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CONHECIMENTOS 
BANCÁRIOS
Noções de Dívida Pública
Livro Eletrônico
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Noções de Dívida Pública
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Noções de Dívida Pública .............................................................................................................. 4
Dívida Pública: Conceitos de Receita e Despesa ...................................................................... 4
Receita Pública ................................................................................................................................ 4
Despesa Pública .............................................................................................................................. 5
Dívida, Financiamento Público e Contas Nacionais ................................................................. 7
Conceitos de Dívida, Resultado Primário e Resultado Nominal .......................................... 11
Tipos de Resultado ou Deficit: Primário, Operacional e Nominal ........................................12
Títulos Públicos e Sistema Selic .................................................................................................16
Tipos de Títulos Públicos ............................................................................................................ 18
Dívida Pública no Brasil ................................................................................................................21
Resumo ............................................................................................................................................ 25
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 29
Questões de Concurso ..................................................................................................................31
Gabarito ...........................................................................................................................................43
Gabarito Comentado ....................................................................................................................44
Referências .....................................................................................................................................68
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Noções de Dívida Pública
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
ApresentAção
Olá, concurseiro(a) dedicado(a)! Animado com os estudos?
Nesta aula, iremos estudar conceitos ligados à receita e despesa pública, Deficit Público, 
Dívida Pública e Títulos Públicos. Todos esses conceitos estão ligados à ideia de orçamento 
público, resultado orçamentário, Política Fiscal e Dívida. Também estudaremos quais os princi-
pais tipos de Títulos Públicos e seu papel na Política Fiscal e Monetária.
Utilize os mapas mentais para ajudar a memorizar os conceitos e faça os exercícios para 
fixar o conteúdo. Força e bons estudos!
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Noções de Dívida Pública
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Douglas Xavier
NOÇÕES DE DÍVIDA PÚBLICA
DíviDA públicA: conceitos De receitA e DespesA
A noção de receitas e despesas da União está ligada ao orçamento público, ou seja, à ar-
recadação e a execução orçamentária. Vale ressaltar que consideramos receitas e despesas 
públicas aquelas ligadas ao setor público. Apenas para esclarecer: o setor público, nesse con-
texto, é composto pelo Governo Central, ou seja, Governo Federal, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, mais empresas estatais não financeiras. Trataremos com mais debate sobre essa 
composição a seguir.
receitA públicA
A receita pública pode ser definida como toda entrada de recursos que possa se integrar 
ao patrimônio público, ou seja, toda quantia recebida pelos cofres públicos que aumenta o 
patrimônio público. Dito de forma mais clara, as receitas públicas podem ser compostas de 
impostos, taxas, contribuições, operações de crédito e outras. A lei n. 4320/64 apresenta a 
classificação em categorias econômicas das receitas, dividindo-as entre Receitas Correntes e 
Receitas de Capital. Vejamos!
• Receitas Correntes: são as receitas tributária (impostos, taxas e contribuições de me-
lhoria), receita patrimonial, agropecuária, industrial de serviços e outras, além de recur-
sos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quanto desti-
nadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes.
• Receitas de Capital: são aquelas oriundas de constituição de dívida, como:
− dívidas;
− conversão;
− bens e direitos:
 ◦ recursos recebidos de pessoas de direito público ou privado destinados a atender 
despesas de capital;
 ◦ o superavit do orçamento corrente.
Alguns outros sinônimos encontrados para essa classificação são “receitas primárias” ou 
“não financeiras” para as receitas correntes, e “receitas financeiras” para as de capital. Nota-
mos, então, que as receitas têm composição diversa e não se restringe a impostos ou a popu-
larmente conhecida “carga tributária”.
Vamos fazer uma questão de prova?
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001. (QUADRIX/CREA-GO/ANALISTA/2019) As receitas correntes tributárias compreendem 
somente as receitas com impostos, as taxas e as contribuições de melhoria.
Essa é a definição das receitas tributárias. Vale lembrar que as receitas correntes ainda são 
compostas de outros tipos de receitas, como recursos recebidos de outras pessoas de direito 
público ou privado destinados a atender despesas correntes.
Certo.
DespesA públicA
Já o conceito de despesas públicas é ainda mais abrangente e está ligado à ideia de gastos 
públicos. Cuidado, concurseiro (a), pois embora esses dois conceitos sejam, por vezes, consi-
derados sinônimos (até em provas de concurso), eles podem induzir a um erro de interpreta-
ção, já que gastos públicos são, a rigor: despesas + investimentos públicos.
Na realidade, são considerados gastos públicos todas as despesas envolvidas na produ-
ção e manutenção de bens públicos1, incluindo os investimentos, e a regulação de mercados.
Dada a complexidade e diversidade dos gastos públicos, Riani (2016) classifica as despe-
sas em três diferentes níveis de detalhamento:
a) Despesas agregadas: essa classificação gera estatísticas em nível macroeconômico, ou 
seja, classifica as despesas de acordo com o os gastos da administração pública. Isso torna 
possível distribuir as despesas em componentes como gastos com pessoal, transferências e 
outros. Por exemplo: despesas em nível federal, em nível estadual ou em nível municipal.
b) Despesas por categorias econômicas: exibe balanços das unidades federativas, agru-
pando informações sobre o peso relativo de cada componente na estrutura de gastos, situa-
ção financeira dos entes,capacidade de investimento, rigidez e política de gastos. Conforme 
veremos a seguir há duas principais categorias econômicas: despesas correntes e despesas 
de capital.
c) Despesas por função: organizadas em torno das áreas de atividade, projeto, operação, 
permite maior nível de agregação, por exemplo: saúde, educação, defesa, segurança etc., ou 
em organização por ministérios.
Já a lei n. 4.320/64 classifica as despesas públicas em dois grupos principais:
1. Despesas Correntes
1 Bens públicos são aqueles bens ofertados pelo Governo Geral e que podem ser usufruídos por toda sociedade, gerando 
externalidades positivas, como educação, pesquisa, saúde, segurança pública e nacional, sistema de justiça, seguridade 
social, investimentos e manutenção de espaços públicos e aparelhos de logística (como aeroportos, rodovias, portos etc.), 
além de regulação e fiscalização de outros serviços públicos ofertados por pessoas de direito público ou privado.
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2. Despesas de Capital
Vejamos do que de trata cada grupo!
Despesas Correntes: são aquelas despesas com custeio e transferências correntes. Cus-
teio faz referência à recursos destinados a oferta e manutenção de serviços públicos, por 
exemplo: salários de funcionários, consumo de bens e serviços, obras de conservação e adap-
tação de bens imóveis, gastos que custeiam os programas e políticas públicas. Já transferên-
cias correntes são despesas que não apresentam contrapartida direta2, de caráter cultural ou 
assistencial, ou mesmo subvenção para atividades econômicas e pensões. Resumidamente 
esses gastos reduzem a disponibilidade financeira dos governos, por isso apresentam efeito 
negativo sobre o Patrimônio Líquido.
Despesas de Capital: são aquelas despesas relacionadas à investimentos, inversões finan-
ceiras e transferência de capital. São exemplos: obras públicas, aquisição de equipamentos 
ou material permanente, aquisição de bens imóveis ou bens de capital, títulos de empresas 
ou outras entidades, constituição ou aumento de entidades que visem objetivos comerciais, 
financeiros, inclusive bancários ou de seguros. Dessa forma, despesas de capital tem a con-
trapartida de redução de obrigação ou constituição de um ativo. Sendo assim, não impactam 
diretamente no Patrimônio Líquido dos governos.
A classificação dos gastos públicos é utilizada para mensuração de estatísticas que visem 
apresentar a distribuição dos gastos entre as diversas funções do Estado, seja em nível da 
União, seja em nível dos demais entes federativos, no caso do Brasil.
Com essa classificação, é possível separar as despesas entre as esferas de poder do Es-
tado (Legislativos, Judiciário e Executivo), bem como entre as diferentes funções de cada um, 
com destaque para o Executivo (administração e planejamento; Defesa nacional e segurança 
pública; Educação e cultura; Indústria, comércio e serviços; Agricultura; Desenvolvimento re-
gional etc.). Essa classificação se espelha na forma com que o governo executa suas políticas 
públicas e frequentemente as organiza em torno de Ministérios ou secretarias.
Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) inteligente, vamos fazer mais uma ques-
tão de prova!
002. (CESPE CEBRASPE/TCDF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) O valor gasto com des-
pesa médica em hospital público faz parte dos gastos do governo.
2 Contrapartida direta ocorre em transações que envolvem troca de benefícios, como o trabalhador que trabalhado todo mês 
para receber seu salário. Quando não há contrapartida direta podemos dizer que há transferência de valores monetários 
sem necessidade de algo em troca. Um exemplo é subvenção de recursos públicos para programas sociais ou eventos cul-
turais, onde não haverá retorno financeiro imediato.
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Despesas de saúde pública são consideradas despesas correntes, exceto aquelas para cons-
trução de novos hospitais que se enquadram em investimentos. De qualquer forma essas des-
pesas são consideradas sim gastos do governo.
Certo.
Toda essa estrutura de gastos forma o que economistas chamam de Política Fiscal. Esse 
termo faz referência a forma com que o governo executa suas políticas públicas - discutiremos 
isso mais a frente.
A seguir, um mapa para auxiliá-lo(a) na compreensão!
Agora que entendemos o que é receita e o que é despesa pública, iremos discutir como a 
necessidade de financiamento público tem impacto na dívida pública. Para tanto, usaremos 
alguns conceitos de Contas Nacionais.
DíviDA, FinAnciAmento público e contAs nAcionAis
O Sistema de Contas Nacionais é mensurado pela Contabilidade Social ou Contabilidade 
Nacional. Segundo Feijó (2013) a Contabilidade Social tem objetivo de mensurar a atividade 
econômica e social em seus múltiplos aspectos, sistematizando a produção e geração de 
agregados macroeconômicos e indicadores de desenvolvimento da economia como um todo.
Dito de uma forma mais simples: é o Sistema de Contas Nacionais que produz as infor-
mações sobre o comportamento da economia como um todo: se o PIB cresce ou não, se as 
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famílias estão consumindo mais ou menos, se o investimento está se expandindo ou não. Para 
nossa aula, destacaremos o papel da dívida pública e dos resultados das contas públicas.
Antes de tudo é necessário destacar que para as Contas Nacionais há diferença entre va-
riáveis de fluxo e de estoque, e isso é importante para entendermos a diferença entre deficit/
superavit e dívida. Vamos lá!
Variáveis de Fluxo: correspondem a atividades econômicas ininterruptas que variam ao 
longo do tempo, frequentemente fazemos analogia a um filme (você só consegue assistir um 
filme durante um período). Exemplo: investimento, PIB, deficit, superavit.
Variáveis de Estoque: correspondem a atividades econômicas em uma determinada data. 
Frequentemente, fazemos analogia a uma fotografia (é um recorte no tempo, ou um único fra-
me de um filme). Exemplo: riqueza, capital, dívida, reservas.
Assim, percebemos que dívida é um estoque, ou seja, seu nível advém de períodos ante-
riores e é possível mensurar o nível de dívida nesse exato momento. Já conceitos de deficit/
superavit são resultados de um exercício, ou seja, resultado de atividade durante um período de 
tempo que pode ser um mês, um ano, ou qualquer outro período. O acúmulo desses resultados 
terá impacto direto no montante de dívida.
Pense da seguinte maneira: No mês de Julho deste ano você acabou gastando um mon-
tante maior que o seu salário, e com isso acabou usando seu limite de cheque especial. Nesse 
sentido você acabou seu mês com um saldo negativo ou um deficit em suas contas. Já no mês 
de Agosto você terá um novo salário, em um novo período ou exercício. Porém agora, além de 
cumprir com seus gastos do mês de Agosto você ainda tem umadívida herdada do mês de 
Julho, onde foi gerado deficit.
003. (UFCG/UFCG/ECONOMISTA/2019) Com relação aos conceitos de variável de estoque e 
variável de fluxo. Assinale a alternativa correta.
a) As variáveis deficit e dívida pública somente podem ser classificadas num único conceito: 
ou ambas são variáveis estoque ou ambas são variáveis fluxo.
b) O deficit público é uma variável fluxo e nada se pode afirmar quanto à dívida pública.
c) O deficit público, por ser independente da variável tempo, é necessariamente uma variá-
vel estoque.
d) Dependendo do modelo, a classificação do deficit e dívida pública nos conceitos de variável 
estoque e fluxo podem ser alterados.
e) O deficit público é necessariamente uma variável fluxo, ao passo que a dívida pública é ne-
cessariamente uma variável estoque.
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Relembre os conceitos:
Variável de fluxo: varia ao longo do tempo, deve ser analisada dentro de um período de tempo, 
é um filme.
Variável de estoque: pode ser mensurada em um ponto no tempo, é uma fotografia.
Logo, deficit é variável de fluxo, pois só pode ser observado em um período de tempo, e dívida 
é uma variável de estoque, pois pode ser mensurada em um ponto exato no tempo (dívida é o 
acúmulo de deficits passados).
Letra e.
Para entendermos as Contas Nacionais básicas, partiremos da seguinte identidade contábil:
Poupança (S) = Investimento (I)
No âmbito das Contas Nacionais, poupança é expressa de forma ampla. Não se trata, apenas, 
daquela conta que você abre no banco para deixar seu dinheiro guardado, mas sim todo o 
dinheiro que pode ser usado para ampliar a capacidade produtiva de um país, como crédito 
por exemplo.
Voltando à identidade entre Poupança e Investimento! Sabendo que uma economia na-
cional aberta, como a do Brasil, engloba tanto o setor privado como o setor público e o setor 
externo (resto do mundo) temos que:
S (poupança total) = Poupança privada (Spri) + Poupança pública (Sgov) + Poupança 
Externa (Sext)
e
I – (investimento total) = Investimento público (Igov) + Investimento privado (Ipri)
E lembrando que:
Isolando os indicadores que fazem referência ao setor público (ou seja, poupança do go-
verno e investimento do governo), temos:
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Sgov – Igov = Ipri – Spri – Sext
Caso a diferença entre o Investimento público e a Poupança pública seja negativa, ou seja, 
se o setor público gastou mais com investimentos do que tinha em poupança, teremos o Defi-
cit público (DP, que é por definição negativo). Assim:
DP = + Spriv + Sext – Ipriv
Podemos concluir que o deficit no setor público será financiado pela poupança do setor 
privado e pela poupança do setor externo. Ou seja, sempre que o Estado incorre em resultado 
negativo no exercício, ou em deficit, ele terá necessidade de se financiar de alguma forma – 
frequentemente, recorrendo à poupança privada ou do setor externo.
Os sucessivos deficits públicos (fluxo) alimentam a dívida pública (estoque). Em termos 
contábeis, o aumento da dívida pública significa, então, um aumento de obrigações do Estado. 
Ao mesmo tempo, significa um Ativo para o setor privado e para o setor externo, pois eles em-
prestam ao Estado.
E como o setor privado e o setor externo financiam o deficit do Governo?
Na prática, a necessidade de financiamento do setor público, dado o deficit de suas contas, 
será coberta principalmente por meio de emissões de títulos de dívida por parte do Estado. É 
importante dizer que há outras formas de financiamento do Estado, como emissão de moeda, 
embora esse mecanismo seja proibido na legislação brasileira atualmente.
Cabe agora destacar o que é considerado setor público. Segundo o Banco Central do Brasil 
- Bacen (2018), para fins estatísticos podemos delimitar setor público como:
Setor público não financeiro + O próprio Banco Central
Setor público não financeiro = Administrações diretas federais, estaduais e municipais; ad-
ministrações indiretas; sistema público de previdência e seguridade social e empresas estatais 
não-financeiras de todos os entes da federação (exceto Petrobrás e Eletrobrás).
