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Respostas 745 crição poderia substituir a DNA-primase. No entanto, se pen- sarmos melhor, existem alguns fortes impedimentos. (1) A RNA- -polimerase usada para a produção do iniciador requer iniciação de síntese em intervalos de algumas centenas de bases, o que é muito mais frequente do que o espaçamento comum de promo- tores sobre o DNA. A iniciação deveria, portanto, proceder de forma independente de promotores, ou seriam necessários mui- to mais promotores sobre o DNA; em ambos os casos, haveria problemas para o controle da transcrição. (2) Na mesma linha, os iniciadores de RNA usados na replicação de DNA são muito mais curtos do que os mRNAs. Como consequência, a RNA-polimera- se teria de proceder a terminações com muito mais frequência do que durante uma transcrição. A terminação teria de ocorrer espontaneamente, ou seja, sem a necessidade de uma sequência terminadora sobre o DNA, ou então muitos terminadores deve- riam estar presentes. Mais uma vez, ambos os cenários seriam problemáticos no que diz respeito ao controle da transcrição. Apesar de ser potencialmente possível superar esses problemas pela ligação de proteínas controladoras especiais à RNA-polime- rase durante a replicação, o problema já foi resolvido durante a evolução pelo uso de enzimas diferentes com propriedades especializadas. Alguns pequenos vírus de DNA, no entanto, utili- zam a RNA-polimerase do hospedeiro para a síntese de iniciado- res de DNA para sua própria replicação. RESPOSTA 7-4 Esse experimento demonstra que o ribossomo não controla nem fiscaliza qual aminoácido está conectado a um tRNA. Após o acoplamento de um aminoácido a um tRNA, o ri- bossomo incorporará “cegamente” esse aminoácido na posição indicada pelo pareamento entre códon e anticódon. Podemos, portanto, concluir que uma parcela significativa da correção de leitura do código genético, isto é, a correlação do códon em um mRNA e do seu aminoácido correto, é responsabilidade das enzimas sintetases que associam corretamente os tRNAs e os aminoácidos. RESPOSTA 7-5 O mRNA terá uma polaridade 5’-para-3’ oposta à polaridade da fita de DNA que funcionou como molde. Assim, a sequência de mRNA será 5’– GAAAAAAGCCGUUAA-3’. O aminoácido N-terminal codificado por GAA é um ácido glutâ- mico. UAA especifica um códon de terminação; portanto, o ami- noácido C-terminal é codificado por CGU e corresponde a uma arginina. Observe que a convenção na escrita de uma sequência de um gene é fornecer a sequência da fita de DNA que não é utilizada como molde para a síntese do RNA; essa sequência é idêntica à do transcrito de RNA, excetuando-se os Ts escritos nos locais onde no RNA estarão Us. RESPOSTA 7-6 A primeira afirmativa é provavelmente correta: acredita-se que o RNA tenha sido o primeiro catalisador de au- torreplicação e, nas células modernas, ele não é mais autorrepli- cativo. No entanto, podemos discutir se isso representa um “re- baixamento”. Atualmente, o RNA desempenha diversos papéis na célula: como mensageiro, como adaptador para a síntese de proteínas, como iniciador para a replicação do DNA e como ca- talisador de algumas das reações mais fundamentais, sobretudo no splicing do RNA e na síntese proteica. RESPOSTA 7-7 A. Falsa. Os ribossomos podem produzir qualquer proteína que seja especificada por um dado mRNA que esteja sendo traduzido. Após a tradução, os ribossomos são liberados do mRNA e podem iniciar a tradução de um mRNA diferente. É verdade, entretanto, que um ribossomo só pode fazer um tipo de proteína de cada vez. B. Falsa. Os mRNAs são traduzidos como polímeros lineares; não existe a necessidade de assumirem qualquer estrutura dobrada em particular. A formação de tais estruturas sobre o mRNA pode inibir a tradução, pois o ribossomo terá de desdobrar o mRNA para ter acesso à sua mensagem. C. Falsa. As subunidades ribossomais trocam de parceiro após cada ciclo de tradução. Quando um ribossomo é liberado do mRNA, suas duas subunidades se dissociam e se inserem no conjunto de subunidades pequenas e grandes disponí- veis a partir do qual novos ribossomos são formados para a tradução de um novo mRNA. D. Falsa. Os ribossomos são organelas citoplasmáticas, mas não estão individualmente delimitados por membrana. E. Falsa. A posição do promotor determina o sentido no qual ocorre a transcrição e qual das fitas de DNA será usada como molde. A transcrição rumo ao sentido oposto daria origem a um mRNA com uma sequência completamente di- ferente (e provavelmente sem significado algum). F. Falsa. O RNA contém uracila, mas não timina. G. Falsa. O nível de uma proteína depende da taxa de sua sín- tese e degradação, mas não de sua atividade catalítica. RESPOSTA 7-8 Visto que a deleção no mRNA Lacheinmal é interna, é provável que ela seja originária de um defeito no spli- cing do mRNA. A interpretação mais simples é que o gene La- cheinmal contém um éxon de tamanho igual a 173 nucleotídeos (identificado como “E2” na Figura R7-8), e que esse éxon seja perdido durante o processamento de um precursor do mRNA (pré-mRNA) mutante. Isso poderia ocorrer, por exemplo, se a mutação alterasse o sítio de splicing 3’ no íntron precedente (“I1”) de tal forma que ele não mais fosse reconhecido pela ma- quinaria de splicing (uma alteração na sequência CAG mostrada na Figura 7-19 poderia fazê-lo). O snRNP iria procurar o próximo sítio de splicing 3’ disponível, que se encontra na extremidade 3’ do próximo íntron (“I2”), e a consequente reação de splicing removeria E2 juntamente com I1 e I2, resultando em um mRNA menor. O mRNA seria então traduzido em uma proteína defei- tuosa, levando à deficiência de Lacheinmal. Visto que 173 nucleotídeos não constituem um número completo de códons, a ausência deste éxon do mRNA irá deslo- car a fase de leitura na junção de splicing. Portanto, a proteína Lacheinmal seria produzida corretamente apenas até o final do éxon E1. À medida que o ribossomo começasse a traduzir a se- quência do éxon E3, ele entraria em uma fase de leitura diferente e, por conseguinte, produziria uma sequência proteica não mais relacionada à sequência Lacheinmal normalmente codificada pelo éxon E3. Provavelmente, o ribossomo logo encontraria um códon de terminação, o qual, em sequências de RNA que não codificam proteína, ocorre, em média, uma vez a cada 21 códons (existem três códons de terminação em 64 códons possíveis no código genético). RESPOSTA 7-9 Tanto a sequência 1 quanto a sequência 4 codi- ficam o peptídeo Arg-Gly-Asp. Visto que o código genético é re- dundante, diferentes sequências nucleotídicas podem codificar a mesma sequência de aminoácidos. RESPOSTA 7-10 A. Incorreta. As ligações são não covalentes, e sua formação não exige gasto de energia. B. Correta. O aminoacil-tRNA entra no ribossomo, no sítio A, e forma ligações de hidrogênio com o códon no mRNA. C. Correta. O ribossomo se move ao longo do mRNA, e os tRNAs que já doaram seu aminoácido para a cadeia poli- Allberts_Respostas.indd 745Allberts_Respostas.indd 745 16/01/2017 13:39:2716/01/2017 13:39:27
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