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Teorias na Prática-5

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TEORIA DA COMUNICAÇÃO 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alexandre Correia dos Santos 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Tudo bem? Devemos perceber os movimentos e as especificidades 
das práticas diárias dos indivíduos, para compreendermos o todo 
comunicacional. Vamos, nesta aula, aprender novos conceitos e teorias para 
mergulhar nesse oceano de possibilidades multimidiáticas. Eis a verdadeira 
razão da nossa profissão. Boa leitura, divirta-se! 
CONTEXTUALIZANDO 
Uma compreensão necessária 
O compartilhamento de informações é uma atividade quase automática 
das nossas práticas diárias, como usuários das diferentes plataformas e redes 
sociais. Por vezes, propagamos notícias que mal sabemos se são verdadeiras; 
não raro, repassamos brincadeiras ou piadas para grupos de amigos. A partir de 
agora, vamos tentar compreender os embasamentos teóricos que justificam 
essas nossas práticas. Bons estudos! 
TEMA 1 – A PROPAGABILIDADE DA MÍDIA 
A propagabilidade versa principalmente sobre os diferentes formatos de 
circulação de informação, nos dias atuais. Usamos o termo circulação porque 
este talvez seja, por si só, uma atualização do termo distribuição de informações 
e/ou conteúdo. Mais uma vez, esse é um termo que trata da forma com que os 
conteúdos são mais produzidos para públicos de diferentes mídias. 
Jenkins (2008) aborda isso como cultura participativa, esta como a 
descrição básica da forma com que os conteúdos são produzidos e distribuídos 
na mídia e, mais do que isso, como são os modos interacionais. Talvez a 
tecnologia do compartilhamento, no início, não tivesse como objetivo esse tipo 
de função, mas contou com o fato de o ser humano sentir-se importante e ativo 
participante da informação. 
A propagabilidade (ou o nível de retransmissão de um conteúdo) está 
diretamente ligada à sua propriedade de gerar audiência e resultar em 
monetização, ou geração de renda, em um mundo em constante mudança, onde 
os textos gerados pela própria mídia são autorreproduzidos por meio do 
fenômeno do compartilhamento. 
 
 
3 
Em pesquisas recentes, as pessoas afirmam se sentir bem informadas 
por notícias que são compartilhadas ou reproduzidas pelos seus pares ou 
pessoas mais próximas. A principal dificuldade que os administradores 
midiáticos encontram é justamente a incapacidade das grandes indústrias de 
mídia para gerir ou administrar os diferentes modelos de propagação de 
conteúdo, este entendido aqui como conteúdo relevante ou que possui grande 
atrativo de leitura. 
A propagabilidade de notícias ruins também tem sido objeto de 
preocupação por parte das empresas e das pessoas que administram os 
conteúdos. Gerir uma crise, por exemplo, advinda da propagação de uma notícia 
mal formulada ou equivocada é um grande desafio para as plataformas e 
agentes midiáticos. 
Vale lembrar que, em tempos de propagabilidade, o poder de viralização 
de uma má notícia é gigantesco e, por vezes, incontrolável. Além disso, alinhar 
os diferentes interesses das empresas com o dos consumidores, por exemplo, é 
um desafio gigantesco para os estudos dessa relação, até porque esses 
interesses podem ser completamente antagônicos, opostos. 
Esse desentendimento pode ser tratado como um conflito econômico 
existente entre esses dois agentes, empresas e consumidores; mas também 
pode ser visto como uma apropriação indevida do trabalho e esforço de outrem. 
São inúmeros os casos, também, de contribuições públicas para fins privados 
que não recebem nem reconhecimento, nem retorno de origem financeira. Hoje, 
uma das maiores discussões é justamente a exploração do público cliente 
nessa economia que pode ser tratada como uma economia à parte, a economia 
digital, pois as organizações apropriam-se dos comentários ou criações de seus 
públicos/stakeholders, sem bonificá-los por suas contribuições. 
Ainda no campo da propagabilidade, o que percebemos hoje é a 
valorização do clássico ou ainda a revalorização de resíduos que ganham, por 
natureza, notabilidade pelo seu caráter de nostalgia ou crítica, sendo trabalhados 
com uma ideia de recuperação de valor, assumindo um papel de objeto antigo 
valorizado, mas por tempo difícil de ser mensurado. Assim, as empresas 
revalorizam conteúdos antigos, justamente por isso abrir caminhos para que 
seus consumidores possam gerar os conteúdos. 
Algumas correntes teóricas afirmam ainda que as pessoas não se 
importariam de pagar por conteúdos, desde que pudessem escolher quando e 
 