A exclusão das empresas Petrobrás e Eletrobrás ocorre porque são empresas de capital 
aberto, com ações negociadas em bolsas de valores, o que impõe a essas empresas regras 
contábeis próprias daquelas empresas privadas que participam do mercado de capitais. Já a 
inclusão do Banco Central ocorre devido a particularidades do arranjo institucional brasileiro e 
a necessidade de financiamento de suas atividades por parte do orçamento público. 
É importante ressaltar que as Contas Nacionais destacam o papel que os investimentos 
podem ter em gerar deficit público quando são superiores ao nível de poupança pública. Na 
prática, conforme apresentado anteriormente, as despesas públicas são divididas entre despe-
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sas correntes e de capital, e embora apenas a última esteja ligada a investimentos, ambas têm 
o poder de gerar deficit público. Sendo assim é possível haver diferentes tipos de deficit, muito 
embora todos se enquadrem na definição geral das Contas Nacionais.
No item a seguir, discutiremos as três principais formas de expressar o deficit público.
conceitos De DíviDA, resultADo primário e resultADo nominAl
Já entendemos que o deficit público ocorre quando os investimentos, ou gastos do go-
verno em geral, são superiores à poupança, ou às receitas. Antes de buscar entender os três 
diferentes tipos de resultado das contas públicas podemos buscar entender o que é a poupan-
ça pública.
A poupança do governo é obtida fundamentalmente pela diferença entre as receitas lí-
quidas de transferências e os investimentos, conforme apresentado pelas Contas Nacionais. 
Caso esse resultado seja positivo, teremos superavit, caso seja negativo teremos deficit.
• Se receitas públicas – transferências - gastos correntes – gastos de capital > 0, então 
há superavit público ou fiscal;
• Se receitas públicas – transferências – gastos correntes – gastos de capital < 0, então 
há deficit público ou fiscal.
De forma geral, o superavit indica que o governo arrecada mais do que gasta, o que quer 
dizer que o governo está realizando uma política fiscal contracionista. Já quando há deficit o 
governo gasta mais do que arrecada em suas receitas, indicando que pode haver uma política 
fiscal expansionista.
Quando o governo incorre em deficit público, ou deficit fiscal, dizemos que há uma Neces-
sidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) e, portanto, é necessário que haja cobertura 
dessa necessidade de financiamento. Isso ocorre de duas formas:
Emissão de moeda: o Banco Central ou autoridade monetária equivalente pode emitir mo-
eda e depositá-la na conta do Tesouro Nacional, e em troca pode receber títulos de dívida do 
Tesouro ou não. Esse tipode operação pode não ter impacto direto na dívida pública, mas tem 
o poder de aumentar a base monetária de uma economia já que o dinheiro é criado sem ne-
cessária contrapartida de expansão da atividade econômica. Esse aumento de base monetária 
pode levar a inflação. Devido a essa característica, no momento, esse tipo de operação não é 
permitido no Brasil devido a arranjos legais como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Operações de Mercado Aberto (Open Market): frente ao deficit fiscal, o Tesouro Nacional 
pode emitir títulos de dívida ao setor privado. Essa operação permite que o setor privado, e no 
Brasil, o setor externo, comprem esses títulos, direcionando suas poupanças para o cobrir o 
deficit fiscal. Todavia, essa operação aumenta o nível de dívida do setor público, uma vez que 
representa a criação de obrigações para o setor público.
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A partir de meados dos anos 1980, com reformas nos Sistemas de Contas Nacionais que 
buscavam seguir recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), criou-se uma no-
menclatura de três tipos de NSFP, que se complementam. Essa nomenclatura utiliza os crité-
rios de “acima” e “abaixo” da linha para descrever o impacto na dívida pública, veremos isso 
com mais detalhe a seguir.
tipos De resultADo ou DeFicit: primário, operAcionAl e nominAl
As edições mais recentes dos Sistemas de Contas Nacionais, bem como o Manual de Es-
tatísticas Fiscais do Bacen, destacam três tipos de resultado das contas públicas, ou de deficit 
público. Eles são considerados complementares e podem aparecer em questões confundindo 
o(a) candidato(a), mas não se preocupe, os conceitos são de fácil memorização:
Resultado primário: é a NSFP, considerando apenas os componentes não-financeiros no 
setor público, ou seja, as despesas e receitas correntes.
Resultado primário = Receitas não-financeiras – Despesas não-financeiras.
Resultado nominal: é a NFSP incluindo os componentes financeiros das receitas e des-
pesas públicas. Dito de outra forma, corresponde à variação da dívida líquida pois considera 
as receitas e despesas financeiras, ou seja, o aumento do endividamento e o pagamento de 
serviços da dívida (como juros).
Resultado nominal = Resultado primário – despesas financeiras + receitas financeiras
Resultado operacional: é a NFSP correspondente ao resultado nominal, mas deduzindo a 
correção inflacionária e cambial no cálculo das despesas financeiras. Esse tipo de resultado é 
mais importante em regimes de alta inflação pois permite a mensuração dos juros reais, aque-
les corrigidos pela inflação e/ou câmbio, porém perdeu a importância recentemente no Brasil 
devido ao controle da inflação.
Resultado operacional = Resultado nominal – juros reais da dívida pública.
O PULO DO GATO
Caso a banca traga apenas o conceito de NFSP, sem especificar se faz referência ao conceito 
nominal, primário ou operacional, deve-se tratar como se fosse o resultado nominal, que é mais 
amplo e utilizado. Quando se trata de resultado primário, normalmente, aparece discriminado, 
já o operacional é menos importante atualmente.
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Como nem só de teoria, vive o (a) concurseiro (a) esperto (a), vamos a uma questão!
004. (CESPE CEBRASPE/TCDF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2020/Q1339445) 
Quando o total das receitas do Governo é inferior ao total de suas despesas, ocorre um deficit 
primário do setor público. Neste caso, se consideram as despesas financeiras e não financeiras.
O resultado primário é calculado com base nas receitas e despesas não financeiras. O que 
considera as despesas financeiras e não financeiras é o resultado nominal.
Errado.
Note que esses conceitos não nos dizem diretamente qual o impacto desses resultados na 
dívida, portanto os consideramos como resultado fiscal “acima da linha”, enquanto o resultado 
“abaixo da linha” consideram a variação da dívida líquida total. Esses critérios são equivalentes 
e para entendermos melhor esses dois conceitos apresentarei abaixo um exemplo.
Despesas Receitas
Educação 1000 Arrecadação tributária 2000
Segurança 700 Contribuições 200
Saúde 1100
Total 2800 Total 2200
Acima da linha
Abaixo da linha
NFSP = 2200 – 2800 = 600
No critério “acima da linha” é possível medir o resultado do exercício em termos do que foi 
gerado de receita e das despesas. No critério “abaixo da linha” é onde realmente se mensura 
o resultado, que neste caso foi um deficit, considerando a necessidade de financiamento, mas 
sem considerar a contribuição dos componentes individualmente. A análise pelo critério “abai-
xo da linha” aponta diretamente qual é o impacto do resultado desse exercício na dívida. Esse 
é o método utilizado pelo Bacen para apresentar as estatísticas de variação do endividamento 
do setor público.
Nesse ponto entendemos por que consideramos o resultado do exercício, ou o deficit/
superavit como uma variável de fluxo. O deficit apresenta o resultado de um período de tempo, 
que por convenção é de um ano ou um trimestre. Os deficits impactam diretamente na dívida 
pública que é uma variável de estoque, uma vez que pode ser possível identificar qual é o mon-
tante de dívida nesse exato momento, além de envolver o acúmulo de resultados (deficits ou 
superavits) de períodos anteriores.
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A seguir iremos explorar mais dois conceitos sobre dívida pública que servem para diferen-
ciar o nível de endividamento agregando mais informações. Isso pode ser muito importante 
para análise de economistas e investidores que querem identificar o real nível de endividamen-
to do Estado, são eles a dívida bruta e a dívida líquida do governo federal.
Dívida Bruta do Governo Federal, ou dívida interna, compreende o total de débitos de res-
ponsabilidade do Governo Federal, governos estaduais e municipais, junto ao setor privado, 
ao setor público financeiro e ao resto do mundo, e dívida de empresas estatais, exceto Grupo 
Petrobrás e Grupo Eletrobrás. É composta da dívida mobiliária do Governo Federal (ou seja, 
títulos públicos emitidos por todas as esferas de governo), operações compromissadas (em 
grande medida ligadas à política monetária), dívida bancária dos governos federal, estaduais e 
municipais, majoritariamente em moeda própria.
Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) corresponde ao endividamento líquido do Gover-
no Federal (incluindo previdência social), dos governos estaduais e municipais junto ao setor 
público financeiro, setor privado e resto do mundo. Compreende a soma da dívida interna e ex-
terna do setor público, excluindo ativos do setor público, como reservas internacionais, crédito 
com setor privado e eventuais privatizações (ativos que podem ser vendidos).
A noção de DLSP traz novos conceitos, como o de reservas internacionais. Por isso vamos 
destacarmais dois conceitos adicionais sobre dívida pública que frequentemente são confun-
didos: dívida interna e dívida externa.
Dívida interna: compreende o total de obrigações do setor público junto ao setor público 
financeiro, setor privado e resto do mundo em moeda doméstica. O conceito de dívida interna 
está intimamente ligado ao de Dívida Bruta do Setor Público, e podem ser encarados como 
sinônimos. Em grande medida, ainda que o governo possa vender títulos de dívida pública para 
estrangeiros, ele o faz em moeda nacional. Dessa forma consideramos esses títulos como 
dívida interna.
Dívida externa: compreende o total apurado em determinada data dos débitos emitidos 
ou contratados no exterior, onde haja obrigação de pagamentos de principal e/ou juros. Por 
se tratar de dívida contratada no estrangeiro, as operações são convertidas em dólares norte-
-americanos. É possível que algumas dessas operações sejam realizadas em outras moedas 
que não o dólar norte-americano, porém a conversão é realizada com a finalidade de facilitar 
a análise das informações contábeis. Essa dívida é de responsabilidade do Banco Central, que 
trata dos depósitos em moeda estrangeira e reservas internacionais.
A Dívida Externa apresenta particularidades em relação a Dívida interna por ser uma dívida 
em moeda estrangeira. Assim, ainda que seja responsabilidade do Banco Central o seu mane-
jo, ele não tem capacidade de emitir títulos em outra moeda que não seja a moeda nacional 
(Real). Há ainda outra questão, tanto na mensuração da DLSP como na Dívida Externa, esta-
mos trabalhando com dívida não necessariamente contratada pelo governo federal.
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Reservas internacionais: sabemos que as reservas internacionais são depósitos ou apli-
cações em moeda estrangeira administrada pelo Bacen, porém em uma economia aberta não 
é apenas o setor público que faz transações com o resto do mundo. Parte importante dos 
dólares que estão nas reservas administradas pelo Bacen ingressaram no país por via de ex-
portação ou outras transações realizadas pelo setor privado com o resto do mundo. Porém, ao 
realizar essas transações é necessário que ocorra a troca de moedas estrangeiras por moeda 
doméstica, transação essa que é regulada pelo Bacen no mercado cambial.
Em períodos nos quais há maior ingresso de dólares que saída de dólares do país há um 
aumento das reservas. Já períodos em que há maior saída de dólares que ingresso, já redução 
das reservas. Esse movimento pode também impactar na DLSP.
Por fim é importante destacar como ocorre a contabilização do resultado das contas públi-
cas, de acordo com os regimes contábeis.
• Regime de competência: fatos contábeis são registrados no período que ocorre o fato 
gerador, seja receita ou despesa. Exemplo: caso o governo brasileiro compre R$ 100 mi-
lhões em livros pra escolas públicas, essa despesa será contabilizada no momento da 
compra e não quando realiza o pagamento.
• Regime de caixa: fatos contábeis são registrados apenas na efetivação do pagamento 
ou recebimento, e não no momento do fato gerador. Assim a compra dos livros seria 
contabilizada apenas na data de pagamento da despesa.
Perceba que a diferença no período em que ocorre a contabilização de um mesmo fato 
contábil pode resultar em diferentes resultados, impactando em superavit ou deficit fiscal, ou 
no nível destes. No Brasil, os resultados expressos pela NFSP são apurados pelo regime de cai-
xa, com exceção dos juros, que são apurados pelo regime de competência. Assim as despesas 
e receitas públicas só são consideradas no cálculo do deficit quando são pagas ou recebidas, 
e não no momento do fato gerador (quando ocorrem).
Preste muita atenção nos conceitos apresentados, pois a diferença entre eles pode expli-
car o impacto que o resultado do orçamento tem na trajetória da dívida pública.
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títulos públicos e sistemA selic
Conforme discutimos anteriormente, as despesas públicas são realizadas seguindo deci-
sões dos governos. Essas decisões podem indicar se há uma expansão nos gastos e investi-
mentos ou não, gerando assim uma política fiscal expansionista ou contracionista.
Políticas fiscais expansionistas normalmente significam maior nível de gastos e investi-
mentos públicos, por exemplo, expandindo as despesas correntes com a contratação de novos 
professores ou expandindo as despesas de capital com a construção de novos campi universi-
tários. Como vimos anteriormente a segunda opção se traduz em construção de um ativo para 
o governo - os prédios nos campi universitários. Todavia, esse tipo de investimento, frequente-
mente, precisa de crédito para ser realizado, o seja, é gerador de dívida.
Também se gera dívida quando o governo incorre em algum tipo de deficit, primário ou no-
minal, de forma que haja NFSP. Como vimos uma forma de atender a essa NFSP é por meio de 
emissão de títulos de dívida. Mas o que são esses títulos?
Primeiramente vamos entender quais são os órgãos responsáveis pela emissão desses 
títulos: a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e o Banco Central do Brasil (Bacen).
• Secretaria do Tesouro Nacional (STN) ou Tesouro Nacional (TN): é um órgão do Gover-
no Federal ligado ao Ministério da Economia que tem por objetivo administrar a dívida 
pública, bem como operacionalizar no mercado de financeiro emitindo títulos de dívidas 
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e gerar informações sobre as finanças públicas. De forma geral, a STN pode ser enten-
dida como o caixa do Governo Federal, responsável por parte do manejo das finanças 
públicas.
• Banco Central do Brasil ou Bacen: é a autoridade monetária no Brasil responsável por 
manter a estabilidade da moeda, ou seja, é o fiador da moeda doméstica, considerado o 
Banco dos bancos. Ele tem poder de regular o mercado financeiro e monetário, além de 
negociar títulos de dívida para execução de Política Monetária.
A Política Monetária seria então o conjunto de decisões, estratégias e instrumentos utili-
zados pelo Estado, por meio de sua autoridade monetária, para cumprir o objetivo de manter 
a moeda (ou dinheiro) estável. Isso evita crises bancárias e mantém a confiança no sistema 
financeiro do país. Com maior confiança nessas instituições, o mercado bancário e financeiro 
pode se sentir mais seguro em realizar operações de crédito, financiamento e negociação de 
instrumentos financeiros (ações, debentures etc.) o que favorece investimentos produtivos.
Dessa forma, a execução da Política Monetária é essencial para o bom funcionamento da 
economia como um todo e tem como principal desafio o controle da inflação. A inflação é o 
aumento generalizado do nível de preços. É muito importante compreender esse ponto. Não é 
porque uma ou outra mercadoria aumentou repentinamente de preço que temosinflação, isso 
só ocorre quando há um aumento geral nos preços de produtos e serviços, ou seja, quando na 
média todos aumentam seu preço no mesmo período de tempo.
Todavia, muito dificilmente o nível de inflação será mantido constante em 0%. É natural que 
com o crescimento da economia haja algum nível de inflação, que pode ser benéfico ao suge-
rir que a economia está em expansão. Já processos inflacionários mais persistentes exigem 
atenção. Eles acontecem quando o nível de inflação está alto, e são ligados principalmente a 
mudanças repentinas como choques externos (secas, choques de oferta como aumento no 
preço de commodities como petróleo etc.) ou mesmo a algum desarranjo na economia que 
reduza o nível de confiança dos agentes econômicos na moeda. Como já apresentado em 
aulas anteriores, um dos objetivos centrais de Política Monetária no Brasil é perseguir a meta 
de inflação.
