinal de dois-pontos depois de “educacional” (l.5) introduz uma 
explicação; por isso poderia ser substituído por uma vírgula seguida de 
porque. 
 
 
 
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Comentário – É verdade o que se afirma. O segmento após os dois-pontos 
serve de explicação do que foi declarado antes, por isso a substituição 
proposta pode muito bem ser feita. A conjunção porque, como indiquei 
acima, pode introduzir oração de valor explicativo, a qual vem separada por 
vírgula. 
Resposta – Item certo 
(...) 
6. (Cesgranrio/Bacen/Analista/2010) As duas orações enunciadas estão 
ligadas por conectivo adequado ao sentido expresso no texto em: 
(A) Acredito na existência de vida em outros planetas, mas tenho três 
adolescentes em casa. 
(B) Acredito na existência de vida em outros planetas, pois tenho três 
adolescentes em casa. 
 
 
 
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(C) Acredito na existência de vida em outros planetas, posto que tenho 
três adolescentes em casa. 
(D) Acredito na existência de vida em outros planetas, porém tenho três 
adolescentes em casa. 
(E) Acredito na existência de vida em outros planetas, não obstante ter 
três adolescentes em casa. 
Comentário – Aqui, temos dois períodos distintos e, em cada um deles, 
uma oração absoluta: “Acredito na existência de vida em outros planetas. 
Tenho dois adolescentes em casa”. Caso se queira unir as duas orações no 
mesmo período, a conjunção adequada é a que introduz valor semântico de 
explicação, pois a oração “Tenho três adolescentes em casa” justifica a 
crença que a personagem diz ter. Sendo assim, é a conjunção pois (letra B) 
que deve ser empregada. 
Mas, porém e não obstante traduzem noção de 
adversidade, contraste, oposição, ressalva; posto que (como se verá 
adiante, quando tratarmos das subordinadas adverbiais) tem valor 
semântico concessivo. 
Resposta – E 
OBSERVAÇÕES: 1 – “Não se deve classificar uma oração considerando 
apenas a conjunção que a introduz. 
Pediu-lhe a filha em casamento, e logo se arrependeu. 
Apesar da conjunção ‘e’ ser normalmente aditiva, percebe-se que a segunda 
oração é coordenada sindética adversativa; pois, nesse contexto, a 
conjunção ‘e’ apresenta valor de contraste, de oposição.” (João Domingues 
Maia) 
 
 
 
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2 – “Para a Nomenclatura Gramatical Brasileira, no 
entanto, vale a forma. A conjunção ‘e’ é aditiva e fim. (...) felizmente, essa 
visão limitada já está fora de moda. A classificação leva em conta o sentido 
efetivo.” (Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto) 
3 – “Há orações coordenadas assindéticas que possuem 
claramente valor de sindéticas, porque apresentam um conectivo 
subentendido. 
Fiz o possível para previnir-lhes o perigo; ninguém me ouviu. 
Fale baixo: não sou surdo. 
A terceira oração do primeiro período (‘ninguém me ouviu’) e a segunda do 
segundo período (‘não sou surdo’), apesar de formalmente assindéticas, já 
que não apresentam conjunção, têm sentidos bem marcados: a primeira 
tem valor semântico adversativo (equivale a ‘mas ninguém me ouviu’); a 
segunda, explicativo (equivale a ‘pois não sou surdo’). 
Por isso convém insistir em que você se preocupe mais 
com o uso efetivo das estruturas linguísticas do que com discussões às 
vezes intermináveis sobre questões de mera nomenclatura.” (Ulisses Infante 
e Pasquale Cipro Neto, com adaptçaões) 
Antes de passar adiante e tratar das orações subordinadas, 
quero exemplificar o que foi dito anteriormente com uma questão de 
concurso público. 
Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de 
adição que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos deixeis 
cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. 
a) Tem olhos, e não vê. 
 Tem boca, e não fala. 
 
 
 
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b) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana. 
c) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder! 
d) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável. 
Comentário – Na alternativa A, as orações coordenadas introduzidas pela 
conjunção “e” possuem claro valor semântico adversativo. Em B, a oração 
“mas apenas por uma semana” expressa a condição para que o fato 
mencionado anteriormente seja levado a efeito. A terceira alternativa 
apresenta oração coordenada que traduz a consequência imediata da 
realização do fato mencionado antes. Finalmente, é na última alternativa em 
que encontramos oração coordenada (“mas principalmente responsável”) 
com a mesma relação de sentido aditivo existente também na oração “mas 
livrai-nos do mal”, no comando da questão. 
Resposta – D 
Como você pode perceber, não devemos nos limitar à análise 
fria e tradicional das conjunções durante o processo de classificação das 
orações. É fundamental, antes, perceber a relação semântica existente entre 
elas. 
Caso você ainda não esteja convencido, analise a questão 
seguinte. 
 (...) 
A OMS adverte que esse problema duplo não é 
simplesmente de países ricos ou pobres, mas está 
30 ligado ao grau de desenvolvimento de cada nação. 
O Globo,14 mar. 2006. 
 
 
 
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7. (Cesgranrio/Funasa/Agente Administrativo/2009) Conjunções são 
importantes mecanismos para estabelecer a coesão dos textos, 
indicando a relação de sentido entre duas orações, por exemplo. 
No último período do Texto I, a conjunção “mas” (l. 29) estabelece uma 
relação de sentido com a oração imediatamente anterior, expressando 
uma ideia de 
(A) adição. 
(B) causa. 
(C) finalidade. 
(D) proporção. 
(E) consequência. 
Comentário – Esta questão vem consagrar o emprego da conjunção MAS 
com valor semântico de ADIÇÃO. Muito cuidado com casos semelhantes! 
No período “A OMS adverte que esse problema duplo não é 
simplesmente de países ricos ou pobres, mas está ligado ao grau de 
desenvolvimento de cada nação.” o conectivo MAS não confronta o que foi 
dito anteriormente, não exprime ressalva; e sim acrescenta ou adiciona um 
“fato ou pensamento”. 
Resposta – A 
A partir de agora, trataremos das orações subordinadas, que 
podem exercer funções típicas de substantivos, advérbios e adjetivos. 
Antes de estudarmos suas características e valores semânticos, apresentarei 
um quadro-resumo delas. 
 
