Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 4 METODOLOGIAS DE AUDITORIA EXTERNA Prof. Liezer Veloso 2 INTRODUÇÃO Com este conteúdo, será possível compreender melhor como fazer a auditoria, tendo em vista a importância dos documentos de auditoria, conhecidos popularmente como papéis de trabalho (work papers (WP)). Para o auditor registrar suas evidências, exames e provas, ele precisar gerar documentos que lhe permitem comprovar e rastrear os caminhos que lhe deram plena convicção para elaborar seu parecer. Simplesmente a opinião não pode ser gerada ao acaso e sem fontes cabíveis para isso. Saber redigir e estruturar os papéis de trabalho permite criar um fluxo de exames que possa ficar claro e coerente, tendo análise, comprovação e confirmação dos valores, teste, cálculos e ajustes que deverão ser feitos. Compreender e entender como elaborar os documentos de auditoria traz maior credibilidade e permite visualizar melhor as técnicas e metodologias que poderão ser usadas, assim torna o caminho mais rápido e eficiente. As possibilidades de gerar informações e exames são enormes, todavia, compete ao auditor sênior (mais experiente) ou sócio da firma de auditoria, auxiliar e supervisionar a criação dos programas de auditoria, como também contribuir para uma codificação clara, límpida e que seja capaz de cruzar todas as informações. Sabe-se que, na contabilidade, muitos valores são resultados e precursores de outros, para isso, compreender a relação direta e indireta permite avaliar o todo pela compreensão de como as partes foram geradas e contribuíram para alterar o patrimônio global da entidade. Os papéis de trabalho representam as fontes irrefutáveis de que o trabalho de auditoria foi realizado e apresenta como o processo de planejamento e execução da auditoria desencadeou, gerando provas e evidências que confirmam, atestam ou rejeitam os valores e informações reportadas pela companhia. O mecanismo de elaboração e revisão dos documentos de auditoria (WPs) devem ser encarados como a metodologia vital para se alcançar o objetivo da auditoria. Sem eles, o trabalho do auditor fica incompleto, negligente e imprudente, pois não atende às normas aplicáveis à auditoria externa. TEMA 1 – PAPÉIS DE TRABALHO Durante o processo de auditoria, são realizadas inúmeras conferências, recálculos, exames e confirmações. Como a gama de documentos e transações 3 da entidade auditada é enorme, inviabilizando a fotocópia (oneroso) e não podendo efetuar anotações nos originais, os papéis de trabalho suprem essa deficiência. Com isso, a equipe de auditoria gera alguns controles, formulários e documentos que fazem referência ao objeto auditado – os quais compreendem os papéis de trabalho. Como evidência do trabalho realizado pelo auditor, os papéis de trabalho contêm os dados apontados como prova e exame, os quais caracterizaram fonte para sua opinião. Tais papéis são de uso exclusivo e confidenciais, não podendo ser utilizados por qualquer um em benefício próprio ou para conceder ganhos e privilégios a outra qualquer. É interessante que os papéis de trabalho são de propriedade do auditor e não da empresa (Attie, 2018). Os papéis de trabalho (WPs) precisam conter alguns aspectos tidos como fundamentais, os quais dão estrutura, forma e sentido para sua elaboração e utilização. Isso porque o papel de trabalho representa a identidade, a paixão do auditor, os sentimentos que nortearam o exame e seu apreço durante a auditoria. “Representam o estilo de vida e o modus vivendi da pessoa do auditor. Nem sempre o que é claro e suficiente a um também o é a outros. O auditor deve perceber esse sentimento e relatar o que for necessário e claro a todos em geral” (Attie, 2018, p. 285). Visando ter uma padronização acerca da elaboração dos WPs, atualmente a NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria (2016) – é a norma norteadora para que toda documentação de auditoria (papéis de trabalho) possa ser elaborada, tendo objetividade, clareza e padronização, trazendo uniformidade para os registros de auditoria, podendo ser revisado e consultado por qualquer auditor. Também preza para garantir que todos os processos de auditoria seguiram o curso legal de auditoria (padrões nacionais e internacionais), dando maior confiabilidade ao trabalho da equipe de auditoria. 4 Quadro 1 – Aspectos essenciais dos papéis de trabalho CARACTERÍSTICAS, FORMA E OBJETIVOS DOS PAPÉIS DE TRABALHO 1. Os papéis de trabalho destinam-se também a: a) ajudar o entendimento, pela análise dos documentos de auditorias anteriores; b) facilitar a revisão do trabalho de auditoria; c) registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o relatório do auditor independente. 