A execução da Política Monetária no Brasil é feita, em grande parte, por meio do Sistema 
Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), que é uma infraestrutura do mercado financeiro no 
Brasil que faz parte do Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB). Trata-se de um sistema que 
efetua custódia e registro de transações de maioria dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacio-
nal, bem como de compromissadas (papel que onde o vendedor assume o compromisso de 
recomprar um título em uma data futura, acrescido juros).
Também é desse sistema que deriva a Taxa Selic, considerada a taxa de juros básica da 
economia. Ela é um dos principais instrumentos de política monetária utilizada pelo Bacen 
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para controle da inflação. É considerada a taxa de juros básica porque influencia todas as de-
mais taxas de juros do país, em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Mas como isso se relaciona com a dívida pública?
Para manter a inflação dentro da meta o Bacen opera no mercado de títulos públicos para 
que a taxa Selic esteja em linha com a meta da Selic que é definida em reunião do Comitê de 
Política Monetária (Copom) do Bacen.
Assim o Bacen realiza atuação direta em operações de mercado aberto (Open Market), 
comprando e vendendo títulos públicos federais, com o objetivo de manter a taxa de juros tran-
sacionada em valores próximos ao valor definido na reunião do Copom. O Bacen também pode 
negociar Operações Compromissadas, que como já explicado anteriormente, têm capacidade 
de ajudar a manter a taxa de juros Selic próxima à meta Selic. Essas Operações Compromissa-
das são em grande parte de curtíssimo prazo (de 5 a 45 dias), e representam parte importante 
da Dívida pública.
Open Market: são operações de mercado aberto, por meio das quais o Banco Central vende 
ou compra em Balcão, ou por meio de leilões, títulos de dívida pública a bancos comerciais. 
Parte dos títulos também podem ser negociados com o público em geral, por meio do Tesouro 
Direto. Essas negociações ocorrem em tempo real e podem acontecer a todo momento, com 
o objetivo de manter a Taxa Selic próxima da meta.
Ou seja, a execução da Política Monetária tem impacto na Dívida Pública. Isso ocorre por-
que, ao negociar títulos públicos com o objetivo de manter a meta de inflação, o Bacen acaba 
realizando operações de venda ou compra de títulos para manejar a base monetária. Todavia, 
ao realizar uma Política Monetária expansionista, comprando títulos, o Bacen não apenas au-
menta a base monetária, mas também aumenta o seu passivo, ou seja, aumenta o endivida-
mento público. Ao mesmo tempo os títulos passam a ser direitos nas mãos do setor privado 
que adquiriu esses títulos.
Ainda assim, outra parte de títulos de dívida são negociados diretamente pelo Tesouro 
Nacional. Esses títulos têm como objetivo principal cobrir deficit fiscal, primário ou nominal. A 
seguir veremos quais são os principais títulos de dívida negociados.
tipos De títulos públicos
Aqui apresentaremos alguns conceitos sobre títulos públicos. Já entendemos que os títu-
los públicos podem ser emitidos tanto para execução de Política Monetária como para Política 
Fiscal. Entretanto, há uma diversidade de títulos ofertados pelo Tesouro Nacional, o que impõe 
diferentes perfis para a dívida pública de acordo com a composição dos títulos. Mas não se 
preocupe, pois os nomes dos títulos são bastante intuitivos!
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Títulos prefixados: Com o próprio nome diz, são títulos com taxa de juros prefixadas, ou 
seja, a taxa de juros é fixada no momento da compra do título. Assim, o comprador do título 
sabe de antemão qual é o valor de taxa de juros que ele receberá no período.
Títulos pós-fixados: a taxa de juros contratada nesses títulos é fixada após o período de 
compra ou apenas no vencimento. Ou seja, o comprador do título apenas saberá qual taxa de 
juros realmente foi paga nos títulos na data de liquidação.
Títulos híbridos: é uma combinação dos títulos prefixados e pós fixados. Ou seja, parte da 
rentabilidade pode ser fixada no momento da compra e outra parte pode ser variável no tempo.
Esses conceitos básicos dão conta de explicar todos os títulos públicos. Agora iremos ver 
alguns exemplos de títulos em negociação pela STN.
1. Tesouro Selic (antigo LFT): é um título atrelado à taxa Selic, portanto é considerado um 
título pós-fixado. Tem ligação direta com a execução da Política Monetária e assim tem o me-
nor risco. Apresenta baixa volatilidade, ou seja, seu valor de face se mantém quase constante 
já que envolve a taxa Selic. Tem altíssima liquidez e pode ser vendido e comprado sempre que 
o mercado está aberto. Antes de 2015 respondia pela sigla LFT (Letra Financeira do Tesouro).
2. Tesouro Prefixado (antigo LTN): é um título prefixado, que detém uma taxa fixa já co-
nhecida no momento de contratação do título. Assim o comprador do título já sabe qual será 
exatamente a rentabilidade futura. Antes de 2015 era conhecido como LTN (Letra do Tesou-
ro Nacional)
3. Tesouro Prefixado com juros semestrais (antigo NTN- F): é um título prefixado, assim 
como o tesouro prefixado tem uma taxa de juros fixa já na contratação do título, porém nesse 
caso os juros sobre o capital são pagos a cada 6 meses. Era conhecido por NTN-F (Notas do 
Tesouro Nacional série F).
4. Tesouro IPCA+ (antigo NTN-B principal): é um título misto. Parte da rentabilidade é uma 
taxa de juros prefixada e parte é variação da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consu-
midor Amplo (IPCA). Por envolver o IPCA a rentabilidade pode variar ao longo do tempo para o 
comprador, porém pode ser mais negociado em títulos de prazos mais longos. Antes conheci-
do por NTN-B principal (Notas do Tesouro Nacional série B principal).
5. Tesouro IPCA+ com juros semestrais (antigo NTN-B): é um título misto. Assim como o 
anterior tem envolve taxa de juros prefixado e IPCA, a diferença é que há pagamento de juros 
semestralmente. Antes conhecido por NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B).
Algumas bancas ainda usam os nomes antigos, Letras do Tesouro Nacional (LTN) para os 
títulos prefixados, atuais Tesouro prefixado, e Nota do Tesouro Nacional tipo B (NTN-B) para 
títulos mistos, atuais Tesouro IPCA+. Esses nomes foram alterados na última década. Há ainda 
títulosmais antigos como o Tesouro IGPM+ ou NTN-C, indexado ao Índice Geral de Preços do 
Mercado (IGPM), que tem forte ligação com a taxa de câmbio em sua composição. Esse último 
não é mais negociado atualmente.
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Vamos resolver uma questão de prova, elaborada especialmente para sua aula (olha só rs!).
005. (INÉDITA) Sobre títulos públicos julgue a alternativa correta.
a) Títulos pós-fixados são aqueles ligados a algum indicador de inflação, o que sempre garante 
retorno positivo ao investidor.
b) O Tesouro IPCA+ é um exemplo de título misto, pois apresenta parte do retorno em taxa fixa 
e parte em variação de acordo com o indicador de inflação.
c) Por ser instrumento para garantir que a inflação fique dentro da meta, o Tesouro Selic sem-
pre é superior ao índice de inflação.
d) Títulos prefixados são aqueles onde o investidor não sabe de antemão qual será o seu re-
torno no futuro.
e) Tesouro IPCA+ com juros semestrais têm esse nome por trabalhar com juros semestrais e 
não anuais.
a) Títulos pós-fixados não são ligados a inflação necessariamente, como o Tesouro Selic, e 
nem sempre garantem retorno positivo. Errado.
b) Certo.
c) Não há regra que obrigue a taxa Selic a estar sempre acima do nível de inflação, sendo 
possível que títulos como o Tesouro Selic tenham retorno real negativo em algumas situa-
ções. Errado.
d) A vantagem dos títulos prefixados é justamente saber na contratação qual é o rendimento, 
já que a taxa e juros é fixada na aquisição. Errado.
e) Tesouro IPCA+ com juros semestrais tem esse nome porque paga juros semestralmente.
Letra b.
