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Direito Constitucional I Visão Geral Feito por @simplificandodireitoss Introdução ao Direito Constitucional Costumes e o Poder Constituinte Concepções de Constituição e Classificação das Constituições. Elementos da Constituição e Eficácia das normas constitucionais Direito Constitucional I Introdução O direito constitucional tem como objeto de estudo a constituição que é fundamental para qualquer norma no ordenamento jurídico. Nesse sentido, nosso ordenamento jurídico é estruturado de forma escalonada e o seu fundamento é a constituição federal. Portanto, a constituição é a norma máxima do ordenamento jurídico. Ainda cabe ressaltar que o direito é uno e sistêmico, mas na prática pode ocorrer leis divergentes e cabe ao judiciário interpretar o caso. O que é o direito constitucional? O direito constitucional é um ramo do direito público que tem como base a Constituição Federal. Tendo como seu conteúdo as normas fundamentais do estado brasileiro, regras e princípios que confere a organização do estado, divisão dos poderes e direitos fundamentais que limitam a atuação do estado. Direito público x Direito privado l O direito público coloca o estado em uma posição superior ao direito particular, as normas do direito público regulam essa relação entre o estado e seus órgãos, o estado e os particulares, e o estado e as pessoas. Desse modo, em nome dos interesses que ele tutela, ele pode exercer posições de vantagens. l Por exemplo, o Estado tem o poder de fechar/lacrar um restaurante que não cumpre as normas sanitárias. Nesse caso, o direito público está exercendo uma posição de vantagem em relação ao direito privado. l Contudo, embora o direito público seja colocado em uma posição de hierarquia superior ao particular, ainda assim são garantidos os direitos particulares e o Estado não pode nega-lo. l Ainda cabe ressaltar que enquanto no direito público o estado está acima de todos, no direito privado todos estão em pé de igualdade, liberdade para escolher o que quer comprar ou não, por exemplo. Quem é a administração Direta? A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Tendo como exemplo dessa administração o Ministério da Economia. Quem é a administração indireta? São as autarquias, empresas públicas, sociedades mistas e fundações. Tendo como exemplo a Uema que presta um serviço de educação. Feito por @simplificandodireitoss Ordenamento Jurídico Como uma norma é considerada válida no ordenamento jurídico? Toda norma no seu processo legislativo precisa obedecer às determinações constitucionais de elaboração das normas. Além disso, o conteúdo da norma precisa estar de acordo com a constituição. Se a norma não estiver de acordo, ocorre o vício da inconstitucionalidade - que significa dizer que a norma é inconstitucional e fere a constituição. Logo, se a constituição é o fundamento de validade de todas as normas e o nosso ordenamento é uno, essa norma inconstitucional deve ser tirada ou alterada . Por que a norma na constituição é importante? E por que existem leis presente nela que poderiam ser tratadas na esfera infra constitucional? Primeiro, a constituição é importante pela sua hierarquia, visto que ela é a base das leis . Logo, os direitos presentes nela só podem ser aumentados e não diminuídos, visto que isto teria por consequência a mudança da constituição. Sendo assim, este o motivo pela qual a constituição trata de normas que poderiam ser tratadas na esfera infra constitucional para que haja maior segurança e que os direitos presente nela não sejam retirados. Qual a natureza jurídica do direito constitucional? Para José Afonso da Silva (1997), o direito constitucional trata-se do " ramo do direito público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado". Essa norma vincula todos os poderes. O que é Estado? A ideia de Estado como determinado local do globo terrestre, situado em um território, sob um povo e a soberania. O que são as Emendas Constitucionais? São reformas para adaptar a nossa norma máxima a realidade. Qual o objeto central da constituição? Normas referentes aos direitos e garantias fundamentais. Normas referentes à estruturação do Estado e Feito por @simplificandodireitoss organização dos poderes. Quais são as fontes do direito? As três bases jurídicas fundamentais da normatividade: legislação, tradição e jurisdição. Nos países de civil law, a fonte originária do direito constitucional é a constituição escrita, que na condição de fonte principal e suprema, pode delegar competências a outros poderes ou reconhecer, ainda que, implicitamente, a normatividade a outras fontes. Quais são as fontes do direito constitucional? As originárias: a constituição escrita Derivadas: delegadas (leis, decretos e jurisprudência) e reconhecidas (costumes). O que são costumes constitucionais? São práticas reiteradas tidas como obrigatórias. Qual a diferença entre costume e hábito? O costume implica sanções caso não seja cumprido, enquanto o hábito não. Costumes e o Poder Constituinte Costumes constitucionais São práticas reiteradas tidas como obrigatórias, ou seja, caso não sejam obedecidas implicam sanções; São práticas com conteúdo relacionado aos direitos fundamentais, à estrutura do Estado ou à organização dos poderes; Tendo como exemplo: o voto de liderança