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Material Didático I N S T I T U T O N A C I O N A L S A B E R T O D O S O S D IR E IT O S R E S E R V A D O S Etapas do processo da pesquisa científica I INSTITUTO NACIONAL SABER O Instituto Nacional Saber tem por objetivo especializar profissionais em diversas áreas, capacitando alunos e os inserindo no mercado de trabalho, fazendo com que tenham destaque e ampliem suas carreiras. Nosso objetivo não é apenas oferecer conhecimento, mas formar profissionais capacitados e aptos para exercer as profissões que desejam, para participar do desenvolvimento de sua sociedade, e colaborar na sua formação contínua. Oferecemos conteúdos elaborados por conceituais profissionais, e tendo em vista os esforços de nossos colaboradores para a entrega do mais seleto conhecimento, assim aproximando-o ainda mais do mercado de trabalho. Pensando na necessidade dos nossos alunos em realizar o curso de forma flexível e mais acessível, o Instituto disponibiliza a especialização (Pós-Graduação Lato sensu), 100% EAD com reconhecimento do MEC, e com a mesma qualidade e peso de um estudo presencial. Desejamos sucesso e bons estudos! Equipe Instituto Nacional Saber Sumário ........................................................................................................................ 3 1 Etapas do processo da pesquisa científica I ----------------------------------------------- 4 1.1 Formulação do problema ----------------------------------------------------------------- 5 1.2 Revisão da literatura ----------------------------------------------------------------------- 7 1.3 Alcance da pesquisa ----------------------------------------------------------------------- 11 1.4 Formulação de hipóteses ---------------------------------------------------------------- 13 1.5 Referências ---------------------------------------------------------------------------------- 15 SUMÁRIO 4 Etapas do processo da pesquisa científica I O passo inicial para o desenvolvimento de qualquer pesquisa científica no ambiente acadêmico é a escolha de um tema, ou seja, do assunto que se quer estudar. Este passo deve ser dado com a anuência de um professor orientador. Após a escolha do tema, três grandes estágios formam então o processo que vai desde a concepção da pesquisa até a realização dela propriamente dita, os quais Chotolli (2018) ressalta que devem ser rigorosamente seguidos para que a pesquisa tenha elementos norteadores e delimitadores. Tais elementos servem de referência para guiar o pesquisador diante do acúmulo de dados e informações que ocorre ao longo da pesquisa. A Figura 1 ilustra a evolução dos estágios de uma pesquisa científica. Cada um destes estágios é constituído por fases, que são seguidas conforme o enfoque mais apropriado para o tema escolhido (enfoque quantitativo ou qualitativo). É preciso agora detalhar as fases do processo de pesquisa científica. Este capítulo foi elaborado pelo Prof. Dr. Leonardo Contri Campanelli. 5 Figura 1 – Estágios do processo de pesquisa científica no âmbito acadêmico. Antes de adentrar as fases, note que o pré-projeto é uma versão anterior e inicial do projeto, não havendo uma regra definida para sua elaboração. Geralmente contém uma pergunta de pesquisa que se pretende responder com o desenvolvimento do estudo, uma breve revisão da literatura sobre o tema e a hipótese que sugere uma resposta preliminar para a questão de pesquisa. Depois da aprovação do pré-projeto, parte-se para a elaboração do projeto de fato. Tem-se agora o documento com diretrizes que conduzem o pesquisador ao desenvolvimento da pesquisa. Gonsalves (2001) ressalta que apesar de ser um roteiro pré-estabelecido e elaborado com rigor, o projeto não é imutável, mas pode sim absorver características, aspectos, exigências, etc. ao longo da pesquisa. Menciona-se também que a apresentação típica do projeto deve conter os seguintes itens: introdução, justificativa, objetivos, metodologia, cronograma e referências. Portanto, no âmbito acadêmico, várias fases do processo de pesquisa científica constam nestes itens. 