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MODERNIDADE LÍQUIDA 1. A Grã-Bretanha se destacou entre os seus vizinhos europeus por ter destruído seu campesinato e, com isso, também a ligação ¿natural¿ entre o tema trabalho humano e riqueza. Esse marco, abriu caminho para grandes mudanças geopolíticas, que caracterizaram a modernidade sólida e a modernidade líquida. Qual das alternativas abaixo não correspondem a essas realidades: No capitalismo hardware, quem viajasse mais depressa podia reivindicar mais territórios, mapeá-los e supervisioná-los. Na visão pré-industrial da riqueza, a terra era uma atividade quase que por inteiro ligada àqueles que a cultivavam e a aravam. A corrida para a expansão espacial e a maximização das tarefas visando eliminar o tempo improdutivo não faziam parte da "racionalidade instrumental" do capitalismo sólido. A realidade se prontificou para ganhar uma nova forma, baseado no mútuo engajamento de capital, trabalho e vínculos locais. A emancipação do trabalho de suas limitações e da força de trabalho de seu caráter hereditário se deu sobretudo no século XIX. Data Resp.: 12/09/2023 18:31:38 Explicação: A resposta correta é: A corrida para a expansão espacial e a maximização das tarefas visando eliminar o tempo improdutivo não faziam parte da "racionalidade instrumental" do capitalismo sólido. 00072-TEHU-2009IDEALISMO ALEMÃO 2. O mundo é minha representação. SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação. São Paulo: 34, 2013. A categoria representação é central na filosofia de Schopenhauer e é a partir dela, e da categoria vontade, que o autor nega a promessa iluminista de que a razão seria o vetor do progresso e da felicidade humana. Sobre a representação em Schopenhauer, assinale a alternativa correta. A forma que o homem se relaciona com o mundo, utilizando-se de valores e moral. A forma que o homem é capaz de representar o mundo por intermédio de seus sentidos e intelecto. A forma que o homem se espelha no mundo, vejo aquilo que quero ver, ouço aquilo que quero ouvir. A moral não existe para o autor, sua proposição é do abandono da ideologia e dos estudos sobre a sociedade. Essência do mundo, solução para o enigma do universo. Data Resp.: 14/09/2023 06:31:02 Explicação: Gabarito: A forma que o homem é capaz de representar o mundo por intermédio de seus sentidos e intelecto. Todo objeto, seja qual for a sua origem, é, enquanto objeto, sempre condicionado pelo sujeito e, assim, essencialmente, apenas uma representação do sujeito."Em outras palavras, tudo o que existe para mim é o que eu percebo a partir de formas a priori de consciência (tempo, espaço etc.). O real, enquanto coisa em si, é impenetrável a nosso conhecimento, que atinge apenas as representações. Essas representações se interpõem entre nós e o real como um véu que o encobre. Qualquer pretensão do espírito em se distanciar da natureza para visualizá-la em perspectiva não passa de um ato de ingenuidade arrogante elaborado pelos modernos na sua vã pretensão de serem melhores que os antigos. SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação. São Paulo: 34, 2013. 3. Georg Wilhelm Friedrich Hegel é o grande representante do idealismo alemão, o autor que melhor teria sistematizado as diretrizes gerais dessa forma de pensamento. A perspectiva desse autor é marcada pela relação tensa e complementar entre sujeito e qual expressão? Dialética. Crítica. Natureza. Espírito. Objeto. Data Resp.: 14/09/2023 06:42:24 Explicação: A perspectiva hegeliana é marcada pela relação tensa e complementar entre sujeito e objeto, entre espírito e natureza, concluindo a crítica ao cogito cartesiano e à metafísica pura do Iluminismo francês, que caracterizam o idealismo alemão. HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA 4. Em sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles admitiu que o propósito da vida é ser feliz. Entretanto, ele afastou de si qualquer explicação mais rápida e vazia dessa felicidade, buscando uma resposta que seja bem mais estável e segura. Qual seria ela? A eleição para ser o governante de uma cidade-Estado, que daria a estabilidade necessária ao equilíbrio da vida. A descoberta das