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AULA 1 Determinantes e Indicadores de Saúde no Contexto da Saúde Coletiva

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AULA 1 Determinantes e Indicadores de Saúde no Contexto da Saúde Coletiva
DESCRIÇÃO
Conceito e fundamentos da epidemiologia, determinação social do processo saúde-doença, indicadores de saúde como ferramentas operacionais para análise da situação de saúde e sistemas de informação em saúde de abrangência nacional como principal fonte de dados secundária.
PROPÓSITO
Compreender a epidemiologia como ciência voltada para o processo saúde-doença e sua relação com a determinação social, com vistas à potencialização de habilidades técnicas para a análise da situação de saúde a partir da construção e interpretação dos principais indicadores em saúde.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir os conceitos básicos da epidemiologia, com destaque para a noção de determinação social do processo saúde-doença
MÓDULO 2
Reconhecer os indicadores de saúde como ferramentas de análise da situação de saúde
INTRODUÇÃO
O conhecimento das condições de saúde de uma população ou grupo específico é de grande relevância e interesse para gestores e profissionais que atuam na promoção, prevenção e assistência em saúde. Nesse sentido, os estudos epidemiológicos são essenciais e devem servir de base para os adequados planejamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas de saúde.
Toda e qualquer política pública deve ser pautada pelas necessidades e prioridades de saúde da população. Para tanto, a utilização de indicadores de saúde é a principal ferramenta de mensuração dessas necessidades. A partir da análise das situações de saúde, é possível apontar indiretamente as condições de vida e trabalho de uma sociedade.
No primeiro módulo, apresentaremos os conceitos básicos da epidemiologia e a importância dos estudos epidemiológicos para o campo da saúde pública. Na sequência, definiremos o conceito de determinação social do processo saúde-doença. No segundo, apresentaremos o conceito de indicador de saúde e seu uso como ferramenta de análise da situação de saúde. Em seguida, destacaremos os principais tipos de indicadores, as nomenclaturas, os métodos de cálculo e as fontes de informação de base de dados secundárias, utilizadas na mensuração das condições de saúde de uma população.
MÓDULO 1
Definir os conceitos básicos da epidemiologia, com destaque para a noção de determinação social do processo saúde-doença
CONCEITOS BÁSICOS DA EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA PODE SER DEFINIDA COMO A CIÊNCIA QUE ESTUDA O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA EM COLETIVIDADES HUMANAS, ANALISANDO A DISTRIBUIÇÃO E OS FATORES DETERMINANTES DAS ENFERMIDADES, DANOS À SAÚDE E EVENTOS ASSOCIADOS À SAÚDE COLETIVA, PROPONDO MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE OU ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS E FORNECENDO INDICADORES QUE SIRVAM DE SUPORTE AO PLANEJAMENTO, [À] ADMINISTRAÇÃO E [À] AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE.
(ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SANTANA, 2013, P. 11)
RESUMINDO
Epidemiologia é o ramo das ciências que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados à saúde (PEREIRA, 2013).
Trata-se de uma disciplina fundamental no campo da saúde coletiva, uma vez que os estudos epidemiológicos são direcionados para diferentes grupos populacionais, como, por exemplo, população indígena, crianças menores de um ano de idade, usuários de um serviço de saúde ou trabalhadores rurais. A população-alvo dos estudos epidemiológicos também pode ser definida em termos geográficos, como a população de um país, município ou bairro.
Para Rouquayrol, Goldbaum e Santana (2013), os estudos epidemiológicos são orientados de acordo com três macro-objetivos:
Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações humanas.
Proporcionar informações para o planejamento, a execução e a avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças.
Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
No quadro a seguir, apresentamos alguns estudos que foram desenvolvidos tendo como referência estes objetivos:
	Objetivos
	Estudos epidemiológicos
	Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações humanas.
	Tendência da mortalidade por diabetes melito em capitais brasileiras, 1980-2007 (MATTOS et al., 2012)
Prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes escolares do município de Fortaleza, Brasil (CAMPOS; LEITE; ALMEIDA, 2007)
	Proporcionar informações para o planejamento, a execução e a avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças.