2. A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho podem ser afetados por questões como: a) natureza do trabalho; b) natureza e complexidade da atividade da entidade; c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade; d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe técnica; e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos. 3. O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu relatório. 4. A confidencialidade dos papéis de trabalho é dever permanente do auditor. Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor. Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos à disposição da entidade. Objetivos a) apoiar a organização dos testes e emissão de parecer; b) arquivar as evidências; c) proporcionar consultas rápidas sobre os dados analisados e raciocínio de testes; d) possibilitar revisões sobre os testes realizados; e) possibilitar reflexões sobre melhorias na metodologia de trabalho e testes. Conteúdo a) fonte dos dados (p. ex. quais relatórios, quem foram os entrevistados etc.); b) evidências e fatos relevantes identificados; c) escopo e planejamento de testes; d) conclusões. Cuidados a) informações claras e objetivas; b) deve conter todas as informações úteis para revisão futura; c) deve respeitar a tempestividade do trabalho; d) deve conter uma trilha de identificação dos cruzamentos. Fonte: NBC TA 230 (R1), citado por Lins, 2017, p. 72, e Mattos, 2017, p. 82-83. O Quadro 1 apresenta, de forma resumida, os elementos e as características para que um bom papel de trabalho cumpra com seu objetivo. É vital que o auditor desenvolva tais papéis de forma clara e objetiva e que registre somente os dados e informações que servirão de base comprovatória para firmar sua opinião. É possível fazer a documentação em meios físicos ou digitais, para tanto, ao finalizar a auditoria, todo arquivo gerado deve ser mantido para atender necessidades futuras, como revisão e consulta prévia em outra auditoria na mesma entidade. 5 1.1 Aspectos fundamentais dos papéis de trabalho • Completabilidade: os papéis precisam conter começo, meio e fim – devem ser completos. O planejamento é fator essencial nesse fundamento, pois ele relata o começo e detalha como todo processo de exame irá acontecer. Após isso, no processo de execução, observa-se a robustez do controle interno, visando identificar sua confiabilidade e exatidão aos processos da entidade, demonstrando a relatividade e relevância para o auditor configurar seu exame. Por meio dos objetivos, levanta-se a extensão e profundidade da auditagem. A execução das atividades e do julgamento do auditor permitirá que este chegue às evidências vitais que nortearão a sua opinião. Pode-se inferir que esse fundamento diz respeito ao sistema de auditoria, o qual engloba as fases e os meios para que se possa emitir o relatório de auditoria. • Objetividade: permeia o entendimento de que os papéis de trabalho devem conter somente as informações e dadosque tenham relevância para comprovação e evidenciação das provas. Conversas, reuniões e assuntos que foram discutidos em detalhes não precisam conter todo teor nos papéis. O auditor deve incluir somente aquilo que não pode ficar de fora, efetuar o registro dos aspectos que são materiais vitais para seu julgamento profissional. O cerne da objetividade recai sobre a qualidade e a quantidade do que será registrado e que trará indícios focais para seu exame e opinião. • Concisão: diz respeito à qualidade que algum leitor entenderá quando acessar os papéis de trabalho, assim qualquer auditor (revisão técnica ou conferência) poderá compreender o teor e relevância dos fatos registrados, pois há clareza e autossuficiência nos papéis de trabalho, até outra pessoa que não tenha participado do processo de auditagem, mas, porventura, tenha acesso e necessidade de visualizar, precisará compreender todo conteúdo sem que necessite de aporte explicativo verbal adicional. • Lógica: direciona que os papéis de trabalho precisam seguir uma coerência, denominada de raciocínio lógico, que permeia o roteiro dos fatos que conduziram alcançar os objetivos. Há vários caminhos durante a auditagem que serão realizados, para tal, é necessário que este, de forma gradativa, abra um novo caminho que seja necessário para atingir o resultado. A lógica, analogamente, seria fazer a base de um prédio, depois 6 os andares e o acabamento, não sendo coerente e possível começar a construção a partir do segundo andar. Observa-se que os fatos decorrem naturalmente de causa e consequência, do estágio anterior para o posterior, do planejamento para a execução. • Limpeza: decifra que o auditor precisa elaborar com muito cuidado todos os papéis de trabalho, visando que não contenha imperfeição ou incorreções. Tendo em vista a importância dos papéis de trabalho para a formação da evidenciação da prova e a opinião do auditor, é essencial que todo cuidado, “perfeccionismo” e “preciosismo” os cerquem, pois compreende-se que, na ausência de prova ou de dados e informações que não sejam irrepreensíveis, podem impactar diretamente na qualidade do resultado de auditoria. 