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DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 1 Controle de Constitucionalidade Tema Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade Palavraschave Controle; Constitucionalidade Objetivos Compreender a teoria geral do controle de constitucionalidade Analisar o conceito e as formas de inconstitucionalidade existentes Estrutura de Conteúdo 1. Inconstitucionalidade: conceito e espécies 1.1 Natureza da norma inconstitucional: inexistente, nula ou anulável? 1.2 Espécies de inconstitucionalidade 1.2.1 formal e material 1.2.2 por ação e por omissão 1.2.3 total e parcial Procedimentos de Ensino Aula expositiva, debate e discussão dirigida com base nas obras indicadas e no material de apoio discente, de forma a auxiliar a resolução do caso concreto. Aplicação da metodologia do caso concreto com resolução do exercício estabelecido no item avaliação, bem como exemplos, exercícios e estudo de casos escolhidos pelo professor, privilegiando sempre que possível as especificidades regionais. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. O aluno deverá elaborar os exercícios e postar as respostas. É importante a leitura prévia do material didático disponibilizado ao aluno como imprescindível para uma boa performance na disciplina. Indicação de Leitura Específica Ler as páginas correspondentes ao conteúdo nas obras: LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 21ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. PEÑA, Guilherme. Curso de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2017. Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: Quando se tem uma norma ao mesmo tempo mater ia l e formalmente inconstitucional? a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos. Questão discursiva: (OAB ? XX Exame Unificado) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a AdvocaciaGeral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? b) O entendimento externado pela AdvocaciaGeral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? Avaliação Questão discursiva: a) O aluno deverá responder que as normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. b) O aluno deverá responder que o entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois, independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da CRFB/88. Questão objetiva: C Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 2 Controle de Constitucionalidade Tema Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade Palavraschave Controle; Constitucionalidade; preventivo; repressivo; difuso; concentrado; Objetivos Classificar e compreender as formas de controle de constitucionalidade existentes Analisar as características gerais dos sistemas de controle de constitucionalidade Estrutura de Conteúdo 1. Controle de constitucionalidade 2. Classificações 2.1 Quanto ao órgão 2.1.1 Político 2.1.2 Jurídico 2.2 Quanto ao momento 2.2.1 Preventivo 2.2.2 Repressivo 3. Controle jurisdicional de constitucionalidade 3.1 Difuso 3.2 Concentrado 3.3 Concreto 3.4 Abstrato Procedimentos de Ensino Aula expositiva, debate e discussão dirigida com base nas obras indicadas e no material de apoio discente, de forma a auxiliar a resolução do caso concreto. Aplicação da metodologia do caso concreto com resolução do exercício estabelecido no item avaliação, bem como exemplos, exercícios e estudo de casos escolhidos pelo professor, privilegiando sempre que possível as especificidades regionais. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. O aluno deverá elaborar os exercícios e postar as respostas. É importante a leitura prévia do material didático disponibilizado ao aluno como imprescindível para uma boa performance na disciplina. Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultálo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a consulta? Questão objetiva (OAB XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetálo por entendêlo contrário ao interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis. b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. c) O Presidenteda República poderá vetálo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República. d) O Presidente da República poderá vetálo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis. Avaliação Questão discursiva: Apesar de o controle jurisdicional de constitucionalidade realizarse, via de regra, em caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudência do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo: tratase do MS que, neste caso, só poderá ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional (titular do direito líquido e certo à observância do devido processo legislativo) e, necessariamente, deverá ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI). Ver, por exemplo, o MSMC 23047/DF, STF. Questão objetiva: D Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 3 O controle incidental de constitucionalidade Tema O controle incidental de constitucionalidade Controle Difuso Palavraschave Controle; Constitucionalidade; Difuso; Objetivos Analisar as origens e características do controle incidental de constitucionalidade Compreender quem pode suscitar o controle incidental, em quais ações e perante quais tribunais Analisar a cláusula de reserva de plenário e seu funcionamento perante os tribunais. Estrutura de Conteúdo 1. Controle difusoconcreto: origens (Marbury v. Madison) 2. Legitimidade (partes, MP, ex officio) 3. Competência para a pronúncia de inconstitucionalidade 3.1 A cláusula de reserva de plenário 3.2 A cisão funcional de competência nos tribunais 3.3 Súmula vinculante n. 10 4. A questão da ação civil pública Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 177 até p. 190. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: (OAB XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema jurídicoconstitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. a) está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato normativo inconstitucional. b) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo a quo. c) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa. d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. Questão discursiva: O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? Avaliação Questão objetiva: D Questão discursiva: STF, RE 472489 EMENTA: DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. CERTIDÃO PARCIAL DE TEMPO DE SERVIÇO. RECUSA DA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO DE OBTENÇÃO DE CERTIDÃO EM REPARTIÇÕES PÚBLICAS. PRERROGATIVAS JURÍDICAS DE ÍNDOLE EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE RELEVANTE INTERESSE SOCIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMAÇÃO ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DOUTRINA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 4 Controle difuso (cont.) Tema Controle difuso. Palavraschave Controle; Difuso; Objetivos Destacar quais normas podem ser objeto de controle incidental Analisar os efeitos da declaração incidental de inconstitucionalidade. Estrutura de Conteúdo 1. Objeto (normas que podem ser impugnadas pela via incidental) 2. Efeitos da decisão 2.1. Para as partes 2.2. Para terceiros 2.2.1. O papel do Senado Federal (art. 52, X) 2.2.2. A possibilidade de edição de súmulas vinculantes 2.3. Efeitos no tempo 2.3.1 Possibilidade de modulação temporal no controle difuso Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 177 até p. 190. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando a) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe arguição de inconstitucionalidade. c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe arguição incidental de inconstitucionalidade. d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte Constitucional, declarar a inconstitucionalidade. e) uma seção julgadora, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. Questão discursiva: O servidor público aposentado “A” ingressou comuma ação requerendo a extensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de “A”. O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”? Justifique sua resposta. Avaliação Questão objetiva: C Questão discursiva: Não. Em se tratando de controle na modalidade incidental, concreta e difuso, as decisões proferidas pelos juízos não possuem efeitos vinculantes. Desta forma, o tribunal não poderia atender o pedido de “B”. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 5 Controle concentrado Tema Controle concentrado: Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI e Representação de Inconstitucionalidade Palavraschave Controle; Concentrado; ADI; Representação; Inconstitucionalidade; Objetivos Compreender a extensão dos efeitos da decisão proferida na ADI. Conhecer as principais técnicas decisórias utilizadas pelo STF. Analisar a possibilidade de concessão de medida cautelar em ADI. Conhecer a representação de inconstitucionalidade no âmbito estadual. Relacionar a representação de inconstitucionalidade e a ADI. Analisar a representação interventiva e o procedimento para suspensão da autonomia estadual. Estrutura de Conteúdo 1. Ação Direta de Inconstitucionalidade e Efeitos da decisão 1.1 No espaço: erga omnes 1.2 Efeito repristinatório 1.3 O efeito vinculante e a utilização da Reclamação 1.4 Efeitos no tempo: retroatividade e modulação temporal 1.5 Interpretação conforme a CF e inconstitucionalidade parcial sem redução de texto 2. A cautelar na ADI 3. Representação de inconstitucionalidade (ADI estadual) 3.1 Objetivo 3.2 Objeto 3.3 Legitimidade 3.4 Competência 3.5 Efeitos 3.6 Simultaneidade da Representação e da ADI 4. Representação Interventiva 4.1 Objetivo 4.2 Hipóteses de cabimento 4.3 Competência 4.4 Legitimidade 4.5 Efeitos Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 190 até p. 250. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva 1: (OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. Questão discursiva 2: A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerandose que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerandose que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. Questão objetiva: Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior revogada pela norma impugnada. b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário. c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo. e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade. Avaliação Questão discursiva: a) A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela Câmara Municipal, conforme determina o Art. 29, inciso V, da CRFB/88. Além disso, também há inconstitucionalidade material na lei municipal, pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o princípio da