verdades eternas, que nos retiram do mundo das degradações morais para um estado de completa contemplação. A aquisição de um bem físico, que lhe daria um status de superioridade dentro da comunidade em que se vive. Algo que demonstrasse a excelência específica humana, sua virtude, seu bem viver ou seu viver bem. Os prazeres momentâneos ou a mera satisfação de um desejo há muito esperado. Data Resp.: 14/09/2023 07:09:33 Explicação: A resposta correta é: Algo que demonstrasse a excelência específica humana, sua virtude, seu bem viver ou seu viver bem. 5. A política, de Aristóteles, é uma das principais obras das ciências políticas até hoje. Entretanto, Hobbes chegou a dizer que seria difícil encontrar texto mais repugnante que o livro aristotélico. Assinale a alternativa a seguir que não mostra um tema presente na obra que reforça o argumento para considerá-lo repulsivo. A frequente xenofobia O perene machismo O completo anacronismo O costumeiro racismo A justificativa da escravidão Data Resp.: 14/09/2023 07:19:23 Explicação: A resposta correta é: O completo anacronismo HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA 6. John Locke é conhecido, sobretudo, por ser um dos fundadores do liberalismo. No entanto, pesquisas recentes apontam para novas interpretações do pensador inglês. SANTOS, A. C. DOS. Os elementos republicanos na tolerância de John Locke. Kriterion: Revista de Filosofia, v. 55, n. 130, p. 499¿513, dez. 2014. Como um dos mais importantes contratualistas Locke, diferente de outros filósofos, estabelece uma separação entre a lei familiar e a lei espiritual a lei humana e a lei corporativa a lei consuetudinária e a lei cristã a lei divina e a lei civil a lei penal e a lei civil Data Resp.: 14/09/2023 07:27:20 Explicação: Locke estabelece uma separação entre a lei divina e a lei civil. Há uma ruptura entre direito natural e direito político, que haviam sido reunidos por Hobbes na figura do soberano. Mais do que isso, Locke cristaliza a divisão entre política e moral a partir do estabelecimento da lei moral, ao lado da lei divina e da lei civil. Trata-se da lei dos filósofos ou, como também a chama, da lei da opinião ou da reputação. 7. (FEPESE/2018 - Adaptada) O Iluminismo, enquanto projeto racionalista que questionava as bases religiosas do mundo feudal e propagava a superação de uma visão ingênua e mística do mundo, trouxe com ele a consagração dos direitos civis e a ideia de renovação e esclarecimento para uma sociedade até então refugiada na fé como elemento essencial para a vida humana. BASSALOBRE, J. N. Das promessas iluministas à servidão. Educação em Revista, v. 26, n. 3, p. 443¿448, dez. 2010. As ideias da Ilustração ou Iluministas tiveram grande importância na ruptura do Antigo Regime. Podemos considerar verdadeiro a respeito dessas ideias. Receberam pronto apoio da Igreja Representavam os interesses da nobreza agrária em oposição à burguesia urbana. Afirmavam os valores religiosos, o teísmo e a Escolástica. Opunham-se firmemente ao racionalismo e ao pensamento científico. Combatiam o Absolutismo Monárquico. Data Resp.: 14/09/2023 07:32:14 Explicação: O Iluminismo está diretamente associado às transformações políticas dos séculos XVII e XVIII. Esse período foi marcado por três grandes revoluções políticas que constituem a base das democracias modernas: a Revolução Inglesa (1688), a Revolução Americana (1775-1783) e aRevolução Francesa (1789-1799). Os avanços científicos do início da modernidade servem de estímulo ao projeto iluminista de reestruturação do mundo social e político de acordo com os modelos fornecidos pela razão. Os pensadores iluministas se relacionam com a ordem existente por meio do exame minucioso da crítica. Além disso, a crítica é suplementada com a elaboração de teorias de modelos de instituição. HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL 8. O raciocínio escolástico é uma forma de poder político, científico e retórico, que parte da demonstração lógica, racional, estabelece verdades, ou uma verdade que conduz e coage as opiniões dissidentes, o pensamento histórico e complexo. ALMEIDA, M. J. DE. O triunfo da escolástica, a glória da educação. Educação & Sociedade, v. 26, n. 90, p. 17-39, abr. 2005. Sobre o método escolástico, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas I. A disputatio consistia no diálogo entre o mestre e os alunos acerca de determinada tese ou assunto. PORQUE II. Segundo Aristóteles, que desenvolveu o método, apenas dessa forma era possível chegar à verdade teológica. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. Data Resp.: 14/09/2023 07:35:04 Explicação: O período escolástico teve início a partir do século IX, quando Alcuíno (735 d.C.-804 d.C.) promoveu a reforma carolíngia no âmbito educacional, que foi impulsionada pelo imperador Carlos Magno (742 dC-814 d.C.), do recém-criado Sacro Império Franco-Romanol, após a chamada "Idade das Trevas", provocada pelas invasões bárbaras e pela queda do Império Romano (séculos V a VIII). O "método" da escolástica madura era a disputatio, que consistia em um embate dialético de opiniões contrárias e favoráveis a determinada tese. Ele foi inaugurado por Pedro Abelardo (1079-1142), no século XII, iniciando-se a era das grandes "sumas". As "sumas" buscavam compendiar todo o saber teológico e filosófico, reunindo as teses dos padres da Igreja e dos filósofos, confrontando-as entre si e com a Bíblia, e buscando a melhor solução para os problemas filosóficos e teológicos. 9. O ato de cogitar aqui não pode ser confundido como um ato da virtude cogitativa, mas enquanto algo pertencente ao intelecto. É uma investigação daquilo em que "o homem é levado a crer. Pensar aqui, se entende num único sentido, de uma reflexão constante. Disponível em: https://webartigos.com/artigos/a-concepcao-de-fe-e-razao-em-santo-tomas-de-aquino/37355#ixzz5KOrBlN6n Acesso em 30 mar. 2023 De acordo com o pensamento de Santo Tomás de Aquino a relação entre fé e razão pode ser definida da seguinte forma: A razão humana não deve ser considerada para o conhecimento, posto que somente a fé pode gerar uma compreensão de Deus e do mundo sagrado. Fé e razão se equivalem, deste modo foram concebidas de forma indistinta. Somente a partir da razão humana é possível chegar até Deus, que é puro saber e conhecimento divino. A razão e fé são conciliáveis, sendo que o conhecimento através da razão somente pode ser perfeito com o auxílio da verdadeira fé. Razão é fé são inconciliáveis, posto que o conhecimento alcançado pela razão caminha numa direção distinta ao conhecimento produzido a partir da fé. Data Resp.: 14/09/2023 07:46:21 Explicação: Segundo Santo Tomás de Aquino a relação entre fé e razão, ou entre filosofia e teologia, se compreende da seguinte forma: A razão pode produzir um conhecimento filosófico autônomo, mas produz um conhecimento imperfeito que deve ser corrigido pela Fé, através do conhecimento teológico. Pode-se partir das verdades racionais, mas ela não dá conta de todas as verdades sem a fé divina. A SOCIEDADE EM REDE 10. O sociólogo alemão Norbert Elias publicou, em meados do século XX, um livro chamado O Processo Civilizador. Esse livro é importantíssimo para entendermos a sociedade em rede, pois nesse livro o autor analisa: Como os costumes não precisam ser transmitidos, pois são comportamentos inatos do indivíduo. Como o costume e as regras de etiqueta podem ser feitas de acordo com indivíduo somente e seu entendimento de realidade Como os indivíduos podem ter uma existência fora da sociedade. Como costumes, gestos e regras de etiqueta são incorporados e transmitidos culturalmente de geração em geração. Aprendemos uns com os outros somente em alguns ambientes, pois na realidade os costumes, gestos e regras de etiqueta não valem para todos os locais. Data Resp.: 14/09/2023 07:42:25 Explicação: O sociólogo alemão Norbert Elias publicou, em meados do século XX, um livro chamado O Processo Civilizador, em que analisava como costumes, gestos e regras de etiqueta são incorporados e transmitidos culturalmente de geração em geração. Ou seja, se hoje, nas sociedades ocidentais capitalistas, comemos de garfo e faca e aprendemos que não é correto falar de boca cheia, é porque esses gestos são exemplos de construções culturais e coletivas incorporadas por aqueles que nos criaram e que nos foram transmitidas sem que nos questionemos.