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ENERGIAS RENOVÁVEIS A turbina eólica AULA 03: A Turbina Eólica Tópicos especiais em energias renováveis AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Conteúdo A conversão de energia O Limite de Betz Classificação das Turbinas Eólicas Aerodinâmica de uma Turbina Eólica Velocidade Relativa do Vento AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis A Conversão de Energia A potência contida no vento é dada por: 1 P = ρ.A.v3 2 Questão: Quanto de potência mecânica pode ser extraída do fluxo livre de ar por um conversor de energia eólica (aerogerador)? AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis A Conversão de Energia Pelo equação de continuidade de Bernoulli, a vazão em um fluido é constante para diferentes sem viscosidade. pontos ao longo da vazão, para um fluido 3 Q = A1.v1 = A2.v2[m / s] No caso do aerogerador, como V2<V1, resulta que A2 > A1, para Q = constante. AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis A Conversão de Energia A potência mecânica que o as conversor extrai do fluxo de ar corresponde conversor: à diferença entre potências do fluxo antes e depois do 1 1 1 = ρA1v1 − ρA2v2 = ρ(A1v1 − A2v2 ) [W ] 3 3 3 3 Pmec 2 2 2 Como ρ.A1.v1 = ρ.A1.v2 = dm/dt = m’ = fluxo de massa = m (v1 − v2 ) [W ] de ar = constante, podemos dizer que: 1 ' 2 2 Pmec 2 Onde: P = Potência mecânica extraída do vento [W]. m’ = fluxo de massa de ar [Kg/s]. Dessa equação conclui-se que, em termos puramente formais, a potência atingiria o seu valor máximo quando for igual a zero. Porém, este resultado não faz sentido fisicamente, pois implica em não haver fluxo de ar através do aerogerador. v2 AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis O Limite de Betz ' Logo, 1 2 m (v1 − v2 ) = m (v1 − v2 )v ' 2 2 ' Pmec = Já que, v1 + v2 = 1 m' v = ρAv = ρA(v ) + v e 1 2 2 2 AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis O Limite de Betz Assim, a potência mecânica do aerogerador fica expressa por: Rearranjando algebricamente a equação acima, teremos: Sendo, Cp é denominado como “coeficiente de potência” ou eficiência do rotor. Traduz a relação entre a potência mecânica do conversor e a potência contida no vento. AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis O Limite de Betz O coeficiente de potência (Cp) depende da razão entre as velocidades v1 e v2. Se a relação entre Cp e v2/v1 é plotada em um gráfico, verifica-se que Cp atinge seu valor máximo quando v2/v1 = 1/3. Com v2/v1 = s = 1/3, o coeficiente de potência ideal torna-se: Cp = 16/27 = 0,593 (1 + s) (1 − s2 ) Cp = 2 v2 s = v1 AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Velocidade de Esteira e Potência Gerada AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Curva de potencia no aerogerador x velocidade da turbina AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Rotores de turbinas eólicas O rotor é o responsável por extrair do vento a energia cinética a ser transformada em energia elétrica. A potência extraída por um dado rotor é dada pela bem conhecida equação: Sendo A a área percorrida pelas pás, ρ a densidade do ar, V a velocidade do vento e CP o coeficiente de potência (eficiência do rotor). Projeto de parques Projeto do aerogerador Projeto do rotor AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis 11 Histórico Os moinhos com eixos horizontais surgem na Europa por volta do século XII, e eram usados para moer grãos e bombear água. AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Até o século XIX o seu uso foi bastante difundido. A maior parte dos moinhos foi então abandonada, sendo substituída por máquinas a vapor e combustão interna. 12 Histórico No fim do século XIX foram desenvolvidos os primeiros moinhos com a finalidade de se produzir energia elétrica, com a função principal de carregar baterias e muito difundidos nas áreas rurais dos Estados Unidos. AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis E novamente eles caíram em desuso ao se implantar as redes de energia que provinham das usinas elétricas movidas a combustíveis fósseis. 13 Classificação das Turbinas Eólicas Uma forma de classificar as turbinas eólicas é em termos do eixo ao qual as pás das turbinas giram. Eixo horizontal (Horizontal Axis Wind Turbine – HAWT) redor do Eixo Vertical (Vertical Axis Wind Turbine – VAWT) Eixo Vertical Eixo Horizontal A – Upwind B – Downwind AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Classificação das Turbinas Eólicas Turbinas de Eixo Vertical Vantagens Não necessitam de controle de ajuste para mantê-las na direção do vento (yaw system) Maquinário pesado (gerador, caixa de engrenagens,...) pode ficar no solo, onde facilita a manutenção Desvantagens Maior instabilidade Ausência de controle para altas velocidades As pás ficam próximas ao solo, onde a velocidade do vento é baixa Incapacidade de partida própria AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Classificação das Turbinas Eólicas Turbinas de Modelos Eixo Vertical Helicoidal Darrieus Savonius Cochrane H Maglev AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Classificação das Turbinas Eólicas Comparativo Rotor H Darrieus Horizontal Perfil da pá Simples Complicado Complicado Mecanismo de direção Não Não Sim Possibilidade de mecanismo de passo Sim Não Sim Torre Sim Não Sim Cabos de sustentação Opcionais Sim Não Ruído Baixo Moderado Alto Área da pá Moderada Grande Pequena Carga da pá Moderada Baixa Alta Posição do gerador No solo No solo No alto da torre Autoinicialização Não Não Sim Interferência da torre Pequena Pequena Grande Fundação Moderada Simples Alta Estrutura global Simples Simples Complicada AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Classificação das Turbinas Eólicas Turbinas de Eixo Horizontal Vantagens A velocidade do rotor e a saída de potência são controladas pelo controle do ângulo das pás O formato das pás pode ser otimizado aerodinamicamente Acesso a ventos de maiores velocidades devido à altura da torre Alta eficiência com as pás perpendiculares à direção do vento Desvantagens Dificuldade de instalação em altas torres Dificuldade no transporte de equipamentos Exigência de um sistema de controle para girar o rotor na direção do vento Construção complexa da torre para apoiar o peso da turbina AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Aerodinâmica de uma Turbina Eólica Força de arrasto é a força experimentada por um objeto, imerso em um fluxo de ar, e que está alinhada com a direção do fluxo de ar. Força de sustentaçãoé a força experimentada por um objeto, imerso em um fluxo de ar, e que está perpendicular a direção do fluxo de ar. Ângulo de ataque é o ângulo que o objeto faz com a direção do fluxo de ar, medido com relação a uma linha de referência (corda). AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis Velocidade Relativa do Vento Na ponta da pá, a velocidade tangencial, velocidade de vento resistente, cuja direção é perpendicular à direção do vento não perturbado, é calculada pela seguinte expressão: Vtan = ω.R Onde: Vtan = velocidade tangencial de ponta de pá em m/s ω = velocidade angular da pá em rad/s R = Raio da pá em metros Para a geração de eletricidade é esperado que a velocidade tangencial de ponta de pá seja de 5 a 10 vezes maior que a velocidade do vento não perturbado. A razão entre a velocidade de ponta de pá e a velocidade do vento não perturbado é denominada velocidade específica de ponta de pá, calculada pela seguinte expressão: ω.R Vw λ = O melhor desempenho para a seção do aerofólio ocorre quando o ângulo de ataque é mantido constante, isto é, a velocidade específica é mantida constante em seu valor ótimo, o que significa que a velocidade de rotação da turbina poderia variar diretamente com a velocidade do vento incidente (não perturbado). AULA 03: A TURBINA EÓLICA Tópicos especiais em energias renováveis P C A V P 3 2 1 r =
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