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Direito Penal

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Direito Penal 
 
2 
______________________________________________________ 
https://www.cejasonline.com.br/ 
Sumário 
PRINCÍPIOS ....................................................................................................................................................... 2 
TEORIA GERAL DO DELITO ................................................................................................................................ 3 
LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO .................................................................................................................. 4 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ............................................................................................................................ 6 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ .................................................................................. 8 
CRIME IMPOSSÍVEL ........................................................................................................................................... 9 
CRIME CULPOSO, DOLOSO E PRETERDOLOSO .................................................................................................. 10 
CONCURSO DE CRIMES .................................................................................................................................... 12 
CONCURSO DE PESSOAS .................................................................................................................................. 13 
ERRO ............................................................................................................................................................... 13 
CULPABILIDADE ............................................................................................................................................... 15 
IMPUTABILIDADE PENAL ................................................................................................................................. 16 
DAS PENAS ...................................................................................................................................................... 17 
PRESCRIÇÃO .................................................................................................................................................... 20 
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ........................................................................................................................ 20 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................................ 21 
CRIMES EM LICITAÇÃO ..................................................................................................................................... 22 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO ..................................................................................................................... 22 
CONTRAVENÇÕES PENAIS ................................................................................................................................ 24 
 
PRINCÍPIOS 
QUESTÃO 1 Rafael, primário, foi preso em flagrante delito 
após tentar subtrair poucos bens de uma rede de Super-
mercados. Avaliados, os bens totalizaram R$ 38,00 (trinta 
e oito reais) e foram integralmente restituídos à vítima. 
Nesse caso, o Defensor Público fundamentará seu pe-
dido de absolvição por insignificância com base no prin-
cípio da 
A) aceitação social. 
B) intervenção mínima. 
C) reserva legal. 
D) isonomia. 
E) ampla defesa. 
QUESTÃO 2 Sobre o princípio da legalidade: 
A) requer que além de prévia, a lei seja taxativa. 
B) limita-se à previa definição do crime, mas a pena pode 
ser cominada posteriormente. 
C) aplica-se a crime e contravenções penais, salvo crimes 
hediondos e equiparados. 
D) permite a retroatividade da lei penal em caso de 
crime violento e sexual. 
E) constitui um entrave ao combate da criminalidade vi-
olenta no Brasil. 
QUESTÃO 3 O princípio da bagatela imprópria 
A) é reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça em 
casos de violência doméstica e familiar contra mulher. 
B) é aplicado, diante da ausência de previsão legal, por 
analogia o instituto do arrependimento posterior, 
com a redução da pena de um terço a dois terços. 
C) permite que o julgador deixe de aplicar a pena em ra-
zão desta ter se tornado desnecessária. 
D) pressupõe para sua aplicação a existência de infração 
bagatelar própria. 
E) possui reflexos na dosimetria da pena, como circuns-
tância atenuante da pena. 
QUESTÃO 4 O princípio do direito penal que possui claro 
sentido de garantia fundamental da pessoa, impedindo 
que alguém possa ser punido por fato que, ao tempo do 
seu cometimento, não constituía delito é 
A) atipicidade. 
B) reserva legal. 
C) punibilidade. 
 
3 
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https://www.cejasonline.com.br/ 
D) analogia. 
E) territorialidade. 
QUESTÃO 5 O uso da analogia para punir alguém por ato 
não previsto expressamente em lei, mas semelhante a 
outro por ela definido, 
A) é permitido, se o fato for contrário ao sentimento do 
povo na época em que o ato foi praticado. 
B) é vedado, por importar em violação do princípio da le-
galidade. 
C) é vedado, por contrariar o princípio da proporcionali-
dade da lei penal. 
D) é permitido, se o fato for contrário aos princípios fun-
damentais do Direito Penal. 
E) só é permitido se estiver fundado no direito consue-
tudinário. 
QUESTÃO 6 A incompletude da ordem jurídica torna in-
dispensável a aplicação analógica, pela qual o sistema ju-
rídico estende toda sua força reguladora a situações não 
previstas, buscando uma solução que lhe seja imanente. 
Sobre o tema, é correto afirmar que: 
A) normas penais não incriminadoras gerais podem ser 
alvo do emprego do argumento analógico; 
B) normas penais não incriminadoras podem ser inter-
pretadas em prejuízo do réu; 
C) normas penais que definem o injusto culpável são 
passíveis de aplicação analógica; 
D) normas penais que estabelecem as consequências ju-
rídicas do injusto culpável são passíveis de aplicação 
analógica; 
E) normas penais não incriminadoras excepcionais po-
dem ser alvo do emprego do argumento analógico. 
QUESTÃO 7 No Brasil, o princípio da proibição da dupla 
persecução penal ou da vedação à dupla incriminação: 
A) tem expressa previsão na Constituição da República 
de 1988; 
B) não tem previsão normativa, o que impede sua apli-
cação; 
C) tem expressa previsão no Código de Processo Penal; 
D) não tem previsão normativa, decorrendo implicita-
mente da Constituição da República de 1988; 
E) tem expressa previsão na legislação processual penal 
extravagante. 
QUESTÃO 8 O princípio da intranscendência da pena 
veda que 
A) o tempo total de cumprimento das penas privativas 
de liberdade ultrapasse 40 anos. 
B) uma pessoa seja novamente punida no Brasil, se já 
houver cumprido pena pelo mesmo crime no exterior. 
C) em caso de concurso de crimes, a pena final aplicável, 
obtida pelo critério da exasperação da pena de um 
dos delitos, supere o resultado da soma das penas de 
cada um deles. 
D) o sucessor do condenado pelo crime seja obrigado a 
reparar o dano causado pelo infrator em valor supe-
rior ao que este deixou de herança. 
E) se cumpra, no Brasil, pena aplicada por órgão jurisdi-
cional estrangeiro sem o exequatur do STJ. 
TEORIA GERAL DO DELITO 
QUESTÃO 9 Na estrutura analítica do crime, o juízo da 
culpabilidade presta-se para avaliar a 
A) prática da conduta. 
B) contrariedade da conduta ao direito. 
C) reprovabilidade da conduta. 
D) existência do injusto penal. 
E) ilicitude da conduta. 
QUESTÃO 10 No que concerne aos elementos do crime, 
é correto afirmar que 
A) não há crime sem ação. 
B) os animais irracionais podem ser sujeitos ativos de cri-
mes. 
C) o sujeito passivo material de um delito é o titular do 
bem jurídico diretamente lesado pela conduta do 
agente. 
D) não há crime sem resultado. 
E) só os bens jurídicos de natureza corpóreapodem ser 
objeto material de um delito. 
QUESTÃO 11 Para as contravenções penais, a lei prevê a 
aplicação isolada ou cumulativa das penas de 
A) prisão simples e detenção. 
B) reclusão e detenção. 
C) multa e prisão simples. 
D) detenção e multa. 
E) reclusão e prisão simples. 
QUESTÃO 12 João, com intenção de matar, agrediu José 
a golpes de faca, ferindo-o no abdome. Atendido por ter-
ceiros, José foi levado a um hospital. Quando estava 
sendo medicado, ocorreu um incêndio no hospital e José 
morreu queimado. Nesse caso, João responderá por 
A) lesões corporais leves. 
B) lesões corporais graves. 
C) homicídio doloso. 
D) tentativa de homicídio. 
E) homicídio culposo. 
QUESTÃO 13 São elementos que compõem o fato típico: 
A) nexo causal, conduta, tipicidade e punibilidade. 
B) resultado, tipicidade, nexo causal e antijuridicidade. 
C) conduta, resultado, nexo causal e tipicidade. 
D) culpabilidade, tipicidade, conduta e resultado. 
E) conduta, resultado, nexo causal e subjetividade. 
QUESTÃO 14 De acordo com o que estabelece o Código 
Penal, 
A) não há crime quando o agente pratica o fato no exer-
cício regular de direito. 
B) entende-se em legítima defesa quem pratica o fato 
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua 
vontade, nem podia de outro modo evitar. 
C) é possível a invocação do estado de necessidade 
mesmo para aquele que tinha o dever legal de en-
frentar o perigo. 
D) é plenamente possível a compensação de culpas 
quando ambos os agentes agiram com imprudência, 
negligência ou imperícia na prática do ilícito. 
 
