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Aula 7-Psicologia e Direito Penal

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15/09/2023, 21:17 Disciplina Portal
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 1/14
Psicologia Judiciária
Aula 7: Psicologia e Direito Penal
INTRODUÇÃO
O Direito trata da conduta humana, entretanto, sabemos que a norma jurídica não é su�ciente para inibir comportamentos delituosos. Desde a
Antiguidade procuramos compreender o que é ação delituosa e, em muitas ocasiões na Grécia Antiga, aquele que cometia um delito era
considerado anormal, e era expulso da sociedade.
Nos primeiros séculos, muitos acreditavam que as pessoas que cometiam delitos estavam sendo in�uenciadas pelo demônio. Apenas no
Renascimento (1300–1700 d.C.), o homem começou a ser considerado como dono de seu destino. Nessa fase, há uma busca de
humanização das penas, melhorando o tratamento dos condenados.
Até os dias atuais, há uma inquietude, nas diversas áreas do saber, em relação ao crime e ao criminoso. Esses fenômenos abrangem um
amplo repertório teórico, que necessita de uma variada abordagem interdisciplinar, na tentativa de fomentar Políticas Públicas que possam
levar à prevenção da prática criminosa. Sabemos que nenhuma ciência atingiu, ainda, um grau de previsibilidade e�caz no que diz respeito ao
comportamento humano, mas, os estudos continuam.
As teorias da Psicologia servem de fundamento para entender o crime e o criminoso. A Psicologia é uma das ciências que o Direito não pode
desprezar, tanto na criação das normas penais quanto em sua aplicação. Esse trabalho conjunto reforça a necessidade de aproximação entre
o Direito e a Psicologia.
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https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 2/14
OBJETIVOS
Conhecer a importância da Psicologia para o Direito Penal.
Compreender algumas questões do Direito Penal Contemporâneo.
Identi�car o trabalho do psicólogo no Sistema Penitenciário.
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https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 3/14
CÓDIGO PENAL (1940)
O Código Penal Brasileiro é o conjunto de leis que tem o objetivo de, ao mesmo tempo, defender os cidadãos e punir aqueles que cometem
infrações e crimes. Foi criado em 1940 e, ao longo dos anos, passou por modi�cações com o propósito de atualizá-lo e torná-lo mais de
acordo com as características da sociedade atual.
Direito Penal X Direito Civil
Direito Penal
O Direito Penal, muitas vezes chamado de Direito Criminal, é a
área do Direito Público que contém as normas oriundas do
Poder Legislativo para reprimir os delitos, imputando penas
com o objetivo de preservar a sociedade e possibilitar o seu
desenvolvimento.
Direito Civil
A ênfase está, principalmente, na solução de litígios e
compensação das vítimas, muito mais do que na punição.
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https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 4/14
VOCÊ SABIA?
A Psicologia aplicada ao Direito estuda o comportamento psicológico do agente do delito, além de tratar de questões como a
inimputabilidade, imputabilidade, progressão de pena, execução penal entre outras.
MODALIDADES DE CRIME
Podemos tipi�car uma conduta humana como crime a partir da ilicitude (glossário) e da materialidade do fato (glossário). Até o delito,
encontramos todo um caminho subjetivo, interno, que vai desde o desejo à intenção, a decisão e a realização do crime, que afetará o social.
Para o Direito, a intenção apresenta um interesse particular e, a partir deste fato, dividem-se os delitos em dois grupos: delito doloso e delito
culposo.
IMPUTABILIDADE E INIMPUTABILIDADE
O Código Penal (1940) legisla a respeito da capacidade de responsabilização dos indivíduos portadores de transtornos mentais frente ao
cometimento de crimes. Segundo o artigo 26 deste Código (1940):
É isento de pena o agente que, por doença mental (glossário)  ou desenvolvimento mental incompleto (glossário)
ou retardado (glossário), era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
galeria/aula7/img/slide4.jpg
Delito doloso
Aqui encontramos a vontade consciente. Entretanto, é importante a análise das motivações que levaram a pessoa a esse
ato, para melhor entender de que forma essa vontade foi expressa. Segundo Fiorelli; Mangini (2010), esse tipo de delito
pode ser justi�cado por meio de um desequilíbrio emocional, que se caracteriza pela evolução de um con�ito, em que o
estresse acumulado leva ao cometimento do delito.
galeria/aula7/img/slide4-b.jpg
Delito culposo
O Código Penal (1984) aplica três situações para caracterizá-lo: a imprudência, a negligência e a imperícia. De acordo
com a Psicologia, todas essas situações podem ser interpretadas, não como obras do acaso, mas como situações que
envolvem em maior ou menor grau aspectos do inconsciente das pessoas.
