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Informativo STF 1111

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13 DE OUTUBRO DE 2023
Edição 1111/2023
Secretaria-Geral da Presidência
Aline Rezende Peres Osorio
Gabinete da Presidência
Fernanda Silva de Paula
Diretoria-Geral
Eduardo Silva Toledo
Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação
Patrícia Perrone Campos Mello
Coordenadoria de Difusão da Informação
Renata Helena Souza de Azevedo Rudolf
Equipe Técnica
Renan Arakawa Pamplona 
Anna Daniela de Araújo M. dos Santos
Daniela Damasceno Neves Pinheiro 
João de Souza Nascimento Neto
Luiz Carlos Gomes de Freitas Júnior 
Mariana Bontempo Bastos
Priscila Py Teixeira
Ricardo Henriques Pontes
Tays Renata Lemos Nogueira
Capa e projeto gráfico
Flávia Carvalho Coelho Arlant
Diagramação
Cínthia Aryssa Okada
Leonardo Ramsés Cunha Oliveira
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal)
Informativo STF [recurso eletrônico] / Supremo Tribunal Federal. N. 1, (1995) – . Brasília : STF, 1995 – .
Semanal.
O Informativo STF, periódico semanal do Supremo Tribunal Federal, apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e 
conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual. 
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
ISSN: 2675-8210.
1. Tribunal supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Tribunal supremo, periódico, Brasil. I. Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF). Secretaria de 
Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação. 
CDDir 340.6
Permite-se a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte.
ISSN: 2675-8210
INFORMATIVO STF. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, n. 1111/2023. 
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF. Data de divulgação: 13 de outubro de 2023. 
INFORMAÇÕES 
ADICIONAIS
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
https://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
13 de outubro de 2023 | 1111/2023 INFORMATIVO STF
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
MINISTRO 
LUÍS ROBERTO BARROSO
Presidente [26.6.2013]
MINISTRO 
LUIZ EDSON FACHIN
Vice-presidente [16.6.2015]
MINISTRO 
GILMAR FERREIRA MENDES
Decano [20.6.2002]
MINISTRA 
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
[21.6.2006]
MINISTRO 
JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI
[23.10.2009]
MINISTRO
LUIZ FUX
[3.3.2011]
MINISTRO 
ALEXANDRE DE MORAES
[22.3.2017]
MINISTRO 
KASSIO NUNES MARQUES
[5.11.2020]
MINISTRO 
ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA
[16.12.2021]
MINISTRO 
CRISTIANO ZANIN MARTINS
[04.08.2023]
13 de outubro de 2023 | 1111/2023 INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
1 INFORMATIVO
1.1 PLENÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL
 » Direitos e Garantias Fundamentais; Estado de Coisas Inconstitucional no 
Sistema Carcerário; Proteção ao Mínimo Existencial
• Sistema prisional brasileiro: estado de coisas inconstitucional decorrente da 
violação grave e massiva de direitos fundamentais - ADPF 347/DF
 » Direitos e Garantias Fundamentais; Proteção à Maternidade; Proteção do 
Nascituro e do Infante; Administração Pública
• Direito da gestante contratada por prazo determinado ou ocupante de 
cargo em comissão à licença-maternidade e à estabilidade provisória - RE 
842.844/SC (Tema 542 RG)
 » Organização Político-Administrativa; Criação, Incorporação, Fusão e 
Desmembramento de Municípios; Processo Legislativo
• Municípios: criação, incorporação, fusão ou desmembramento - ADPF 819/MT
 » Repartição de Competências; Telecomunicações
• Serviço de telefonia: garantia de sinal de celular em passagem subterrânea 
de trânsito no âmbito estadual - ADI 7.404/RJ
 » Suspensão dos Direitos Políticos; Condenação Criminal Definitiva
• Condenação criminal transitada em julgado: possibilidade de nomeação e 
posse de aprovados em concurso público - RE 1.282.553/RR (Tema 1.190 RG)
DIREITO TRIBUTÁRIO
 » Impostos; IOF; Operações de Crédito
• IOF: incidência em contratos de mútuo sem participação de instituições 
financeiras - RE 590.186/RS (Tema 104 RG)
13 de outubro de 2023 | 1111/2023 INFORMATIVO STF
2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA
• Disputa entre Apple e Gradiente sobre o uso da marca “iphone” no Brasil 
(Tema 1.205 RG) - ARE 1.266.095/RJ