separação dos poderes, previsto no Art. 2º da CRFB/88. Por outro lado, em relação ao valor fixado, não há vício de inconstitucionalidade, pois está de acordo com o Art. 37, inciso XI, da CRFB/88, que limita o subsídio dos prefeitos ao teto constitucional. b) O vereador não possui legitimidade para ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal e a norma municipal não pode ser objeto de ADI, conforme estabelecem o Art. 102, inciso I, alínea a, e o Art. 103, ambos da CRFB/88. Questão discursiva 2: a) "Coexistência de jurisdições constitucionais estaduais e federal. Propositura simultânea de ação direta de inconstitucionalidade contra lei estadual perante o STF e o Tribunal de Justiça. Suspensão do processo no âmbito da Justiça estadual, até a deliberação definitiva desta Corte. Precedentes. Declaração de inconstitucionalidade, por esta Corte, de artigos da lei estadual. Arguição pertinente à mesma norma requerida perante a Corte estadual. Perda de objeto." (Pet 2.701AgR, Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 8101993, Plenário, DJ de 1932004.) b) Sim, pois o Presidente é legitimado universal para o ajuizamento de ADI e os dispositivos de constituições estaduais são objeto passíveis de impugnação por ADI em caso de conflito com a Constituição Federal. No caso, há clara violação ao art. 19, III, CF, pois criouse diferenciação entre brasileiros por razão de naturalidade. Questão objetiva: D. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 6 Controleconcentrado (Cont.) Tema Controle concentrado: Ação Declaratória de Constitucionalidade e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental Palavraschave Controle; Concentrado; Constitucionalidade; Preceito Fundamental; Objetivos Compreender o funcionamento da ADC no sistema de controle concentrado de constitucionalidade brasileiro. Relacionar ADC e ADI como ações de natureza dúplice. Compreender os objetivos da regulamentação do art. 102, par. 1o, CF pela lei 9.882/99 (ADPF). Diferenciar as espécies de ADPF criadas pelo legislador. Analisar a jurisprudência do STF sobre ADPF. Estrutura de Conteúdo 1. Ação Declaratória de Constitucionalidade 2. Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 3. Objeto 3.1 A controvérsia relevante 4. Parâmetro 5. Competência 6. Efeitos 6.1 Natureza dúplice ou ambivalente 7. Medida cautelar em ADC 8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 8.1 Espécies de ADPF 8.2 Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 8.3 Objeto 8.4 Parâmetro 8.5 O conceito de ?preceito fundamental? 8.6 Competência 9. Efeitos e Medida cautelar em ADPF 10. Fungibilidade entre ADI e ADPF Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 267 até p. 270. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva 1: (OAB ? XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindose a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? Questão discursiva 2: O Governador de um Estadomembro da Federação vem externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? b) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? Questão objetiva: (TRT 20 região 2016 ? Analista Judiciário ? Administrativa) Considere: I. Governador do Estado de Sergipe. II. Confederação Sidical ?XXX?. III. ProcuradorGeral da República. IV. Mesa da Câmara dos Deputados. V. Prefeito da cidade de Lagarto. De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros, os indicados APENAS em: a) I, II e III. b) I, II, III e IV. c) I, III, IV e V. d) III, IV e V. e) I, III e IV Avaliação Questão discursiva 1: a) Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC. b) Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da referida lei. Ou seja, a concessão da medida liminar serviria para determinar que juízes e tribunais do país não pudessem afastar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efeitos ex tunc. Questão discursiva 2: a) A referida lei estadual apresenta vício de inconstitucionalidade formal, já que somente lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo pode ciar órgão de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o Art. 61, § 1º, inciso II, da CRFB/88, aplicável por simetria aos Estados, tal qual determina o Art. 25, caput. b) Não. A resposta deve ser no sentido de negar o cabimento da ADPF diante da ausência das condições especiais para a propositura daquela ação constitucional, ou seja, a observância do princípio da subsidiariedade, previsto no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9882/99. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que o princípio da subsidiariedade rege a instauração do processo objetivo de ADPF, condicionando o ajuizamento dessa ação de índole constitucional à ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor Questão objetiva: B Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 7 Controle concentrado (Cont.) Tema Controle concentrado: Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI Palavraschave Controle; Concentrado; ADI; Inconstitucionalidade; Objetivos Compreender a importância da fiscalização de constitucionalidade por via de ADI Analisar o exercício atípico da jurisdição provocado pela ADI, e o sentido de processo objetivo Compreender a importância do STF no exercício da jurisdição constitucional. Delimitar os atos normativos que podem ser objeto de impugnação por via de ação direta de