que se manifesta quando o deputado segue o voto do presidente do partido e caso não siga sofre as devidas sanções. Ademais, a constituição é o fundamento de validade das demais normas. Logo, se uma norma é incompatível a constituição, ela será retirada das leis, seu texto alterado ou a sua interpretação será feita através da constituição . Chama-se essa norma de inconstitucional. Nesse sentido, temos poucos costumes, pois a nossa constituição é muito extensa, visto que o nosso direito é escrito e positivado. Portanto, os costumes são usados, muitas vezes, para tratar acerca das lacunas da lei. Por que a constituição é a norma suprema? Porque a constituição nasceu da vontade do povo através de reuniões na assembleia legislativa nacional constituinte, local onde várias pessoas levaram suas pautas para discussão. Logo, a constituição possui legitimidade democrática muito evidente. Feito por @simplificandodireitoss Além disso a constituição traz as normas fundamentais do Estado, ou seja, possui conteúdo diferente das demais leis. Além disso, cabe ressaltar que o povo aprova uma constituição através dos seus representantes e estabelece limites ao Estado. Nesse sentido, os direitos fundamentais vêm para limitar o poder do Estado. Ainda nesse contexto, a constituição de 1988 veio para legitimar a redemocratização do Brasil. Nesse sentido, a norma sempre vem após as mudanças sociais. Tendo ainda como exemplo os direitos humanos que foram instituídos tanto em esfera internacional como nacional para que não ocorresse mais eventos ligados a tortura, genocídio e entre outros, garantindo assim os direitos básicos a todos os seres humanos. Como é formado o sistema legislativo? O sistema legislativo é formado por duas câmeras: a câmara dos deputados e a câmara dos senadores. Criação Judicial do Direito Divergências sobre o papel da jurisprudência como fonte criadora do Direito; Legitimidadee extensão; Crescente destaque das cortes constitucionais; Separação de Poderes: juízes possuem legitimidade para aplicação e não para produção de normas ; Inocêncio Mártires Coelho pondera que a interpretação criadora é uma atividade legítima, que o juiz desempenha naturalmente no curso do processo da aplicação do direito. Canotilho considera legítima e inquestionável a criação judicial do direito, restando a reflexão sobre a extensão ; O que é jurisprudência? São as reiteradas decisões do judiciário em determinado sentido. Exemplo: Imagine uma pessoa que está sempre perdendo e por consequência está sempre recorrendo. Logo, chega ao ponto que essa ação chega no STF e este por receber vários recursos do mesmo conteúdo consolida uma decisão. Se a jurisprudência é a fonte criadora do direito, qual a sua legitimidade e extensão? Para discutir essas situações há um crescente destaque das cortes constitucionais, visto que elas passam a debater mais acerca dos direitos constitucionais em temas bastante complexos. O que é uma corte constitucional? É o órgão judiciário ou não, Feito por @simplificandodireitoss cuja principal função é zelar pela correta interpretação e aplicação da Constituição, ou seja, julgar se determinado tema é constitucional ou inconstitucional. No contexto pós segunda guerra houve a valorização da suprema corte e a consagração de direitos fundamentais. Contudo, cabe ressaltar que no Brasil não existe uma Corte Constitucional strictu sensu aos moldes teorizados por Hans Kelsen, mas sim, uma Corte Suprema que exerce inúmeras funções atípicas, além das principais, que seriam a guarda e a interpretação final do texto constitucional. Logo, a Constituição Federal promulgada em 1988 determinou ser o Supremo Tribunal Federal seu guardião e o intérprete máximo. Contudo, além dessa função o STF também é o órgão máximo da jurisdição brasileira, sendo ele também o último grau recursal judicial. Ademais, se tanto para Inocêncio como para Canotilho a interpretação criadora faz parte da função do juiz, cabe refletir até aonde vai seu poder. Interpretação Não se resume a mera descrição de significado normativo, nem à descoberta de uma norma preexistente; Trata-se de atividade construtiva; O intérprete constrói o sentido da norma a partir do texto normativo , ponto de partida e limite da interpretação; Interpretam-se textos, aplicam-se normas; Norma é produto da interpretação. O limite da interpretação é a fundamentação da sua decisão sob um enfoque teórico. Existem limites interpretativos? Sim, existem limites teóricos e fáticos, a sua decisão não pode ser ao acaso. Analogia No campo das lacunas, a criação judicial do direito envolve a utilização da analogia; Modo de integração do direito; Na norma referente a uma hipótese é aplicada a outra semelhante não regulamentada ; Procedimento de auto integração, por meio do qual, dentro do próprio sistema normativo, busca-se a solução para o caso não regulamentado. Poder Constituinte O poder constituinte é a capacidade política em criar, alterar ou eliminar a vigência e o conteúdo de uma Constituição. Feito por @simplificandodireitoss Segundo a doutrina moderna, a titularidade e a legitimidade desse poder são de competência do povo. O poder constituinte pode ser categorizado em originário, derivado, difuso e supranacional. Poder Constituinte Originário O poder constituinte originário é responsável pela