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Aula_08_-_Com_rcio_internacional_e_o_direito_dos_contratos

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Direito Internacional Público e Privado – ARA0127
Prof. Anna Carolina Tymkiw
anna.tymkiw@estacio.br
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Situação –Problema: Na presente situação real, tome como exemplo a UNCITRAL (Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional): ,, (...) o objetivo da UNCITRAL é a modernização e harmonização das regras relativas aos negócios internacionais, fomentando a
compatibilização e unificação gradativa do direito comercial internacional,,. (https://luizacazassa.jusbrasil.com.br/artigos/342436821/consideracoes­acerca­da­arbitragemcomercial­internacional). A partir disso, é possível identificar: qual a importância, no cenário da Sociedade Internacional, de órgãos como a UNCITRAL?
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Origem do Comércio Internacional
Século XVI ao mercantilismo, que durou até o século XVIII - as relações comerciais eram motivadas pela acumulação de riqueza.
Adam Smith – “A riqueza das Nações” mercantilismo – baseado no acúmulo de riquezas mediante trocas comerciais – surge o interesse pelo consumo de bens produzidos por outros países) e as medidas intervencionistas tomadas para o equilíbrio da balança comercial como as primeiras políticas de elevação de tarifas de produtos importados.
Grandes Navegações – busca de acumulação de riquezas por metais preciosos.
Lex Mercatoria – documento base para a arbitragem internacional - objetivo de solucionar os conflitos decorrentes das primeiras relações comerciais internacionais e regular transações. Era medieval e inha um caráter transnacional, pelos usos e costumes no comércio, pela utilização de tribunais arbitrais do comércio, pela informalidade e rapidez e, sobretudo, pela consideração da boa-fé na atividade comercial
8.1 – Aspectos jurídicos do Comércio Internacional, suas peculiaridades e pontos em comum com o Direito dos Contratos
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Origem do Comércio Internacional
Observação:
Surgimento da Cláusula da nação mais favorecida (NMF) - tratamento desigual de um país em detrimento de outros na concessão de um benefício – normalmente de ordem tributária quanto às importações. Se um país der preferência a outro – como a Inglaterra fez com Portugal no Tratado de Methuen –, essa preferência e todos os benefícios e privilégios decorrentes dela deverão ser estendidos a outros países. Pode ser:
Cláusula incondicional - quando não depender de concessões recíprocas ou de uma delimitação temporal; 
Cláusula condicional - quando os benefícios futuros demandarem contrapartidas por parte do país que os receberá.
Importante hoje – Países que fazem parte da OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico não podem mais utilizar-se desta cláusula, pois quer dizer que, ele já está na faixa dos países desenvolvidos e que não precisa mais desse benefício.
8.1 – Aspectos jurídicos do Comércio Internacional, suas peculiaridades e pontos em comum com o Direito dos Contratos
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
é preceito legal válido e vigente no mesmo contexto de desenvolvimento e proliferação de acordos comerciais bilaterais, qual seja, o sistema multilateral de comércio. 
representa a concretização do princípio da não-discriminação, uma das bases da OMC. 
dispõe que todas as vantagens e privilégios acordados a um Membro da OMC devem ser estendidos a todos os demais Membros da organização, imediatamente e sem imposição de condições. 
Atenção - criada dentro de um contexto que agrega parceiros com características econômicas, sociais e políticas bastante díspares e temas nem sempre passíveis de um tratamento multilateral, como os investimentos estrangeiros e os temas não-comerciais, a aplicação absoluta da CNMF e o estabelecimento de um tratamento igualitário nem sempre é possível, tendo que admitir exceções, refletindo um viés ora de flexibilidade, ora de rigidez
Hoje: é que diante do inevitável fenômeno de proliferação do uso de acordos bilaterais no estabelecimento de trocas comerciais internacionais, restou a esta organização o importante desafio de ajuste de seus dispositivos. 
Enfim, o que se verifica é um sistema mundial de trocas antagônico e ao mesmo tempo harmonioso, agregando instrumentos que, apesar de possuírem lógicas contrárias, não necessariamente se excluem.
8.1 – Aspectos jurídicos do Comércio Internacional, suas peculiaridades e pontos em comum com o Direito dos Contratos
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Origem do Comércio Internacional
Séculos XVIII e XIX, com a Revolução Industrial e o início do liberalismo econômico - novas formas de acumulação de riqueza, o capital e a propriedade privada passaram a ser o foco.