Como os títulos são negociados?
Note que há uma diversidade de títulos, mas que todos estão ligados às características 
apresentadas anteriormente: ou são prefixados ou pós-fixados, ou mistos. A decisão de qual 
título é mais ofertado depende das condições de mercado. Normalmente, quando há expecta-
tivas de aumento da Taxa Selic os investidores privados buscam mais os títulos pós-fixados, e 
quando há queda da Selic a procura maior pode ser por prefixados/mistos. Isso ocorre porque 
quando há inflação mais elevada, a taxa de juros real paga pelos títulos prefixados fica menor. 
Com a alta inflação, haverá expectativa de elevação na taxa de juros Selic. Assim, os títulos 
pós-fixados, como o Tesouro Selic, podem ter rentabilidade maior que os prefixados.
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Cada tipo de título pode ter um prazo de vencimento diferente, assim é possível ter títulos 
Tesouro Prefixado com vencimento para daqui 2, 5, 10 anos ou mais. Isso vale para os demais 
títulos. Normalmente, os títulos com maior prazo para vencimento (cerca de 20 a 40 anos) são 
os Tesouro IPCA+, que conseguem proteger o título de oscilações da inflação e ainda pagar 
uma rentabilidade prefixada.
É importante ressaltar que esses títulos são negociados em leilões ou venda direta, ou seja, 
diariamente o Bacen ou STN podem realizar operações de mercado aberto (Open Market) para 
vender os títulos. Entretanto, ao realizar a contratação, a pessoa física ou jurídica não precisa 
reter o título até a sua data de vencimento. Pode haver venda desse título no mercado secun-
dário, antes da data de vencimento.
Assim, é possível que, ao negociar o título antes do vencimento, aquele que detém o título 
possa vendê-lo por um valor de face diferente do contratado. Dizendo de outra forma: se con-
dições no mercado de títulos se alteram, como a inflação, a taxa Selic, ou mesmo outras vari-
áveis que possam afetar a taxa de juros, o titular do papel pode vendê-lo antes do vencimento 
conseguindo um valor diferente do que ele realmente valia quando foi comprado no mercado 
primário. Isso pode fazer com que o proprietário do título tenha ganho ou perda acima das 
condições de contratação do título.
Exemplo: Suponha que você comprou um título prefixado no valor de R$ 1000 a uma taxa 
de juros de 9% a.a. para vencimento daqui a 2 anos. Dois meses após comprar o título, a taxa 
de juros do mesmo título subiu para 10%a.a., isso quer dizer que o valor de face do seu título 
será menor, ele vale menos porque quando foi contratado pagava a rentabilidade de 9%a.a (se 
um título novinho está rendendo 10%, quem comprar um “usado” que rende 9% vai querer pagar 
menos por ele, não é mesmo?).
Nesses termos se você vender o seu título nesse momento, provavelmente terá de vendê-lo 
por um preço menor que os R$ 1000 pagos inicialmente. Com isso você poderá ter algum pre-
juízo. Claro que você pode optar por manter o título em suas mãos até a data de vencimento e 
receber a rentabilidade contratada, de 9%a.a.
Não se preocupe com essas relações, pois o exemplo serviu apenas para ilustrar como 
a rentabilidade de um título pode variar ao longo do tempo de validade dele. Agora que já en-
tendemos os conceitos fundamentais de dívida, e sobre os títulos públicos, no item a seguir 
discutiremos sobre a sustentabilidade da dívida no Brasil.
DíviDA públicA no brAsil
Como já vimos, as Contas Nacionais e legislações específicas dividem as despesas do setor 
público no Brasil entre despesas correntes, destinadas a gastos de custeio, e despesas de capi-
tal, como obrigações financeiras. A Metodologia da “linha abaixo” nos permite perceber como o 
Deficit, que é uma variável de fluxo, pode causar ter impacto na dívida, uma variável de estoque.
Entretanto o que os diferentes tipos de Deficit querem dizer na prática?
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• Deficit primário: o Governo não consegue receitas suficientes para cobrir suas despe-
sas correntes. Assim apresenta NFSP para pagar despesas correntes como salários de 
funcionários ou custeio da máquina pública. Pense que você não consegue pagar suas 
contas de casa completamente, como aluguel, supermercado, energia. Logo estará no 
vermelho no final do mês, e precisará recorrer ao seu cartão de crédito.
• Deficit nominal: O Governo não consegue receitas suficientes para pagar todos os ser-
viços da dívida acumula em período anteriores. Assim precisa se financiar para pagar o 
principal da dívida passada. Pense que você não consegue pagar seu cartão de crédito 
nesse mês, e assim sua dívida no banco aumenta mais ainda.
O PULO DO GATO
É possível que o Governo tenha superavit primário e deficit nominal. Isso ocorre quando as 
receitas não-financeiras conseguem cobrir as despesas correntes, mas não conseguem cobrir 
totalmente as despesas financeiras. Pense que você consegue pagar suas contas de casa, 
aluguel, supermercado, energia, logo pagou todas as despesas não financeiras. Porém não 
consegue pagar toda sua a parcela de um empréstimo (despesa financeira).
Usando o Brasil como exemplo, entre meados dos anos 2000 até 2013 a União trabalhava 
com superavits primários anuais, ou seja, as despesas não-financeiras eram menores que as 
receitasnão-financeiras. Isso permitiu que houve uma relativa redução da relação dívida bruta 
do setor público/PIB. No mesmo período houve acúmulo de Reservas Internacionais, o que 
também ajudou para que houvesse redução no nível de Dívida Líquida do Setor Público/PIB.
Entretanto na maior parte do tempo até os anos 1990, e após 2013 ocorreu deficit primário. Mas 
como isso se mantém sustentável no tempo? Bem, temos que entender que ainda que comparações 
entre a finanças públicas e finanças pessoas sejam frequentes, elas são em grande parte erradas.
Enquanto você, frequentemente, precisa de passar por uma análise de crédito, dar infor-
mações sobre suas fontes de renda e capacidade de pagamento para ter acesso a um finan-
ciamento em um banco, o mesmo não se aplica para o Governo. Em parte, isso se deve ao 
tamanho do Estado e as suas próprias instituições e finalidades.
Uma empresa não precisa sempre recorrer a um banco para ter acesso a crédito, ela pode 
fazer isso no mercado de capitais emitindo papéis como ações ou debêntures. Todavia ela 
ainda precisa informar ao mercado suas condições financeiras por meio de extensos e deta-
lhados demonstrativos e relatórios contábeis. Bem, o Governo também busca fazer isso dispo-
nibilizando por meio da STN uma série de informações e dados sobre sua situação financeira. 
Mas diferentemente das empresas é o governo que tem capacidade de regular o mercado 
monetário e literalmente produzir moeda.
Não pense nisso como uma impressora que imprime dinheiro no sentido literal, mas sim 
que o Governo pode simplesmente ofertar mais títulos de dívida pública sem precisar de qual-
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quer intermediário. Ao fazer isso o Governo tem maior nível de liberdade em suas decisões de 
financiamento, e isso se deve ao seu peso na Economia. Países não tem faturamento, mas tem 
o Produto Interno Bruto (PIB), que é a somatória de toda sua produção de bens e serviços de um 
país. E o Governo representa uma parte importante desse PIB, basta pensar na quantidade de es-
colas, universidades, infraestrutura, hospitais, postos de polícia, escritórios, e tudo mais que são 
bens públicos. Todos eles empregam pessoas e realizam investimentos para sua expansão e 
manutenção. Isso gera produção de bens e serviços que demandam produção no setor privado e 
ao mesmo tempo gera salário para milhões de trabalhadores, o que por definição é parte do PIB.
Ainda que o Governo capture parte do PIB na forma de impostos e outras receitas, ele não 
pode capturar todo o PIB. Entretanto, países com economias grandes e moedas próprias po-
dem ter maior liberdade para se endividar. Por isso para medir se um país está com um nível 
de endividamento sustentável, ou não, se utiliza do indicador de Dívida/PIB.