 
 
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ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
São aquelas que desempenham funções típicas de substantivos 
no período simples. Elas podem surgir em duas formas: 
1. desenvolvidas ligam-se à oração principal por meio das 
conjunções subordinativas integrantes que e se, ou ainda por meio de 
um pronome ou advérbio interrogativo. 
É importante que estudemos com afinco. (conjunção integrante) 
Perguntamos se voltará hoje. (conjunção integrante) 
Ele quer saber que horas são. (pronome interrogativo) 
Ele indagou quando será a prova. (advérbio interrogativo) 
Orações Subordinadas 
Substantivas 
1 – Subjetiva 
2 – Predicativa 
3 – Objetiva Direta 
4 – Objetiva Indireta 
5 – Completiva Nominal 
6 - Apositiva 
Adverbiais 
1 – Causal 
2 – Consecutiva 
3 – Condicional 
4 – Concessiva 
5 – Comparativa 
6 –Conformativa 
7 – Temporal 
8 – Proporcional 
9 – Final 
Adjetivas 
1 – Explicativa 
2 – Restritiva 
 
 
 
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2. reduzidas apresentam verbo no infinitivo e podem ser introduzidas 
por preposição. 
É importante estudar com afinco. 
Pensou em omitir o fato, mas se arrependeu. 
• Subjetiva (equivale-se ao sujeito da oração principal) 
É fundamental a sua opinião sobre o assunto. 
É fundamental que você opine sobre o assunto. 
É fundamental você opinar sobre o assunto. 
O primeiro exemplo constitui-se de período simples. Nele há 
apenas uma oração (um só verbo), cujo sujeito é a expressão a sua 
opinião sobre o assunto. Colocando-se a frase na ordem direta, é mais 
fácil perceber isso: A sua opinião sobre o assunto é fundamental. 
Nos dois últimos exemplos, há períodos compostos, pois a 
expressão inicial foi transformada em duas orações: uma na forma 
desenvolvida (com a conjunção integrante que); outra na forma reduzida 
(verbo opinar no infinitivo). 
ATENÇÃO! Quando ocorre oração subordinada substantiva subjetiva, o 
verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular. 
Estruturas típicas da oração principal nesse caso são: 
1. verbo de ligação + predicativo é bom...; é conveniente...; é 
claro...; está comprovado...; parece certo ...; fica evidente... etc. 
 
 
 
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É preciso que se adotem providências eficazes.. 
Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam.. 
2. verbo na voz passiva sintética ou analítica sabe-se...; soube-se...; 
comenta-se...; dir-se-ia...; foi anunciando...; foi dito... etc. 
Sabe-se que a prova está próxima. 
Foi dito que a prova será adiada. 
3. verbos como cumprir, convir, acontecer, importar, ocorrer, suceder, 
parecer, constar, urgir etc. conjugados na terceira pessoa do singular. 
Convém estarmos aqui. 
Urge que tomemos uma decisão. 
• Objetiva Direta 
Complementa o valor semântico do verbo transitivo direto da 
oração principal, articulando-se com ela sem o intermédio de preposição 
obrigatória. 
Ressalte-se que, nas frases interrogativas indiretas, as orações 
subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pelas 
conjunções subordinativas integrantes se ou que e, ainda, por 
pronomes ou advérbios interrogativos. 
Tome cuidado porque as bancas examinadoras podem 
perguntar, por exemplo, se “as palavras em destaque nos trechos abaixo 
possuem a mesma classificação gramatical” e sublinhar, maliciosamente, 
dois vocábulos introdutores de orações subordinadas substantivas objetivas 
diretas. Partindo da ideia comum de que elas são iniciadas por conjunções 
 
 
 
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integrantes, é possível que algum candidato mais afoito diga “sim”, sem se 
dar conta de que pode estar diante de uma conjunção integrante e um 
pronome interrogativo. 
Todos sabemos que ele aceitará o convite. 
como as coisas funcionam aqui. 
onde fica a farmácia. 
quanto custa o remédio. 
quando acabam as aulas. 
qual é a matéria da prova. 
ATENÇÃO! Com os verbos deixar, mandar fazer (causativos), ver, sentir e 
ouvir (sensitivos), ocorre um tipo especial de oração subordinada 
substantiva objetiva direta: 
Ouvi-os bater. 
Deixe-me entrar. 
As orações em destaque são reduzidas de infinitivo. E o mais interessante 
é que os pronomes oblíquos átonos os e me são os sujeitos dos verbos no 
infinitivo. Na Língua Portuguesa, esse é o único caso em que tais pronomes 
desempenham tal função sintática. 
• Objetiva Indireta 
Completa o sentido de um verbo transitivo indireto da oração 
principal. Normalmente vem introduzida por preposição, mas esta pode ser 
omitida. 
Lembro-me de que fizemos muitas visitas. (Mário Donato) 
 
 
 
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adjetivo 
advérbio 
substantivo 
Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice 
Lispector) 
• Completiva Nominal 
Liga-se a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da 
oração principal completando seu significado. É introduzida por preposição 
(como todo complemento nominal). Aqui, o emprego da preposição não é 
facultativo. A omissão dela implica erro de regência e revela falta de coesão. 
Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar. 
A nova metodologia é útil para diminuir a margem de erro. 
Está perto de fazermos a prova. 
8. (ESAF/MF/Processo Seletivo Interno/2008 – adaptada) Analise a opção 
abaixo a respeito das estruturas lingüísticas do texto. 
Construída uma ciência ou uma teoria científica, 
mesmo com os maiores cuidados para garantir a 
sua objetividade, existe sempre o risco de que esse 
conhecimento científico possa ser usado de maneira 
5 ideologicamente implementada. 
 (...) 
(Adaptado de Carlos Lungarzo. O que é ciência, p. 83-84) 
 
 
 
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Preserva-se a correção textual ao se retirar a conjunção “que”(l.3), e 
flexionar a forma verbal “possa”(l.4) no infinitivo. 
Comentário – Vá ao texto e faça a modificação sugerida pela banca: 
“... existe sempre o risco de (?) esse conhecimento científico poder ser 
usado de maneira ideologicamente implementada.” 
Notou que, em outras palavras, a ESAF quis que você 
transformasse uma oração desenvolvida em oração reduzida (de infinitivo)? 
Bastou a retirada da conjunção integrante e a flexão do verbo indicado no 
infinitivo para que a transformação se concretizasse. 
Resposta – Item certo. 
• Predicativa 
Funciona como um predicativo do sujeito da oração principal; 
seu valor semântico caracteriza, especifica, determina o sujeito dela. É de se 
notar também a presença de um verbo de ligação na oração principal. 
Nosso desejo era encontrares o teu caminho. 
O triste é que não era uma planta qualquer. 
• Apositiva 
Atua como aposto de um termo da oração principal e é marcada 
pela pontuação (vírgula, dois pontos). Seu significado amplia, explica, 
desenvolve, resume o conteúdo da oração principal. 
O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se 
rapidamente. 
Só resta uma alternativa: encontrar o culpado. 
 
 
 
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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 Características 
I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição, 
finalidadde etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração 
principal; 
II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo 
e são introduzidas por conjunção; 
III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio, 
particípio). 
 Classificações 
I. Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal. 
Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em 
português. (Clarice Lispector) 
(...) Até o nosso presidente, diante dessa crise 
financeira atual, está-nos aconselhando a consumir 
15 mais, já que isso significa mais emprego. 
(...) 
TRANCOSO, Alfeu, JB Ecológico, dez. 2008. (Adaptado) 
9. (Cesgranrio/Decea/Técnico em Informações Aeronáuticas/2009) Na 
oração “já que isso significa mais emprego.” (l. 15), o termo destacado 
é substituível, sem alteração de sentido, por 
 
 
 