• Incidência do crime de prevaricação no caso de atividade de livre convencimento 
motivado dos membros do Ministério Público e do Poder Judiciário - ADPF 881 
MC-Ref/DF
• Instalação de torres de telecomunicações e estações de telefonia móvel: 
obrigatoriedade de licenciamento ambiental - ADI 7.412/TO e ADI 7.413/CE
• Provimento derivado: transformação de cargo de nível médio em cargo de nível 
superior e (in)existência de uniformidade de atribuições - ADI 5.128/SE
3 INOVAÇÕES NORMATIVAS DO STF
EDIÇÃO 1111/2023 | 
6
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
1 INFORMATIVO
1.1 PLENÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS; 
ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL NO SISTEMA CARCERÁRIO; 
PROTEÇÃO AO MÍNIMO EXISTENCIAL
DIREITO PENAL – EXECUÇÃO DA PENA; RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO
Sistema prisional brasileiro: estado de coisas 
inconstitucional decorrente da violação grave e 
massiva de direitos fundamentais - ADPF 347/DF 
ÁUDIO
DO TEXTO 
AMICUS
CURIAE 
Parte 1
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 2
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 3
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 
TESE FIXADA:
“1. Há um estado de coisas inconstitucional no sistema carcerário brasileiro, res-
ponsável pela violação massiva de direitos fundamentais dos presos. Tal estado 
de coisas demanda a atuação cooperativa das diversas autoridades, instituições e 
comunidade para a construção de uma solução satisfatória. 2. Diante disso, União, 
Estados e Distrito Federal, em conjunto com o Departamento de Monitoramento e 
Fiscalização do Conselho Nacional de Justiça (DMF/CNJ), deverão elaborar planos 
a serem submetidos à homologação do Supremo Tribunal Federal, nos prazos e 
observadas as diretrizes e finalidades expostas no presente voto, especialmente 
voltados para o controle da superlotação carcerária, da má qualidade das vagas 
existentes e da entrada e saída dos presos. 3. O CNJ realizará estudo e regulará a 
criação de número de varas de execução penal proporcional ao número de varas 
criminais e ao quantitativo de presos.”
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4783560
https://drive.google.com/file/d/1lZwgai-wMYynFRgNBB2ApPF8sdhjPuUF/view?usp=sharing
https://youtu.be/vy7RdlM3YD0?si=JvVMn99OeXuTNTs7&t=233
https://youtu.be/ycBMstZtRcY?si=JLww3wkD0lxchz4k&t=3
https://youtu.be/7rO5x37iVjc?si=1ttXSEehpQz9g4rR&t=3
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
EDIÇÃO 1111/2023 | 
7
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
RESUMO:
A situação de grave violação em massa de direitos fundamentais dos presos enseja 
o reconhecimento de um estado de coisas inconstitucional do sistema prisional bra-
sileiro. A superação desse problema de natureza estrutural exige do Poder Público 
a elaboração de um plano nacional e de planos locais que prevejam um conjunto 
de medidas e a participação de diversas autoridades e entidades da sociedade.
A proteção dos direitos fundamentais é inerente à condição humana. Nesse contexto, 
as normas constitucionais e os tratados internacionais de direitos humanos de que o 
Brasil é parte proíbem a existência de penas cruéis, garantem ao preso o respeito à sua 
integridade física e moral, bem como preveem que a pena será cumprida em estabele-
cimentos distintos de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.
No âmbito infraconstitucional, a Lei de Execução Penal assegura a assistência mate-
rial, jurídica, educacional, social, religiosa, além do acesso à saúde, aos alojamentos 
com ocupação e dimensões adequadas, ao trabalho e ao estudo (Lei 7.210/1984, arts. 
40, 41 e 126).
Esse cenário normativo, em conjunto comas sistemáticas violações desses direitos, 
afasta eventuais contornos políticos ou de discricionariedade administrativa, tornando 
o problema do sistema carcerário brasileiro essencialmente jurídico, motivo pelo qual 
o estrito cumprimento das normas acima citadas deve ser assegurado por esta Corte.
A superlotação dos presídios, o descontrole na entrada e as condições da saída do 
sistema prisional, e a má qualidade das vagas disponibilizadas impedem a prestação 
de serviços e bens essenciais que integram o mínimo existencial. Essas circunstâncias 
comprometem a capacidade do sistema em cumprir seus fins de ressocialização e de 
funcionar a favor da segurança pública.
