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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO UNIGRANRIO COMPANHIA NILZA CORDEIRO HERDY ED. CULTURA ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CLAUDIA MARIA SOUZA P. RIBEIRO – 2112893 FABRICIO INES FONTES JUNIOR - 2112910 NAYARA FERNANDES DE OLIVEIRA – 2112885 PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR - CONSOLIDAÇÃO AP3 Duque de Caxias – RJ 2022 CLAUDIA MARIA SOUZA P. RIBEIRO – 2112893 FABRICIO INES FONTES JUNIOR - 2112910 NAYARA FERNANDES DE OLIVEIRA – 2112885 PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR - CONSOLIDAÇÃO AP3 Relatório Técnico apresentado à Universidade do Grande Rio – Companhia Nilza Cordeiro Herdy Ed. Cultura, como parte dos requisitos necessários a aprovação na disciplina Projeto Curricular Articulador – Consolidação. Orientador: Aleciano Santana de Souza. Duque de Caxias – RJ 2022 Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 5 1.1 Conceito ................................................................................................................................ 5 1.2 Obrigatoriedade .................................................................................................................. 6 2. PROCEDIMENTOS PARA CONSOLIDAÇÃO ........................................................................ 7 3. PAPÉIS DE TRABALHO PARA CONSOLIDAÇÃO ............................................................... 8 3.1 Balanço Patrimonial (BP) ...................................................................................................... 8 3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ........................................................... 9 3.3 Demonstração do Fluxo de caixa (DFC) .......................................................................... 11 3.5 Legenda das eliminações .................................................................................................... 14 4. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .......................................................... 15 4.1 Análise Horizontal e Análise Vertical ............................................................................... 15 4.2 Análise através de índices .................................................................................................. 22 4.2.1 Índices de Liquidez ............................................................................................................... 22 4.2.1.1 Liquidez Imediata .............................................................................................................. 22 4.2.1.2 Liquidez Corrente .............................................................................................................. 23 4.2.1.3 Liquidez Seca .................................................................................................................... 23 4.2.1.4 Liquidez Geral .................................................................................................................... 24 4.2.2 Índices de Endividamento ................................................................................................... 24 4.2.2.1 Índices de Endividamento Geral ..................................................................................... 25 4.2.2.2 Composição do Endividamento ...................................................................................... 25 4.2.2.3 Participação de Capital de Terceiros ............................................................................. 25 4.2.2.5 Imobilização do Patrimônio Líquido ............................................................................... 26 4.2.3 Índices de Rentabilidade ..................................................................................................... 26 4.2.3.1 Margem Líquida (ML) ....................................................................................................... 26 4.2.3.2 Retorno sobre Ativos (ROA) ............................................................................................ 27 4.2.3.2 Retorno sobre Capital Próprio (ROE) ............................................................................ 27 4.2.3.3 Retorno sobre Capital Investido (ROIC) ........................................................................ 27 4.3 Análise da Necessidade de Capital de Giro (NCG) ....................................................... 35 4.4 Análise da Alavancagem Financeira ................................................................................ 39 4.4.1 Elementos do sistema Dupont ............................................................................................ 41 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 44 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 45 5 1. INTRODUÇÃO As demonstrações contábeis, servem para avaliar a situação da empresa como um todo, trazendo uma visão geral de como o empreendimento está financeiramente. A Consolidação Contábil é de extrema importância, pois seu objetivo é relatar além da condição financeira da empresa, o resultado operacional de um grupo empresarial consolidado, considerado como uma entidade única composta por mais de uma empresa sob um controle comum. A consolidação trata-se também de uma prática fundamental para empresas que buscam injeção de capital, pois através dela é possível mostrar aos acionistas as demonstrações unificadas, de forma que ele possa avaliar a real situação da empresa controladora e de todas as suas controladas. As principais demonstrações contábeis de uma empresa são compostas por Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) e o Balanço Patrimonial (BP), que iremos tratar detalhadamente ao longo do trabalho, explicando suas características e aplicabilidade. 1.1 Conceito A Consolidação de Demonstrações Contábeis (ou simplesmente Consolidação de Balanços) são as demonstrações financeiras combinadas de uma empresa e suas subsidiárias. Ela permite avaliar a saúde geral de um grupo inteiro de empresas ao invés de somente a posição de uma empresa. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, as demonstrações consolidadas resultam da agregação das demonstrações contábeis (estabelecidas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade), de duas ou mais entidades, das quais uma tem o controle direto ou indireto sobre a(s) outra(s). Uma empresa matriz pode operar como uma empresa separada além de suas subsidiárias. Assim, cada uma dessas entidades relata suas próprias demonstrações financeiras e opera seu próprio negócio. No entanto, como as subsidiárias são consideradas uma entidade econômica, para investidores, acionistas reguladores e 6 clientes a consolidação de empresas avalia de forma mais completa a posição do grupo empresarial. A consolidação financeira é algo estabelecido pela Lei das S.A., mas trata-se de uma prática fundamental para empresas que buscam injeção de capital. Pense pelo lado dos acionistas: se as demonstrações não fossem unificadas, seria impossível conhecer a real situação da empresa controladora, suas controladas e sociedade independentes. Essa transparência, aliás, tem tudo a ver com Governança Corporativa e Lei Sarbanes-Oxley Assim, podemos resumir que as Demonstrações Contábeis consolidadas combinam as demonstrações financeiras de entidades jurídicas distintas controladas por uma empresa-mãe em um conjunto de demonstrações financeiras para todo o grupo de empresas. É importante destacar que demonstrações consolidadas estão ligadas pelos princípios da Contabilidade Internacional.1.2 Obrigatoriedade A exigência é requerida por Lei, que anteriormente eram ditadas pela instrução CVM 247/96 e na ampliação contida no artigo 249 da Lei 6.404/76 e atualmente as normas são definidas pelo pronunciamento técnico CPC 36 em aderência as normas internacionais de contabilidade. Matéria publicada no site Jornal Contábil, traz que segundo o art.21 da Instrução nº247/96 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), toda companhia aberta que possuir investimentos em controladas deve consolidar suas demonstrações financeiras, independente do percentual que esses investimentos representem do patrimônio líquido. A necessidade de consolidar as demonstrações não se dá apenas para sociedades anônimas. Segundo a CVM, qualquer tipo de sociedade, inclusive as por quotas de responsabilidade limitada, devem ter balanços consolidados. A CVM ainda exige a consolidação em casos como: • Companhia aberta que possuir investimentos em controladas; • Sociedades controladas em conjunto; 7 • Sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta. 2. PROCEDIMENTOS PARA CONSOLIDAÇÃO Consolidar os balanços de várias empresas consiste em somar os saldos das contas contábeis semelhantes, dos balanços patrimoniais das empresas controladoras e suas controladas, e eliminar os saldos das contas que representam transações entre elas. Tais contas podem ser obrigações a pagar e direitos a receber, bem como os investimentos que a controladora fez nas controladas, e suas respectivas equivalências patrimoniais. O método de equivalência patrimonial, também conhecido como MEP é um critério de avaliação de investimentos, que determina os valores de investimentos segundo o percentual de participação no capital social do patrimônio líquido de cada parte da sociedade. Basicamente, o valor de cada investimento será determinado segundo aplicação de porcentagem da parte investidora no capital social sobre o valor do seu patrimônio líquido, subtraindo os resultados que não foram alcançados. Empresas tributadas pelo lucro real devem obrigatoriamente seguir o MEP, a fim de avaliar melhor seus investimentos. 8 3. PAPÉIS DE TRABALHO PARA CONSOLIDAÇÃO Os papeis de trabalho da Consolidação são: • Balanço Patrimonial • Demonstração do Resultado • Demonstração do Fluxo de caixa • Nota explicativas e outros quadros analíticos necessários ao esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados operacionais. Esses papeis consistem em apresentar o resultado unificado das operações de todas as empresas do grupo, como se o grupo econômico fosse uma única unidade; permitindo assim uma visão ampla aos acionistas e credores da atual situação do GRUPO. A seguir, trataremos detalhadamente de cada um. 3.1 Balanço Patrimonial (BP) Um dos mais importantes demonstrativos em uma empresa, tem a finalidade de representar a evolução do patrimônio total da organização em um determinado período de tempo. O BP é essencial para manter um controle de custos e também para acompanhamento do patrimônio da empresa. O site Só contabilidade, explica de forma bem objetiva que o BP tem na sua constituição duas colunas: a coluna do lado esquerdo é a do Ativo e a coluna do lado direito é a do Passivo (determinado por convenção). No lado esquerdo são discriminados os bens e direitos, especificando-se qualitativamente cada componente e indicando seu valor monetário (aspecto quantitativo). No lado direito são discriminadas as obrigações (dívidas) que a empresa possui para com terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. Também no lado direito são discriminadas as contas do Patrimônio Líquido, sendo as obrigações para com a empresa. São os recursos que os acionistas, sócios 9 investiram na entidade. Ex.: investimento feito pelos proprietários (dinheiro aplicado), reserva de lucros, etc. Abaixo segue a estrutura de um Balanço patrimonial bem como um exemplo: Fonte: https://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP.php Fonte: https://blog.keruak.com.br/balanco-patrimonial/ 3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Relatório que surge do regime de competência, ou seja, o registro do evento se dá na data em que aconteceu. A DRE é confeccionada junto com o Balanço Patrimonial, e deve ser assinada por um contador habilitado pelo CRC (Conselho Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO bens + direitos obrigações com terceiros PATRIMÔNIO LÍQUIDO obrigações com a empresa (diretores, acionistas, etc.) TOTAL ATIVO $ TOTAL PASSIVO $ (Total ativo = Total passivo) 10 Regional de Contabilidade). Pela lei, o relatório é obrigatório para todas as empresas, exceto o MEI, e deve ser feito anualmente (após o encerramento do ano-calendário, que é o período compreendido entre janeiro e dezembro de um mesmo ano). A DRE é um documento importante para agentes externos à empresa. O governo utiliza o relatório para verificar se os impostos foram calculados corretamente, e faz o confronto do lucro declarado na DRE com os lucros declarados pelos sócios no IRPF. A declaração ainda costuma ser fundamental na hora de conseguir uma ajudinha extra. Bancos e analistas financeiros podem requerer o demonstrativo para avaliar a situação do negócio e decidir se darão crédito ou não ao solicitante; enquanto eventuais investidores irão analisá-lo para ter mais segurança ao aplicar seu dinheiro. Legalmente, o demonstrativo deve ser feito a cada ano. Porém, a empresa pode optar por realizá-lo mensalmente como um relatório gerencial para melhor acompanhamento da gestão – ou trimestralmente, considerando as obrigações fiscais. De acordo com a Lei 6.404/1976, Artigo 187 (e sua modificação pela Lei 11.638/2007), os dados detalhados na demonstração devem ser: 1 – A receita bruta das vendas e serviços prestados, incluindo as deduções das vendas, os abatimentos e impostos; 2 – A receita líquida das vendas e serviços, com o custo dos produtos e serviços comercializados, e o lucro bruto; 3 – As despesas com as vendas, as despesas financeiras (deduzidas das receitas), e as despesas operacionais, administrativas e gerais; 4 – O lucro ou prejuízo operacional, além de outras receitas e despesas; 5 – O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para esse imposto; 6 – Os valores relacionados às debêntures, aos funcionários, administradores e outros beneficiários, mesmo que na forma de instrumentos financeiros, às instituições, aos fundos de assistência ou à previdência de empregados – os quais não são classificados como despesas; 7 – O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. Abaixo exemplo de um DRE: 11 Fonte: https://www.meucontadoronline.com.br/blog/o-que-e-dre-como-este-relatorio-pode- ajudar-o-seu-empreendimento/ 3.3 Demonstração do Fluxo de caixa (DFC) É um relatório no qual o financeiro registra as entradas e saídas de caixa quando elas realmente aconteceram (contabilizando as Receitas, Custos, Despesas e Investimentos dentro do mês onde foram pagos ou recebidos). Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e deve ser incluída no balanço patrimonial. A DFC passou a ser de apresentação obrigatória para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a DFC também é de elaboração obrigatória, conforme item 3.17 (e) da NBC TG 1000. Portanto, independentemente do tipo societário adotado, as entidades devem apresentar o referido demonstrativo, pelo menos anualmente, por ocasião da elaboração das demonstrações financeiras (“balanço”). Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações contábeistradicionalmente publicadas pelas empresas. Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas: I - Atividades Operacionais; 12 II - Atividades de Investimento; III - Atividades de Financiamento. As Atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa. As Atividades de Investimento são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas. As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros. A seguir, exemplo de fluxo de caixa: Fonte:https://www.bpoconsulting.com.br/post/dfc-dem-fluxo-de-caixa-exemplo-e-planilha 13 3.4 Nota explicativas As notas explicativas são uma forma de evidenciação que tem o objetivo de destacar informação que não pode ser apresentada no corpo dos demonstrativos contábeis e/ou, se o fizéssemos, diminuiríamos sua clareza. A Lei das Sociedades por Ações, ao tratar de notas explicativas, estabelece que as empresas deverão indicar pelo menos: a. os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para atender às perdas prováveis na realização de elementos ativos; b. os investimentos em outras sociedades, quando estes forem relevantes; c. o aumento de valor de elementos do ativo resultantes de novas avaliações; d. os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e. a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações; f. as opções de compras de ações outorgadas e exercidas no exercício; g. o número, as espécies e as classes das ações de capital social; h. os ajustes de exercícios anteriores; e i. eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e sobre os resultados futuros da empresa. A seguir exemplo de nota explicativa: 14 Fonte: https://cfcacademy.com.br/2021/06/20/notas-explicativas/ 3.5 Legenda das eliminações De modo geral, as eliminações se tratam de ajustes que precisam ser feitos em documentos auxiliares, com o intuito de evitar o lançamento duplo no documento firmado. Assim, todas as movimentações feitas entre a empresa controladora e suas suplementares devem ser separadas em contas específicas e a soma final deve se igualar a zero. Na gestão contábil, essas operações são apresentadas nas demonstrações individuais, mas devem ser excluídas das demonstrações consolidadas. Uma vez que, só assim, elas passam a refletir a situação real econômico-financeira de uma empresa. Portanto, o principal objetivo dessa eliminação é reproduzir o verdadeiro valor do estoque adquirido de terceiros, já que o balanço deve apresentar os valores como se elas fossem uma única empresa. Segundo a norma, devem ser eliminados os valores dos investimentos da controladora em cada controlada e o correspondente valor no patrimônio líquido da controlada, assim como os saldos de quaisquer contas decorrentes de transações entre as entidades incluídas na consolidação. Além das parcelas dos resultados do exercício, do patrimônio líquido e do custo de ativos de qualquer natureza que corresponderem a resultados ainda não feitos de negócios entre as entidades. 15 4. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Toda empresa ou Companhia necessita que seja feita as análises das demonstrações contábeis e financeiras pois é de grande relevância para as finanças corporativas, não sendo só de interesse por parte dos gestores, mas também para os seus stakeholders. É através dessa análise que é possível entender e tomar decisões assertivas acerca dos aspectos contábeis e financeiros no que diz respeito a sua liquidez, estrutura patrimonial e rentabilidade. Segundo Assaf Neto (2015), o objetivo fundamental da análise das demonstrações financeiras consiste em investigar o desempenho econômico financeiro de uma organização em um determinado período passado, para poder realizar um diagnóstico da sua situação atual e gerar resultados que possam servir de base para estimar tendências futuras. Essas demonstrações, como mencionado acima, são capazes de fornecer uma série de dados sobre a empresa, e o gestor ou o administrador financeiro precisa analisar estes dados para que possam ser transformados em informações que trarão bom entendimento do desempenho e perspectivas da empresa, assim detectando seus pontos fortes e fracos e possibilitando tomar decisões que aumentem estes pontos fortes e diminuam fracos. Essas análises se dividem em três: Análise Vertical (AV), Análise Horizontal (AH) e Análise de indicadores econômicos e financeiros. 4.1 Análise Horizontal e Análise Vertical Segundo Marion (2012), a Análise Vertical (AV), também denominada de estrutura ou composição ou percentual, é uma técnica importante na avaliação da estrutura de composição dos itens do balanço e da sua evolução ao longo do tempo e tem como função estabelecer a participação, em porcentagem, de cada item em relação ao total de seu grupo ou, muitas vezes, ao total geral. Sendo assim calcula-se a porcentagem por exemplo de um item do ativo como os estoques em relação ao total do ativo para saber a quantos por cento desse ativo correspondem aos estoques. Da mesma forma é feito com o Passivo e o Patrimônio Líquido e também na DRE em relação à receita operacional líquida da empesa. 16 Nesse sentido, o objetivo da Análise Vertical (AV) é avaliar as partes especificas de cada conta em relação ao todo e assim chegar no percentual correspondente e fazer as comparações e análises geralmente entre dois períodos. Na comparação entre dois períodos, basta fazer o cálculo através da seguinte divisão: valor da rubrica que se pretende calcular / valor base x 100. A Análise Horizontal (AH) por sua vez, que também é denominada análise de evolução, pois através dela é possível enxergar a evolução dos valores patrimoniais ou de resultados pela comparação entre dois ou mais períodos distintos. É possível identificar através desta análise evoluções e tendências de cada conta das demonstrações. Segundo Assaf Neto (2015), trata-se de uma técnica de análise que compara o valor de cada rubrica do demonstrativo, em cada ano, com o respectivo valor do ano tomado como base. Seu principal objetivo consiste em detectar o aumento de determinados itens do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício ao longo do tempo, assim sendo capa de revelar tendência como mencionado