1.2 Divisão dos papéis de trabalho Diante da matéria examinada, os documentos de auditoria devem formar um conjunto harmônico de dados e informações, os quais possam demonstrar o trabalho realizado, as técnicas e os procedimentos empregados. Alguns documentos são consultados, gerados e manipulados para casos e exames específicos, atendendo demandas oportunas. Outros podem servir de suporte da auditoria em execução, como também futuras. Por exemplo, o controle interno ou a ata de constituição são documentos que podem ser consultados em várias auditorias, mas o exame realizado no contas a receber tem característica específica. Diante desses aspectos, os documentos de auditoria podem ser classificados em pastas de papéis permanentes e pasta de papéis em curso (temporário). • Pasta de papéis permanentes: representam documentos com informações que contêm as bases cruciais para auditoria, tendo duração maior, pois tais documentos podem ter repercussão no patrimônio da empresa por alguns exercícios. Documentos como: contrato social ou estatuto; formulários, normas, manuais e instruções acerca de procedimentos internos; atas de reuniões (cópias) e contratos de empréstimos e financiamentos. Estes têm maior participação nos atos e fatos administrativos e contábeis, pois, além do impacto financeiro, podem 7 determinar como os registros e as operações da empresa serão desenvolvidas. • Pasta de papéis em curso (temporários): representam a gama de documentos, dados, informações e exames que foram realizados durante o processo de auditoria. Eles procuram validar e evidenciar as provas, os testes e procedimentos realizados especificadamente na auditoria em curso. Alguns exemplos destes: testes e exames realizados nas contas patrimoniais; revisão de conciliações bancárias, testes e exames realizados no controle interno antes do início da auditoria, o programa de auditoria detalhado. É importante manter os documentos de auditoria com zelo, cuidado e dentro das prerrogativas legais, assim o trabalho do auditor é facilitado pela organização, eficiência e eficácia do documento, contribuindo para análise e julgamento profissional mais assertiva. Saiba mais Como estruturar os papéis de trabalho da auditoria de processos – Auditoria de processos – aula 8 disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Y8pbmhSLyVc>. Acesso em: 29 jun. 2022. Organização de papéis – Auditoria de balanço – aula 7 disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mjEbpP5nPhw>. Acesso em: 29 jun. 2022. TEMA 2 – ORGANIZAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO Serve para manter os dados e as informações de forma que se possa examinar, identificar, resgatar e avaliar todo o processo de auditoria, não se trata de um capricho apenas, mas um método que torne a informação mais acessível, com rapidez e com teor informacional maior. O padrão adotado pelos auditores deve priorizar a qualidade e a agilidade necessária, tendo uniformidade, garante eficácia para a conferência, a revisão e a validação das informações registradas nos documentos de auditoria. Para dispor de uma organização que tenha efetividade, é necessário conter distribuição do trabalho realizado nos papéis de trabalho; codificação dos papéis de trabalho e indicação dos exames nos papéis de trabalho. 