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A imputabilidade diz respeito ao entendimento da ação praticada como algo ilícito, isto é, contrária à lei e que possa agir de acordo com esse
entendimento.
Fonte da Imagem:
As leis são elaboradas a partir de padrões típicos de comportamento, em determinado contexto, cultura e momento histórico. Em relação ao
portador de algum tipo de transtorno mental, deve-se avaliar a intensidade e a qualidade deste, para determinar a possibilidade ou não da sua
responsabilização.
De acordo com o Código de Processo Penal (1940):
Artigo 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do
acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
Atenção!
Aos portadores de transtorno mentais que praticaram atos ilícitos, se houver a comprovação de doença mental que
impeça o discernimento sobre o ato praticado ou no momento do ato praticado, em lugar da pena, haverá a aplicação da
medida de segurança, que poderá ser na modalidade de internação ou tratamento ambulatorial.
É importante saber que a medida de segurança tem natureza preventiva e é aplicada por prazo indeterminado, fundamentada nas
características de periculosidade do indivíduo, conforme o artigo 97 da Lei de Execuções Penais - Lei 7209/1984 (glossário).
Fonte da Imagem:
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https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 6/14
O termo periculosidade é impreciso e é fonte de discussões nos meios jurídicos, médicos e psicológicos. Sua origem é do século XIX e,
atualmente, deve ser interpretado de maneira mais abrangente, levando em conta o contexto social, a diversidade e a desigualdade social.
Para saber mais sobre esse tema, leia o texto (//www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/) Imputabilidade
de Alexandre Magno Fernandes Moreira.
NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA
A criminologia é uma ciência que tem sua origem na segunda metade do século XIX, cujo marco é Cesare Lombroso (glossário). Entretanto, a
moderna criminologia é muito mais abrangente em relação ao comportamento criminoso, destacando que o crime é um problema da
sociedade, nasce nela e é nela que deverão ser encontradas as soluções. O entendimento para tal a�rmação é que criminoso e vítima fazem
parte da sociedade. Há duas formas de controle social:
Formal: Representado pelas instituições estatais e vai desde a investigação até a execução da pena.
Informal: Representado pelo controle da sociedade que, muitas vezes, pede mais repressão e um maior controle formal.
VOCÊ SABIA?
A criminologia teve um crescimento surpreendente nas últimas três décadas.Desenvolveram-se muitas teorias novas, algumas das quais
implicaram na revisão de teorias tradicionais, outras apresentaram novas teorias e outras, ainda, foram mais além, recorrendo à integração de
todas elas.
Embora a criminologia ainda se encontre dominada pela Sociologia, a sua natureza tornou-se cada vez mais interdisciplinar. Biólogos,
psicólogos, economistas e outros pro�ssionais desempenham um papel de destaque na investigação do crime.
A comprovação dessa a�rmativa é o fato de os criminologistas estudarem agora o impacto de vários fatores sobre o crime:
https://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
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COMPORTAMENTO CRIMINOSO
De acordo com Guido Arturo Palomba, Psiquiatra Forense, podemos ter cinco tipos de criminosos:
IMPETUOSOS
Agem em “curto-circuito”, por amor à honra, sem premeditação, fruto de uma ausência momentânea do senso crítico.
Entre os delitos que praticam relacionam-se principalmente o crime passional e alguns tipos de assassinatos e de
agressão física. Em geral, é um criminoso honesto, principalmente quando se trata de um delito passional.
OCASIONAIS
São os levados pelas condições pessoais e in�uências do meio. Os fatores têm muito peso. Os delitos que mais praticam
são o furto e o estelionato.
HABITUAIS
São aqueles incapazes de readquirir uma existência honesta. Cometem todo tipo de delito como assaltos, trá�co de
drogas e assassinatos em série. Esses últimos são conhecidos como "assassinos de aluguel ou justiceiros". O criminoso
habitual é o que tem como pro�ssão o crime.