acima. Essa análise é calculada da seguinte forma para que se chegue ao percentual correspondente: AH = (Valor Atual da Conta ÷ Valor atual da conta no ano-base) x 100. Tendo esses conceitos apresentados, podemos concluir que ambas as análises supracitadas são ferramentas de suma importância pois através delas é possível se alcançar uma melhor interpretação de dados da estrutura patrimonial e das tendências da organização. Cada uma delas apresenta características próprias que, ao se complementarem, melhoram a tomada de decisão. Por isso devem ser feitas em conjunto, não isoladamente. Veremos abaixo nos apêndices exemplos práticos de aplicação das análises verticale horizontal no balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício da empresa Pirelli Pneus S.A nos anos de 2003, 2004 e 2005. a) Apêndice 1: Aplicação da análise horizontal e vertical sobre o Balanço Patrimonial e DRE. 17 Quadro 1: Análise vertical do Balanço Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/estrutura- analise-financeiroeconomica-das-demonstracoes 18 Quadro 2: Análise vertical da DRE Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/estrutura- analise-financeiroeconomica-das-demonstracoes 19 Quadro 3: Análise horizontal do Balanço Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/estrutura- analise-financeiroeconomica-das-demonstracoes 20 Quadro 4: Análise horizontal da DRE Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/estrutura- analise-financeiroeconomica-das-demonstracoes b) Apêndice 2: Relatório analítico • Qual o percentual de acréscimo ou decréscimo do Ativo Total e qual (is) a (s) causa (s)? Analisando atentamente o Balanço Patrimonial, percebe-se que de 2003 a 2005 houve um aumento de 20% no total do Ativo. Isso nos dá a entender que a empresa precisou aumentar seus bens adquirindo novos equipamentos e maquinários. • A estrutura do Ativo foi modificada? Como ficou a participação relativa dos grupos de contas que o compõem? Não foi modificada. O que houve simplesmente foi alteração os percentuais correspondes aos totais do ativo total ao longo dos anos. No ano de 2003 o Ativo circulante correspondia a 46,2% do ativo total, aumentando para 48,8% em 2004, e diminuindo para 41,4% em 2005. 21 Quanto ao Realizável a Longo Prazo correspondia a 16,2% em 2003 havendo um declínio para 13,9% em 2004 e tendo um aumento significativo em 2005 para 16,5%. E por fim o Permanente era de 37,6% em 2003, 37,4% em 2004 e em 2005 aumentou para 42,2%. • Se houve crescimento do Ativo Total, como foi financiado e qual a participação relativa da (s) fonte (s) após o financiamento? O crescimento do ativo total se deu pelo investimento em equipamentos novos e maquinários compondo assim o imobilizado da empresa e para tal pode ter havido financiamento pois em 2005 houve aumento de 15,6% da conta de instituições financeiras, ou seja, empréstimos e financiamentos. • Qual a causa do crescimento dos capitais de terceiros superiores ao crescimento do Ativo Total, se é que houve? Como mencionado no tópico anterior, por conta do investimento em equipamentos e maquinários novos o capital de terceiros acaba ultrapassando o ativo total, isso porque além dos empréstimos e financiamentos, ainda existem todas as outras contas do passivo circulante e exigível a longo prazo que ao se somarem superam o crescimento do Ativo Total o que nos leva a concluir que a empresa estava sendo constituída por mais capitais de terceiros do que capitais próprios. • Se o Ativo Circulante cresceu mais do que o Passivo Circulante, como foi financiado o seu crescimento? Na realidade o Passivo circulante cresceu mais do que o Ativo Circulante. • Os fornecedores financiam 100% dos estoques? Por que? Se não, qual (is) outra (s) fonte (s) está (ao) financiando os Estoques? Sim, porque é mais interessante e uma vantagem comprar os materiais necessários com os próprios fornecedores. • A Receita Líquida apresentou acréscimo ou decréscimo? Qual o percentual? A Receita Líquida segundo a análise horizontal da DRE apresentou um acréscimo de 26,7% do ano de 2003 a 2005. 22 • O Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos apresentou acréscimo ou decréscimo? Qual o percentual? O custo de bens e/ou serviços vendidos também apresentou acréscimo e seu percentual foi de 28,7% de 2003 a 2005. • Quais as Taxas de Lucratividade Operacional sem a interferência das Operações Financeiras e Lucratividade Final? Analisando a DRE, percebe-se que houve um aumento de 54,6% no Lucro Operacional de 2003 a 2004. No entanto, esse percentual diminuiu para 52,5% em 2005. • O resultado líquido teve o mesmo desempenho das Vendas Líquidas? Por que? Não, tiveram desempenhos diferentes, porém o aumento de um acarretou no aumento do outro. De 2003 a 2005 a receita líquida aumentou 26,7% o que dá a entender que os produtos da empresa foram bem aceitos no mercado e assim refletiu no aumento do Lucro Líquido ou resultado líquido de 33% de 2003 a 2005. 4.2 Análise através de índices 4.2.1 Índices de Liquidez Os índices de liquidez são de grande importância para os administradores e gestores de uma empresa, pois é através deles que é possível avaliar a capacidade da empresa de pagamento em relação as suas obrigações (dívidas). Dentre esses índices se encontram: • Liquidez imediata; • Liquidez Corrente; • Liquidez Seca; e • Liquidez Geral. 4.2.1.1 Liquidez Imediata Segundo Assaf Neto (2015), dentro do ambiente das Finanças Corporativas, o Índice de Liquidez Imediata é a maneira mais conservadora e conhecida para realizar a avaliação da solidez financeira de uma organização no curto prazo. Através do 23 cálculo da liquidez imediata, o investidor tem a possibilidade de obter uma boa ideia da capacidade financeira da empresa em cumprir com suas obrigações de curto prazo. E para o cálculo da liquidez imediata, são considerados dois itens do ativo circulante: caixa e equivalentes de caixa que compõem a conta das disponibilidades que são divididos pelo Passivo circulante. Desta forma utiliza-se a seguinte fórmula para o cálculo: 𝐿𝐼 = 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 4.2.1.2 Liquidez Corrente Segundo Perez e Begalli (2015), o Índice de Liquidez Corrente revela a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo. Desta forma, ele se dá pela relação entre ativo circulante e passivo circulante. O índice de liquidez corrente é calculado através da divisão dos direitos de curto prazo (contas de caixa, bancos, estoques e clientes a receber) e as obrigações de curto prazo da empresa (empréstimos, financiamentos, impostos e fornecedores a pagar). Após o cálculo o investidor pode chegar a algumas conclusões com o resultado atingido, tais como: • Se for > 1: A empresa possui capital suficiente se houvesse para lidar com suas obrigações. • Se for < 1: A empresa não possui capital suficiente para quitar as obrigações a curto prazo. • Se for = 1: Os direitos e obrigações a curto prazo se equivalem. Sendo assim a fórmula é a seguinte: 𝐿𝐶 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 4.2.1.3 Liquidez Seca Para Assaf Neto (2015), no que tange ao ambiente empresarial, sabe-se que os estoques, embora estejam classificados como itens do ativo circulante, não apresentam um grau de liquidez compatível com os demais itens dessa categoria, 24 como caixa ou títulos negociáveis, pois quando se trata de estoques, essa conta necessita de um pouco mais de tempo por ser um processo lento. O índice de liquidez seca é calculado através da relação entre os ativos circulantes mais líquidos e os passivos circulantes totais. 