Com base nesses e outros entendimentos, o Plenário, por maioria, julgou parcialmente 
procedente a ADPF para:
a. reconhecer o estado de coisas inconstitucional do sistema carce-
rário brasileiro;
b. determinar que juízes e tribunais:
(b.1) realizem audiências de custódia, preferencialmente de forma pre-
sencial, de modo a viabilizar o comparecimento do preso perante a 
autoridade judiciária em até 24 horas contadas do momento da prisão;
(b.2) fundamentem a não aplicação de medidas cautelares e penas 
alternativas à prisão, sempre que possíveis, tendo em conta o quadro 
dramático do sistema carcerário;
c. ordenar a liberação e o não contingenciamento dos recursos do 
FUNPEN;
EDIÇÃO 1111/2023 | 
8
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
d. determinar a elaboração de plano nacional e de planos estaduais 
e distrital para a superação do estado de coisas inconstitucional, com 
indicadores que permitam acompanhar sua implementação;
e. estabelecer que o prazo para apresentação do plano nacional será 
de até 6 (seis) meses, a contar da publicação desta decisão, e de 
até 3 anos, contados da homologação, para a sua implementação, 
conforme cronograma de execução a ser indicado no próprio plano;
f. estabelecer que o prazo para apresentação dos planos estaduais 
e distrital será de 6 meses, a contar da publicação da decisão de 
homologação do plano nacional pelo STF, e implementado em até 3 
anos, conforme cronograma de execução a ser indicado no próprio 
plano local;
g. prever que a elaboração do plano nacional deverá ser efetuada, 
conjuntamente, pelo DMF/CNJ e pela União, em diálogo com institui-
ções e órgãos competentes e entidades da sociedade civil, nos ter-
mos explicitados acima e observada a importância de não alongar 
excessivamente o feito;
h. explicitar que a elaboração dos planos estaduais e distrital se dará 
pelas respectivas unidades da federação, em respeito à sua autono-
mia, observado, todavia, o diálogo com o DMF, a União, instituições 
e órgãos competentes e entidades da sociedade civil, nos moldes e 
em simetria ao diálogo estabelecido no plano nacional;
i. prever que, em caso de impasse ou divergência na elaboração dos 
planos, a matéria será submetida ao STF para decisão complementar;
j. estabelecer que todos os planos deverão ser levados à homologa-
ção do Supremo Tribunal Federal, de forma a que se possa assegurar 
o respeito à sua decisão de mérito;
k. determinar que o monitoramento da execução dos planos seja efe-
tuado pelo DMF/CNJ, com a supervisão necessária do STF, cabendo 
ao órgão provocar o tribunal, em caso de descumprimento ou de 
obstáculos institucionais insuperáveis que demandem decisões espe-
cíficas de sua parte; e 
l. estipular que os planos devem prever, entre outras, as medidas exa-
minadas neste voto, observadas as diretrizes gerais dele constantes, 
sendo exequíveis aquelas que vierem a ser objeto de homologação 
final pelo STF em segunda etapa.
ADPF 347/DF, relator Ministro Marco Aurélio, redator do acórdão Ministro Luís Roberto Barroso, 
julgamento finalizado em 4.10.2023
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4783560
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4783560
EDIÇÃO 1111/2023 | 
9
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS; 
PROTEÇÃO À MATERNIDADE; PROTEÇÃO DO NASCITURO E DO INFANTE; 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DIREITO ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO; LICENÇA-MATERNIDADE; 
ESTABILIDADE PROVISÓRIA
Direito da gestante contratada por prazo 
determinado ou ocupante de cargo em 
comissão à licença-maternidade e à 
estabilidade provisória - RE 842.844/SC 
(Tema 542 RG) 
ÁUDIO
DO TEXTO 
AMICUS
CURIAE 
REPERCUSSÃO
GERAL
Parte 1
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 2
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 
TESE FIXADA: 
“A trabalhadora gestante tem direito ao gozo de licença-maternidade e à estabi-
lidade provisória, independentemente do regime jurídico aplicável, se contratual 
ou administrativo, ainda que ocupe cargo em comissão ou seja contratada por 
tempo determinado.”
RESUMO:
Dada a prevalência da proteção constitucional à maternidade e à infância, a ges-
tante contratada pela Administração Pública por prazo determinado ou ocupante 
de cargo em comissão também possui direito à licença-maternidade de 120 dias 
e à estabilidade provisória, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após 
o parto.
A proteção ao trabalho da mulher gestante é medida justa e necessária que inde-
pende da natureza do vínculo empregatício (celetista, temporário ou estatutário), da 
modalidade do prazo do contrato ou da forma de provimento (em caráter efetivo ou 
em comissão). 