escolha e formalização do conteúdo das normas constitucionais. É um poder político, supremo e originário, responsável por estabelecerem a constituição de um Estado. Esse poder está no ápice, não há poder acima . Espécies do Poder Constituinte Originário: Quanto ao modo de deliberação constituinte: Poder constituinte concentrado (demarcado): O surgimento da constituição resulta da deliberação formal de um grupo de agentes, como no caso das constituições escritas. Poder constituinte difuso: resultante de um processo informal em que a criação de suas normas ocorre a partir da tradição de uma determinada sociedade, como ocorre com as constituições consuetudinárias (constituições não escritas). Quanto ao momento de manifestação: Poder constituinte histórico: responsável pelo surgimento da primeira constituição de um Estado, no Brasil foi a constituição outorgada de 1824. Poder constituinte revolucionário: é o que elabora as constituições posteriores a partir de uma revolução ou de uma transição constitucional. O fenômeno constituinte pode se manifestar em diferentes situações. A elaboração da constituição pode ser decorrente do surgimento de um novo Estado ou de algum fato suficientemente relevante para causar a ruptura com a ordem jurídica estabelecida. Quanto ao papel na elaboração do documento constitucional: Feito por @simplificandodireitoss Poder constituinte material: responsável por definir o conteúdo fundamental da constituição, elegendo os valores a serem consagrados e a ideia de direito que irá prevalecer. Poder constituinte formal: as escolhas políticas são formalizadas no plano normativo. O poder constituinte material precede formal em dois aspectos; logicamente e historicamente. Para a doutrina majoritária, a titularidade reside sempre na soberania do povo (resposta democrática). Na sua obra clássica " o que é o terceiro Estado?" Joseph Siyès (2001) sustenta que o reconhecimento da vontade comum na opinião da maioria é máxima incontestável. Características do Poder Constituinte Originário Sob a ótica positivista: Inicial: não existe nenhum outro antes ou acima dele; Autônomo: Cabe apenas ao seu titular a escolha do conteúdo a ser consagrada na constituição; Incondicionado: não está submetido a nenhuma regra de forma e de conteúdo. Sob a ótica jusnaturalista: Incondicionado juridicamente: Apenas pelo direito positivo, mas submetido ao direito natural; Permanente: Não se exaure com a conclusão de sua obra; Inalienável: impossibilidade de transferência. Limitações do Poder Constituinte Originário Jorge Miranda menciona três categorias de limites materiais: Transcendentes: Advindos do imperativo do direito natural, de valores éticos ou de uma consciência jurídica coletiva, impõe-se a vontade do Estado, demarcando a sua esfera de intervenção. Imanentes: relacionados à “configuração do Estado à luz do Poder Constituinte material ou à própria identidade do Estado de que cada Constituição representa apenas um momento da marcha histórica”. Referem- se a aspectos como a soberania ou a forma de Estado (MIRANDA, 2000) Heterônomos: provenientes da conjugação com outros ordenamentos jurídicos. Ex.: obrigações impostas ao Estado por norma de direito internacional. Legitimidade do Poder Constituinte Originário Sob o prisma subjetivo, a legitimidade está relacionada à titularidade e ao exercício do poder. Sob o prisma objetivo, o Poder Constituinte deve consagrar na constituição Feito por @simplificandodireitoss um conteúdo valorativo em conformidade com determinadas limitações materiais e/ ou correspondentes aos anseios de seu titular. De acordo com CANOTILHO (2000), o critério da legitimidade do Poder Constituinte não é a mera posse do poder, mas a conformidade do ato constituinte com a ideia de justiça e com os valores radicados na comunidade em um determinado momento histórico. Poder Constituinte Derivado É responsável pelas alterações no texto constitucional segundo as regras instituídas pelo Poder Constituinte Originário. Caracteriza-se porser um poder instituído, limitado e condicionado juridicamente. A CF/88 estabeleceu a possibilidade de sua manifestação por meio da reforma (art. 60) ou de revisão (ADCT, art. 3°). Limitações impostas ao poder reformador Sua existência se restringe aos ordenamentos jurídicos encabeçados por uma constituição rígida, tem a função de modificar as normas constitucionais por meio de emendas. Limitações temporais: Proibição de reforma de determinados dispositivos durante certo período de tempos após ser promulgada uma nova constituição. O objetivo de se estabelecer um lapso temporal é garantir a estabilidade dos novos institutos. OBS: Na CF/88 não foi imposta limitação temporal ao Poder Reformador. Limitações circunstanciais: são limitações consubstanciadas em normas aplicáveis a situações excepcionais, de extrema gravidade, nas quais a livre manifestação do Poder Reformador possa estar ameaçada . Nessas circunstâncias, a instabilidade institucional poderia motivar alterações precipitadas e desnecessárias. CF, art. 60, § 1.