8 2.1 Distribuição do trabalho realizado nos papéis de trabalho Muitos detalhes são importantes ao se fazer exames e análises, como também na criação do programa de auditoria, por isso, é importante que as tarefas e as atividades sejam descritas de forma que não se perca nenhum detalhe. “O layout do papel de trabalho é de extrema importância, pois uma tarefa de auditoria envolve, por vezes, tantos detalhes, que itens importantes e que requerem grande atenção podem passar despercebidos por deficiências causadas em sua elaboração” (Attie, 2018, p. 288). Para elaborar com maior racionalidade, lógica e clareza, o auditor precisa se questionar acerca das evidências que necessitará obter, para isso, pode-se indagar: Qual a forma mais adequada de colocá-las? Quais evidências terão maior relevância neste ou em outro tipo papel de trabalho? Quais tamanhos e divisão das colunas presentes nos papéis? Qual modelo de papel mais apropriado? Aqui observa-se que os WPs irão direcionar e estruturar a forma como o trabalho e as evidências serão registradas. Isso permite que o auditor tenha em mente quais os meios, métodos, tarefas e atividades que deverão ser realizadas para que sua opinião possa ser gerada com maior fidedignidade. 2.2 Codificação dos papéis de trabalho Em virtude de a contabilidade ser registrada usando códigos de controles e referências, como o plano de contas (códigos do razão, centros de custos, unidades, filiais etc.), tal mecanismo apresenta-se como método facilitador de estruturar os processos e as informações, isso não poderia ficar de fora dos papéis de trabalho. A codificação nos documentos de auditoria apresenta a linguagem formal, a rastreabilidade, a identificação do que, onde, quanto, qual referência poderá ser cruzada em outro papel de trabalho. Uma codificação objetiva facilitar todo trabalho de busca, recuperação de informações e maior análise do todo pelas partes que as compõem. A codificação dos papéis de trabalho é convencionada geralmente com a utilização de letras maiúsculas, obedecendo a uma sequência lógica e racional, procurando sempre resumir os trabalhos realizados em um jogo de papéis que, em seu conjunto, representarão todo serviço executado. Regra geral, em cada um dos papéis de trabalho existe espaço apropriado para a indicação de sua codificação. (Attie, 2018, p. 288) 9 Os WPs precisam conter informaçõesimportantes, como um cabeçalho que apresente a empresa, unidade, data do exame, objetivos, operação, atividade, auditor responsável, revisor etc. A codificação deverá ser estruturada com base na atividade e nos procedimentos a ser realizado. Desta forma, pode- se usar a codificação das contas patrimoniais e de resultados, codificar as áreas, setores, departamentos ou processos – financeiro, vendas, marketing, contabilidade, compras, tesouraria etc. O mais importante é que a codificação seja objetiva e expresse o melhor caminho adotado para registro do WP. Para maior compreensão sistémica dos fatos auditados, a codificação é feita denominando o papel de trabalho mestre e o papel de trabalho subsidiário, como as contas sintéticas e analíticas. Observe o quadro a seguir. Quadro 2 – Codificação do papel mestre e subsidiário CODIFICAÇÃO DESCRIÇÃO DETERMINAÇÃO BL Balanço Papel de trabalho mestre C Resumo de estoques. Papel de trabalho mestre de estoques, mas subsidiário do balanço. C-1 Resumo de matérias-primas. Papel de trabalho subsidiário da área de estoques. C1-1 Lista de matérias-primas da filial de São Paulo. Papel de trabalho subsidiário da área de estoques. C1 – 1 1 Resumo da contagem física realizada na filial de São Paulo. Papel de trabalho subsidiário da área de estoques. C1 – 1 1 – 1 Detalhamento da contagem física realizada na filial de São Paulo de um item. Papel de trabalho subsidiário da área de estoques. Fonte: Attie, 2018, p. 289. Por meio da codificação, é possível identificar as informações, exames e valores, permitindo ao auditor fazer referências cruzadas. Muitas informações apresentadas nas DCs são resultados de junções de toda empresa, que, de forma sintética (papel mestre), não é possível identificar cada detalhe, por isso, usa-se os aspectos analíticos (papel subsidiário). No quadro anterior, observa-se que os valores que estão na conta estoque no balanço estão esparsas em tipos de matérias-primas e por filiais. Para tanto, para encontrar o valor real do estoque, é necessário examinar o estoque de todas as filiais. Assim, no exame de auditoria, aponta-se a codificação para amarrar as informações, podendo observar qual a relação direta e indireta entre tais elementos. 