FRONTEIRIÇOS
Não são propriamente doentes mentais e também não são normais. Apresentam permanentes perturbações do senso
ético-moral, problemas com a afetividade e sensibilidade, cujas alterações psíquicas os levam ao delito. As pessoas
classi�cadas neste tipo, quando violentas, são as que praticam os atos mais perversos e hediondos entre todos os
outros tipos de criminosos. Sua característica principal é a extrema frieza e insensibilidade moral com que tratam as
vítimas.
LOUCOS CRIMINOSOS
Os delitos praticados por eles podem ser divididos em dois grandes grupos:
I. aqueles que agem graças a um processo lento e re�exivo;
II. aqueles que agem por impulso momentâneo.
No primeiro caso, a ideia surge do nada, inesperadamente, é a obsessão doentia e invencível. No segundo caso, a
deliberação do crime é fruto de um impulso momentâneo, seguido da execução imediata.
INTRODUÇÃO À VITIMOLOGIA
A vitimologia pode ser de�nida como o estudo cientí�co da extensão, natureza e causas da vitimização criminal, suas consequências para as
pessoas envolvidas e as reações àquelas pela sociedade, em particular pela Polícia e pelo Sistema de Justiça Criminal, assim como pelos
trabalhadores voluntários e colaboradores pro�ssionais.
O termo vitimologia foi utilizado pela primeira vez pelo psiquiatra americano Fredrick Wertham.
Mas só �cou conhecido com o trabalho de Hans von Hentig "The Criminal an his Victim", em 1948.
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Fonte da Imagem:
Este autor propôs uma abordagem dinâmica, interacionista, contestando a concepção de vítima como ator passivo. Destacou que poderia
haver algumas características das vítimas que poderiam precipitar fatos ou condutas delituosas. Principalmente, realçou a necessidade de
analisar as relações existentes entre vítima e agressor.
Fonte: <https://hu.wikipedia.org/wiki/Hans_von_Hentig#/media/File:VonHentig.jpg (glossário). Acesso em: 14 jul. 2017.
Atenção!
A vitimologia é, atualmente, um campo de estudo orientado para a ação ou formulação de políticas públicas. Não deve
ser estudada apenas relacionada ao Direito Penal, mas devemos associá-la aos Direitos Humanos. Desse modo, a
vitimologia passa a ser, também, o estudo das consequências dos abusos contra os direitos humanos, cometidos por
cidadãos ou agentes do governo.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ, 2014), a prática da Justiça Restaurativa (glossário) tem se expandido pelo país, e está
em funcionamento há mais de dez anos no Brasil. Ela tem iniciativas cada vez mais diversi�cadas e já apresenta elevado grau de resultados
positivos.
Fonte da Imagem:
Na Bahia e no Maranhão, o método tem solucionado os crimes de pequeno potencial ofensivo, sem a necessidade de prosseguir com
processos judiciais (CNJ, 2014).
No Distrito Federal, o Programa Justiça Restaurativa é utilizado em crimes de pequeno e médio potencial ofensivo, além dos casos de
violência doméstica.
Em São Paulo, a Justiça Restaurativa tem sido utilizada em dezenas de escolas públicas e privadas, auxiliando na prevenção e no
agravamento de con�itos.
https://hu.wikipedia.org/wiki/Hans_von_Hentig#/media/File:VonHentig.jpg
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No Rio Grande do Sul, juízes aplicam o método para auxiliar nas medidas socioeducativas cumpridas por adolescentes em con�ito com a lei,
conseguindo recuperar para a sociedade jovens que estavam cada vez mais entregues ao crime.
A Justiça Restaurativa é incentivada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do Protocolo de Cooperação para a difusão da
Justiça Restaurativa (glossário), �rmado em agosto de 2014 com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Atuação do psicólogo no sistema penal
Fonte da Imagem:
O tema é importante e polêmico porque envolve conceitos como justiça, castigo, punição e liberdade. Há muita discussão sobre o papel que o
psicólogo quer e pode ocupar no sistema prisional. Muitos são os desa�os colocados à Psicologia, nesta área.