° A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Limitações formais (processuais ou procedimentais): Art. 60. A Constituiçãão poderãá ser emendãdã mediante proposta: I - de um terço, no míánimo, dos membros dã Cãâmãrã dos Deputãdos ou do Senãdo Federãl; II - do Presidente dã Repuá blicã; III - de mãis dã metãde dãs Assembleá iãs Legislãtivãs dãs unidãdes dã Federãçãão, mãnifestãndo-se, cãdã umã delãs, pelã mãioriã relãtivã de seus membros. [...] Feito por @simplificandodireitoss § 2º A propostã serãá discutidã e votãdã em cãdã Cãsã do Congresso Nãcionãl, em dois turnos, considerãndo-se ãprovãdã se obtiver, em ãmbos, treâs quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º A emendã ãà Constituiçãão serãá promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo nuá mero de ordem. [...] § 5º A mãteáriã constãnte de propostã de emendã rejeitãdã ou hãvidã por prejudicãdã nãão pode ser objeto de novã propostã nã mesmã sessãão legislãtivã. Limitações formais subjetivas: relacionadas à competência de propositura de emendas à Constituição. Poderá ser emendada mediante proposta de ⅓, no mínimo dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal ou de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Como também, pelo Presidente da República. Limitações formais objetivas: São referentes ao processo de discussão, votação, aprovação e promulgação das propostas de emenda. Por se tratar de uma Constituição rígida, o processo legislativo das emendas (CF, art.60) é mais dificultoso que o processo legislativo ordinário (CF, art. 47). Limitações materiais (substanciais) Art. 60. 4º Não será objeto de deliberação ã propostã de emendã tendente ã ãbolir: I - ã formã federãtivã de Estãdo; II - o voto direto, secreto, universãl e perioá dico; III - ã sepãrãçãão dos Poderes; IV - os direitos e gãrãntiãs individuãis. O dispositivo deve ser interpretado no sentido de impor a preservação do núcleo essencial dos princípios e institutos protegidos pelas cláusulas pétreas, e não como uma vedação absoluta de alteração de seu texto. Limitações impostas ao poder revisor ADCT, art. 3. ° A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. A revisão possuía uma limitação temporal de cinco anos, contados a partir de 05 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Sendo assim, a possibilidade de novas revisões constitucionais tem sido descartada pela jurisprudência do STF. Em relação às limitações formais, o Poder Constituinte Originário Feito por @simplificandodireitoss estabeleceu que a aprovação das emendas de revisão constitucional ficou condicionada ao voto da maioria absoluta dos membros do Congresso nacional, em sessão unicameral. As limitações materiais e circunstanciais, embora não previstas expressamente, eram consideradas as mesmas impostas ao Poder Reformador. Poder Constituinte Decorrente CF, Art. 25. Os Estãdos orgãnizãm-se e regem-se pelãs Constituiçoã es e leis que ãdotãrem, observãdos os princíápios destã Constituiçãão. ADCT, Art. 11. Cãdã Assembleiã Legislãtivã, com poderes constituintes, elãborãrãá ã Constituiçãão do Estãdo, no prãzo de um ãno, contãdo dã promulgãçãão dã Constituiçãão Federãl, obedecidos os princíápios destã. O surgimento de uma nova constituição federal impõe aos Estados - membros a necessidade de (re) criar as respectivas constituições a fim de se adaptarem à nova realidade. De acordo com Ana Clara Ferraz (1979), o Poder Constituinte Decorrente tem “um caráter de complementaridade em relação à Constituição”, atuando para “perfazer a obra do Poder Constituinte Originária nos Estados Federais, para estabelecer a Constituição dos seus Estados componentes”. Poder Constituinte Decorrente: Espécies Poder Constituinte Decorrente Inicial (Institucionalizador): Responsável pela elaboração das constituições estaduais. Poder Constituinte Decorrente Reformador (De Revisão Estadual): Tem a função de promover as alterações no texto das constituições estaduais. Características Poder de Direito; Secundário; Limitado; Condicionado. Limitações impostas à autocratização dos Estados As constituições estaduais estão submetidas não somente às normas da Constituição da República , devem guardar simetria como o modelo básico federal em determinadas matérias. As normas de observância obrigatória (normas centrais ou de reprodução) impõem limitações condicionantes ao poder de organização dos Estados - membros e estabelecem paradigmas para a elaboração de normas das constituições estaduais, conferindo-lhes homogeneidade. Na CF/88, as normas de observância obrigatória não foram elencadas de forma textual, adotou-se uma formulação genérica que, embora confira maior liberdade, cria o risco de possibilitar interpretações excessivamente amplas. Feito por @simplificandodireitoss Tais normas não se confundem com as normas de mera imitação. As normas de observância obrigatória são diferenciadas em três espécies: 1. Princípios constitucionais sensíveis: representam a essência da organização constitucional da federação brasileira e estabelecem limites à autonomia organizatórias para a União que se estendem aos Estados-membros. (CF, art. 34, VIII); 2. Princípios constitucionais extensíveis: consagram normas organizatórias para a União que se estendem aos Estados, por previsão constitucional expressa (CF, arts. 28 e 75) ou implícita (CF, art. 58,§3.