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E) considera-se praticado o crime no momento do resul-
tado, ainda que outro seja o momento da ação ou 
omissão. 
QUESTÃO 15 A teoria finalista da ação, adotada pelo Có-
digo Penal em sua Parte Geral, concebe o crime como 
um fato típico e antijurídico. A culpabilidade diz respeito 
à reprovabilidade da conduta. O dolo, que integrava o ju-
ízo de culpabilidade, para esta teoria é elemento estrutu-
rante do fato típico. Essa adoção pretende corrigir con-
tradições na teoria 
A) da equivalência dos antecedentes causais. 
B) da responsabilidade objetiva. 
C) da causalidade normativa. 
D) do domínio do fato. 
E) da imputabilidade. 
QUESTÃO 16 No que se refere aos elementos do crime, é 
correto afirmar que 
A) o estrito cumprimento do dever legal exclui a impu-
tabilidade. 
B) o dolo e a culpa integram a tipicidade e a culpabili-
dade, respectivamente. 
C) o arrependimento eficaz afasta a ilicitude. 
D) a exigibilidade de conduta diversa é pressuposto da 
culpabilidade. 
E) o crime impossível extingue a punibilidade. 
QUESTÃO 17 Durante assalto a uma joalheria, dois ho-
mens armados obrigaram a gerente, mediante grave 
ameaça, a abrir o cofre e a acondicionar as joias que es-
tavam guardadas ali em uma mochila, que eles levaram 
consigo na fuga. 
Com base no caso descrito e no conceito tripartite de 
crime, assinale a afirmativa correta. 
A) A cooperação da gerente com os roubadores é um 
fato penalmente atípico. 
B) Em razão da ameaça, a gerente não agiu com dolo ao 
colaborar com os roubadores. 
C) A gerente não agiu de forma culpável, apesar de ha-
ver cometido um injusto penal. 
D) A gerente cometeu o crime de roubo em concurso de 
agentes, mas é favorecida por uma escusa absolutó-
ria. 
E) A gerente agiu em legítima defesa, razão por que a 
sua colaboração com os roubadores é justificada. 
QUESTÃO 18 Segundo o conceito analítico de crime, o 
instituto é composto por três elementos, quais sejam, o 
fato típico, a ilicitude ou antijuridicidade e a culpabili-
dade. O fato típico, por sua vez, é composto por conduta, 
resultado, nexo de causalidade e tipicidade. 
Analise as proposições a seguir e assinale aquela que 
contém somente causas de exclusão da tipicidade. 
A) Coação moral irresistível, estados de inconsciência e 
obediência hierárquica. 
B) Coação física irresistível, estados de inconsciência e 
atos reflexos. 
C) Coação física irresistível, estrito cumprimento do de-
ver legal e estados de inconsciência. 
D) Coação moral irresistível, estados de inconsciência e 
exercício regular de direito. 
E) Coação física irresistível, obediência hierárquica e atos 
reflexos. 
QUESTÃO 19 Dentro da teoria geral do crime, entende-se 
por “crimes de empreendimento” aqueles em que: 
A) todas as elementares do tipo penal precisam ser pra-
ticadas para que o resultado seja alcançado; 
B) o agente pratica os atos de execução, mas a configu-
ração do crime depende da colaboração da própria ví-
tima; 
C) há exigência de reiteração da conduta e finalidade de 
obtenção de lucro; 
D) o legislador equipara a forma tentada à forma consu-
mada do delito, prevendo a mesma pena para ambas 
as modalidades; 
E) o crime é cometido por meio da profissão lícita do 
agente, como meio para realizar uma conduta crimi-
nosa. 
LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO 
QUESTÃO 20 Mário, com inveja de Helena, sua colega de 
trabalho, resolveu sequestrá-la com a finalidade de im-
pedi-la de participar de um processo seletivo profissional. 
Para tanto, Mário privou Helena de sua liberdade por 
uma semana, período em que foram realizados os testes 
do processo seletivo, fazendo com que Helena perdesse 
a oportunidade. 
Ocorre que, no meio da semana em que Helena restou 
privada de sua liberdade, entrou em vigor nova lei recru-
descendo a sanção penal para o delito de crime de se-
questro e cárcere privado. 
Nessa situação hipotética, podemos afirmar que 
A) a nova lei não poderá ser aplicada, por ser lei penal 
nova mais gravosa. 
B) a nova lei não poderá ser aplicada, porque o crime ini-
ciou-se sob a égide de lei mais benéfica e, em se tra-
tando de crime continuado, a lei menos gravosa deve 
ser aplicada. 
C) a nova lei não poderá ser aplicada, porque o crime ini-
ciou-se sob a égide de lei mais benéfica e, em se tra-
tando de crime permanente, a lei menos gravosa 
deve ser aplicada. 
D) a lei nova mais gravosa deverá ser aplicada, uma vez 
que o crime de sequestro é crime permanente. 
E) a lei nova mais gravosa deverá ser aplicada, uma vez 
que o crime de sequestro é crime continuado. 
QUESTÃO 21 A lei penal mais grave pode ser aplicada ao 
réu de um crime cuja execução iniciou-se antes da sua 
vigência se 
A) for um crime considerado hediondo. 
B) se a nova lei tornar mais severa apenas a regra para a 
progressão de regime de cumprimento da pena. 
C) o réu for reincidente específico. 
D) a nova lei for uma lei penal temporária. 
E) a realização da ação típica estender-se para além da 
entrada em vigor da nova lei. 
QUESTÃO 22 Manuel praticou crime de sequestro contra 
a vítima Carla, que se encontrava em cativeiro há três 
meses. Durante esse período em que a vítima se 
 
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encontrava privada da sua liberdade, entrou em vigor lei 
penal nova, prevendo aumento de pena para o crime de 
sequestro, o qual só cessou após a lei nova ter entrado 
em vigor. Diante dessa hipótese, quanto à aplicação da 
lei penal no tempo, é correto afirmar que: 
A) não poderá ser aplicada a lei posterior mais grave, a 
qual não possui ultratividade; 
B) será aplicada a lei penal posterior mais grave, cuja vi-
gência é anterior à cessação da permanência do 
crime; 
C) não poderá ser aplicada a lei posterior mais grave, que 
só retroagirá se for mais benéfica ao réu; 
D) será aplicada a lei penal anterior, em obediência ao 
princípio tempus regit actum; 
E) não poderá ser aplicada a lei penal mais grave, pois 
não se admite a novatio legis in pejus. 
QUESTÃO 23 Mônica foi condenada a 8 (oito) anos de re-
clusão, em regime inicialmente fechado, tendo a sen-
tença condenatória transitado em julgado em 2020, 
quando se iniciou o cumprimento da pena em estabele-
cimento prisional. Em 2022, a legislação penal sofreu mo-
dificação, reduzindo a pena máxima do delito cometido 
por Mônica para5 (cinco) anos de reclusão. Nesse caso, 
competirá ao Juiz da execução 
A) cientificar o Ministério Público e a defesa da conde-
nada acerca do advento da nova lei mais benéfica, a 
fim de que seja ajuizada ação de revisão criminal pe-
rante o juízo de origem. 
B) informar ao juízo de origem sobre o advento da nova 
lei mais benéfica, a fim de que proceda à alteração da 
sentença. 
C) a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, fa-
voreça a condenada, desde que ainda não tenha ocor-
rido o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
D) a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, fa-
voreça a condenada. 
E) a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, fa-
voreça a condenada, desde que o crime pelo qual foi 
condenada não seja hediondo com resultado morte, 
hipótese em que os autos devem ser remetidos ao ju-
ízo de origem. 
QUESTÃO 24 De acordo com as normas e os princípios 
que regem a aplicação da lei penal no tempo e no es-
paço, é correto afirmar que: 
A) as normas penais incriminadoras podem ser criadas 
por lei, convenção ou decreto legislativo; 
B) considera-se praticado o crime no momento de seu 
resultado, ainda que outro seja o momento da ação 
ou omissão; 
C) a lei temporária, embora decorrido o período de sua 
duração, aplica-se aos fatos praticados durante a sua 
vigência; 
D) as regras gerais do Código Penal aplicam-se aos cri-
mes previstos em lei especial, mesmo que esta dispo-
nha de maneira diversa; 
E) a lei penal posterior mais benéfica aplica-se aos fatos 
anteriores, desde que não decididos por sentença 
condenatória transitada em julgado. 
QUESTÃO 25 Quanto à aplicação da lei penal no tempo, 
é correto afirmar que: 
A) a lei penal em branco tem em comum com a lei ex-
cepcional o regime específico da ultratividade gra-
vosa; 
B) a lei penal em branco tem em comum com a lei ex-
cepcional a impossibilidade de revogação por lei pos-
terior; 
C) quando o complemento da lei penal em branco não 
tem natureza penal, a norma não se submete às re-
gras que disciplinam a sucessão de leis penais no 
tempo; 
D) quando o complemento da lei penal em branco obje-
tiva assegurar efeito regulador, a norma não se sub-
mete ao critério da ultratividade; 
E) em relação à norma penal em branco, o “fator tempo” 
componente do tipo penal incriminador é tido como 
dispensável para garantir sua real eficácia. 
QUESTÃO 26 Sobre a eficácia da sentença estrangeira, é 
correto afirmar que: 
A) depende de homologação para produzir reincidência; 
B) depende de homologação para impedir a obtenção 
de sursis; 
C) depende de homologação para aumentar o período 
para concessão de livramento condicional; 
D) não depende de homologação para revogação do li-
vramento condicional; 
E) não depende de homologação para aplicar medida 
de segurança. 
QUESTÃO 27 Sobre a aplicação da lei penal no espaço, é 
correto afirmar que: 
A) pelo princípio da extraterritorialidade, aplica-se a lei 
penal brasileira aos fatos puníveis praticados no terri-
tório nacional, quando o agente for estrangeiro; 
B) a lei brasileira adota o princípio da territorialidade 
como regra, ainda que de forma atenuada, uma vez 
que ressalva a validade de convenções e tratados in-
ternacionais; 
C) o princípio da nacionalidade ou da personalidade per-
mite a extensão da jurisdição penal do Estado titular 
do bem lesado para além dos seus limites territoriais; 
D) o princípio real, de defesa ou de proteção permite a 
aplicação da lei penal da nacionalidade do agente, 
pouco importando o local em que o crime foi prati-
cado; 
E) o princípio da universalidade ou cosmopolita aplica-
se à lei penal da nacionalidade do agente, pouco im-
portando o local em que o crime foi praticado. 
QUESTÃO 28 Sobre a aplicação da lei penal no espaço, é 
correto afirmar que: 
A) pelo princípio da extraterritorialidade, aplica-se a lei 
penal brasileira aos fatos puníveis praticados no terri-
tório nacional, quando o agente for estrangeiro; 
B) a lei brasileira adota o princípio da territorialidade 
como regra, ainda que de forma atenuada, uma vez 
que ressalva a validade de convenções e tratados in-
ternacionais; 
C) o princípio da nacionalidade ou da personalidade per-
mite a extensão da jurisdição penal do Estado titular 
do bem lesado para além dos seus limites territoriais; 
D) o princípio real, de defesa ou de proteção permite a 
aplicação da lei penal da nacionalidade do agente, 
 