𝐿𝑆 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − (𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 + 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐴𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠) 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 Esse indicador revela o percentual das dívidas de curto prazo, que pode ser quitado imediatamente pela empresa, através de seus ativos circulantes com maior liquidez. 4.2.1.4 Liquidez Geral Segundo Marion (2012), o Índice de Liquidez Geral tem a função de retratar a situação de liquidez de longo prazo da organização. Ele revela a capacidade de a empresa honrar seus deveres e compromissos, caso ela fosse encerrar os negócios naquele momento. Através do cálculo do ativo circulante mais o realizável a longo prazo dividindo pelopassivo circulante mais o exigível a longo é possível se chegar ao índice de Liquidez Geral. 𝐿𝐶 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 Esse índice revela quanto a saúde financeira da empresa de curto e longo prazo através da relação apresentada acima. Assim, ele revela quanto a empresa possui de ativos de curto e longo prazo para cada R$ 1,00 de dívidas. 4.2.2 Índices de Endividamento Como o próprio nome já diz o índice de endividamento mostra o grau de endividamento em que determinada companhia se encontra em dado momento. Em outras palavras, ele mostra quanto de seus recursos são provenientes de capitais de terceiros. Um exemplo prático é o caso de a companhia recorrer muito a empréstimos, o que significa que ela necessita de muito capital de terceiros para se manter. Ademais, ele serve para verificar o comprometimento dos recursos da empresa em relação ao seu uso para pagamento de dívidas e juros. 25 4.2.2.1 Índices de Endividamento Geral Segundo o site da Redação Cashme (2021), o índice de endividamento geral serve para dizer qual a porcentagem de ativos totais da companhia vem de terceiros. Em outras palavras, é possível saber quanto representa a sua dívida total ou também quanto do dinheiro da companhia está sendo utilizado para cumprir suas obrigações. Para se chegar ao resultado do endividamento geral basta utilizar a fórmula: 𝐸𝐺 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 100 4.2.2.2 Composição do Endividamento O índice de composição do endividamento revela como a empresa obtém os recursos de terceiros, ou seja, se é de curto prazo ou longo prazo. A partir do resultado, é possível saber qual o montante da dívida precisará ser paga no curto prazo. A fórmula da Composição do Endividamento se da pela divisão do Passivo Circulante pelo Passivo total e multiplicando o resultado por 100 ao final. 𝐶𝐸 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 100 4.2.2.3 Participação de Capital de Terceiros Se o investidor deseja saber o quão a empresa depende do capital de terceiros, basta calcular o PCT: Participação de Capital de Terceiros. Através desse índice de endividamento é revelado a quantia que se deve a terceiros em relação ao Patrimônio Líquido da entidade. Segundo o site da Redação Cashme (2021), muitos investidores acreditam que pode ser um risco injetar dinheiro na empresa quando a participação de capital de terceiros é muito grande, pois tem a possibilidade de significar que a empresa não consegue se erguer por conta própria. No entanto, há o lado positivo, onde pode haver 26 o crescimento, se a entidade contrair empréstimos para poder expandir seus negócios, comprar novos ativos etc. Para se chegar à Participação de Capital de Terceiros basta jogar na fórmula: 𝑃𝐶𝑇 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 4.2.2.5 Imobilização do Patrimônio Líquido Através do índice de Imobilização do Patrimônio Líquido é possível saber qual a porcentagem dos ativos permanentes da entidade é financiada pelo seu Patrimônio Líquido. Em outras palavras, mostra o grau de comprometimento do Patrimônio Líquido. Ademais, também pode servir como fonte de evidenciação para a dependência de capitais de terceiros para o seu sustento. Sua fórmula é a seguinte: 𝐼𝑃𝐿 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 4.2.3 Índices de Rentabilidade Segundo Bruno Zago (2021) o índice de rentabilidade é “uma das principais ferramentas utilizadas por investidores para encontrar boas oportunidades de investimento.” Por meio desses cálculos, é possível saber quais empresas prezam pela saúde financeira, possuem ganhos maiores ou possuem bons resultados além de ser possível saber quais ativos são mais adequados para determinados objetivos. O objetivo ao se aplicar um indicador de rentabilidade é medir qual o retorno financeiro que uma empresa possui, que possa estar atrelado aos seus ativos, aos sues investimentos dentre outras coisas. 4.2.3.1 Margem Líquida (ML) A margem líquida tem a função de comparar o lucro líquido de determinado período com as vendas líquidas da empresa. A partir disso, o resultado obtido apresenta o lucro que a empresa teve. É calculado através da fórmula: 𝑀𝐿 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑥 100 27 Exemplo: Se um negócio apresenta um lucro líquido de R$ 1.000.000,00 e uma receita líquida de R$ 9.000.000,00, nesse caso, a ML será de 11,11%. 4.2.3.2 Retorno sobre Ativos (ROA) Segundo Bruno Zago (2021) o ROA “revela os retornos a partir de seus ativos, ou seja, bens e direitos que aumentam o poder aquisitivo da empresa”. É calculado pela fórmula: 𝑅𝑂𝐴 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 100 Exemplo: uma empresa com um lucro operacional de R$ 200.000,00 com R$ 1.500.000,00 em ativos, então seu ROA é de 13,33%. 4.2.3.2 Retorno sobre Capital Próprio (ROE) Também denominado Retorno sobre Patrimônio Líquido, tem como objetivo saber a porcentagem que uma empresa tem ao conseguir resultados oriundos dos recursos investidos pelos sócios e acionistas, ou seja, Patrimônio Líquido. Aplicando na fórmula temos: 𝑅𝑂𝐸 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑥 100 Supondo que um negócio tenha R$ 10.000.000,00 de patrimônio líquido e tenha um lucro líquido de R$ 500.000,00. Nesse caso, então, o ROE será de 5%. 