10 2.3 Tiques, letras e notas explicativas Como o trabalho de auditoria é baseado em evidências e exames, o auditor necessita apontar os dados e informações que foram analisados e que dão suporte para sua decisão, ou seja, os valores em um documento podem ter explicações oriundas de outro documento, ou uma informação suportada no balanço pode ser esmiuçada em diversos exames, para tanto, é vital que tudo seja indicado, de forma que seja autoexplicativo. Os meios para isso, além da codificação, repousam nos elementos a seguir. Quadro 3 – Tipos de indicações dos exames nos papéis de trabalho Os tiques explicativos são sinais peculiares que o auditor utiliza para indicar um exame praticado. Geralmente, são empregados para indicar a fonte de obtenção ou conferência de um valor, sendo desnecessário maiores explicações. A título ilustrativo, o auditor confere determinado valor de despesas de propaganda com o razão e constata sua adequação. Tal exame é indicado por intermédio de um tique explicativo comentado do exame praticado da conferência com o razão. As letras explicativas correspondem aos exames praticados pelo auditor; necessitam de uma explicação adicional ao exame efetuado. Invariavelmente, as letras explicativas são usadas com o emprego de letra minúscula do alfabeto que identifica algo mais do que uma simples conferência documental. Exemplificando, temos o caso em que o auditor examina uma despesa através da documentação-suporte. Caso tal exame nada tenha identificado de anormalidade, a indicação do exame poderia ser feita através de um tique explicativo. Entretanto, caso haja uma exceção, como falta de comprovantes, aprovação etc., a indicação do exame praticado necessita ser acionada nas informações constatadas, o que geralmente é realizado com a utilização de letras explicativas. As notas explicativas correspondem aos exames praticados pelo auditor; geralmente, têm conotação de ordem geral e não podem ser indicadas através de tiques e letras explicativas. Como exemplo, podem-se indicar a definição de extensão de um trabalho realizado; a definição dos critérios utilizados para a seleção dos valores a serem praticados; o procedimento de confirmação; a seleção dos itens de estoque identificados para a contagem física; o relacionamento de exames praticados entre áreas afins como imobilizado e despesas de manutenção e reparos, e assim por diante. Fonte: Attie, 2018, p. 290-292. Observa-se que as notas explicativas possuem maior detalhamento do exame e das constatações realizadas pelo auditor, por isso, a nota precisa abordar de forma mais densa e profunda um texto que exprime com maior clareza e objetividade a evidência encontrada. As letras são pequenas informações que possuem grande significado e valia na evidência, funciona como uma legenda que traz maior informação acerca do objeto. Os tiques são símbolos acordados entre os auditores que dizem respeitos a uma situação do exame. Observe a exemplificação a seguir. 11 Quadro 4 – Exemplos de tiques e letras explicativas Saiba mais Aula 4 – Documentação de auditoria – Série revisando seus estudos – Auditoria Contábil: <https://www.youtube.com/watch?v=o4WcdLmpLUA>. TEMA 3 – TIPOS DE PAPÉIS DE TRABALHO Os papéis de trabalho servem como meios comprovatórios, de confirmação que o trabalho de auditoria foi realizado, manifesta o método e como o auditor conseguiu obter as evidências e qual o teor delas. Em suma, os WPs servem de confirmação e base fidedigna para que a opinião do auditor possa ser elaborada. É importante observar que há alguns modelos de documentos de auditoria mais utilizado (WPs) pelos auditores, todavia, ocorre algumas variações e adaptações conforme o julgamento profissional e diante dos procedimentos adotados na auditagem. Segundo Attie (2018, p. 292), os papéis de trabalho mais utilizado são: “lançamento de ajustes e/ou reclassificação; ponto de recomendação; memorando; balancete de trabalho; análise; conciliação e programa de auditoria”. 3.1 Lançamento de ajuste e/ou reclassificação As grandes corporações efetuam dezenas de milhares de lançamentos durante seu exercício social. Mesmo dispondo de pessoal competente e gabaritado, erros e irregularidades podem surgir, mesmo que não intencionalmente. Falta de atenção, engano ao utilizar códigos contábeis, pressão por prazos, esquecimento de reclassificações e ajustes, ainda, ausência de 12 conferência e controles na escrituração são alguns exemplos que podem apresentar DCs com informações incorretas. Ao identificar que uma escrituração foi feita de forma errada, o auditor elabora um WP evidenciando o erro e como deve ser feita a regularização. Precisa mencionar as contas que deverão ser creditadas ou debitadas, os respectivos valores, ajustes no histórico e, também, computar a data correta. Esse tipo de procedimento é muito comum em auditoria, em que alguns lançamentos precisam ser ajustados de forma que expresse a realidade da transação – fato e ato contábil e/ou administrativo. A companhia precisa, nesse instante, avaliar as irregularidades e proceder ou não com os ajustes, os quais passarão novamente pela conferência da auditoria, visto que as DCs terão outros teores informacionais. A equipe de auditoria precisa avaliar a quantidade de erros e irregularidades, lembrando os aspectos da materialidade e relevância e, assim sendo, deve apontar sua opinião com ou sem ressalva, diante da decisão da entidade auditada em proceder ou não com os ajustes. O julgamento profissional é determinante para avaliar o tipo de opinião a ser concedida em conformidade com asatitudes de correções da entidade. 