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pouco importando o local em que o crime foi prati-
cado; 
E) o princípio da universalidade ou cosmopolita aplica-
se à lei penal da nacionalidade do agente, pouco im-
portando o local em que o crime foi praticado. 
QUESTÃO 29 Em outubro de 2019, Carlos iniciou a execu-
ção de um grande crime de extorsão mediante seques-
tro, sendo que a restrição da liberdade da vítima durou 
mais de 60 (sessenta) dias. Ocorre que, no mês de no-
vembro de 2019, quando o delito já estava consumado, 
entrou em vigor lei penal que aumentou a pena do crime 
de extorsão mediante sequestro. A vítima apenas conse-
guiu sua liberdade no dia de Natal do ano de 2019, 
mesma data em que houve obtenção da vantagem fi-
nanceira pelo autor do fato, tendo ela comparecido em 
janeiro de 2020 ao Ministério Público para narrar o ocor-
rido. Oferecida denúncia em face de Carlos pela prática 
do crime de extorsão mediante sequestro e confirmada 
a autoria em instrução probatória, o promotor de justiça 
poderá requerer a condenação de Carlos com base na: 
A) lei em vigor em outubro de 2019, momento em que 
foi consumado o crime imputado, aplicando-se ao Di-
reito Penal o princípio do tempus regit actum; 
B) lei em vigor no momento da apresentação das alega-
ções finais, ainda que mais gravosa, aplicando-se ao 
Direito Penal o princípio do tempus regit actum; 
C) lei em vigor em outubro de 2019, por ser aplicável ao 
Direito Penal o princípio da irretroatividade da lei pe-
nal mais gravosa; 
D) inovação legislativa, pois o crime imputado somente 
restou consumado no dia da obtenção da vantagem 
indevida; 
E) inovação legislativa, ainda que mais gravosa, em ra-
zão da natureza do crime imputado. 
QUESTÃO 30 Renato, Bruno e Diego praticaram diferen-
tes crimes de roubo com emprego de armas brancas. Re-
nato, no ano de 2017, foi condenado definitivamente pelo 
crime de roubo majorado pelo emprego de arma, pois, 
em 2015, teria, com grave ameaça exercida com em-
prego de faca, subtraído um celular. Bruno foi conde-
nado, em primeira instância, em março de 2018, também 
pelo crime de roubo majorado pelo emprego de arma, já 
que teria utilizado um canivete para ameaçar a vítima e 
subtrair sua bolsa. A decisão ainda está pendente de con-
firmação diante de recurso do Ministério Público, apenas. 
Diego, por sua vez, responde à ação penal pela suposta 
prática de crime de roubo majorado pelo emprego de 
arma, que seria um martelo, por fatos que teriam ocor-
rido em fevereiro de 2018, estando o processo ainda em 
fase de instrução probatória. Ocorre que, em abril de 
2018, entrou em vigor lei alterando o art. 157 do CP, sendo 
revogado o inciso I do parágrafo 2º, e passando a prever 
que apenas o crime de roubo com emprego de arma de 
fogo funcionaria como causa de aumento de pena. 
Considerando apenas as informações expostas e que a 
inovação legislativa não teria inconstitucionalidades, as 
novas previsões: 
A) seriam aplicáveis a Diego, que ainda não possui sen-
tença condenatória em seu desfavor, com base no 
princípio da retroatividade da lei penal benéfica, mas 
não seriam aplicáveis a Renato e Bruno; 
B) não seriam aplicáveis a Renato, que já possui conde-
nação com trânsito em julgado, aplicando-se o princí-
pio da irretroatividade da lei penal, mas deveriam ser 
aplicadas a Bruno e Diego; 
C) não seriam aplicáveis a Renato, Bruno nem a Diego, 
já que os fatos imputados teriam ocorrido antes de 
sua entrada em vigor, aplicando-se o princípio da irre-
troatividadeda lei penal; 
D) seriam aplicáveis a Renato, Bruno e Diego, em razão 
do princípio da retroatividade da lei penal mais bené-
fica; 
E) seriam aplicáveis apenas a Bruno e Diego, mas não a 
Renato, diante do princípio do tempus regit actum. 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
QUESTÃO 31 É correto afirmar que: 
A) Nos crimes cometidos sem violência ou grave ame-
aça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, 
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a 
dois terços. 
B) O agente que, involuntariamente, desiste de prosse-
guir na execução ou impede que o resultado se pro-
duza, não responde pelos atos já praticados. 
C) Diz-se o crime tentado quando nele se reúnem todos 
os elementos de sua definição legal. 
D) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só 
responde o agente que o houver causado, exceto cul-
posamente. 
E) Não se pune a tentativa quando, por absoluta impro-
priedade do meio ou por ineficácia absoluta do ob-
jeto, é impossível consumar-se o crime. 
QUESTÃO 32 A respeito do crime tentado e do crime con-
sumado, é correto afirmar que 
A) a consumação do crime de concussão ocorre com o 
recebimento da vantagem indevida. 
B) a interrupção da execução do delito por desistência 
do agente caracteriza o crime tentado. 
C) a consumação do crime de corrupção passiva ocorre 
com o recebimento da vantagem indevida. 
D) os atos preparatórios fazem parte da execução do de-
lito, caracterizando o crime tentado. 
E) a ocorrência do resultado é indispensável para a ca-
racterização do crime culposo. 
QUESTÃO 33 Admite-se a tentativa 
A) nas contravenções. 
B) nos crimes omissivos puros. 
C) nos crimes culposos. 
D) nos crimes unisubsistentes. 
E) nos crimes comissivos por omissão. 
QUESTÃO 34 Jeferson decide praticar um crime de 
roubo, sozinho, em uma farmácia. Para tanto, vai até o 
local, rende os funcionários e, de repente, antes mesmo 
de se apossar de algum bem, após o alarme tocar, é sur-
preendido pela Polícia, momento em que sai correndo 
para tentar fugir, mas é alcançado e preso em flagrante. 
De acordo com essas informações, a defesa de Jeferson 
deverá pleitear o reconhecimento de 
 
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A) desistência voluntária. 
B) arrependimento eficaz. 
C) tentativa. 
D) arrependimento posterior. 
E) crime impossível. 
QUESTÃO 35 Sobre o iter criminis é correto afirmar que 
A) a consumação do crime formal requer o resultado na-
turalístico, pois dele depende a efetiva violação do 
bem jurídico. 
B) a tentativa só pode se configurar na presença do dolo 
de consumação do delito. 
C) a cogitação é impunível, salvo em casos de milícia pri-
vada armada, grupo ou esquadrão. 
D) o ato preparatório, por constituir uma antecipação da 
tutela penal, não admite tipificação própria no Código 
Penal. 
E) o exaurimento, por se dar após a consumação da 
pena, não pode interferir na aplicação da pena, pois é 
incapaz de modificar o desvalor da ação. 
QUESTÃO 36 Não há crime quando o agente pratica o 
fato 
A) mediante mera tentativa. 
B) com imprudência, negligência ou imperícia. 
C) com arrependimento posterior. 
D) no exercício regular de direito. 
E) em concurso de pessoas. 
QUESTÃO 37 O crime é tentado quando 
A) o agente é preso em flagrante imediatamente após a 
prática do crime. 
B) o agente deu causa ao resultado por imprudência, ne-
gligência ou imperícia. 
C) a conduta do agente é reconhecida como insignifi-
cante. 
D) o agente pratica o fato para salvar de perigo atual, que 
não provocou por sua vontade, direito próprio ou 
alheio. 
E) iniciada a execução, não se consuma por circunstân-
cias alheias à vontade do agente. 
QUESTÃO 38 No tocante à tentativa, acertado afirmar 
que 
A) é impunível nos casos de contravenção penal e de 
falta grave no curso da execução penal. 
B) o cálculo da prescrição em abstrato é regulado pelo 
máximo da pena cominada ao delito imputado, me-
nos dois terços. 
C) não incide o respectivo redutor na fixação da quanti-
dade de dias-multa. 
D) é aplicável o redutor mínimo de um terço para efeito 
de verificação de cabimento da suspensão condicio-
nal do processo. 
E) é possível nos crimes formais, se plurissubsistentes. 
QUESTÃO 39 Quando o agente dá início à execução de 
um delito e desiste de prosseguir em virtude da reação 
oposta pela vítima, ocorre 
A) arrependimento eficaz. 
B) crime consumado. 
C) fato penalmente irrelevante. 
D) desistência voluntária. 
E) crime tentado. 
QUESTÃO 40 Iniciada a execução do delito, a consuma-
ção ocasionada pela ocorrência de causa relativamente 
independente faz com que o agente 
A) responda pelo crime consumado, por situar-se o re-
sultado na esfera de desdobramento de sua conduta. 
B) responda pelo crime consumado, em virtude do prin-
cípio da equivalência das causas adotado pelo Código 
Penal brasileiro. 
C) responda pelos atos já praticados, porque a causa re-
lativamente superveniente cortou o nexo causal. 
D) responda pelo crime consumado, por situar-se o re-
sultado na linha de perigo decorrente da sua conduta. 
E) não responda por nenhum ato já praticado, se a causa 
relativamente independente por si mesma foi apta a 
produzir o resultado. 
QUESTÃO 41 Com relação à punibilidade da tentativa, é 
correto afirmar que: 
A) como regra, o Código Penal adotou a teoria subjetiva; 
B) o perigo de lesão ao bem jurídico tutelado é irrele-
vante; 
C) a ausência de posse mansa e pacífica da coisa em cri-
mes patrimoniais conduz à tentativa; 
D) a pequena ofensividade da conduta impede a carac-
terização da tentativa; 
E) quanto maior o iter criminis percorrido, menor a fra-
ção da causa de diminuição. 
QUESTÃO 42 A respeito do momento consumativo nos 
crimes patrimoniais, segundo o entendimento predomi-
nante nos Tribunais Superiores, é correto afirmar que se 
considera: 
A) tentado o crime de furto se a coisa vem a ser destru-
ída pelo criminoso quando da subtração da res furtiva; 
B) consumado o crime de estelionato com o emprego 
efetivo da fraude ou ardil idôneos a enganar a vítima; 
C) consumado o crime de roubo impróprio no momento 
da subtração e consequente posse da coisa subtraída 
pelo agente 
D) tentado o crime de extorsão se, apesar do constrangi-
mento, a indevida vantagem econômica não vem a 
ser obtida pelo agente; 
E) consumado o crime de furto se o agente detém a 
posse de fato da res furtiva, ainda que por breve es-
paço de tempo e seguida de perseguição ao agente. 
QUESTÃO 43 No tocante aos institutos da tentativa e 
consumação, desistência voluntária, arrependimento efi-
caz, arrependimento posterior e crime impossível, é cor-
reto afirmar que o agente: 
A) que, após iniciar os atos de execução, voluntaria-
mente, impede que o resultado se produza, respon-
derá pelo resultado pretendido inicialmente; 
B) que, por ato voluntário, repara o dano causado, em 
crime praticado com violência à pessoa, até o recebi-
mento da denúncia ou da queixa, terá a pena redu-
zida de 1/3 a 2/3; 
C) que, voluntariamente, desiste de prosseguir na exe-
cução, só responde pelos atos até então praticados; 
 