4.2.3.3 Retorno sobre Capital Investido (ROIC) O Retorno sobre Capital Investido, ou retorno de capital – ROIC, revela se a companhia utiliza seus recursos da maneira correta. Para isso é preciso ser feito uma análise da porcentagem de lucro anual que a empresa possui através do dinheiro investido pelos sócios ou acionistas. Para fazer o cálculo do ROIC, primeiro é necessário conhecer o NOPAT (Net Operating Profit After Taxes) que traduzindo para o português é o lucro antes dos juros 28 e impostos e também o CI que é o capital investido. O NOPAT e o CI são calculados da seguinte forma, respectivamente: • NOPAT = EBIT * (1 – impostos) • CI = Patrimônio Líquido + Passivo Oneroso Sabendo o valor dos dois fatores acima, basta jogar na fórmula para conhecer o cálculo do ROIC: 𝑅𝑂𝐼𝐶 = 𝑁𝑂𝑃𝐴𝑇 𝐶𝐼 Exemplo: uma empresa que tem o NOPAT de R$ 300.000,00 e o capital investido pelos acionistas foi de R$ 8.000.000,00, terá o ROIC será de 3,75%. Caso o resultado seja menor que 2%, a empresa é considerada uma destruidora de valor, por isso é importante que o ROIC da organização seja acima de 2%. a) Apêndice 1: Tabela com os índices de endividamento, de liquidez e de rentabilidade da empresa Pirelli S/A nos anos de 2003 a 2005. - Índices de Liquidez: - Liquidez Imediata • 𝐿𝐼(2003) = 324.290 736.116 = 0,44 • 𝐿𝐼(2004) = 412.705 980.298 = 0,42 • 𝐿𝐼(2005) = 204.856 966.944 = 0,21 - Liquidez Corrente: • 𝐿𝐶(2003) = 823.230 736.116 = 1,11 • 𝐿𝐶(2004) = 1.052.908 980.298 = 1,07 29 • 𝐿𝐶(2005) = 884.653 966.944 = 0,91 - Liquidez Seca: • 𝐿𝑆(2003) = 823.230−214.053 736.116 = 0,82 • 𝐿𝑆(2004) = 1.052.908− 271.153 980.298 = 0,79 • 𝐿𝑆(2005) = 884.653−270.445 966.944 = 0,63 - Liquidez Geral: • 𝐿𝐺(2003) = 823.230+289.344 736.116+365.627 = 1,00 • 𝐿𝐺(2004) = 1.052.908 + 299.061 980.298 + 376.194 = 0,99 • 𝐿𝐺(2005) = 884.653 + 351.783 966.944 +380.101 = 0,91 Índices de Liquidez 2003 2004 2005 Imediata 0,44 0,42 0,21 Corrente 1,11 1,07 0,91 Seca 0,82 0,79 0,63 Geral 1,00 0,99 0,91 - Índices de Endividamento: - Endividamento Geral 30 • 𝐸𝐺(2003) = 240.627 1.782.464𝑥 100 = 13,49 • 𝐸𝐺(2004) = 222.853 2.158.671 𝑥 100 = 10,32 • 𝐸𝐺(2005) = 203.172 2.138.096 𝑥 100 = 9,50 - Composição do Endividamento • 𝐶𝐸(2003) = 736.116 1.101.743 𝑥 100 = 66,81 • 𝐶𝐸(2004) = 980.298 1.356.492 𝑥 100 = 72,26 • 𝐶𝐸(2005) = 966.944 1.347.045 𝑥 100 = 71,78 - Participação de Capital de Terceiros • 𝑃𝐶𝑇 (2003) = 1.101.743 1.782.464 = 0,61 • 𝑃𝐶𝑇 (2004) = 1.356.492 2.158.671 = 0,63 • 𝑃𝐶𝑇 (2005) = 1.347.045 2.138.096 = 0,63 - Imobilização do Patrimônio Líquido • 𝐼𝑃𝐿 (2003) = 669.890 680.721 = 0,98 • 𝐼𝑃𝐿 (2004) = 806.702 802.179 = 1,00 31 • 𝐼𝑃𝐿 (2005) = 901.660 791.051 = 1,13 Índices de Endividamento 2003 2004 2005 Endividamento Geral 13,49% 10,32% 9,5% Composição do endividamento 66,81% 72,26% 71,78% Part. De Capital de Terceiros 0,61 0,63 0,63 Imobilização do P.L 0,98 1,00 1,13 - Índices de Rentabilidade - Margem Líquida (ML) • 𝑀𝐿 (2003) = 159.733 2.156.461 𝑥 100 = 7,4% • 𝑀𝐿 (2004) = 219.096 2.564.698 𝑥 100 = 8,54% • 𝑀𝐿 (2005) = 212.404 2.732.732 𝑥 100 = 7,77% - Retorno sobre Ativos (ROA) • 𝑅𝑂𝐴 (2003) = 187.915 1.782.464 𝑥 100 = 10,54% • 𝑅𝑂𝐴 (2004) = 290.604 2.158.671 𝑥 100 = 13,46% • 𝑅𝑂𝐴 (2005) = 286.513 2.138.096 𝑥 100 = 13,40% - Retorno sobre Capital Próprio (ROE) • 𝑅𝑂𝐸 (2003) = 159.733 680.721 𝑥 100 = 23,46% 32 • 𝑅𝑂𝐸 (2004) = 219.096 802.179 𝑥 100 = 27,31% • 𝑅𝑂𝐸 (2005) = 212.404 791.051 𝑥 100 = 26,85% - Retorno sobre Capital Investido (ROIC) NOPAT Passivo Oneroso 2003 R$ 125.494,38 2003 R$ 1.046.348,00 2004 R$ 191.790,72 2004 R$ 1.178.373,00 2005 R$ 190.301,10 2005 R$ 1.171.152,00 • 𝑅𝑂𝐼𝐶 (2003) = 125.494,38 1.046.348 = 0,12 • 𝑅𝑂𝐼𝐶 (2004) = 191.790,72 1.178.373 = 0,16 • 𝑅𝑂𝐼𝐶 (2005) = 190.301,10 1.171.152 = 0,16 Índices de Rentabilidade 2003 2004 2005 Margem Líquida 7,4% 8,54% 7,77% ROA 10,54% 13,46% 13,40% ROE 23,46% 27,31% 26,85% ROIC 0,12 0,16 0,16 b) Apêndice 2: Apresentar a análises dos índices de endividamento, liquidez e rentabilidade. - Índices de Liquidez: • Liquidez imediata: Ao aplicar o índice de liquidez imediata, percebe-se que no ano de 2003 as disponibilidades da empresa Pirelli Pneus podiam cobrir 44% das obrigações de curto 33 prazo, caindo para 42% em 2004 e havendo um declínio ainda maior para o ano de 2005 com apenas 21%. • Liquidez Corrente: Os índices mostram que a empresa Pirelli Pneus S/A possuía a capacidade de quitar as suas obrigações de curto prazo nos anos de 2003 e 2004, pois os resultados foram maiores do que 1. No entanto, em 2005 esse resultado não se manteve e foi inferior a 1, ou seja, não podia quitar suas obrigações de curto prazo. • Liquidez Seca: Todos os resultados mostram uma situação desfavorável para a empresa Pirelli Pneus S/A, pois para cada R$ 1,00 de dívidas em 2003 a empresa teria apenas R$ 0,82 de ativos de alta liquidez para lidar com seus compromissos de curto prazo, havendo um declínio para R$ 0,79 em 2004 e caindo ainda mais em 2005 para R$ 0,63. • Liquidez Geral: Os índices revelam uma situação favorável para a empresa Pirelli Pneus S/A em 2003, pois para cada R$ 1,00 de dívidas de curto e longo prazo a empresa possui R$ 1,00 de ativos, e então conseguia lidar com suas obrigações. No entanto, essa situação não se manteve em 2004 caindo para R$ 0,99 e R$ 0,91 em 2005. Desta forma, se houvesse uma eventual liquidação, a empresa não possuiria ativos suficientes parar cobrir seus passivos. - Índices de Endividamento: • Endividamento Geral: Ao se aplicar o índice de Endividamento Geral, percebe-se que em 2003 13,49% dos ativos da companhia Pirelli Pneus S/A eram oriundos de terceiros, havendo um declínio para 10,32% em 2004 e 9,5% em 2005. O que quer dizer que sua dívida total foi diminuindo de ano para ano. 34 • Composição do Endividamento: O índice de composição do endividamento revela que a empresa Pirelli Pneus obtinha recursos de terceiros ao longo prazo, pois os percentuais foram de 66,81% em 2003, 72,26% em 2004 e 71,78% em 2005. • Participação de Capital de Terceiros: O índice mostra que em 2003 a empresa Pirelli Pneus possuía 61% de capital de terceiros, havendo um aumento para 63% em 2004 e em 2005. Ou seja, esses eram os percentuais que a empresa devia a terceiros em relação ao seu Patrimônio Líquido. • Imobilização do Patrimônio Líquido: Através da imobilização do patrimônio líquido da empresa Pirelli Pneus é possível enxergar que 98% de seus ativos permanentes eram financiados por seu Patrimônio Líquido em 2003, 100% em 2004 e 113% em 2005. - Índices de Rentabilidade: • Margem Líquida: A empresa Pirelli teve um lucro de 7,40% em 2003, aumentando para 8,54% em 2004, havendo um declínio para 7,77% em 2005. • Retorno Sobre Ativos: O ROA mostra que a Pirelli tinha um retorno de 10,54% sobre seus ativos no ano de 2003, aumentando para 13,46% em 2004 e diminuindo bem pouco em 2005 para 13,40%. • Retorno Sobre Patrimônio Líquido: 35 O ROE apresenta uma porcentagem considerável para a empresa Pirelli o que significa que os sócios e acionistas investiam bastante na empresa. Em 2003 tinham um retorno de 23,46% em 2003 e aumentando consideravelmente em 2004 e em 2005 para 27,31% e 26,85%, respectivamente. • Retorno Sobre Capital Investido: O ROIC revela que a Pirelli utilizava seus recursos de maneira correta, pois apresentou 12% em 2003 e 16% em 2004 e 2005. Vale ressaltar que é importante que esse índice seja maior que 2%, pois significa que a empresa não é destruidora de valor. 