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(A) embora. 
(B) não obstante. 
(C) porém. 
(D) vistoque. 
(E) para que. 
Comentário – A locução conjuntiva já que integra orações denotativas de 
causa, a exemplo do que pode acontecer com visto que, como, porque, 
porquanto etc. 
Embora, porém e não obstante exprimem oposição ou 
contraste, impedimento ou obstáculo: 
Embora o Brasil seja um país de grandes riquezas, o padrão 
de vida do seu povo é um dos mais baixos do mundo. 
O Brasil é um país de grandes riquezas, porém o padrão de 
vida do seu povo é um dos mais baixos do mundo. 
A locução para que indica a finalidade ou o objetivo do que 
se declara anteriormente: 
Estudemos com afinco para que sejamos aprovados. 
Resposta – D 
10. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009 – adaptada) Em relação ao 
texto abaixo, analise as proposições a seguir. 
O tratamento de esgotos é fundamental para qualquer programa de 
despoluição das águas. Em grande parte das situações, a viabilidade 
econômica das estações de tratamento de esgotos (ETE) é 
reconhecidamente reduzida, em razão dos altos investimentos iniciais 
5 necessários à sua construção e, em alguns casos, dos altos custos 
 
 
 
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operacionais. Por esses motivos que mesmo os países desenvolvidos 
têm incentivado financeiramente os investimentos de Prestadores de 
Serviços em ETE, como os Estados Unidos e países da Comunidade 
Europeia. No Brasil, o problema de viabilidade econômica do 
10 investimento público torna-se ainda mais agudo, devido à elevada 
parcela de população de baixa renda. No entanto, vale ressaltar que 
a água de qualidade também é um fator de exclusão social, uma vez 
 que a população de baixa renda dificilmente tem condições de 
comprar água de qualidade para beber ou até mesmo de pagar 
15 assistência médica para remediar as doenças de veiculação hídrica, 
decorrentes da ausência de saneamento básico. 
(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp) 
(A) Mantém-se a correção gramatical do período se a conjunção “No 
entanto” (ℓ. 11) for substituída por qualquer uma das seguintes: Porém, 
Todavia, Entretanto, Contudo. 
(B) Estaria gramaticalmente correta a substituição de “uma vez que” (ℓ. 12 
e 13) por porquanto. 
Comentário – A conjunção “No entanto” inicia oração de valor semântico 
adversativo. A substituição dela pelas conjunções sugeridas pelo examinador 
preserva a correção gramatical do período. 
A oração principiada pela locução conjuntiva “uma vez que” 
exprime a causa ou o motivo de a água de qualidade também ser um fator 
de exclusão social. Porquanto também pode ser usada para substituir 
àquela locução sem que a correção gramatical seja prejudicada. Cuidado 
apenas com o fato de que porquanto pode, ainda, integrar oração 
coordenada sindética explicativa. 
Resposta – As duas proposições estão corretas. 
 
 
 
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II. Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração 
principal. 
Fiquei tão alegre com esta ideia que ainda agora me treme a pena 
na mão. (Machado de Assis) 
11. (ESAF/SEFAZ-SP/APOFP/2009 – adaptada) Julgue a opção abaixo, que 
transcreve informações sobre o folclore paulista, quanto à correção 
gramatical e construção sintático-semântica coerente e coesa. 
Encontro de Folia de Reis. É tão expressiva a presença das Folias de 
Reis no Norte e Noroeste paulista em que muitos dos municípios da 
região realizam grandes Encontros de Folias de Reis e chegam a 
mobilizar acima de 50 grupos em cada um, afluxo de devotos e fartura 
de comezainas. 
Comentário – Há problema de coesão. A presença do advérbio de 
intensidade “tão” cria a expectativa da consequência do fato inicialmente 
anunciado (A presença das Folias de Reis no Norte e Noroeste paulista é tão 
expressiva que...). Essa consequência deve ser introduzida pela conjunção 
subordinativa adverbial consecutiva que, e não por “em que” (preposição + 
pronome relativo, que transmite ideia de lugar). Seja retirada, portanto, a 
preposição “em”, para que fique clara a noção de consequência. 
Resposta – Item errado. 
III. Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na 
oração principal se realize. 
Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de 
Elpenor. (Augusto Meyer) 
 
 
 
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(...) 
Atividades de recreação e lazer estimulam o 
imaginário e a criatividade, facilitam a socialização e 
15 nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso 
for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira. 
Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na 
agenda. Você só brinca de verdade (ainda que de 
mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu 
20 Rubem Alves, quem brinca não quer chegar a lugar 
nenhum – já chegou. 
QUINTANILHA, Leandro 
Disponível em: http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe 
_no_chao/conteudo_399675.shtml 
12. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) Em, “Mas, se 
tudo isso for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira.” (l. 15-
16), o conectivo destacado estabelece, entre a ideia que introduz e a 
anterior, uma relação de 
(A) causa. 
(B) condição. 
(C) conclusão. 
(D) conformidade. 
(E) oposição. 
Comentário – O “se” indicado no comando da questão tem valor semântico 
de condição. A oração que esse conectivo introduz estabelece a condição 
para que “a graça” seja perdida e a “brincadeira” não mais seja vista como 
tal. 
É sempre importante lembrar que a conjunção “caso”, 
também condicional, exige mudança da forma verbal: “Mas, caso tudo isso 
fosse [pretérito imperfeito do subjuntivo] o objetivo...”. 
 
 
 
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Resposta – B 
13. (Cesgranrio/Bacen/Técnico/2010) No fragmento "O novo acordo precisa 
ir muito além de Kyoto, se a meta for impedir que o aumento da 
temperatura média da atmosfera ultrapasse 2 °C de aquecimento neste 
século, como recomenda a maioria dos climatologistas." (L. 15-19), o 
termo "se" tem o sentido equivalente ao de 
(A) logo que. 
(B) à medida que. 
(C) no caso de. 
(D) apesar de. 
(E) uma vez que. 
Comentário – Para que o novo acordo vá muito além de Kyoto, é preciso 
uma condição. Qual? A meta tem que impedir que o aumento da 
temperatura média da atmosfera ultrapasse 2 ºC de aquecimento neste 
século. Notou o valor condicional expresso pelo enunciado introduzido pela 
conjunção “se”? Lembre-se de que as conjunções condicionais se e caso são 
equivalentes, havendo necessidade de algumas adaptações, conforme a 
situação. 
Na alternativa A, a locução conjuntiva exprime ideia de 
temporalidade: Começou a chover logo que cheguei. 
Na alternativa B, a locução conjuntiva tem valor semântico 
de proporcionalidade: Aprendo à medida que estudo. 
Na alternativa D, a expressão traz ideia de ressalva, 
contraste, concessão: Apesar de não ter estudado muito, passou no 
concurso. 
Na alternativa E, “uma vez que” exprime circunstância de 
causa: Partiu de madrugada, uma vez que precisava chegar cedo. 
 
 
 
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Resposta – C 
IV. Concessiva: expressa um fato que deveria impedir o 
acontecimento do que se declara na oração principal. 
(...) descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala. 
(Graciliano Ramos) 
(...) 
A resposta, segundo o corredor e biólogo Bernd 
Heinrich, está na natureza. Correr pode parecer su-
pérfluo para a humanidade hoje, depois que domesti- 
20 camos o cavalo e inventamosa bicicleta e o motor a 
explosão. Mas durante muito tempo a corrida foi fun-
damental para a sobrevivência humana, e essa habili- 
dade continua inscrita em nosso código genético. “So-
mos todos corredores naturais, apesar de boa parte 
25 de nós ter se esquecido desse fato”, diz Heinrich (...). 
(...) 
PAIVA, Uilson. In: Superinteressante, abr. 2003. 
14. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) Indique a 
opção em que a reescritura do período “ ‘Somos todos corredores 
naturais, apesar de boa parte de nós ter se esquecido desse fato,’ ” (l. 
23-25) NÃO mantém o mesmo sentido com que ocorre no texto. 
(A) Somos todos corredores naturais, embora boa parte de nós tenha se 
esquecido desse fato. 
(B) Somos todos corredores naturais, mesmo que boa parte de nós tenha 
se esquecido desse fato. 
 