 
4 
como consumi-los. Porém, equivocadamente, algumas empresas e marcas 
ignoram completamente esses públicos, gerando assim uma espécie de 
audiência engajada que é completamente desvalorizada. 
Vale lembrar que, enquanto uma parcela de clientes está preocupada 
apenas com receber novos conteúdos, uma nova geração está trabalhando para, 
além de gerar conteúdo relevante, engajar-se na valorização de determinadas 
marcas e empresas. Esse tipo de ação – engajamento – é o principal objetivo 
das organizações, uma vez que um consumidor engajado é sinônimo de, 
graciosamente, a marca ter alguém como seu “advogado”, que, além de 
propagar as principais vantagens das empresas, ainda as defende ferozmente. 
Ainda que, nessa fase de estudos, estejamos pensando apenas em novos 
formatos e novas mídias, é importante sempre lembrar que isso tudo não 
significa, por exemplo, o fim das mídias de massa tradicionais. Ainda que muitas 
empresas lancem mão do digital, elas continuarão com a devida propagação de 
conteúdos nas antigas mídias. 
Na verdade, quem mais ganha com esses diferentes formatos de 
propagação, pela proliferação de conteúdos relevantes e importantes para a 
marca, é o consumidor, uma vez que todos esses atos comunicacionais ampliam 
sobremaneira a comunicação. 
TEMA 2 – O DETERMINISMO TECNOLÓGICO 
Pensar o determinismo tecnológico em teoria da comunicação é praticar 
um exercício fundamental para a compreensão dos fenômenos atuais que 
envolvem a criação de novos suportes comunicacionais e os seus impactos e 
efeitos na sociedade. 
Se pensarmos nos efeitos e na potencialidade de tais impactos e 
recordarmos as várias escolas e teorias da comunicação, muitas já tentaram – 
com sucesso ou não – dar conta de tais estudos. Vale lembrar que esse tipo de 
estudo sempre foi o mister central dos pesquisadores envolvidos com 
fenômenos comunicacionais. 
Ao analisarmos o determinismo tecnológico na base da teoria, devemos 
construir conhecimento relacionando, por exemplo, o surgimento de um novo 
meio ou plataforma comunicacional e como esse aparecimento afeta social e/ou 
culturalmente os indivíduos. 
 
 
5 
Para Williams (1983, tradução nossa), pensar o determinismo tecnológico 
“[...] implica tornar abstratas as transformações técnicas e tecnológicas e tentar 
explicar de forma generalizada as mudanças sociais”. Assim, essa forma de 
pensar vem desde o surgimento da imprensa ou do alfabeto, quando, à época, 
tentaram submeter a essas criações crises como a da tradição católica ou do 
repensar da democracia. Pensar os efeitos sociais pós-surgimento de um novo 
meio também significa analisar subjetivamente as práticas e, 
desproporcionalmente, tentar descobrir quais as implicações destas na forma de 
comunicação. 
A internet, por exemplo, ainda é questionada sobre o seu potencial 
democrático. E essa dúvida surge desde o momento da sua criação até os dias 
atuais. Se pensarmos primeiro os meios de comunicação off-line ou 
denominados tradicionais e seu formato um para muitos, ele explicita a antiga 
teoria da transmissão de informações de um emissor ativo para um receptor 
passivo, escancarando uma ruptura perceptível entre um produtor que, de 
acordo com as suas possibilidades e ações, filtra os conteúdos até a recepção 
de uma sociedade que aguarda informações sobre assuntos de interesse geral 
e que recebe, normalmente, uma mensagem homogênea. Mais ou menos como 
oprincípio da informação que todos devem saber. 
Portanto, a par e ao passo que a tecnologia surge como produto de 
pesquisas, estudos técnicos e práticos, essa mesma criação afeta ou gera 
transformações no entorno da sua aplicação. E Williams (1983, tradução nossa) 
ainda reforça que, “[...] se nos adaptarmos ou nos acostumarmos rapidamente 
com o novo invento, é porque ele é apenas a consequência da era moderna”. O 
mesmo autor compreende que a invenção da televisão, por exemplo, “[...] não 
resulta de um acontecimento isolado ou de uma série de acontecimentos” 
(Williams, 1983, tradução nossa). Afinal, tal meio dependeu, antes, do 
surgimento de outras tecnologias como a eletricidade, a fotografia, o rádio e o 
cinema. 
Para vários autores, os dispositivos móveis (como o celular) não 
promovem um afastamento; “se consideramos que o dispositivo móvel (ou 
aparato tecnológico) afasta as pessoas, estaremos incorrendo em um erro de 
determinismo tecnológico” (Marquioni, 2017). Justamente por isso, algumas 
análises relacionadas com o determinismo tecnológico são superficiais, 
genéricas e incompletas, porque na prática simplificam conceitos complexos. 
 