4.3 Análise da Necessidade de Capital de Giro (NCG) A Necessidade de Capital de Giro (NCG), consiste em um indicador que demonstra se o capital da empresa é suficiente para manter a estrutura operacional da empresa funcionando. Com esse indicador, os gestores e administradores, conseguem saber com clareza e precisão se a empresa tem o capital de giro necessário para custear suas operações, ou se será necessário tomar empréstimos e financiamentos com terceiros para manter suas atividades em devido funcionamento. A NCG, relaciona-se aos prazos médios de recebimentos e pagamentos e, consequentemente, ao ciclo financeiro, e é obtida de duas formas, uma subtraindo os prazos médios de recebimento pelos prazos médios de pagamento e a outra forma é analisando o balanço patrimonial e assim subtrair o ativo circulante operacional pelo passivo circulante operacional. Depois de realizado o cálculo com base no balanço, o entendimento é que se o resultado da subtração for positivo, significa que a empresa não está conseguindo rapidamente transformar o seu ativo operacional em ativo financeiro a fim de pagar suas dívidas, necessitando portanto de recurso extra de terceiros. Segundo José Carlos Sardagna, co-fundador e membro do conselho da Conta Azul, alguns fatores influenciam a NCG. O primeiro deles é o ciclo de caixa de uma empresa, que compreende o tempo entre o pagamento de fornecedores e o 36 recebimento dos valores gerados pela venda dos produtos/serviços pela empresa aos seus clientes. Esse indicador financeiro mostra que, quanto mais cedo a empresa receber e mais tarde pagar, ou seja, quanto mais curto for o seu ciclo de caixa, menor será a sua necessidade de capital de giro. Assim, quanto maior for o ciclo de caixa de uma empresa maior será a quantidade de recursos que ela vai precisar para manter suas operações, ou seja, maior a necessidade de capital de giro até o recebimento dos valores gerados pelas vendas. Com relação as modificações, a NCG pode variar por diversos motivos, tais como alterações dos preços dos estoques,aumentos ou diminuições dos níveis da atividade econômica, mudanças nos prazos dos pagamentos de fornecedores e recebimentos de clientes. Além disso, há outros fatores que influenciam o indicador, como os prazos de estocagem, de produção, de operações e de vendas. Então, quanto maiores forem os prazos da cadeia produtiva de uma empresa, mais recursos precisarão ser disponibilizados para sustentá-la. André Seidel e Ricardo Kume (2003), descrevem em seu trabalho acadêmico intitulado “Contabilização das variações da necessidade de capital de giro”, que as fontes de financiamento da NCG são, Capital de Terceiros: Exigível de Curto e Longo Prazo, tais como, empréstimos bancários, empréstimos de empresas coligadas e controladas e Capital Próprio: Patrimônio Líquido, através do aumento de Capital ou da retenção de lucros. Essas fontes trazem custo para a companhia, sendo que o Capital de Terceiros representa um custo direto, através dos juros cobrados e, o Capital Próprio, pela remuneração dos acionistas, via lucros distribuídos. Diante do exposto a cima, concluímos que a análise do NCG é muito importante para o sucesso do negócio e deve ser feita com frequência, para assim evitar qualquer tipo de surpresa financeira desagradável e garantir um fluxo de caixa saudável para a organização. Saber a real situação da empresa garante segurança na tomada de decisões, fazendo com que a empresa se mantém financeiramente estável. a) Apêndice 1: Elaborar o Esquema de Origem da NCG e o Esquema de Financiamento da NCG. Esquema de Origem da NCG (2005): 37 NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional NCG = 1.061.786,00 – 629.128,00 NCG = 435.658,00 De acordo com o valor obtido no cálculo da NCG, a empresa não está conseguindo rapidamente transformar o seu ativo operacional em ativo financeiro a fim de pagar suas dívidas, necessitando portanto de recurso extra. 38 Esquema de Financiamento da NCG (2005): Para sabermos o esquema de financiamento da NCG, devemos somar o Capital Circulante Líquido aos Empréstimos bancários de curto prazo. Então temos, CCP = PL – (RLP + AP) CCP = 791.051,00 – (351.783,00 + 901.660,00) CCP = 791.051,00 – 1.253.443,00 CCP = - 462.392,00 CCL = CCP + ELP CCL = -462.392,00 + 380.101,00 CCL = - 82.291,00 -------------------------------------- FNCG = - 82.291,00 + 149.326,00 FNCG = 67.035,00 b) Apêndice 2: Apresentar o respectivo relatório, respondendo as seguintes questões: • Qual (is) a (s) causa (s) da variação da NCG? A NCG pode variar por diversos motivos, tais como alterações dos preços dos estoques, aumentos ou diminuições dos níveis da atividade econômica, mudanças nos prazos dos pagamentos de fornecedores e recebimentos de clientes. No nosso exemplo, temos os estoques como principal causa da variação da NCG. 39 • Qual (is) a (s) fontes (s) de financiamento da NCG? A empresa pode tomar três tipos de financiamentos para financiar suas necessidades, são elas: • Capital circulante próprio; • Empréstimos e financiamento bancários a longo prazo e • Empréstimos bancários a curto prazo e Duplicatas descontadas. Analisando o balanço que trouxemos no trabalho, observamos que as fontes de financiamento da NCG são os Empréstimos através das Instituições financeiras. 4.4 Análise da Alavancagem Financeira A alavancagem financeira pode ser entendida como a utilização de capitais de terceiros para incrementar o retorno dos proprietários ou acionistas sobre seu capital. Contabilmente estamos tratando da composição do Passivo e do Patrimônio Líquido. Então, é claro que devemos lembrar de um outro conceito associado ao retorno. Nesse sentido, ao realizarmos uma operação, investimos nosso dinheiro, além do valor que recebemos através de um empréstimo. Sendo que uma importância é determinada entre o capital investido e o empréstimo ou crédito. Desse modo se em decorrência desta operação for bem, é a multiplicação dos lucros com um excelente retorno de acordo com a proporção da alavancagem. Nesse contexto o mais relevante mecanismo de alavancagem é através do endividamento, o que nos permite investir mais dinheiro do que temos graças ao que tomamos emprestado. É importante frisar que existem algumas formas de mensuração de retorno, mas nesse momento tratemos de duas delas especificamente: o retorno sobre o ativo e o retorno sobre o capital próprio. Quando buscamos avaliar o retorno sobre o ativo estamos mensurando qual o retorno que a empresa está gerando em face de todo o investimento necessário para que ela possa desempenhar as suas atividades, ou seja, em face de tudo que foi investido e compõe o ativo desta empresa. Nesse sentido quando mensuramos o retorno sobre o capital próprio, nós voltamos para a mensuração do retorno sobre os recursos investidos pelos 40 proprietários do empreendimento. É a partir da mensuração desse retorno sobre o capital próprio que podemos entender a alavancagem financeira. Neste aspecto o grau de alavancagem normalmente é medido em unidades fracionárias. Uma alavancagem de 1: 2, por exemplo, significa que, para cada real investido, dois reais estão emprestados, ou seja, a dívida também é de um real. Alavancagem 1: 3 é que para cada real investido há dois reais de dívida. Assim a fórmula