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Conservação e uso do Solo 2 p

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CONSERVAÇÃO E USO DO SOLO
 
 Unidade 02
RELAÇÃO SOLO E ÁGUA
A água é a substância mais abundante na superfície do planeta, participando dos processos modeladores da paisagem pela dissolução de materiais formando o solo, além de participar no transporte de partículas. A relação da água com o solo vai além do processo modelador da paisagem e formador do próprio solo. Podemos dizer que a água no solo pode assumir dois importantes papéis: infiltrar profundamente, abastecendo e formando os corpos de águas subterrâneas, também chamadas de aquíferos freáticos ou; ficar retida nos poros do solo nos horizontes mais superficiais que são liberadas para as plantas absorverem no processo de crescimento, carreando os sais minerais.
CAMINHOS DA ÁGUA NO SOLO
A água, uma vez que atinge o solo, pode percorrer dois caminhos. O primeiro é a chamada infiltração que depende principalmente das características do material de cobertura da superfície, ou seja, se o solo se encontra coberto por vegetação ou desnudo. A água de infiltração, guiada pela força gravitacional, tende a preencher os vazios no subsolo, seguindo em profundidade, onde irá abastecer e formar os aquíferos freáticos ou as chamadas águas de subsolo ou subterrâneas. (KARMANN, 2000). 
A infiltração é o processo mais importante de recarga da água no subsolo. É o processo pelo qual a água se infiltra nas camadas superficiais do solo e se desloca pela ação da gravidade até a camada impermeável, formando o aquífero freático. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A INFILTRAÇÃO
A presença da vegetação na superfície auxilia no aumento da capacidade de infiltração da água no solo e reduz o escoamento superficial, favorecendo o abastecimento do aquífero freático (GUERRA; CUNHA, 2000; LIMA; ZAKIA, 2000). A cobertura florestal também exerce importante função no retardamento de parte da água que atinge o solo, por meio da interceptação das folhas, reduzindo a energia cinética das gotas de chuva. O excesso de água passa então, a ser lentamente liberado para a superfície do solo por gotejamento, evitando assim a compactação e erosão do solo. (BIGARELLA et al., 1994; LIMA; ZAKIA, 2000). Você pode observar a influência da cobertura florestal no processo de infiltração observando a figura a seguir.
TOPOGRAFIA 
Topografia é a ciência utilizada nos serviços de engenharia que estuda os acidentes geográficos, relevo, localização, obtendo dados de medida por meio de equipamentos podendo ainda utilizar de coordenadas geográficas especificas corrigidas ou não, definindo a situação e localização no globo terrestre para cada necessidade, uso ou aplicabilidade. Também engloba métodos e princípios necessários para a descrição e representação das superfícies destes corpos, em especial para a sua cartografia.
PRECIPITAÇÃO
A forma de como a precipitação total é distribuída ao longo do ano é um fator decisivo no volume de recarga da água subterrânea, em qualquer tipo de terreno. Chuvas regularmente distribuídas ao longo do tempo promovem uma infiltração maior, pois desta maneira, a velocidade de infiltração acompanha o volume de precipitação. Ao contrário, chuvas torrenciais favorecem o escoamento superficial direto, pois a taxa de infiltração é inferior ao grande volume de água precipitada em curto intervalo de tempo. (KARMANN, 2000). 
OCUPAÇÃO DO SOLO
O avanço da urbanização e o desmatamento das florestas influenciam significativamente a quantidade de água infiltrada em adensamentos populacionais e zonas de intenso uso agropecuário. Nas áreas urbanas, as construções e a pavimentação impedem a infiltração, causando efeitos catastróficos devido ao aumento do escoamento superficial e redução na recarga da água subterrânea. Nas áreas rurais, a infiltração sofre redução pelo desmatamento em geral, pela exposição de vertentes por meio de plantações sem terraceamento, e pela compactação dos solos causada pelo pisoteamento de animais, como em extensivas áreas de criação de gado. (KARMANN, 2000).
DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO SUBSOLO
A água no subsolo e seu movimento dependem de vários fatores atuando de forma conjunta, dentre esses fatores estão, a força gravitacional, as características dos solos, sedimentos e rochas e a força de atração molecular e tensão superficial.
A atração molecular age quando moléculas de água se aderem ou ficam presas na superfície da argila (entorno da partícula de argila). Isso acontece por meio da atração de cargas opostas, uma vez que tanto a partícula de argila quanto a molécula de água possuem cargas que permitem essa atração. Este fenômeno, também dito como adsorção da água à partícula de argila, ocorre principalmente nos primeiros metros de profundidade, sendo o solo rico em argila e mineral
INFLUÊNCIA DA POROSIDADE E DA PERMEABILIDADE NA DISPONIBILIDADE DE ÁGUA SUBTERRÂNEA 
A porosidade é uma propriedade física definida pela relação do volume de poros e o volume total de certo material. Existem dois tipos fundamentais de porosidade nos materiais: primária e secundária. 
A porosidade primária é gerada juntamente com o sedimento ou rocha, sendo caracterizada nas rochas sedimentares pelos espaços entre os grãos (porosidade intergranular). Nos materiais sedimentares, o tamanho e forma das partículas e a presença de cimentação influencia a porosidade. (KARMANN, 2000). 
A porosidade secundária, por sua vez, se desenvolve após a formação das rochas ígneas, metamórficas ou sedimentares, por fratura ou falha (Figura 33) durante sua deformação (porosidade de fraturas). U
CLASSIFICAÇÃO DOS AQUÍFEROS SEGUNDO A GEOLOGIA E SUA RELAÇÃO COM POROSIDADE DO SOLO
Conforme a ANA (Agência Nacional de Água) há três tipos fundamentais de aquíferos e que estão estritamente relacionados com a porosidade: aquíferos porosos (porosidade intergranular ou granular), aquífero fraturado ou fissurado (fraturas) e aquíferos castiços (condutos). 
Os aquíferos porosos podem ser exemplificados pelos arenitos, ou seja, ocorrem em solos arenosos. Constituem os mais importantes aquíferos, pelo grande volume de água que armazenam, e por sua ocorrência em grandes áreas. Estes aquíferos ocorrem nas bacias sedimentares (depressões da superfície terrestre onde ocorre deposição natural de sedimentos, em algumas situações materiais vulcânicos) e em todas as várzeas onde se acumularam sedimentos arenosos.
Os aquíferos de fraturas ocorrem em rochas ígneas e metamórficas. A capacidade destas rochas em acumularem água está relacionada à quantidade de fraturas, suas aberturas e intercomunicação. No Brasil a importância destes aquíferos está muito mais em sua localização geográfica, do que na quantidade de água que armazenam. Poços perfurados nestas rochas fornecem poucos metros cúbicos de água por hora.
Os aquíferos cársticos são formados em rochas carbonáticas. Constituem um tipo peculiar de aquífero fraturado, onde as fraturas, devido à dissolução do carbonato pela água, podem produzir aberturas muito grandes, criando, neste caso, verdadeiros rios subterrâneos. É comum em regiões com grutas calcárias, ocorrendo em várias partes do Brasil. (PEDROSA; CAETANO, 2002).
RELAÇÃO SOLO E PLANTAS
O solo é a base para o desenvolvimento de inúmeras espécies de plantas. Suas características físicas, químicas e biológicas são terminantes na colonização de uma ou de outra espécie. Assim, a capacidade de retenção hídrica condicionada muitas vezes pela matéria orgânica, a troca de cátions, a estrutura, a porosidade, os teores sais e minerais dos solos, a densidade, o perfil do solo, a temperatura, a acidez ou alcalinidade facilitam ou impedem plantas e animais (estes notadamente de vida subterrânea) de colonizarem determinadas áreas. (GUERRA; CUNHA, 2000). 
