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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICA DOCENTE: ADRIANA MARIA VIANA NUNES DISCIPLINA: FISIOLOGIA APLICADA A FARMÁCIA REGISTRO E INTERPRETAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA CAMILA FERREIRA TRINDADE DANIELLE LORRANE ROCHA MARTINS EMILLY JESUS NASCIMENTO SILVA FREDERICO FERREIRA DE ARAÚJO CLARO LUCAS MALAQUIAS FRANÇA TERESINA – PI JANEIRO/2023 CAMILA FERREIRA TRINDADE DANIELLE LORRANE ROCHA MARTINS EMILLY DE JESUS SILVA FREDERICO FERREIRA DE ARAÚJO CLARO LUCAS MALAQUIAS FRANÇA REGISTRO E INTERPRETAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA Relatório apresentado ao curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí, a ser utilizado com objetivo de aprovação na disciplina de Fisiologia aplicada a Farmácia Orientador: Profa. Dra Adriana Maria Nunes TERESINA – PI 2022 SUMÁRIO RESUMO ........................................................................................................................ 3 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ......................................................................... 5 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 6 5 CONCLUSÃO............................................................................................................ 11 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 12 RESUMO Eletrocardiograma, ou ECG, é um exame que avalia a atividade elétrica do coração a partir de eletrodos fixados na pele. Essa atividade é caracterizada pela variação na quantidade de íons de sódio dentro e fora das células musculares cardíacas. No exemplo feito em sala os resultados saíram dentro da normalidade. Palavras-chave: Elétrico; Despolarização; Coração; Derivações. 4 1 INTRODUÇÃO Quando o impulso cardíaco passa pelo coração, a corrente elétrica também se propaga, a partir do coração, para os tecidos adjacentes a ele. Uma pequena proporção dessa corrente se dissemina por toda a superfície corporal, esta pode ser medida por eletrodos colocados sobre a pele em lados opostos do coração. Esse registro elétrico é chamado Eletrocardiograma.Esse registro mostra a variação do potencial elétrico no tempo, que gera uma imagem linear, em ondas. Estas ondas seguem um padrão rítmico, tendo denominação particular. O Eletrocardiograma normal é formado pela onda P (despolarização atrial), pelo complexo QRS (despolarização ventricular) e pela onda T (repolarização ventricular). As derivações são o registro da diferença de potencial elétrico entre dois pontos . As derivações bipolares periféricas (DI, DII e DIII) são registradas por dois eletrodos localizados nos membros em lados diferentes do coração. A DI mede a diferença de potencial entre o braço direito e o braço esquerdo. A DII mede a diferença de potencial entre o braço direito e a perna esquerda. E a DIII mede a diferença de potencial entre o braço esquerdo e a perna esquerda. As três derivações bipolares formam o triângulo de Einthoven, e mantêm uma proporção matemática que diz: DII = DI + DIII. As derivações pré-cordias são registradas por 6 eletrodos em pontos distintos sobre o tórax, conhecidas como derivações V1, V2, V3, V4, V5 e V6. AS duas primeiras, normalmente, apresentam-se negativas, visto que estão mais próximas da base do coração que do ápice (direção da eletronegatividade durante a maior parte do processo de despolarização ventricular). (GUYTON, 2002) O objetivo desta prática é mostrar ao aluno como detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto (bpm) por meio do ECG(eletrocardiograma), no qual é possível diagnosticar diversas complicações, como: doenças genéticas, infarto do miocárdio, aumento de cavidades cardíacas, hipertrofia das câmaras cardíacas, distúrbios na condução elétrica do órgão e doenças coronarianas. 