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POLÍTICA NO ENEM
Ronald Honório de Santana
Política no ENEM
Compreender fenômenos políticos através das competências 3 e 5 com suas habilidades 8, 11, 12,13,14,15, 21,22,23,24,25 com as formas de organização social, movimentos, pensamento político e ação do estado.
Geo- Política (Diferente da Geografia Política). 
Marketing político (Eleições).
Governos (Brasil: colonial, Império e República).
Ética: suas interações com a sociedade; dialogo com a realidade e sua atuação no meio em que o homem vive.
Teóricos da Politica: Tomás de Aquino, Agostinho, Locke, Hobbes, Montesquieu, Habermas, Kant, Marx, Platão, Werber.
As questões da prova de Ciências Humanas cria um desafio aos alunos de relacionar os conceitos políticos para sua realidade: Polis, cidadania, leis (ECA), conceito de poder, estados modernos (lei + força).
Democracia e revoluções políticas. 
Sistema político brasileiro.
A palavra “política” tem diversos sentidos. No entanto, em termos conceituais, a política é a arte de governar, diz respeito à gestão dos destinos da comunidade (pólis = cidade). 
Os gregos foram os primeiros a elaborar uma reflexão sobre a política. Mais tarde, foram elaboradas teorias políticas que ora analisam a transformação da sociedade (Locke), ora propõem vias revolucionárias (Marx), mas a política sempre esteve vinculada à ideia de poder.
A ideia de poder está relacionada à capacidade de ação sobre indivíduos ou grupos de indivíduos. O poder é uma relação entre aquele que o exerce e aquele sobre quem 
ele é exercido. O exercício do poder pressupõe o uso da força, aqui entendida como a capacidade de influenciar 
o comportamento de outrem.
Na Idade Média, o poder do governante assentava-se na ideia de sua origem divina. A partir da Idade Moderna, a noção de contrato social estabelecido pelos governados dá legitimidade ao governante, inclusive para deter o monopólio do uso da força física. Desde então, o Estado torna-se um estado de direito, porque segue princípios legais.
Democracia
Uma das formas de legitimação do poder político é a democracia, que teve origem na Grécia. Em seu sentido etimológico, quer dizer “governo do povo”. Entretanto, da democracia grega estavam excluídos mulheres, escravos e estrangeiros. No entanto, a invenção da democracia já 
destacava os valores de igualdade, liberdade e participação.
Alguns aspectos importantes da democracia: A democracia é um regime político que deve zelar pela pluralidade de convicções, com garantia de livre expressão, desde que dentro dos limites legais. Por exemplo, uma opinião racista deve ser coibida pelo Estado, porque ofende os princípios legais e a dignidade humana.
A democracia se caracteriza também pela eleição do governante pelo conjunto dos cidadãos, bem como pela alternância regular e periódica do poder.
A ideia de democracia está intimamente ligada à de cidadania. O cidadão é um sujeito com direitos (civis e sociais) e deveres (obrigações) perante o Estado. Ser cidadão não significa apenas exercer o direito do voto, mas desenvolver umacidadania 
ativa, com ampla 
participação do indivíduo 
na vida pública.
A democracia no Brasil: Pode-se falar da existência de uma democracia formal no Brasil, que consiste no conjunto das instâncias características desse regime: instituições democráticas, eleições livres, liberdade de pensamento e de expressão, liberdade de imprensa etc. 
Do ponto de vista da democracia substancial, que avalia os resultados do processo formal da democracia, ainda há imensas diferenças sociais, dada a grande parcela da população que vive na pobreza, que tem limitado o acesso à democracia política, social, econômica e jurídica.
Totalitarismo e autoritarismo
O totalitarismo expressou-se no século XX na Alemanha de Hitler, na Itália de Mussolini e na União Soviética de Stálin.
No totalitarismo, o Estado interfere em todos os setores da 
vida do cidadão, manipulado pela formação de organismos 
de massa e pela propaganda política.
O partido único despreza o pluralismo partidário.
Subordinação do Legislativo e do Judiciário ao poder Executivo.
Polícia política.
Campos de extermínio
O autoritarismo: os governos autoritários também cerceiam as liberdades individual e de imprensa pela censura e detêm um aparelho repressivo. 
Distinguem-se dos governos totalitários por não se sustentar por uma ideologia de base.
Mantêm a aparência de democracia, permitindo a atividade de outros partidos, mas de oposição apenas formal.
Perseguição aos dissidentes com prisão, tortura e morte. 
A partir da década de 1960, vários países sul-americanos foram submetidos a governos militares autoritários, como Brasil, Uruguai, Argentina e Chile.
Na atualidade, têm ocorrido manifestações neonazistas, enquanto em alguns países árabes movimentos populares vêm depondo seus ditadores. Em outros persistem as teocracias, nas quais governos fortes se fundamentam em concepções religiosas radicais.
