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FP 090 – Avaliação da aprendizagem Trabalho – convocação ordinária Nomes e sobrenome/s: FABIULA SANT’ ANA BARONI MARTINS MARIZILDA ARAÚJO DA SILVA MARTA PIRAJÁ RIBEIRO ROSÂNGELA MENDES SILBTHY MUNIZ SILVA Código: FP090 Curso: Mestrado em Educação Formação de Professores Grupo: 06/2022 Data: 10/09/2023 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ÍNDICE 1 - Introdução.................................................................................................................................3 2 - Plano de Aula............................................................................................................................4 3 - Descrição do Plano de Aula............................. .................................... ...................................4 4 – Avaliação..................................................................................................................................7 5 – Conclusão................................................................................................................................8 6 – Referências Bibliográficas.......................................................................................................8 1. INTRODUÇÃO Atualmente o processo de ensino-aprendizagem ultrapassa a transmissão de conhecimentos, técnicas ou dinâmicas que um professor pode realizar em sala de aula. A educação contemporânea deve fortalecer nas crianças, jovens e adultos o senso de pertencer à uma comunidade globalizada, de cidadania compartilhada e capazes de assumir responsabilidades do grupo para lidar com possíveis controvérsias complexas de um ambiente comum. Ao longo dos tempos observamos escolas que não são capazes de acompanhar e apoiar a evolução das sociedades, insistindo em transmitir conhecimentos não úteis, pois buscam objetivos que não correspondem às demandas da vida cotidiana neste momento. O processo educacional vem se transformando com o passar dos anos, e os papéis de professores e estudantes começaram a convergir através das novas abordagens curriculares e métodos de avaliação. Este, aliás, é um desafio a vencer com o objetivo de melhorar ou otimizar o processo de aprendizagem, e consequentemente o desempenho escolar dos alunos. Quando falamos nesse assunto, precisamos destacar que, o aprendizado vai muito além de transmitir as habilidades cognitivas de aprendizagem em sala de aula ou num ambiente formal de aprendizagem. Sabe-se que a aprendizagem acontece em qualquer lugar, principalmente no ambiente familiar, porque é no cotidiano familiar que esse processo se revela, através da forma como eles interpretam e respondem ao que foi explorado no dia a dia da sala de aula, ou em um outro ambiente. Ao explorar os textos da disciplina e os conteúdos e atividades destacadas no texto de Porvir; “Inovação em Educação: 8 formas de avaliar sem ser por múltipla escolha”, torna-se de fundamental importância vislumbrar as ideias enfatizadas pelo autor quanto ao processo avaliativo que devemos adotar na nossa prática com nossos alunos, por isso a avaliação deve ser transformadora e multidimensional. Ao avaliar, deve haver um envolvimento por inteiro, ou seja, o que sabemos, o que sentimos, o que conhecemos desta pessoa que está em processo de avaliação, a relação que temos com ela, suas peculiaridades, potencialidades e defasagens. E é esta relação que o professor acaba criando com seu aluno. Então, para que ele transforme essa sua prática, algumas concepções são extremamente necessárias. [...] Avaliar é muito mais que conhecer o aluno, é reconhecê-lo como um a pessoa digna de respeito e de interesse. [ ...] Nesse sentido, o professor se torna um aprendiz do processo, pois se aprofunda nas estratégias de pensamento do aluno, nas formas como ele age, pensa e realiza essas atividades educativas. Jussara Hoffman (2015) Refletindo a avaliação em seus diversos moldes, pode-se perceber o importante papel que a escola tem diante da formação de uma sociedade mais justa e igualitária, já que para empoderar nossos educandos como cidadãos do mundo devem-se orientá-los como tal, respeitando suas diferenças e valorizando suas potencialidades. 2. PLANO DE AULA Eixo Temático: Interdisciplinar Nível de escolaridade: Ensino Fundamental – I (1º e 4º ano) Conteúdos trabalhados: Língua Portuguesa e Artes. Objetivo: Integrar os alunos a desenvolver suas habilidades e aprendizagem de forma integral, bem como, explorar o ambiente, as diversidades culturais, sociais, locais e regionais através das atividades propostas, visando uma reflexão sobre o desempenho dos mesmos e a forma de avaliar para ensinar. Expectativa de aprendizagem: Habilidades da BNCC desenvolvidas: (EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. (EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso. Recursos materiais utilizados: Papel cartolina, televisão e notebook, pincel atômico; fita adesiva; lápis e borracha, giz de cera, lápis de cor, fantasias, roupas e acessórios, revistas, papéis coloridos, tesouras, elastano, celulares para registro fotográficos, massa de modelar, TNT, cola quente, barbante, caixa de papelão e tesoura. 