°; arts. 59 e ss.); 3. Princípios constitucionais estabelecidos: restringem a capacidade organizatória dos Estados federados por meio de limitações expressas (CF, art. 37) ou implícitas (CF, art.21). Poder Constituinte Supranacional Poder constituinte pautado na cidadania universal, no pluralismo de ordenamentos jurídicos e em uma visão remodelada de soberania. Poder destinado a elaborar uma constituição supranacional, apta a vincular os Estados ajustados sob o seu comando e fundamentada na vontade do povo- cidadão universal, seu titular. É considerado constituinte por ter a força de criar uma ordem jurídica de cunho constitucional, na medida em que reorganiza a estrutura de cada um dos Estados que adere ao direito comunitário e submete as constituições nacionais ao seu poder supremo (RODRIGUES, 2000). Concepções de Constituição Quais são as concepções de constituição? As constituições podem ser geradas por meio de uma visão sociológica, política, material, jurídica, culturalista, aberta e pluralista.Constituição Sociológica (Ferdinand Lassalle - 1862) Esta concepção defende que uma constituição de estado deve representar a soma dos fatores reais de poder. Dessa forma, a constituição que não respeita os anseios do povo é considerada como mera folha de papel, pois não expressa a realidade. Sendo assim, a constituição deve expressa essa dinâmica de poderes, sob pena de não corresponder a uma constituição real. Concepção Política (Carl Schimth - 1928) Para Carl Schimth a Feito por @simplificandodireitoss constituição é aquela que decorre de uma decisão política fundamental, e se traduz na estrutura do estado e dos poderes, e na presença de um rol de direitos fundamentais. O autor desta concepção influenciou muito as concepções nazistas. Logo, para ele as normas que não traduzem a decisão política fundamental não serão constituição propriamente dita, mas meras leis constitucionais. Nesse sentido, surge as leis que são materialmente constitucionais e as que são apenas formalmente constitucionais. As normas materialmente constitucionais são aquelas que constituem da organização do estado, estruturação dos poderes e trata dos direitos fundamentais. Todos os demais temas são considerados normas constitucionais formais porque estão na constituição, mas poderiam ser tratadas de forma infraconstitucional. Ademais, cabe ressaltar que para nós o guardião da constituição seria o STF, já para Schmit o guardião seria o poder político. Essa concepção de o poder político ser o guardião da constituição é o que abre viés para a fundamentação do nazismo. Constituição Material É o conjunto de normas que tratam da organização do poder, da forma de governo, da distribuição da competência, dos direitos da pessoa humana, considerados os sociais e individuais, do exercício da autoridade, ou seja, trata da composição e do funcionamento da ordem política. Tendo assim relação umbilical com a constituição política de Carl Schmith. Constituição Jurídica (Hans Kelsen - 1934) É aquela que se constitui em norma hipotética fundamental pura, que traz fundamento transcendental para sua própria existência (sentido lógico-jurídico), e que, por se constituir no conjunto de normas com mais alto grau de validade, deve servir de pressuposto para a criação das demais normas que compõem o ordenamento jurídico (sentido jurídico- positivo). Logo, ela é o ponto de partida e o ponto de limite. Constituição Culturalista (Michele Ainis – 1986) É aquela que apresenta o fato cultural, ou seja, é a norma que disciplina as relações e direitos fundamentais pertinentes à cultura, tais como a educação, o desporto, e a cultura em sentido estrito. Constituição Aberta (Peter Hoberle - 1975) Feito por @simplificandodireitoss É aquela interpretada por todo o povo em qualquer espaço, e não apenas por juristas, no bojo dos processos. Constituição Pluralista (Gustavo Zagrebelsky) Não é nem um mandato nem um contrato. É aquela dotada de princípios universais, segundo as pretensões acordadas pelas partes. Logo, caracteriza-se pela capacidade da ciência constitucional de buscar e encontrar essas respostas na constituição. Classificação das Constituições Tem como objetivo cãrãcterizãr segundo ãspectos comuns dãs constituiçoã es quãndo compãrãdos. • Quanto a origem Democrática ou Promulgada ou Popular: elãborãdã por legíátimos representãntes do povo, normãlmente, orgãnizãdos em torno de umã ãssembleiã nãcionãl constituinte. Outorgada: elãborãdã sem ã presençã de legíátimos representãntes do povo, impostã pelã vontãde ãbsolutistã ou por um regime totãlitãá rio. Ex: ã constituiçãão de 1824 - primeirã constituiçãão do Brãsil. Constituição cesarista, bonapartista, plebiscitaria ou referendaria: criãdã por um ditãdor ou imperãdor e, posteriormente, submetido ãà ãprovãçãão populãr por plebiscito ou referendo. Sendo ãssim importãnte destãcãr que o plebiscito eá umã consultã populãr ãntes dã criãçãão dã normã, enquãnto o referendo eá ã consultã populãr depois dã criãçãão dã normã. Heteroconstituição (constituição dada): eá ãquelã criãdã forã do Estãdo em que irãá vigorãr, tendo como exemplo ã constituiçãão do Chipre, oriundã de ãcordos de Zurique, de 1960, entre Grãã Bretãnhã, ã Greáciã e ã Turquiã. Ademãis, eá importãnte ressãltãr que ã heteroconstituição proveám de um pensãmento que o locãl onde irãá vigorãr essã lei nãão tem ã cãpãcidãde de criãr ã suã proá priã constituiçãão. Quanto ao modo de elaboração Dogmática: serãá sempre umã constituiçãão escritã, eá ã elãborãdã por um oá rgãão constituinte, e sistemãtizã os dogmãs ou ideiãs fundãmentãis