inconstitucionalidade Estabelecer o bloco de constitucionalidade como parâmetro de aferição da constitucionalidade das normas Diferenciar os casos de ADI e de representação de inconstitucionalidade conforme objeto e parâmetro da ação. Estrutura de Conteúdo 1. Origens 2. Conceito 3. Legitimidade ativa 3.1 Legitimados universais e especiais 3.2 Impossibilidade de desistência 3.3 O significado de “entidades de classe de âmbito nacional” 3.4 O amicus curiae 4. Legitimidadepassiva 4.1 O papel do AGU 4.2 A impossibilidade de intervenção de terceiros 5. Objeto 5.1 Emendas à CF 5.2 Leis e atos normativos 5.3 As leis distritais 5.4 Medidas provisórias 5.5 Súmulas 5.6 Tratados internacionais 5.7 Normas constitucionais originárias 5.8 Normas préconstitucionais 5.9 Atos normativos secundários e atos de efeitos concretos 6. Parâmetro: o bloco de constitucionalidade 7. Competência 7.1 Lei ou ato normativo federal ou estadual em face da CF 7.2 Lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da CE 7.3 Lei ou ato normativo municipal em face da CF Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 190 até p. 250. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestouse pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? Questão objetiva: Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo não representar o autor da ação. b) O PGR é chamado ao processo para apresentar o seu parecer. c) O amigo da corte participará do processo à convite do relator, figurando como um técnico na questão. d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do controle concreto que versem sobre a referida inconstitucionalidade. Avaliação Questão discursiva: Informativo 562, STF: O Tribunal iniciou julgamento de ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo ProcuradorGeral da República contra os artigos 7º, I e III, e 13, e seu parágrafo único, da Lei distrital 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal e dá outras providências. Alegase que os dispositivos impugnados violam os preceitos contidos nos artigos 21, XIV e 32, § 4º, da CF. Sustentase, em síntese, que as normas distritais impugnadas reformulam a organização da Polícia Civil do Distrito Federal, ao estabelecer regime jurídico diferente do previsto em lei federal para os seus agentes penitenciários, bem como ao estender aos novos cargos de técnicos penitenciários as atribuições já realizadas pelos agentes penitenciários da carreira policial civil. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou questão de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio que, diante do parecer da Advocacia Geral da União que se manifestava pela declaração de inconstitucionalidade da lei impugnada, reputava o processo não devidamente aparelhado e propunha a suspensão do julgamento para determinar que o AdvogadoGeral da União apresentasse defesa da lei atacada, nos termos do § 3º do art. 103 da CF (“Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o AdvogadoGeral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.”). Entendeuse ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União coincide com o interesse do autor, implicaria retirarlhe sua função primordial que é a defender os interesses da União (CF, art. 131). Além disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou se um problema de ordem prática, qual seja, a falta de competência da Corte para imporlhe qualquer sanção quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI 3916) b) A ADI só é cabível quando a lei distrital decorre do exercício de competência legislativa estadual, conforme Súmula 642 do STF (Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal). Questão objetiva: A Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 1 Controle de Constitucionalidade Tema Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade Palavraschave Controle; Constitucionalidade Objetivos Compreender a teoria geral do controle de constitucionalidade Analisar o conceito e as formas de inconstitucionalidade existentes Estrutura de Conteúdo 1. Inconstitucionalidade: conceito e espécies 1.1 Natureza da norma inconstitucional: inexistente, nula ou anulável? 1.2 Espécies de inconstitucionalidade 1.2.1 formal e material 1.2.2 por ação e por omissão 1.2.3 total e parcial Procedimentos de Ensino Aula expositiva, debate e discussão dirigida com base nas obras indicadas e no material de apoio discente, de forma a auxiliar a resolução do caso concreto. Aplicação da metodologia do caso concreto com resolução do exercício estabelecido no item avaliação, bem como exemplos, exercícios e estudo de casos escolhidos pelo professor, privilegiando sempre que possível as especificidades regionais. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. O aluno deverá elaborar os exercícios e postar as respostas. É importante a leitura prévia do material didático disponibilizado ao aluno como imprescindível para uma boa performance na disciplina. Indicação de Leitura Específica Ler as páginas correspondentes ao conteúdo nas obras: LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 21ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. PEÑA, Guilherme. Curso de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2017. Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: Quando se tem uma norma ao mesmo tempo mater ia l e formalmente inconstitucional? a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos. Questão discursiva: (OAB ? XX Exame Unificado) O Presidente da República edita medida provisóriaestabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a AdvocaciaGeral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? b) O entendimento externado pela AdvocaciaGeral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? Avaliação Questão discursiva: a) O aluno deverá responder que as normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. b) O aluno deverá responder que o entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois, independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da CRFB/88. Questão objetiva: C Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 2 Controle de Constitucionalidade Tema Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade Palavraschave Controle; Constitucionalidade; preventivo; repressivo; difuso; concentrado; Objetivos Classificar e compreender as formas de controle de constitucionalidade existentes Analisar as características gerais dos sistemas de controle de constitucionalidade Estrutura de Conteúdo 1. Controle de constitucionalidade 2. Classificações 2.1 Quanto ao órgão 2.1.1 Político 2.1.2 Jurídico 2.2 Quanto ao momento 2.2.1 Preventivo 2.2.2 Repressivo 3. Controle jurisdicional de constitucionalidade 3.1 Difuso 3.2 Concentrado 3.3 Concreto 3.4 Abstrato Procedimentos de Ensino Aula expositiva, debate e discussão dirigida com base nas obras indicadas e no material de apoio discente, de forma a auxiliar a resolução do caso concreto. Aplicação da metodologia do caso concreto com resolução do exercício estabelecido no item avaliação, bem como exemplos, exercícios e estudo de casos escolhidos pelo professor, privilegiando sempre que possível as especificidades regionais. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. O aluno deverá elaborar os exercícios e postar as respostas. É importante a leitura prévia do material didático disponibilizado ao aluno como imprescindível para uma boa performance na disciplina. Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultálo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a consulta? Questão objetiva (OAB XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetálo por entendêlo contrário ao interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis. b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. c) O Presidente da República poderá vetálo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República. d) O Presidente da República poderá vetálo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis. Avaliação Questão discursiva: Apesar de o controle jurisdicional de constitucionalidade realizarse, via de regra, em caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudência do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo: tratase do MS que, neste caso, só poderá ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional (titular do direito líquido e certo à observância do devido processo legislativo) e, necessariamente, deverá ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI). Ver, por exemplo, o MSMC 23047/DF, STF. Questão objetiva: D Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 3 O controle incidental de constitucionalidade Tema O controle incidental de constitucionalidade Controle Difuso Palavraschave Controle; Constitucionalidade; Difuso; Objetivos Analisar as origens e características do controle incidental de constitucionalidade Compreender quem pode suscitar o controle incidental, em quais ações e perante quais tribunais Analisar a cláusula de reserva de plenário e seu funcionamento perante os tribunais. Estrutura de Conteúdo 1. Controle difusoconcreto: origens (Marbury v. Madison) 2. Legitimidade (partes, MP, ex officio) 3. Competência para a pronúncia de inconstitucionalidade 3.1 A cláusula de reserva de plenário 3.2 A cisão funcional de competência nos tribunais 3.3 Súmula vinculante n. 10 4. A questão da ação civil pública Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 177 até p. 190. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a ConstituiçãoFederal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: (OAB XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema jurídicoconstitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. a) está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato normativo inconstitucional. b) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo a quo. c) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa. d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. Questão discursiva: O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? Avaliação Questão objetiva: D Questão discursiva: STF, RE 472489 EMENTA: DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. CERTIDÃO PARCIAL DE TEMPO DE SERVIÇO. RECUSA DA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO DE OBTENÇÃO DE CERTIDÃO EM REPARTIÇÕES PÚBLICAS. PRERROGATIVAS JURÍDICAS DE ÍNDOLE EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE RELEVANTE INTERESSE SOCIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMAÇÃO ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DOUTRINA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 4 Controle difuso (cont.) Tema Controle difuso. Palavraschave Controle; Difuso; Objetivos Destacar quais normas podem ser objeto de controle incidental Analisar os efeitos da declaração incidental de inconstitucionalidade. Estrutura de Conteúdo 1. Objeto (normas que podem ser impugnadas pela via incidental) 2. Efeitos da decisão 2.1. Para as partes 2.2. Para terceiros 2.2.1. O papel do Senado Federal (art. 52, X) 2.2.2. A possibilidade de edição de súmulas vinculantes 2.3. Efeitos no tempo 2.3.1 Possibilidade de modulação temporal no controle difuso Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 177 até p. 190. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando a) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe arguição de inconstitucionalidade. c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe arguição incidental de inconstitucionalidade. d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte Constitucional, declarar a inconstitucionalidade. e) uma seção julgadora, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. Questão discursiva: O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação requerendo a extensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de “A”. O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”? Justifique sua resposta. Avaliação Questão objetiva: C Questão discursiva: Não. Em se tratando de controle na modalidade incidental, concreta e difuso, as decisões proferidas pelos juízos não possuem efeitos vinculantes. Desta forma, o tribunal não poderia atender o pedido de “B”. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 5 Controle concentrado Tema Controle concentrado: Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI e Representação de Inconstitucionalidade Palavraschave Controle; Concentrado; ADI; Representação; Inconstitucionalidade; Objetivos Compreender a extensão dos efeitos da decisão proferida na ADI. Conhecer as principais técnicas decisórias utilizadas pelo STF. Analisar a possibilidade de concessão de medida cautelar em ADI. Conhecer a representação de inconstitucionalidade no âmbito estadual. Relacionar a representação de inconstitucionalidade e a ADI. Analisar a representação interventiva e o procedimento para suspensão da autonomia estadual. Estrutura de Conteúdo 1. Ação Direta de Inconstitucionalidade e Efeitos da decisão 1.1 No espaço: erga omnes 1.2 Efeito repristinatório 1.3 O efeito vinculante e a utilização da Reclamação 1.4 Efeitos no tempo: retroatividade e modulação temporal 1.5 Interpretação conforme a CF e inconstitucionalidade parcial sem redução de texto 2. A cautelar na ADI 3. Representação de inconstitucionalidade (ADI estadual) 3.1 Objetivo 3.2 Objeto 3.3 Legitimidade 3.4 Competência 3.5 Efeitos 3.6 Simultaneidade da Representação e da ADI 4. Representação Interventiva 4.1 Objetivo 4.2 Hipóteses de cabimento 4.3 Competência 4.4 Legitimidade 4.5 Efeitos Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 190 até p. 250. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustadoe adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva 1: (OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. Questão discursiva 2: A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerandose que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerandose que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. Questão objetiva: Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior revogada pela norma impugnada. b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário. c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo. e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade. Avaliação Questão discursiva: a) A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela Câmara Municipal, conforme determina o Art. 29, inciso V, da CRFB/88. Além disso, também há inconstitucionalidade material na lei municipal, pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o princípio da separação dos poderes, previsto no Art. 2º da CRFB/88. Por outro lado, em relação ao valor fixado, não há vício de inconstitucionalidade, pois está de acordo com o Art. 37, inciso XI, da CRFB/88, que limita o subsídio dos prefeitos ao teto constitucional. b) O vereador não possui legitimidade para ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal e a norma municipal não pode ser objeto de ADI, conforme estabelecem o Art. 102, inciso I, alínea a, e o Art. 103, ambos da CRFB/88. Questão discursiva 2: a) "Coexistência de jurisdições constitucionais estaduais e federal. Propositura simultânea de ação direta de inconstitucionalidade contra lei estadual perante o STF e o Tribunal de Justiça. Suspensão do processo no âmbito da Justiça estadual, até a deliberação definitiva desta Corte. Precedentes. Declaração de inconstitucionalidade, por esta Corte, de artigos da lei estadual. Arguição pertinente à mesma norma requerida perante a Corte estadual. Perda de objeto." (Pet 2.701AgR, Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 8101993, Plenário, DJ de 1932004.) b) Sim, pois o Presidente é legitimado universal para o ajuizamento de ADI e os dispositivos de constituições estaduais são objeto passíveis de impugnação por ADI em caso de conflito com a Constituição Federal. No caso, há clara violação ao art. 19, III, CF, pois criouse diferenciação entre brasileiros por razão de naturalidade. Questão objetiva: D. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 6 Controle concentrado (Cont.) Tema Controle concentrado: Ação Declaratória de Constitucionalidade e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental Palavraschave Controle; Concentrado; Constitucionalidade; Preceito Fundamental; Objetivos Compreender o funcionamento da ADC no sistema de controle concentrado de constitucionalidade brasileiro. Relacionar ADC e ADI como ações de natureza dúplice. Compreender os objetivos da regulamentação do art. 102, par. 1o, CF pela lei 9.882/99 (ADPF). Diferenciar as espécies de ADPF criadas pelo legislador. Analisar a jurisprudência do STF sobre ADPF. Estrutura de Conteúdo 1. Ação Declaratória de Constitucionalidade 2. Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 3. Objeto 3.1 A controvérsia relevante 4. Parâmetro 5. Competência 6. Efeitos 6.1 Natureza dúplice ou ambivalente 7. Medida cautelar em ADC 8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 8.1 Espécies de ADPF 8.2 Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 8.3 Objeto 8.4 Parâmetro 8.5 O conceito de ?preceito fundamental? 8.6 Competência 9. Efeitos e Medida cautelar em ADPF 10. Fungibilidade entre ADI e ADPF Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 267 até p. 270. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva 1: (OAB ? XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindose a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante oPoder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? Questão discursiva 2: O Governador de um Estadomembro da Federação vem externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? b) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? Questão objetiva: (TRT 20 região 2016 ? Analista Judiciário ? Administrativa) Considere: I. Governador do Estado de Sergipe. II. Confederação Sidical ?XXX?. III. ProcuradorGeral da República. IV. Mesa da Câmara dos Deputados. V. Prefeito da cidade de Lagarto. De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros, os indicados APENAS em: a) I, II e III. b) I, II, III e IV. c) I, III, IV e V. d) III, IV e V. e) I, III e IV Avaliação Questão discursiva 1: a) Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC. b) Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da referida lei. Ou seja, a concessão da medida liminar serviria para determinar que juízes e tribunais do país não pudessem afastar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efeitos ex tunc. Questão discursiva 2: a) A referida lei estadual apresenta vício de inconstitucionalidade formal, já que somente lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo pode ciar órgão de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o Art. 61, § 1º, inciso II, da CRFB/88, aplicável por simetria aos Estados, tal qual determina o Art. 25, caput. b) Não. A resposta deve ser no sentido de negar o cabimento da ADPF diante da ausência das condições especiais para a propositura daquela ação constitucional, ou seja, a observância do princípio da subsidiariedade, previsto no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9882/99. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que o princípio da subsidiariedade rege a instauração do processo objetivo de ADPF, condicionando o ajuizamento dessa ação de índole constitucional à ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor Questão objetiva: B Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 7 Controle concentrado (Cont.) Tema Controle concentrado: Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI Palavraschave Controle; Concentrado; ADI; Inconstitucionalidade; Objetivos Compreender a importância da fiscalização de constitucionalidade por via de ADI Analisar o exercício atípico da jurisdição provocado pela ADI, e o sentido de processo objetivo Compreender a importância do STF no exercício da jurisdição constitucional. Delimitar os atos normativos que podem ser objeto de impugnação por via de ação direta de inconstitucionalidade Estabelecer o bloco de constitucionalidade como parâmetro de aferição da constitucionalidade das normas Diferenciar os casos de ADI e de representação de inconstitucionalidade conforme objeto e parâmetro da ação. Estrutura de Conteúdo 1. Origens 2. Conceito 3. Legitimidade ativa 3.1 Legitimados universais e especiais 3.2 Impossibilidade de desistência 3.3 O significado de “entidades de classe de âmbito nacional” 3.4 O amicus curiae 4. Legitimidade passiva 4.1 O papel do AGU 4.2 A impossibilidade de intervenção de terceiros 5. Objeto 5.1 Emendas à CF 5.2 Leis e atos normativos 5.3 As leis distritais 5.4 Medidas provisórias 5.5 Súmulas 5.6 Tratados internacionais 5.7 Normas constitucionais originárias 5.8 Normas préconstitucionais 5.9 Atos normativos secundários e atos de efeitos concretos 6. Parâmetro: o bloco de constitucionalidade 7. Competência 7.1 Lei ou ato normativo federal ou estadual em face da CF 7.2 Lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da CE 7.3 Lei ou ato normativo municipal em face da CF Procedimentos de Ensino Sugerese que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 190 até p. 250. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela i n t e r n e t à " C o n s t i t u i ç ã o e o S u p r e m o " d i s p o n í v e l e m http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestouse pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? Questão objetiva: Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo não representar o autor da ação. b) OPGR é chamado ao processo para apresentar o seu parecer. c) O amigo da corte participará do processo à convite do relator, figurando como um técnico na questão. d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do controle concreto que versem sobre a referida inconstitucionalidade. Avaliação Questão discursiva: Informativo 562, STF: O Tribunal iniciou julgamento de ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo ProcuradorGeral da República contra os artigos 7º, I e III, e 13, e seu parágrafo único, da Lei distrital 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal e dá outras providências. Alegase que os dispositivos impugnados violam os preceitos contidos nos artigos 21, XIV e 32, § 4º, da CF. Sustentase, em síntese, que as normas distritais impugnadas reformulam a organização da Polícia Civil do Distrito Federal, ao estabelecer regime jurídico diferente do previsto em lei federal para os seus agentes penitenciários, bem como ao estender aos novos cargos de técnicos penitenciários as atribuições já realizadas pelos agentes penitenciários da carreira policial civil. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou questão de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio que, diante do parecer da Advocacia Geral da União que se manifestava pela declaração de inconstitucionalidade da lei impugnada, reputava o processo não devidamente aparelhado e propunha a suspensão do julgamento para determinar que o AdvogadoGeral da União apresentasse defesa da lei atacada, nos termos do § 3º do art. 103 da CF (“Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o AdvogadoGeral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.”). Entendeuse ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União coincide com o interesse do autor, implicaria retirarlhe sua função primordial que é a defender os interesses da União (CF, art. 131). Além disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou se um problema de ordem prática, qual seja, a falta de competência da Corte para imporlhe qualquer sanção quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI 3916) b) A ADI só é cabível quando a lei distrital decorre do exercício de competência legislativa estadual, conforme Súmula 642 do STF (Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal). Questão objetiva: A Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 1 Controle de Constitucionalidade Tema Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade Palavraschave Controle; Constitucionalidade Objetivos Compreender a teoria geral do controle de constitucionalidade Analisar o conceito e as formas de inconstitucionalidade existentes Estrutura de Conteúdo 1. Inconstitucionalidade: conceito e espécies 1.1 Natureza da norma inconstitucional: inexistente, nula ou anulável? 1.2 Espécies de inconstitucionalidade 1.2.1 formal e material 1.2.2 por ação e por omissão 1.2.3 total e parcial Procedimentos de Ensino Aula expositiva, debate e discussão dirigida com base nas obras indicadas e no material de apoio discente, de forma a auxiliar a resolução do caso concreto. Aplicação da metodologia do caso concreto com resolução do exercício estabelecido no item avaliação, bem como exemplos, exercícios e estudo de casos escolhidos pelo professor, privilegiando sempre que possível as especificidades regionais. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, recomendase que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. O aluno deverá elaborar os exercícios e postar as respostas. É importante a leitura prévia do material didático disponibilizado ao aluno como imprescindível para uma boa performance na disciplina. Indicação de Leitura Específica Ler as páginas correspondentes ao conteúdo nas obras: LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 21ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. PEÑA, Guilherme. Curso de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2017. Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: Quando se tem uma norma ao mesmo tempo mater ia l e formalmente inconstitucional? a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos. Questão discursiva: (OAB ? XX Exame Unificado) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a AdvocaciaGeral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? b) O entendimento externado pela AdvocaciaGeral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? Avaliação Questão discursiva: a) O aluno deverá responder que as normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. b) O aluno deverá responder que o entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois, independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da CRFB/88. Questão objetiva: C Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO CCJ0135 Semana Aula: 2 Controle de Constitucionalidade Tema Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade Palavraschave Controle; Constitucionalidade; preventivo; repressivo; difuso; concentrado; Objetivos Classificar e compreender as formas de controle de constitucionalidade existentes Analisar as características gerais dos sistemas de controle de constitucionalidade Estrutura de Conteúdo 1. Controle de constitucionalidade 2. Classificações 2.1 Quanto ao órgão 2.1.1 Político 2.1.2 Jurídico
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