	Avaliação do impacto dos centros de lactação sobre os padrões de amamentação, morbidade e situação nutricional: um estudo de coorte (BARROS et al., 2002)
Avaliação do impacto de programas nutricionais (SANTOS, 2009)
	Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
	Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento (FRANCISCHI et al., 2000)
Anemia do lactente: etiologia e prevalência (HADLER; JULIANO; SIGULEM, 2002)
Quadro: Principais objetivos dos estudos epidemiológicos brasileiros.
Elaborado por Ana Cristina Reis.
MATRIZES DA EPIDEMIOLOGIA
Como campo do conhecimento, a epidemiologia possui interface com outras três grandes áreas do saber: Ciências Biológicas, Ciências Sociais e Estatística. A confluência desses saberes fez com que ganhasse diferentes matrizes, subdividindo-se em:
Epidemiologia clínica
Reúne conceitos da clínica e da epidemiologia com o propósito de buscar melhores diagnósticos, prognósticos e tratamento de doenças, a partir do manejo de problemas encontrados na prática médica com pacientes (ALMEIDA FILHO, 1993).
Epidemiologia social
Tem como pressuposto básico a compreensão de que os eventos relacionados à saúde não se distribuem ao acaso entre as pessoas. Há grupos populacionais que apresentam maior chance de desenvolver determinada doença se comparados a outros grupos. As diferenças ocorrem, pois os fatores que influenciam o estado de saúde das pessoas não estão distribuídos igualmente na população e acometem mais alguns grupos do que outros (PEREIRA, 2013).
Epidemiologia nutricional
Reúne conceitos da nutrição e da epidemiologia com o propósito de estudar o efeito da dieta sobre a ocorrência de doenças específicas. No contexto mundial, os fatores nutricionais desempenham importante papel na morbidade e mortalidade das doenças crônicas não transmissíveis (KAC; SICHIERI; GIGANTE, 2007).
Epidemiologia descritiva
Tem o objetivo de descrever a distribuição das doenças e dos agravos à saúde segundo as variáveis de tempo e lugar e as características do indivíduo. Trata-se de responder à pergunta: quando, onde e quem adoece? (LIMA-COSTA; BARRETO, 2003).
Epidemiologia analítica
Tem o objetivo de investigar a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou um agravo à saúde, com o intuito de estabelecer explicações para uma eventual relação entre eles. Além disso, busca os fatores determinantes dos eventos (LIMA-COSTA; BARRETO, 2003).
No contexto da saúde pública brasileira, a aplicação do método epidemiológico se tornou uma potente ferramenta de apoio ao planejamento, ao monitoramento e à avaliação das ações, dos programas e das políticas públicas de saúde. Nesse sentido, a epidemiologia auxilia os gestores e profissionais de saúde no processo de tomada de decisão, com base na análise das condições de saúde e de vida das populações.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Para que a situação de saúde da população seja analisada, é necessário conhecer como se desenvolve o processo saúde-doença. Esse é um conceito importante de epidemiologia social, que procura caracterizar a saúde e a doença como componentes integrados e dinâmicos, onde cada situação de saúde presente no indivíduo ou no grupo populacional é o resultado de um conjunto de determinantes históricos, sociais, econômicos, culturais e biológicos (ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SANTANA, 2013).
Para melhor compreender o conceito de processo saúde-doença, é preciso esclarecer: o que entendemos como saúde?
A saúde foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como: “um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social e não apenasa ausência de doença ou enfermidade”. Assim, saúde não é a ausência de doença.
Imagem: Shutterstock.com
Durante a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, em que foi formulada a Reforma Sanitária brasileira, a saúde ganhou uma concepção bastante ampla e passou a ser definida como:
A RESULTANTE DAS CONDIÇÕES DE ALIMENTAÇÃO, HABITAÇÃO, EDUCAÇÃO, RENDA, MEIO AMBIENTE, TRABALHO, TRANSPORTE, EMPREGO, LAZER, LIBERDADE, ACESSO E POSSE DA TERRA E ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE.
(VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 1986)
Aqui, a saúde deve ser entendida como componente intrínseco da qualidade de vida.