dã teoriã políáticã e do direito dominãntes no momento. Feito por @simplificandodireitoss Histórica (ou costumeira): serãá sempre umã constituiçãão nãão escritã, resultã de lentã trãnsformãçãão histoá ricã, do lento evoluir dãs trãdiçoã es, dos fãtos soá cios - políáticos. Ademãis, eá de sumã relevãânciã destãcãr que toda constituição é suprema, independentemente de ser escritã ou nãão. Aleám disso, ressãltã-se que ã costumeira nãão possui um uá nico documento onde estãá presente todos ãs normãs, e sim possui ãlguns documentos diversos onde possui ãlguns de seus ideãis. Contudo ã suã prevãleânciã se dãá nos costumes. Quanto ao conteúdo Material (ou substancial): ã constituiçãão mãteriãl no sentido estrito significã o conjunto de normãs constitucionãis escritãs ou costumeirãs, inseridãs ou nãão num documento escrito, que regulãm ã estruturã do Estãdo, ã orgãnizãçãão de seus oá rgããos e os direitos fundãmentãis, nãão se ãdmitindo como constitucionãl quãlquer outrã mãteáriã que nãão tenhã ãquele conteuá do essenciãlmente constitucionãl. Formal: ã constituiçãão formãl eá o conjunto de normãs escritãs, hierãrquicãmente superior ão conjunto de leis comuns, independentemente de qual seja o seu conteúdo, isto eá , estãndo nã constituiçãão eá formãlmente constitucionãl, pois tem ã formã de constituiçãão. Nesse sentido, surge o conceito de leis constitucionais que sãão normãs que poderiãm ser trãtãdãs no ãâmbito infrãconstitucionãl, mãs que sãão trãtãdãs nã constituiçãão. Quanto à forma Escrita (ou positiva): eá ã constituiçãão codificãdã e sistemãtizãdã num texto uá nico, escrito, elaborado por um órgão constituinte, encerrãndo todãs ãs normãs tidãs como fundãmentãis sobre ã estruturã do Estãdo, ã orgãnizãçãão dos poderes constituíádos, seu modo de exercíácio e limites de ãtuãçãão, e os direitos fundãmentãis (políáticos, individuãis, coletivos, econoâ micos e sociãis). Não escrita (ou costumeira, ou consuetudinária): eá ã constituiçãão cujãs normãs nãão constãm de um documento uá nico e solene, mãs se bãseiã principãlmente nos costumes, nã jurisprudeânciã e em convençoã es e em textos constitucionãis espãrsos. Quanto a estabilidade (ou consistência, ou processo de reforma) Rígida: clãssificãçãão relãtivã ãà rigidez constitucionãl foi estãbelecidã, iniciãlmente, por Lord Bryce. Trãtã-se de umã constituiçãão que somente Feito por @simplificandodireitoss pode ser modificãdã mediãnte processo legislãtivo, solenidãdes e exigeânciãs formãis especiãis, diferentes e mãis difíáceis do que ãqueles exigidos pãrã ã formãçãão e modificãçãão de leis comuns (ordinãá riãs e complementãres). Flexível (ou plástica): eá ãquelã constituiçãão que pode ser modificãdã livremente pelo legislãdor segundo o mesmo processo de elãborãçãão e modificãçãão dãs leis ordinãá riãs. A flexibilidãde constitucionãl se fãz possíável tãnto nãs constituiçoã es costumeirãs quãnto nãsconstituiçoã es escritãs. Semi – rígida: eá ã constituiçãão que conteám umã pãrte ríágidã e outrã flexíável, por exemplo ã constituiçãão imperiãl de 1824 foi semirríágidã. Super rígida: nessã clãssificãçãão ãs normãs constitucionãis precisãm de um processo legislãtivo mãis difíácil, mãis ríágido e existem pãrtes que nãão podem ser ãlterãdãs de mãneirã nenhumã, sãão ãs chãmãdãs de cláusulas pétreas. • Quanto à extensão Concisa (ou sintética): eá ãquelã constituiçãão que ãbrãnge ãpenãs, de formã sucintã, princíápios constitucionãis gerãis ou enunciã regrãs bãásicãs de organização e funcionamento do sistema jurídico estatal, deixãndo ã pãrte de pormenorizãçãão ãà legislãçãão complementãr. Prolixa (ou analítica): eá ãquelã que trãtã de minuá ciãs de regulãmentãçãão, que melhor cãberiãm em normãs ordinãá riãs. Segundo o mestre Bonãvidã, estãs constituiçoã es ãpresentãm-se cãdã vez em mãior nuá mero, incluindo-se ã ãtuãl constituiçãão brãsileirã. Assim, ã constituiçãão prolixã trãtã de muitos temãs, eá extrãmente detãlhistã. Quanto à ideologia Ortodoxa: forjãdã sob ã oá ticã de somente umã ideologiã; Eclética: fundãdã em vãlores plurãis. Quanto ao valor ou Ontologia (Karl Loewestein) Normativa: dotãdã de vãlor juríádico legíátimo; Nominal: sem vãlor juríádico, ãpenãs sociãl, significã que o ãtuãl contexto nãão permite ã completã integrãçãão dãs normãs constitucionãis nã dinãâmicã políáticã. Semântica: tem importãânciã juríádicã, mãs nãão vãlorãçãão legíátimã, pois eá criãdã ãpenãs pãrã justificãr o exercíácio de um poder nãão democrãá tico. Sãão meros simulãcros de constituiçãão. Classificações da constituição brasileira de 1988 Democrática: elãborãdã por representãntes legíátimos do povo; Feito por @simplificandodireitoss Formal: documento solene; Escrita ou instrumental: texto uá nico; Rígida ou superrígida: processo de ãtuãçãão mãis difíácil do que o utilizãdo pãrã criãr leis e tem pãrte imutãável; Analítica: vãi ãleám dos princíápios bãá sicos, detãlhã outros ãssuntos; Dirigente: confere ãtençãão especiãl ãà implementãçãão de progrãmãs pelo Estãdo; Dogmática: sistemãtizãdã ã pãrtir de ideiãs fundãmentãis. Eclética: fundãdã em vãlores plurãis; Normativa: tem vãlor juríádico legíátimo (nãão ãpenãs sociãl). Elementos da Constituição Elementos orgânicos: estrutura do Estado e do poder ; Elementos limitativos: direitos fundamentais; Cabe ressaltar que os direitos fundamentais não são direitos