5 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Inicialmente selecionou se um aluno que ficou deitado por um tempo na maca antes do início da prática. Após o tempo de repouso, colocou-se os eletrodos na região frontal do peito, nos punhos e nos tornozelos com álcool em gel sobre os utensílios para melhora na captura dos batimentos. Os eletrodos foram colocados da seguinte maneira: ● Vermelho (R): no braço direito (Right) possui um terminal negativo ● Amarelo (L): no braço esquerdo (Left) possui um terminal positivo ● Verde (F): na perna esquerda (Foot) possui um terminal positivo ● Preto (N): na perna direita (Neutro). O primeiro eletrodo (V1), é colocado no 4º espaço intercostal, à margem direita do esterno,o segundo (V2) fica no 4º espaço intercostal, à margem esquerda do esterno,o terceiro (V3) deve ser inserido no espaço entre V2 e V4,o quarto (V4) fica no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha abaixo do ponto médio da clavícula (hemiclavicular),o quinto eletrodo (V5) deve ser posicionado também no 5° espaço intercostal, nível que V4, mais para a esquerda, na linha axilar anterior,o último dispositivo (V6) deve ficar no mesmo nível que V4 e V5, pouco mais para a esquerda, na linha axilar média. Depois que o aluno foi equipado corretamente obtém-se com o ECG dados sobre os batimentos e funcionamento do coração. 6 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES O eletrocardiograma normal é composto pela onda P, pelo complexo QRS e pela onda T. O complexo QRS apresenta com frequência mas nem sempre três ondas distintas: a onda Q, a onda R e a onda S. A onda P representa a despolarização atrial, não incluindo a repolarização atrial; a onda Q significa a despolarização inicial do ventrículo, logo o intervalo PQ é o intervalo entre a despolarização atrial e o início da despolarização do ventrículo. Logo depois tem o complexo QRS que representa a despolarização dos ventrículos e por fim a onda T representa a repolarização ventricular, por conseguinte o intervalo QT caracteriza o período de despolarização e repolarização dos ventrículos. (COSTANZO,2011) A partir do registro do eletrocardiograma obtido em laboratório, representado graficamente por ondas que indicam os potenciais elétricos gerados pela corrente elétrica que se propagam do coração para os tecidos adjacentes,onde o eixo Y corresponde a voltagem,em milivolts,e o eixo X corresponde ao tempo,em segundos, foram analisados os fenômenos elétricos no ciclo cardíaco. A seguir,o eletrográfico das derivações bipolares(figura 1). FIGURA 1- DERIVAÇÃO BIPOLAR Fonte: Laboratório de Fisiologia da UFPI,2023. O termo “bipolar” quer dizer que o eletrocardiograma é registrado por dois eletrodos posicionados em lados diferentes do coração — neste caso, nos membros. Assim, uma “derivação” não é um só fio conectado ao corpo, mas a combinação de dois fios e seus eletrodos para formar um circuito completo entre o corpo e o eletrocardiógrafo. Dito isto é possível captar 3 derivações: 7 ● Derivação I : É colocado entre o braço direito (terminal negativo) e o braço esquerdo (terminal positivo); o eletrocardiograma vai registrar valor positivo quando a área pela qual o braço direito se une ao tórax está eletronegativa, em relação à área pela qual o braço esquerdo se une ao tórax ● Derivação II : Posicionado entre o braço direito (terminal negativo) e a perna esquerda (terminal positivo); logo,quando o braço direito está negativo em relação à perna esquerda,o eletrocardiógrafo exibe registro positivo. ● Derivação III : É disposto entre o braço esquerdo (terminal negativo) e a perna esquerda (terminal positivo);portanto o eletrocardiógrafo apresentará registro positivo quando o braço esquerdo estiver negativo em relação à perna esquerda. (GUYTON, 2017) Derivações Unipolares Aumentadas dos Membros: FIGURA 2- DERIVAÇÃO UNIPOLAR Fonte: Laboratório de Fisiologia da UFPI,2023. As derivações unipolares aumentadas procuram registrar o potencial elétrico absoluto entre uma região teórica do Triângulo de Einthoven e sua extremidade. Quando o terminal positivo está avaliando no braço direito, a derivação é denominada aVR; aVL quando está no braço esquerdo, e quando está na perna esquerda, aVF. (GUYTON, 2017) 8 Derivações torácicas ou precordiais: FIGURA 3 - DERIVAÇÃO TORÁCICA (V1, V2 e V3) Fonte: Laboratório de Fisiologia da UFPI,2023. Figura 4 – DERIVAÇÕES TORACICAS (V4, V5 E V6) Fonte: Laboratório de Fisiologia da UFPI,2023 As derivações torácicas, por outro lado, caracterizam o potencial elétrico absoluto em regiões torácicas bem definidas próximas ao coração. Esse eletrodo é conectado ao terminal positivo do eletrocardiógrafo, e o eletrodo negativo, denominado eletrodo indiferente, é conectado, simultaneamente, ao braço direito, ao braço esquerdo e à perna esquerda, por