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D) responde pela tentativa, nos crimes culposos, ao não 
observar o dever de cuidado a que estava obrigado; 
E) não responde pela tentativa, quando, por ineficácia 
relativa do meio, é impossível consumar-se o crime. 
QUESTÃO 44 Sobre o tema consumação e tentativa e 
seus componentes, quanto ao arrependimento poste-
rior, é correto afirmar que: 
A) no arrependimento posterior, o ato de reparação pre-
cisa ser espontâneo; 
B) o arrependimento posterior é incompatível com o de-
lito de roubo; 
C) o arrependimento posterior incide se o agente restitui 
a coisa antes da prolação da sentença; 
D) o arrependimento posterior incide se o agente repara 
o dano antes da prolação da sentença; 
E) não se aplica o instituto do arrependimentoposterior 
ao crime de moeda falsa. 
QUESTÃO 45 A respeito do tema consumação e tenta-
tiva, é correto afirmar que: 
A) o estupro de vulnerável se consuma com a prática de 
ato de libidinagem específico ofensivo à dignidade 
sexual da vítima; 
B) a tentativa incruenta é modalidade de crime tentado 
no qual a vítima sofre ferimentos; 
C) quanto mais perto da consumação, maior será a fra-
ção redutora, pois menor a reprovabilidade da con-
duta; 
D) nos crimes de tipo misto alternativo, a prática de um 
dos verbos já é suficiente para a consumação da infra-
ção; 
E) a aferição da quantidade de pena a ser reduzida pela 
tentativa decorre da culpabilidade do agente. 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E 
ARREPENDIMENTO EFICAZ 
QUESTÃO 46 Em uma mesma situação fática NÃO po-
dem coexistir: 
A) Arrependimento posterior e crime qualificado. 
B) Tentativa e arrependimento posterior. 
C) Arrependimento posterior e desistência voluntária. 
D) Arrependimento eficaz e crime qualificado. 
E) Tentativa e desistência voluntária. 
QUESTÃO 47 Ocorre desistência voluntária quando o 
agente suspende a execução do delito de homicídio 
A) temporariamente para prosseguir mais tarde. 
B) atemorizado com os gritos da vítima. 
C) atendendo a súplica da vítima. 
D) por ter a vítima fugido do local. 
E) por ter escutado o barulho de sirene. 
QUESTÃO 48 O arrependimento eficaz 
A) configura-se quando a execução do crime é interrom-
pida pela vontade do agente. 
B) dá-se após a execução, mas antes da consumação do 
crime. 
C) decorre da interrupção casuística do iter criminis. 
D) é causa inominada de exclusão da ilicitude. 
E) exige que a manifestação do autor do crime seja pos-
terior à consumação do delito. 
QUESTÃO 49 Édipo, irritado com as constantes festas 
que seu vizinho Laio promove à noite, atrapalhando seu 
descanso, resolve procurá-lo a fim de resolver definitiva-
mente a situação. Para tanto, arma-se de uma espin-
garda e se dirige à casa de Laio, vindo a encontrá-lo dis-
traído. Ato contínuo, aponta a arma em sua direção a fim 
de efetuar um disparo contra sua cabeça. Contudo, Jo-
casta, que, por coincidência, havia acabado de chegar ao 
local, surpreende e consegue impedir Édipo de seu in-
tento, retirando-lhe a arma de sua mão, evitando, assim, 
o disparo fatal. A conduta de Édipo, para o Direito Penal, 
pode ser enquadrada no ordenamento jurídico como 
A) arrependimento posterior. 
B) desistência voluntária. 
C) crime tentado. 
D) circunstância atenuante. 
E) arrependimento eficaz. 
QUESTÃO 50 Gervásio, funcionário público, pensou em 
subtrair um computador da repartição pública em que 
trabalhava, para vender e obter recursos. No dia em que 
havia se programado para praticar o ato, desistiu, sem 
dar início à execução do delito. Nesse caso, 
A) Gervásio não será punido de nenhuma forma, porque 
o delito não chegou a ser tentado. 
B) não será reconhecida a tentativa pela ocorrência da 
desistência voluntária. 
C) Gervásio responderá por peculato na forma tentada. 
D) não será reconhecida a tentativa pelo reconheci-
mento do arrependimento eficaz. 
E) Gervásio responderá por peculato consumado, por ter 
ocorrido arrependimento posterior. 
QUESTÃO 51 Decididamente disposto a matar Tício, por 
erro de pontaria o astuto Caio acerta-lhe de leve raspão 
um disparo no braço. Porém, assustado com o estrondo 
do estampido, e temendo acordar a vizinhança que o po-
deria prender, ao invés de descarregar a munição res-
tante, Caio estrategicamente decide socorrer o cândido 
Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba 
logo liberado com curativo mínimo. Caio primeiramente 
diz, em sua autodefesa, que o tiro ocorrera por acidente, 
chegando ardilosamente a indenizar de pronto todos os 
prejuízos materiais e morais de Tício com o fato, mas sua 
trama acaba definitivamente desvendada pela límpida 
investigação policial que se segue. Com esses dados já 
indiscutíveis, mais precisamente pode-se classificar os fa-
tos como 
A) tentativa de homicídio. 
B) desistência voluntária. 
C) arrependimento eficaz. 
D) arrependimento posterior. 
E) aberratio ictus. 
QUESTÃO 52 Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não 
sabia nadar e desejando matá-lo, jogou-o nas águas, du-
rante a travessia de um braço de mar. Todavia, ficou com 
pena da vítima, mergulhou e a retirou, antes que se afo-
gasse. Nesse caso, ocorreu 
A) crime putativo. 
 
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B) crime impossível. 
C) desistência voluntária. 
D) arrependimento eficaz. 
E) crime tentado. 
QUESTÃO 53 Augusta, funcionária pública municipal, 
subtraiu da repartição em que trabalhava, uma máquina 
fotográfica, patrimônio da Prefeitura, que era utilizada na 
realização de perícias. Vários dias depois, arrependida, 
procurou a sua superiora hierárquica, confessou a sub-
tração e devolveu a máquina referida. Nesse caso, na 
ação penal resultante desse fato, Augusta 
A) será inocentada, por ter ocorrido arrependimento efi-
caz. 
B) responderá por tentativa de peculato. 
C) terá sua pena reduzida de um a dois terços. 
D) não terá nenhum benefício, por tratar-se de crime 
contra a Administração Pública. 
E) será inocentada, por ter ocorrido desistência voluntá-
ria. 
QUESTÃO 54 Paulo abordou a vítima Pedro em via pú-
blica e, mediante grave ameaça com emprego de arma 
de fogo, anunciou o assalto e exigiu a entrega da carteira 
com dinheiro. No momento em que Pedro retirava a car-
teira do bolso para entregar para Paulo este resolveu ir 
embora espontaneamente sem subtrair a res. Trata-se 
de hipótese típica de 
A) arrependimento eficaz. 
B) desistência voluntária. 
C) tentativa. 
D) arrependimento posterior. 
E) crime impossível. 
QUESTÃO 55 Jaqueline, namorada de Fábio, descobriu 
que ele a traiu com sua melhor amiga. Movida por senti-
mentos de raiva e vingança, Jaqueline decidiu matar o 
namorado. Para isso, Jaqueline preparou para Fábio o 
drink que sempre fazia nas noites de sábado, mas, sem 
que ele soubesse, misturou veneno na bebida, em quan-
tidade suficiente para matá-lo. 
Após Fábio beber o drink, Jaqueline lembrou dos bons 
momentos que passaram juntos ao longo de 5 anos e 
percebeu que ele sempre foi seu grande amor. Vendo 
seu amado perdendo as forças, Jaqueline arrependeu-se 
e deu a Fábio o antídoto, salvando-lhe a vida. Fábio não 
sofreu qualquer dano, pediu desculpas e o casal reconci-
liou-se. 
Nesse caso, podemos afirmar que houve 
A) arrependimento posterior. 
B) arrependimento eficaz. 
C) desistência voluntária. 
D) crime tentado. 
E) crime impossível. 
QUESTÃO 56 Matheus, inconformado com a participação 
de Gustavo e Nilza, pais de sua ex-companheira Mariana, 
no fim de seu relacionamento, decide praticar um crime 
de roubo na residência do rico casal. Para isso, compra 
cordas e elásticos, que utilizaria para amarrar as mãos 
das vítimas, além de um simulacro de arma de fogo. Mo-
mentos antes da prática delitiva, quando Matheus se 
preparava para sair de casa, Mariana liga e demonstra 
interesse em retomar a relação, o que faz com que Ma-
theus decida não mais ir até a casa de Gustavo e Nilza, 
mas sim ao encontro de Mariana. 
Considerando apenas as informações expostas, é correto 
afirmar que a conduta de Matheus é: 
A) típica, mas deve ser reconhecida a causa de diminui-
ção de pena da tentativa em seu patamar mínimo, 
tendo em vista que o critério a ser observado para de-
finir o quantum de redução de pena é a gravidade do 
delito; 
B) típica, mas deve ser reconhecida a causa de diminui-
ção de pena da tentativa em seu patamar máximo, já 
que o critério a ser observado no quantum de redução 
de pena é o iter criminis percorrido; 
C) atípica, em razão de não ter sido iniciada a execução; 
D) atípica, em razão do arrependimento eficaz; 
E) atípica, em razão da desistência voluntária. 
QUESTÃO 57 Jorge ingressou em uma loja de conveniên-
cia de determinado posto de gasolina com a intenção de 
praticar um crime de roubo, portando um simulacrode 
arma de fogo. Após ingressar no local e anunciar o as-
salto, verifica que a única pessoa presente e que estava 
responsável pelo caixa era o adolescente Caio, de 16 anos 
de idade, que ajudava seu pai idoso, verdadeiro proprie-
tário do estabelecimento. Lamentando o fato de o ado-
lescente estar trabalhando, Jorge retira-se do local sem 
subtrair qualquer bem. Os fatos são descobertos pela au-
toridade policial após divulgação das imagens da câmera 
de segurança, mas Caio e seu pai optam por não compa-
recer em sede policial por não terem interesse em ver 
Jorge responsabilizado, diante da decisão do autor de 
não subtrair bens durante a execução do delito. 
Com base nas informações expostas, é correto afirmar 
que a conduta de Jorge configura: 
A) conduta atípica, em razão do arrependimento eficaz 
e do desinteresse de Caio e seu representante em ve-
rem o autor do fato responsabilizado pelo delito resi-
dual; 
B) conduta atípica, em razão da desistência voluntária e 
do desinteresse de Caio e seu representante em ve-
rem o autor do fato responsabilizado pelo delito resi-
dual; 
C) crime de roubo simples, devendo ser reconhecida a 
causa de diminuição de pena em razão do arrependi-
mento posterior; 
D) crime de roubo majorado pelo emprego de arma de 
fogo, com causa de redução de pena da tentativa; 
E) crime de roubo simples, com causa de redução de 
pena da tentativa. 
CRIME IMPOSSÍVEL 
QUESTÃO 58 Conforme a redação do Código Penal, 
A) configurada a tentativa, pela falta de completude do 
injusto, a pena sempre deverá ser reduzida de um a 
dois terços. 
B) o crime impossível é tentativa impunível. 
C) a desistência voluntária permite a interrupção do 
nexo causal sem a consideração da vontade. 
 
