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eBook Completo - Contabilidade Intermediaria -_TELESAPIENS( VERSÃO DIGITAL) pdf

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gente criando o futuro
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Organizadora Andréia Cuesta
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Organizadora Andréia Cuesta
Contabilidade Interm
ediária
 GRUPO SER EDUCACIONAL 
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Contabilidade Intermediária
eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 1eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 1 09/04/2020 17:13:2609/04/2020 17:13:26
© by Editora Telesapiens
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro 
tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização, por escrito, da Editora Telesapiens.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Bibliotecário responsável: Nelson Oliveira da Silva – CRB 10/854)
C965c Cuesta, Andréia.
Contabilidade intermediária [recurso eletrônico]/ Andréia 
Cuesta. – Recife: Telesapiens, 2019. 
160 p. : pdf
ISBN: 978-85-54921-31-6 
1. Contabilidade I. Título.
CDU 657
eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 2eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 2 09/04/2020 17:13:2609/04/2020 17:13:26
Todos os direitos reservados
2019 by Telesapiens
Contabilidade Intermediária
Fundador e Presidente do Conselho de Administração: 
Janguê Diniz
Diretor-Presidente: 
Jânyo Diniz
Diretor de Inovação e Serviços:
Joaldo Diniz 
Diretoria Executiva de Ensino:
Adriano Azevedo
Diretoria de Ensino a Distância:
Enzo Moreira
Créditos Institucionais
eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 3eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 3 09/04/2020 17:13:2609/04/2020 17:13:26
Olá. Meu nome é Andréia Cuesta. Sou formada em 
Ciências Contábeis, pela Universidade Estadual de Londrina 
- UEL, e em Pedagogia pela Faculdade de Paraíso do Norte 
(FAPAN), especialista em Controladoria e Finanças (PUC/
PR), Logística Empresarial (UNOPAR) e Docência no Ensino 
Superior (UNOPAR). Sou estudante especial do curso de 
Mestrado em Metodologias para o Ensino de Linguagens e 
suas Tecnologias da UNOPAR, com uma experiência técnico-
profissional na área de docência do ensino superior, presencial e 
EAD de mais de 12 anos. Passei por empresas com a Lorenzetti 
S.A, Elevadores Atlas Schindler e a Construtora Plaenge, 
na área Contábil e Fiscal. Hoje integro o quadro docente do 
Grupo Kroton Educacional, ao qual faço parte desde 2008. Sou 
apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso 
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
A AUTORA
ANDRÉIA CUESTA
eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 4eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 4 09/04/2020 17:13:2709/04/2020 17:13:27
ICONOGRÁFICOS
Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem 
significam:
OBJETIVO
Breve descrição do objetivo 
de aprendizagem; +
OBSERVAÇÃO
Uma nota explicativa 
sobre o que acaba de 
ser dito;
CITAÇÃO
Parte retirada de um texto;
RESUMINDO
Uma síntese das 
últimas abordagens;
TESTANDO
Sugestão de práticas ou 
exercícios para fixação do 
conteúdo;
DEFINIÇÃO
Definição de um 
conceito;
IMPORTANTE
O conteúdo em destaque 
precisa ser priorizado;
ACESSE
Links úteis para 
fixação do conteúdo;
DICA
Um atalho para resolver 
algo que foi introduzido no 
conteúdo;
SAIBA MAIS
Informações adicionais 
sobre o conteúdo e 
temas afins;
+++
EXPLICANDO 
DIFERENTE
Um jeito diferente e mais 
simples de explicar o que 
acaba de ser explicado;
SOLUÇÃO
Resolução passo a 
passo de um problema 
ou exercício;
EXEMPLO
Explicação do conteúdo ou 
conceito partindo de um 
caso prático;
CURIOSIDADE
Indicação de curiosidades e 
fatos para reflexão sobre o 
tema em estudo;
PALAVRA DO AUTOR
Uma opinião pessoal e 
particular do autor da obra;
REFLITA
O texto destacado deve 
ser alvo de reflexão.
eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 5eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 5 09/04/2020 17:13:2709/04/2020 17:13:27
SUMÁRIO
UNIDADE 01
Fundamentos Contábeis .......................................................17
Objetivos da contabilidade ......................................................17
Usuários da Contabilidade ...............................................18
Relatórios Contábeis ...............................................................19
Principais Características da Informação Contábil .................24
Elementos Contábeis .......................................................25
Classificação dos Elementos do Balanço Patrimonial ............26
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC .........................30
CPC 03 – Demonstração de Fluxos de Caixa .........................30
Caixa e Equivalentes de Caixa ................................................33
Objetivos da Demonstração dos Fluxos de Caixa ...................34
Benefícios das Informações dos Fluxos de Caixa ...................35
Classificação dos Elementos do Fluxo de Caixa .....................36
Casos Especiais ...............................................................38
Parâmetros Gerais do demonstrativo de Fluxos de Caixa ......41
Formas de Apresentação da DFC ........................................45
DFC versus DOAR .................................................................45
Métodos de Divulgação da DFC .............................................46
Modelo de Fluxo de Caixa – método direto ........................48
Modelo de Fluxo de Caixa – método indireto ........................50
Exemplo Prático ......................................................................51
eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 6eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 6 09/04/2020 17:13:2709/04/2020 17:13:27
Contabilidade Intermediária 7
UNIDADE 02
Conhecendo o CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado 
(DVA) ......................................................................................60
Conceito e Objetivo ................................................................60
Vantagens da Apresentação da DVA .......................................63
Preparando a DVA ...................................................................63
Construindo a DVA ...............................................................66
Composição Dos itens da DVA ...............................................66
Cálculo do Valor Agregado .............................................66
A forma da distribuição do valor agregado .....................67
Modelo geral de DVA ............................................................68
Instruções de preenchimento ...................................................70
O Balanço Social ...................................................................79
Conceito e Objetivo ................................................................80
Fontes de informações e indicadores do Balanço Social ........85
Tipos de Indicadores .......................................................86
Modelo Balanço Social ...........................................................88
UNIDADE 03
Conhecendo a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido (DMPL)..................................................................100
Conceito, Objetivo e Obrigatoriedade ..................................101
Forma de Apresentação da DMPL ........................................104
Caso Prático ..........................................................................108Conhecendo a Demonstração do Lucro ou Prejuízo 
Acumulado (DLPA) ............................................................ 112
eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 7eBook Completo para Impressao - Contabilidade Intermediaria - Aberto.indd 7 09/04/2020 17:13:2709/04/2020 17:13:27
Contabilidade Intermediária8
Conceito, Objetivo e Obrigatoriedade .................................. 112
Forma de Apresentação da DLPA ......................................... 114
Modelo geral da DMPL e DLPA ........................................ 115
Exemplos .............................................................................. 116
Passo a passo das Demonstrações ......................................... 119
UNIDADE 04
Reorganização Societária ...................................................128
Sociedade Anônima ..............................................................128
Tipos de Sociedade Anônima ........................................130
Sociedade Limitada ...............................................................130
Diferenças entre S.A e LTDA. ..............................................131
Fragmentação das Sociedades ...............................................132
Liquidação Societária ............................................................134
Reorganização Societária ......................................................138
Cisão, Fusão e Incorporação ..............................................142
Cisão .....................................................................................142
Fusão .....................................................................................145
Incorporação .........................................................................145
Aspectos Legais ..................................................................147
Movimentação do Período e Saldos Ajustados .................154
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Contabilidade Intermediária 9
UNIDADE
01
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Contabilidade Intermediária10
Você sabia que a Contabilidade é um dos instrumentos mais 
importantes para o gestor das organizações empresariais, pois ela 
fornece dados de forma organizada e de fácil entendimento, para 
que as decisões sejam tomadas de forma correta e rápida? Você 
deve ter notado as diversas modificações que a contabilidade 
brasileira vem sofrendo. O primeiro motivo para estas mudanças 
é a revolução tecnológica, responsável pela utilização em larga 
escala dos ERPs (Enterprise Resource Planning ou Planejamento 
dos Recursos da Empresa), que são sistemas integrados de 
gestão e cuidam das atividades diárias de uma empresa, desde 
a aquisição dos estoques, até a emissão das Demonstrações 
Contábeis de apresentação obrigatória. Não importa o tamanho 
da empresa, seja ela pequena, média ou grande, estará sujeita a 
apresentar informações ao Fisco, que atualmente é feita de forma 
eletrônica (on-line), nos âmbitos municipal, estadual e federal. 