3.2 Ponto de recomendação Os processos, procedimentos e toda estrutura burocrática da organização, mesmo diante de um controle interno pujante e blindado, pode acontecer do auditor identificar que um, ou mais processos, atividades ou até tarefas apresentam fraquezas, as quais podem impactar na escrituração contábil, tornando os dados e informações reportadas com grau de assertividade menor, não representando a realidade concernida. Visto que o auditor passa por inúmeras companhias, atua na busca e confirmação de evidências, este possui “faro” e um portifólio empírico e profissional capaz de visualizar algumas fraquezas, as quais a organização por si só e até com aporte de consultoria não conseguiria. Como “plus” da auditagem e não sendo seu objetivo, o auditor prepara um papel de trabalho que apresente as fraquezas e suas recomendações para apreço da entidade, a qual chame sua atenção acerca dos procedimentos identificados com falhas. Com isso, o auditor apresenta as falhas e sugere quais melhorias identifica como melhores à companhia. 13 3.3 Balancete de trabalho, análise e conciliação Quadro 5 – Balancete de trabalho, análise e conciliação Fonte: Attie, 2018, p. 293. 3.4 Memorando “O memorando é utilizado para subsidiar trabalhos realizados pelo auditor, dando a estes uma sequência mais longa ou um breve resumo dependendo das circunstâncias que são utilizadas” (Attie, 2018, p. 293). Um exame in loco no estoque de produtos acabados da entidade pode necessitar muito mais de um simples “tudo nos conformes”. O auditor pode explicar as razões e convicções que lhe deram condições de confirmar exatidão ou apontar distorções nas informações, pela observação pessoal do processo. Assim, o memorando seria descritivo, abordando: data, horários, sujeitos, procedimentos executados, falhas observadas e erros operacionais e no sistema utilizado. 3.5 Programa de auditoria Esse WPs é de extrema importância para planejamento e execução da auditoria. Por meio dele, estabelecem-se os objetivos e os trabalhos que serão • O balancete de trabalho, também denominado como balancete do razão, é a base fundamental para o trabalho de auditoria. Todos os demais papéis de trabalho, de alguma forma, com ele se relacionam, apenas diferenciando por este ser mais sintético, conquanto os demais são analíticos. É uma relação das contas extraídas do livro Razão, com seus saldos devedores ou credores. BALANCETE DE TRABALHO • A análise é preparada para a explicação da composição do saldo da conta examinada com o objetivo de um exame de profundidade dos lançamentos ou valores que a compõem. ANÁLISE • A conciliação é geralmente preparada para explicar diferenças existentes entre duas ou mais fontes de informações. CONCILIAÇÃO 14 realizados. Serve como um roteiro e cronograma das ações que compete aos auditores realizarem. Para um processo mais detalhado e completo, é importante que se elabore um programa de auditoria para cada área ou item do balanço que será auditado. Quadro 6 – Exemplo de um programa de auditoria Logo da Empresa PROGRAMA DE AUDITORIA EXTERNA – 20X1 Cliente: Dunas S.A | Data: 31/12/X1 Área: Clientes Objetivos do exame: a) assegurar que os valores são procedentes e corretamente avaliados e classificados; b) assegurar que são realizáveis; c) verificar se estão livres de ônus reais. Análise: Descrição (ações) A ud ito r Fr eq . (m es es ) St at us M ês 1 M ês 2 M ês (. ..) Elabore um WP contendo os dados do balanço final. Prog. Ações: Ações: Ações: Objetivos Objetivos Objetivos Realiz ado Obtenha listagem dos saldos individuais e confronte com o total do balanço. Prog. Ações: Ações: Ações: Objetivos Objetivos Objetivos Realiz ado Com base na listagem de saldos de clientes, por meio de seleção aleatória, selecione os clientes que serão objeto de circularização e elabore WP. Prog. Ações: Ações: Ações: Objetivos Objetivos Objetivos Realiz ado Para as duplicatas descontadas, confirme o saldo na circularização de bancos na área do disponível, bem como o seu registro no passivo circulante. Prog. Ações: Ações: Ações: Objetivos Objetivos Objetivos