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UNIÃO DAS FACULDADES DE MATO GROSSO 
FAMA – FACULDADE DE MATUPÁ 
GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTELIONATO VIRTUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RANGEL LIMA MATOS 
 
 
Matupá - MT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUMÁRIO 
 
 
 
1-INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
 
2- OBJETIVOS ......................................................................................................... 5 
 
3- JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 6 
 
4- REVISÃO TEÓRICA ............................................................................................ 7 
 
5- METODOLOGIA ................................................................................................ 10 
 
6- CRONOGRAMA ................................................................................................ 11 
 
7-BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1-INTRODUÇÃO 
 
 
Os crimes virtuais aumentaram em freqüência desde o desenvolvimento da 
epidemia de Covid-19, pois uma grande parte da população foi obrigada a passar mais 
tempo em casa, o que aumentou o número de indivíduos conectados à Internet. Este tipo 
de atividade ilegal tem aumentado e tem resultado em várias vítimas no mundo on-line. 
Diante disto, há um problema sério: os ladrões são difíceis de pegar e punir por 
causa do anonimato que a Internet lhes proporciona enquanto cometem fraudes? Quando 
a legislação 14.155/21 entrou em vigor, ela alterou o artigo 171 do Código Penal para 
incorporar disposições de combate ao crime cibernético e revisou os regulamentos que 
regem quais tribunais tinham jurisdição sobre tais casos. 
Como as pessoas em todo o mundo estão constantemente compartilhando e 
armazenando suas informações digitalmente, os criminosos recorrem à Internet para 
coletar informações e dados sobre indivíduos que podem ser suas vítimas potenciais. As 
pessoas utilizam uma grande variedade de métodos todos os dias que armazenam algum 
tipo de informação pessoal, incluindo compra de bens e serviços, registro de contas, 
fornecimento de informações, envio e recebimento de mensagens, adesão a 
comunidades e acesso à mídia social. Embora todas as atividades mencionadas acima 
possam parecer seguras à primeira vista, elas podem representar riscos para os 
consumidores quando são expostas a atores malévolos na Internet. 
Crimes cometidos on-line com a intenção de manchar a reputação de uma pessoa 
sem seu conhecimento ou consentimento, conhecidos como "crimes virtuais de honra", 
tornaram-se muito prevalecentes. Em uma circunstância que corresponde bem a este 
tópico, um hacker uma vez adquiriu acesso a 36 imagens privadas da atriz Carolina 
Dieckmann e exigiu dela R$10.000 reais para não publicá-las. Sua integridade como 
terceira parte imparcial foi prejudicada, pois ela se recusou a atender ao pedido e, em 
 
vez disso, mandou publicar as imagens. Como nenhuma lei abordou diretamente a 
situação, os autores foram acusados de difamação, roubo e extorsão qualificada. 
Como resultado, em 12/737/12, foi promulgada uma lei que representa os "crimes 
cibernéticos". Entretanto, é importante lembrar que os autores podem ser considerados 
responsáveis mesmo que o perfil fraudulento estabelecido corresponda a uma pessoa, 
animal ou objeto inexistente, uma vez que o comportamento pode processar outras 
violações sob a lei criminal. 
Como seria de se esperar, a legislação brasileira prevê a preservação da 
reputação de cada pessoa, tornando possível que um determinado comportamento tenha 
repercussões legais (seja ele criminal ou civil). Segundo Fernando Capez, que ensina 
direito penal, o uso de um nome fictício é um delito. 
 
Consuma-se o crime com o ato de atribuir-se ou atribuir a outrem falsa identidade. 
Trata-se de crime formal, de maneira que o delito se perfaz 8 independentemente 
da obtenção da vantagem ou da produção de dano a terceiro (CAPEZ, 2020, 
spp.). 
 
Portanto, para responder ao crime de falsa identidade, é necessário apenas que a 
pessoa crie uma rede social com a intenção de obter alguma vantagem ou causar algum 
dano a alguém; isto porque o crime é formal e se completa com a execução de qualquer 
um dos verbos nucleares do tipo criminoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- OBJETIVOS 
Debater sobre os crimes virtuais em específico sobre o estelionato virtual. Vale 
ressaltar também que, dependendo do comportamento do agente, o crime subjacente 
pode ser absorvido por uma ofensa mais grave. De acordo com HOFFELDER; DE 
CASTRO (2018, p. 145) "o ganho procurado pelo agente não pode ser de caráter 
econômico, pois se fosse, tal comportamento seria classificado como estelionato, um 
crime sob o artigo 171 do Código Penal". 
Em conclusão, os elementos do crime de fraude são os seguintes: o agente deve 
ter a intenção de enganar ou induzir a erro para que a vítima tenha uma percepção errada 
dos fatos; o agente deve obter um benefício ilegítimo; o agente deve usar um ardil ou 
truque; e a vítima deve sofrer danos como resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3- JUSTIFICATIVA 
 