 
6 
Assim, fica claro que o que – de fato – influi na maneira das pessoas em 
sociedade agirem ou pensarem não são os aparatos tecnológicos ou gadgets1, 
mas, sim, o seu uso. 
Marquioni (2017) sugere uma experiência prática: “[...] ao ler este material, 
simultaneamente coloque seu aparelho telefônico móvel pessoal sobre a mesa 
e deixe-o ali, imóvel, por cinco minutos. Permaneça olhando para o aparelho e 
para o mundo a sua volta e, decorridos os cinco minutos, responda: o aparelho 
mudou algo no mundo?”. O autor ainda responde: “a resposta certamente deverá 
ser não (a menos que algo inusitado tenha acontecido, como a explosão do 
dispositivo)”. E vai ainda mais longe: “[...] pegue seu aparelho e acesse um 
aplicativo qualquer (por exemplo, um site de previsão do tempo): a partir de 
agora (se você realizou o experimento), você está atualizado em relação ao 
tempo” (Marquioni, 2017). 
Assim, pela notável diferença tecnológica entre os meios de comunicação, 
pode-se, ainda que subjetiva ou abstratamente, estimar ou prever certos 
fenômenos que poderão surgir com o desenvolvimento das novas tecnologias. 
O próprio surgimento da internet, no formato agora de muitos para muitos, 
aprofunda o conceito, em uma primeira análise, de não se ter uma distribuição 
fixa ou definida, misturando-se os papéis de atores produtores e receptores de 
uma mensagem. Afinal, cada usuário ou internauta define qual informação 
deseja acessar e quando deve utilizá-la, porque não está submetido, por 
exemplo, aos horários fixos e predeterminados de um canal de televisão aberto. 
A internet ou o ciberespaço, ainda como exemplo de recurso ou meio 
tecnológico, pode prover ou promover uma interação entre um e um, entre muitos 
e muitos, entre um e muitos, muitos e um, entre outras formas, fazendo com que 
os pesquisadores sociais e comunicacionais precisem rever todos os seus 
conceitos e preconceitos, por terem que reanalisar determinações de como se 
portar em um meio interativo, porque o problema passa a ser qual o sentido de 
interatividade e suas implicações em uma sociedade. Como provocação, qual o 
sentido de interatividade? Pesquise e procure encontrar a definição que você 
acredite ser a mais válida para o conceito. 
Diferenças na conceituação de termos de múltiplos sentidos nos fazem 
orientar por pesquisas distintas, acerca da comunicação. E é nesse ambiente de 
 
1 Gadget deriva de inspector gadget – assim, podemos associar o termo gadget com bugiganga, 
geringonça, enfim: uma espécie de apetrecho tecnológico. 
 