Realiz ado Elabore WP por prazo de vencimento e analise as discrepâncias visando à constituição da PECLD, se aplicável. Prog. Ações: Ações: Ações: Objetivos Objetivos Objetivos Realiz ado Confirme com o setor jurídico do cliente a inexistência de garantias dadas sobre a conta clientes. Prog. Ações: Ações: Ações: Objetivos Objetivos Objetivos Realiz ado Equipe: Ti qu es * Conforme doc original Observações: Carlos (CS) ζ Conforme DCs Mestre Mariana (MC) ∑ Cálculo conferido Henrique (HS) ¥ Visto auditor respons. Data de elaboração: Jonas (JN) æ Conforme o sistema Elaborado por: Fonte: Lins, 2017, p. 74. Observe no Quadro 6 a clareza e direcionamento que o programa concede aos auditores. Fica fácil de observar se tal procedimento e planejamento será capaz de angariar as evidências que a auditoria necessita, como também a 15 qualidade da informação que deverá ser confirmada e o procedimento adotado. Caso a equipe julgue a ação ineficaz ou que precisem ser ampliadas as tarefas, basta ajustar o programa, visando maior eficácia dos procedimentos a serem executados. Saiba mais Aula 5 – Programas de auditoria – Série revisando seus estudos – Auditoria Contábil disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Tw58L7QtLw8>. Acesso em: 29 jun. 2022. Papéis de Trabalho de Auditoria disponível em: <https://portaldeauditoria.com.br/papeis-de-trabalho-de-auditoria-interna- 2/#:~:text=Os%20Pap%C3%A9is%20de%20Trabalho%20devem%20ser%20pre parados%20tendo%2Dse%20em,algum%20aspecto%20a%20%C3%A1rea%20 auditada>. Acesso em: 29 jun. 2022. TEMA 4 – REVISÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO Diante da seriedade dos documentos de auditoria, sua relevância e objetividade para formar a opinião do auditor, os papéis de trabalho precisam expressar a mais pura verdade acerca da realidade reportada. Desta forma, os procedimentos de auditoria realizados, os exames, as conferências que deram sentido às evidências precisam ser testadas, colocadas em prova por um processo de revisão dos papéis de trabalho. A revisão nos WPs atende aos critérios e normativas da NBC PA 01 – Gestão de Qualidade para Firmas (pessoas jurídicas e físicas) de Auditores Independentes. A norma anterior preza em manter a qualidade dos trabalhos de auditoria, em que o processo de revisão tange como uma etapa crucial da auditoria, dando maior credibilidade e confiança para opinião do auditor. Com isso, os trabalhos realizados por trainee, auditores assistentes e demais precisam passar por uma revisão pelo auditor sênior, sócio ou auditor responsável e nomeado para isso. 16 Quadro 7 – Responsabilidades, supervisão e revisão do trabalho • As normas profissionais ou os requisitos legais e regulatórios aplicáveis podem incluir disposições específicas sobre a responsabilidade geral do sócio do trabalho. Por exemplo, a NBC TA 220 trata da responsabilidade geral do sócio do trabalho por gerenciar o trabalho e alcançar a sua qualidade, além de estar suficiente e apropriadamente envolvido durante todo o trabalho, incluindo a responsabilidade por direcionar e supervisionar a equipe de trabalho e revisar seu trabalho. Exemplos de direcionamento, supervisão e revisão • O direcionamento e a supervisão da equipe de trabalho podem incluir: • acompanhar o andamento do trabalho. • Considerar o seguinte em relação aos membros da equipe de trabalho: • se entendem as instruções recebidas; • se o trabalho está sendo executado de acordo com a abordagem planejada; • tratar dos assuntos que surgemdurante o trabalho, considerar sua importância e modificar a abordagem planejada de maneira apropriada; • identificar assuntos para consulta a membros mais experientes da equipe de trabalho, ou para sua consideração, durante o trabalho; A revisão do trabalho executado pode incluir considerar se: • o trabalho foi realizado de acordo com as políticas ou procedimentos da firma, as normas profissionais e os requisitos legais e regulatórios aplicáveis; • foram levantados assuntos significativos para consideração adicional; • foram feitas as consultas adequadas e, quando aplicáveis, documentadas e implementadas as conclusões resultantes; • há necessidade de revisar a natureza, a época e a extensão do trabalho planejado; • o trabalho executado suporta as conclusões obtidas e está adequadamente documentado; • a evidência obtida para trabalho de asseguração é suficiente e apropriada para suportar o relatório; • os objetivos dos procedimentos do trabalho foram alcançados. Fonte: NBC PA 01, 2016. Desta forma, a revisão dos documentos de auditoria (WPs) procura verificar