As plantas e o solo vivem em simbiose, isto é, são interdependentes; deve haver, pois, um bom equilíbrio entre o que eles fornecem e o que recebem. Os elementos nutritivos do solo são absorvidos pelas plantas, sendo depois restituídos ao solo, sob a forma de resíduos de planta, para aí serem reciclados.
FATORES DO SOLO RELACIONADOSCOM O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS
De uma forma geral, as plantas dependem de uma série de fatores relacionados às características dos solos para seu desenvolvimento. São essenciais. (KIEHL, 1979; PRIMAVESI, 2002): 
1) As propriedades físicas do solo especialmente sua estrutura.
 2) As propriedades químicas do solo, ou seja, de sua riqueza ou pobreza em nutrientes e fatores tóxicos.
 3) A umidade do solo, influindo tanto nos períodos de seca quanto em excesso de água. 
4) A matéria orgânica do solo. 
5) O clima, incluindo temperaturas e precipitações. 
6) O uso do solo, que influi especialmente pelas técnicas agrícolas empregadas e que compactam ou afrouxam o solo. 
ESTRUTURA DO SOLO E SUA RELAÇÃO COM AS PLANTAS
A estrutura do solo é de grande importância para a vida das plantas. A penetração e distribuição das raízes no solo são variáveis, segundo a estrutura que ele apresenta. Assim, de acordo com o tipo de solo, existem diferentes formas das raízes se distribuírem. Em solos de extrema falta de agregação, as raízes ao encontrar resistência em penetrar no sentido vertical, passam a penetrar na posição horizontal.
 As raízes removem do solo o oxigênio, a água e os nutrientes. Sabe-se da importância dos nutrientes para a subsistência das plantas, mas, se o solo não for bem estruturado, faltarão água, oxigênio e nutrientes, mesmo que estejam em quantidades suficientes, serão inoperantes
ADENSAMENTO DO SOLO E AS PLANTAS
O adensamento do solo e o confinamento das raízes das plantas à camada superficial são comuns em solos agrícolas. O solo adensado oferece um ambiente péssimo para as raízes das plantas que, na impossibilidade de se expandir, pode levar à mortalidade do indivíduo, uma vez que a compactação gera deficiência de água, ar e nutrientes para os mesmos.
Adensamento é a compactação por entupimento dos poros do solo, desfavorecendo o crescimento radicular das plantas.
POROSIDADE DO SOLO E AS PLANTAS
O solo ideal tem sido referido como aquele que apresenta 50% de macroporosidade e 50% de microporosidade. Considerando, porém, que as raízes podem se desenvolver com porosidade de aeração acima de 10% e que o conteúdo de água armazenada deve ser em maior quantidade que a de ar, o solo ideal passa a ser o que apresenta um terço de macroporos para dois terços de microporos. Tais solos garantiriam suficiente aeração, permeabilidade e capacidade de retenção de água; consequentemente, boas colheitas. 
Elementos de nutrição essenciais para as plantas
Os elementos de nutrição essenciais devem estar presentes para as plantas nas formas usáveis e nas concentrações ótimas para o seu crescimento. Para tal, as plantas obtêm esses elementos do ar (mediante fotossíntese), da água do solo ou dos minerais do solo.
O crescimento das plantas poderá ser retardado caso faltem esses elementos no solo, isso porque sua assimilação se processa de forma lenta ou porque não estão adequadamente balanceados em relação aos outros nutrientes. (BRANDY, 1983).
ÁGUA DO SOLO E AS PLANTAS
O efeito primário do adensamento e compactação sobre o crescimento das plantas pode ser associado diretamente com a água disponível. O segundo efeito é a condição do solo criado pelo uso de maquinaria para seu preparo. O terceiro é a falta aguda de oxigênio no solo explorado.