SAIBA MAIS
Segundo o artigo 196 da Constituição Federal (BRASIL, 1988): “A saúde é direito de todos e dever do Estado”. Essa afirmação remete à noção de saúde como direito social. Ao Estado cabe garantir as ações de promoção e proteção da saúde, e de prevenção, tratamento e reabilitação da doença.
Diante desses conceitos, podemos constatar que o processo saúde-doença representa o conjunto de relações que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, a qual se modifica segundo a época em que vivemos, assim como os interesses dos diversos grupos sociais. Portanto, saúde não é um conceito abstrato. Define-se no contexto histórico de determinada sociedade e em dado momento de seu desenvolvimento científico (GUALDA; BERGAMASCO, 2004). Essa concepção aborda o binômio saúde-doença em uma perspectiva interacional, ressaltando os aspectos biológico, econômico, cultural e social que permeiam o processo de produção do adoecimento atrelado ao contexto sócio-histórico em que se insere o indivíduo ou grupo populacional.
DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
No quadro a seguir, observamos que as definições relacionadas à determinação social do processo saúde-doença levam em consideração as condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população como fatores determinantes da situação de saúde:
	Autores
	Conceitos de DSS
	Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS)
	Os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.
	Organização Mundial da Saúde (OMS)
	Os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham.
	Krieger (2001)
	Os DSS são os fatores e mecanismos por meio dos quais as condições sociais afetam a saúde e que, potencialmente, podem ser alterados a partir de ações baseadas em informação.
Quadro: Conceitos de Determinantes Sociais da Saúde (DSS).
Adaptado de Buss e Pellegrini Filho, 2007, p. 78.
De acordo com Possas (1989), a determinação social do processo saúde-doença é definida essencialmente pelas seguintes condições:
Condições de vida
Condições materiais necessárias à subsistência, relacionadas à nutrição, à habitação, ao saneamento básico e às condições do meio ambiente, entre outros fatores determinantes do processo saúde-doença.
Condições de trabalho
São aquelas que teriam como referência o processo de trabalho em si, como os fatores de exposição no ambiente de trabalho, o desgaste físico e mental, e o modo de inserção do indivíduo na estrutura ocupacional.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Análise de Situação de Saúde (ASIS) é um processo analítico-sintético que permite caracterizar, medir e explicar o processo saúde-doença de uma população. Debruça-se sobre os problemas de saúde, assim como seus determinantes, tendo como finalidade a identificação de necessidades e prioridades em saúde, a identificação de intervenções e de programas apropriados, e a avaliação de seu impacto (BRASIL, 2015).
Na análise da situação de saúde, também é importante fazer a distinção conceitual entre:
Desigualdades
Quaisquer diferenças observáveis entre subgrupos (de nível econômico, escolaridade, local de residência, sexo etc.) dentro de uma população.
Iniquidades
Desigualdades de saúde entre grupos populacionais, que, além de sistemáticas e relevantes, também são evitáveis, injustas e desnecessárias.
A seguir, apresentamos o modelo explicativo da determinação social do processo saúde-doença, no qual estão representadas as relações hierárquicas em camadas entre os fatores determinantes da saúde:
Determinantes sociais da saúde.
Buss e Pelegrini Filho (2007, p. 85-86) descrevem cada uma dessas camadas dos DSS, fazendo uma correlação com possíveis políticas públicas que, uma vez implementadas, podem modificar tais fatores. Vamos avaliar essa descrição:
1ª camada – Estilo de vida dos indivíduos
Fatores comportamentais e de estilos de vida das pessoas. Para uma ação efetiva neste nível, são necessárias políticas públicas que estimulem a mudança de comportamento por meio de “programas educativos, comunicação social, acesso facilitado a uma alimentação saudável, criação de espaços públicos para a prática de esportes e exercícios físicos, bem como proibição à propaganda do tabaco e do álcool em todas as suas formas”.
2ª camada – Redes sociais e comunitárias
“Relações de solidariedade e confiança entre pessoas e grupos são fundamentais para a promoção e proteção da saúde individual e coletiva. Para atuar neste nível, são incluídas as políticas que busquem estabelecer redes de apoio social e fortalecer a participação das pessoas e das comunidades”.