 
 
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(C) Somos todos corredores naturais, já que boa parte de nós se esqueceu 
desse fato. 
(D) Somos todos corredores naturais, mas boa parte de nós se esqueceu 
desse fato. 
(E) Somos todos corredores naturais, porém boa parte de nós se esqueceu 
desse fato. 
Comentário – No fragmento sob análise, o emprego da locução “apesar de” 
faz surgir entre as orações que articula a ideia de empecilho, óbice, 
contraste, concessão. 
Preserva-se a coerência textual substituindo a referida 
locução pelas conjunções ou locuções conjuntivas “embora” (A), “mesmo 
que” (B), “mas” (D) e “porém” (E). 
A expressão “já que” (C) é portadora de valor semântico 
causal e não guarda a mesma relação de sentido do que as outras. 
Veja você o quanto o emprego de uma ou de outra 
conjunção pode acarretar desvio semântico à mensagem original. 
Resposta – C 
15. (ESAF/CGU/AFC/2008 – adaptada) Em relação ao texto, julgue a 
assertiva abaixo. 
 (...) 
O desaquecimento da economia americana 
é a causa mais óbvia que apontam de um 
menor crescimento das compras no Brasil. O 
 favoritismo do Partido Democrata também é 
10 citado por alguns exportadores como um fator 
 que pode dificultar as exportações brasileiras, 
 
 
 
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pois os democratas são considerados mais 
conservadores do que seus rivais republicanos 
em matéria de comércio exterior — o que, 
15 ressalve-se, nem sempre foi comprovado na 
 prática. (...) 
(O Estado de S. Paulo, 13/01/2008, Editorial) 
O termo “pois”(ℓ.12) pode, sem prejuízo para a correção gramatical, ser 
substituído por porque, porquanto ou conquanto. 
Comentário – A conjunção “pois”, de valor explicativo, pode ser substituído 
por porque e porquanto, que conservam o mesmo valor semântico. Mas 
não é possível substituí-la por conquanto, que tem valor semântico 
concessivo. Fique muito atento aos valores dessas conjunções, pois elas 
costumam confundir muitos candidatos. 
Resposta – Item errado 
V. Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação. 
Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo) 
Atenção! Muitas vezes, o verbo da oração subordinada adverbial 
comparativa está oculto. 
As ideias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de temporal 
(...). (Machado de Assis) 
Além disso, a oração à qual se subordina a oração comparativa 
pode apresentar expressões como: mais, menos, pior, tal, tanto. 
VI. Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é 
dita na oração principal. 
 
 
 
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Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo 
outro. (Mário Donato) 
VII. Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente 
ao que se diz na oração principal. 
Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da 
natureza. (Graça Aranha) 
16. (ESAF/MPOG/EPPGG/2009 – adaptada) Julgue a proposição abaixo a 
respeito das estruturas linguísticas do seguinte texto. 
 (...) 
14 Publicistas foram ‘ilustres homens públicos’, 
 difusores de grandes propostas de mudanças. 
16 Grandes persuasores de ideias avançadas e 
emancipatórias, faziam uso da sua capacidade de 
18 falar, de escrever, de publicar para liderar grandes 
mudanças de governos, de regimes políticos, etc. 
(Discutindo Língua Portuguesa, ano 2, n. 14, com adaptações) 
As relações de coesão do segundo parágrafo do texto, focalizando 
“Publicistas” (l.14), permitem iniciar o último período sintático do texto 
com um conectivo, escrevendo Ao passo que grandes persuasores... 
Comentário – A locução conjuntiva ao passo que exprime circunstância de 
proporcionalidade, ideia que não está presente no segmento indicado pela 
ESAF. “Grandes persuasores de ideias avançadas e emancipatórias” designa 
ainda “Publicistas”. 
Resposta – Item errado 
 
 
 
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VIII. Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal. 
O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem 
os quatro movimentos. 
IX. Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração 
principal. 
Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta (...). 
(Lourenço Diaféria) 
Observe que as três orações subordinadas abaixo apresentam 
estruturas diferentes das anteriores. Nelas não há verbos desenvolvidos 
(conjugados no modo indicativo ou subjuntivo) nem conjunções. Agora, os 
verbos assumem uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e particípio). 
Ao abrir o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (infinitivo)
Aberto o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (particípio)
Abrindo o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (gerúndio) 
Elas são orações reduzidas. 
(...) 
10 A audácia é exigida dos tomadores de decisões 
face à situação social brasileira que, vista a partir das 
grandes maiorias, é desalentadora. Muito se tem feito 
no atual Governo, mas é pouco face à chaga histórica 
que extenua os pobres. Nunca se fez uma revolução 
15 na educação e na saúde, alavancas imprescindíveis 
para transformações estruturais. Um povo ignorante e 
doente jamais dará um salto para frente. 
 
 
 
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Algo semelhante ocorre com a política mundial 
face à escassez de água potável e ao aquecimento 
20 global do planeta. Audácia é aquela coragem de to-
mar decisões e pôr em prática iniciativas que res-
pondem efetivamente aos problemas em questão. 
O que vemos, especialmente no âmbito do G-8, do 
FMI, do BM e da OMC diante dos problemas referi- 
25 dos, são medidas tímidas que mal protelam catas-
trofes anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade 
macroeconômica inibe a audácia que os problemas 
 sociais exigem. Dever-se-ia ir tão longe na audácia que 
um passo além seria insensatez. Só assim evitar-se-ia 
30 que as crises, nacional e mundial, se transformassem 
em drama coletivo de grandes proporções. 
A segunda virtude é a prudência. Ela equilibra a 
audácia. A prudência é aquela capacidade de esco-
lher o caminho que melhor soluciona os problemas e 
35 mais pessoas favorece. Por isso a prudência é a arte 
de congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais 
vontades coletivas para garantir um objetivo bom para 
o maior número possível de cidadãos. 
Como em todas as virtudes, tanto a audácia quan- 
40 to a prudência podem conhecer excessos. O excesso 
de audácia é a insensatez. A pessoa vai tão longe que 
acaba se isolando dos outros ficando sozinha como um 
Dom Quixote. O excesso da prudência é o imobilismo. 
A pessoa é tão prudente queacaba morrendo de ajui- 
45 zada. Engessa procedimentos ou chega tarde demais 
na compreensão e solução das questões. 
 