Podemos destacar alguns conceitos básicos para analisar a relação Dívida/PIB:
Solvência da dívida: com base na expectativa de receitas futuras do governo, crescimento 
da economia e inflação, a dívida pública pode ser considerada mais solvente ou menos. Se a 
expectativa aponta para melhora na economia e na arrecadação a dívida pode ser mais solven-
te. Em caso de crise aguda que aumente o endividamento e diminua a arrecadação o Governo 
pode estar se encaminhando para uma situação de insolvência.
Liquidez: refere-se à capacidade de reverter ativos em dinheiro. Diz-se que o Governo tem 
maior liquidez quando tem maior acesso a poupança privada para financiamento da dívida.
Sustentabilidade: indica que o nível de dívida está dentro dos parâmetros esperados, e que é 
possível rolar a dívida sem maiores problemas. De certa forma junta os conceitos de solvência 
e liquidez, pois quando há solvência e liquidez a dívida tem sustentabilidade ao longo do tempo.
Durante maior parte da década de 2000 e até 2013 o Governo Federal do Brasil apresen-
tou superavits primários e deficits nominais, o que indicava para sustentabilidade da dívida. 
Isso ocorreu em um momento de crescimento econômico e certa estabilidade inflacionária e, 
portanto, maior liquidez e melhor solvência da dívida. Nesse período o tempo de pagamento 
dos títulos cresceu o que indicava maior confiança do mercado financeiro na capacidade de 
pagamento do Governo. O gráfico abaixo apresenta a trajetória da Dívida Líquida do Governo 
Federal com relação ao PIB.
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Fonte: Ipeadata.
Grande parte da sustentabilidade da dívida se deve aos conceitos apresentados anterior-
mente. Assim, mesmo que o montante da dívida estive crescendo dado o deficit nominal, a 
economia também crescia e a inflação estava de certa forma controlada. Nesse cenário a 
relação Dívida Líquida/PIB se manteve em queda ou estável.
A partir de 2013, mas principalmente a partir de 2015, esse cenário se altera. Sucessivos 
deficits primários ocorrem, fazendo com que houvesse dúvidas quanto a sustentabilidade da 
dívida. Com os deficits primários e crise econômica a relação Dívida Líquida/PIB voltou a cres-
cer. Em resposta a isso o governo passou a adotar uma série de políticas que buscasse nova-
mente uma trajetória sustentável para a Dívida Pública.
Chegamos ao fim do conteúdo dessa aula, agora vamos fazer algumas questões?
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Noções de Dívida Pública
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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RESUMO
1. Receitas e Despesas Públicas
Receita pública = toda entrada de recursos que possa se integrar ao patrimônio público. Ou 
seja, toda quantia recebida pelos cofres públicos que aumenta o patrimônio público.
Divide-se entre:
• Receitas Correntes: receita tributária (impostos, taxas e contribuições de melhoria), re-
ceita patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras, além de recursos finan-
ceiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a 
atender despesas classificáveis em despesas correntes.
• Receitas de Capital: são aquelas oriundas de constituição de dívida, como:
− dívidas
− conversão 
− bens e direitos
 ◦ recursos recebidos de pessoas de direito público ou privado destinados a atender 
despesas de capital 
 ◦ o superávit do orçamento corrente.
Despesa Pública = todas as despesas envolvidas na produção e manutenção de bens pú-
blicos, incluindo os investimentos, e a regulação de mercados.
A lei nº 4.320/64 classifica as despesas públicas em dois grupos principais: 
1) Despesas Correntes = despesas com custeio e transferências correntes.
2) Despesas de Capital = relacionadas à investimentos, inversões financeiras e transferên-
cia de capital.
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2. Variáveis de Fluxo e de Estoque
Para as Contas Nacionais há diferença entre variáveis de fluxo e de estoque e isso é impor-
tante para entendermos a diferença entre déficit/superávit e dívida.
Variáveis de Fluxo: correspondem a atividades econômicas ininterruptas que variam ao 
longo do tempo. Exemplo: investimento, PIB, déficit, superávit.
Variáveis de Estoque: correspondem a atividades econômicas em uma determinada data. 
Frequentemente, fazemos analogia a uma fotografia (é um recorte no tempo). Exemplo: rique-
za, capital, dívida, reservas.
Assim, percebemos que dívida é um estoque, ou seja, seu nível advém de períodos ante-
riores e é possível mensurar o nível de dívida nesse exato momento. Já conceitos de déficit/
superávit são resultados de um exercício – variáveis de fluxo.
O déficit público ocorre quando os investimentos, ou gastos do governo em geral, são su-
periores à poupança, ou às receitas.
• Se receitas públicas – transferências - gastos correntes – gastos de capital > 0, então 
há superavit público ou fiscal;
• Se receitas públicas – transferências – gastos correntes – gastos de capital < 0, então 
há déficit público ou fiscal.
De forma geral, o superávit indica que o governo arrecada mais do que gasta, o que quer 
dizer que o governo está realizando uma política fiscal contracionista. Já quando há déficit o 
governo gasta mais do que arrecada em suas receitas, indicando que pode haver uma política 
fiscal expansionista.
3. Tipos de Resultado das Contas Públicas
Resultado primário: é a Necessidade Financeira do Setor Público (NFSP), considerando 
apenas os componentes não-financeiros no setor público.
Resultado primário = Receitas não-financeiras – Despesas não-financeiras.
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Resultado nominal: é a NFSP incluindo os componentes financeiros das receitas e des-
pesas públicas. Corresponde à variação da dívida líquida pois considera as receitas e despe-
sas financeiras, ou seja, o aumento do endividamento e o pagamento de serviços da dívida 
(como juros).
Resultado operacional: é a NFSP correspondente ao resultado nominal, mas deduzindo a 
correção inflacionária e cambial no cálculo das despesas financeiras.
4. Títulos Públicos 
Quando o governo incorre em algum tipo de déficit, primário ou nominal, de forma que haja 
NFSP, a principal forma de atender a essa NFSP é por meio de emissão de títulos de dívida.
Frente ao déficit fiscal, o Tesouro Nacional pode emitir títulos de dívida ao setor privado. 
Essa operação permite que o setor privado, e no Brasil, o setor externo, comprem esses títulos, 
direcionando suas poupanças para o cobrir o déficit fiscal. Todavia, essa operação aumenta 
o nível de dívida do setor público, uma vez que representa a criação de obrigações para o se-
tor público.
5. Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)
É uma infraestrutura do mercado financeiro no Brasil que faz parte do Sistema de Paga-
mentos Brasileiros (SPB). Trata-se de um sistema que efetua custódia e registro de transações 
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de maioria dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, bem como de compromissadas (papel 
que onde o vendedor assume o compromisso de recomprar um título em uma data futura, 
acrescido juros). 
Também é desse sistema que deriva a Taxa Selic, considerada a taxa de juros básica da 
economia. Ela é um dos principais instrumentos de política monetária utilizada pelo Bacen 
para controle da inflação. É considerada a taxa de juros básica porque influencia todas as de-
mais taxas de juros do país, em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
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MAPAS MENTAIS
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA/2014/ADAPTADA). A dívida mobiliária é representada por tí-
tulos emitidos pela União - incluindo os do Banco Central do Brasil – pelos estados e pelos 
municípios.
002. (VUNESP/GRU/ECONOMISTA/2016) Quando os gastos do governo são superiores à 
sua arrecadação, ocorre o fenômeno.
a) Da Deflação.
b) Do Deficit Público.
c) De Curva de Phillips.
d) Do Custo de oportunidade.
e) Do Custo explícito.
003. (ESAF/BANCO CENTRAL DO BRASIL/ANALISTA/2002) Na teoria econômica, muitas 
vezes é oportuno classificar as variáveis como sendo do tipo “estoque” ou “fluxo”. Tomando 
como caso os conceitos de dívida e deficit público, pode-se dizer que:
a) A dívida pública pode ser considerada como uma variável do tipo “fluxo” enquanto o deficit 
público pode ser considerado uma variável do tipo “estoque”.
b) A dívida pública pode ser considerada como uma variável do tipo “estoque” enquanto o de-
ficit público pode ser considerado como uma variável do tipo “fluxo”.
c) Tanto a dívida pública quanto o deficit público são variáveis de “fluxo”.
d) Tanto a dívida pública quando o deficit público são variáveis de “estoque”.
e) Dependendo do enfoque, tanto o deficit quanto a dívida pública podem ser considerados 
variáveis “estoque” ou variáveis “fluxo”.
