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Procedimentos para ensaio partículas magnéticas

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1 Procedimentos para ensaio 
Para realização do ensaio, é necessário uma sequência de execução básica, são elas:
· Preparação da superfície;
· Seleção do equipamento para magnetização e das partículas ferromagnéticas;
· Planejamento do ensaio;
· Magnetização da peça;
· Aplicação das partículas e eliminação do excesso de partículas na superfície;
· Observação das indicações;
· Avaliação e registro dos resultados;
· Desmagnetização.
1.1 Preparação da superfície
A preparação da superfície consiste em limpar a peça, ou seja, tirar da superfície da peça ensaiada toda a sujeira, oxidação, carepas, respingos ou inclusões superficiais que podem prejudicar o ensaio com a formação de campos de fuga falsos, ou se caso o ensaio for executado com via húmida, a contaminação da suspensão, ou ainda que dificultem a mobilidade das partículas sobre a superfície (ANDREUCCI, 2014).
O método de preparação da superfície é realizado de acordo com a peça, dependendo do tamanho ou quantidade, podem ser feitos através de:
· Jato de areia ou granalha;
· Escova de aço;
· Solvente e panos umedecidos em solventes ou secos;
· Limpeza química;
· Vapor desengraxante;
· Esmerilhamento.
Normalmente se utiliza jato de areia ou granalha na preparação de peças automotivas ou componentes de máquinas que são colocados em cabines para jateamento. Já na preparação de peças soldadas, é comum que seja utilizado escovas de aço (rotativas ou manuais). Com o intuito de promover na região da peça inspecionada uma superfície sem graxas, óleo ou outro tipo de contaminante, é aplicado solvente como um complemento dos métodos de limpeza (ANDREUCCI, 2014).
1.2 Seleção de equipamento para magnetização e das partículas ferromagnéticas
De acordo com a forma da peça a ser ensaiada e do local da execução do ensaio, é feita a escolha do equipamento para magnetização e o tipo de partículas magnéticas. Esse ensaio deve ser sempre realizado com base a um procedimento qualificado e aprovado, com o propósito de determinar e fixar as variáveis essenciais do ensaio (ANDREUCCI, 2014).
1.3 Planejamento do ensaio
Para o planejamento do ensaio, é necessário que a pessoa que esteja realizando o mesmo, visualize e esquematize a peça, ou seja, deverá avaliar como será o campo magnético formado, se longitudinal ou circular. Essa avaliação é de extrema importância, pois como não se conhece a orientação das descontinuidades, é necessário começar o ensaio por um ponto e, para garantir que a inspeção foi adequada, capaz de identificar qualquer descontinuidade em qualquer orientação, faz-se necessário uma outra varredura, de acordo com a técnica de magnetização utilizada, defasada de mais ou menos 90º do eixo anterior na mesma região realizada anteriormente (ANDREUCCI, 2014).
A técnica de varredura já descrita, é utilizada na inspeção de peças utilizando um yoke ou também por meio da técnica de eletrodos, no qual é recomendado que o inspetor trace com um giz de cera na peça, os pontos onde serão apoiadas as pernas do yoke ou eletrodos, isso é realizado para assegurar uma varredura perfeita e com sobreposição adequada entre uma e outra varredura. Com isso, tem-se uma varredura sequencial e com 100% de garantia da inspeção da região a ser ensaiada. Conforme a fig. 1, a posição dos pólos de contato é 1-1 e 4-4 ou 2-2 e 3-3 (ANDREUCCI, 2014).
FIGURA 1 – Esquema sequencial opcional para ensaio de soldas, pela técnica de eletrodos e yoke
Fonte:
Em máquinas estacionárias, as peças como pinos, bielas, engrenagens, disco e virabreguins, comumente, são submetidos a dois campos magnéticos aplicados simultaneamente, um campo por corrente alternada e o outro por corrente alternada retificada, ou os dois campos por correntes alternadas defasados. É fundamental a garantia da varredura de toda a peça ou da região de interesse. Diante disto, a verificação da intensidade do campo adequada é essencial para a realização da inspeção de toda a peça de uma vez só, se assim não for possível, é imprescindível que se faça a inspeção da peça por sessões ou por partes (ANDREUCCI, 2014).
1.4 Magnetização da peça
Conforme o equipamento disponível, dependendo dos seus recursos e capacidade, é preciso que se faça ajustes no campo de modo a alcançar um valor adequado. Esse valor para o campo magnético, algumas vezes, poderá ser verificado por meio de padrões indicativos de campo magnético, ou como citado pelo ASTM-E-1444, padrão para verificação do sistema de inspeção por partículas magnéticas. Há outras formas de verificação do campo magnético, especificadas por algumas normas, que fazem o uso de padrões especiais como Castrol Strip que possuem três linhas contendo indicações artificiais (ANDREUCCI, 2014).