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4650144
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4650144&numeroProcesso=842844&classeProcesso=RE&numeroTema=542
https://drive.google.com/file/d/1exlhAXfxMCh_1PdoCs7w0rgWDxR9ZQXJ/view?usp=sharing
https://youtu.be/7ploSNlv5BU?si=NlCJOFqjX9yG_Emt&t=61
https://youtu.be/GOOHDs7bkU8?si=qmrJOAujqD-41Cs7&t=80
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
EDIÇÃO 1111/2023 | 
10
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
A garantia constitucional é genérica e incondicional, circunstância que atende ao princípio 
da máxima efetividade dos direitos fundamentais e assegura à trabalhadora gestante 
não apenas o emprego, mas uma gravidez protegida e digna ao nascituro, inclusive no 
que diz respeito às necessidades do período pós-parto, em especial a amamentação.
Ademais, como medida de fortalecimento da igualdade material, o referido direito 
deve ser estendido à universalidade das servidoras, pouco importando a modalidade 
do trabalho, notadamente porque o texto constitucional não excluiu as trabalhadoras 
com vínculo não efetivo (1). 
Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, ao apreciar o Tema 542 
da repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário. 
(1) CF/1988: “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria 
de sua condição social: (...) XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração 
de cento e vinte dias; (...) Art. 39. (...) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto 
no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos 
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.”
RE 842.844/SC, relator Ministro Luiz Fux, julgamento finalizado em 5.10.2023
DIREITO CONSTITUCIONAL – ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA; 
CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS; 
PROCESSO LEGISLATIVO
Municípios: criação, incorporação, fusão ou 
desmembramento - ADPF 819/MT 
ÁUDIO
DO TEXTO 
AMICUS
CURIAE 
RESUMO:
Pendente a edição da lei complementar federal que assinale o prazo permitido 
para a criação e alteração de municípios (CF/1988, art. 18, § 4º, na redação dada 
pela EC 15/1996), os estados estão impedidos de editar normas que disciplinem a 
matéria e permitam surgimento de novos entes locais, ressalvada a hipótese de 
convalidação do art. 96 do ADCT.Mesmo após a EC 15/1996, o regramento referente à criação, incorporação, fusão e 
ao desmembramento de municípios continuou a ser realizado por lei estadual, porém 
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4650144&numeroProcesso=842844&classeProcesso=RE&numeroTema=542
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4650144&numeroProcesso=842844&classeProcesso=RE&numeroTema=542
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4650144
file:///Q:/Livros%20e%20Publica%c3%a7%c3%b5es/Informativo%201000/Informativo%201111/bookmark://municipios
file:///Q:/Livros%20e%20Publica%c3%a7%c3%b5es/Informativo%201000/Informativo%201111/bookmark://municipios
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6147127
https://drive.google.com/file/d/1pVh020cL9ZE8U8cFi7rwDjcrLK5qlL2X/view?usp=sharing
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
EDIÇÃO 1111/2023 | 
11
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
sujeito à observância de prazo determinado por lei complementar federal, além de 
prévia consulta, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, e da 
realização e divulgação de estudos de viabilidade municipal (1).
Entretanto, o Congresso Nacional, ao invés de editar a mencionada lei complementar, 
optou por acrescentar o art. 96 ao ADCT (2), o que ocorreu mediante a promulgação 
da EC 57/2008. Assim, foram convalidados os atos de criação de municípios editados 
no período compreendido entre a promulgação da EC 15/1996 e 31 de dezembro de 
2006, desde que atendidos os demais requisitos estabelecidos na legislação estadual 
vigente à época.
Na espécie, o Município de Boa Esperança do Norte/MT foi criado em pleno atendi-
mento aos requisitos exigidos pela legislação estadual que vigorava na ocasião (3), 
razão pela qual a lei que o criou foi convalidada com a promulgação da EC 57/2008 (4).
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, julgou procedente a ADPF 
para: (i) declarar a não recepção do art. 178, caput, da Constituição do Estado de 
Mato Grosso; do art. 1º da Lei Complementar 43/1996 do Estado de Mato Grosso; 
e do art. 3º, caput, da Lei Complementar 23/1992 do Estado de Mato Grosso; (ii) 
declarar a inconstitucionalidade do art. 1º, caput, da Emenda Constitucional estadual 
16/2000; e (iii) reconhecer a convalidação da Lei mato-grossense 7.264/2000 pelo 
art. 96 do ADCT.