1860 - Tratado Cobden-Chevalier - Inglaterra e França - beneficiava a França com reduções e isenções tarifárias, também eliminou inúmeras proibições no tocante às relações comerciais entre os dois países e também reduziu as tarifas incidentes sobre os produtos ingleses. Redução de diversas restrições e barreiras – mais acordos firmados.
1914 – 1ª Guerra Mundial – queda no Comércio Internacional com políticas de proteção e de segurança internacional, mas afirma EUA como grande potência mundial (American Way of life – grande euforia econômica) e se tornou a maior credora da europa na reconstrução dos países após o conflito. Eram responsáveis por comprar 40% das matérias-primas vendidas pelas quinze nações mais comerciais do mundo.
1929 – “Grande Depressão” - Crise Mundial econômica – quebra da Bolsa de Nova York, visto as bases frágeis da economia, crédito desregulado e o crescimento da especulação financeira criaram uma bolha de falsa prosperidade. Aumento de produção, sem aumentos salariais, e o mercado não teve como absorver a quantidade de mercadorias.
8.1 – Aspectos jurídicos do Comércio Internacional, suas peculiaridades e pontos em comum com o Direito dos Contratos
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Crise de 29 – quinta-feira Negra – milhares de pessoas venderam ações, o valor das ações despencou e bilhões de dólares desapareceram, e assim, a Economia ameericana quebrou.
Consequências da crise - PIB nominal dos Estados Unidos caiu aproximadamente 50%, desemprego disparou e alcançou 27% (era 4% antes da crise), Importações caíram 70%Exportações caíram 50%Diminuíram em 90%, os empréstimos internacionais, Produção industrial caiu, no mínimo, 1/3, Produção de automóveis foi reduzida em 50%, Salário médio na indústria caiu 50%, Falência de milhares de empresas e bancos. O Comércio internacional foi reduzido em 30
Outra consequência – Surgimento do fascismo e ideais de extrema-direita.
Brasil - cafeicultores tiveram prejuízos gigantescos e, originou-se a Revolução de 30.
2ª Guerra Mundial – crises econômicas, políticas e humanitárias ao redor do globo, que se somou à crise do petróleo na década de 1970 e à crise da dívida externa aproximadamente no mesmo período.
8.1 – Aspectos jurídicos do Comércio Internacional, suas peculiaridades e pontos em comum com o Direito dos Contratos
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Anos 70 e 80 - etapa da globalização, que se aperfeiçoou na atualidade: a financeirização do capitalismo, iniciada com a implementação de políticas neoliberais : Ronald Reagan (EUA) e Margareth Thatcher (Inglaterra) . Filme – A Dama de Ferro (https://www.youtube.com/watch?v=QvZ8LF0Cs7U)
Políticas neoliberais - privatizações, revolução do comércio exterior e capitalismo a nível global.
Anos 90 - a liberação da internet mundialmente para fins comerciais, capitalismo financeiro e à nova fase da globalização, uma faceta inovadora do capitalismo, marcada por intensas transformações tecnológicas e informacionais.
Surgimento da Agência Especializada em comércio internacional - OMC
8.1 – Aspectos jurídicos do Comércio Internacional, suas peculiaridades e pontos em comum com o Direito dos Contratos
Aula 08 - Comércio internacional e o direito doscontratos
Fontes do comércio internacional - tratados e as convenções internacionais, os usos e costumes internacionais, as normas positivadas, a doutrina, a jurisprudência, os princípios gerais, entre outros. Também Contratos Comerciais
Principais atores:
OMC - ORGANIZAÇÃO Mundial de Comércio - a principal organização reguladora e aplica essas fontes nas relações comerciais internacionais
UNCITRAL – Comissão das Nações Unidas para o Direito do Comércio Internacional.
LEX MERCATORIA – regular as relações Comerciais Internacionais, bem como o de Harmonizar as diversas fontes existentes.
Princípios fundamentais - autonomia da vontade e boa-fé.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Instrumentos importantes:
1980 – Convenção de Viena - os direitos e deveres das partes, bem como sobre o formato dos contratos, como a redação das cláusulas e a ampliação das informações necessárias (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8327.htm)
1936 - INCOTERMS – International Commercial Terms (Termos Comerciais Internacionais) - vinculados à Câmara de Comércio Internacional (CCI) - objetivo de garantir estabilidade e segurança jurídica aos termos especificamente dos contratos de compra e venda de mercadorias internacionais.