3. DESCRIÇÃO DO PLANO DA SALA DE AULA Desenvolvimento – (mediação da professora em todo o processo, sempre que necessário) - Roda de conversa com a intenção de levantar os conhecimentos prévios da turma sobre pontuação e gênero literário, trabalho em grupo e dupla colaborativa. A professora também deve auxiliar os alunos a refletirem sobre o que esperam aprender, vivenciar e executar ao fim das atividades, anotando na lousa as intervenções dos alunos, como forma de registro para visualização da turma. Descrição do plano da sala de aula: ●Atividade 01 – Roda de Leitura em Família. ●Fase: Educação fundamental de 1º a 4º ano Inicialmente, será realizada uma reunião para orientação dos pais/responsáveis dos alunos, a fim de expor o projeto e conscientizar os familiares acerca da importância de realizar leituras de diferentes gêneros literários para as crianças e manipular diferentes suporte de leitura, salientando que os alunos devem ter a oportunidade de ler e desenvolver o hábito de leitura junto com seus familiares, não estando tal atividade restrita ao ambiente escolar. Importante ressaltar que em virtude da pandemia do coronavírus, onde as aulas ficaram restritas à modalidade remota, e os alunos permaneceram muito tempo sem frequentar o ambiente escolar, aliado ao fato de que muitas famílias têm pouco ou nenhum acesso a obras literárias, percebemos que muitas crianças não foram alfabetizadas no período devido. Conforme mencionam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, os sujeitos se situam na faixa etária que compreende o ciclo de desenvolvimento e de aprendizagem dotada de condições específicas, que são marcantes em cada tipo de atendimento, com exigências próprias. Os atendimentos a estas crianças e adolescentes carregam marcas singulares, contextos socioculturais, socioeconômicos e étnicos. Assim a gestão da convivência e as situações em que se torna necessária a solução de problemas individuais e coletivos pelas crianças, devem ser previamente programadas, com foco nas motivações, estimuladas e orientadas pelos professores e demais profissionais da educação, respeitados os limites e as potencialidades de cada criança e os vínculos desta com a família. Dizendo de outro modo, nessa etapa da Educação Infantil para o ensino fundamental, gradativamente vai se assumindo a condição de um sujeito de direitos. (p.36,37). No decorrer do projeto de leitura itinerante, onde foi esclarecido o importante papel da família com a realizaçãoda leitura juntos no âmbito familiar, a criança registrará no caderno o que ela mais gostou no momento da leitura. Ao retornar para a sala de aula, o estudante realiza um reconto da história, explicando aos colegas a obra escolhida, segundo seu entendimento, oportunizando a compreensão e a reflexão sobre o momento de leitura. Esta ação deve ser aplicada durante todo o ano, e como culminância deste projeto, a professora promoverá um momento cultural na escola, a fim de que cada turma envolvida no projeto possa se apresentar com um tema literário escolhido pela turma. É importante ressaltar que a atividade diversificada promoverá a interação dos alunos com teatros, poemas, músicas, dramatização, e tudo o que torna-se significativo para a criança, oportunizando nesse contexto cultural de direitos, que ajudam no seu desenvolvimento pessoal, cognitivo, afetivo e social. Para reforçar a questão da importância da leitura na fala de Paulo Freire em sua obra Alfabetização: leitura do mundo/leitura da palavra. Nos traz reflexão sobre o nosso fazer pedagógico que coloque em jogo o conhecimento de nossas crianças e com isso sua obra retratada. o que está em jogo aqui, é a noção de alfabetização que estabelece relação de poder e de conhecimento, não apenas ao que os professores ensinam, mas também os significados produtivos que os alunos, com todas suas diferenças culturais e sociais, trazem para a sala de aula como parte da produção de conhecimento e a construção de identidades pessoais e sociais. · Atividade 2 – Arte · Fase: Educação fundamental de 1º a 4º ano Conteúdo: artes visuais, desenho, vídeos, colagem, dança, teatro. Dando continuidade as atividades, a arte é, a expressão dos textos, poemas e diferentes gêneros trabalhados, portanto a arte é o “saber fazer “o significado do conhecimento adquirido no decorrer do projeto. Como diz a BNCC – No campo de experiências: Corpo, gestos e movimentos, o objetivo é mostrar as diferentes linguagens artísticas e culturais, como a música e a dança e seus diversos movimentos. E a proposta do Campo de Experiências “Traços, sons, cores e formas” valoriza a produção artística, promovendo a criação de repertório, o desenvolvimento da sensibilidade, da escuta e da experimentação com o corpo e com diversos materiais. Esse campo traz aprendizagens que serão a base de muito o que a criança aprenderá no ensino fundamental, que explorar esses elementos irá favorecer funções cognitivas essenciais do desenvolvimento da criança. Como diz os Parâmetros Curriculares Nacionais que a Educação em artes visuais requer trabalho continuamente informado sobre os conteúdos e experiências relacionados aos materiais, às formas visuais de diversos momentos da história, inclusive contemporâneos. Para tanto a escola deve colaborar para que os alunos passem por um conjunto amplo de experiências de aprender e criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e produção artística pessoal e grupal (p.61). 