Existem duas versões desses padrões, Castrol Strip Type I (G)eneral ou Castrol Strip Type II (A)ircraft, que apresentam um revestimento de latão de proteção. No momento da magnetização e aplicação do pó magnético seco ou úmido, o padrão é fixado sobre a peça, e o número de linhas que aparecem no padrão, tem-se uma ideia da sensibilidade do processo (ANDREUCCI, 2014).
A corrente elétrica alternada proporciona uma maior mobilidade das partículas, e dessa forma uma maior sensibilidade para descontinuidades superficiais, com pouca penetração no material. Já a corrente elétrica contínua, ao contrário da alternada, proporciona pouca mobilidade das partículas, todavia permite ao ensaio uma profundidade maior de detecção, sendo assim, mais indicada para descontinuidades subsuperficiais (ANDREUCCI, 2014).
1.5 Aplicação das partículas e eliminação do excesso de partículas na superfície
É essencial que a aplicação das partículas ferromagnéticas seja feita de forma a cobrir toda a área de interesse, sendo por via seca ou úmida. Quanto a remoção do excesso de partículas sobre a superfície, é necessário que seja feito de modo a não eliminar as indicações que se formam, se as partículas forem por via seca, basta que seja aplicado apenas um leve sopro, se as partículas forem por via úmida, o excesso das partículas é removido pelo próprio veículo (ANDREUCCI, 2014).
1.6 Observação das indicações
A observação das indicações é realizada através da visualização dos pontos de acúmulo do pó ferromagnético. Essa fase exige muito cuidado, pois o inspetor deve observar para não confundir um acumulo de pó proveniente de uma ranhura ou mordedura, com uma descontinuidade, conduzindo o inspetor a erros no julgamento dos resultados (ANDREUCCI, 2014).
Para melhor visualização das indicações, é aconselhável que seja colocado antes da aplicação das partículas ferromagnéticas, uma fina camada de tinta branca especial sobre a região a ser inspecionada (ANDREUCCI, 2014).
É importante ressaltar que as condições de iluminação são essenciais para a conclusão desta etapa, pois algumas vezes poderão insinuar falsas ou indicações não relevantes (ANDREUCCI, 2014).
1.7 Avaliação e registro dos resultados
Para registro e avaliação dos resultados, é sugerido a elaboração de um relatório, contendo detalhes de todas as características e parâmetros do ensaio como desenho, posição da peça ensaiada, área de interesse, norma de aceitação, aparelho de magnetização, tipo e intensidade da corrente elétrica utilizada, tipo de pó magnético usado, veículo (se aplicável), concentração das partículas (se aplicável), croqui da peça e das indicações observadas, assinatura e identificação do responsável pelo ensaio (Coleção tecnológica SENAI, 1997).
1.8 Desmagnetização
Faz-se necessária a desmagnetização em alguns materiais devido as propriedades magnéticas do mesmo. Alguns materiais são capazes de reter parte do magnetismo mesmo que a força magnetizante seja interrompida. De acordo com a aplicação, o magnetismo residual ou remanescente poderá causar problemas, vindo ser necessário a desmagnetização da peça. As razões para se desmagnetizar uma peça são, interferência nos processos de usinagem e soldagem e interferência com instrumentos de medição (Coleção tecnológica SENAI, 1997).
A técnica para desmagnetização, consiste em submeter a peça a um campo magnéticoque é continuamente invertido e gradualmente reduzido a zero, após um determinado número de ciclos e período, a peça é desmagnetizada (Coleção tecnológica SENAI, 1997).
A desmagnetização torna-se dispensável em determinadas situações, como em materiais que possuem baixa capacidade de retenção de magnetismo, quando forem novamente magnetizadas e quando essas peças forem sujeitadas a tratamento térmico, pois ao atingir a temperatura de 750ºC, chamado ponto Curie, as peças de aço magnetizadas perdem a magnetização (Coleção tecnológica SENAI, 1997).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDREUCCI, Ricardo. PARTÍCULAS MAGNÉTICAS. São Paulo, 2014. Acesso em: 15 de maio de 2019. Disponível em: <http://www.abendi.org.br/abendi/Upload/file/PM-2014.pdf>.
Coleção tecnológica SENAI. SOLDAGEM. 1. ed. 1997. Acesso em: 15 de maio de 20119. Disponível em: <https://infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-e-mecanicos-livros-senai/216-ensaio-nao-destrutivo-particulas-magneticas>.

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