 
7 
falta de concordância que os pesquisadores acertadamente recorrem a 
diferentes percepções e análises, porque um debate complexo como aquele 
sobre a influência e os efeitos da internet em uma sociedade rapidamente recai 
e se endereça àqueles que sugerem diferentes mudanças. 
Com tudo isso, não devemos incorrer no antigo discurso de que uma nova 
tecnologia comunicacional, por si só, é a única responsável pelo progresso e 
avanço das civilizações. Intelectuais sempre criticaram a edição, nos meios de 
comunicação de massa tradicionais. Hoje, criticam severamente a falta de 
edição, nos novos meios. Em síntese, devemos entender o determinismo 
tecnológico por meio de estudos mais aprofundados da relação de causalidade 
existente entre a tecnologia e a cultura. 
Se ainda levarmos em consideração o exemplo do aparelho celular, 
devemos entender o determinismo tecnológico como um processo de forma de 
uso, de prática e processo individual, marcado não pelo seu conceito de 
instrumento ou aparato tecnológico, mas sim por como tal recurso é utilizado 
como forma de comunicação, afinal com ele podemos jogar, estabelecer 
conversações, enviar mensagens de texto, recepcionar imagens e sons, 
ressaltando a ideia equivocada de que, por si só, o instrumento pode influenciar 
a convivência em sociedade, por exemplo. Afinal, são atitudes como essas que 
desconstroem e irrefletem a relação de causalidade que há entre tecnologia e 
cultura. 
TEMA 3 – AS RELAÇÕES ESPAÇO-TEMPO DAS INTERAÇÕES 
Faz algum tempo que as mídias deixaram de ser instrumentos 
completamente fechados em si, com claras aplicações técnicas para – segundo 
seus usos – se transformar em infinitas possibilidades de interação social, 
modificando inclusive relações largamente estudadas e compreendidas como 
aquelas entre espaço e temporalidade. 
Nesse escopo, devemos pensar a internet como exemplo de mídia de 
convergência estritamente técnica (que alia texto, som e imagem), que conta 
com diferentes possibilidades de interação (cuidado com o determinismo do 
conceito), se transformando também em uma ambiência que transforma seus 
conteúdos e informações em experiências. 
Além disso, tal consideração serve como norte ou parâmetro para 
diferentes meios, uma vez que a internet e suas aplicações mostram-se como 
 
 
8 
indicadores para os antigos meios de comunicação de massa se reestruturarem. 
Os próprios conceitos comunicacionais – como já visto anteriormente – estão 
sofrendo modificações e atualizações constantes pelas novas possibilidades e 
perspectivas de relações identitárias, entre os sujeitos. 
Sodré (2002) infere sobre as novas tecnologias como modos que 
transformam a pauta normal, costumeira em direção a uma qualificação 
virtualizante da vida. O autor ainda conceitua como revolução da informação 
contemporânea a capacidade que temos de acumular dados, transmiti-los e 
fazê-los circularem. Assim, podemos desenvolver novas formas de saber e 
pensar. 
Podemos perceber, assim, que há, hoje, uma forte tendência de mistura 
entre as velhas e boas mídias tradicionais ou analógicas e os suportes digitais. 
Dispositivos já usados em larga escala, como o sistema de posicionamento 
global (GPS), as smart TVs, os celulares, misturam diferentes tecnologias para 
servir aos intentos do usuário, deixando claro que a mídia e a comunicação estão 
disponíveis e explicitadas em todas as áreas. 
Com a disponibilidade da comunicação, os meios mais tradicionais são 
alcançados, fazendo com que antigas práticas como a de assistir à TV (que, 
originalmente e até hoje, ainda é dependente de uma fixação e de energia 
elétrica, na maioria dos casos) possam ser substituídas por audiências de 
conteúdos veiculados em totens, celulares, tablets, veículos automotores etc. 
A experiência, nesse caso, acaba de ser reconfigurada. Na televisão 
aberta, por exemplo, podemos assistir a programas produzidos por canais ou 
grupos de comunicação e, na internet, podemos, além de também assistir a 
esses canais, receber vídeos produzidos por indivíduos particulares. Fato é que 
a atual audiência assiste à TV simultaneamente conectada com dispositivosmóveis, talvez para complementar aquilo a que assistem, interagindo com o 
mesmo programa em redes sociais, mudando completamente os antigos 
modelos de experiência. Sodré (2002) afirma que, na mídia tradicional ou linear, 
prevalece uma realidade construída, sob efeito irradiativo do sujeito que 
construiu e produziu a informação. Na digital, o usuário adentra a mídia e o 
acesso tradicional é suprimido pela vivência do virtual. 
Martin-Barbero (2004) diz que podemos compreender a globalização 
quanto às transformações nos modelos e modos da comunicação; enquanto 
Wolton (2003) alega que experimentamos uma espécie de nova figura, que se 
 