para calcular a alavancagem financeira de uma operação será: Alavancagem Financeira = 1 : (Valor do investimento / capital próprio investido) Desta maneira eventualmente existe vantagens da alavancagem financeira que são: Multiplica o poder de investimento da sua carteira, pelo que é preciso um menor investimento; Sem limites mínimos e máximos; Sem custos de crédito nem garantias. Desse jeito a única garantia é a sua carteira de investimentos. Por isso se a carteira de investimentos valoriza, aumentará a capacidade ou venda para realizar novos investimentos. A análise do Sistema Dupont é um índice financeiro muito útil, um dos mais importantes para a análise do desempenho económico de uma empresa. Deste modo ele combina os principais indicadores financeiros com o objetivo de determinar o nível de eficiência da empresa. Isto posto é uma técnica que pode ser usada para analisar a rentabilidade de uma empresa, que utiliza ferramentas tradicionais de gestão de desempenho, económicas e operacionais. Esse sistema combina a demonstração de resultados e o saldo da empresa em duas medidas de rentabilidade: Retorno sobre ativos e retorno sobre Capital próprio/Património Liquido (ROE). Destarte a principal vantagem do sistema Dupont é que permite à empresa dividir o seu rendimento sobre o capital em diferentes componentes, de forma que os proprietários podem analisar o rendimento total da empresa desde diversas dimensões. Desta forma, e comparando com a média ou com outras empresas do setor, pode-se encontrar onde a empresa tem problemas. O índice Dupont é determinado pela aplicação da seguinte fórmula: (lucro líquido/vendas) * (vendas/ativo total) * (Multiplicador do capital) Para calcular o índice de Dupont há que considerar as seguintes variáveis: 41 • lucro líquido / vendas totais • vendas totais / ativos totais • multiplicador do capital 4.4.1 Elementos do sistema Dupont O sistema Dupont reúne os elementos responsáveis pelo crescimento económico de uma empresa para determinar o nível de eficiência que a empresa usa para os seus ativos, a sua rotação dos ativos e a alavancagem financeira, usando um diagrama de fórmula como o seguinte: Fonte:https://www.rankia.pt/acoes/o-sistema-dupont-para-a-analise-da-rentabilidade BALANÇO PATRIMNIAL DA EMPRESA Pirelli Pneus S.A 2003 2004 Ativo Total R$ 1.782,464,00 R$ 2.158,671,00 Ativo Circulante R$ 823.230,00 R$ 1.052,91 Estoques R$ 214.053,00 R$ 271.153,00Outros Valores a Receber R$ 24.696,00 R$ 50.565,00 Ativo Não Circulante R$ 289.344,00 R$ 299.061,00 Investimentos R$ 85.274,00 R$ 106.564,00 Imobilizado R$ 556.521,00 R$ 683.896,00 Diferidos R$ 28.095,00 R$ 16.242,00 42 Passivo Total R$ 1.782,46 R$ 2.158,698 Passivo Circulante R$ 736.116,00 R$ 980.298,00 Passivo Não Circulante R$ 365.627,00 R$ 376.194,00 Patrimônio Líquido R$ 680.721,00 R$ 802.179,00 DRE 2003 2004 Receita Bruta R$ 2.714,158,00 R$ 3.339,69 Receita Líquida R$ 2.156,461,00 R$ 2.564,698 Lucro Bruto R$ 588.055,00 R$ 714.869,00 Despesas Operacionais R$ 406.842,00 R$ 445.441,00 Lucro Operacional R$ 187.915,00 R$ 290.604,00 Lucro Líquido R$ 159.733,00 R$ 219.096,00 a) Apêndice 1: Elaborar o sistema Du Pont • Du Pont de 2003 1-Margem de lucro líquido: Lucro líquido / vendas = 159.733/2.156,461 = 0,07 2-Rotatividade total de ativos: Vendas / Ativo Total = 2.156,461/1.782,464 = 1,20 3-Alavancagem financeira: Ativo / Patrimônio Líquido= 1.782,464/680,721 =2,61 Sistema Dupont 2003 = 0,07x 1,20 x 2,61 = 0,22 • Du Pont 2004 1-Margem de lucro líquido: lucro líquido / vendas = 219.096/2.564,70 = 0,85 2-Rotatividade total de ativos: Vendas / Ativo Total = 2.564,698/2.158,671=1,18 3-Alavancagem financeira: Ativo / Patrimônio Líquido= 2.158,671/219.096= 9,85 Sistema Dupont 2004 = 0,85 x 1,18 x 9,85 = 9,87 b) Apêndice 2: Apresentar o respectivo relatório, respondendo as seguintes questões: • Qual (is) a (s) causa (s) do aumento ou da queda da taxa de retorno sobre o ativo? 43 • Qual (is) a (s) causa (s) do aumento ou da queda do multiplicador de alavancagem financeira? • A taxa de retorno do P.Líquido teve o mesmo desempenho da taxa de retorno sobre o ativo? Por que? Conforme visto nos cálculos e nas análises da empresa Pirelli Pneus S.A, nos anos de 2003 e 2004, considerando que a taxa de retorno sobre o ativo, ou seja, ROA, sendo este calculado pela Margem de lucro líquido/ Rotatividade total de ativos, verificou-se um aumento considerável de 0,37 do ano de 2003 para 2004. Sucedendo de 0,35 para 0,72 ( 0,07/0,20=0,35 e 0,85 /1,18=0,72). Observa-se que a margem de lucro também houve um aumento, por mais que tenha sido algo bem discreto. Desta maneira a margem de lucro teve um acréscimo significativo, no entanto a rotatividade total do ativo obteve uma queda, com isso a taxa ficou perto a do mês anterior. Portanto dispomos do multiplicador de alavancagem financeira, no qual foi registrado um aumento aplausível de 2003 para 2004. Considerando que os valores dos ativos da empresa aumentaram e consequentemente o patrimônio líquido acompanhou o crescimento. Assim a taxa de retorno sobre o Patrimônio líquido, ou a ROE, que é a taxa ROA x a Alavancagem Financeira, também ocorreu um aumento relevante em sua taxa passando de 0,182 para 1,003 (0,07x2,61=0,182 e 0,85x1,18= 1,003) que pode ser esclarecido pela elevação da rotatividade dos ativos de um ano para o outro. 44 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A consolidação das demonstrações contábeis, além de serem obrigatórias para uma grande parte das empresas, é essencial para uma boa performance da gestão, uma vez, que com dados claros sobre a real situação financeira de todo grupo econômico, a diretoria da empresa tem mais propriedade nas tomadas de decisão. Vale ressaltar que todos os papeis de trabalho da consolidação possuem entre si um elo de ligação, que juntos garantem a veracidade das informações, fazendo além do papel de legalidade, a função de transparência dos negócios da empresa, e através disto, muitos investidores podem se aproximar para fazer possíveis injeções de capital. Diante de todo o exposto, concluímos que o trabalho, foi de grande valia para nós, futuros contadores, pois pudemos ter o entendimento correto acerta de como realmente funciona a consolidação das demonstrações contábeis de uma empresa e o quão importante ela é para uma organização e o quanto de responsabilidade um contador deve ter ao elaborar tais documentos. 45 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MASCARENHAS, Walace. “O que é balanço consolidado?”. Disponível em: https://parmacontabilidade.com/o-que-e-balanco-consolidado/. Acesso em: 28 fevereiro 2022. ANCAY, Mariani. “Consolidação de Demonstrações contábeis”. Disponível em: https://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/64556/MARIANI%20FATIMA %20ANCAI.pdf?sequence=1&isAllowed=. Acesso em: 01 março 2022. SANTOS, Silvana. “Consolidação de Demonstrações contábeis”. Disponível em: https://semanaacademica.com.br/system/files/artigos/consolidacaodasdemonstracoe scontabeis. Acesso em: 03 março 2022. 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