O segundo motivo para as mudanças advém da necessidade 
de adequar-se às Normas Internacionais de Contabilidade - 
IFRS (International Financial Reporting Standards), que é 
um conjunto de Pronunciamentos Contábeis internacionais, 
publicados e revisados pelo IASB (International Accounting 
standards Board). Essa parametrização das normas contábeis 
surgiu pela necessidade de as organizações internacionais 
falarem a mesma língua, facilitando o entendimento. No 
Brasil, essas normas estão sendo adaptadas pelo Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC) e são regidas pela Lei 11.638 
de 28 de dezembro de 2007. Além de fornecer informações ao 
Fisco, a Contabilidade também fornece informações a outros 
interessados, tais como bancos, sócios, acionistas, fornecedores, 
clientes e colaboradores, daí a necessidade de apresentar 
informações de fácil entendimento para especialistas ou leigos. 
Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(2014), de cada dez empresas que são abertas no Brasil, seis 
INTRODUÇÃO
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Contabilidade Intermediária 11
não sobrevivem após 5 anos de atividade. Isso mesmo. Mais 
da metade das empresas fecham as portas antes de completar 5 
anos! E em grande parte, o fracasso vem da má administração 
dos recursos. Entendeu a importância da contabilidade? Ao 
longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo, e 
compreender melhor essa ferramenta maravilhosa!
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Contabilidade Intermediária12
1
2
3
4
Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 1. Nesta 
unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das 
seguintes competências profissionais: 
OBJETIVOS
Recapitular e consolidar tópicos importantes de 
Contabilidade Geral;
Conhecer o CPC 03 e os conceitos de Demonstração 
dos Fluxos de Caixa e Equivalentes de Caixa;
Verificar os aspectos legais da DFC (Demonstração 
do Fluxo de Caixa), seus objetivos, alcance e 
transações que a integram;
Identificar as principais diferenças entre DFC 
(Demonstração do Fluxo de Caixa) e DOAR 
(Demonstração das Origens e Aplicações de 
Recursos).
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Contabilidade Intermediária 13
Fundamentos Contábeis
Objetivos da contabilidade
Após os processos de convergência que o Brasil vem 
adotando desde a promulgação das Leis nº 11.638/2007 e nº 
11.941/2009, permitiram as mudanças nas normas contábeis 
brasileira em direção às IFRS, e foram implantadas em 2010 
para todas a empresas. As demonstrações financeiras elaboradas 
nesse novo molde apresentam melhores condições para a tomada 
de decisão. Dessa forma, o Pronunciamento Conceitual Básico 
(R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil-financeiro estabelece como objetivo da 
contabilidade:
OB2. O objetivo do relatório contábil-financeiro de 
propósito geral é fornecer informações contábil-
financeiras acerca da entidade que reporta essa 
informação (reporting entity) que sejam úteis a 
investidores existentes e em potencial, a credores 
por empréstimos e a outros credores, quando da 
tomada de decisão ligada ao fornecimento de 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você terá recapitulado os fundamentos 
da contabilidade aprendidos em unidades anteriores. É 
fundamental resgatar esses conhecimentos para dar continuidade 
aos estudos, e também para o exercício de sua profissão. Estudar 
contabilidade é um processo cumulativo de aprendizado. E 
então? Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!
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Contabilidade Intermediária14
recursos para a entidade. Essas decisões envolvem 
comprar, vender ou manter participações em 
instrumentos patrimoniais e em instrumentos de 
dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos 
ou outras formas de crédito.
Na sequência, o Pronunciamento estabelece quais os tipos 
de informações que acontabilidade deve fornecer:
OB12. Relatórios contábil-financeiros de 
propósito geral fornecem informação acerca da 
posição patrimonial e financeira da entidade que 
reporta a informação, a qual representa informação 
sobre os recursos econômicos da entidade e 
reivindicações contra a entidade que reporta 
a informação. Relatórios contábil-financeiros 
também fornecem informação sobre os efeitos 
de transações e outros eventos que alteram os 
recursos econômicos da entidade que reporta a 
informação e reivindicações contra ela. Ambos os 
tipos de informação fornecem dados de entrada 
úteis para decisões ligadas ao fornecimento de 
recursos para a entidade. 
Usuários da Contabilidade
A contabilidade fornece informações a diversos usuários, 
tais como fornecedores, clientes, bancos, investidores, acionistas, 
colaboradores e o público em geral. Alguns usuários internos 
ou externos das informações contábeis podem necessitar de 
informações específicas, porém existe orientação relacionada 
apenas às informações básicas que atendam ao maior número 
de usuários. Acerca dessas informações, o Pronunciamento 
Conceitual Básico (R1) orienta:
OB6. Entretanto, relatórios contábil-financeiros de 
propósito geral não atendem e não podem atender a 
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Contabilidade Intermediária 15
todas as informações de que investidores, credores 
por empréstimo e outros credores, existentes e em 
potencial, necessitam. Esses usuários precisam 
considerar informação pertinente de outras fontes, 
como, por exemplo, condições econômicas gerais 
e expectativas, eventos políticos e clima político, 
e perspectivas e panorama para a indústria e para 
a entidade. 
OB8. Usuários primários individuais têm 
diferentes, e possivelmente conflitantes, desejos 
e necessidades de informação. Este Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, ao levar à frente o 
processo de produção de suas normas, irá procurar 
proporcionar um conjunto de informações que 
atenda às necessidades do número máximo de 
usuários primários. Contudo, a concentração em 
necessidades comuns de informação não impede 
que a entidade que reporta a informação preste 
informações adicionais que sejam mais úteis a um 
subconjunto particular de usuários primários. 
Em outras palavras, a cabe ao usuário das informações, 
utilizar-se dos relatórios básicos gerados pela contabilidade, 
e delas extrair dados conforme a sua necessidade. Porém, o 
Pronunciamento não proíbe que as empresas forneçam dados 
mais específicos espontaneamente, ou por imposição de normas 
de órgãos reguladores externos.
Relatórios Contábeis
A contabilidade utiliza-se de Relatórios produzidos 
por meio de suas informações contabilizadas diariamente. 
Esses relatórios apresentam os dados de forma organizada e 
sistematizada (de acordo com os princípios e as convenções 
contábeis) para que os usuários da contabilidade possam 
compreender a situação real em que a empresa se encontra, sem 
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Contabilidade Intermediária16
necessitar ser expert no assunto. É importante que todos que 
tenham acesso a esses relatórios consigam entender o que está 
sendo demonstrado. O Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) 
– Apresentação das Demonstrações Contábeis – relaciona em 
seu item 10 quais as demonstrações contábeis que devem ser 
apresentadas pelas organizações.
Figura 1 – A importância da informação contábil de qualidade.
 Fonte: pixabay
1. Balanço patrimonial (BP)
Apresenta a posição patrimonial e financeira (qualitativa 
e quantitativa) da entidade em dado momento (demonstração 
estática). O controle dos recursos econômicos efetuado pela 
apresentação o BP fornece informações comparadas, que 
possibilitam prever a capacidade de gerar caixa no futuro, 
necessidades de financiamentos, e também de que forma os 
lucros futuros serão distribuídos ou reinvestidos. Pelo BP a 
empresa terá informações sobre liquidez e a solvência e prever a 
capacidade de honrar os compromissos.
Embasamento legal: o artigo 176 da Lei 6.404/76 e 
alterações Lei 11.638/2007.
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Contabilidade Intermediária 17
2. Demonstração do resultado do exercício (DRE)
Evidencia as operações efetuadas pela empresa durante 
um período de tempo (demonstração dinâmica), durante um 
exercício social, durante um mês, durante uma quinzena, etc., 
e detalha a composição do resultado líquido (lucro ou prejuízo) 
daquele período. A DRE fornece informações referente aos 
fluxos de caixa, e ajuda a avaliar a eficácia com que os recursos 
estão sendo utilizados na empresa, possibilitando mudanças 
benéficas para o negócio.
Embasamento legal: o artigo 176 da Lei 6.404/76 e 
alterações Lei 11.638/2007.
3. Demonstração do resultado abrangente (DRA)
A DRA passou a ser exigida no rol de relatórios contábeis 
obrigatórios por orientação do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC) com o objetivo de aproximar as normas 
brasileiras do padrão internacional. Esse demonstrativo 
evidencia a soma do resultado do período aos demais resultados 
abrangentes.