Os pro�ssionais, nestes locais, tentam desenvolver seus trabalhos,
lidando com as contradições do mesmo. O trabalho do psicólogo deve
estar voltado para a criação de estratégias de sobrevivência nesta
instituição total (glossário) - Sistema Penitenciário.
A função do psicólogo na prisão, tendo de participar de Comissões
Técnicas de Classi�cação (CTCs) e realizar exames criminológicos
(EC), é determinada pela Lei de Execução Penal (LEP).
Em 2010, o Conselho Federal de Psicologia publicou a Resolução 009/2010 (galeria/aula7/docs/resolucao2010_009.pdf),
que orienta a atuação do psicólogo no sistema prisional.
Em 2011, na tentativa de rever algumas intervenções do psicólogo no sistema prisional, este mesmo Conselho (CFP),
publicou a Resolução 012/2011 (galeria/aula7/docs/resolucao_012-11.pdf), que foi suspensa pela Justiça da 1ª Vara
Federal de Porto Alegre. A decisão ocorreu na ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra o Conselho
Federal de Psicologia e Conselho Regional de Psicologia da 7ª Região (RS).
Esta suspensão gerou uma nota técnica (galeria/aula7/docs/arquivo2945.pdf) do Conselho Federal de Psicologia em
relação a essa decisão.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/GON866/galeria/aula7/docs/protocolo.pdf
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/GON866/galeria/aula7/docs/resolucao2010_009.pdf
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/GON866/galeria/aula7/docs/resolucao_012-11.pdf
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/GON866/galeria/aula7/docs/arquivo2945.pdf
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https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 10/14
As CTCs são compostas por pro�ssionais técnicos e agentes
penitenciários.
A participação do psicólogo nessas comissões é muito discutida
porque o que se pretende é inferir sobre a periculosidade do sujeito,
tendendo a naturalizar as determinações do crime, ocultando os
processos de produção social da criminalidade.
As atribuições do pro�ssional, em todas as práticas do sistema prisional devem:
Ser realizadas e fundamentadas no respeito, na promoção dos direitos humanos e na participação nos processos de construção da
cidadania, desconstruindoo conceito de que o crime está relacionado unicamente à patologia ou à história individual.
Enfatizar os dispositivos sociais que promovem o processo de criminalização.
Elaborar estratégias de fortalecimento dos laços sociais, com uma ampla participação dos sujeitos, por meio de projetos interdisciplinares
que resgatem a cidadania e a inserção na sociedade extramuros.
A partir dessas premissas, o trabalho possível do psicólogo nesta
Instituição, dependendo de sua organização e postura frente ao
processo de encarceramento será o acompanhamento psicológico
dos presos, possibilitando para eles atendimentos individuais e em
grupos em que se abordem o fato de estar preso, questões familiares
e di�culdades surgidas no cárcere.
15/09/2023, 21:17 Disciplina Portal
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 11/14
O psicólogo trabalhará de maneira a amenizar o sofrimento pelos
quais essas pessoas passam, ajudando a elaborar a condição de
encarcerado, independentemente de serem inocentes ou culpados.
Além disso, a elaboração de políticas públicas para atender as
necessidades do setor é um ponto fundamental do trabalho do
psicólogo.
ATIVIDADES
Questão 1 - Na busca por novas formas de resoluções de con�itos acerca de condutas criminalizadas, face ao notório insucesso e crise do
tradicional modelo de Justiça Penal, vem emergindo a Justiça Restaurativa, que se destaca por ser alternativa condizente com o respeito aos
Direitos Humanos e à dignidade da pessoa humana para dirimir con�itos tanto na esfera Penal quanto no âmbito da Infância e Juventude. Em
relação à Justiça Restaurativa, avalie se as assertivas a seguir são falsas (F) ou verdadeiras (V) e assinale a opção CORRETA.
(     ) Sistema retributivo baseado no delito como ofensa à seguridade social.
(     ) Identi�cada como uma justiça penal social inclusiva.
(     ) Revitalização da vítima em processo dialogado e fundado no princípio consensual.
(     ) Modelo retributivo, de resposta imposta verticalmente e concretizada pela aplicação de pena pelo Estado ao autor da conduta
criminalizada.
F, V, V, F;
V, V, V, V;
V, F, V, V;
V, F, F, V;
V, F, V, F.