de bandido são direitos que te garantem saúde, educação, entre tantos outros direitos. Sendo assim, esses direitos são importantes tanto para limitar o poder do Estado, visto que eles determinam os direitos fundamentais da pessoa humana, como para evitar o abuso do poder do Estado, por exemplo, o Estado não pode invadir minha casa sem ordem judicial, exceto em casos emergenciais como incêndio, agressão contra a mulher, como a realização de atos em prol do cumprimento desses direitos. Nesse sentido, além de evitar violação, os direitos fundamentais promovem direitos. Ademais, cabe ressaltar que o Estado quando age, age em favor de todos (interesse público), enquanto nós enquanto pessoas agimos em conformidade com nossos interesses privados. Nesse sentido, o interesse público prevalece sobre o privado em nome do bem comum. Logo, nenhum direito é absoluto, por exemplo, a sua propriedade deve obedecer a finalidade social, se você tiver uma casa no centro histórico com estrutura arquitetônica antiga o estado limita o seu poder de reforma, mas isso não tira o seu direito de propriedade, apenas o limita. O tombamento significa um conjunto de ações realizadas pelo poder público com o objetivo de preservar , por meio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados . Requisição: é o modo de intervenção do estado na propriedade que importa restrição ao uso da propriedade. Feito por @simplificandodireitoss Desapropriação: quando descumpre a finalidade social, tendo como exemplo um local que só tem moradia e caso seja construída uma indústria lá ocorre a desapropriação. Elementos socioideológico: compromisso do Estado de programas sociais. Elementos de estabilização: proteção a integridade do Estado e das constituições , inclusive sobre conflitos institucionais. Tendo como exemplo da proteção a integridade do Estado e da constituição o capítulo VI da CF: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - mãnter ã integridãde nãcionãl; II - repelir invãsãão estrãngeirã ou de umã unidãde dã Federãçãão em outrã; III - poâ r termo ã grãve comprometimento dã ordem puá blicã; IV - gãrãntir o livre exercíácio de quãlquer dos Poderes nãs unidãdes dã Federãçãão; V - reorgãnizãr ãs finãnçãs dã unidãde dã Federãçãão que: a) suspender o pãgãmento dã díávidã fundãdã por mãis de dois ãnos consecutivos, sãlvo motivo de forçã mãior; b) deixãr de entregãr ãos Municíápios receitãs tributãá riãs fixãdãs nestã Constituiçãão, dentro dos prãzos estãbelecidos em lei; VI - prover ã execuçãão de lei federãl, ordem ou decisãão judiciãl; VII - ãssegurãr ã observãânciã dos seguintes princíápios constitucionãis: a) formã republicãnã, sistemã representãtivo e regime democrãá tico; b) direitos dã pessoã humãnã; c) ãutonomiã municipãl; d) prestãçãão de contãs dã ãdministrãçãão puá blicã, diretã e indiretã. e) ãplicãçãão do míánimo exigido dã receitã resultãnte de impostos estãduãis, compreendidã ã proveniente de trãnsfereânciãs, nã mãnutençãão e desenvolvimento do ensino e nãs ãçoã es e serviços puá blicos de sãuá de. Título V, Art. 136, CF - O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho dã Repuá blicã e o Conselho de Defesã Nãcionãl, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locãis restritos e determinãdos, a ordem pública ou a paz social ãmeãçãdãs por grãve e iminente instãbilidãde institucionãl ou ãtingidãs por cãlãmidãdes de grãndes proporçoã es nã nãturezã. Elementos formais de aplicabilidade: regras de interpretação e aplicação das normas Constitucionais (Preâmbulo e ADCT - atos das disposições constitucionais transitórias). ADCT, art. 1º - O Presidente da República, o Presidente do Supremo Tribunal Federal e os membros do Congresso Nacional prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, no ato e na data de sua promulgação. Obs: elementos mínimo irredutíveis (Carl schmiy e Karl loewestein): estrutura do estado e direitos fundamentais. Bloco de constitucionalidade É o conjunto de normas materialmente constitucionais (servem ao controle de constitucionalidade), mas que não integram formalmente a Feito por @simplificandodireitoss Constituição. É o caso de tratados internacionais equiparados a normas constitucionais (ART.5, parágrafo 3 CF). Eficácia das normas constitucionais Todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia jurídica, porém nem todas possuem efetividade (aplicabilidade). Dado esse cenário, após a segunda guerra passou-se a incorporar direitos e garantias fundamentais a pessoa e atrelado a esse novo cenário passou-se a ter um movimento da constituição para que ela pudesse ter maior eficácia e não ser apenas uma mera folha de papel. Esse movimento é político e social, buscava- se a força e obrigatoriedade da constituição. Dessa forma, a soma desses fatoresresultou em um fortalecimento da constituição, a ponto das suas regras e princípio ter força normativa. Sendo assim, segundo a doutrina majoritária, as normas constitucionais podem ser classificadas em: De acordo com José Afonso da Silva elas são classificadas em força e eficácia A força é a capacidade de criar efeitos no mundo real. Desse modo, ressalta-se que toda norma constitucional tem eficácia, logo, toda norma infraconstitucional tem o objetivo de concretiza aquilo que está na constituição. Nesse sentido, destaca-se que embora algumas