Embasamento legal: Pronunciamento Técnico CPC 26 
(R1) - Apresentação das demonstrações contábeis.
4. Demonstração das mutações do patrimônio líquido 
(DMPL)
Essa demonstração apresenta uma comparação de todas 
as contas do grupo do Patrimônio Líquido, com as contas do 
mesmo grupo do ano imediatamente anterior, verificando a 
variação e a consistência das movimentações sofridas por seus 
recursos próprios.
Embasamento legal: o artigo 186 da Lei 6.404/76 e 
alterações Lei 11.638/2007.
5. Demonstração dos fluxos de caixa (DFC)
A DFC mostra as alterações ocorridas no caixa e 
equivalentes de caixa (movimentações monetárias) em 
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Contabilidade Intermediária18
determinado período, se comparadas ao período imediatamente 
anterior. Evidencia todas as entradas e saídas de dinheiro da 
organização (operações, investimentos e financiamentos). Essas 
informações são úteis para avaliar futuros investimentos ou 
financiamentos.
Embasamento legal: o artigo 188 da Lei 6.404/76 e 
alterações Lei 11.638/2007.
6. Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
(DLPA)
Evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta 
de lucros ou prejuízos acumulados no grupo do Patrimônio 
Líquido (deverá conter saldos do início do período, ajustes 
dos exercícios anteriores, reversões de reservas, lucro líquido 
do exercício, transferências para reserva, dividendos, parcela 
dos lucros incorporada ao capital e saldo final). É obrigatória a 
apresentação desta demonstração para as empresas obrigatória 
para as sociedades limitadas e outros tipos de empresas, conforme 
a legislação do Imposto de Renda (art. 274 do RIR/99), podendo 
ser substituída pela apresentação da DMPL (artigo 186, § 2º, da 
Lei nº 6.404/1976).
Embasamento legal: o artigo 186 da Lei 6.404/76.
7. E para algumas entidades, a Demonstração do valor 
adicionado (DVA)
Essa demonstração tem o objetivo de apresentar a origem e 
a evolução da riqueza produzida pela empresa (receita de vendas 
menos custos dos recursos de terceiros) e sua distribuição durante 
o período analisado, nos elementos de produção, determina a 
parcela de contribuição que a entidade tem na formação do PIB 
(Produto Interno Bruto) do país. Por meio da DVA é possível 
verificar quanto é agregado de valoraos insumos adquiridos de 
terceiro, que são vendidos ou consumidos no período e como 
é distribuído esse valor adicionado entre governo, investidores, 
pessoal e financiadores. A DVA é extraída a partir dos saldos das 
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Contabilidade Intermediária 19
contas de resultado. É obrigatória apenas para as companhias 
abertas, e para outras que a lei exigir.
Embasamento legal: Item 3 da NBC TG 09, aprovada pela 
Resolução CFC n.º 1.138/08 e alterada pela Resolução CFC n.º 
1.162/09.
8. Devem ser apresentadas também, notas explicativas 
com objetivo de fornecer maiores detalhes às demonstrações 
contábeis e financeiras apresentadas. 
Embasamento legal: Art. 176 da Lei 6.404/76 § 5o As 
notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 
2009).
As Notas Explicativas devem ser elementos que facilitem a 
compreensão das demonstrações apresentadas, dando destaque, 
no mínimo: 
a. os principais critérios de avaliação dos elementos 
patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de 
depreciação, amortização e exaustão, de constituição de 
provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para atender às 
perdas prováveis na realização de elementos ativos; 
b. os investimentos em outras sociedades, quando estes 
forem relevantes;
c. o aumento de valor de elementos do ativo resultantes de 
novas avaliações; 
d. os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, 
as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades 
eventuais ou contingentes;
e. a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias 
das obrigações;
f. as opções de compras de ações outorgadas e exercidas 
no exercício; 
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Contabilidade Intermediária20
g. o número, as espécies e as classes das ações de capital 
social; 
h. os ajustes de exercícios anteriores; 
i. eventos subsequentes à data de encerramento do 
exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre 
a situação financeira e sobre os resultados futuros da empresa.
Principais Características da Informação 
Contábil
O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) apresenta, no 
Capítulo 3, quais são as características imprescindíveis para que 
uma informação contábil seja, de fato, útil aos seus usuários:
I. Características qualitativas fundamentais: relevância 
(será relevante se fizer diferença nas decisões tomadas pelo 
usuário, deve ter valor preditivo ou confirmatório e materialidade) 
e representação fidedigna (será fidedigna se for completa, neutra 
e livre de erros); 
II. Características qualitativas de melhoria fundamentais: 
comparabilidade (se for comparável a informação similar de 
outra entidade), verificabilidade (se observadores diversos 
puderem chegar a um consenso sobre a mesma informação), 
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento - Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis – Pronunciamentos acessível pelo 
link: https://bit.ly/2MYcTdO
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Contabilidade Intermediária 21
tempestividade (se disponibilizada no momento adequado para a 
tomada de decisão) e compreensibilidade (se for clara e concisa).
Elementos Contábeis
a. Conta Contábil é o nome técnico dado a cada um 
dos componentes do Patrimônio da empresa (Bens, Direitos, 
Obrigações e Patrimônio Líquido) ou um dos componentes dos 
grupos de Resultado (Despesas ou Receitas).
b. Plano de Contas é um conjunto de contas que padroniza 
e direciona os registros contábeis, dando a eles uniformidade. 
Cada empresa elabora seu Plano de Contas observando o que 
dita a Lei 6.404/1976. Cada conta deve conter código numérico, 
título, função, natureza contábil.
c. Bens e Direitos são representados no Balanço 
Patrimonial em dois grupos principais: Ativo Circulante e Ativo 
não Circulante (Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, 
Imobilizado e Intangível).
d. Obrigações e Patrimônio Líquido são representados no 
Passivo nos três grupos principais: Passivo Circulante, Passivo 
não Circulante e Patrimônio Líquido (Capital Social, Reservas 
de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de 
Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados).
e. Livros Contábeis são livros utilizados para escrituração 
contábil dos fatos administrativos, e atos administrativos 
relevantes. São obrigatórios: Livro Diário, Livro Razão, Livro 
Registro de Inventário e Livro Registro de Prestação de Serviços.
f. Livros Fiscais são livros exigidos pelo fisco (federal, 
estadual e municipal).
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Contabilidade Intermediária22
Tabela 1: Natureza das Contas Contábeis
Fonte: Lei 6.404/1976, adaptado. 
Classificação dos Elementos do Balanço 
Patrimonial
Todos os elementos que compõem o Balanço Patrimonial 
devem ser apresentados de acordo com os critérios definidos 
na Lei nº 6.404/1976 e alterações posteriores. Esses critérios 
são aplicados a todos os tipos de empresa, e não apenas às 
Sociedades por Ações.
a. ATIVO: Representa os recursos controlados pela 
empresa dos quais se esperam futuros benefícios, as contas 
estão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez (os 
elementos que apresentam maior facilidade de conversão em 
recursos financeiros são os primeiros). 
Ativo circulante são os bens e direitos realizados ou 
utilizados dentro do ciclo operacional da empresa ou no 
período de 12 meses da data do balanço, o que for maior (Lei nº 
6.404/1976). 
Ativo não circulante divide-se em:
 Realizável a longo prazo (Bens e direitos realizáveis após 
12 meses da data do balanço ou em período maior do que o 
Conta 
Contábil
Natureza Aumento Diminuição
Ativo Devedora D C
Passivo Credora C D
Despesa Devedora D C
Receita Credora C D
Patrimônio 
Líquido
Credora C D
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Contabilidade Intermediária 23
ciclo operacional da empresa ou Bens e direitos oriundos de 
negócios não operacionais realizados com empresas coligadas 
ou controladas, acionistas e diretores);
 � Investimentos (participações permanentes em outras 
sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis 
no ativo circulante e no realizável a longo prazo, e que não 
destinados à manutenção da atividade da companhia);
 � Imobilizado (bens corpóreos utilizados para a atividades 
da empresa ou com essa finalidade, inclusive os benefícios, 
riscos e controle desses bens.
 � Intangível (bens incorpóreos destinados à manutenção 
da companhia ou exercidos com essa finalidade).