4. AVALIAÇÃO Inicialmente a professora, por meio de uma Avaliação Diagnóstica constatou que vários alunos da turma não dominavam a competência leitora e escritora, estando, aquém do desenvolvimento esperado para a idade e ano/série. Diante deste fato, foi proposta a ação de leitura com o apoio familiar, de forma interdisciplinar, com os componentes curriculares de língua portuguesa e artes. Durante o desenvolvimento do projeto e realização das ações previstas, a avaliação da aprendizagem ocorreu de forma processual e continua durante todo o percurso das atividades propostas, ou seja, uma avaliação formativa, de forma individual e coletiva, tendo em vista que em alguns momentos houve o desenvolvimento de atividades em grupo ou em duplas de trabalho produtivo. Através desta avaliação é possível observar, acompanhar e fazer as devidas intervenções para a correção de rumos, em busca do desenvolvimento integral dos alunos e contemplando as diversas dificuldades e realidades encontradas no desenvolvimento das ações propostas. A avaliação formativa apresenta dados em tempo real, ou seja, informa “o que está acontecendo com os alunos que estão sujeitos aos processos de ensino-aprendizagem. [...] esse tipo de avaliação refere-se às atividades de avaliação que fornecem informações que podem ser usadas para revisar e modificar as atividades e formas de aprendizagem. FUNIBER, 2022. Diante disso, utilizamos a avaliação formativa como processo de acompanhamento avaliativo, pois ela nos leva a refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, mostrando que cada um tem o seu tempo e ritmo de aprendizado. Isso sem falar na relação professor e aluno, que se fortalece, pois é importante estabelecer laços de confiança e afinidade de um com o outro. A avaliação dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais é uma ação pedagógica guiada pela atribuição de valor apurada e responsável que o professor realiza das atividades dos alunos. Avaliar é também considerar o modo de ensinar os conteúdos que são contemplados nas situações de aprendizagem. Os critérios para avaliar em arte, espera-se que no transcorrer das séries iniciais do ensino fundamental, progridam e adquiram competências de sensibilidade e de cognição em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, perante a sua produção artística e o contato com o patrimônio cultural, exercitando sua cidadania cultural com qualidade. 5. CONCLUSÃO O professor José Carlos Libâneo (2018) de forma assertiva dispõe que “Avaliação é uma didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem”. Assim, a avaliação compreende um processo complexo em que os resultados obtidos são comparados aos objetivos de aprendizagem inicialmente propostos, apontando, assim, não só a qualidade do trabalho dos alunos, mas também o grau de envolvimento e engajamento dos estudantes e sua trajetória na consolidação de habilidades cognitivas e socioemocionais. A avaliação formativa foi utilizada como um seguimento de acompanhamento das atividades propostas. É fundamental avaliar como é ensinado um determinado conteúdo, se as atividades propostas estão produzindo os resultados esperados, e se a estratégia utilizada é a mais adequada para otimizar o aprendizado das crianças e adolescentes. Os professores foram bem assessorados como desenvolver as atividades com as turmas, dividindo diferentes gêneros e dentro desses gêneros desenvolver diferentes tipos de arte, que são várias. Contudo, os professores da rede municipal fizeram esforços para que cada planejamento fosse desenvolvido junto com as crianças tornando-se significativo e enriquecedor durante o processo de aprendizagem. Quando o aluno participa ativamente do seu processo de aprendizagem, o resultado geralmente supera o esperado. O aluno desenvolve seu protagonismo e sua percepção da realidade e as competências socioemocionais. Pensando na questão do aprendizado, procurou-se ter um olhar mais cauteloso para a diversidade na sala de aula, na interação entre professor e alunos, e um trabalho bem diversificado durante o processo, a fim de tornar o currículo acessível, mesmo para aquelas crianças com a leitura mais deficitária ou fragilizada. A realização da ação e reflexão constante, para atingir uma nova habilidade e experiência, tornando-se avaliação integrada a formação cidadã. 6. BIBLIOGRAFIA Referência: ROSA, Allan Patrick da (ed.). Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. 7. ed. Brasília: Mec, Seb, Dicei, 2013: Ministério da Educação, 2010. 562 v. Referência: MACEDO, Paulo Freire e Donaldo. Alfabetização Leitura do mundo Leitura da palavra. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. 167 p. Referência: SOUZA, Paulo Renato. Parâmetros Curriculares Nacionais: ministério da educação. 3. ed. Brasília: Ministério da Educação, 2001. 130 p. Referência: LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2018. 195 p. 2
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