(1) CF/1988: “Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. (...) 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) 
Vide art. 96 - ADCT”
(2) ADCT: “Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, 
cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação 
do respectivo Estado à época de sua criação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 57, de 2008)”
(3) Lei 7.264/2000 do Estado de Mato Grosso: “Art. 1º Fica criado o Município de Boa Esperança do Norte, 
com sede na localidade do mesmo nome, com área territorial desmembrada dos Municípios de Sorriso e 
Nova Ubiratã.”
(4) Precedente citado: ADI 3.799.
ADPF 819/MT, relator Ministro Luís Roberto Barroso, redator do acórdão Ministro Gilmar Mendes, 
julgamento virtual finalizado em 6.10.2023 (sexta-feira), às 23:59
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70444/CE_MT_EC_107-2022.pdf?sequence=5&isAllowed=y
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70444/CE_MT_EC_107-2022.pdf?sequence=5&isAllowed=y
https://www.al.mt.gov.br/norma-juridica/urn:lex:br;mato.grosso:estadual:lei.complementar:1996-04-17;43
https://www.al.mt.gov.br/norma-juridica/urn:lex:br;mato.grosso:estadual:lei.complementar:1992-11-19;23
https://legislacao.mt.gov.br/mt/lei-ordinaria-n-7264-2000-mato-grosso-cria-o-municipio-de-boa-esperanca-do-norte-com-area-territorial-desmembrada-dos-municipios-de-sorriso-e-nova-ubirata?q=7264&origin=instituicao
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art96adct
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc57.htm#art1
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=751470446
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6147127
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6147127
EDIÇÃO 1111/2023 | 
12
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS; 
TELECOMUNICAÇÕES
Serviço de telefonia: garantia de sinal de celular em 
passagem subterrânea de trânsito no âmbito estadual 
- ADI 7.404/RJ 
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
É inconstitucional — por invadir a competência da União privativa para legislar 
sobre telecomunicações (CF/1988, art. 22, IV) e exclusiva para definir a forma e 
o modo da exploração desses serviços (CF/1988, art. 21, XI c/c o art. 175) — lei 
estadual que assegura ao consumidor de serviço móvel de telefonia o direito de 
funcionalidade e acesso de dados em passagens subterrâneas de trânsito em 
qualquer modalidade de transporte utilizada.
Os estados-membros não podem, a pretexto de se valerem da competência concor-
rente para legislar sobre proteção ao consumidor (CF/1988, art. 24, V), criar regras 
que interfiram no equilíbrio contratual entre o poder federal e as concessionárias a 
ele vinculadas (1).
Na espécie, a lei estadual impugnada extrapolou o equilíbrio da relação de consumo 
e ingressou em definições específicas da legislação que rege os serviços de teleco-
municações (Lei 9.472/1997 - Lei Geral de Telecomunicações e Resoluções da ANATEL), 
como, por exemplo, a regulação de acesso à rede e a imposição de ajustes técnicos e 
operacionais, os quais impactam diretamente no contrato de concessão firmado entre 
empresa prestadora do serviço e Poder Público concedente, no caso, a União (2).
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por unanimidade, julgou procedente a ação, 
para declarar a inconstitucionalidade da Lei 9.925/2022 do Estado do Rio de Janeiro (3).
(1) Precedente citado: ADI 4.478.
(2) Precedentes citados: ADI 5.723; ADI 5.575; ADI 6.199; ADI 5.521; ADI 4.861 e ADI 6.482.
(3) Lei 9.925/2022 do Estado do Rio de Janeiro: “Art. 1º Fica assegurado, ao consumidor de serviço móvel 
de telefonia, o direito a funcionalidade e acesso de dados para fins de ligação telefônica e utilização da 
internet em todas as passagens subterrâneas de trânsito no Estado do Rio de Janeiro, cuja extensão seja 
superior a 1.000 (um mil) metros, independente da modalidade de transporte que a utilize, em especial 
no transporte rodoviário, ferroviário e metroviário. Art. 2º As concessionárias de telefonia móvel poderão 
viabilizar esse direito do consumidor por meio de repetidores de sinais nas passagens subterrâneas ou por 
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6674780
https://drive.google.com/file/d/1ryPQXcv-mREqY3rvfCj6PjtDcXtvaeSN/view?usp=sharing
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/b24a2da5a077847c032564f4005d4bf2/38f642be592dfc7d0325891a007cf3f6?OpenDocument
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1595323
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=749149214
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=748605100
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=762538339
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=749890686
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=13265367http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755923162
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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SUMÁRIO
meio de instalação de equipamentos equivalentes nas composições de trem e metrô, para manter o sinal de 
telefonia aos usuários destes serviços de transporte, respeitadas as regras para tal instalação previstas na 
Legislação Municipal e/ou Estadual. § 1º A instalação destes equipamentos dar-se-á de forma gratuita, sem 
ônus para o consumidor, ficando as concessionárias de telefonia responsáveis por qualquer custo relativo 
à alocação e manutenção destes equipamentos nos locais abrangidos por esta lei. § 2º As concessionárias 
de telefonia deverão observar as regras locais específicas da Legislação de cada município no tocante à 
engenharia, à construção e à localização de torres de transmissão de sinal de telefonia móvel e repetidores 
de sinal, caso existentes, cumprindo todas as exigências para a instalação dos equipamentos previstos nesta 
Lei. Art. 3º As concessionárias de telefonia terão o prazo de 12 (doze) meses para se adaptarem às previsões 
da presente lei. Art. 4º O Poder Executivo regulamentará a presente lei. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na 
data da sua publicação.”