3ª camada – Condições de vida e de trabalho
“Condições materiais e psicossociais nas quais as pessoas vivem e trabalham”. As políticas públicas que atuam neste nível são de responsabilidade de vários setores, como oferecer a população água limpa e tratada, saneamento básico, habitação, “alimentos saudáveis e nutritivos, emprego, ambientes de trabalho saudáveis, serviços de saúde e educação de qualidade”.
4ª camada – Condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais
Trata-se dos macrodeterminantes. As políticas que atuam neste nível são as “macroeconômicas e de mercado de trabalho, de proteção ambiental, e de promoção de uma cultura de paz e solidariedade, que [possam] promover um desenvolvimento sustentável, [diminuindo] as desigualdades sociais e econômicas, as violências, a degradação ambiental e seus efeitos sobre a sociedade”.
DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
A especialista Débora Oliveira abordará a determinação social do processo saúde-doença e associação com a política nacional de alimentação e nutrição.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
Reconhecer os indicadores de saúde como ferramentas de análise da situação de saúde
INDICADORES DE SAÚDE: CONCEITOS E APLICAÇÕES
Os indicadores são medidas-síntese selecionadas para expressar determinado fenômeno da realidade social que não pode ser observado diretamente em algo a ser quantificado e analisado (JANNUZZI, 2001). São ferramentas indispensáveis à gestão pública que permitem apontar mudanças nas características de uma população, nas condições de vida e na demanda e oferta de serviços. As informações produzidas pela análise dos indicadores são utilizadas no planejamento, na execução, no monitoramento e na avaliação dos programas e das políticas públicas, subsidiando, assim, o processo decisório (JANNUZZI, 2009).
Os indicadores servem para (JANNUZZI, 2009):
Subsidiar as atividades de planejamento e a formulação de políticas públicas.
Monitorar e avaliar os resultados das ações governamentais.
Mensurar as condições de vida e bem-estar da população.
Aprofundar a investigação acadêmica sobre a mudança social e sobre os determinantes dos diferentes fenômenos sociais.
No entanto, de acordo com a Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA, 2008), para que possa cumprir sua função de mensuração, o bom indicador deve atender a alguns critérios de qualidade essenciais. São eles:
	Critérios de qualidade
	Descrição
	Validade
	Capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a realidade que se deseja medir e modificar.
	Confiabilidade
	Origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e divulgação.
	SimplicidadeDe fácil obtenção, construção, manutenção, comunicação e entendimento pelo público em geral.
Quadro: Propriedades essenciais aos indicadores.
Adaptado de Rua, 2004, Januzzi, 2005, Ferreira, Cassiolato e González, 2009 apud BRASIL, 2012, p. 18-19.
Para mensurar os efeitos do processo saúde-doença de determinada população ou grupo específico ou para verificar o desempenho dos serviços de saúde, utilizamos os indicadores de saúde. De modo geral, a análise de um conjunto de indicadores de saúde expressa as condições de saúde segundo (RIPSA, 2008):
· A área geográfica – estados, municípios, bairros
· Os grupos demográficos – crianças, idosos, mulheres
· Os grupos vulneráveis específicos – profissionais do sexo, população privada de liberdade, população em situação de rua
TIPOS DE INDICADORES DE SAÚDE
Os indicadores de saúde podem ser classificados como:
	Classificação
	Indicadores
	Indicadores de mortalidade
	· Taxa de mortalidade infantil
· Taxa de mortalidade prematura por doenças crônicas
· Razão de mortalidade materna
	Indicadores de morbidade
	· Taxa de incidência de tuberculose
· Taxa de prevalência de desnutrição infantil
	Indicadores de nutrição, crescimento e desenvolvimento
	· Proporção de baixo peso ao nascer
· Índice de massa corporal (IMC)
· Índice de amamentação exclusiva
	Indicadores de serviços de saúde
	· Número de equipes de saúde da família por habitante
· Proporção de cobertura vacinal
· Taxa de ocupação de leito hospitalar
Quadro: Classificação dos indicadores de saúde.
Adaptado de Pereira, 2013.