Justi�cativa
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Glossário
ILICITUDE
Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento
jurídico. Se essa contrariedade do fato se �zer em relação a uma norma de matéria penal, será uma ilicitude penal.
Disponível em: <https://www.universojus.com.br/direito-penal-ilicitude/ (https://www.universojus.com.br/direito-penal-
ilicitude/)> Acesso em: 04 mai. 2017.
MATERIALIDADE DO FATO
Existência material do fato. Existência real do acontecimento. Fato efetivamente ocorrido. A simples constatação da
materialidade do fato não é su�ciente para uma condenação criminal, se este fato não for típico, antijurídico, culpável e
punido, se a autoria não está determinada, se não houver provas su�cientes para tanto, se não existir prova de ter o réu
concorrido para a infração penal ou existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena.
Disponível em: <//www.elfez.com.br/elfez/Materialidade.html (//www.elfez.com.br/elfez/Materialidade.html)> Acesso
em: 04 mai. 2017.
DOENÇA MENTAL
A expressão doença mental “abrange todas as moléstias que causam alterações mórbidas à saúde mental”, como
esquizofrenia, transtorno bipolar do humor, paranoia, epilepsia, demência senil, etc.
https://www.universojus.com.br/direito-penal-ilicitude/
https://www.elfez.com.br/elfez/Materialidade.html
15/09/2023, 21:17 Disciplina Portal
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 13/14
Disponível em: <//www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
(//www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/)> Acesso em: 30 abr. 2017.
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO
Desenvolvimento mental incompleto é a ausência de maturidade psicológica para compreender as regras da civilização;
essa incompreensão é transitória, podendo o indivíduo vir a superá-la. A doutrina tem considerado que os menores de 18
anos, os índios não integrados à sociedade e os surdos-mudos que não receberam a instrução adequada têm seu
desenvolvimento mental ainda incompleto.
Disponível em: <//www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
(//www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/)> Acesso em: 30 abr. 2017.
DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO
Desenvolvimento mental retardado é aquele que nunca se completará, representando um atraso da idade mental com
relação à idade cronológica. É o caso dos oligofrênicos (nos graus de idiotia, imbecilidade e debilidade mental).
Disponível em: <//www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
(//www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/)> Acesso em: 30 abr. 2017.
ARTIGO 97 DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS - LEI 7209/1984
Se o agente for inimputável, o juiz determinara sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível
com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
Prazo
1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada,
mediante perecia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo devera ser de um a três anos.
Perícia médica
§ 2º - A perecia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo �xado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer
tempo, se o determinar o juiz da execução.
Desinternação ou a liberação condicional
§ 3º - A desinternação ou liberação será sempre condicional devendo ser restabelecida condicional a situação anterior se
o agente, antes do decurso de um ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade.
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência
for necessária para �ns curativos.
Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável.
CESARE LOMBROSO
https://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
https://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
https://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
15/09/2023, 21:17 Disciplina Portal
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7262651/temas/7/conteudos/1 14/14
A principal ideia de Lombroso foi parcialmente inspirada pelos estudos genéticos e evolutivos no �nal do século IX, e
propõe que certos criminosos têm evidências físicas de um "atavismo" (reaparição de caracteristicas que foram
apresentadas somente em ascendentes distantes) de tipo hereditário, reminiscente de estágios mais primitivos da
evolução humana. Essas anomalias, denominadas de estigmas por Lombroso, poderiam ser expressadas em termos de
formas anormais ou dimensões do crânio e mandíbula, assimetrias na face, mas também de outras partes do corpo.
Posteriormente, essas associações foram consideradas altamente inconsistentes ou completamente inexistentes, e as
teorias baseadas na causa ambiental da criminalidade se tornaram dominantes. Disponível em:
<//www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/lombroso_port.htm
(//www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/lombroso_port.htm)> Acesso em 04 mai. 2017.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Técnica de solução de con�itos que prioriza a criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores.
INSTITUIÇÃO TOTAL
É aquela que controla ou busca controlar a vida dos indivíduos a ela submetidos, substituindo todas as possibilidades de
interação social por alternativas internas. O conjunto de efeitos causados pelas instituições totais nos seres humanos é
chamado de institucionalização. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituição_total
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituição_total)> Acesso em: 04 mai. 2017.
https://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/lombroso_port.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o_total

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