 
9 
liberta dos territórios, autorizando e reforçando identidades e laços por meio de 
redes extraterritorializadas. Thompson (1995, tradução nossa) considera que as 
redes de computadores podem ser entendidas como “[...] desenvolvimentos que 
ampliam a acessibilidade no tempo e no espaço, enquanto dão aos usuários 
maior flexibilidade e maior controle sobre as condições de seu uso”. 
Quando falamos dessa importante relação com o tempo e o espaço, 
podemos citar as novas gerações de usuários que já não têm mais tempo, nem 
paciência de esperar uma simples resposta via e-mail, por exemplo: há muito 
pouco tempo atrás, era muito comum usarmos o correio para o envio de 
curriculum vitae. Era necessário, no final de semana, comprarmos o melhor 
jornal da cidade ou do estado e, depois de lermos com atenção os cadernos de 
empregos, formular currículos adaptados às ofertas de vaga disponíveis. 
Depois, era necessário envelopar e enviar via correio a carta para que o 
próprio jornal a distribuísse em caixas-postais destinadas a cada um dos clientes 
que ofereciam as vagas de emprego. Era comum levar pessoalmente tais 
documentos à editora do jornal para a distribuição da carta nas caixas, para 
garantir a sua entrega. Depois, aguardava-se que um mensageiro da empresa 
recolhesse as cartas para levá-las aos recursos humanos da organização para, 
só então, passados mais alguns dias, se receber algum retorno da empresa que 
ofertava a vaga. Detalhe: uma das formas desse contato das empresas (ou o 
feedback) já era via e-mail (aquela ferramenta que, hoje, já não usamos mais 
com tanta frequência). Vire-se a página: agora, os mais jovens, ao enviar um e-
mail ou mensagem, por exemplo, ficam aguardando ansiosamente pela 
resposta, dando F5 constante para que as páginas atualizem as informações, 
em busca de uma virtual resposta. 
Essas mudanças influenciam sobremaneira a forma de como agimos em 
sociedade. Vários aspectos individuais e sociais são influenciados pela mudança 
dessa relação com o tempo-espaço: os modos de sociabilidade, de convivência, 
de pertencimento do indivíduo, de gestão das organizações, as relações de 
troca, além – obviamente – da forma com que administramos e estocamos esse 
grande volume de dados e que implicam as formas de sua transmissão e 
recepção instantânea, que se tornaram grandes preocupações dos usuários, 
especialmente das novas gerações. 
Nesse novo formato ou, como alguns pesquisadores denominam, bios, a 
mídia ganha um poder quase simultâneo, instantâneo e global manifestado por 
 
 
10 
meio das diferentes e múltiplas tecnologias da informação, alterando 
completamente as formas como administramos e acolhemos os fatos do mundo, 
cada vez mais conectados. A rápida fluidez das informações e os processos de 
comunicação e interatividade (como a internet, por exemplo) desafiam não 
somente os agentes organizacionais ou empresas, como também o indivíduo, 
resgatando a urgência de interpretações e compreensão dos estudos da 
comunicação social, afinal os processos de emissão e recepção de informações 
estão ganhando novos status e constantes atualizações. 
Outro importante aspecto é a visão e a consideração de um tempo móvel, 
resultado dessa midiatização cada vez mais emergente, que submete todas as 
audiências a uma espécie de sensações sem projeção temporal, o que distancia 
cada vez mais o indivíduo de uma experiência mais concreta. Hoje, a impressão 
que temos é que acompanhar uma novela, um documentário ou um telejornal 
parece ter o mesmo valor, uma vez que a internet catalisa tais sensações, 
promovendo a interação dos indivíduos, fazendo com que programas tão 
distintos na sua forma de produção e geração se pareçam muito, ressaltando 
suas poucas diferenças em termos de tempo e espaço. Basta notarmos que, 
nesses exemplos, a novela, o telejornal e o documentário possuem marcos 
temporais completamente distintos. 
É preciso entender e encarar que a globalização e as transformações 
midiáticas estão unidas, conectadas, imbricadas. Essa capacidade de realização 
virtual – característica mais forte da midiatização – reconfigura identidades e 
formas ou práticas do fazer comunicacional. Assim, deixamos de viver, 
experiencialmente, um tempo linear para vivermos sim um tempo circular, em 
que nosso conhecimento é construído com base na negociação do seu 
reconhecimento por outros. Esse novo compreender do subjetivo ou das culturas 
é cada vez mais presente e mais forte nos meios de comunicação. Ao passo que 
a sociedade valida novas práticas, também se desfaz de outras, uma vez que os 
processos midiáticos reconfiguram decisivamente os modos e práticas atuais. 
Novos sentidos sociais para o espaço e para o tempo reorganizam as 
culturas, nessa nova ambiência comunicacional, seja para o trabalho, seja para 
a diversão ou para a convivência em grupo, sujeitando o indivíduo a novas 
experiências, tramas e formas de perceber e reagir aos processos do real, em 
tempo e espaço reais. 
 