Para mensurar outros aspectos relacionados aos fatores determinantes das condições de vida e trabalho, é preciso incluir na análise indicadores de diferentes setores, como, por exemplo:
	Indicadores
	Demográficos
	Socioeconômicos
	De condições ambientais
	Número de moradores por domicílio
	Taxa de desemprego
	Índice de qualidade da água
	Proporção de mulheres chefe de família
	Taxa de evasão escolar
	Índice de poluição atmosférica
	Taxa de crescimento da população
	Índice de desenvolvimento humano (IDH)
	Proporção de saneamento básico
Indicadores.
Elaborado por Jarcelen Thais.
Com base nesses exemplos, podemos perceber que a construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de determinado evento até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices.
A nomenclatura de cada indicador de saúde aponta a forma como este deve ser calculado. Vamos conhecer alguns métodos de cálculo de indicadores:
NÚMERO ABSOLUTO
É o resultado de uma contagem ou estimativa em valor absoluto. São dados comuns que, por terem sido dotados de um significado ou conceito, passam a ser considerados indicadores.
Exemplo: Número de leitos obstétricos
Método de cálculo: Contagem simples do número de leitos
PROPORÇÃO
Quociente entre duas medidas. O numerador é o número de casos específicos e o denominador é o número total de casos, multiplicado por 100. O numerador sempre está incluído no denominador.
Exemplo: Mortalidade proporcional por pneumonia
Método de cálculo: Nº de óbitos por pneumonia/Nº total de óbitos x 100
TAXA OU COEFICIENTE
Quociente em que o número de eventos ocorridos (numerador) é ponderado pelo número de pessoas potencialmente expostas ao evento (denominador). Expressa a noção de risco (probabilidade de ocorrência), pois mostra a relação entre eventos reais e potenciais, ou seja, os valores do denominador estão sujeitos ao que ocorre no numerador.
Como o resultado da divisão é sempre um número decimal, devemos multiplicá-lo por 1.000 ou 10.000 ou 100.000, a fim de tornar o resultado mais fácil de compreender.
Exemplo: Taxa de mortalidade infantil
Método de cálculo: Nº de óbitos de menores de 1 ano no RJ em 2019/Nº de crianças nascidas vivas no RJ em 2019 x 1.000
RAZÃO
A razão entre dois números (quantidades) nada mais é do que a divisão entre duas medidas. O denominador não inclui o numerador, ou seja, são duas medidas separadas e excludentes. É geralmente expressa como “razão de a para b”, indicando quantas vezes a primeira medida contém a segunda. Quando o quociente resultante é inferior a 1, pode ser multiplicado por 100 para melhor interpretação.
Exemplo: Razão de mortalidade materna
Método de cálculo: Nº de óbitos de mulheres em idade fértil no RJ em 2019/Nº de crianças nascidas vivas no RJ em 2019 x 100.000
Os indicadores de saúde são elementos fundamentais para a análise da situação de saúde e para a identificação de problemas agudos e crônicos que acometem a população. Sem eles, seria impossível estabelecer metas, traçar objetivos, executar ações de saúde e avaliar o impacto de tais medidas sobre a saúde da população (GOMES, 2015).
SAIBA MAIS
A RIPSA (2008) publicou uma seleção de indicadores que compõem a lista de indicadores básicos para a saúde no Brasil. Cada indicador possui uma ficha técnica, contendo informações sobre sua conceituação, sua interpretação, seus usos e suas limitações, sua fonte de dados e seus métodos de cálculo.
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS
É possível usar vários indicadores para caracterizar a situação de saúde das populações. Para mensurar a frequência com que as doenças ou os problemas de saúde acometem a população, são utilizados dois importantes conceitos epidemiológicos: incidência e prevalência. Vamos entendê-los melhor a seguir.
INCIDÊNCIA
A incidência é a frequência de casos novos de determinada doença ou determinado problema de saúde em certo intervalo de tempo, oriundo de uma população exposta ao risco de adoecer (COSTA; KALE; VERMELHO, 2009).
Um importante fator a considerar no cálculo das medidas de frequência de doenças é o total de pessoas expostas, isto é, pessoas que podem vir a ter a doença. Esse número deveria incluir somente pessoas que são potencialmente suscetíveis a adquirir a doença em estudo. Por exemplo, as mulheres não devem ser incluídas no cálculo da ocorrência de câncer de próstata.