Para cometer estelionato, um agente deve primeiro manipular, enganar e 
defraudar a vítima, fazendo-a acreditar que está operando de boa fé e entregando 
mercadorias ou coisas livremente. De acordo com Rondon Filho ; Khalil (2021), se o 
agente está agindo com a devida vantagem, o comportamento é exemplificado como o 
exercício arbitrário do próprio raciocínio, um crime sob o artigo 345 do Código Penal. Isto 
porque a palavra "vantagem ilícita" se refere ao objeto tangível do crime. 
Na mesa para debate a partir dos domínios da lei e da doutrina está a tática comum 
de fraude de usar documentos legais forjados para ocultar a verdadeira natureza de uma 
transação. Segundo os ensinamentos de Fernando Capez (2020), a fraude de 
documentos é um crime contra a fé pública e, por extensão, contra o interesse público. 
Por outro lado, a estipulação afeta os interesses privados e serve para salvaguardar os 
bens de um indivíduo. 
Como resultado, as ações tomadas não foram ilegais. Entretanto, o crime de burla 
será configurado se o agente conduzir muitas ações deste tipo contra a mesma vítima, 
uma vez que o princípio da insignificância não se aplicará neste caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- REVISÃO TEÓRICA 
 É do conhecimento geral que, como o número de pessoas que têm acesso à 
Internet cresceu exponencialmente, também cresceu o número de pessoas que cometem 
crimes on-line. Como é difícil determinar a identidade dos infratores e não há 
regulamentação especial sobre o assunto, isto é compreensível dada a relativa 
simplicidade com que a mídia virtual pode ser tratada e as dificuldades com as quais eles 
podem ser punidos. 
A fraude, que reivindica novas vítimas todos os dias, não é uma exceção a esta 
regra. Com a introdução da epidemia de Covid19 , este problema se agravou à medida 
que o número de pessoas que usam regularmente a Internet disparou. 
Os artistas de Con destinam-se àqueles que mais provavelmente cairão em seus 
esquemas, criando falsos websites que oferecem perspectivas impossíveis e, em muitos 
casos, enviando mensagens sobre o WhatsApp. Quando falamos de fraude virtual, 
estamos nos referindo a esquemas como oferecer empréstimos com taxas de juros 
baixas ou nulas, publicar empregos com salários altos mas que exigem um valor 
financeiro para serem aplicados, executarwebsites que vendem produtos que nunca são 
entregues e enviar mensagens em massa através da WhatsApp, também conhecida 
como correntes (MENESES, 2019). 
Uma das revisões mais recentes e significativas do Código Penal dizia respeito ao 
artigo 171, que define fraude como um crime. Alguns parágrafos da referida disposição 
legal foram acrescentados e outros foram revisados pela Lei 14155 de 27 de maio de 
2021. Como parte das revisões, as seções 2°-A e 2°-B foram acrescentadas; seu texto 
diz o seguinte e se refere à fraude eletrônica: 
 
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é 
cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro 
induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio 
eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. 
 
§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do 
resultado gravoso, aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é 
 
praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional 
(BRASIL, 2021). 
 
O § 2°-A trata de uma qualificadora do crime de estelionato, quando este é 
praticado de forma não presencial, na situação em que o agente se utiliza de 
informações constantes de redes sociais, contatos telefônicos, e envio de e-mail 
a vítima. Além disso, o texto do dispositivo legal ainda abre a possibilidade da 
prática do crime de estelionato virtual por qualquer outro meio fraudulento 
análogo. 
 
O §2°-B do artigo 171 do Código Penal, também incluído pela lei 14.155/21, vem 
trazendo uma causa de aumento de pena de 1/3 a 2/3, quando o crime é praticado 
mediante a utilização de servidor estrangeiro. Nesse caso, a pena deve ser maior, 
considerando a relevância do resultado gravoso para dosar a fração de aumento, 
tendo em vista que há uma grande dificuldade de localização e punição do 
agente, quando o crime for cometido a partir de um servidor ou equipamento 
localizado fora do território brasileiro. 
 
 
A competência para o julgamento de algumas modalidades de fraude também foi 
modificada pela Lei 14155/21, a saber, o artigo 70 do Código de Processo Penal. O 
seguinte foi inserido no Parágrafo 4 do citado artigo: 
 
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-lei 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão 
de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o 
pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será 
definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a 
competência firmar-se-á pela prevenção (BRASIL, 2021). 
 