 
 
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Há uma virtude que é o meio termo entre a audá-
cia e a prudência: a temperança. Em condições nor 
mais significa a justa medida, o ótimo relativo, o equilí- 
50 brio entre o mais e o menos. Ela é a lógica do universo 
que assegura o equilíbrio entre a desordem originária 
 do big bang (caos) e a ordem produzida pela expan-
são/evolução (cosmos). Mas em situações de alto caos 
social como é o nosso caso, a temperança assume a 
55 forma de sabedoria política. A sabedoria implica levar 
tão longe a audácia até aquele ponto para além do qual 
não se poderá ir sem provocar uma grande instabilida-
de. O efeito é uma solução sábia que resolve as quês- 
toes das pessoas mais injustiçadas, quer dizer, traz-lhes 
60 sabor à existência (donde vem sabedoria). 
 Ninguém expressou melhor esse equilíbrio sutil 
entre audácia corajosa e prudência sábia que Dom 
Pedro Casaldáliga ao escrever: “Saber esperar, sa-
bendo ao mesmo tempo forçar as horas daquela ur- 
65 gência que não permite esperar”. 
BOFF, Leonardo. 
Disponível em: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boff/ 
17. (Cesgranrio/Decea/Tradutor e Intérprete/2009) Assinale a relação 
INCORRETA entre a oração e a ideia colocada ao lado. 
(A) “mas é pouco face à chaga histórica...” 
(l. 13) 
Conclusão 
(B) “Por isso a prudência é a arte...” 
(l. 35) 
Explicação 
(C) “...para garantir um objetivo bom...” (l. 37) Finalidade 
(D) ...ou chega tarde demais...” (l. 45) Alternância 
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(E) “...Dom Pedro Casaldáliga ao escrever:” 
(l. 62-63) 
Tempo 
Comentário – A conjunção “mas” introduz oração com valor semântico de 
adversidade. Caso mais raro, porém real, é o emprego dela para indicar 
adição de ideias: “e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do 
mal...” (Evangelho segundo Mateus, capítulo 6, verso 13). Seu emprego 
como conjunção conclusiva é descabido. 
Chamo sua atenção para o emprego de “Por isso” em 
construção de valor semântico explicativo. Normalmente os livros a 
relacionam entre as que compõem o grupo das conclusivas. Contudo, 
devemos interpretar o sentido expresso pelo segmento em que ela ocorre (e 
isso vale para outras conjunções também). 
Em “A prudência é aquela capacidade de escolher o 
caminho que melhor soluciona os problemas e mais pessoas favorece. Por 
isso a prudência é a arte de congregar mais e mais agentes e de mobilizar 
mais vontades coletivas para garantir um objetivo bom para o maior número 
possível de cidadãos.” (l. 33-38), é possível que o período iniciado por “Por 
isso” justifique a ideia anterior. E foi assim que a banca entendeu a opção B. 
Resposta – A 
Uma vez estudadas as características e os valores semânticos 
das orações subordinadas adverbiais, convém agora apontar as principais 
conjunções que fazem a articulação entre elas e sua principal. 
Causais 
Porque; como; que; pois; porquanto; visto que; dado 
que; já que; uma vez que; na medida em que; etc. 
Consecutivas Que, de forma que, de maneira que, de modo que etc. 
Comparativas Que; (do) que; quanto; como; assim como; bem como;
 
 
 
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etc. 
Concessivas 
Ainda que; embora; mesmo que; posto que; por mais 
que; se bem que; por pouco que; nem que; conquanto 
etc. 
Condicionais 
Se; caso; sem que; contanto que; salvo se; desde que; 
a menos que; a não ser que; que; etc. 
Conformativas Conforme; como; segundo; consoante; etc. 
Finais Para que; a fim de que; que; etc. 
Proporcionais 
À medida que; à proporção que; ao passo que; quanto 
mais... mais; quanto menos... menos; quanto maior... 
maior; etc. 
Tempo 
Quando; enquanto; antes que; depois que; desde que; 
logo que; assim que; até que; que; apenas; mal; 
sempre que; tanto que; etc. 
Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria, mesmo assim 
eu arrisco um: não confunda as locuções conjuntivas à medida que e na 
medida em que. A primeira introduz oração subordinada tradutora de valor 
semântico de proporcionalidade; a segunda inicia oração subordinada que 
expressa a causa de um fato. Já vi muito candidato bom “derrapar” por falta 
de atenção a esse detalhe. 
18. (ESAF/MPOG/EPPG/2009 – adaptada) Julgue a proposição abaixo a 
respeito do uso das estruturas linguísticas na organização das ideias do 
texto. 
Exatamente na medida em que não mais podemos 
2 identificar um paradigma dominante em nosso contexto 
de pensamento – referência básica para nossos 
 
 
 
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4 projetos científicos, políticos, éticos, pedagógicos e 
mesmo estéticos – é que nos caracterizamos como 
6 vivendo uma crise de paradigmas, e até mesmo 
uma crise da própria necessidade e possibilidade 
8 de um paradigma hegemônico. (...) 
(Danilo Marcondes, A crise de paradigmas e o surgimento da Modernidade. In: Zaia Brandão (org.), A crise dos 
paradigmas e a educação. São Paulo: Cortez, 1994, p.28-29, com adaptações) 
A retirada da preposição “em”, antes do pronome “que”(l.1), 
preservaria o respeito às regras gramaticais, coma vantagem de tornar 
o texto mais objetivo e simplificaras relações semânticas. 
Comentário – Não existe na Língua a locução na media que, como sugere 
o examinador. Existem a que consta no texto (“na media em que”), 
indicativa de causa, e a que exprime proporcionalidade: à medida que. O 
resto é pegadinha. 
Resposta – Item errado 
Quer outro conselho? Não confunda oração subordinada 
adverbial causal com oração coordenada sindética explicativa! Em alguns 
momentos, elas podem apresentar semelhanças que dificultam a análise 
correta. Por exemplo, ambas admitem as conjunções pois, que, porque, 
porquanto. Porém, um pouco de atenção para os aspectos que vou 
assinalar pode ser de grande utilidade: 
[Ele pegou a doença] [porque
andava descalço.] 
[Não ande descalço,] [porque
você vai pegar uma doença.] 
1. Há uma relação de causa 
e consequência entre as duas orações.
1. Não há relação de causa e 
consequência: apenas é dado o 
motivo para que não se ande 
 
 
 
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descalço. 
2. A conjunção que introduz 
a oração causal não pode ser 
eliminada. 
2. Pode-se eliminar a conjunção 
coordenativa explicativa: Não ande 
descalço, você vai pegar uma
doença. 
3. A oração adverbial pode 
ser transformada em oração reduzida 
de infinitivo: Ele pegou a doença
por andar descalço. 
3. Não se pode transformar a 
oração coordenada em oração 
reduzida. 
4. O verbo da oração 
principal não expressa dúvida ou 
hipótese. 
4. A oração anterior à explicativa 
geralmente possui verbo no 
imperativo ou tem caráter hipotético. 
De outro modo, poderíamos dizer: Ele 
dever ter andado descalço, pois
pegou uma doença. 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se, 
semanticamente, a adjetivos, ou seja, caracterizar um substantivo, 
atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Sintaticamente, podem 
exercer a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal. 
Observem: 
Deve-se investir em soluções definitivas. 
Deve-se investir em soluções que resolvam definitivamente os 
problemas. 
Comparando os dois exemplos acima, é fácil perceber que, no 
segundo, a oração “que resolvam definitivamente os problemas”CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O BACEN 
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Oraç. Subord. Adj. Restritivas 
Oraç. Subord. 
Adj. Explicativas 
discrimina o substantivo “soluções” e restringe o seu alcance semântico. 
Além disso, exerce função idêntica à do adjetivo “definitivas” no primeiro 
exemplo: ambas as expressões são adjuntos adnominais do substantivo 
“soluções”, que é núcleo do objeto indireto. 
• ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS 
Na relação que estabelecem com o termo a que se referem, as 
orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras distintas: 
restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente explicando, 
realçando, amplificando uma informação sobre ele. 
O jovem que estuda passa. 
O homem que luta vence. 
O homem, que é mortal, almeja a vida eterna. 
Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós. 
No primeiro caso, as orações adjetivas equiparam-se a 
verdadeiros adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não 
constituem um atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza): 
nem todo jovem passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence 
(somente o que luta). Elas funcionam como adjuntos adnominais e não 
podem ser separadas do substantivo por vírgulas. 
No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico 
explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo 
a que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não 
influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas 
da frase ou ficarem separadas do substantivo pela pontuação sem implicar 
alteração semântica. Sendo assim, elas assemelham-se a um aposto 
explicativo. 
 
