Revolução Industrial 7 Ano

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Revolução Industrial
Pioneirismo Inglês- Transformações técnicas
Pioneirismo Inglês
No século XVIII, o capitalismo consolidou-se, definitivamente, por meio da Revolução Industrial na Inglaterra, onde estava ocorrendo uma grande transformação tecnológica, substituindo-se as ferramentas pelas máquinas.
A Inglaterra foi o berço da Revolução Industrial (1760) devido a uma conjugação de fatores, conforme relatado a seguir:
Acumulação de capital: a revolução comercial, séculos XVI-XVII, favoreceu o acúmulo de grandes quantidades de metal precioso para financiar o desenvolvimento das manufaturas nacionais. Além da exploração colonial, a Inglaterra também se dedicou à pilhagem em alto-mar dos galeões espanhóis, carregados de ouro americano, realizada pelos corsários; 
Transferiu para seus cofres a maior parte do ouro brasileiro devido à dependência econômica de Portugal iniciada com a Guerra de Restauração (1640) e agravada com a assinatura do Tratado de Methuen.
Presença de matéria-prima em abundância e qualidade em seu subsolo, principalmente carvão e ferro.
Mão de obra disponível: a concentração de terras eliminou os pequenos proprietários e a criação de ovelhas em larga escala dispensou muita mão de obra. Desempregados e sem terra, esses “despossuídos” dirigiram-se para as cidades à procura de emprego, que era escasso. A grande quantidade de desempregados para os poucos empregos existentes pressionou os salários para baixo.
Presença de uma nobreza aburguesada interessada na reprodução e ampliação do capital. Enquanto as demais cortes europeias apresentavam uma nobreza parasitária e perdulária (que gasta em excesso), na Inglaterra, a nobreza se aburguesava e tomava iniciativas no processo produtivo.
A atuação de uma monarquia parlamentarista derrubou os obstáculos mercantilistas e incentivou a livre-concorrência e o livre-comércio.
Transformações técnicas
a)A Revolução Industrial nos séculos XVIII-XIX
O primeiro setor a receber as inovações tecnológicas foi a da indústria têxtil. O algodão era matéria-prima proveniente da Índia e das colônias inglesas na América, que, mais tarde, constituíram os Estados Unidos da América. A Revolução Industrial iniciou-se nesse setor, pois já contava com vasto mercado consumidor.
Escravos trabalhando na máquina de descaroçar algodão
Vários inventos aceleraram a produção desses artigos, barateando seu preço e, consequentemente ampliando o consumo.
b) A Revolução Industrial nos séculos XIX-XX
Caracterizou-se pela expansão do processo industrial para os países europeus, EUA e Japão. Isso trouxe, como consequência, o desenvolvimento da metalurgia e da siderurgia e a utilização de novas fontes de energia, como a eletricidade e o petróleo.
Indústria siderúrgica
Grandes transformações ocorreram nos meios de transporte, por meio de locomotiva e do barco a vapor.
c) A Revolução Industrial nos séculos XX-XXI
No século XX, as inovações tecnológicas intensificaram-se, diminuindo as distâncias geográficas com a invenção de Santos Dumont e dos irmãos Wright: o avião. As indústrias ultrapassaram as fronteiras nacionais tornando-se transnacionais.
 
Os centros urbanos, por falta de espaço, desenvolveram-se verticalmente; a locomoção agilizou-se com os jatos, automóveis, ônibus, metrôs, trens; o mundo entrou nas casas por meio do radio, televisão, telefone, internet; a comida foi disponibilizada em embalagens congeladas e robôs passaram a executar tarefas nas indústrias.
A engenharia genética, eletrônica, química e farmacêutica alcançou um desenvolvimento jamais visto na história humana.
Robotização
Plataforma Petrolífera Marítima
Consequências da Revolução Industrial
As fábricas exigiam a concentração de trabalhadores ao seu redor. As regiões industriais funcionavam e ainda funcionam como polos de atração de contingentes populacionais que migram para essas regiões em busca de novas alternativas de vida.
Os centros urbanos não tinham condições de absorver ( e ainda não têm) toda essa mão de obra, que acabou se fixando na periferia das cidades, formando o “cinturão da pobreza”.
A sociedade industrial dividiu os homens em burgueses, detentores dos meios de produção – instalações, maquinários, matéria-prima - , e proletariado, que detinha apenas sua força de trabalho. A mediação entre eles se dava e ainda se dá por meio do salário.
As condições de vida e de trabalho eram de extrema exploração. 
Sem descanso remunerado e sem direito a férias, os trabalhadores passavam de 14 a 16 horas por dia nas fábricas ou nas minas, sem nenhum tipo de proteção ou garantia para seus familiares, em caso de acidente.
O desemprego era uma eterna ameaça para o trabalhador e um caminho para ampliar os lucros da burguesia, em razão do baixo salário pago a ele.
Para rebaixar ainda mais os salários, empregavam-se mulheres e crianças que recebiam entre um terço e a metade do salário de um homem. Quanto mais mulheres e crianças no mercado de trabalho, maior era o índice de desempregados entre a população masculina adulta.
A cada inovação tecnológica introduzida no sistema industrial, a classe operária via-se obrigada a adaptar-se ao ritmo das máquinas.
Muitas vezes revoltavam-se contra as máquinas, responsabilizando-as pelo elevado desemprego, uma vez que muitas delas realizavam o trabalho de dez homens.
Aos poucos, os operários começara, a se organizar para defender seus direitos, surgindo sindicatos e pensadores que propuseram novos modelos econômicos e políticos: o socialismo e o anarquismo contra o iluminismo burguês.
As mudanças introduzidas pela Revolução Industrial transformaram as relações sociais, produtivas e culturais. Todos tiveram que se adaptar-se ao novo mundo mecanizado, que produziu grande diversidade cultural e econômica.
O campo também foi obrigado a adaptar-se ao novo mundo, incorporando quantidades maiores de máquinas, implementos e insumos agrícolas, estabelecendo as relações capitalistas de produção no meio rural.