ADI 7.404/RJ, relator Ministro Alexandre de Moraes, julgamento virtual finalizado em 6.10.2023 
(sexta-feira), às 23:59
DIREITO CONSTITUCIONAL – SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS; 
CONDENAÇÃO CRIMINAL DEFINITIVA
DIREITO ADMINISTRATIVO – CONCURSO PÚBLICO; REQUISITOS PARA 
INVESTIDURA EM CARGO PÚBLICO
Condenação criminal transitada em julgado: 
possibilidade de nomeação e posse de 
aprovados em concurso público - RE 1.282.553/RR 
(Tema 1.190 RG) 
ÁUDIO
DO TEXTO 
AMICUS
CURIAE 
REPERCUSSÃO
GERAL
Parte Única
VÍDEO DO
JULGAMENTO
TESE FIXADA:
“A suspensão dos direitos políticos prevista no artigo 15, III, da Constituição Federal 
(‘condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos’) não 
impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público, desde 
que não incompatível com a infração penal praticada, em respeito aos princípios 
da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho (CF, art. 1º, III e IV) e 
do dever do Estado em proporcionar as condições necessárias para a harmônica 
integração social do condenado, objetivo principal da execução penal, nos termos 
do artigo 1º da LEP (Lei nº 7.210/84). O início do efetivo exercício do cargo ficará 
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6674780
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6674780
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5975355
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5975355&numeroProcesso=1282553&classeProcesso=RE&numeroTema=1190
https://drive.google.com/file/d/1DIgf0zjLCuIpPGTcsphqtuQxCHJbW-OF/view?usp=sharing
https://youtu.be/7rO5x37iVjc?si=Vl9NjnLZZmtnSMFt&t=2495
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SUMÁRIO
condicionado ao regime da pena ou à decisão judicial do juízo de execuções, que 
analisará a compatibilidade de horários.”
RESUMO:
É possível a nomeação e a posse de condenado criminalmente, de forma definitiva, 
devidamente aprovado em concurso público, desde que haja compatibilidade entre 
o cargo a ser exercido e a infração penal cometida, sendo que o efetivo exercício 
dependerá do regime de cumprimento da pena e da inexistência de conflito de 
horários com a jornada de trabalho.
Não se pode interpretar a norma constitucional (CF/1988, art. 15, III) como restritiva de 
outros direitos senão daqueles em relação aos quais se cumpre a finalidade da sus-
pensão dos direitos políticos.
Essa suspensão funciona como efeito automático da condenação criminal definitiva e 
visa a impedir que o condenado participe da vida política do Estado, com a consequente 
restrição da capacidade eleitoral ativa e passiva (1). Assim, a exigência de quitação 
das obrigações eleitorais para fins de investidura em cargo público (Lei 8.112/1990, art. 
5º, III) não deve ser aplicável àquele cujo exercício do voto encontra-se obstaculizado 
pelos efeitos da condenação criminal.
Ademais, ainda que o pleno gozo dos direitos políticos também seja um requisito legal 
para a investidura em cargo público (Lei 8.112/1990, art. 5º, II), a condenação crimi-
nal transitada em julgado não impede, por si só, a nomeação e posse do condenado 
regularmente aprovado em concurso, visto que os seus direitos civis e sociais perma-
necem devidamente assegurados e, portanto, o direito de trabalhar e de ter acesso 
aos cargos públicos (2).