Embasamento Legal: O Pronunciamento Conceitual 
Básico (R1) item 4.4.
b. PASSIVO: E o conjunto das obrigações da entidade, 
derivadas de eventos ocorridos no passado, as contas estão 
dispostas em ordem decrescente de exigibilidade. São contas 
originadas de recursos de terceiros, e tem sua classificação 
dentro do Plano de Contas da empresa, tendo como base os 
seus vencimentos, ou seja, primeiro aparecem as que têm de ser 
liquidadas mais rapidamente.
Passivo circulante são obrigações da entidade cujos 
vencimentos estão no período de 12 meses contados da data do 
balanço ou dentro do ciclo operacional.
Passivo não circulante são obrigações da entidade que são 
exigíveisapós 12 meses, ou em período que seja maior que o 
período do ciclo operacional da empresa.
Patrimônio líquido também denominado Capital de 
Terceiros, pode ser entendido como um passivo não exigível 
imediatamente, sendo composto pelos recursos dos proprietários, 
ou seja, capital próprio. Esse grupo é composto pelas contas 
Capital Social, Reservas, Ajustes de avaliação patrimonial, 
Ações em Tesouraria, e Prejuízo Acumulado. 
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Contabilidade Intermediária24
Embasamento Legal: O Pronunciamento Conceitual 
Básico (R1) item 4.4.
Tabela 2: Balanço Patrimonial
Fonte: Lei 6.404/1976, adaptado. 
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Demonstrações 
Contábeis: Adequação às novas Normas Contábeis. (CRCRS, 
s.d.), acessível pelo link: https://bit.ly/31WgYmQ.
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Contabilidade Intermediária 25
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Relembrou mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
lembrou dos conteúdos que resgatamos neste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você reviu os Objetivos da 
Contabilidade, quais são seus principais usuários e aprendeu 
sobre o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura 
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil 
que direciona os trabalhos contábeis quanto à estrutura e a 
forma de divulgação dos Relatórios Contábeis, de acordo com 
as Normas Internacionais de Contabilidade. Você lembrou 
quais são os principais Relatórios Contábeis, seus elementos 
e a sua obrigatoriedade. Pudemos rever também, quais são as 
Características da Informação Contábil e sobre a importância de 
apresentar dados relevantes. Nova viagem a nossa memória nos 
levou através dos Elementos Contábeis e as suas Classificações 
dentro do Balanço Patrimonial. Parece muita informação, não é? 
Mas temos muito mais pela frente! Vamos lá? Vamos ao próximo 
capítulo?
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Contabilidade Intermediária26
Demonstração dos Fluxos de Caixa – 
DFC
CPC 03 – Demonstração de Fluxos de 
Caixa
A DFC é uma demonstração dinâmica que evidencia a 
geração de caixa, verificando a qual grupo de classificação 
(investimentos, financiamento ou operacional) ela se originou e, 
de que forma foram utilizados os recursos originados. O objetivo 
fundamental é destacar o resultado financeiro em determinado 
período. 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender e 
elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa. Você estará apto 
a diferenciar elementos de Caixa e de Equivalentes de Caixa. É 
fundamental que você conheça o CPC 03 – DEMONSTRAÇÃO 
DOS FLUXOS DE CAIXA, que regula esta demonstração 
imprescindível para acompanhar o resultado financeiro das 
empresas e auxiliar no controle de gastos desnecessários 
ou eventuais desperdícios. A DFC veio a substituir a antiga 
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos - DOAR, 
cuja apresentação não é mais obrigatória desde 01 de janeiro 
de 2008. Dessa forma é possível manter a saúde econômico-
financeira da entidade. E então? Está curioso para saber 
mais sobre essa ferramenta tão importante? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Venha comigo!
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Contabilidade Intermediária 27
Apesar de dinâmica, a DFC demonstra os fatos 
administrativos que abrangem os fluxos de dinheiro que 
ocorreram durante determinado tempo, de forma sintética e que 
estejam devidamente registrados: as entradas de dinheiro serão 
registradas a debito, e as saídas de dinheiro serão registradas a 
crédito, da conta Caixa.
A importância deste demonstrativo está na necessidade 
de os gestores entenderem a geração do resultado financeiro 
da companhia, visto que, nem sempre lucro financeiro e lucro 
contábil são coincidentes no final do período após apurados, pois 
no processo de apuração do resultado contábil, são considerados 
também, fatos econômicos, além dos fatos financeiros. Essa 
divergência entre resultado econômico e resultado financeiro 
se dá, por exemplo, em caso de fatos acontecidos no final de 
um período, e cujo recebimento se dará no decorrer do período 
financeiro seguinte. Nesse caso, o regime de competência 
obriga a contabilidade a reconhecer a receita no período em 
que se originou o fato, mas financeiramente falando, ele só será 
reconhecido quando houver o ingresso de dinheiro.
REFLITA
Supondo que a empresa Vem Que Tem realizou uma venda em 
dezembro de 2018, no valor de R$ 200 milhões. O pagamento 
deverá se feito da seguinte forma: 50% 2019 e 50% 2020. 
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Contabilidade Intermediária28
O lançamento contábil do reconhecimento dessa venda 
seria em dezembro 2018:
Débito: Clientes (não circulante)
Crédito: Receita com vendas ........................200 milhões.
Agindo desta forma, a Vem Que Tem está aumentando seu 
lucro contábil em 200 milhões. Financeiramente, no entanto, não 
haveria nenhum lançamento, pois o recebimento dessas vendas 
se dará apenas nos períodos financeiros seguintes. Então, para a 
visão financeira, o lucro será zero. A visão financeira fornecida 
ao usuário é estática e não transmite a ideia da variação do caixa 
e dos equivalentes de caixa, trazendo assim uma divergência 
entre lucro contábil e lucro financeiro.
Com a utilização da DFC, será possível para o usuário da 
informação, enxergar essa movimentação financeira, e entender 
o porquê da divergência nos lucros.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, no 
ano de 2008, emitiu o pronunciamento técnico CPC 03, com 
o objetivo de inserir na legislação brasileira o equivalente 
à norma internacional IAS 7 (Statement of Cash Flows), que 
trata da apresentação dos Fluxos de Caixa. Em 2010, esse 
pronunciamento foi revisado por duas vezes dando origem ao 
CPC 03 (R2), e que resultou na Resolução CFC – Conselho 
Federal de Contabilidade nº 1.296 de 17 de setembro de 2010 
– NBC TG 03 e na Deliberação CVM – Comissão de Valores 
Mobiliários nº 641 de 07 de outubro de 2010. 
Companhias de capital fechado cujo Patrimônio Líquido 
seja inferior a R$ 2 milhões estão desobrigadas de elaborar e 
apresentar a DFC, em conformidade com a Lei das Sociedades 
por Ações (Lei nº 6.404/1976).
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Contabilidade Intermediária 29
Caixa e Equivalentes de Caixa
Os Equivalentes de Caixa, segundo a NBC TG 03, devem 
ser mantidos na empresa, especificamente, com o objetivo 
de atender aos compromissos de curto prazo, e não para 
investimentos ou outros fins.
As Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais se 
estruturam conforme segue:
I. Geral - NBC PG - são as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicadas indistintamente a todos os profissionais 
de Contabilidade;
DEFINIÇÃO
Segundo o item 6 do NBC TG 03, aprovada pela Resolução 
CFC n. 1296/2010, Caixa são os numerários em espécie e os 
depósitos bancários que estiverem disponíveis. Em outras 
palavras,corresponde à soma do Caixa propriamente dito 
(recursos mantidos na tesouraria da empresa), assim como 
os depósitos bancários em conta corrente (Bancos Conta 
Movimento). Como Equivalentes de Caixa devemos considerar 
as aplicações financeiras de curto prazo (com vencimento de até 
três meses a contar da data da aquisição), de liquidez imediata 
e facilmente transformados em dinheiro em espécie, sem que 
sofram modificações consideráveis em seu valor original. 
Tanto Caixa, quanto Equivalentes de Caixa integram o grupo 
das Disponibilidades no Ativo Circulante, dentro do Balanço 
Patrimonial.
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Contabilidade Intermediária30
II. Do Auditor Independente - NBC PA - são as Normas 
Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos 
contadores que atuam como auditores independentes;
III. Do Auditor Interno - NBC PI - são as Normas Brasileiras 
de Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que 
atuam como auditores internos;
IV. Do Perito - NBC PP - são as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que 
atuam como peritos contábeis.