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D) o arrependimento eficaz, quando pleno, exclui a pena, 
e quando parcial permite a redução de um a dois ter-
ços. 
E) pelo resultado que agrava especialmente a pena, só 
responde o agente que o houver causado dolosa-
mente. 
QUESTÃO 59 O crime impossível 
A) é reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça 
quando o agente já possuidor da droga a oferece ao 
policial, que efetua a prisão em flagrante. 
B) pela impossibilidade absoluta do meio ocorre quando 
o objeto não pode sofrer a ação típica, como no caso 
de alguém que atira da janela uma pessoa que já es-
tava morta. 
C) demanda o potencial lesivo da conduta e a ausência 
de elementos subjetivos do tipo para sua configura-
ção. 
D) ocorre quando o agente em situação de extrema vul-
nerabilidade pratica um fato típico em razão da falta 
de apoio do Estado. 
E) pode ocorrer em caso de furto em estabelecimento 
comercial se a vigilância concretamente tornar im-
possível a consumação do delito. 
QUESTÃO 60 O crime impossível ocorre quando 
A) o crime se consuma, mas o autor é inimputável. 
B) o crime não se consuma por circunstâncias alheias à 
vontade do agente. 
C) o autor age de maneira não intencional, a despeito da 
consumação. 
D) o agente atua em estado de necessidade ou em legí-
tima defesa. 
E) o crime não se consuma por ineficácia absoluta do 
meio empregado pelo agente. 
QUESTÃO 61 Se o agente, para a prática de estelionato, 
utiliza-se de documento falsificado de forma grosseira, 
inidôneo para iludir a vítima, caracteriza-se 
A) crime impossível. 
B) crime provocado. 
C) erro sobre elementos do tipo. 
D) crime putativo. 
E) tentativa de crime. 
QUESTÃO 62 No caso de crime impossível é correto afir-
mar: 
A) Se os meios empregados são ineficazes para alcançar 
o resultado, mesmo que o agente acredite que são 
eficazes e aja para evitar o resultado, haverá crime im-
possível e não arrependimento eficaz. 
B) Se houver absoluta ineficácia do meio a tentativa é 
atípica, mas punível. 
C) A ausência da menção da inidoneidade no art. 17 do 
Código Penal, que só trata da ineficácia do meio e da 
impropriedade do objeto, não pode ser resolvida com 
a analogia in bonam partem. 
D) Nos casos de flagrante preparado, porque o bem está 
inteiramente protegido, não se pode dizer que há 
crime impossível. 
E) Para sua configuração é necessário tanto que o meio 
seja absolutamente ineficaz, quanto que o objeto seja 
absolutamente impróprio. 
QUESTÃO 63 Sobre a distinção entre inidoneidade abso-
luta e inidoneidade relativa, é correto afirmar que no(a): 
A) crime impossível, a inidoneidade pode ser constatada 
a posteriori; 
B) inidoneidade absoluta, a consumação ocorreria se o 
comportamento seguisse sem percalços alheios à 
vontade; 
C) inidoneidade absoluta, uma situação apriorística eli-
mina a possibilidade de consumação do delito; 
D) tentativa relativamente inidônea, circunstâncias an-
teriores impedem a consumação do delito; 
E) crime impossível, situações posteriores tornam inviá-
vel a realização integral do tipo. 
CRIME CULPOSO, DOLOSO E 
PRETERDOLOSO 
QUESTÃO 64 A doutrina majoritária considera que o tipo 
penal possui uma parte objetiva e outra subjetiva. Consi-
derando-se o dolo como o tipo subjetivo e à luz do artigo 
18 do Código Penal, 
A) majoritariamente a doutrina considera que dolo di-
reto de segundo grau equivale ao dolo eventual em 
sua porção mais débil, decorrendo um do outro nos 
casos em que o resultado tenha ocorrido. 
B) o dolo eventual pressupõe que todos os resultados 
que não sejam primários pertençam a esta categoria, 
sendo impossível a configuração de um dolo direto de 
segundo grau. 
C) as teorias sobre o dolo necessariamente devem con-
ter os aspectos cognitivo e volitivo e há espaço para a 
conceituação de dolo em subdivisões de primeiro e 
segundo grau. 
D) dolo direto de primeiro grau e dolo eventual possuem 
previsão legal, sendo que o primeiro exige conheci-
mento e vontade e o segundo apenas o conheci-
mento potencial da situação fática. 
E) dolo direito de primeiro grau e dolo direto de segundo 
grau possuem uma maior reprovação do caso con-
creto e não admitem uma redução da pena, ao con-
trário do dolo eventual que possui uma causa de re-
dução de um a dois terços. 
QUESTÃO 65 A respeito do dolo e da culpa, é certo que 
A) a negligência é o comportamento doloso realizado 
com precipitação ou insensatez. 
B) o dolo eventual tem previsão legal diferente do dolo 
direto para fins de aplicação da pena. 
C) a imprudência é a modalidade da culpa em que o 
agente, por descuido ou desatenção, deixa de tomar 
o cuidado que determinada atividade exigia. 
D) ninguém pode ser punido por fato previsto como 
crime, salvo os casos expressos em lei, senão quando 
o pratica dolosamente. 
E) se o agente e o ofendido agiram com culpa, a culpa 
de um compensa a do outro, excluindo a conduta de-
lituosa. 
QUESTÃO 66 Na culpa consciente, o agente 
A) prevê o resultado, mas não se importa que o mesmo 
venha a ocorrer. 
 
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B) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por impru-
dência. 
C) prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não 
ocorrerá. 
D) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por negligên-
cia. 
E) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por imperícia. 
QUESTÃO 67 A respeito do dolo e da culpa, considere: 
I. Presume-se a culpa do agente quando infringir dispo-
sição regulamentar. 
II. Para a existência de ilícito contravencional não se exige 
dolo, nem culpa, mas apenas ação ou omissão voluntária. 
III. Se a vítima e o agente tiverem culposamente dado 
causa ao evento, este somente será penalmente respon-
sável se a sua culpa for mais grave que a daquela. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
A) I. 
B) II. 
C) I e II. 
D) I e III. 
E) II e III. 
QUESTÃO 68 O dolo direto de segundo grau 
A) se verifica com a consciência sobre os resultados ne-
cessários para atingir determinado fim e a vontade de 
seguir adiante. 
B) impede a desclassificação do delito para a forma ten-
tada. 
C) é puramente cognitivo no direito penal brasileiro. 
D) leva em consideraçãoa finalidade última do agente 
representado pelo resultado típico. 
E) está presente quando o agente tem consciência do 
risco criado por seu comportamento, considera seria-
mente sua realização e se conforma com o resultado 
lesivo. 
QUESTÃO 69 O tipo penal 
A) no crime omissivo próprio exige o comportamento 
ativo do agente de acordo com sua relação com o 
bem jurídico. 
B) representa um indício da culpabilidade segundo a te-
oria materialista objetiva do delito. 
C) tem sua primeira construção dogmática no finalismo 
de Hans Welzel. 
D) demanda o desvalor do resultado para sua existência 
como elemento do delito. 
E) é a estrutura legal que descreve o comportamento 
proibido, possuindo função de garantia. 
QUESTÃO 70 A tipicidade 
A) preterdolosa enseja um crime qualificado pelo resul-
tado em que o tipo-base é doloso e o resultado quali-
ficador é culposo. 
B) é excluída toda vez que se verificar o erro de proibição 
inevitável. 
C) material é incompatível com a contravenção penal, 
dada sua menor gravidade e a fragmentariedade do 
direito penal. 
D) na conformação do funcionalismo é avalorada para 
constituir garantia de restrição do âmbito de punição. 
E) material é a adequação da conduta à norma incrimi-
nadora configurando um mecanismo de subsunção. 
QUESTÃO 71 Sobre o dolo, é correto afirmar: 
A) O dolo requer o pleno conhecimento dos elementos 
do tipo subjetivo, além da vontade de realizá-lo. 
B) A teoria da imputação objetiva limita os casos em que 
o dolo é excessivo e pode aumentar a pena do réu di-
ante do risco criado. 
C) O momento do dolo não precisa coincidir com o mo-
mento da execução da ação, existindo validamente 
nas figuras do dolo antecedente e subsequente. 
D) O aspecto cognitivo do dolo antepõe-se sempre ao 
volitivo. 
E) Os tipos omissivos prescindem da verificação do dolo. 
QUESTÃO 72 O conceito analítico de crime exige a reali-
zação de um comportamento humano. 
Um comportamento humano que pode ensejar inte-
resse jurídicopenal e responsabilização do agente que o 
desempenha é: 
A) ação por coação física irresistível; 
B) atos reflexos; 
C) condutas culposas; 
D) perda brusca de consciência; 
E) atos automatizados. 
QUESTÃO 73 Enfurecido com a infidelidade de Lia, sua 
noiva, Rui decide ir, à noite, ao apartamento dela para 
confrontá-la. Ao avistar, na rua, um carro quase idêntico 
ao de Lia, Rui toma uma pedra e inscreve insultos contra 
ela na lataria do veículo. Enquanto riscava a pintura, Rui 
constata que a placa do veículo não corresponde à do 
carro de Lia. 
Com base nesse caso, assinale a afirmativa correta. 
A) Rui cometeu um crime culposo, pois agiu em erro 
quanto ao objeto do delito de dano. 
B) A pena de Rui deve ser diminuída em razão do erro na 
execução do crime. 
C) O erro sobre a identidade do automóvel não torna o 
fato atípico por ausência de dolo. 
D) Rui é inimputável, uma vez que cometeu o erro impe-
lido por violenta emoção. 
E) O desconhecimento da real identidade do bem dani-
ficado exclui a culpabilidade de Rui. 
QUESTÃO 74 Age com dolo eventual ou indireto a pessoa 
que 
A) prevê que o resultado típico pode ser uma conse-
quência de seu comportamento, porém lhe é indife-
rente se ela se realizará ou não. 
B) comete um crime consciente de que haverá resulta-
dos indesejáveis, mas que são decorrência natural da 
forma de execução escolhida para alcançar o seu ob-
jetivo. 
C) instigado por terceiro a um comportamento reprová-
vel, comete um crime por imprudência. 
D) reconhece a possibilidade de causar o resultado típico 
e decide prosseguir na execução porque confia since-
ramente que isso não acontecerá. 
E) se vale intencionalmente de terceiro inocente, que 
executa o crime sem saber o que faz. 
QUESTÃO 75 Majoritariamente a doutrina salienta que 
são duas as espécies de culpa: inconsciente e consciente. 
Sobre o tema, é correto afirmar que na culpa: 
 