A ressocialização dos presos no País é um desafio que deve ser enfrentado dando-lhes 
a possibilidade de estudo e de trabalho, motivo pelo qual o princípio da dignidade da 
pessoa humana (CF/1988, art. 1º, III) impõe ao Estado o dever de proporcionar condições 
favoráveis à integração social do condenado por meio da valorização do trabalho no 
âmbito da iniciativa privada e, fundamentalmente, na esfera pública (CF/1988, art. 1º, IV).
Na espécie, o condenado foi aprovado em concurso público para o cargo de auxiliar 
de indigenismo, o qual não se mostra incompatível com a condenação por tráfico de 
drogas. Além disso, é beneficiário do livramento condicional, de modo que inexiste 
conflito de horários para o exercício das atribuições do cargo.
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, ao apreciar o Tema 1.190 da 
repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário.
(1) CF/1988: “Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos 
de: (...) III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;”
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5975355&numeroProcesso=1282553&classeProcesso=RE&numeroTema=1190
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5975355&numeroProcesso=1282553&classeProcesso=RE&numeroTema=1190
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SUMÁRIO
(2) Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais): “Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições 
de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado 
e do internado.”
RE 1.282.553/RR, relator Ministro Alexandre de Moraes, julgamento finalizado em 4.10.2023
DIREITO TRIBUTÁRIO – IMPOSTOS; IOF; OPERAÇÕES DE CRÉDITO
DIREITO CIVIL – OBRIGAÇÕES; CONTRATO DE MÚTUO
IOF: incidência em contratos de mútuo sem participação 
de instituições financeiras - RE 590.186/RS (Tema 104 RG)
ÁUDIO
DO TEXTO 
AMICUS
CURIAE 
REPERCUSSÃO
GERAL
TESE FIXADA:
“É constitucional a incidência do IOF sobre operações de crédito corresponden-
tes a mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurí-
dica e pessoa física, não se restringindo às operações realizadas por instituições 
financeiras.”
RESUMO:
O âmbito de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos contra-
tos de empréstimo de recursos financeiros não se limita às operações de crédito 
praticadas por instituições financeiras.
Conforme jurisprudência desta Corte (1), inexiste qualquer disposição constitucional ou 
do Código Tributário Nacional que preveja a mencionada limitação.
O referido contrato, cuja previsão se encontra na Lei 9.779/1999 (2), insere-se na espé-
cie “operações de crédito”, ainda que firmado entre particulares. Nesse contexto, a 
Constituição Federal autoriza a instituição do IOF (3), por se tratar de negócio jurídico 
realizado com o objetivo de se obter, junto a terceiro e sob vínculo de confiança, a 
disponibilidade de recursos que serão restituídos após período de tempo específico e 
com sujeição dos riscos inerentes à operação.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5975355https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2628566
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=2628566&numeroProcesso=590186&classeProcesso=RE&numeroTema=104
https://drive.google.com/file/d/1manKQGnex-7PZCDFm3B-N1VHYnS2Rw_J/view?usp=sharing
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SUMÁRIO
Ademais, apesar de o IOF ter sido criado como instrumento de regulação do mercado 
financeiro e da política monetária, sua função regulatória não é exclusiva, de modo que 
a incidência do imposto também não fica restrita a operações do mercado financeiro (4).
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por unanimidade, ao apreciar o Tema 104 
da repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário.
(1) Precedente citado: ADI 1.763.
(2) Lei 9.779/1999: “Art. 13. As operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros entre 
pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física sujeitam-se à incidência do IOF segundo as mesmas 
normas aplicáveis às operações de financiamento e empréstimos praticadas pelas instituições financeiras.”
(3) CF/1988: “Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...) V - operações de crédito, câmbio e seguro, 
ou relativas a títulos ou valores mobiliários;”
(4) Precedente citado: RE 583.712 (Tema 102 RG).
RE 590.186/RS, relator Ministro Cristiano Zanin, julgamento virtual finalizado em 6.10.2023 (sexta-
feira), às 23:59
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=2628566&numeroProcesso=590186&classeProcesso=RE&numeroTema=104
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=2628566&numeroProcesso=590186&classeProcesso=RE&numeroTema=104
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=753355040
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=10387485
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=2610029&numeroProcesso=583712&classeProcesso=RE&numeroTema=102
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2628566
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2628566
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SUMÁRIO
2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA
JULGAMENTO VIRTUAL: 13/10/2023 a 23/10/2023
ARE 1.266.095/RJ
Relator: Ministro DIAS TOFFOLI 
Disputa entre Apple e Gradiente sobre o uso da marca “iphone” no 
Brasil (Tema 1.205 RG)
Discussão constitucional — à luz dos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência — 
sobre a exclusividade da propriedade industrial em virtude da demora na concessão do 
registro de marca pelo INPI e surgimento, concomitante, de uso mundialmente consagrado 
da mesma marca por concorrente no que diz respeito ao uso do termo “Iphone”.