 
11 
TEMA 4 – O CONSUMO MIDIÁTICO 
Pensarmos no ato de comunicar define mais a nossa função de 
comunicadores sociais do que propriamente os fatos comunicados. 
Analogamente, se pensarmos no ato de consumir, ele é mais importante do que 
os bens consumidos. Podemos nos definir, contemporaneamente, como 
sociedade comunicacional e de consumo. Nesse sentido de consumo como uso, 
as percepções econômicas e antropológicas nos fazem refletir acerca da 
comunicação. 
O indivíduo, por essência, tende a habitar e experienciar o mundo pelo 
consumo das mídias, como forma de integração comunicacional. McLuhan 
(1969), um dos maiores pesquisadores comunicacionais, afirmava – já na 
década de 1960 – que toda cultura se forma ou define por suas bases técnicas 
(objetos técnicos) e tecnológicas (novas relações sociais). Para o autor, a cultura 
do consumo audiovisual-eletrônica, por exemplo, deve ser definida não pelos 
seus conteúdos veiculados, mas pelas suas formas de veiculação (McLuhan, 
1969). 
Hoje, existe uma necessidade latente de economia política da atenção da 
audiência. Os anunciantes pagam para ter a atenção dos seus consumidores 
potenciais, sob a forma de propaganda ou matéria paga de jornal. Organizar as 
mídias para essas formas de consumo é um desafio, porque, dependendo da 
forma de comunicação, meio, público, target etc., o resultado pode não ser o 
pretendido. As pesquisas de mídias atuais procuram mensurar e versar sobre o 
papel dos meios e suas ações sobre os diversos públicos em que elas atuam. 
Há um esforço constante de correlação dos receptores (destinatários) 
com os programas que costumam dar audiência, por serem preferidos, em 
detrimento de outras atrações. É preciso pensar as pesquisas atuais de consumo 
de mídias mais qualitativamente, inclusive sobre os seus efeitos, deixando um 
pouco o lado do quantitativo, também muito importante, numa segunda análise. 
A análise de fatores que explicam as preferências de consumo para um 
determinado meio ou para um gênero específico deve ser feita pela estratificação 
dos grupos sociais que manifestam esses hábitos de consumo. Existe uma 
variação muito grande, na diferença de consumo midiático, em relação às 
características de público, tais como idade, sexo, profissão, classesocial, entre 
outros elementos. 
 
 
12 
Outro aspecto relevante é o estabelecimento de públicos em modelos 
mais específicos de verificação: expectativas, confiança, experiências, 
preferências, comportamentos, justamente para cada meio de comunicação ou 
gêneros específicos de programas e mídias. Devemos lembrar que são essas 
características socioculturais que estruturam uma audiência. A percepção lógica 
de confiança nos meios em que buscamos determinadas informações também 
é preponderante para a escolha das fontes em que acreditamos receber uma 
informação íntegra, de qualidade. 
Em tempos de empresas e editoras comerciais, por exemplo, cada vez 
mais focadas no business do que necessariamente na notícia, é importante 
verificarmos nossas fontes primárias de informação e conteúdo. Afinal, são nelas 
que baseamos todas as nossas percepções da verdade dos fatos. 
A evolução da comunicação favorece o desenvolvimento de novas 
técnicas, ferramentas e hábitos em mídias alternativas e comunidades virtuais, 
fazendo aflorar a liberdade de expressão propiciada pela existência de múltiplos 
canais de comunicação. A internet propõe e favorece a difusão de campos de 
discussão, nos mais diferentes níveis, em que todos podem colaborar, facilitando 
que haja transparência e universalidade da informação. Isto dá margem a uma 
importante renovação de práticas sociais, comunicacionais e políticas, com mais 
discussão, participação. 
Para Lévy (2010), cibercultura, por definição, pode ser entendida como 
termo que dá conta dos processos e situações que podem surgir cotidianamente 
às voltas da comunicação e seus aparatos ou maquinismos cibernéticos. Como 
a definição não se expandiu semanticamente, também serviu para designar um 
conjunto de fenômenos cotidianos promovidos com o progresso das mídias 
digitais ou com as novas tecnologias da comunicação. 
A criação e a emergência da internet prolongaram e estabeleceram novas 
conexões midiáticas que favoreceram a comunicação de todos com todos. Isso 
já se vê presente nas discussões estabelecidas na esfera pública nacional, que 
gera profundas reflexões na vida democrática do Brasil, por exemplo. 
O que hoje podemos verificar é uma intensa ruptura quando falamos de 
esfera pública, que parece, agora, não ter mais tantas trancas ou censuras como 
havia em um passado recente. Ninguém – ou quase ninguém – pode mais 
controlar as informações e mensagens que circulam na esfera pública da 
internet. Nem governos, nem Estados, nem jornais, nem editores, nem 
 