 
 
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sujeito 
sujeito 
Note que as conexões entre as orações subordinadas adjetivas 
apresentadas até aqui e suas orações principais são feitas pelo pronome 
relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou relacionar – daí o nome 
relativo) os dois tipos de orações, também desempenha uma função 
sintática na oração subordinada que introduz. No desempenho dessa função, 
o pronome relativo ocupa o papel que seria exercido pelo termo que ele 
substitui (o antecedente). 
Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver 
definitivamente os problemas. 
Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os 
problemas.] 
Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por 
um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo 
(forma finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são 
introduzidas por um pronome relativo (podem ser introduzidas por 
preposição) e apresentam verbo numa das formas nominais (infinitivo, 
gerúndio e particípio), elas são chamadas de reduzidas. 
Essas são as ideias tão valorizadas por ele. 
Via-se um cartaz comunicando a falência. 
Nosso argumento foi o primeiro a cair. 
19. (Cesgranrio/MEC/Professor/2009) O valor gramatical do vocábulo que, 
no trecho “Há maníacos pela propriedade que colocam tiras de papel no 
 
 
 
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interior da caneta com seu nome.” (l. 36-37), é o mesmo que ele 
apresenta em 
(A) “É moda dizer que o socialismo fracassou devido à natureza humana.” 
(l. 1-2) 
(B) “Não há nada mais comunista do que a caneta Bic.” (l. 12-13) 
(C) “você não comprou nem 5% das Bics que usou em sua vida.” (l. 19-20) 
(D) “São socializadas e ninguém se desespera ao ver que sua Bic sumiu” (l. 
22-23) 
(E) “pois tem certeza de que, em meia hora, outra estará caindo em suas 
mãos.” (l. 24-25) 
Comentário – Em A, o vocábulo “que” introduz oração subordinada 
substantiva objetiva direta (= dizer isso) e classifica-se como conjunção 
integrante. Em B, ele integra oração subordinada adverbial comparativa e 
classifica-se como conjunção subordinativa. Em D, surge outra oração 
subordinada substantiva objetiva direta (= ver isso) com conjunção 
integrante. Em E, temos oração subordinada substantiva completiva nominal 
(não confundir com as objetivas indiretas). O segmento “que (...) outra 
estará caindo em suas mãos” completa o substantivo abstrato “certeza”, e 
não o verbo “tem”; o vocábulo “que” é também conjunção integrante. 
Restou-nos a terceira opção. Nela, a exemplo do que ocorre no enunciado da 
questão, encontramos um pronome relativo dando origem a orações 
subordinadas adjetivas. No primeiro caso, o “que” se refere ao substantivo 
“maníacos”; no segundo, a “Bics”. 
Resposta – C 
20. (Cesgrnario/Bacen/Analista/2011) "Vemos incontáveis estrelas, 
emitindo sua radiação eletromagnética, perfeitamente indiferentes às 
 
 
 
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atribulações humanas." (L. 14-16) No período acima, encontram-se 
uma oração 
(A) principal e outra subordinada reduzida de infinitivo. 
(B) principal e outra subordinada adjetiva reduzida de gerúndio. 
(C) principal e outra subordinada adjetiva reduzida de particípio. 
(D) coordenada e outra subordinada adjetiva restritiva. 
(E) coordenada e outra subordinada reduzida de gerúndio. 
Comentário – Só temos dois verbos no período: “Vemos” e “emitindo”, o 
primeiro no modo indicativo e o segundo no gerúndio. Portanto, elime as 
alternativas A e C. 
Agora, preste bastante atenção nas alternativas D e E. Ora, 
se uma oração é subordinada, a outra tem que ser a sua principal, não é 
verdade? Mas o examinador disse “coordenada e outra subordinada”. Estão 
fora! 
O que sobrou? A letra B, que corresponde à resposta 
correta. A oração principal é a seguinte: Vemos incontáveis estrelas 
perfeitamente indiferentes às atribulações humanas. A oração 
reduzida de gerúndio emitindo sua radiação eletromagnética pode ser 
desenvolvida e reescrita assim: que emitem sua radiação 
eletromagnética. A prova de que o vocábulo que é um pronome relativo é 
o fato de ele poder ser substituído pelo pronome relativo as quais. O fato de 
a oração adjetiva vir entre vírgulas corrobora seu valor explicativo. 
Resposta – B 
Por hoje é só, prezado aluno. Sugiro que intensifique os estudos. 
Não esmoreça por causa dessa ou daquela disciplina. Sempre haverá 
dificuldades a serem superadas em qualquer área de nossas vidas, 
principalmente quando estivermos diante de grandes conquistas. Meu 
 
 
 
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conselho é que você esteja realmente decidido a se tornar funcionário do 
Banco Central e, por isso mesmo, faça a sua parte. O que muda a nossa 
história é o que decidimos e fazemos, e não o que pensamos e falamos. Se 
você quer mesmo trabalhar naquela autarquia, vá em frente! 
Bons estudos e que Deus o abençoe! 
Professor Albert Iglésia 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
1. (Cesgranrio/ANP/Analista Administrativo/2008) Os períodos abaixo 
contêm duas idéias contrastantes, SALVO 
(A) “...o Brasil deixou de ser um colônia fechada e atrasada para se tornar 
uma país independente.” (l. 5-7) 
(B) “... o balanço que a maioria dos estudiosos faz de D. João VI tende a 
ser positivo, apesar de todas as fraquezas pessoais do rei.” (l. 7-9) 
(C) “Não só pelo fato de elevar o Brasil a reino, mas também, e sobretudo, 
por lhe dar [...] as estruturas de uma nação propriamente dita.” (l. 16-
19) 
(D) “Apesar da relutância em fazer conjecturas, boa parte dos historiadores 
concorda que o país simplesmentenão existiria na sua forma atual.” (l. 
23-25) 
(E) “...a Independência e a República teriam vindo mais cedo, mas a antiga 
colônia portuguesa se fragmentaria em um retalho de pequenos países 
autônomos,” (l. 25-28) 
(...) 
As visitas no hospital acontecem em média 
duas vezes por mês, mas o grupo pretende expandir a 
35 periodicidade das visitas. “Nós temos um carinho muito 
grande pelo Vital Brazil e já está em fase de discussão 
estabelecer um “plantão” aqui, para que possamos mar-
car presença com mais frequência no HMVB”, expli- 
 ca Lúcio. 
(Adaptado) 
Disponível em: http://www.plox.com.br/caderno/ci%C3%AAncia-esa% 
C3%BAde/terapia-do-humor-em-hospital-com-doutores-do-riso 
 