A definição de poder é: “a capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos.
Tanto pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos como a objetos ou a fenômenos naturais (como na expressão Poder calorífico, Poder de absorção)”.
Este conceito, extraído do Dicionário de Política, tem por objetivo simplificar o conceito de “poder”, uma vez que, dependendo do autor, ele assume inúmeras possibilidades.
o poder em sua dimensão social e política, desconsiderando assim a sua dimensão natural, o poder social não existe na natureza, mas está presente no cotidiano, nas relações da sociedade, do Estado e das pessoas.
Michel Foucault (1926-1984), filósofo francês, analisou o poder em sua obra “Microfísica do poder”. Este pensador do século XX acreditava que o poder acontece na sociedade a partir das relações entre as pessoas. Essas relações pessoais produzem entre os indivíduos pequenos centros de poder e de dominação de uma pessoa para com outra. Essas relações se espalham para todos os membros da sociedade.
Foucault chama essas relações sociais de poder de “redes de sequestro”. O mais incrível é que Foucault afirma que nós não nos damos conta de que isso ocorre e que esta situação é uma questão de poder. Pensar assim nos faz refletir se nós temos a capacidade de controlarmos a nossa própria vida ou se são as outras pessoas que controlam a nossa vida. Assim, para Foucault, o poder está em toda parte. Você exerce poder sobre alguém, que exerce poder sobre outra pessoa e alguém exerce algum poder sobre você. Por este motivo, o poder seria uma “microfísica” que estaria em tudo e em todos, sendo exercido nas relações sociais.
Max Weber (1864-1920), que pesquisou as relações de poder, descobriu que o poder só é exercido porque existe uma dominação de uma pessoa sobre a outra, de modo que uma tem a capacidade de convencer a outra de fazer algo que esta não queria ou não pensava em fazer. Weber aponta a existência de três tipos de dominação legítima, são elas: dominação tradicional; dominação carismática; dominação legal. A dominação tradicional se legitima pelos costumes das relações sociais que são passados pela tradição de um povo. Ex: o pai sobre os filhos; O chefe sobre os empregados; Governo sobre a sociedade.
Infelizmente muitas pessoas estão desacreditadas com a política. Mas devemos entender que a política tem uma finalidade importante que é a busca do bem comum. Por este motivo os atos políticos devem estar sempre associados à ética e à moral, afinal, se moral é habito e costume, então as pessoas que fazem a política precisam ter e exercer atitudes consideradas corretas por toda a sociedade.
Ciência Política
Ciência Política é o estudo da política — dos sistemas políticos, das organizações políticas e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo — ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. 
Definição
Os cientistas políticos podem estudar instituições como corporações(ou empresas, no Brasil), uniões (ou sindicatos, no Brasil), igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.
Existe no interior da Ciência Política uma discussão acerca do objeto de estudo desta ciência, que, para alguns, é o Estado e, para outros, o poder. A primeira posição restringe o objeto de estudo da ciência política; a segunda amplia. 
Aristóteles, Platão e a Democracia Grega
Na Grécia Antiga, para Aristóteles a política deveria estudar a pólis e as suas estruturas e instituições (a sua constituição e conduta). É considerado o pai da Ciência Política, porque considerou a política a ciência “maior”, ou mais importante do seu tempo. Criou, ainda, um método de observação que permitiu uma sistematização e explicação dos fenómenos sociais. Preocupava-se com um governo capaz de garantir o bem-estar geral (o bom governo);
Antes de Aristóteles, seu mestre, Platão, relata a teoria política de Sócrates no livro A República, em que se posiciona criticamente frente à democracia direta grega, e propõe um regime no qual “os reis fossem sábios e os sábios fossem reis”.
No século XVI, Maquiavel e a sua obra dão origem à modernidade política. A sua preocupação era a criação de um governo eficaz que unificasse e secularizasse a Itália.
Defende um príncipe ou dirigente de governo sem preocupações morais ou éticas, um dirigente que não olha a sensibilidades para atingir os seus fins. A política, era assim a arte de governar, ou seja, uma técnica que permitisse ao dirigente ou governante alcançar os fins independentemente dos meios, não visa a realização geral mas sim pessoal. 
Maquiavel
Introduziu, ainda, um método comparativo-histórico, fazendo comparação entre dirigentes da sua época e de épocas anteriores através de exemplos. Introduziu, também, e reforçou a importância do Estado e da Instituição Estatal.
Contratualismo e divisão de poderes
O conceito de direito natural (jusnaturalismo) consiste na defesa de uma lei universal ditada pela razão humana.
Apesar de antigo, foi na Idade Moderna que o conceito de direito natural tornou-se laico, desvinculado da religião.
Na direção do jusnaturalismo surgiu a vertente teórica do contrato social, elaborada pelos filósofos Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.
No estado de natureza, o indivíduo viveria como dono exclusivo de si e dos seus poderes: que motivo o teria levado a se submeter a um Estado? 