1.1 Formulação do problema Com o tema em mãos, deve-se problematizá-lo. Sampieri, Collado e Lucio (2013) dão uma definição simples para o estágio de formulação do problema: “nada mais é do que aprimorar e estruturar mais formalmente a ideia da pesquisa”. Apesar da simplicidade dessa definição, formular o problema não necessariamente é um processo simples e rápido. Andrade (2006) diz que formular o problema é mais do que somente identificá-lo: “é preciso defini-lo, circunscrever seus limites, isolar e compreender seus fatores peculiares, ou seja, indicar as variáveis que sobre ele intervêm e as possíveis relações entre elas”. Talvez o principal elemento da formulação do problema de pesquisa seja a definição dos objetivos e da pergunta de pesquisa. Os objetivos descrevem o alvo do estudo científico, que pode ser um problema a ser resolvido ou então um tema que precisa ser discutido em maior profundidade. Os objetivos costumam ser elaborados em dois níveis: objetivo geral e objetivos específicos. Estes últimos expressam em tópicos e com mais detalhes o que o 6 pesquisador deverá fazer para atingir o objetivo geral. O problema ou o tema é então comunicado através de uma questão: a pergunta de pesquisa. É importante que a pergunta de pesquisa não tenha uma resposta conhecida ou fácil, seja clara, objetiva e, obviamente, sujeita a uma solução. Com isso é possível garantir que os objetivos sejam inovadores, relevantes para o conhecimento científico e, portanto, bem elaborados. O Quadro I traz um exemplo de uma pesquisa de mestrado. Ainda como parte da formulação do problema, tem-se outro elemento: a justificativa. Esta tem o intuito de explicar a razão da pesquisa, confirmando a necessidade e a importância de sua realização, assim como demonstrando a contribuição que trará para a sociedade. Não se pode perder de vista a exequibilidade da pesquisa, ou seja, se ela tem condições de ser realizada dentro do prazo e com os recursos disponíveis, sejam estes financeiros, humanos ou materiais. Conhecer o contexto ou o lugar de realização da pesquisa contribui com a garantia da viabilidade de sua execução. Quadro I – Exemplo dos itens que compõem a fase de formulação do problema de pesquisa. Item Reprodução Objetivo geral “O objetivo geral do trabalho e do programa foi despertar na comunidade escolar da educação básica, o interesse no desenvolvimento de atividades ambientais, atentando-se aos princípios dos 8 R’s da sustentabilidade: responsabilizar-se, repensar, reduzir, recusar, reutilizar, respeitar, repassar e reciclar.” Objetivos específicos “Reaproveitar e reutilizar resíduos sólidos através do programa multidisciplinar AFEA (Aprender Fazendo em Educação Ambiental); Estabelecer parcerias sociais para a construção de espaços educativos sustentáveis dentro da escola; Incentivar a comunidade escolar na adoção de posturas, hábitos de proteção e preservação ao meio ambiente, em casa, na escola ou locais que utilizarem como via; Divulgar as ações por mídias sociais.” 7 Questões de pesquisa “A abordagem com a temática EA (educação ambiental) dentro da escola está de acordo com os preceitos legais que a regem? A EA é um fator crítico de sucesso para o desenvolvimento da autonomia e participação dos estudantes? É possível transformar a EA num processo contínuo e eficiente dentro do ambiente escolar?” Fonte: Gonçalves (2022). 1.2Revisão da literatura Após a definição do problema da pesquisa e dos motivos que conduzem à mesma, o pesquisador parte para o levantamento de informações já existentes na literatura sobre o problema.A revisão da literatura permite que o pesquisador saiba o que já foi publicado, quais aspectos foram estudados e quais as dúvidas remanescentes sobre o problema, permitindo que o estudo seja delimitado. Diante da grande quantidade de publicações que surgem mundialmente a cada ano, principalmente na forma de artigos científicos, trabalhos em congressos e livros, Sampieri, Collado e Lucio (2013) destacam que a revisão da literatura deve ser então seletiva. Antes de detalhar um pouco mais essa questão da seletividade, a pergunta que paira é: quais fontes de pesquisa são confiáveis e de qualidade? A primeira dica é tomar um cuidado extremo com as chamadas fake news e, por isso, evitar fontes de credibilidade questionável. Em termos de fontes de pesquisa confiáveis, os livros ainda se mantêm entre as fontes de maior qualidade, devendo-se atentar à data de publicação. Sousa, Oliveira e Alves (2021) aconselham a trabalhar com publicações de no máximo quinze anos, pois, como a ciência se desenvolve continuamente, publicações antigas podem oferecer informações obsoletas. Os periódicos e diretórios acadêmicos são excelentes fontes para a busca de artigos científicos atualizados. 8 Alguns exemplos dos principais bancos de dados digitais são: Scielo, Google Acadêmico, Scopus, ScienceDirect e até mesmo o Portal de Periódicos da CAPES. Além disso, dissertações de mestrado e teses de doutorado também podem trazer excelentes contribuições e podem ser facilmente buscadas nos repositórios e bibliotecas digitais das instituições de ensino. O Quadro II traz links para algumas das fontes de busca mencionadas. Quadro 2 – Exemplos de fontes de busca para a revisão da literatura. Tipo Fonte Link de acesso Artigos científicos Scielo https://www.scielo.br Google Acadêmico https://scholar.google.com.br Scopus https://www.scopus.com ScienceDirect https://www.sciencedirect.com Portal de Periódicos da CAPES https://www.periodicos.capes.gov.br Dissertações e teses USP https://www.teses.usp.br Unifesp https://www.teses.usp.br Unicamp https://repositorio.unifesp.br/repositorio UFPR https://acervodigital.ufpr.br UFRGS https://lume.ufrgs.br/ Nestes bancos de dados, o levantamento de estudos é feito a partir de palavras- chave, que são palavras únicas ou termos que direcionam a busca para o tema de interesse. É importante que as palavras-chave sejam precisas e tenham certo grau de especificidade, evitando uma busca muito generalista e que retorna referências inapropriadas. Durante este processo é comum se deparar com estudos tanto quantitativos quanto qualitativos, independentemente do enfoque escolhido pelo pesquisador, e os mesmos devem sim ser considerados para análise. A quantidade de referências usualmente encontradas não é https://www.scielo.br/ https://scholar.google.com.br/ https://www.scopus.com/ https://www.sciencedirect.com/ https://www.periodicos.capes.gov.br/ https://www.teses.usp.br/ https://www.teses.usp.br/ https://repositorio.unifesp.br/repositorio https://acervodigital.ufpr.br/ https://lume.ufrgs.br/ 9 pequena e um grande esforço do pesquisador deve ser realizado para a seleção daquelas de maior relevância para o tema da pesquisa. Para organização das referências obtidas nas buscas, Sousa, Oliveira e Alves (2021) indicam a técnica do fichamento: faz-se uma descrição das informações com as principais ideias e algumas reflexões sobre as soluções trazidas nas referências. A Figura 1 apresenta um modelo de ficha que pode ser empregado. Após uma análise crítica das informações de cada uma das referências, o pesquisador procede à redação da sua revisão da literatura, organizando as ideias segundo a sua percepção. Toda e qualquer informação oriunda de um texto publicado deve obrigatoriamente ser referenciado, ou seja, deve-se citar de qual referência a informação foi extraída. A informação nunca deve ser copiada, mas sim transcrita com as palavras do próprio pesquisador, evitando qualquer possibilidade de plágio (crime previsto no artigo 184 do Código Penal). Título genérico Título genérico próximo Número de classificação Referência bibliográfica (de acordo com as regras da ABNT) Corpo ou texto Indicação da obra (área da pesquisa e público-alvo) Local (fonte de busca) Figura 1 – Modelo de ficha para organização das referências bibliográficas. Fonte: Adaptado de Sousa, Oliveira e Alves (2021). 10 OKOLI, C. Guia Para Realizar uma Revisão Sistemática da Literatura. EaD em Foco, v. 9, n. 1, 2019. Link para consulta: doi.org/10.18264/eadf.v9i1.748 A revisão da literatura deve conter a citação das referências utilizadas e redigida com as palavras do próprio pesquisador. Uma alternativa para o levantamento de referências certeiras é a realização de uma revisão sistemática da literatura (RSL). Diferentemente da revisão tradicional ou de conveniência, a RSL é feita de modo formal e meticuloso, com uma sequência de protocolos bem definidos. Um maior detalhamento da RSL pode ser encontrado nas seguintes referências: GALVÃO, T. F.; RICARTE, I. L. M. Revisão sistemática da literatura: conceituação, produção e publicação. LOGEION: Filosofia da informação, v. 6, n. 1, p. 57-73, 2020. Link para consulta: doi.org/10.21728/logeion.2019v6n1.p57-73 https://doi.org/10.18264/eadf.v9i1.748 https://doi.org/10.21728/logeion.2019v6n1.p57-73 11 1.3Alcance da pesquisa O alcance da pesquisa é um item da pesquisa científica aplicável somente ao enfoque quantitativo e sua identificação é importante para diferenciar o desenho e os procedimentos metodológicos a serem empregados. O alcance pode ser classificado em quatro grandes grupos: exploratório, descritivo, correlacional e explicativo (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013). Uma pesquisa com alcance exploratório é aquela que visa proporcionar maior familiaridade com um tema que a revisão da literatura revelou ter sido pouco estudado. Segundo Gil (2007), em sua maior parte, uma pesquisa com alcance exploratório envolve: levantamentos bibliográficos, entrevistas com personagens com experiência prática no problema e análises de exemplos que estimulem a compreensão (estudos de caso). Assim como os estudos pioneiros da AIDS, as primeiras pesquisas sobre a pandemia da COVID-19, no momento em que a doença era inédita e se buscavam as primeiras informações sobre causas e consequências, podem ser consideradas como tendo um alcance exploratório. A pesquisa descritiva visa detalhar como um determinado fenômeno ocorre, descrevendo então as tendências, características e perfis de pessoas, grupos, processos, etc. A utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, como é o caso de um questionário ou de uma observação sistemática, é uma característica do alcance descritivo (GIL, 2007). Por sua vez, uma pesquisa com alcance correlacional é aquela que visa conhecer o grau de relação que existe entre duas ou mais variáveis, com exceção da relação causa e efeito. Muitos autores consideram a pesquisa correlacional como descritiva por não haver manipulação de variáveis, mas apenas a previsão do comportamento de uma a partir do comportamento da outra. Finalmente, o alcance explicativo vai além da descrição de fenômenos e do estabelecimento de relações e visa levantar as causas da ocorrência dos fenômenos. Gil (2007) diz que este alcance é tipicamente experimental. A diferença entre estes três alcances é exemplificada no Quadro 3. 12 Quadro 3 – Exemplo das diferenças entre os alcances explicativo, descritivo e correlacional. Alcance Perguntas que poderiam ser respondidas Explicativo “Quais efeitos podem ter nos adolescentes peruanos, habitantesde zonas urbanas e com um nível socioeconômico elevado, o fato de verem videoclipes com muito conteúdo sexual? A que se devem esses efeitos? Quais variáveis influenciam os efeitos e de que maneira? Por que muitos adolescentes preferem ver videoclipes com muito conteúdo sexual em vez de outros tipos de programas e videoclipes? Quais usos os adolescentes são ao conteúdo sexual dos videoclipes? Quais gratificações têm pelo fato de se exporem aos conteúdos sexuais dos videoclipes?” Descritivo “Quanto tempo esses adolescentes dedicam para ver videoclipes e principalmente vídeos com muito conteúdo sexual? Em que medida eles têm interesse de ver esse tipo de vídeos? Em sua hierarquia de preferência por certos conteúdos televisivos, que lugar ocupa os videoclipes? Eles preferem ver videoclipes com alto, médio, baixo ou nenhum conteúdo sexual?” Correlacional “Será que a exposição a videoclipes com muito conteúdo sexual, pelos adolescentes mencionados, está relacionada com o controle que seus pais exercem sobre a escolha de programas feita pelos jovens? Para maior exposição dos adolescentes a videoclipes com elevado conteúdo sexual, haverá uma maior manifestação de estratégias nas relações interpessoais para estabelecer contato sexual? Terão uma atitude mais favorável em relação ao aborto?” Fonte: Adaptado de Sampieri, Collado e Lucio (2013). 13 1.4Formulação de hipóteses Quando a pesquisa quantitativa tem um alcance correlacional ou explicativo, ou então um alcance descritivo que tenta prognosticar um fato, hipóteses são formuladas a priori. Uma hipótese nada mais é do que uma resposta provisória e antecipada a uma questão de pesquisa, ou seja, é um complemento da questão que tem o papel de guiar o processo de coleta e análise dos dados. O caráter provisório da hipótese decorre do fato de que o desenvolvimento da pesquisa determinará a sua validade: ou será confirmada ou será rejeitada; o pesquisador jamais deve se apegar à hipótese e tentar comprová-la a qualquer custo. Quando uma hipótese é rejeitada, a pesquisa avançou em direção à verdade, que é o único compromisso que um pesquisador deve ter. Em relação à sua elaboração, uma hipótese pode ser geral ou precisa e deve empreender uma relação entre variáveis, que são dados que oscilam e que possuem uma variação capaz de ser mensurada. Note a seguir alguns exemplos de hipóteses do enfoque quantitativo: O nível de escolaridade dos alunos está relacionado com a classe social a que pertencem (variáveis: nível de escolaridade e classe social); O índice de óbitos por COVID-19 é maior em cidades com maior nível de poluentes na atmosfera (variáveis: índice de óbitos e nível de poluentes); O nível de felicidade de um casal depende da magnitude da distância geográfica entre as suas casas (variáveis: nível de felicidade e distância geográfica). Sampieri, Collado e Lucio (2013) mencionam as características básicas que uma hipótese deve ter no enfoque quantitativo: referir-se a uma situação real; possuir variáveis precisas e concretas; propor uma relação lógica entre as 14 variáveis; possuir variáveis e relações entre as mesmas observáveis e mensuráveis; estar relacionada com técnicas disponíveis para testá-la. Segundo Creswell (2007), neste enfoque, uma hipótese pode ser redigida com um caráter alternativo ou um caráter nulo. A hipótese nula é aquela que prevê que não há relação ou diferença entre os grupos em uma variável, ao passo que a hipótese alternativa prevê os resultados esperados para a população do estudo. É possível testar as hipóteses através de métodos estatísticos a partir dos quais o pesquisador faz inferências sobre uma população com base na amostra de estudo. Já no caso de uma pesquisa com enfoque qualitativo, a grande diferença é que a formulação das hipóteses não ocorre antes da coleta de dados; ao contrário, o pesquisador vai gerando hipóteses durante a coleta e aprimorando- as gradativamente (formulação a posteriori). Nesse caso, as hipóteses assumem uma característica mais geral e flexível a mudanças. Enquanto que na pesquisa quantitativa as variáveis são mensuradas, na qualitativa são descritas ou explicadas. Independentemente do enfoque da pesquisa, a hipótese é formulada mediante critérios e, por isso, deve se basear no conhecimento do tema e, quando o caso, na literatura específica. É válido mencionar que alguns autores, como é o caso de Creswell (2007), preferem trabalhar no enfoque qualitativo somente com questões de pesquisa ao invés de hipóteses. 15 SOS FORMATIVOS DE PROFESSORES DE ALFABETIZAÇÃO BIBLIOGRAFIA ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 7. ed., 2. reimpressão. São Paulo: Atlas, 2006. CHOTOLLI, W. P. A concepção geral da pesquisa. In: MAZUCATO, T. (org.). Metodologia da pesquisa e do trabalho científico. Penápolis: FUNEPE, 2018. p. 31- 37. CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. GONÇALVES, J. M. S. Ações sustentáveis em espaços educativos da Escola Municipal Professora Francisca de Almeida Caloi. 2022. 136 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica) – Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de São Paulo, São José dos Campos, 2022. GONSALVES, E. P. Conversas sobre Iniciação à Pesquisa Científica. 2. ed. Campinas: Editora Alínea, 2001. SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, M. P. B. Metodologia de Pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: Penso, 2013. SOUSA, A. S.; OLIVEIRA, G. S.; ALVES, L. H. A pesquisa bibliográfica: princípios e fundamentos. Cadernos da Fucamp, v. 20, n. 43, p. 64-83, 2021. Etapas do processo da pesquisa científica I Figura 1 – Estágios do processo de pesquisa científica no âmbito acadêmico. Antes de adentrar as fases, note que o pré-projeto é uma versão anterior e inicial do projeto, não havendo uma regra definida para sua elaboração. Geralmente contém uma pergunta de pesquisa que se pretende responder com o desenvolvimento do estudo, um... 1.1 Formulação do problema SOS FORMATIVOS DE PROFESSORES DE ALFABETIZAÇÃO BIBLIOGRAFIA
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