Para calcular o número de casos incidentes, basta contabilizar o número absoluto de casos novos de determinada doença em certo intervalo de tempo. Contudo, para expressar a velocidade e o risco (probabilidade) de ocorrência de uma doença ou de um agravo em uma população ou em um grupo, é necessário calcular a taxa de incidência. Essa taxa é calculada a partir do quociente entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em um intervalo de tempo determinado e o total da população exposta ao risco de contrair a doença no mesmo período. Assim:
Taxa de incidência = Nº de casos novos em determinado intervalo de tempo  População exposta ao risco no mesmo intervalo de tempo x 10n���� �� �����ê���� = �º �� ����� ����� �� ����������� ��������� �� �����  ������çã� ������� �� ����� �� ����� ��������� �� ����� x 10�
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Segundo Costa, Kale e Vermelho (2009), as medidas de mortalidade e letalidade podem ser entendidas como casos particulares dentro do conceito de incidência, quando o evento de interesse é a morte e não o adoecimento. Vamos compreender tais medidas:
Mortalidade
Medida muito utilizada como indicador de saúde, porque permite avaliar os níveis de saúde de uma população. É calculada dividindo-se o número de óbitos pela população exposta ao risco. Assim:
Taxa de mortalidade = Nº de óbitos em determinado intervalo de tempo População exposta no mesmo intervalo de tempo x 10n���� �� ����������� = �º �� ó����� �� ����������� ��������� �� ����� ������çã� ������� �� ����� ��������� �� ����� x 10�
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Letalidade
Medida da gravidade da doença. Expressa o poder que uma doença ou um agravo à saúde tem de provocar a morte nas pessoas acometidas. É calculada dividindo-se o número de óbitos por determinada doença pelo número de casos da mesma doença. Há doenças com alta letalidade e outras doenças com baixa letalidade. Assim:
Taxa de letalidade = Nº de mortes por uma doença em um intervalo de tempo  Total de casos da mesma doença no mesmo intervalo de tempo x100  ���� �� ���������� = �º �� ������ ��� ��� ����ç� �� �� ��������� �� �����  ����� �� ����� �� ����� ����ç� �� ����� ��������� �� ����� x 100  
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Prevalência
A prevalência pode ser definida como a frequência de casos existentes de determinada doença em determinada população e em um dado momento. São os casos já existentes (antigos) somados aos casos novos em certa população durante um intervalo de tempo (COSTA; KALE; VERMELHO, 2009).
A prevalência é calculada a partir do quociente entre o número de casos existentes (novos e antigos) de uma doença que ocorre em um intervalo de tempo determinado e o total da população no mesmo período. Assim:
Prevalência = Nº de casos existente (antigos + novos) em um intervalo de tempoTotal da população no mesmo intervalo de tempo x 100������ê���� = �º �� ����� ��������� (������� + �����) �� �� ��������� �� ���������� �� ������çã� �� ����� ��������� �� ����� x 100
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa é uma medida estática que expressa o número de casos existentes em uma população (estoque de doentes). Ela pode ser calculada considerando:
UM DADO INSTANTE
Prevalência pontual ou instantânea. Exemplo: aferição dos casos no 1º dia do ano.
UM DADO PERÍODO
Prevalência de período. Exemplo: aferição dos casos durante 1 ano.
A quantidade de casos existentes de uma doença é um dos fatores determinantes da demanda por assistência médica. Dessa forma, a prevalência é uma medida relevante para o planejamento das ações de saúde e a administração de serviços de saúde. Ela é usada para dimensionar, por exemplo, a quantidade de recursos humanos, de insumos, de leitos hospitalares etc.
FONTES DE INFORMAÇÃO
Para calcular os indicadores de saúde, é preciso saber onde os dados são armazenados e como são acessados. De maneira geral, as informações de interesse para análise das condições de dessa área são extraídas dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS).
SAIBA MAIS
No Brasil, existem inúmeros SIS desenvolvidos para coletar, de modo contínuo e sistemático, dados para prover as necessidades dos serviços de vigilância epidemiológica, como é o caso do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Além disso, foram desenvolvidos sistemas específicos para prover informações para o monitoramento de programas de saúde – como o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) – ou para atender à demanda dos serviços de saúde com informações sobre a assistência prestada aos pacientes – como o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS).