Cláusulas padronizadas integrantes dos Contratos que dispõem sobre as condições do Negócio Jurídico, como a entrega da mercadoria comercializada, despesas, prazos, direitos, obrigações e eventuais responsabilidades das partes pelo descumprimento das obrigações.
Brasil – Incoterms sujeitos à aplicação das legislações nacionais, a exemplo do Regulamento Aduaneiro e da Lei de Arbitragem.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Lista Incoterms 2020
EXW – Ex Works – Na Origem (local de entrega nomeado)
FCA – Free Carrier – Livre No Transportador (local de entrega nomeado)
FAS – Free Alongside Ship – Livre Ao Lado Do Navio (porto de embarque nomeado)
FOB – Free On Board – Livre A Bordo (porto de embarque nomeado)
CPT – Carriage Paid To – Transporte Pago Até (local de destino nomeado)
CIP – Carriage And Insurance Paid To – Transporte E Seguro Pagos Até (local de destino nomeado)
CFR – Cost And Freight – Custo E Frete (porto de destino nomeado)
CIF – Cost Insurance And Freight – Custo, Seguro E Frete (porto de destino nomeado)
DAP – Delivered At Place – Entregue No Local (local de destino nomeado)
DPU – Delivered At Place Unloaded – Entregue No Local Desembarcado (Local de destino nomeado)
DDP – Delivered Duty Paid – Entregue Com Direitos Pagos (local de destino nomeado)
(https://www.fazcomex.com.br/incoterms/incoterms-2020-todos-termos/)
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
8.2.2 – OMC
Origens
1941 - Carta do Atlântico - “documento fundador” dos princípios que viriam a nortear a reconstrução da ordem internacional na segunda metade do século XX e ao qual o Brasil aderiria no início de 1943.
1944 - Conferência de Bretton Woods - criação das seguintes agências especializadas:
Fundo Monetário Internacional (FMI) - provedor de liquidez internacional e atenuador de crises das contas externas dos países associados;
Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD) - encarregado de financiar a reconstrução e o desenvolvimento econômico pelo mundo, principalmente das economias europeias destruídas durante a Segunda Guerra Mundial.
3) 1947 - Conferência de Havana:
assinado o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), destinado a ser incorporado à Carta constitutiva da (OIC), assinado por vinte e três países (dentre eles três latino-americanos: Brasil, Chile e Cuba;
definidos os princípios básicos do Sistema Multilateral de Comércio contemporâneo e acertada a adoção temporária do GATT.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Problema - Carta da OIC incluía tantas exceções, lacunas e ambiguidades deliberadas que mesmo seus partidários mostravam muito pouco entusiasmo por ela – apenas dois países chegaram a ratificá-la: a Austrália de forma condicional e a Libéria incondicionalmente”. E, também:
a mudança no contexto geopolítico mundial – o inicial convívio pacífico e respeitoso entre a URSS e os EUA no imediato pós-guerra havia se tornado tenso alguns anos após, a Guerra Fria desabrochava; 
o Congresso norte-americano, autoridade maior da política comercial externa dos EUA, se mostrava cada vez menos desejoso em abrir mão de determinados controles sobre a política comercial e tarifária dos EUA, o que poderia vir a acontecer com a ocasional criação da OIC;
assuntos relativos à segurança internacional, políticas estratégicas como o próprio Plano Marshall, passaram a ter maior relevância no Congresso dos EUA comparativamente a temas predominantemente econômico-comerciais, como a Carta da OIC, com interesses focados numa temporalidade mais estendida.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
GATT (http://siscomex.gov.br/wp-content/uploads/2021/05/OMC_GATT47.pdf)
Principais cláusulas:
cláusula da nação mais favorecida (NMF) - benefício tarifário concedido a um país – especialmente quanto aos produtos importados – deveria atender também os demais;
Cláusula do tratamento nacional – na qual os produtos importados deveriam receber o mesmo tratamento daqueles produzidos internamente – com algumas exceções pontuais, se fosse para proteger o mercado doméstico.
Disposição sobre políticas tarifárias previsíveis, predeterminadas e amplamente publicizadas, o que possibilitava uma melhor aplicabilidade pelos países acordantes.