A pergunta é sobre a legitimidade do Estado. Aqueles filósofos respondem que o poder deve se fundar na representatividade e no consenso.
Thomas Hobbes
Em troca da segurança e da preservação da própria vida, ameaçadas no estado de natureza, os indivíduos realizam o contrato social: um pacto pelo qual abrem mão de sua liberdade e transferem o governo para um soberano.
O soberano possui um poder absoluto, 
total e ilimitado. Para atemorizar os 
indivíduos, exerce seu poder pela força, 
pela ameaça e pelo castigo. Esse poder 
é incontestável pelo súdito.
Montesquieu
A teoria da separação e da autonomia dos três poderes surgiu como forma de combate à tirania. A independência entre o Legislativo, 
o Executivo e o Judiciário garante o equilíbrio desses três poderes entre si.
Refletindo sobre o abuso do poder real, Montesquieu concluiu que “só o poder freia o poder”, daí a necessidade de cada poder manter-se autônomo e constituído por pessoas diferentes.
John Locke
Para Locke, no estado de natureza os indivíduos não se encontram em guerra uns contra os outros. O contrato social, no entanto, é necessário para garantir a preservação da propriedade dos indivíduos (vida, liberdade, bens).
Ao contrário do que ocorre em Hobbes, os homens têm 
direito à insurreição caso o soberano traia a confiança 
nele depositada.
John Locke
Um aspecto progressista é a concepção parlamentar do poder político: o legislativo é o poder supremo.
Como representante dos ideais burgueses, Locke enfatizou a necessidade de preservação da propriedade. E propriedade, para ele, significa ser dono do próprio corpo, o que condena a servidão e a escravidão.
No entanto, a concepção de liberdade de Locke é abstrata 
e elitista, porque apenas os que têm fortuna podem usufruir da plena cidadania, para votar ou ser votado.
Jean-Jacques Rousseau
O indivíduo encontra-se livre e feliz no estado de natureza (o “bom selvagem”). A propriedade, contudo, é a responsável pela desigualdade entre os homens.
O verdadeiro contrato social, ao contrário do falso contrato, não retira do povo sua soberania. 
Com esse pressuposto, Rousseau recupera a noção de democracia direta ou participativa, mantida por meio de assembleias de todos os cidadãos.
Jean-Jacques Rousseau
A vontade geral: é a disposição de legislar não como pessoa privada, mas como pessoa pública.
A vontade geral não se confunde com a vontade da maioria, porque a somatória dos interesses particulares pode ser egoísta e não atender ao bem comum.
O liberalismo clássico 
O liberalismo clássico é constituído por um conjunto de ideias éticas, políticas e econômicas da burguesia, em oposição à visão de mundo da nobreza feudal.
São três os seus aspectos principais: liberalismo político, liberalismo ético e liberalismo econômico.
Liberalismo político: teorias políticas que se contrapunham ao absolutismo monárquico e ao direito divino do poder real. Baseavam-se no contratualismo e no consentimento dos cidadãos.
Liberalismo ético: defesa da tolerância religiosa e da liberdade de expressão, combatendo o uso arbitrário do poder com a instituição de um Estado de direito.
Liberalismo econômico: opõe-se à intervenção estatal sobre as atividades econômicas. Defende a livre iniciativa e a competitividade no mercado.
Na modernidade foram esboçadas as novas linhas que orientaram daí em diante as ideias liberais e os primeiros passos em direção à conquista de cidadania e democracia.
Pensadores Políticos do Séc. XIX
Augusto Comte alertou para a necessidade de analisar com objetividade os fenomenos ou fatos políticos; propôs a teoria positivista, que está expressa na bandeira brasileira, nos dizeres “ordem e progresso”;
Alexis de Tocqueville chama a atenção para o estudo do sistema democrático norte-americano. Na sua análise introduziu um conjunto de entrevistas, o que lhe permitiu realizar análises comparativas;
Karl Marx introduz uma nova perspectiva de abordagem dos fenomenos políticos e de poder, uma vez que faz uma análise do ponto de vista econômico e social, considerando o fenômeno político como consequência das relações de produção, e o regime político como reflexo da organização das forças produtivas). 
A Ciência Política no Século XX
A Ciência Política é reconhecida nas universidades, como forma de combater o caciquismo no poder local e a corrupção nos partidos políticos;
Após a Segunda Guerra Mundial, a Ciência Política ganha relevo e se torna uma disciplina autônoma nas universidades. Além disso ganha força a análise de sistemas eleitorais, e também do comportamento do eleitorado;
Os fenômenos que contribuíram para o reforço da ciência política foram a proliferação dos sistemas democráticos, dos partidos políticos, dos mas media, de organizações internacionais. Estes fatos levaram ao aumento de estudos, o que suscitou também uma maior proliferação da ciência política.

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