 
13 
produtores dão conta de organizar ou regular tudo o que é postado por 
intermédio desses processos ciberculturais. A intermediação agora emergente 
no ciberespaço lança mão de recursos e contribuições de inteligência coletiva, 
destruindo a antiga forma de mediação clássica que antes vigorava nos meios 
de comunicação de massa do mundo todo. 
TEMA 5 – A CONVERGÊNCIA 
Também diretamente relacionada com a internet, a convergência é outra 
cultura que se desenvolveu à luz da experiência com novas tecnologias. A 
cultura da convergência, assim batizada por Henry Jenkins (2008) – mas que se 
baseia em estudos de Sola Pool, da década de 1980, no mesmo espaço de 
pesquisa, o Massachussetts Institute of Technology (MIT) – se debruça sobre as 
diferentes percepções e formas de compreensão de temáticas como consumo e 
cultura de fãs. 
A convergência é, afinal, a imbricação de limites ou fronteiras que existe 
entre os meios de comunicação em que as mensagens, independentemente de 
qual o seu suporte midiático, transitam, sem se limitarem a apenas um meio 
físico. Há que se notar que Jenkins (2008) citava muito pouco a internet como 
meio ou mídia. 
Muitos pesquisadores renomados do MIT consideravam o fenômeno da 
convergência um fato inevitável, que certamente ditaria e reformularia os 
conceitos e bases da comunicação e das mídias, que foram denominadas e 
assim permanecem até os dias atuais como remodelagens. 
Autores e pensadores contemporâneos franceses são largamente 
utilizados por Jenkins (2008) como suas referências primárias, entre os quais 
podemos destacar o papel de Pierre Lévy (2010) como um dos grandes 
mentores de sua obra, principalmente quando este aborda temas como cultura 
de fã, participação e construção de conhecimento coletivo. 
Defensores dessa nova corrente ressaltam a importância da convergência 
como uma possível extensão para democratizar o uso e as formas dos meios. 
Os consumidores hoje são vistos como partícipes dos processos de produção 
de mídia, tornando-se parte fundamental ou imprescindível dos processos 
comunicacionais. 
Para Jenkins (2008), “as velhas e novas mídias colidem, onde mídia 
corporativa e mídia alternativa se cruzam, onde o poder do produtor de mídia e 
 
 
14 
o poder do consumidor interagem de maneiras completamente imprevisíveis”. 
Assim, o consumidor é alçado a um papel de protagonista, deixando para trás, 
completamente, a sua função de mera peça passiva do processo 
comunicacional. Fazer parte dessas mudanças incorre em compreender, fazer 
parte delas e consumindo o que a nova geração vem produzindo. 
Jenkins (2008) ainda é mais pontual ao afirmar, com base nos estudos de 
seus mentores franceses, que há uma indústria midiática mandando e 
tentando moldar os processos em conjunto com toda a sociedade, tentando 
diferenciar essa convergência corporativa, inclusive, do que chama de 
convergência alternativa, que trataria apenas dos conceitos de fãs. 
Seus estudos mais recentes apontam para uma forte tendência de que a 
convergência seja construída sobre o escopo e as referências de vários 
conglomerados midiáticos, em que a produção de mídia tradicional assume e 
toma conta, absorve a própria definição e composição dos fãs, configurando-se 
em criações indistintas, indissociáveis e que têm na Internet – por exemplo – um 
campo fértil para crescimento (agora citando a rede como importante espaço de 
crescimento de manifestações). 
Os processos de produção da denominada indústria midiática se dão com 
base no pressuposto teórico e na observação do mercado de que os fãs 
precisam dos produtos e os produtos precisam desses fãs, sendo o público (fã) 
e consumidor não necessariamente uma invenção ou concessão da indústria, 
mas um caminho e/ou forma para tornar esse agente (o fã) um consumidor/fã de 
produtos cada vez mais legítimos e fiéis aos seus seguidores e adoradores, 
segundo segmentos e/ou nichos que são e serão estabelecidos segundo seus 
próprios interesses, que, nesse caso, são gostos e interesses em comum. A 
convergência é a verdadeira responsável pela criação desses novos nichos e 
segmentos de mercados, global ou regionalmente falando, o que faz com que 
esses produtos passem a circular sem problemas de limitação de territórios, 
primeiro com o objetivo específico de – por óbvio – expandir os lucros para, só 
depois disso então, passar a figurar como fonte de orgulho e ostentação, 
sobretudo, do que Jenkins (2008) denomina economia afetiva, porque o 
cliente/consumidor tem suas vontades e desejos transformados em mercadoria, 
pois os meios, de uma forma geral, apropriam-se da cultura para conquistar e 
cativar a audiência e seu público, justamente por meio da criação de nichos e 
segmentos de mercado. 
 