Rodadas – negociações tarifárias sobre produtos importados entre os países
Uruguai – 1986 - reforço à liberalização comercial no âmbito internacional – especialmente quanto à circulação de bens –, assim como para a proteção à propriedade intelectual – conforme o acordo TRIPS ( tratado Internacional, integrante do conjunto de acordos assinados em 1994 que encerrou a Rodada Uruguai e criou a Organização Mundial do Comércio - https://www.wto.org/english/docs_e/legal_e/27-trips_01_e.htm) – e o comércio de serviços.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Principais acordos:
1992 - Acordo Blair House - entre os EUA e a União Europeia - trouxe diversas disposições sobre negociações tarifárias – bases para “Projeto Dunkel” - representou um balanço entre as intenções dos países industrializados e as preocupações externadas pelos países em desenvolvimento, contribuiu para a consolidação de um texto bastante aquém das expectativas dos países desenvolvidos, que desejavam assegurar no GATT patamares de proteção à propriedade intelectual significativamente superiores aos do texto final do Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio.
b) 1994 - Acordo de Marraqueche – fundou efetivamente a OMC, que começou a funcionar em 01 de janeiro de 1995 - produzido a partir do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), ao qual se acresceram acordos suplementares em temas como serviços, medidas sanitárias e fitossanitárias, temas de propriedade intelectual e barreiras técnicas. Também estabeleceu ainda um método aperfeiçoado de resolução de controvérsias.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Principais atividades desempenhadas pela OMC:
gerenciar os acordos que compõem o sistema multilateral de comércio;
servir de fórum para comércio nacional (firmar acordos internacionais);
supervisionar a adoção dos acordos e implementação destes acordos pelos membros da organização (verificar as políticas comerciais nacionais);.
Sistema de resolução de controvérsias - foi criadopara solucionar os conflitos gerados pela aplicação dos acordos sobre o comércio internacional entre os membros da OMC;
a cada dois anos a OMC deve realizar pelo menos uma Conferência Ministerial.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Principais Princípios:
Princípio da não discriminação: O artigo I do GATT 1994, na parte referente a bens, estabelece o princípio da nação mais favorecida. Isto significa que se um país conceder a outro país um benefício terá obrigatoriamente que estender aos demais membros da OMC a mesma vantagem ou privilégio. O artigo III do GATT 1994, na parte referente a bens, estabelece o princípio do tratamento nacional. Este impede o tratamento diferenciado aos produtos internacionais para evitar desfavorecê-los na competição com os produtos nacionais.
Princípio da Previsibilidade: para impedir a restrição ao comércio internacional este princípio garante a previsibilidade sobre as regras e sobre o acesso ao comércio internacional por meio da consolidação dos compromissos tarifários para bens e das listas de ofertas em serviços. Regula também outras áreas da OMC, como TRIPS*,TRIMS Acordo Geral de Tarifas e Comércio, Barreiras Técnicas e SPS.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
3. Princípio da Concorrência Leal: este princípio visa garantir um comércio internacional justo, sem práticas desleais, como os subsídios (alguns Estados dão dinheiro aos agricultores de seus países, permitindo a produção de itens mais baratos e mais competitivos perante os itens/produtos dos outros países), e está previsto nos artigos VI e XVI. No entanto, só foram efetivados após os Acordos Antidumping e de Subsídios, que, além de regularem estas práticas, também previram medidas para combater os danos delas provenientes.
4. Princípio da Proibição de Restrições Quantitativas: estabelecido no Art. XI do GATT 1994 impede que os países façam restrições quantitativas, ou seja, imponham quotas ou proibições a certos produtos internacionais como forma de proteger a produção nacional. A OMC aceita apenas o uso das tarifas como forma de proteção, desde que a lista de compromissos dos países preveja o uso de quotas tarifárias.
5. Princípio do Tratamento Especial e Diferenciado para Países em Desenvolvimento: estabelecido no Art. XXVIII e na Parte IV do GATT 1994. Por este princípio os países em desenvolvimento terão vantagens tarifárias, além de medidas mais favoráveis que deverão ser realizadas pelos países desenvolvidos
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Estrutura:
Conselho para o Comércio de Bens - Existem 11 comitês sob a jurisdição do Conselho de Bens, cada um com uma tarefa específica. Todos os membros da OMC participam das comissões. A Supervisão dos Têxteis é separada dos outros comitês, mas ainda sob a jurisdição do Conselhos de Comércio. O corpo tem seu próprio presidente e apenas 10 membros, além de também ter vários grupos relacionados aos têxteis;
Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual - Informações sobre propriedade intelectual na OMC, notícias e registros oficiais das atividades do Conselho TRIPS e os detalhes do trabalho com outras organizações internacionais no domínio da OMC.