normas não sejam praticadas em si, elas impedem que o poder público seja contra elas. Normas Constitucionais de Eficácia Plena São aquelas normas de aplicabilidade imediata, direta, integral, independentemente de legislação inconstitucional para sua inteira operatividade (autoaplicáveis ou autoexecutáveis). Por exemplo, arts. 1°, 2°§,13,14 parágrafo 2°, 17 § 4°, 37 III, 44 PARÁGRAFO UNICO, 69, 76, 145 parágrafo 2°, entre outros, da CF/1988. Normas Constitucionais de Eficácia Contida São aquelas normas que têm aplicabilidade imediata, integral, plena, direta (autoaplicáveis ou autoexecutáveis), mas podem ter reduzido o seu alcance pela atividade do legislador ordinário , em virtude de autoridade constitucional. São também chamadas de normas de eficácia redutível ou restringível. Por exemplo, inc. XIII do art. 5° da CF/1988, “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações Feito por @simplificandodireitoss profissionais que a lei estabelecer"; inc. LVIII do art. 5° da CF/1988, "O civilmente identificado não serásubmetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas de em lei." Bem como os incs. VIII, XV, XXVII, XXXIII, LX, LXI, do art. 5°, o art. 9°,caput c/c parágrafo 1°, o art. 170, parágrafo único, o art. 184, entre outros, da CF/1988. Exemplo: Quando eu me formo em direito ainda não posso ser advogado, eu me submeto a lei da OAB que afirma que devo passar no teste para ser advogado. Ademais, destaque-se que a limitação das normas Constitucionais pode ser realizada não apenas por normas infraconstitucional, mas também por normas constitucionais. É o caso, por exemplo, da decretação de Estado de defesa e do estado de sítio, onde há possibilidades de restrição de direitos constitucionais. São exemplos os arts. 136, parágrafo 1 e 139 da CF/ 1988. Normas Constitucionais de Eficácia Limitada São aquelas normas que dependem da emissão de uma normatividade futura, em que o legislador ordinário, intenta - lhes a eficácia mediante lei, capacidade de execução em termos de regulamentação dos interesses visados (aplicabilidade diferida). São também chamadas de eficácia relativa ou complementável - por exemplo, inc. XXVII do art.7°. da CF/1988: " proteção em face de automação, na forma da lei". São outros exemplos: art. 5°, XXVIII, XXXIX E XXXII, 7°., IV E XXIII, 37, I E VII E 153, VII, todos da CF/1988. As normas Constitucionais de eficácia limitada contêm eficácia jurídica indireta, independentemente de regulamentação, pois revogam a legislação anterior contrárias aos ditames da nova Constituição, bem como impossibilitam a elaboração das leis e atos normativos contrários à lei fundamental. Além disso, autorizam a busca da regulamentação através do Poder Judiciário (mandado de injunção ou ação direta de inconstitucionalidade supridora de omissão). Classificação das normas constitucionais de eficácia limitada Normas de princípio institutivo São aquelas que dependem da lei para dar corpo às instituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição (organizativa). São exemplos da Constituição Federal vigente: parágrafo 3° do art.18, parágrafo 3° do art.25, art. 224, entre outros. Normas de princípio programático São aquelas que estabelecem programas a serem desenvolvido s mediante legislação integrativa da vontade constituinte. São exemplos da Constituição Feito por @simplificandodireitoss Federal vigente: arts. 196, 205, 214, 215, entre outros. Essas normas programam metas, objetivos. Elas têm eficácia, revogam todas as normas contrárias a ela, ela determina que os poderes públicos observem essas normas independente de regulamentação. Eficácia exaurida Para Uadi Lammêgo Bulos (Constituição Federal anotada. São Paulo: Saraiva, 2000. p.335) normas de eficácia exaurida são aquelas que já extinguiram a produção de seus efeitos. Por exemplo, as normas do ato das disposições constitucionais transitórias (arts. 1 °, 2°, 3°, 14, 20, 25, entre outros. Feito por @simplificandodireitoss O que é o direito constitucional? Direito público x Direito privado Quem é a administração Direta? Por que a norma na constituição é importante? E por que existem leis presente nela que poderiam ser tratadas na esfera infra constitucional? Qual a natureza jurídica do direito constitucional? O que é Estado? Qual o objeto central da constituição? Quais são as fontes do direito? Quais são as fontes do direito constitucional? O que são costumes constitucionais? Qual a diferença entre costume e hábito? Por que a constituição é a norma suprema? Como é formado o sistema legislativo? O que é uma corte constitucional? Existem limites interpretativos? Espécies do Poder Constituinte Originário: Quanto ao momento de manifestação: Quanto ao papel na elaboração do documento constitucional: Características do Poder Constituinte Originário Sob a ótica jusnaturalista: Limitações do Poder Constituinte Originário Legitimidade do Poder Constituinte Originário Limitações impostas ao poder reformador Limitações formais (processuais ou procedimentais): Limitações materiais (substanciais) Limitações impostas ao poder revisor Poder Constituinte Decorrente: Espécies Características Secundário; Condicionado. Quais são as concepções de constituição? Normas de princípio institutivo Normas de princípio programático
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