meio de resistências elétricas iguais. Em geral, faz-se o registro de seis derivações torácicas padrão, uma por vez, na parede anterior do tórax. Pelo fato de as superfícies do coração estarem próximas da parede do tórax, cada derivação torácica registra principalmente o potencial elétrico da musculatura cardíaca situada imediatamente abaixo do eletrodo. (GUYTON, 2017) 9 São seis as derivações do tipo torácicas: ● V1 — localizada no quarto espaço intercostal direito, registra o potencial dos átrios esquerdo e direito, parte do septo interventricular e do ventrículo direito (parede anterior). ● V2 — localizada no quarto espaço intercostal esquerdo, é característica por apresentar pequena positividade e em seguida grande negatividade, assim como V1. ● V3 — localizada entre V2 e V4, mais especificamente no septo interventricular. Caracteriza QRS isodifásico, geralmente. ● V4 — localizado no ápice do ventrículo esquerdo, apresenta uma fase inicial positiva (ativação do ventrículo direito). ● V5 — localizado na linha axilar anterior do quinto espaço intercostal esquerdo, possui pequena negatividade inicial seguida de grande positividade, podendo haver ou não negatividade terminal. ● V6 — localizado no quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média, possui as mesmas características que V5 (resultado da despolarização do septo). (IPEMED, 2022) Nas derivações VI e V2, os registros do complexo QRS do coração normal são, na maioria, negativos porque, o eletrodo torácico dessas derivações está mais próximo da base cardíaca que do ápice, e a base do coração permanece eletronegativa durante a maior parte do processo de despolarização ventricular. Já as derivações V4, V5 e V6, os complexos QRS são em sua maior parte positivos, porque o eletrodo torácico dessas derivações está mais próximo do ápice do coração que permanece eletropositivo durante a maior parte da despolarização. E por fim a derivação V3, é caracterizado por possuir o QRS isodifásico, ou seja, onda R alta seguida por uma onda S profunda semelhante, isso se deve por conta do eletrodo ser fixado no septo interventricular. (GUYTON, 2017) Tendo como base a derivação V3, foi possível obter a frequência cardíaca por meio do seguinte cálculo, 𝐹𝐶 = 1500/n , em que n representa o número de quadrante do intervalo de tempo entre duas ondas R, como n=16, a frequência cardíaca resultante foi 94 bmp. 10 Ainda utilizando a derivação V3, analisou-se os intervalos de tempo entre algumas ondas e a voltagem de cada onda, sendo assim, foram calculados pela contagem dos quadrantes na horizontal, para calcular o tempo e na vertical, para calcular a voltagem. As tabelas estão dispostas a seguir. Tabela 01- Intervalos de tempo dos segmentos, no eletrocardiograma. Segmento PQ QRS QT Intervalo(s) 0,12 0,8 0,28 Fonte: Laboratório de Fisiologia da UFPI,2023. Tabela 02- Voltagens das ondas, no eletrocardiograma. ONDA P Q R S T Voltagem(mv) 0,1 -0,1 0,4 -1,0 0,8 Fonte: Laboratório de Fisiologia da UFPI,2023. 11 5 CONCLUSÃO Conclui-se que o exame eletrocardiograma executado em laboratório não apresentou nada fora do normal, por exemplo, a ritmicidade e a frequência cardíaca estavam em ótimas condições. Durante a prática foram realizados cálculos das voltagens de acordo com o triângulo de Einthoven, que é considerada uma lei muito útil na interpretação de um eletrocardiograma, onde a soma das derivações I e III será igual a voltagem da derivação apresentada em II. Diante dos resultados obtidos, o aluno examinado é considerado saudável. 12 REFERÊNCIAS COSTANZO, L. Fisiologia . Rio de Janeiro, Elsevier, 2011. Leitura de EGC: aprenda a interpretar o exame com maior rapidez. Ipemed.com.br, 2022. Disponível em: https://www.ipemed.com.br/blog/leitura-de-ecg-aprenda-a- interpretar-o-exame-com-maior-rapidez?utm_source=google&utm_medium=organic. Acesso em: 4 de fevereiro de 2023. GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. https://www.ipemed.com.br/blog/leitura-de-ecg-aprenda-a-interpretar-o-exame-com-maior-rapidez?utm_source=google&utm_medium=organic https://www.ipemed.com.br/blog/leitura-de-ecg-aprenda-a-interpretar-o-exame-com-maior-rapidez?utm_source=google&utm_medium=organic RESUMO 1 INTRODUÇÃO 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 5 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS