Buscar

Quais são as alterações laboratoriais observadas em um paciente com Leishmaniose Visceral Canina

Prévia do material em texto

Quais são as alterações laboratoriais observadas em um paciente com Leishmaniose Visceral Canina? Justifique cada alteração.
Resposta: No hemograma podemos ter anemia com trombocitopenia, monocitose, linfocitopenia e leucopenia. A anemia na maioria dos casos é classificada como arregenerativa leve a moderada, normocrômica e normocítica, resultante da retenção de hemácias do baço, hemorragia e eritropoiese pela supressão de medula óssea, também podendo ser por deficiência nutricional.
Já o perfil bioquímico pode apresentar hiperproteinemia, aumento de enzimas hepáticas, azotemia e proteinúria, onde esses são achados frequentes devido a proporção reduzida de albumina/globulina. As enzimas hepáticas Alanina aminotransferase (ALT), Fosfatase alcalina (FA) e Gama-glutamiltransferase (GGT), podem sofrer uma elevação discreta ou manifestada, entretanto são pouco frequentes nos cães infectados.
Já a Urinálise, podemos encontrar uma elevada concentração de ureia e creatinina, indicativo de azotemia e proteinúria, em animais que apresentam alterações renais devido ao armazenamento de Imunocomplexos.
Descreva o protocolo diagnóstico usado em pacientes com sinais clínicos sugestivos de Leishmaniose Visceral Canina e que sejam negativos em teste rápido no consultório.
Resposta: Pode-se fazer esfregaço sanguíneo, citologia aspirativa ou punção aspirativa da medula óssea, linfonodos, baço ou fígado. Essas técnicas consistem em visualizar forma amastigota do parasito pelo microscópio. Outra técnica disponível é a de PCR, considerada a mais específica e sensível para o diagnóstico de Leishmaniose, pois possibilita identificar o DNA do protozoário. Também temos como opção os diagnósticos sorológicos como RIFI e teste de ELISA, a fim de constatar anticorpos contra o protozoário.
Quais são os fatores prognósticos para a determinação da sobrevida de um paciente com Leishmaniose Visceral Canina? Quais cuidados devem ser tomados para evitar disseminação da doença?
São vários fatos que determinam a sobrevida do paciente, visto que temos diferentes linhagens de cepa do parasito, onde um é mais patogênica que outra. Fatores como a imunidade do animal e a carga parasitária também influenciam a sobrevida do animal. 
Os cuidados devem ser tomados quanto ao tratamento do paciente, pois deve ser feito de maneira correta, com supervisão do médico veterinário periodicamente. 
 Descreva detalhadamente o tratamento para as Leishmaniose
Estudos apontam que o medicamento prescrito para o tratamento da Leishmaniose é o MILTEFORAN, com principio ativo a base de miltefosina que possui efeito tóxico sobre os protozoários da leishmaniose. Deve ser administrado por via oral, uma vez ao dia (SID), na dose de 2Mg/kg/dia, durante 28 dias consecutivos. 
Em associação podemos utilizar ALOPURINOL que suprime a síntese proteica do parasito, impedindo sua multiplicação e morte. Deve ser administrado por via oral na dose de 10Mg/kg duas vezes ao dia (BID), durante 28 dias.
Também podemos utilizar a DOMPERIDONA, pois possui efeito imunomodulador auxiliando na redução de manifestações clínicas do animal infectado. Deve ser administrado por via oral na dose de 1Mg/kg duas vezes ao dia, durante 28 dias.

Continue navegando