 
 
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2. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) Em “As visitas 
no hospital acontecem em média duas vezes por mês, mas o grupo 
pretende expandir a periodicidade das visitas.” (l. 33-35), o conectivo 
destacado só NÃO pode ser substituído, devido a alterar o sentido 
original, por: 
(A) não obstante. 
(B) no entanto. 
(C) todavia. 
(D) contudo. 
(E) porquanto. 
Falar de si 
Falar mal do outro parece fácil de entender. Mais 
que fazer uma crítica negativa, é intensificar a crítica 
ao ponto de, por meio dela, destruir o objeto criticado. 
Porém aquele que fala, mal ou bem, sempre fala de si 
5 mesmo. (...) 
TIBURI, Márcia. Revista vida simples. dez. 2008, 
pp.62-63. (Fragmento). 
3. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) “Porém 
aquele que fala, mal ou bem, sempre fala de si mesmo.” (l. 4-5). 
Por qual conector a conjunção destacada acima pode ser substituída 
sem que haja alteração de sentido? 
(A) Logo. 
(B) Pois. 
(C) Entretanto. 
(D) Porquanto. 
(E) Quando. 
 
 
 
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WILLY. Tribuna da Imprensa (RJ), 02 abr. 05. 
4. (Cesgranrio/Funasa/Administrador/2009) A primeira frase do 
personagem pode ser lida como uma hipótese formulada a partir da fala 
que faz a seguir. Apesar de não estarem ligadas por um conectivo, 
pode-se perceber a relação estabelecida entre as duas orações. O 
conectivo que deve ser usado para unir essas duas orações, mantendo 
o sentido, é 
(A) embora. 
(B) entretanto. 
(C) logo. 
(D) se. 
(E) pois. 
5. (ESAF/Pref. de Natal-RN/Auditor do Tesouro/2008- adaptada) Julgue a 
proposição seguinte a respeito do emprego das estruturas lingüísticas 
no texto. 
A linguagem da mídia é uma das mais constantes 
formas de comunicação a que as pessoas têm acesso. 
Com os avanços da tecnologia, a produção de notícias 
escritas e faladas invade nosso cotidiano. O noticiário 
5 tem um papel social e político, assim como educacional: 
ao estarmos expostos a ele fazemos conexões e 
 
 
 
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tentamos entender e explicar como acontecimentos 
relatados na mídia se relacionam com nossas vidas e 
com a sociedade como um todo. Entretanto, notícias 
10 são relatos de fatos e não o fato em si. (...) 
(Carmen Rosa Caldas-Coulthard. A imprensa britânica e a representação 
da América Latina: recontextualização textual e prática social) 
O sinal de dois-pontos depois de “educacional” (l.5) introduz uma 
explicação; por isso poderia ser substituído por uma vírgula seguida de 
porque. 
(...) 
6. (Cesgranrio/Bacen/Analista/2010) As duas orações enunciadas estão 
ligadas por conectivo adequado ao sentido expresso no texto em: 
(A) Acredito na existência de vida em outros planetas, mas tenho três 
adolescentes em casa. 
 
 
 
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(B) Acredito na existência de vida em outros planetas, pois tenho três 
adolescentes em casa. 
(C) Acredito na existência de vida em outros planetas, posto que tenho 
três adolescentes em casa. 
(D) Acredito na existência de vida em outros planetas, porém tenho três 
adolescentes em casa. 
(E) Acredito na existência de vida em outros planetas, não obstante ter 
três adolescentes em casa. 
 (...) 
A OMS adverte que esse problema duplo não é 
simplesmente de países ricos ou pobres, mas está 
30 ligado ao grau de desenvolvimento de cada nação. 
O Globo,14 mar. 2006. 
7. (Cesgranrio/Funasa/Agente Administrativo/2009) Conjunções são 
importantes mecanismos para estabelecer a coesão dos textos, 
indicando a relação de sentido entre duas orações, por exemplo. 
No último período do Texto I, a conjunção “mas” (l. 29) estabelece uma 
relação de sentido com a oração imediatamente anterior, expressando 
uma ideia de 
(A) adição. 
(B) causa. 
(C) finalidade. 
(D) proporção. 
(E) consequência. 
 
 
 
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8. (ESAF/MF/Processo Seletivo Interno/2008 – adaptada) Analise a opção 
abaixo a respeito das estruturas lingüísticas do texto. 
Construída uma ciência ou uma teoria científica, 
mesmo com os maiores cuidados para garantir a 
sua objetividade, existe sempre o risco de que esse 
conhecimento científico possa ser usado de maneira 
5 ideologicamente implementada. 
 (...) 
(Adaptado de Carlos Lungarzo. O que é ciência, p. 83-84) 
Preserva-se a correção textual ao se retirar a conjunção “que”(l.3), e 
flexionar a forma verbal “possa”(l.4) no infinitivo. 
(...) Até o nosso presidente, diante dessa crise 
financeira atual, está-nos aconselhando a consumir 
15 mais, já que isso significa mais emprego. 
(...) 
TRANCOSO, Alfeu, JB Ecológico, dez. 2008. (Adaptado) 
9. (Cesgranrio/Decea/Técnico em Informações Aeronáuticas/2009) Na 
oração “já que isso significa mais emprego.” (l. 15), o termo destacado 
é substituível, sem alteração de sentido, por 
(A) embora. 
(B) não obstante. 
(C) porém. 
(D) visto que. 
(E) para que. 
 
 
 
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10. (ESAF/ANA/Analista e Especialista/2009 – adaptada) Em relação ao 
texto abaixo, analise as proposições a seguir. 
O tratamento de esgotos é fundamental para qualquer programa de 
despoluição das águas. Em grande parte das situações, a viabilidade 
econômica das estações de tratamento de esgotos (ETE) é 
reconhecidamente reduzida, em razão dos altos investimentos iniciais 
5 necessários à sua construção e, em alguns casos, dos altos custos 
operacionais. Por esses motivos que mesmo os países desenvolvidos 
têm incentivado financeiramente os investimentos de Prestadores de 
Serviços em ETE, como os Estados Unidos e países da Comunidade 
Europeia. No Brasil, o problema de viabilidade econômica do 
10 investimento público torna-se ainda mais agudo, devido à elevada 
parcela de população de baixa renda. No entanto, vale ressaltar que 
a água de qualidade também é um fator de exclusão social, uma vez 
 que a população de baixa renda dificilmente tem condições de 
comprar água de qualidade para beber ou até mesmo de pagar 
15 assistência médica para remediar as doenças de veiculação hídrica, 
decorrentes da ausência de saneamento básico. 
(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp) 
(A) Mantém-se a correção gramatical do período se a conjunção “No 
entanto” (ℓ. 11) for substituída por qualquer uma das seguintes: Porém, 
Todavia, Entretanto, Contudo. 
(B) Estaria gramaticalmente correta a substituição de “uma vez que” (ℓ. 12 
e 13) por porquanto. 
 