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A) inconsciente, o agente considera possível a realização 
do resultado típico, porém confia que isso não suce-
derá; 
B) inconsciente, faz parte da representação do agente a 
violação do dever de cuidado e do resultado lesivo; 
C) consciente, faz parte da representação do agente 
apenas a violação do dever de cuidado; 
D) consciente, a censura penal deve ser menor quando 
considerada a mesma violação do risco proibido; 
E) consciente, o agente sabe do risco de seu comporta-
mento, mas acredita que não acontecerá o resultado. 
QUESTÃO 76 Determinado agente pretende matar uma 
vítima por asfixia e, achando equivocadamente que ela 
estaria morta, joga o corpo no rio, causando a morte por 
afogamento. 
Em tal cenário, o agente responderá por: 
A) crime culposo; 
B) crime preterdoloso; 
C) dolo genérico; 
D) dolo de perigo; 
E) dolo geral. 
QUESTÃO 77 O conceito analítico de crime exige a reali-
zação de um comportamento humano. Um comporta-
mento humano que pode ensejar interesse jurídicopenal 
e responsabilização do agente que o desempenha é: 
A) ação por coação física irresistível; 
B) atos reflexos; 
C) condutas culposas; 
D) perda brusca de consciência; 
E) atos automatizados. 
CONCURSO DE CRIMES 
QUESTÃO 78 O concurso formal de crimes ocorre 
quando 
A) o agente pratica dois ou mais crimes mediante uma 
só ação ou omissão. 
B) as circunstâncias pessoais do crime se comunicam 
aos coautores. 
C) a sentença aplica pena privativa de liberdade e pena 
de multa para o mesmo crime. 
D) praticam-se dois ou mais crimes, mediante mais de 
uma ação ou omissão. 
E) um crime é praticado por duas ou mais pessoas pre-
viamente ajustadas para tanto. 
QUESTÃO 79 No concurso de crimes, cuidando-se de in-
frações de espécies diversas cometidos por condutas dis-
tintas, ambas com violência física real, dos institutos le-
gais abaixo em princípio pode-se postular em favor do 
imputado 
A) concurso formal heterogêneo. 
B) concurso formal impróprio. 
C) crime continuado genérico. 
D) crime continuado específico. 
E) prescrição isoladamente considerada. 
QUESTÃO 80 Uma vez reconhecido o concurso formal de 
crimes, será afinal aplicada pena privativa de liberdade 
A) aquém daquela mais grave isoladamente aplicável 
por qualquer dos crimes. 
B) aquém daquela menos grave isoladamente aplicável 
por qualquer dos crimes. 
C) igual à pena mais grave isoladamente aplicável por 
qualquer dos crimes. 
D) além daquela mais grave e até a somatória aritmética 
das penas isoladamente aplicáveis aos crimes. 
E) além da somatória aritmética das penas isolada-
mente aplicáveis aos crimes. 
QUESTÃO 81 No concurso formal impróprio ou imper-
feito, 
A) aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, 
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer 
caso, de um sexto até a metade, se a ação ou omissão 
é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desíg-
nios autônomos. 
B) as penas são aplicadas cumulativamente se a ação ou 
omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam 
de desígnios autônomos. 
C) aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, 
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer 
caso, de um sexto até a metade, se ação é dolosa ou 
culposa, independentemente de os crimes concor-
rentes resultarem de desígnios autônomos. 
D) aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, 
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer 
caso, de um sexto até dois terços, se a ação ou omis-
são é dolosa e os crimes concorrentes resultam de de-
sígnios autônomos. 
E) as penas são aplicadas cumulativamente se a ação é 
dolosa ou culposa e os crimes concorrentes resultam 
de desígnios autônomos. 
QUESTÃO 82 Calíope, pretendendo matar Erato, saca 
uma arma de fogo e efetua disparos contra seu desafeto, 
atingindo-o e também a Euterpe, que passava pelo local. 
As duas pessoas alvejadas morrem em razão dos feri-
mentos sofridos. 
Na hipótese, é correto afirmar que haverá: 
A) crime único; 
B) concurso material; 
C) concurso formal perfeito;D) concurso formal imperfeito; 
E) crime continuado. 
QUESTÃO 83 O Superior Tribunal de Justiça entende que 
o princípio da consunção incide quando: 
A) apesar de desígnios autônomos, for um dos crimes 
conexo com o delito final visado pelo agente, ainda 
que ofendidos bens jurídicos distintos; 
B) for um dos crimes progressão para a preparação, exe-
cução ou mero exaurimento do delito final visado 
pelo agente, ainda que ofendidos bens jurídicos dis-
tintos; 
C) for um dos crimes progressão para a preparação, exe-
cução ou mero exaurimento do delito final visado 
pelo agente, desde que não ofendidos bens jurídicos 
distintos; 
D) for um dos crimes meio necessário ou usual para a 
preparação, execução ou mero exaurimento do delito 
 
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final visado pelo agente, ainda que ofendidos bens ju-
rídicos distintos; 
E) for um dos crimes meio necessário ou usual para a 
preparação, execução ou mero exaurimento do delito 
final visado pelo agente, desde que não ofendidos 
bens jurídicos distintos. 
QUESTÃO 84 Após discutir com alguns vizinhos, Lúcio 
efetuou disparos de arma de fogo para o alto na via pú-
blica, atingindo o telhado de uma das casas, o que fez 
com que os moradores da localidade, dois dias depois, 
registrassem o fato na delegacia de polícia. A autoridade 
policial representou pela busca e apreensão de eventual 
prova de crime na residência de Lúcio, o que foi deferido 
pelo juízo competente. No cumprimento do mandado, 
foi apreendida na residência uma arma de fogo sem re-
gistro, sendo certo que Lúcio não tinha autorização legal 
para portar ou possuir qualquer tipo de arma. Restando 
comprovados os fatos por prova oral e pericial, Lúcio: 
A) responderá pelos crimes de posse de arma de fogo e 
de disparo de arma de fogo, na forma continuada; 
B) responderá apenas pelo crime de disparo de arma de 
fogo, ficando o crime de posse absorvido pela consun-
ção; 
C) responderá pelos crimes de posse de arma de fogo e 
de disparo de arma de fogo, em concurso material; 
D) responderá apenas pelo crime de posse de arma de 
fogo, configurando o disparo pós-fato impunível; 
E) não responderá por qualquer delito, pois os crimes de 
posse e disparo de arma de fogo exigem perigo con-
creto. 
CONCURSO DE PESSOAS 
QUESTÃO 85 Fuminho é o líder de uma organização cri-
minosa. Após ter sido informado da traição de um mem-
bro do grupo, Fuminho determina a um subordinado di-
reto que providencie a execução do traidor. Na mesma 
noite, a ordem é transmitida a Chico Bala, integrante do 
nível mais baixo da organização, que executa o dissi-
dente, conforme determinado por Fuminho. 
Considerados os postulados da teoria do domínio do fato, 
assinale a afirmativa correta sobre o homicídio. 
A) Fuminho é o único autor do crime. 
B) Fuminho cometeu o crime em autoria mediata. 
C) Chico Bala é partícipe no crime. 
D) Chico Bala é o único autor do crime. 
E) Fuminho é partícipe por instigação. 
QUESTÃO 86 Gerald, Harold, Arnold, Sid e Eugene se re-
únem de forma permanente e estável, por alguns meses, 
planejando roubos a determinados bancos. Ultimada 
essa fase, deflagram a execução do roubo, com emprego 
de simulacros de armas de fogo, sendo certo que Harold, 
Arnold, Sid e Eugene ingressam no estabelecimento 
bancário, realizando a rendição das pessoas e a coleta do 
dinheiro em espécie, ao passo que Gerald permanece 
com um veículo de fuga ligado, na porta do banco. 
Quando da fuga, são cercados pela polícia, dentro do 
carro, no quarteirão imediatamente posterior, ainda em 
posse dos simulacros e do dinheiro arrecadado. 
Diante desse cenário, é correto afirmar que os agentes 
responderão por: 
A) associação criminosa e roubo majorado pelo con-
curso de pessoas, em concurso material; 
B) associação criminosa e roubo simples, em concurso 
material; 
C) associação criminosa e roubo majorado pelo con-
curso de pessoas, em concurso formal; 
D) associação criminosa e roubo simples, em concurso 
formal; 
E) roubo majorado pelo concurso de pessoas, ficando a 
associação criminosa consumida. 
QUESTÃO 87 Acerca do concurso de pessoas, é correto 
afirmar que: 
A) o Código Penal brasileiro adotou a teoria monista, 
sem qualquer exceção; 
B) não se comunicam as circunstâncias e as condições 
de caráter pessoal, inclusive quando elementares do 
crime; 
C) os delitos de corrupção ativa e passiva constituem ex-
ceção à teoria monista, porquanto descrevem con-
duta bilateral em tipos penais diversos; 
D) de acordo com a teoria do domínio do fato, a mera 
posição hierárquica do agente no contexto da estru-
tura organizacional autoriza a imputação enquanto 
autor; 
E) para os efeitos da teoria objetivo-formal, é autor quem 
participa, de qualquer modo, da execução do crime, 
induzindo, instigando ou auxiliando materialmente o 
executor da conduta prevista no verbo núcleo do tipo. 
QUESTÃO 88 Agamenon, Aquiles, Ájax e Cadmo combi-
nam de furtar pneus de veículos automotores do interior 
de um galpão cercado de mato e aparentemente aban-
donado. Agamenon e Cadmo permanecem no carro, ao 
passo que Ájax arromba o portão e Aquiles ingressa, se 
deparando, pouco depois, com um vigia. Diante da rea-
ção ao ingresso não consentido, de posse de um verga-
lhão, Aquiles golpeia, perfura e mata o vigia. 
Considerando esse cenário, é correto afirmar que Aga-
menon, Ájax e Cadmo responderão por: 
A) participação de menor importância; 
B) cooperação dolosamente distinta; 
C) autoria colateral; 
D) participação mediante omissão; 
E) coautoria sucessiva. 
ERRO 
QUESTÃO 89 Se o agente oferece propina a um empre-
gado de uma sociedade de economia mista, supondo ser 
funcionário de empresa privada com interesse exclusiva-
mente particular, incide em 
A) erro sobre a pessoa. 
B) descriminante putativa. 
C) erro de tipo. 
D) erro sobre a ilicitude do fato inevitável. 
E) erro sobre a ilicitude do fato evitável. 
QUESTÃO 90 O erro inescusável sobre 
 