NBC TG - são as Normas Brasileiras de Contabilidade 
convergentes com as normas internacionais emitidas pelo 
International Accounting Standards Board (Iasb) e compreendem 
as normas editadas pelo CFC a partir dos documentos emitidos 
pelo CPC que estão convergentes com as normas do Iasb, 
numeradas de 00 a 999.
Objetivos da Demonstração dos Fluxos de 
Caixa
A DFC tem como objetivo básico disponibilizar as 
informações de forma clara, acerca das entradas e saídas de 
numerários, considerando um determinado período de tempo. 
Essas informações associadas às disponibilizadas por outros 
demonstrativos, são capazes de direcionar e balizar as ações 
tomadas pelos seus usuários (administradores, investidores, 
credores e outros). Por meio da DFC é possível avaliar a geração 
de caixa destinada ao pagamento de obrigações (despesas 
correntes), dividendos, lucros e outras despesas diárias. Também é 
possível identificar necessidades de financiamentos, compreender 
divergências entre o fluxo de caixa líquido das operações e o 
resultado financeiro, com o que foi projetado. Ao estudar e analisar 
esse demonstrativo, o administrador será capaz de elaborar um 
planejamento eficaz e adequado às suas necessidades, evitando a 
falta de recursos em determinado momento. 
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Contabilidade Intermediária 31
É pelo conhecimento do que ocorreu no passado, que o 
gestor é capaz de fazer uma projeção assertiva do fluxo de caixa 
para o futuro. E, por meio de comparação, após os períodos 
acontecidos, entre o projetado (orçado) e o ocorrido de fato, 
poderá aperfeiçoar futuras projeções e diminuir as margens de 
erro.
Benefícios das Informações dos Fluxos de 
Caixa
A DFC quando apresentada em conjunto com as demais 
demonstrações contábeis, proporciona informações que 
possibilitam aos usuários a avaliar as mudanças ocorridas nos 
ativos líquidos, estrutura financeira (liquidez e solvência), 
capacidade de alterar valores e prazos adaptando-os às mudanças, 
conforme a oportunidade e as circunstâncias. Em outras palavras, 
dão aos usuários uma visão global da capacidade da empresa 
em gerar recursos, desenvolver modelos comparativos entre 
períodos, e apontar alterações a serem feitas para o futuro.
Figura 2 – Fluxos de Caixa e Equivalentes de Caixa
 
Fonte: Andréia Cuesta, 2019
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Contabilidade Intermediária32
Classificação dos Elementos do Fluxo de 
Caixa
O NBC TG 03 em consonância com o Artigo 188, inciso 
I da Lei n° 6.404/76, orienta que, as transações relativas às 
entradas e as saídas de caixa sejam segregadas em 3 grupos 
demonstrados a seguir:
a. Atividades Operacionais: constituídas pelas entradas e 
saídas em dinheiro, ou equivalentes relacionadas às atividades de 
produção e vendados bens e serviços produzidos pela entidade. 
São as principais fontes geradoras de receitas;
b. Atividades de Investimentos: decorrentes das compras 
e vendas de ativo financeiros de curto prazo, e de bens e direitos 
que tenham caráter permanente na sociedade;
c. Atividades de financiamentos: resultantes da mudança 
na composição e no tamanho do capital próprio e capital de 
terceiros na entidade.
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Contabilidade Intermediária 33
Figura 3 – Grupos dos elementos do Fluxo de Caixa
 
Fonte: Andréia Cuesta, 2019
É importante enfatizar que cuidados especiais precisam 
ser tomados no momento da classificação das transações em 
seus respectivos grupos de atividades. Alguns pagamentos ou 
recebimentos de caixa podem ter particularidades que a enquadre 
em mais de um dos grupos do Fluxo de Caixa. Alguns cuidados 
devem ser tomados, como indica o CPC 03 (R2):
“a. recebimentos de caixa e pagamentos em caixa em favor 
ou em nome de clientes, quando os fluxos de caixa refletirem 
mais as atividades dos clientes do que as da própria entidade.
Exemplos:(I) movimentação (depósitos e saques) em 
contas de depósitos à vista de banco; (II) recursos mantidos para 
clientes por entidade de investimento; e (III) aluguéis cobrados 
em nome de terceiros e pagos inteiramente aos proprietários dos 
imóveis. (CPC 03 (R2), item 23.)
Atividades 
Operacionais
Atividades de 
Investimento
Atividades de 
financiamento
 As aquisições 
ou vendas de 
participações em 
outras empresas;
 Ativos utilizados 
na produção de bens 
ou na prestação de 
serviços do objeto 
social;
 Debêntures 
ou outros títulos 
emitidas por outras 
sociedades;
 Bens e direitos do 
Ativo Imobilizado e 
do Ativo Intangível.
 Captação de 
recursos dos 
acionistas ou cotistas;
 Retorno em 
forma de lucros ou 
dividendos;
 Captação de 
empréstimos ou 
outros recursos;
 Amortização e 
remuneração de 
empréstimos.
 Recebimentos de 
vendas ou serviços;
 Pagamentos 
de compras, 
fornecedores de 
serviços;
 Pagamento de 
despesas (energia 
elétrica, salários, 
aluguéis etc.);
 Recebimento 
de outras receitas 
(royalties, aluguéis, 
juros, etc.)
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Contabilidade Intermediária34
b. recebimentos de caixa e pagamentos em caixa referentes 
a itens cujo giro seja rápido, os montantes sejam expressivos e 
os vencimentos sejam de curto prazo. (CPC 03 (R2), item 22.) 
Exemplos: (I) pagamentos e recebimentos relativos 
a cartões de crédito de clientes; (II) compra e venda de 
investimentos; e (III) outros empréstimos tomados a curto prazo, 
como, por exemplo, os que têm vencimento em três meses ou 
menos, contados a partir da respectiva contratação. (CPC 03 
(R2), item 23A.)”
Dessa forma, os desembolsos que forem efetuados para 
pagamentos de fornecedores que decorram de financiamentos 
para bens destinados à produção ou à venda serão classificados 
como atividades operacionais. Desembolsos a fornecedores 
originários de aquisições de bens do Ativo não Circulante, serão 
classificados como Atividades de Investimento. Desembolsos 
para pagamentos relacionados a empréstimos para expansão do 
negócio serão classificados como Atividades de Financiamento.
Casos Especiais
a. Juros
O IASBInternational Accounting Standards Board (quadro 
internacional de Normas Contábeis, entidade sem fins lucrativos 
que publica e atualiza normas internacionais) orienta que, os 
juros pagos que serão contabilizados juntamente ao valor de um 
ativo, sejam classificados no mesmo grupo no qual o ativo ao foi 
classificado. Então, quando os juros pagos forem capitalizados 
como parte do custo do imobilizado ou do intangível, deverão 
ser classificados no grupo das Atividades de investimentos, e 
quando capitalizados como parte do custo dos Estoques, deverão 
ser contabilizados como Atividades Operacionais.
b. Dividendos
Para as Instituições Financeiras, dividendos e os juros sobre 
o capital próprio recebidos devem ser classificados como fluxos 
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Contabilidade Intermediária 35
de caixa operacionais. Para as outras entidades, devem seguir 
o padrão dos juros: dividendos e juros sobre o capital próprio 
recebidos - classificar como fluxos de caixa das atividades 
operacionais; dividendos e juros sobre o capital próprio pagos: 
classificar como fluxos das atividades de financiamento.
O Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) determina que, 
se as classificações acima não forem seguidas, a empresa deve 
divulgar nota explicativa, evidenciando o critério utilizado.
c. Investimento em coligadas, controlados ou 
empreendimento controlado em conjunto
Empreendimentos que mantenham o critério contábil 
baseado no método da equivalência patrimonial ou no método 
de custo, a empresa investidora deverá apresentar apenas 
os Fluxos de Caixa entre ela e a entidade da qual participe. 
