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Incenso fosse música (1987), de Paulo Leminski
A lírica de Leminski é formada a partir de uma escrita simples e um vocabulário cotidiano, apostando na partilha com o leitor e leitora para construir um espaço de comunhão.
Incenso fosse música talvez seja o seu poema mais celebrado. Incluído no livro Distraídos venceremos, o poema é composto por apenas cinco versos e parece ser como uma pílula de sabedoria.
A composição trata da identidade e da importância de buscar a nossa melhor versão. O autor convida a um mergulho interno a fim de descobrir sua potencialidades e desejos, para quem sabe atingir um futuro promissor.
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
Aproveite e conheça também Os melhores poemas de Leminski.
10. Morte e Vida Severina (1954-1955), de João Cabral de Melo Neto
Um grande clássico da literatura brasileira, a obra Morte e vida Severina é a mais famosa do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto. Ao longo de muitos versos, o poeta nos narra a história do retirante Severino, um brasileiro como tantos outros que foge da fome em busca de um lugar melhor.
Severino é um símbolo dos imigrantes nordestinos que precisaram sair do seu lugar de origem, o sertão, para procurarem uma oportunidade de trabalho na capital, no litoral.
O poema, trágico, é conhecido pela sua forte carga social e é uma das obras-primas do regionalismo brasileiro.
Conheça um breve trecho do longo poema:
— O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Hoje é a primeira vez que eu vou falar sobre o tema extremamente complexo do SUICÍDIO. Como falei no título, vou dar apenas algumas pinceladas, pois trata-se de um tema extremamente amplo e cheio de detalhes.
A maior parte das pessoas pensa que aquelas que se suicidam estão loucas, ou são egoístas, não pensam na dor das outras etc. Porém, existe tanta coisa por traz do suicídio, que tomar conclusões precipitadas não é o caminho ideal. Todos se fazem a pergunta: “Por que fulano de tal se suicidou?”, esta não é a pergunta a ser feita. A pergunta a ser feita é: “O que levou fulano de tal a cometer suicídio?”. Fazer-se essa pergunta leva a toda uma investigação dos sentimentos e do comportamento do indivíduo. Inclusive o mal, para ser entendido de forma um pouco mais clara, precisa ser visto a partir dessa lógica que estou propondo aqui. Eu escrevi um post falando sobre isso, confira…
Cortar o mal pela raiz
Eu sempre associo o suicídio com uma REPRESA. A maior parte das pessoas que se suicida faz do seu coração uma enorme represa. Elas vão guardando todas as suas dores, mágoas e mazelas na represa do coração. Mas como todos sabem! Toda e qualquer represa tem um limite, e se esse limite for ultrapassado ela se rompe. Com o ser humano é exatamente igual. Chega um momento que a dor é tão grande que se torna insuportável. Nesse ponto a pessoa já pensa que nada vai fazê-la se reerguer e seguir adiante. Os suicidas são autopunitivos, não sabem perdoar a si mesmos. Eles têm a impressão de que seus sofrimentos e mazelas são maiores do que os dos outros, e isso as leva a atentar contra a própria vida.
Tem uma frase do psiquiatra Augusto Cury que fala sobre as dores emocionais, e a partir desta frase eu vou deixar algumas palavras que podem ajudar você que lê este texto agora a se manter sempre zeloso com a sua vida e com a vida dos outros, a frase é a seguinte: “Não há lágrima que não possa ser estancada, ferida que não possa ser fechada, perda que não possa ser enfrentada e culpa que não possa ser superada”. O sentimento de culpa é um dos principais motivos que leva uma pessoa a se suicidar. Esse sentimento solapa todo o seu corpo e seus sentimentos. Um dos exemplos mais famosos da história é o apóstolo de Cristo Judas Iscariotes. O que o levou a se suicidar foi esse sentimento de culpa. Ele não conseguiria suportar a dor de trair o homem mais dócil que já pisou nesta Terra, não conseguiria viver um único dia sem pensar em tudo o que Jesus lhe ensinou e que ele não conseguiu por em prática na vida, também não conseguiria imaginar o que os outros apóstolos e todos os que amavam Jesus fariam com ele após testemunharem esse fato tão avassalador. Com certeza milhares e milhares de pensamentos autodestrutivos encheram o coração e a mente de Judas, até levá-lo a atentar contra a sua vida. Mas eu posso dizer como diz o Augusto Cury. Até mesmo Judas poderia se reerguer após a traição de Jesus. Se ele abrisse o seu coração para os outros apóstolos e dissesse com exatidão, sinceridade e humildade tudo o que o levou a fazer o que fez, e também se arrependesse profundamente do seu ato, ele se reergueria. Iria demorar? Lógico que sim! As dores emocionais levam muito mais tempo para serem curadas do que as dores físicas.
Agora eu vou falar o que acho mais importante de tudo. Para você ser um defensor da vida, um ótimo caminho a seguir é NÃO FUGIR DA DOR. Quem comete suicídio foge das suas dores, não sente que é capaz de enfrentá-las de cabeça erguida, no propósito de atingir a harmonia interior. Essa questão da fuga da dor é como a represa ou como uma bola de neve, que vai rolando e crescendo até se tornar uma avalanche. Eu escrevi um texto mais específico para tratar desse dilema, recomendo que leia ou releia.
Não fuja da dor
Com relação ao comportamento de um suicida, é muito importante observar a INTROSPECÇÃO. Ela em si não é um problema. Todos em algum nível são introspectivos. Eu mesmo sou introspectivo! Mas eu estou falando daquela introspecção doentia, que leva a pessoa a ter uma carga emocional pesada e seu olhar ficar frio, distante e sem vida. Muito cuidado! Se você conhece alguém assim, dê um jeito de se aproximar desta pessoa ou orientar alguém para conversar de forma mais profunda com ela. Esse é o perfil mais comum de um suicida, diferente daquelas pessoas alarmadas, que saem gritando em trios elétricos que vão se matar. O problema típico delas é falta de atenção dos outros e carência afetiva, e elas gritam quase sempre apenas para chamar a atenção. Na realidade, elas estão pedindo socorro pelas suas carências.
Esse é um tema bastante amplo, mas vou ficar apenas com essas ideias. Elas podem ser muito úteis. Observe o seu mundo interior e tenha coragem de bater de frente com todas as dores emocionais. Todos nós temos dores que precisam ser enfrentadas. Fazendo esse enfrentamento e se curando interiormente, o equilíbrio emocional vai pouco a pouco sendo conquistado. E se você gostou desse texto, recomendo fortemente a leitura deste artigo aqui em baixo, de autoria do psicólogo Frederico Mattos. Nele são tratados vários pontos sobre o suicídio que não abordei. Boa leitura…

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