No quadro a seguir, apresentamos os principais SIS de abrangência nacional:
	Sistemas
	Sigla
	Dado coletado
	Usos
	Sistema de Informação sobre Mortalidade
	SIM
	Óbito
	Estudos de mortalidade
	Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos
	SINASC
	Nascido vivo
	Estudo das condições de nascimento
	Sistema de Informação de Agravos de Notificação
	SINAN
	Doenças e agravos de notificação obrigatória
	Estudos de morbidade
	Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde
	SIH-SUS
	Internação hospitalar
	Estudo da morbidade hospitalar
	Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica
	SISAB/e-SUS AB
	Condições de vida e saúde das famílias cadastradas
	Monitoramento da Estratégia de Saúde da Família (ESF)
	Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização
	SI-PNI
	Vacinação
	Monitoramento do Programa Nacional de Imunização
	Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
	SISVAN
	Política Nacional de Alimentação e Nutrição
	Monitoramento do perfil alimentar e da situação nutricional
Quadro: Sistemas de Informação em Saúde do Brasil.
Elaborado por Ana Cristina Reis.
O uso de base de dados secundárias oferece algumas vantagens:
· Grande volume de informação produzida.
· Ampla cobertura populacional.
· Possibilidade de análise dos dados de forma desagregada por bairro, distrito, município.
· Dados disponibilizados de forma on-line.
A seguir, apresentaremos uma breve descrição dos SIS de base nacional utilizados com maior regularidade como fonte de informação para análise da situação de saúde das populações e nos processos de monitoramento das ações e dos programas de saúde. Cada sistema de informação reúne um conjunto de dados específicos, coletados a partir de formulários próprios e com padrões de cobertura e qualidade dos dados distintos.
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)
Este foi o primeiro SIS do Brasil. Seus objetivos são captar os dados de óbitos e fornecer informações sobre mortalidade. O sistema tem como instrumento padronizado de coleta de dados a Declaração de Óbito (DO), cuja emissão é de competência exclusiva do Ministério da Saúde (BRASIL, 2011). Tornou-se uma das mais importantes fontes de informação para o sistema de vigilância epidemiológica ao registrar os dados sobre as causas da morte. Com os dados informados no SIM, é possível analisar a mortalidade proporcional por causa básica da morte, faixa etária, sexo, local de ocorrência e de residência, bem como calcular taxas de mortalidade geral, infantil ou materna ou por grupos de causas (BRASIL, 2011).
Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC)
Tem como finalidade captar dados sobre os nascidos vivos do Brasil, a fim de fornecer informações sobre a gestação, o parto e as condições de nascimento nos estabelecimentos de saúde públicos e privados. O sistema tem como instrumento padronizado de coleta de dados a Declaração de Nascido Vivo (DNV), cuja emissão, a exemplo da DO, é de competência exclusiva do Ministério da Saúde (BRASIL, 2011). Entre os indicadores mais relevantes para o monitoramento da atenção à saúde materno infantil, destacam-se:
· Proporção de nascidos vivos de baixo peso.
· Proporção de nascimentos prematuros.
· Proporção de partos cesáreos.
· Proporção de nascidos vivos por faixa etária da mãe.
· Número de consultas de pré-natal realizadas.
· Mês da gestação em que se iniciou o pré-natal.
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
O SINAN foi implantado, de forma gradual, a partir de 1993. É o principal sistema da vigilância epidemiológica, pois consolida os dados sobre as notificações e investigações dos casos de doenças e agravos incluídos na Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória (BRASIL, 2007). A análise dos dados do SINAN permite a construção de importantes indicadores de incidência e prevalência das doenças de notificação compulsória, usados para descrever o perfil de morbidade.
Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS)
Tem como finalidade captar dados sobre as internações hospitalares ocorridas em unidades próprias e conveniadas do SUS. Fornece informações sobre o perfil de morbidade hospitalar e o custo das internações por procedimentos realizados. O sistema tem como instrumento padronizado de coleta de dados a Autorização de Internação Hospitalar (AIH), emitida pelas centrais de regulação hospitalar (BRASIL, 2011). Entre os indicadores mais relevantes para análise da morbidade hospitalar, destacam-se:
· Proporção de internações por diagnóstico.