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A) a ilicitude do fato constitui causa de diminuição da 
pena. 
B) elementos do tipo permite a punição a título de culpa, 
se acidental. 
C) elementos do tipo isenta de pena. 
D) elementos do tipo exclui o dolo e a culpa, se essencial. 
E) a ilicitude do fato exclui a antijuridicidade da conduta. 
QUESTÃO 91 A diferença entre erro sobre elementos do 
tipo e erro sobre a ilicitude do fato reside na circunstân-
cia de que 
A) o erro de tipo exclui a culpabilidade, o de fato a impu-
tabilidade. 
B) o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a culpabilidade. 
C) o erro de tipo exclui a reprovabilidade da conduta, o 
de fato o elemento do injusto. 
D) o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a invencibilidade 
do erro. 
E) a discriminante putativa é o que distingue o erro de 
tipo do erro de fato. 
QUESTÃO 92 Considere a prática de fato criminoso por: 
I. desconhecimento da lei. 
II. erro inevitável sobre a ilicitude do fato. 
III. erro evitável sobre a ilicitude do fato. 
IV. erro plenamente justificado pelas circunstâncias, que 
leva à suposição de situação de fato que, se existissem, 
tornaria a ação legítima. 
O agente é isento de pena nas situações indicadas APE-
NAS em 
A) I, II e IV. 
B) I e III. 
C) I e IV. 
D) II e IV. 
E) III e IV. 
QUESTÃO 93 A dispara seu revólver e mata B, acredi-
tando tratar-se de um animal. A respeito dessa hipótese 
é correto afirmar que se trata de 
A) fato típico, pois o dolo abrangeu todos os elementos 
objetivos do tipo. 
B) erro de proibição, que exclui a culpabilidade. 
C) erro de proibição, que gera apenas a diminuição da 
pena, posto que inescusável. 
D) erro de tipo, que exclui o dolo e a culpa, se escusável. 
E) erro quanto à existência de excludente de ilicitude 
(descriminante putativa). 
QUESTÃO 94 “Ao cometer o crime, o autor erra sobre 
uma situação fática e imagina que está protegido por 
uma causa excludente que, se existisse, tornariasua ação 
em lícita”. A assertiva se refere a erro de 
A) tipo indireto. 
B) tipo permissivo. 
C) proibição direto. 
D) proibição indireto. 
E) proibição de terceiro. 
QUESTÃO 95 César é açougueiro e está trabalhando re-
gulamente no freezer do açougue, quando uma pessoa, 
fugindo da Polícia, se esconde atrás de algumas peças de 
carne, sem que César tenha percebido. Ao terminar seu 
turno, cansado, César acaba jogando uma enorme faca 
em direção a um armário, momento em que a faca acaba 
por acertar fatalmente o fugitivo. Sobre a conduta de Cé-
sar, trata-se de caso de exclusão 
A) do dolo por erro de tipo. 
B) da imputabilidade. 
C) da culpabilidade por inexigibilidade de conduta di-
versa. 
D) do dolo por erro de proibição. 
E) de ilicitude. 
QUESTÃO 96 O erro 
A) sobre as circunstâncias fáticas das causas de justifica-
ção, se evitável, conduz à redução da pena na terceira 
fase de aplicação. 
B) na execução, quando inevitável, exclui a culpabilidade 
por inexigibilidade de conduta diversa. 
C) sobre a pessoa leva à punição do agente desconside-
rando-se as condições ou qualidades da vítima. 
D) de tipo, quando evitável, exclui a culpa como ele-
mento subjetivo do tipo. 
E) de proibição é a negação da representação exigida 
pelo dolo. 
QUESTÃO 97 Daniel, com 18 anos de idade, conhece Re-
beca, com 13 anos de idade, em uma festa e a convida 
para sair. Os dois começam a namorar e, cerca de 6 me-
ses depois, Rebeca decide perder a virgindade com Da-
niel. O rapaz, mesmo sabendo da idade da jovem e da 
proibição legal de praticar conjunção carnal ou outro ato 
libidinoso com menor de 14 anos, ainda que com seu 
consentimento, mantém relação sexual com Rebeca, 
acreditando que o fato de namorarem seria uma causa 
de justificação que tornaria a sua conduta permitida, 
causa essa que, na verdade, não existe. Ocorre que os 
pais de Rebeca, ao descobrirem sobre o relacionamento 
de sua filha com Daniel, comunicaram os fatos à polícia. 
Daniel é denunciado pelo delito de estupro de vulnerável 
e a defesa alega que ele agiu em erro. De acordo com a 
teoria limitada da culpabilidade, Daniel incorreu em erro 
A) de tipo. 
B) sobre a pessoa. 
C) de proibição direto. 
D) de proibição indireto. 
E) de tipo permissivo. 
QUESTÃO 98 Ao lado das hipóteses de erros essenciais 
figuram os chamados erros acidentais, que, ao contrário 
daqueles, incidem sobre elementos não essenciais à con-
figuração do crime, não afetando a decisão a respeito da 
imputação. 
Uma hipótese de erro acidental é: 
A) erro de tipo; 
B) erro sobre a pessoa; 
C) erro de proibição; 
D) descriminantes putativas; 
E) erro mandamental. 
QUESTÃO 99 Nina faz aula de balé à noite, há mais de 5 
anos e costuma ir de bicicleta para as aulas. Em abril de 
2022, após a aula, Nina pegou uma bicicleta, idêntica a 
sua, estacionada no mesmo local escuro, e, pensando 
que era a sua, foi embora pedalando para casa. Somente 
 
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no dia seguinte, Nina percebeu que, na realidade, a bici-
cleta era de outra aluna, Maria. 
Nesse caso, podemos afirmar que Nina incidiu em 
A) erro de proibição, tendo em vista que errou quanto à 
elementar “coisa alheia” do crime de furto. 
B) erro de tipo, visto que errou quanto à elementar “coisa 
alheia” do crime de furto. 
C) erro de tipo, porque errou quanto à ilicitude do fato. 
D) estado de necessidade. 
E) estado de necessidade putativo. 
QUESTÃO 100 No tocante ao erro na teoria do crime, é 
correto afirmar que: 
A) o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é prati-
cado não isenta de pena, considerando-se, neste caso, 
as condições ou qualidades da vítima; 
B) o erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, não isenta 
de pena, mas poderá diminuí-la de 1/3 a 2/3; 
C) o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de 
crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime 
culposo, se previsto em lei; 
D) o erro determinado por terceiro, se evitável, implica 
isenção de pena para o terceiro que determinou o 
erro; 
E) o erro de tipo implica exclusão da culpabilidade na hi-
pótese de estrito cumprimento de dever legal. 
QUESTÃO 101 Determinado fiscal de trânsito, por impru-
dência, autoriza um motorista a passar o sinal vermelho 
e este vem a atropelar um pedestre. 
Nessa hipótese o fiscal de trânsito responderá: 
A) em coautoria com o motorista, pela mesma conduta; 
B) por participação, por instigação, com o motorista; 
C) por participação, por auxílio, com o motorista; 
D) por participação, por induzimento, com o motorista; 
E) como autor, independentemente da responsabili-
dade alheia. 
QUESTÃO 102 Hugo, funcionário de estabelecimento co-
mercial, insatisfeito com seu empregador e querendo 
causar-lhe prejuízo, devidamente uniformizado e identi-
ficado, entrega a Jairo, cliente da loja, um aparelho celu-
lar que estava exposto à venda, dizendo tratar-se de um 
brinde. Jairo, então, coloca o aparelho em seu bolso e sai 
da loja, quando é imediatamente abordado por seguran-
ças do local, que encontram o objeto em sua posse e o 
levam à delegacia de polícia, onde foi indiciado pelo 
crime de furto. 
Considerando apenas as informações expostas, é correto 
afirmar que Jairo: 
A) poderá ser responsabilizado pelo crime imputado, 
mas com causa de diminuição de pena, pois agiu em 
erro de proibição evitável; 
B) poderá ser responsabilizado pelo crime imputado, 
mas apenas na modalidade culposa, pois agiu em 
erro de tipo acidental; 
C) não poderá ser punido pelo crime imputado, pois es-
tará isento de pena em razão de erro de proibição ine-
vitável; 
D) não praticou o crime imputado, pois atuou em erro de 
tipo provocado por terceiro; 
E) não praticou o crime imputado, pois atuou em erro de 
tipo acidental. 
QUESTÃO 103 Ao lado das hipóteses de erros essenciais 
figuram os chamados erros acidentais, que, ao contrário 
daqueles, incidem sobre elementos não essenciais à con-
figuração do crime, não afetando a decisão a respeito da 
imputação. Uma hipótese de erro acidental é: 
A) erro de tipo; 
B) erro sobre a pessoa; 
C) erro de proibição; 
D) descriminantes putativas; 
E) erro mandamental. 
CULPABILIDADE 
QUESTÃO 104 João, gestor público, autoriza a colocação 
de títulos da dívida pública no mercado financeiro, sem 
que estes estivessem previamente registrados em sis-
tema centralizado de liquidação e de custódia. Durante 
a investigação pré-processual comprova-se que João, 
atuando de forma culposa, acreditava que os títulos da 
dívida pública estavam registrados no sistema ade-
quado. 
Nesse cenário, é correto afirmar que restou caracteri-
zado: 
A) erro de tipo inescusável, excluindo o dolo. Como há a 
modalidade culposa do tipo penal, João responderá 
pelo crime culposo de colocação de títulos no mer-
cado; 
B) erro de tipo inescusável, excluindo o dolo. Como não 
há a modalidade culposa do tipo penal, João não res-
ponderá por qualquer crime; 
C) erro de tipo permissivo, isentando-se João de pena; 
D) erro de proibição direto, isentando-se João de pena; 
E) erro de proibição indireto, isentando-se João de pena. 
QUESTÃO 105 Arthur é servidor público de determinado 
órgão da Administração Pública, quando recebe uma li-
gação ameaçadora, informando que sua esposa, Aline, 
está em poder de sequestradores, devendo Arthur prati-
car determinado ato administrativo, em benefício dos 
criminosos, sob pena de grave ofensa à integridade física 
de Aline. Arthur se sente ameaçado e apavorado, com 
justo receio pela integridade física de sua esposa. 
No caso narrado, na hipótese de Arthur efetivamente 
praticar o ato de ofício requerido, é correto afirmar que 
A) Arthur responderá por prevaricação caso não se com-
prove o efetivo risco à integridade física de Aline. 
B) Arthur age em excludente de ilicitude, uma vez que a 
situação narrada representa estado de necessidade. 
C) Arthur age em excludente de culpabilidade, uma vez 
que a situação narrada é de coação moral irresistível.D) se Aline estiver realmente sob poder de criminosos, é 
o caso de coação física irresistível. 
E) Arthur age em erro de tipo, por não saber se Aline está 
efetivamente sob o poder dos criminosos, excluindo-
se a tipicidade. 
QUESTÃO 106 Mário estava em uma festa e ficou comple-
tamente embriagado após ingerir um refrigerante sem 
saber que o barman tinha incluído uma substância 
 