 
 
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11. (ESAF/SEFAZ-SP/APOFP/2009 – adaptada) Julgue a opção abaixo, que 
transcreve informações sobre o folclore paulista, quanto à correção 
gramatical e construção sintático-semântica coerente e coesa. 
Encontro de Folia de Reis. É tão expressiva a presença das Folias de 
Reis no Norte e Noroeste paulista em que muitos dos municípios da 
região realizam grandes Encontros de Folias de Reis e chegam a 
mobilizar acima de 50 grupos em cada um, afluxo de devotos e fartura 
de comezainas. 
(...) 
Atividades de recreação e lazer estimulam o 
imaginário e a criatividade, facilitam a socialização e 
15 nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso 
for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira. 
Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na 
agenda. Você só brinca de verdade (ainda que de 
mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu 
20 Rubem Alves, quem brinca não quer chegar a lugar 
nenhum – já chegou. 
QUINTANILHA, Leandro 
Disponível em: http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe 
_no_chao/conteudo_399675.shtml 
12. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) Em, “Mas, se 
tudo isso for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira.” (l. 15-
16), o conectivo destacado estabelece, entre a ideia que introduz e a 
anterior, uma relação de 
(A) causa. 
(B) condição. 
 
 
 
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(C) conclusão. 
(D) conformidade. 
(E) oposição. 
13. (Cesgranrio/Bacen/Técnico/2010) No fragmento "O novo acordo precisa 
ir muito além de Kyoto, se a meta for impedir que o aumento da 
temperatura média da atmosfera ultrapasse 2 °C de aquecimento neste 
século, como recomenda a maioria dos climatologistas." (L. 15-19), o 
termo "se" tem o sentido equivalente ao de 
(A) logo que. 
(B) à medida que. 
(C) no caso de. 
(D) apesar de. 
(E) uma vez que. 
(...) 
A resposta, segundo o corredor e biólogo Bernd 
Heinrich, está na natureza. Correr pode parecer su-
pérfluo para a humanidade hoje, depois que domesti- 
20 camos o cavalo e inventamos a bicicleta e o motor a 
explosão. Mas durante muito tempo a corrida foi fun-
damental para a sobrevivência humana, e essa habili- 
dade continua inscrita em nosso código genético. “So-
mos todos corredores naturais, apesar de boa parte 
25 de nós ter se esquecido desse fato”, diz Heinrich (...). 
(...) 
PAIVA, Uilson. In: Superinteressante, abr. 2003. 
 
 
 
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14. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) Indique a 
opção em que a reescritura do período “ ‘Somos todos corredores 
naturais, apesar de boa parte de nós ter se esquecido desse fato,’ ” (l. 
23-25) NÃO mantém o mesmo sentido com que ocorre no texto. 
(A) Somos todos corredores naturais, embora boa parte de nós tenha se 
esquecido desse fato. 
(B) Somos todos corredores naturais, mesmo que boa parte de nós tenha 
se esquecido desse fato. 
(C) Somos todos corredores naturais, já que boa parte de nós se esqueceu 
desse fato. 
(D) Somos todos corredores naturais, mas boa parte de nós se esqueceu 
desse fato. 
(E) Somos todos corredores naturais, porém boa parte de nós se esqueceu 
desse fato. 
15. (ESAF/CGU/AFC/2008 – adaptada) Em relação ao texto, julgue a 
assertiva abaixo. 
 (...) 
O desaquecimento da economia americana 
é a causa mais óbvia que apontam de um 
menor crescimento das compras no Brasil. O 
 favoritismo do Partido Democrata também é 
10 citado por alguns exportadores como um fator 
 que pode dificultar as exportações brasileiras, 
pois os democratas são considerados mais 
conservadores do que seus rivais republicanos 
em matéria de comércio exterior — o que, 
 
 
 
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15 ressalve-se, nem sempre foi comprovado na 
 prática. (...) 
(O Estado de S. Paulo, 13/01/2008, Editorial) 
O termo “pois”(ℓ.12) pode, sem prejuízo para a correção gramatical, ser 
substituído por porque, porquanto ou conquanto. 
16. (ESAF/MPOG/EPPGG/2009 – adaptada) Julgue a proposição abaixo a 
respeito das estruturas linguísticas do seguinte texto. 
 (...) 
14 Publicistas foram ‘ilustres homens públicos’, 
 difusores de grandes propostas de mudanças. 
16 Grandes persuasores de ideias avançadas e 
emancipatórias, faziam uso da sua capacidade de 
18 falar, de escrever, de publicar para liderar grandes 
mudanças de governos, de regimes políticos, etc. 
(Discutindo Língua Portuguesa, ano 2, n. 14, com adaptações) 
As relações de coesão do segundo parágrafo do texto, focalizando 
“Publicistas” (l.14), permitem iniciar o último período sintático do texto 
com um conectivo, escrevendo Ao passo que grandes persuasores... 
(...) 
10 A audácia é exigida dos tomadores de decisões 
face à situação social brasileira que, vista a partir das 
grandes maiorias, é desalentadora. Muito se tem feito 
no atual Governo, mas é pouco face à chaga histórica 
que extenua os pobres. Nunca se fez uma revolução 
15 na educação e na saúde, alavancas imprescindíveis 
 
 
 
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para transformações estruturais. Um povo ignorante e 
doente jamais dará um salto para frente. 
Algo semelhante ocorre com a política mundial 
face à escassez de água potável e ao aquecimento 
20 global do planeta. Audácia é aquela coragem de to-
mar decisões e pôr em prática iniciativas que res-
pondem efetivamente aos problemas em questão. 
O que vemos, especialmente no âmbito do G-8, do 
FMI, do BM e da OMC diante dos problemas referi- 
25 dos, são medidas tímidas que mal protelam catas-
trofes anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade 
macroeconômica inibe a audácia que os problemas 
 sociais exigem. Dever-se-ia ir tão longe na audácia que 
um passo além seria insensatez. Só assim evitar-se-ia 
30 que as crises, nacional e mundial, se transformassem 
em drama coletivo de grandes proporções. 
A segunda virtude é a prudência. Ela equilibra a 
audácia. A prudência é aquela capacidade de esco-
lher o caminho que melhor soluciona os problemas e 
35 mais pessoas favorece. Por isso a prudência é a arte 
de congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais 
vontades coletivas para garantir um objetivo bom para 
o maior número possível de cidadãos. 
Como em todas as virtudes, tanto a audácia quan- 
40 to a prudência podem conhecer excessos. O excesso 
de audácia é a insensatez. A pessoa vai tão longe que 
acaba se isolando dos outros ficando sozinha como um 
Dom Quixote. O excesso da prudência é o imobilismo. 
A pessoa é tão prudente que acaba morrendo de ajui- 
 
 
 
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45 zada. Engessa procedimentos ou chega tarde demais 
na compreensão e solução das questões. 
Há uma virtude que é o meio termo entre a audá-
cia e a prudência: a temperança. Em condições nor 
mais significa a justa medida, o ótimo relativo, o equilí- 
50 brio entre o mais e o menos. Ela é a lógica do universo 
que assegura o equilíbrio entre a desordem originária 
 do big bang (caos) e a ordem produzida pela expan-
são/evolução (cosmos). Mas em situações de alto caos 
social como é o nosso caso, a temperança assume a 
55 forma de sabedoria política. A sabedoria implica levar 
tão longe a audácia até aquele ponto para além do qual 
não se poderá ir sem provocar uma grande instabilida-
de. O efeito é uma solução sábia que resolve as quês- 
toes das pessoas mais injustiçadas, quer dizer, traz-lhes 
60 sabor à existência

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