004. (FCC/TCE-GO/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2014) Para o cálculo do superavit 
primário NÃO são levados em consideração,
a) A contribuição para o financiamento da seguridade social.
b) O imposto de renda de pessoas físicas.
c) O imposto sobre operações financeiras.
d) Os juros e correção monetária da dívida pública.
e) Os cortes na folha de pagamento dos funcionários públicos.
005. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR/2018) Considere que o governo 
tem um deficit orçamentário em certo país. Ele resolve aumentar seu gasto financiando o dis-
pêndio adicional pela venda de títulos da dívida pública no mercado financeiro. Tal ação
a) É uma política fiscal expansiva da demanda agregada.
b) Acarreta uma diminuição da taxa de juros no mercado financeiro.
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c) Diminui o deficit orçamentário do governo.
d) Diminui a futura arrecadação fiscal do governo.
e) Causa uma redução das importações.
006. (CESGRANRIO/BNDES/ENGENHEIRO/2011) A curto prazo, para expandir a demanda 
agregada e a renda de um país, uma política fiscal expansiva
a) Aumentaria os impostos e o superavit orçamentário do setor público.
b) Aumentaria os impostos para repagar a dívida externa.
c) Aumentaria os gastos públicos financiados pela venda de títulos do Tesouro.
d) Reduziria, no mesmo valor, os gastos públicos e importações.
e) Reduziria o gasto público e a emissão monetária usada para financiá-lo.
007. (CESPE CEBRASPE/CODEVASF/ANALISTA/2021/Q1588045) No cálculo da dívida lí-
quida do setor público, consideram-se as dívidas emitidas pelos bancos públicos federais.
008. (IADES/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2019) Uma política fiscal expansionista 
tende a reduzir as NFSP.
009. (FCC/AFAP/ANALISTA/2019/ADAPTADA) Um objetivo contracionista, tudo mais cons-
tante, pode ser alcançado por meio de uma política
a) Monetária, que reduza o compulsório.
b) Fiscal, que aumento o gasto do governo.
c) Monetária, que aumente a taxa de juros.
d) Fiscal, que reduza os impostos.
e) Creditícia que facilite empréstimos.
010. (IBADE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO/2018) No que 
diz respeito à dívida pública, uma parte da dívida fundada representada por títulos emitidos 
pela União, inclusive os do Banco Central, Estados e Municípios, são denominados dívida:
a) externa pública
b) flutuante.
c) líquida do setor público.
d) interna.
e) mobiliária pública.
011. (ESAF/MDIC/ANALISTA/2002) Com relação aos conceitos de deficit e dívida pública, é 
incorreto afirmar que:
a) O fato de os impostos serem maiores do que os gastos públicos não financeiros não garante 
uma redução na proporção dívida pública/PIB.
b) O deficit público pode ser considerado como “variável fluxo”.
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c) A dívida pública pode ser considerada como “variável estoque”.
d) A proporção dívida pública/PIB não pode ser maior que 1.
e) Quanto maiores forem as taxas nominais dos títulos públicos, maior deverá ser a necessida-
de de financiamento do setor público em seu conceito nominal.
012. (CESGRANRIO/DECEA/TÉCNICO DE DEFESA E CONTROLE DE TRÁFEGO AÉ-
REO/2009) Para estimular a economia através de política fiscal, o governo deveria, alternati-
vamente, reduzir
a) A taxa de juros.
b) A taxa de câmbio.
c) O gasto público.
d) O deficit do setor público.
e) Os impostos.
013. (FGV/BANESTES/TÉCNICO BANCÁRIO/2018/Q975983) O mecanismo pelo qual a 
mesa de operações de mercado aberto do Banco Central persegue uma meta da Selic definida 
pelo Copom é denominado “operações de mercado aberto”. Se num certo dia a mesa de opera-
ções vendeu títulos públicos que estavam na carteira do Banco Central – uma típica operação 
de mercado aberto – o efeito na economia seria:
a) Uma contração na oferta de moeda e consequentemente diminuição da Selic diária;
b) Um aumento na oferta de moeda e consequentemente aumento da Selic diária;
c) Uma expansão da base monetária;
d) Uma contração na oferta de moeda e consequente aumento da Selic diária;
e) Um aumento na oferta de moeda e consequente diminuição da Selic diária.
014. (CESPE CEBRASPE/FUB/ECONOMISTA/2018/Q1027252) O aumento da alíquota de 
imposto de renda nas faixas de renda mais alta é uma política monetária, uma vez que reduz a 
renda disponível de quem é afetado por tal alíquota.
015. (IBFC/IBGE/SUPERVISOR DE PESQUISAS/2021) O gráfico abaixo mostra o valor do Es-
toque Total de Títulos Públicos, um recorde positivo de investimentos no Tesouro Direto via 
compra de Títulos Públicos. Considerando apenas este fato, assinale a alternativa que apre-
senta qual a consequência para o crédito à disposição da Economia Nacional.
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a) Diminui o crédito à disposição da economia nacional.
b) Aumentou o crédito à disposição da economia nacional.
c) Aumentou a quantidade de papel moeda disponível na economia nacional.
d) Quantidade de crédito ofertado na economia não sofreu alteração, permaneceu a mesma 
quantidade.
e) A colocação de Títulos Públicos na economia não interfere nos meios de pagamento e man-
tém estável a oferta de crédito à economia nacional.
016. (CESPE CEBRASPE/TCDF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) O valor gasto com des-
pesa médica em hospital público faz parte dos gastos do governo.
017. (FGV/BANESTES/TÉCNICO BANCÁRIO/2018) Em 7 de fevereiro de 2018, o Copom re-
duziu a meta da taxa Selic para 6,75% ao ano. Em termos práticos, isso significa que a mesa 
de negociação de mercado aberto do Banco Central deve atuar para que a Selic diária fique 
próxima dessa meta. Se a Selic diária estiver em 7% num certo dia, a mesa de operações do 
Banco Central deve:
a) Comprar títulos públicos no mercado e mantê-los em sua carteira, até que a taxa diária atinja 
a meta de 6,75%;
b) Vender títulos públicos de sua carteira no mercado até que a taxa diária atinja a meta de 6,75%;
c) Emitir títulos no mercado até que a taxa diária atinja a meta de 6,75%;
d) Imprimir mais papel-moeda;
e) Pleitear uma mudança no superavit primário.
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018. (CESGRANRIO/UNIRIO/ECONOMISTA/2019/ADAPTADA/Q1650608) A política fiscal 
expansiva pode se rum instrumento para estimular a economia em uma recessão. Uma política 
expansiva consistiria, por exemplo, em aumentar o(a)
a) Gasto do setor público.
b) Imposto de renda.
c) Superavit orçamentário do setor público.
d) Receita fiscal do governo.
e) Taxa cobrada pelos serviços públicos prestados pelo governo.
019. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR/2018/Q1031108) Considere que o 
governo tem um deficit orçamentário em certo país. Ele resolve aumentar seu gasto, financian-
do o dispêndio adicional pela venda de títulos da dívida pública no mercado financeiro. Tal ação
a) É uma política fiscal expansiva.
b) Acarreta uma diminuição da taxa de juros no mercado financeiro.
c) Diminui o deficit orçamentário do governo.
d) Diminui a futura arrecadação fiscal do governo.
e) Causa uma redução das importações.
020. (CESPE/CEBRASPE/SEDF/ANALISTA/ADAPTADA/2017)
Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração: STN (adaptado).
O gráfico acima apresenta o resultado primário e as despesas com juros, conforme apuração 
do Banco Central do Brasil (BCB). A partir dessas informações dos conceitos de contabilidade 
fiscal, julgue o item seguinte.
Os resultados primários, deficitários em 2014 e 2015, foram impactados pelo aumento da des-
pesa com juros incidentes sobre

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