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entorpecente em sua bebida. Nessa situação, Mário sub-
traiu o celular de Alice e foi embora do local. Posterior-
mente, foi constatado, na perícia, que Mário estava com-
pletamente embriagado e sem capacidade de determi-
nar o caráter ilícito do fato. 
Nesse caso, é correto afirmar que Mário 
A) não responderá por crime, tendo em vista que houve 
exclusão da ilicitude, em razão do exercício regular de 
direito. 
B) não responderá por crime, tendo em vista que houve 
exclusão da culpabilidade, em razão do exercício re-
gular de direito. 
C) não responderá por crime, tendo em vista que, em ra-
zão da imputabilidade do agente, existe uma exclu-
dente de culpabilidade. 
D) não responderá por crime, tendo em vista que, em ra-
zão da inimputabilidade, houve exclusão da culpabili-
dade. 
E) praticou o crime de furto, previsto no art. 155, caput do 
CP. 
QUESTÃO 107 A culpabilidade 
A) como circunstância judicial na aplicação da pena 
deve ser avaliada sempre positivamente sob pena de 
configuração de dupla punição pelo mesmo fato. 
B) fundada na teoria psicológica abarca a imputação ob-
jetiva do funcionalismo teleológico. 
C) é excluída com o reconhecimento da prescrição da 
pretensão executória em razão das consequências 
garantistas do instituto. 
D) fundada na teria extremada compreende as discrimi-
nantes putativas como erro de tipo. 
E) como juízo de reprovação exige que se tenha a possi-
bilidade de saber que a ação praticada é proibida. 
QUESTÃO 108 A culpabilidade 
A) como princípio norteador do direito penal moderno 
impede a punição por dolo eventual quando ausente 
previsão expressa no tipo penal. 
B) como elemento constitutivo da teoria do delito aco-
lhe como sua causa de exclusão a imputação objetiva 
do resultado. 
C) é estruturada sobre a motivação normativa do sujeito 
responsável por um fato ilícito. 
D) como circunstância judicial permite a exclusão da pu-
nibilidade quando valorada positivamente. 
E) fundamenta a exclusão da punibilidade em caso de 
erro sobre os elementos constitutivos do tipo penal. 
QUESTÃO 109 A lei dispensa tratamento cauteloso à em-
briaguez do agente, que inclui não apenas o uso de ál-
cool, mas também de qualquer outra droga, lícita ou ilí-
cita, que possa provocar alterações de ordem psíquica. 
Se a embriaguez foi causada: 
A) por motivos alheios à vontade do agente, poderá ha-
ver apenas exclusão do juízo de culpabilidade; 
B) por motivos alheios à vontade do agente, poderá ha-
ver apenas redução do juízo de culpabilidade; 
C) voluntariamente, poderá haver exclusão ou redução 
do juízo de culpabilidade; 
D) por descuido, o sujeito deverá responder, pois o juízo 
de culpabilidade se mantém; 
E) por descuido, poderá haver apenas redução do juízo 
de culpabilidade. 
IMPUTABILIDADE PENAL 
QUESTÃO 110 A inimputabilidade por peculiaridade 
mental ou etária exclui da conduta a 
A) tipicidade. 
B) tipicidade e a antijuridicidade, respectivamente. 
C) antijuridicidade. 
D) antijuridicidade e a culpabilidade, respectivamente. 
E) culpabilidade. 
QUESTÃO 111 São causas que excluem o crime e a culpa-
bilidade, respectivamente: 
A) omissão da lei e arrependimento eficaz. 
B) estado de necessidade e legítima defesa. 
C) desconhecimento da lei e exercício regular de direito. 
D) erro de proibição inevitável e erro de tipo. 
E) legítima defesa e inimputabilidade. 
QUESTÃO 112 De acordo com o que estabelece o Código 
Penal, bem como o entendimento doutrinário, é causa 
excludente de culpabilidade 
A) a menoridade penal. 
B) a legítima defesa. 
C) o estado de necessidade. 
D) o exercício regular de um direito. 
E) o estrito cumprimento de um dever legal. 
QUESTÃO 113 Desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, embriaguez decorrente de caso fortuito e me-
noridade constituem, dentre outras, excludentes de 
A) tipicidade 
B) ilicitude 
C) punibilidade 
D) antijuridicidade 
E) culpabilidade 
QUESTÃO 114 Exclui a imputabilidade penal, nos termos 
preconizados pelo Código Penal, 
A) a embriaguez voluntária pelo álcool ou substância de 
efeitos análogos. 
B) a emoção e a paixão. 
C) a embriaguez culposa pelo álcool ou substância de 
efeitos análogos. 
D) se o agente, em virtude de perturbação de saúde 
mental ou por desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado, não era inteiramente capaz de enten-
der o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
E) a embriaguez completa proveniente de caso fortuito 
ou força maior, se o agente era, ao tempo da ação ou 
da omissão, inteiramente incapaz de entender o cará-
ter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento. 
QUESTÃO 115 "A", menor de 18 anos, efetua disparos de 
arma de fogo contra a vítima que, em virtude dos feri-
mentos recebidos, vem a falecer um mês depois, quando 
"A" já havia atingido aquela idade. Nesse caso, "A": 
 
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A) não será tido como imputável, porque se considera 
como tempo do crime o momento da ação ou omis-
são. 
B) só será considerado inimputável se provar que, ao 
tempo do crime, não possuía a plena capacidade de 
entender o caráter ilícito do fato. 
C) será tido como imputável, pois o Código Penal consi-
dera como tempo do crime tanto o momento da ação 
quanto o momento do resultado. 
D) não será considerado imputável se provar que come-
teu o delito sob estado de necessidade ou em legí-
tima defesa. 
E) será considerado imputável, pois a consumação do 
crime ocorreu quando já era maior de 18 anos. 
QUESTÃO 116 De acordo com o Código Penal, são inim-
putáveis 
A) os que cometem o crime sob emoção ou paixão. 
B) aqueles que cometem o crime em legítima defesa, es-
tado de necessidade ou estrito cumprimento do de-
ver legal. 
C) apenas os menores de 18 (dezoito) anos. 
D) aqueles que, por embriaguez completa, proveniente 
de caso fortuito ou força maior, eram inteiramente in-
capazes de determinarem-se de acordo com o enten-
dimento da ilicitude do fato. 
E) aqueles que, em virtude de perturbação de saúde 
mental, não eram inteiramente capazes de entender 
o caráter ilícito do fato. 
QUESTÃO 117 Alice, 16 anos, foi sequestrada por Túlio, três 
dias antes de Túlio completar 18 anos. Após passar 9 dias 
em cativeiro, as investigações para encontrar Alice foram 
bem sucedidas e Alice foi então libertada. 
Nessa situação hipotética, podemos afirmar que Túlio 
A) deve responder por ato infracional análogo ao crime 
de sequestro e cárcere privado. 
B) será considerado inimputável e não será penalmente 
responsabilizado. 
C) será considerado inimputável e será penalmente res-
ponsabilizado. 
D) será considerado imputável para todos os fins penais, 
porque trata-se de crime continuado, em que a con-
sumação se prolonga no tempo. 
E) será considerado imputável para todos os fins penais, 
porque trata-se de crime permanente, em que a con-
sumação se prolonga no tempo. 
QUESTÃO 118 Flávia, pessoa humilde, presta serviços de 
faxineira em serventia extrajudicial localizada na cidade 
de Florianópolis. Em determinada data, Flávia foi abor-
dada na saída de sua residência por pessoas ligadas ao 
tráfico dominante na localidade, que determinaram que 
ela transportasse e guardasse arma de fogo em seu tra-
balho, pois terceiro iria no dia seguinte ao local para bus-
car o material bélico. Os traficantes afirmaram que se Flá-
via não atendesse àquela determinação, seria expulsa de 
sua casa, não tendo mais onde morar, bem como

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