Assim, a residência da vítima torna-se o critério para estabelecer a jurisdição e, no 
caso de várias vítimas, a jurisdição é estabelecida de acordo com o princípio da 
prevenção. De acordo com o resumo 48 do STJ, no entanto, o tribunal com jurisdição 
sobre um caso de fraude, forjando um cheque, seria aquele em que o benefício ilegal foi 
obtido. 
No entanto, a dificuldade em identificar os culpados mostra que o Brasil ainda 
precisa de reformas na legislação para reduzir a prevalência de tais crimes. Isto é 
evidenciado pelo fato de que, apesar dos desenvolvimentos legais discutidos neste artigo, 
as investigações de crimes cibernéticos na nação não oferecem resultados eficientes e 
expressivos. 
 
O sistema jurídico brasileiro avançou claramente em sua categorização de crimes 
cibernéticos, mas as multas ainda são muito brandas e as regulamentações devem ser 
revisadas para desencorajar tal comportamento. Para atingir este objetivo, o Estado deve 
introduzir técnicas inovadoras de investigação e melhorar o acesso das autoridades aos 
recursos digitais e técnicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5- METODOLOGIA 
A metodologia de pesquisa utilizada neste trabalho está fundamentada, quanto à 
natureza; básica, aos fins de investigação; como pesquisa descritiva em sua 
abordagem; qualitativa e quanto seu procedimento técnico; é do tipo pesquisa 
bibliográfica (ALVES, 2013).Esta abordagem metodológica inclui as seguintes etapas: 
identificação do problema, pesquisa bibliográfica, avaliação de dados, análise de dados 
e apresentação de resultados e discussão. A fim de realizar a pesquisa para cumprir 
ambos os objetivos afirmados anteriormente, a identificação dos artigos científicos em 
português cobriram os anos de 2011 a 2022 e foi realizado através das bases do Google 
Acadêmico, jurisprudências e posições doutrinárias. 
Explorou-se as referências citadas nos artigos identificados que também serviram 
como estratégia complementar. Assim, em conexão com a temática, os seguintes 
conceitos foram considerados: Crimes virtuais, Estelionato, Estelionato virtual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6- CRONOGRAMA 
 
MES/ETAPAS Mês/ano Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês 
Escolha do 
tema 
X 
Levantamento 
bibliográfico 
 X X X 
Elaboração do 
anteprojeto 
 X 
Apresentação 
do projeto 
 X 
Coleta de 
dados 
 X X X X 
Análise dos 
dados 
 X X X 
Organização do 
roteiro/partes 
 X 
Redação do 
trabalho 
 X X 
Revisão e 
redação final 
 X 
Entrega da 
monografia 
 X 
Defesa da 
monografia 
 X 
 
 
 
 
 
 
 
7-BIBLIOGRAFIA 
 
ALMEIDA, Thábata Clezar de. O estelionato digital no e-commerce. Direito-Araranguá, 
2013. 
ALVES, Magda. Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo. São 
Paulo: Elsevier Brasil, 2013. 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal-Volume 2-parte especial arts. 121 a 212. 
Saraiva Educação SA, 2020. 
DE AZEVEDO NUNES, Mário Vinicius; MADRID, Fernanda de Matos Lima. CRIMES 
VIRTUAIS: O DESAFIO DO CÓDIGO PENAL NA ATUALIDADE E A IMPUNIDADE DOS 
AGENTES. ETIC-ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA-ISSN 21-76-8498, v. 15, n. 
15, 2019. 
HOFFELDER, Juliana Toffolo; DE CASTRO, Matheus Felipe. ESTELIONATO 
ELETRÔNICO: Necessidade de Tipificação Legal?. Anuário Pesquisa e Extensão 
Unoesc São Miguel do Oeste, v. 3, p. e19789-e19789, 2018. 
MACHADO, Daniela Regina Gabriel; GROTT, Sérgio. Estelionato virtual. Revista 
Científica Multidisciplinar do CEAP, v. 4, n. 1, p. 10-10, 2022. 
MELO, Mylena Ketley Borges de. Um estudo sobre o estelionato virtual e o impacto da 
superexposição de dados. 2022. 
MENESES, Sâmya Pereira. Crimes virtuais: possibilidades e limites da sua 
regulamentação no brasil. 2019. 
OLIVEIRA, Hesrom César de. Cybercrimes: do Estelionato Virtual. 2020. 
PEREIRA, Valéria de Oliveira Machado. ESTELIONATO VIRTUAL: O click do crime. 
2022. 
RONDON FILHO, Edson Benedito; KHALIL, Karina Pimentel. SCAMMERS: 
ESTELIONATO SENTIMENTAL NA INTERNET. Revista Direito e Justiça: Reflexões 
Sociojurídicas, v. 21, n. 40, p. 43-57, 2021. 
SILVA, Francielly Juliana; SANTOS, Ramon João Marcos dos. O estelionato praticado 
por meio da internet: Uma visão acerca dos crimes virtuais. 2021.

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