ADPF 881 MC-Ref/DF
Relator: Ministro DIAS TOFFOLI
 
Incidência do crime de prevaricação no caso de atividade de livre 
convencimento motivado dos membros do Ministério Público e do 
Poder Judiciário
Referendo de decisão na qual o relator deferiu parcialmente a medida cautelar para 
determinar “a suspensão da eficácia do art. 319 do Código Penal, especificamente na 
acepção que possibilita o enquadramento da liberdade de convencimento motivado 
dos membros do Ministério Público e do Poder Judiciário como satisfação de ‘interesse 
ou sentimento pessoal’ ou como incidente no tipo objetivo, na modalidade ‘contra 
disposição expressa de lei’, para fins de tipificação como crime de prevaricação 
da conduta daqueles agentes que, no exercício lícito e regular da atividade fim 
dessas instituições, e com amparo em interpretação da lei e do direito, defendam 
ponto de vista em discordância com outros membros ou atores sociais e políticos”.
REPERCUSSÃO
GERAL
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5897510
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5897510&numeroProcesso=1266095&classeProcesso=ARE&numeroTema=1205
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6256479
https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15349818932&ext=.pdf
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
ADI 7.412/TO
ADI 7.413/CE
Relator: Ministro EDSON FACHIN 
Instalação de torres de telecomunicações e estações de telefonia 
móvel: obrigatoriedade de licenciamento ambiental
Verificação constitucional — à luz do sistema de repartição de competências — da 
Resolução 7/2005 do Conselho Estadual do Meio Ambiente (COEMA) de Tocantins e 
das Resoluções 2/2019 e 7/2019, ambas do COEMA do Ceará, as quais submetem a 
instalação de infraestrutura de telecomunicações a procedimentos de licenciamento 
ambiental, a cargo das autoridades locais.
ADI 5.128/SE
Relator: Ministro ANDRÉ MENDONÇA
Provimento derivado: transformação de cargo de nível médio em cargo 
de nível superior e (in)existência de uniformidade de atribuições
Debate constitucional a respeito de dispositivo da Lei Complementar 232/2013 do 
Estado de Sergipe, que prevê, no âmbito do quadro de pessoal do Tribunal de Contas 
local, a transformação do cargo de nível médio “Técnico de Controle Externo” no cargo 
de nível superior “Analista de Controle Externo I”, além de alterar substancialmente 
o rol de atribuições do cargo extinto. Jurisprudência: ADI 266 e ADI 5.406.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6687604
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6687617
https://central.to.gov.br/download/42791
https://www.semace.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/46/2019/05/Resolucao-COEMA-02-de-2019.pdf
https://www.semace.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/46/2019/09/Resolu%C3%A7%C3%A3o-Coema-07-de-2019.pdf
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4581414
https://aleselegis.al.se.leg.br/Arquivo/Documents/legislacao/html_impressao/C2322013.html?identificador=30003A004C00
https://aleselegis.al.se.leg.br/Arquivo/Documents/legislacao/html_impressao/C2322013.html?identificador=30003A004C00
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur116303/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur427394/false
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
3 INOVAÇÕES NORMATIVAS STF
Portaria 248, de 4.10.2023 - Delega competência ao Secretário de Orçamento, Finanças e 
Contratações e dá outras providências.
Resolução 808, de 6.10.2023 - Declara luto oficial no Supremo Tribunal Federal, por três dias, 
em razão do falecimento do Ministro José Carlos Moreira Alves.
Norma de Prazo e Feriado PRT STF 257, de 10.10.2023 - Altera o art. 1º inciso IX-A da Portaria 
GDG nº 5, de 6 de janeiro de 2023, considerando ponto facultativo o dia 13 de outubro de 2023 
(Ementa elaborada pela Biblioteca).
Clique aqui para acessar também a planilha contendo dados 
estruturados de todas as edições do Informativo já publicadas no portal do STF.
https://www.stf.jus.br/arquivo/norma/portariadg248-2023.pdf
https://www.stf.jus.br/arquivo/norma/resolucao808-2023.pdf
https://www.stf.jus.br/arquivo/norma/portariadg257-2023.pdf
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/informativoSTF/anexo/Informativo_Dados/Dados_InformativosSTF.xlsx
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