Quando a apresentação dos Fluxos de Caixa for efetuada em 
conjunto (controladas ou coligadas) e que utilizem o método 
da equivalência patrimonial, a empresa ao apresentar os 
Fluxos de Caixa deve incluir os fluxos que referenciem suas 
atividades de seus investimentos, e a distribuições de lucros, 
outros pagamentos e/ou recebimentos entre a entidade e o 
empreendimento controlado em conjunto.
d. Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social sobre 
Lucro Líquido (CSLL)
Esses itens devem ser divulgados separadamente. Caso 
possível identificar se são impostos referentes a atividades de 
financiamentos ou investimentos, divulgar nesses grupos. Do 
contrário, devem ser divulgadas separadamente, mas como fluxo 
das atividades operacionais.
e. Participações em controladas e em outros negócios que 
sofrerem alterações
Quando houverem perdas ou obtenção de controle em 
controladas e em outros negócios, essas movimentações devem 
ser apresentadas separadamente, e classificadas como atividades 
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Contabilidade Intermediária36
de investimento. Deve-se divulgar também, conforme item 40 
do CPC 03 (R2): (a) o montante total pago para obtenção do 
controle ou o montante total recebido na perda do controle; (b) a 
parcela do montante total de compra paga ou de venda recebida 
em caixa e em equivalentes de caixa; (c) o montante de caixa 
e equivalentes de caixa de controladas ou de outros negócios 
sobre o qual o controle foi obtido ou perdido; e (d) o montante 
dos ativos e passivos, exceto caixa e equivalentes de caixa, das 
controladas e de outros negócios sobre o qual o controle foi 
obtido ou perdido, resumido pelas principais classificações.
A entidade de investimento deverá divulgar, conforme 
exigência do CPC 36 – Demonstrações Consolidadas, em linhas 
especificas da demonstração, os seguintes itens: os efeitos dos 
fluxos de caixa resultantes da obtenção ou perda de controle de 
controladas ou de outros negócios; os montantes dos ativos e 
passivos adquiridos ou alienados. Desta forma, será possível 
identificar os fluxos de caixa dos fluxos provenientes de outras 
atividades.
f. As transações que não afetem os Fluxos de Caixa (caixa 
e equivalentes de caixa) 
Essas movimentações que não afetem os Fluxos de Caixa 
devem ser excluídas do demonstrativo, mas divulgadas por meio 
de nota explicativas, conforme item 44 do CPC 03 (R2). São 
elas: (a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta 
do passivo respectivo, quer seja por meio de arrendamento 
financeiro; (b) a aquisição de entidade por meio de emissão 
de instrumentos patrimoniais; e (c) a conversão de dívida em 
instrumentos patrimoniais. 
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Contabilidade Intermediária 37
Parâmetros Gerais do demonstrativo de 
Fluxos de Caixa
A Lei 6.404/76, quando versa sobre a Demonstração 
dos Fluxos de Caixa, não definiu um modelo fixo que devesse 
ser seguido por todas as empresas que estivessem obrigadas a 
apresentá-la. 
Entretanto, em seu artigo 188, inciso I, estabelece como 
informações imprescindíveis a serem indicadas quando da 
sua elaboração as alterações ocorridas, durante o exercício 
analisado, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, separando 
essas alterações em três fluxos: 
1. das operações;
2. dos financiamentos; 
3. e dos investimentos.
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V 
do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação 
dada pela Lei no 11.638, de 2007) I – demonstração dos fluxos 
de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo 
de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações 
em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei no 
11.638, de 2007) a) das operações; (Redação dada pela Lei no 
11.638, de 2007) b) dos financiamentos; e (Redação dada pela 
Lei no 11.638, de 2007) c) dos investimentos; (Redação dada 
pela Lei no 11.638, de 2007)
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Contabilidade Intermediária38
Quadro 1– Entradas e Saídas dos Fluxos de Caixa
 
 
Fonte: RIOS & MARION, 2019. Adaptado
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Contabilidade Intermediária 39
Quadro 2– Ajustes dos itens dos Fluxos de Caixa
*Obs.: Não fazem parte da despesa total, por não afetarem 
o caixa: Baixa ou doação de valores do ativo (ver item 4 deste 
Quadro) Resultado da equivalência patrimonial (ver item 4 deste 
Quadro) Variações monetárias de financiamentos (ver item 5 
deste Quadro)
1. RECEBIMENTO DE VENDAS
2. PAGAMENTO DE COMPRAS (empresa mercantil)
3. PAGAMENTO DE DESPESAS
4. COMPRA/VENDA DE VALORES DO ATIVO NÃO 
CIRCULANTE
Faturamento global (demonstração do resultado)
(+/–) Variação do débito de clientes (ativo circulante)
Custo da receita líquida (demonstração do resultado)
(+/–) Variação dos estoques (ativo circulante)
(=) Compras
(+/–) Variação do crédito de fornecedores (passivo circulante)
Despesas totais* (na demonstração do resultado → itens 
que possam representar saídas de caixa, inclusive imposto 
de renda e contribuição social)
(+) Variação de despesas antecipadas
(–) Provisões retificativas do ativo (quando incluídas nas 
despesas totais)
(+/–) Variações de despesas a pagar (passivo circulante → 
inclusive das provisões para imposto de renda e contribuição 
social)
Variação da conta representativa do valor (ativo não 
circulante)
(+) Valor contábil do bem baixado ou doado (demonstração do 
resultado)
(–) Valor contábil do lucro na venda (demonstração do 
resultado)
(+) Valor contábil do prejuízo na venda (demonstração do 
resultado)
(–) Resultadoda equivalência patrimonial (demonstração do 
resultado)
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Contabilidade Intermediária40
Fonte: RIOS & MARION, 2019. Adaptado.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Compreendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
absorveu os conteúdos trabalhados neste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você estudou os conceitos dispostos 
no CPC 03 (R2) sobre a DFC, aprendeu os conceitos de Caixa 
e Equivalentes de Caixa, verificou quais os objetivos da DFC, 
e os benefícios de divulgar essa demonstração. Você verificou 
como são classificados os elementos do Fluxo de Caixa, qual 
o tratamento a ser aplicado aos casos especiais. Pudemos ver 
também, quais são os parâmetros gerais do demonstrativo dos 
fluxos de caixa. Quanta informação estudamos nesse capítulo, 
não é mesmo? Prepare-se, pois estamos ainda engatinhando. 
Mas temos muito mais pela frente! Vamos lá? Vamos ao próximo 
capítulo, aprender como elaborar um ótimo Fluxo de Caixa, 
trazendo assim, informações gerenciais importantes para sua 
empresa?
5. FINANCIAMENTOS (passíveis de correção cambial ou 
monetária)
6. DEPRECIAÇÃO (em caso de baixa ou doação de bem 
depreciado)
Variação da conta representativa da dívida (passivo 
exigível)
(+) Variação redutora da dívida (receita → demonstração do 
resultado)
(–) Variação aumentativa da dívida (despesa → demonstração 
do resultado)
Variação da conta Depreciação acumulada (ativo 
imobilizado)
(+) Depreciação relativa ao bem doado ou baixado
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Contabilidade Intermediária 41
Formas de Apresentação da DFC
DFC versus DOAR
Antes de vermos os tipos de métodos de apresentação 
da Demonstração dos Fluxos de Caixa, é necessário fazer uma 
observação acerca da DOAR - Demonstração das Origens e 
Aplicações de Recursos. Esta demonstração era exigida pela 
Lei Societária até 32/12/2007. Quando a DFC passou a ser 
obrigatória, a DOAR deixou de ser. 
Várias empresas publicavam ambas as demonstrações, 
seja para adequar-se às normas internacionais, ou apenas para 
complementar a informação. Embora não seja mais obrigatória 
a apresentação da DOAR, a empresa que deseje minuciar as 
informações das origens e aplicações de recursos de longo prazo, 
podem fazê-lo. 
A DOAR evidencia alterações sofridas no Capital 
Circulante Líquido (incluindo contas como duplicatas a receber, 
Ao término deste capítulo você será capaz de diferenciar 
as diferenças básicas entre a DOAR e a DFC. Vai descobrir 
as diferenças entre o método direto e o método indireto de 
apresentação da DFC, as exigências, permissões e proibições 
na apresentação dos demonstrativos, segundo a legislação 
brasileira. Será capaz de construir para apresentação, esta 
importante ferramenta de gestão que estudamos nesta unidade 
do seu livro! E então? Está pronto para mais este degrau no seu 
conhecimento? Então vamos lá. Avante!
OBJETIVO
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Contabilidade Intermediária42
estoques, despesas antecipadas etc.) o que não representa, 
exatamente liquidez. Por outro lado, com a apresentação fluxo de 
caixa realizado na DFC, é possível evidenciar que determinada 
entidade, mesmo apresentando resultados positivos, não possui 
liquidez para saldar seus compromissos assumidos em curto ou 
em médio prazo, analisando as alterações sofridas no disponível 
da sociedade.