As condições normalmente encontradas, num solo agrícola, são: 
1 Uma crosta superficial que impede a infiltração da água pluvial, provocando seu escorrimento e com isso a erosão. 
2 Uma camada solta logo abaixo, de 6 a 8 cm de espessura. 
3 Abaixo desta encontra-se uma camada adensada cuja espessura oscila entre 6 e 15 cm e com grau de densidade diferente, geralmente constituindo uma barreira de efeito variável à penetração radicular.
MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO E AS PLANTAS
A capacidade da matéria orgânica em adsorver cálcio, magnésio, potássio e outros elementos, evita a lavagem desses nutrientes em solos pobres de argila.
Matéria orgânica são todas as frações que contêm carbono, como húmus, raízes, folhas, galhos, tronco de árvores mortas, excreções de animais, microrganismos etc
Se o papel da matéria orgânica fosse unicamente adicionar nutrientes ao solo especialmente nitrogênio, teria pouca importância, uma vez que a adubação mineral age com maior precisão e eficiência
Conforme Primavesi (2002), que a matéria orgânica fornece:
1 substâncias agregantes do solo; 
2 ácidos orgânicos e álcoois durante sua decomposição, e que servem de fonte de carbono aos microrganismos fixadores de nitrogênio nas plantas;
 3 possibilidade de vida aos microrganismos;
 4 alimento aos organismos ativos na decomposição, produzindo antibióticos que protegem as plantas de ataques; 
5 substâncias intermediárias produzidas durante a decomposição que podem servir para o crescimento das plantas; 
6 aumenta a capacidade de troca catiônica (CTC) quando humificada; 
7 aumenta o poder de tampão (resistência contra modificações bruscas do pH do solo); 
8 fornece substâncias como fenóis que contribuem na respiração e maior absorção do fósforo, além da sanidade das plantas.
COMPORTAMENTO DOS AGROQUÍMICOS NO SOLO
Nos últimos anos, a atenção da população tem sido progressivamente focalizada na poluição ambiental e nos seus efeitos sobre o homem, a flora, a fauna bem como seus ecossistemas. Atualmente, entre os maiores poluentes se enquadram os despejos urbanos (esgotos) e os industriais, em uma gama de diferentes produtos químicos. Contudo, a urbanização e ocupação do solo; as atividades agropastoris, ligadas à agricultura e pecuária; atividades extrativas como a mineração; o armazenamento de produtos e resíduos, principalmente perigosos; acidentes no transporte de cargas como derrame ou vazamento de produtos ou resíduos perigosos; disposição de resíduos sólidos de diversas origens, com destaque para os industriais em termos de significância de poluição entre outros também têm sido a causa da poluição dos solos
CONCEITO E SURGIMENTO DOS AGROTÓXICOS
O conceito de agrotóxico é dado pela Lei no 7.802/89 em seu art. 1º (VI), sendo considerado como produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. 
OS AGROTÓXICOS PODEM SER CLASSIFICADOS EM TRÊS GRUPOS PRINCIPAIS (OPAS/ OMS, 1996):
• Inseticidas: possuem ação de combate a insetos, larvas e formigas. Conforme você pode verificar na Tabela 4, inseticidas pertencem a quatro grupos químicos distintos. 
• Herbicidas: possuem ação de combate às ervas daninhas, indesejáveis na agricultura. Nas últimas duas décadas, esse grupo tem tido uma utilização crescente na agricultura. 
• Fungicidas: possuem ação de combate a fungos.
GRAU DE PERICULOSIDADE/TOXICIDADE E O MEIO AMBIENTE
Para se ter uma noção, a Portaria Normativa no 84/1996 classifica os agrotóxicos quanto ao potencial de periculosidade ambiental baseada nos parâmetros bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico, carcinogênico, obedecendo aos seguintes graus: 
• Classe I - Produto Altamente Perigoso. 
• Classe II - Produto Muito Perigoso. 
• Classe III - Produto Perigoso. 