· Tempo médio de internação.
· Custo da internação por procedimento realizado.
· Taxa de mortalidade hospitalar.
Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB/e-SUS AB)
O e-SUS AB é o sistema operacional de alimentação do SISAB, em que são coletadas, de forma individualizada, as informações clínicas e administrativas dos usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Uma de suas funções é servir como prontuário eletrônico, facilitando a organização do fluxo de atendimento e a gestão do cuidado realizado pelas equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) (BRASIL, 2019).
Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI)
O objetivo deste sistema é possibilitar o monitoramento da cobertura vacinal, da taxa de abandono e do controle do envio de boletins de imunização. Desenvolvido em 2010, o SI-PNI é formado por um conjunto de nove módulos. Os maisutilizados nas UBS são (BRASIL, 2011):
· Avaliação do PNI.
· Estoque e Distribuição de Imunobiológicos.
· Eventos Adversos Pós-vacinação.
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)
Tem como objetivo avaliar o estado nutricional de indivíduos para obter o diagnóstico precoce dos desvios nutricionais, seja baixo peso, seja sobrepeso/obesidade. Permite, ainda, monitorar a tendência das condições de nutrição e alimentação de uma população (BRASIL, 2009).
Sistema de Informação de Câncer de Útero e de Mama (SISCAN)
Sistema on-line que integra e substitui os sistemas de informação do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e do Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama (SISMAMA). Desenvolvido em 2012, o novo sistema tem como objetivo aprimorar as ações de rastreamento, na medida em que permite a identificação das usuárias pelo número do cartão SUS e a atualização automática de seu histórico de seguimento (INCA, 2013).
Sistema Nacional de Regulação (SISREG)
Sistema on-line desenvolvido em 2001 para apoiar os gestores na função de regulação do acesso à atenção à saúde, conforme previsto na Política Nacional de Regulação Assistencial. O sistema é utilizado para o gerenciamento e a operacionalização de todo complexo regulatório, e vai da rede básica à internação hospitalar, visando ao maior controle do fluxo e à otimização no uso dos recursos. O sistema é composto por três módulos (BRASIL, 2010):
· Ambulatorial – Central de Marcação de Consultas e Exames Especializados
· Internação Hospitalar – Central de Internação Hospitalar
· Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC)
ATENÇÃO
Utilizando os SIS como fonte de informações, é possível conhecer as necessidades de saúde da população, evidenciar a realidade dos serviços da área e, assim, apontar prioridades de investimentos.
HERANÇA SOCIAL
A especialista Débora Oliveira apresentará historicamente como se deu o processo de produção da tuberculose, associando ao modo de vida da população do Rio de Janeiro.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreendemos a importância da epidemiologia para o aprimoramento e a organização dos serviços de saúde à medida em que auxilia os gestores e profissionais de saúde com informações baseadas em evidências, qualificando, assim, o processo de tomada de decisão.
Além disso, interpretamos os principais indicadores de saúde e aprendemos a utilizá-los de maneira adequada para o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações na área.
PODCAST
Agora, a especialista Wanessa Natividade Marinho encerra falando sobre a importância do nutricionista em saúde coletiva na prevenção dos agravos à saúde com o seu trabalho atrelado ao SISVAN.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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EXPLORE+
No site do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), acesse o TABNET – tabulador de domínio público disponibilizado pelo Ministério da Saúde – e faça você mesmo algumas tabulações a partir dos bancos de dados dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS).
Para analisar os dados de saúde coletados pelos SIS, acesse os sites das Secretarias Municipais de Saúde (Dados Abertos), das Secretarias Estaduais de Saúde (Saúde RJ - Subsecretaria Geral - Planejamento - Informação SUS - Dados SUS) ou do DATASUS.
Para analisar os dados demográficos e socioeconômicos, acesse o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Portal do IBGE).
Pesquise e leia ainda o artigo intitulado Obesidade na adolescência e seus principais fatores determinantes, e veja como as autoras Carla Cristina Enes e Betzabeth Slater descrevem os principais fatores determinantes do sobrepeso e da obesidade em adolescentes.
CONTEUDISTA
Ana Cristina Reis
CURRÍCULO LATTES

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