Dessa forma, podemos dizer que a DOAR evidencia 
as origens e as aplicações de recursos que alteram o Capital 
Circulante Líquido, e a DFC evidencia as origens e aplicações 
de recursos que alteram o Disponível.
Métodos de Divulgação da DFC
Existem dois métodos para estruturar e apresentar a DFC: 
direto e indireto. Basicamente os dois métodos diferem apenas 
em relação à apresentação dos fluxos de caixas relacionados às 
atividades operacionais, sendo o resultado final idêntico. Nas 
atividades de investimentos e de financiamentos, as formas de 
apresentação são efetuadas da mesma forma, tanto no método 
direto, quanto no método indireto.
Fluxos de caixa das atividades operacionais:
a. Método Direto: as principais classes de recebimentos 
brutos e pagamentos brutos são divulgadas, método baseado 
no regime de caixa, ou seja, considera os pagamentos e 
recebimentos ocorridos no período, sem se preocupar com os 
seus reflexos (anteriores ou posteriores). Consiste em apresentar 
diretamente as entradas e saídas de caixa ou equivalentes de caixa 
(disponíveis) que sejam derivadas das atividades operacionais. 
Este método é permitido no Brasil somente se for apresentado 
juntamente com a conciliação com o Lucro Contábil.
b. Método Indireto: também denominado Método da 
Reconciliação, o lucro líquido ou prejuízo (antes da tributação 
pela CSLL e pelo IR) é ajustado pelos efeitos das transações 
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Contabilidade Intermediária 43
que não envolvem caixa (depreciação, provisões, tributos 
diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado 
de equivalência patrimonial); de quaisquer diferimentos ou 
outras apropriações por competência sobre recebimentos ou 
pagamentos operacionais passados ou futuros; e de itens de 
receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades 
de investimento ou de financiamento.
DFC DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – Conselho 
Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo – CRC-SP. 
Acessível pelo link: https://bit.ly/36rRbqi .
SAIBA MAIS
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Contabilidade Intermediária44
Modelo de Fluxo de Caixa – método 
direto
Tabela 3 – Cia Vem Que Tem – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PELO MÉTODO DIRETO 
– Exercício Findo em: 
Descrição 2018 2017
1. Fluxos de caixa das atividades operacionais
Valores recebidos de clientes
Valores pagos a fornecedores e empregados
Imposto de renda e contribuição social pagos
Pagamentos de contingências
Recebimentos por reembolso de seguros
Recebimentos de lucros e dividendos de 
subsidiárias
Outros recebimentos (pagamentos) líquidos
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas 
(aplicadas nas) atividades operacionais
2. Fluxos de caixa das atividades de 
investimento
(-) Compras de Investimentos
(-) Compras do Imobilizado
(-) Compras do Intangível
(+) Recebimentos por vendas de Investimentos
(+) Recebimentos por vendas do Imobilizado
(+) Recebimento por vendas do Intangível
(+) Recebimento de dividendos
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas 
(aplicadas nas) atividades de investimento
3. Fluxos de caixa das atividades de 
financiamento
(+) Integralização de capital
(+) Empréstimos tomados
(-) Pagamento de dividendos
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Contabilidade Intermediária 45
 
Fonte: Ribeiro, 2018 – Adaptado.
Como vimos, segundo a alínea “a” do item 18 da NBC TG 
03, a apresentação da DFC pelo método direto, no que tangem 
as atividades operacionais, será efetuada pelas principais classes 
de pagamentos e recebimentos brutos. Caso a empresa opte 
por divulgar seus dados pelo método direto, deverá apresentar 
tambémuma conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa 
líquido das atividades operacionais, contendo uma relação dos 
itens a serem conciliados, separadamente por categoria. (Item 
20A da NBC TG 03)
(-) Pagamento de Empréstimos
(-) Disponibilidades líquidas geradas pelas 
(aplicadas nas) atividades de financiamento
4. Aumento (redução) nas disponibilidades 
(1+/-2+/-3)
5. Disponibilidades no início do período
6. Disponibilidades no final do período (4 +/- 
5)
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Contabilidade Intermediária46
Modelo de Fluxo de Caixa – método 
indireto
Tabela 4: Cia Vem Que Tem – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PELO MÉTODO 
INDIRETO | Fonte: Ribeiro, 2018 – Adaptado. – Exercício Findo em: 
 Descrição 2018 2017
1. Fluxos de caixa das atividades operacionais
Valores recebidos de clientes
Valores pagos a fornecedores e empregados
Imposto de renda e contribuição social pagos
Pagamentos de contingências
Recebimentos por reembolso de seguros
Recebimentos de lucros e dividendos de 
subsidiárias
Outros recebimentos (pagamentos) líquidos
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas 
(aplicadas nas) atividades operacionais
2. Fluxos de caixa das atividades de 
investimento
(-) Compras de Investimentos
(-) Compras do Imobilizado
(-) Compras do Intangível
(+) Recebimentos por vendas de Investimentos
(+) Recebimentos por vendas do Imobilizado
(+) Recebimento por vendas do Intangível
(+) Recebimento de dividendos
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas 
(aplicadas nas) atividades de investimento
3. Fluxos de caixa das atividades de 
financiamento
(+) Integralização de capital
(+) Empréstimos tomados
(-) Pagamento de dividendos
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Contabilidade Intermediária 47
Exemplo Prático
Vamos praticar, através de um exemplo?
A Cia Vem Que Tem realizou suas atividades durante dois 
períodos. Nossa missão é apresentar a Demonstração dos Fluxos 
de Caixa desses períodos, com os respectivos reflexos.
Exemplo 
Período 2017
Fato 1:06/03/2017 Constituição da empresa para explorar 
o ramo de comércio de mesas de madeira, com capital de $ 
150.000 integralizado em dinheiro. 
Fato 2:17/04/2017 Empréstimo tomado do banco Sicredi, 
a importância de $ 50.000. 
Fato 3:24/05/2017, compra de móveis para uso, no valor 
de $ 160.000, tendo pago em dinheiro. 
Veja como ficará a DFC da empresa de Ronaldo, 
considerando somente esses três fatos:
Demonstração dos fluxos de caixa
Período ano 2017
1. Fluxos de caixa das atividades operacionais
2. Fluxos de caixa das atividades de investimento
(-) Compras do Imobilizado (160.000)
(=) Disponibilidades líquidas aplicadas nas 
atividades de
(160.000)
3. Fluxos de caixa das atividades de financiamento
(+) Integralização de capital 150.000
(+) Empréstimos tomados 50.000
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas 
atividades de financiamento
200.000
4. Aumento (redução) nas disponibilidades (2 - 3) 40.000
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Contabilidade Intermediária48
Período 2018
Fato 4:01/10/2018 compra à vista de um lote de 
mercadorias no valor de $ 40.000
Fato 5:10/10/2018 pagamento de despesas de aluguel, em 
dinheiro, no valor de $ 6.000. 
Fato 6:12/10/2018 venda todo o lote de mercadorias, à 
vista, por $ 59.000. 
Fato 7: 15/10/2018 pagamento de parcela do financiamento 
no valor de $ 6.000, com juros de $ 750. 
Fato 8:em 20 de dezembro, vendeu parte dos Móveis 
e Utensílios por $ 15.000, cujo custo de aquisição foi igual a 
14.000.
Antes de preparar o novo período na DFC, precisamos 
elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício do período. 
Veja:
5. Disponibilidades no início do período 0
6. Disponibilidades no final do período (4 + 5) 40.000
Demonstração do resultado do exercício
Período ano 2018
Receita Bruta de Vendas de Mercadorias 59.000
(-) Custo das mercadorias vendida (40.000)
(-) Lucro Bruto 19.000
(-) Despesas de aluguel (6.000)
(-) Despesas de Juros (750)
(=) Lucro Operacional 12.250
(+) Outras receitas 1.000
(=) Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro 13.250
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Contabilidade Intermediária 49
Agora, vamos montar a DFC do segundo período:
Fonte: Ribeiro, 2018 – Adaptado.