• Classe IV - Produto Pouco Perigoso
COMPORTAMENTO DE AGROTÓXICOS NO SOLO
Os agrotóxicos são aplicados às folhagens das plantas, à superfície do solo ou incorporados ao próprio solo. Em qualquer uma destas situações, uma elevada proporção dos produtos químicos eventualmente se desloca para o interior do solo, fato que aumenta a importância dos estudos sobre o destino de tais produtos no solo.
Atenção será dada a cinco possíveis destinos dosagrotóxicos, conforme Brandy (1983), após serem adicionados aos solos: 
a) os produtos químicos poderão se vaporizar e se perder na atmosfera, sem nenhuma modificação química;
 b) poderão ser adsorvidos pelos solos; 
c) poderão se mover no sentido descendente do solo, sob forma líquida ou de solução e se perder por lixiviação; 
d) poderão ser submetidos a reações químicas na superfície ou no interior do solo e;
 e) poderão ser desagregados pelos microrganismos. 
RELAÇÃO ENTRE OS AGROTÓXICOS E A MATA CILIAR
As matas ciliares também são conhecidas como florestas fluviais, ripárias, beiradeiras, ripícolas, ribeirinhas ou florestas de galeria (NAIMAN; DÉCAMPS, 1997) que acompanham os cursos d'água. São áreas de preservação permanentes que se destacam como importantes refúgios para a fauna terrestre e aquática, como corredores de fluxo gênico vegetal e animal e, proteção do solo e dos recursos hídricos da bacia hidrográfica. (NAIMAN; DÉCAMPS, 1997; LIMA; ZAKIA, 2000). 
A mata ciliar quase sempre é retirada do terreno para se ampliar o espaço territorial para produção, e para aumentar ainda mais a produção são usados os agrotóxicos na agricultura para controle das doenças, pragas e plantas invasoras nas culturas, sendo eles as principais formas de controle destes vetores. (FILIZOLA; FERRACINI; SANS, 2002).
Saiba como minimizar o impacto ambiental dos agrotóxicos:
- Descarte corretamente as embalagens vazias de agrotóxicos. 
- Utilize a dosagem correta de fertilizantes e agrotóxicos, de acordo com as instruções de um especialista e a embalagem do produto.
 - Cada cultura tem agrotóxicos específicos, não use os de uma planta para outra. 
- Procure usar agrotóxicos naturais sempre que possível para substituir os químicos, pois são menos agressivos ao ambiente.
 - Fertilize o solo com adubo orgânico (esterco) que não causa contaminação.
 - Não manuseie o agrotóxico sem equipamento de proteção. 
- Não aplique produtos próximos à fonte de água, especialmente lagos e rios.
 - Evite pulverizar o produto contra o vento, em dias de vento forte, chuvosos ou de muito calor 
- a evaporação do produto fará com que ele seja precipitado em outro local. 
QUALIDADE AMBIENTAL DO SOLO
Estudar a qualidade do solo é importante para a compreensão do equilíbrio necessário que deve existir entre as condicionantes químicas, físicas e biológicas dos solos. Por meio dessas condicionantes é possível determinar o grau de conservação ou degradação do solo. 
Qualidade do solo envolve, portanto, sustentabilidade, produtividade, sistemas de manejo, conservação, fisica, química, matéria orgânica e microbiologia do solo, produção animal, política, economia, desenvolvimento e crescimento populacional versus saúde e bem estar humano.
CONCEITO DE QUALIDADE DO SOLO
Os conceitos de qualidade do solo mais difundidos são aqueles que ressaltam o seu aspecto funcional, como proposto por Doran e Parkin (1994), que consideraram a qualidade do solo a capacidade deste de funcionar dentro dos limites do ecossistema para sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade ambiental e promover a saúde de plantas e animais. Esta abordagem leva em consideração não apenas o papel do solo na produção agrícola, mas também a sua participação em funções específicas no ecossistema, de que depende a sustentabilidade em longo prazo. 
– FUNÇÕES DO SOLO, ATRIBUTOS E INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO PARA A PRODUÇÃO DE PLANTAS.
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