 
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Notório crítico de autores que preconizam o fim das velhas mídias ou 
mídias tradicionais, com uma visão muito idealista, o mesmo autor defende 
largamente a convergência como uma “[...] interação que absorve e retoma as 
velhas mídias em conjunto (trabalhando junto) com as novas mídias” (Jenkins, 
2008). 
Enquanto as novas mídias trabalham sob o formato de narrowcasting 
(estreitamento) que permite o livre acesso e participação do público e de fãs, 
com uma grande repercussão e reciprocidade, mediante comunicação chamada 
ponto a ponto, as velhas mídias operam no formato broadcasting (de rádio ou 
teledifusão),por exemplo, em que o acesso ou a participação, pelo menos direta, 
é restrita, voltando ao conceito de comunicação do tipo um para muitos. 
Em síntese, o que Jenkins (2008) defende é que a participação de fãs, por 
exemplo, não destruirá as mídias comerciais, mas terá condições de reinventá-
las, reinscrevê-las, porque acredita que “[...] é mais provável que as novas ideias 
surjam no ambiente digital, porém, monitoradas em um ambiente em busca de 
conteúdos para cooptar e circular”. 
Por fim, o que notamos é que a indústria midiática adota a cultura da 
convergência para gerir o campo do consumo, área demandada pelos próprios 
consumidores. 
TROCANDO IDEIAS 
Para debate 
Há quem diga que a palavra consumo não deveria ser aplicada ao uso 
das práticas comunicacionais. Você concorda com isso? Crie um grupo de 
debate para discussão desse tema. É enriquecedor. 
NA PRÁTICA 
As relações entre indivíduos e o espaço-tempo 
Muitas das nossas práticas estão sendo reconfiguradas cotidianamente: 
a forma de assistir à televisão, de consumir conteúdos, de interagir com nossos 
pares. Pense em práticas comuns comunicacionais (e tecnológicas) que você, 
como emissor ou receptor, está, ainda que inadvertidamente, mesmo sem 
perceber, deixando de realizar. Não lembra de nada? Auxiliarei você: há quanto 
 
 
16 
tempo você não lê um jornal impresso? Uma revista segmentada? Há quanto 
tempo não pesquisa a lista telefônica? Ou há quanto tempo não compra um 
compact disc (CD) de música original? E ainda: há quanto tempo não envia uma 
carta escrita à mão pelo correio? Arrisco-me a dizer que, dependendo da sua 
idade, você não realizou pelo menos uma dessas atividades. Exercite sua 
memória! É uma tarefa gostosa, que trará boas lembranças a você. 
FINALIZANDO 
Teorias superadas 
Muito do que aprendemos em teoria são marcos (pedras fundamentais) 
para a compreensão dos estudos comunicacionais. Mas, como em todas as 
áreas e ciências, temos teorias que podem estar sendo superadas. E isso é 
fascinante, pois mostra a capacidade real de mudanças da área que escolhemos 
como profissão! 
Bons estudos, até a próxima aula! 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
JENKINS, H. A cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008. 
LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 
Tradução de Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola, 2010. 
MARQUIONI, C. E. Teorias contemporâneas da comunicação. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017. 
MARTIN-BARBERO, J. Ofício de cartógrafo: travessias latino-americanas da 
comunicação na cultura. São Paulo: Edições Loyola, 2004. 
MCLUHAN, M. O meio são as mensagens. Rio de Janeiro: Record, 1969. 
SODRÉ, M. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em 
rede. São Paulo: Vozes, 2002. 
THOMPSON, J. B. The media and modernity: a social theory of the media. 
Stanford: Stanford University Press, 1995. 
WILLIAMS, R. Towards 2000. Londres: The Hogart Press, 1983. 
WOLTON, D. Internet e depois? Uma teoria crítica das novas mídias. Porto 
Alegre: Sulina, 2003.

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