Conselho para o Comércio de Serviços - O Conselho para o Comércio de Serviços opera sob a orientação do Conselho Geral e é responsável por supervisionar o funcionamento do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (GATS). É aberto a todos os membros da OMC e pode criar órgãos subsidiários conforme necessário
Comitê de Negociações Comerciais - O Comitê de Negociações Comerciais (CNC) é a comissão que lida com as atuais rodadas de negociações de comércio. O presidente é o diretor-geral da OMC. Em junho de 2012, o comitê foi encarregado da Rodada Doha
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
d) SECRETARIADO - é responsável pelos relatórios que preparam a realização das revisões das práticas comerciais dos membros em âmbito interno. O secretariado é comandado por um diretor-geral.
O Conselho Federal tem três órgãos subsidiários: serviços financeiros, regulamentos internos, as regras do GATS e compromissos específicos. 
O Conselho Geral tem vários comitês e grupos de trabalho diferentes. Existem comitês sobre o seguintes temas: Comércio e Meio Ambiente; Comércio e Desenvolvimento (Subcomissão de Países menos Desenvolvidos); acordos regionais de comércio; balança de pagamentos e restrições; Orçamento, Finanças e Administração, Adesão, Comércio, Dívida e Finanças e Comércio e Transferência de Tecnologia.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Atenção - Sistema de resolução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio
Criado pelos países membros durante a Rodada do Uruguai e é usualmente referido como uma contribuição única da OMC para a estabilidade da economia global.
O objetivo central do sistema de solução de controvérsias da OMC é o de prover segurança e previsibilidade ao sistema multilateral de comércio.
A eficácia do mecanismo previsto no ESC (DSU) se baseia em três características.
Abrangência: todos os acordos da OMC estão cobertos pelo mecanismo.
Automaticidade: deriva da regra do consenso negativo, válida para diversos procedimentos (como o estabelecimento dos Painéis, as decisões dos Órgãos de Apelação, etc.) e garante que o mecanismo somente pode ser interrompido por acordo mútuo das partes em litígio.
Exequibilidade: uma adaptação do termo em inglês enforcement, e que significa dizer que verificando-se o descumprimento de decisão do Órgão de Solução de Controvérsias, embasada em relatório do Painel ou do Corpo de Apelação, o membro demandante poderá solicitar autorização para retaliar.
8.2 – Contratos Internacionais e aspectos jurídicos do Comércio Internacional
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Estudo de Caso: Leia a seguinte reportagem, a respeito da história dos Direitos da Criança: ?Foi concluída a tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei 4.458/2020, que moderniza a Lei de Falências e Recuperação Judicial, aguardando­se a sanção presidencial para que entre em vigor. Em um ano marcado pelos reveses econômicos decorrentes da pandemia da Covid­19, a ideia é assegurar às empresas maior agilidade e segurança jurídica nos processos de falência e recuperação judicial. Entre diversas inovações que podem ser destacadas, o projeto de lei permite: 1) a propositura do plano de recuperação judicial pelos credores; 2) a celebração de contratos de financiamento pelo devedor no curso da recuperação judicial; e 3) a ampliação do prazo para parcelamento das dívidas tributárias federais. 
Aula 08 - Comércio internacional e o direito dos contratos
Particularmente interessante, o extenso capítulo VI­A endereça a insolvência transnacional, um tema até então ausente da nossa legislação. Em linhas gerais, a insolvência transnacional se caracteriza quando os ativos do devedor estão localizados em mais de um Estado ou quando alguns dos credores não estão situados no país em que conduzido o processo principal, suscitando potencialmente a atuação concorrente de múltiplas jurisdições.? (https://www.conjur.com.br/2020­dez13/opiniao­insolvencia­transnacional­lei­falencias). Indique em que medida as alterações na Lei de Recuperações Judiciais e Falências acompanham mudanças no cenário internacional.

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