Demonstração dos fluxos de caixa método indireto
Período ano 2018
1. Fluxos de caixa das atividades operacionais
Resultado do exercício do período 13.250
Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades 
geradas pelas atividades operacionais
(-) Resultado na venda de Ativos Não Circulantes (1.000)
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas 
atividades operacionais
12.250
3. Fluxos de caixa das atividades de financiamento
(-) Pagamento de Empréstimos (6.000)
(=) Disponibilidades líquidas aplicadas nas 
atividades de financiamento
(6.000)
4. Aumento nas disponibilidades (1 + 2 + 3) 21.250
5. Disponibilidades no início do período 40.000
6. Disponibilidades no final do período (4 + 5) 61.250
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Contabilidade Intermediária50
RESUMINDO
E então? Está satisfeito com o que pôde estudar? Espero que 
tenha conseguido aprender tudo o que foi tratado neste capítulo? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente absorveu 
os conteúdos trabalhados neste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você estudou as formas de apresentação da 
Demonstração dos Fluxos de Caixa, segundo o CPC 03, aprendeu 
a diferenças básica entre a DFC e a DOAR (hoje não mais 
obrigatória), verificou cada um dos métodos da DFC (método 
direto e método indireto, observando quais as diferenças básicas 
entre eles, e finalmente, você pode ver na prática como funciona 
a DFC, dentro do nosso exemplo prático. Realmente tivemos 
muita informação, mas na contabilidade é assim mesmo! Temos 
que estar sempre atentos, nunca parar, pois sempre temos coisas 
novas, e quem dorme no ponto perde o ônibus. Prepare-se, pois 
na próxima unidade, temos muito mais para estudar! Entendeu 
tudo? Comente lá no fórum as suas dúvidas! Chegamos ao fim 
desta unidade espero que você tenha gostado! 
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Contabilidade Intermediária 51
UNIDADE
02
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Contabilidade Intermediária52
Você sabia que na apresentação das Demonstrações 
Contábeis, a empresa demonstra a situação real em que se 
encontra, e pode esclarecer todos os pontos importantes acerca 
de seu patrimônio e sua capacidade financeira. A função 
primordial das demonstrações divulgadas é informar aos 
usuários da contabilidade (interessados na saúde financeira da 
entidade) um retrato fidedigno da condição e composição de seus 
ativos e passivos, para que tomem decisões embasadas nesses 
relatórios. Cada uma das demonstrações traz uma finalidade. Por 
este motivo, precisamos conhecer todas elas, e a partir disso, 
melhor utiliza-las. Na unidade 1 você pôde conhecer um pouco 
mais sobre a Demonstração de Fluxos de Caixa e asua grande 
utilidade de curto e médio prazo. Nesta unidade vamos conhecer 
a DVA – Demonstração do Valor Adicionado. Estamos em uma 
era globalizada e ouvimos muito falar sobre questões sociais, 
balanço social, sustentabilidade, governança corporativa, 
capital intelectual, balance score card, responsabilidade social. 
O cliente consumidor exige uma postura das organizações 
que de fato agregue ambiente ao que ela está inserida. Afinal, 
o lado social que a empresa representa, é muito importante 
para o desenvolvimento das comunidades circunvizinhas, pois 
gera empregos diretos e indiretos, traz incentivos e benefícios 
estruturais para a região que vai abranger. O grande mestre 
Iudícibus (2010, p. 9) nos ensina sobre a abordagem social 
que a contabilidade possui “é uma abordagem do tipo ‘bem- 
estar social’ no sentido de que os procedimentos contábeis e 
os relatórios emanados da Contabilidade deveriam atender a 
finalidades sociais mais amplas, inclusive relatar adequadamente 
ao público informações sobre a amplitude e a utilização dos 
poderes das grandes companhias”, de modo que a contabilidade 
deve ser capaz de ampliar a evidenciação contábil, incluindo 
informações como: nível de emprego (diretos e indiretos), 
INTRODUÇÃO
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Contabilidade Intermediária 53
treinamentos aplicados, benefícios à sociedade e demonstração 
de valor adicionado. Nesse cenário surge a figura da DVA 
- DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO, para 
apresentar todas estas informações. Entendeu? Ao longo desta 
unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
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Contabilidade Intermediária54
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Contabilidade Intermediária 55
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
OBJETIVOS
1 Conhecer o CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
2 Aprender sobre o Conceito, Objetivos, Alcance e Forma de apresentação da DVA;
3 Identificar a importância da elaboração da DVA, com a evidência das riquezas criadas, distribuídas e sua representação gráfica;
4 Executar os procedimentos de composição da DVA e do Balanço Social, conforme as definições e características das informações desses demonstrativos.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Contabilidade Intermediária56
Conhecendo o CPC 09 – Demonstração 
do Valor Adicionado (DVA)
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
funciona a Demonstração do Valor Adicionado – DVA segundo 
o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC 09, seu alcance, 
conceitos e objetivos. Isto será fundamental para o exercício 
de sua profissão. As companhias de Capital Aberto, e as que a 
Lei exigem (item 3 da NBC TG 09, aprovada pela Resolução 
CFC n.º 1.138/08 e alterada pela Resolução CFC n.º 1.162/09) 
são obrigadas a apresentar, entre outras demonstrações, a 
DVA, e sem a devida instrução para a sua confecção, podem 
sofrer sanções de ordem prática, nas relações da empresa com 
instituições financeiras ou em processos de licitações, quando 
da apresentação de dados equivocados, incompletos, ou a 
não apresentação. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
OBJETIVO
Conceito e Objetivo
A DVA é um demonstrativo criado para evidenciar o 
valor da riqueza agregada ao produto por uma determinada 
empresa, e também evidencia como esse valor agregado foi 
distribuído. Esse demonstrativo surgiu na Europa (Inglaterra, 
França e Alemanha), atualmente está em muitos países, devido a 
recomendação da ONU – Organização das Nações Unidas, por 
justamente tratar de questões sociais. Em países emergentes, 
como o Brasil, quando uma empresa multinacional deseja 
instalar-se no país, é imprescindível saber quanto essa empresa 
irá agregar à economia local onde será instalada, e quanto 
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Contabilidade Intermediária 57
de riqueza será agregado pelos fatores de produção que vão 
impactar diretamente na formação do Produto Interno Bruto 
(PIB). A riqueza total de um país é representada pela soma de 
todos os valores agregados por pessoas físicas, jurídicas com 
fins lucrativos, associações, fundações, entidades sem fins 
lucrativos, governo e outros agentes econômicos. Em 1992 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu um Parecer de 
Orientação CVM n. 24/92 incentivando a elaboração da DVA, 
fazendo com que as principais sociedades anônimas de capital 
aberto brasileiras elaborassem e divulgassem o demonstrativo. 
Em 2008, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu 
o Pronunciamento Técnico CPC 09, que trata da Demonstração 
do Valor Adicionado (DVA), tornou a demonstração obrigatória 
para as companhias de capital aberto brasileiras, em confluência 
com a Lei 11.638 de 2007. O pronunciamento foi avalizado pelas 
Resoluções CFC nº 1.138/2008 e 1.162/09 – NBC TG 09 – e pela 
Deliberação CVM nº 557/2008, que recomendam a utilização 
da DVA por todas as empresas que divulguem demonstrações 
contábeis.
Podemos dizer que esse demonstrativo tem como objetivos 
básicos: informar o valor da riqueza criada e o valor e a natureza 
dos custos agregados pela empresa ao valor dos insumos 
adquiridos; informar a quem foi destinada essa riqueza criada (ou 
agregada) – empregados, investidores, governo, financiadores etc.
IMPORTANTE
O valor adicionado que deve constar na DVA é a diferença 
entre o valor da receita de vendas e os custos referentes aos 
recursos que foram adquiridos de terceiros.
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Contabilidade Intermediária58
Figura 1: Por que é necessário elaborar a DVA?
Fonte: VICECONTI & NEVES, 2018. Adaptado.
A apresentação da DVA evidenciando as riquezas e seu 
comportamento é uma ferramenta muito importante para 
usuários internos (gestores, empregados, auditores internos, etc.) 
e externos (administradores, fornecedores, clientes, acionistas, 
etc.), já que demonstra informações além das obtidas através das 
demonstrações financeiras tradicionais. Por este motivo, cresce 
a utilização da DVA em muitos países. Na DVA é demonstrado 
claramente o valor que pertence aos sócios e acionistas (capital 
próprio) e os demais capitais que financiam a empresa (capital 
de terceiros), a parte do governo e a parte dos empregados. 
Para o proprietário da empresa, o capital de terceiros (investidores, 
governo e empregados) quando esses valores são distribuídos a 
cada um deles, representam redução do lucro, e automaticamente 
também reduzem o valor das parcelas dos sócios proprietários. 
Por este motivo, a parte do capital de terceiros, na DVA é 
considerado como despesas ou custos.
OBSERVAÇÃO
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