se todos os programas de auditoria foram finalizados, assinados e referenciados. Apontar, caso as falhas do controle interno foi levando em consideração e apontada no escope do exame. Constatar se foi realizada corretamente as análises específicas, tendo clareza, extensão, natureza e os períodos em que os procedimentos foram aplicados. Avaliar se as DCs possuem codificação capaz de referenciar (cruzamento) com os WPs, assim avalia que o exame foi aplicado naquele objeto e teve confirmação das evidências. Ainda a revisão objetiva avaliar se todos os processos de auditagem e as informações reportadas atendem às normas aplicáveis a: elaboração, examinação, conferência, divulgação e revisão de toda documentação examinada pela auditoria. 17 Saiba mais Acerca dos papéis de trabalho, como tudo funciona de forma prática e exemplificada, você poderá se aprofundar lendo o capítulo 11 – Exemplo prático do uso de procedimentos de auditoria e a elaboração de papéis de trabalho em ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018. TEMA 5 – ATIVIDADE PRÁTICA II: PROGRAMA DE AUDITORIA A Companhia Alfa é composta por uma unidade industrial produtiva e duas filiais de vendas, em que, juntas, contém 70% de todo valor do estoque da companhia. A empresa utiliza, em seu escopo, duas matérias-primas (A e B), ainda estoques de materiais de expediente, higiene, produtos químicos e materiais diversos. O estoque de produtos acabados é composto pelos produtos X, Y e Z. Dentro do planejamento de auditoria, observou-se que o valor do estoque possui relevância e materialidade para auditagem, desta forma, pede-se para elaborar de forma objetiva o programa de auditoria e a codificação básica que permita viabilizar a auditora, tendo enfoque nas ações específicas ao estoque geral. Para entendimento, foram extraídas as seguintes informações do balanço. ITEM VALOR PERCENTUAL Estoques 15.670 % Produto Acabado 10.975 70,0% Produto X 4.150 26,5% Produto Y 1.475 9,4% Produto Z 5.350 34,1% Matéria-prima 3.775 24,1% Matéria-prima A 2.150 13,7% Matéria-prima B 1.625 10,4% Material de expediente 695 4,4% Materiais diversos 225 1,4% 18 Diante das informações, pede-se: a) Construa uma codificação que permita o caminho mais assertivo para cruzar e referenciar as informações. CODIFICAÇÃO DESCRIÇÃO DETERMINAÇÃO b) Elabore um programa de auditoria que possa nortear com eficiência e eficácia a auditagem do estoque. Escreva os objetivos do exame, a descrição das ações, coloque X nas colunas das semanas quando a ação for nela, crie cinco tiques e sua correspondência. PROGRAMA DE AUDITORIA EXTERNA – 20X1 Cliente: Companhia Alfa Objetivos do exame: a) b) c) Análise: a) Descrição (ações) Auditor Programado x Realizado Semana 1 Semana 2 Semana 3 Programado Realizado Programado Realizado Programado Realizado Programado Realizado Programado Realizado Programado Realizado Equipe: Ti qu es Observações: 1) 2) 3) Data de elaboração: 4) Elaborado por: 19 Sem os papéis de trabalho, a execução da auditoria ficaria vaga, sem bases comprovatórias – não apresentaria evidências documentadas que pudessem conduzir a opinião do auditor. É importante que toda equipe de auditoria tenha conhecimento dos códigos e habilidades na elaboração e conferência dos WPs, visto que eles confirmam o trabalho realizado e como desencadeou todo processo. Um programa de auditoria deve ter enfoque no objeto a ser auditado, os procedimentos e técnicas (ações) que deverão ser executadas devem seguir um curso racional e lógico, que possa desvendar as provas confirmatórias para o relatório de auditoria. O sigilo, a guarda e o zelo devem fazer parte em todo processo de auditoria, principalmente no quesito papéis de trabalho. 20 REFERÊNCIAS ALVES, A. Auditoria contábil avançada. Porto Alegre: SAGAH, 2017. ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018. FAVERO, F. Responsabilidade civil dos auditores independentes: uma análise da sua função e critérios para sua responsabilização. São Paulo: Almedina, 2018. LINS, L. dos S. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa – contém exercícios. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017. MATTOS, J. G. de. Auditoria. Porto Alegre: SAGAH, 2017. NBC TA. Estrutura Conceitual. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 2015. NBC TA 200 (R1). Objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 2016. PEREZ JUNIOR J. H.; OLIVEIRA, L. M. de. Auditoria de demonstrações contábeis: testes, casos práticos e exercícios. São Paulo: Atlas, 2004. 21 RESPOSTA DA ATIVIDADE PRÁTICA II – PROGRAMA DE AUDITORIA a) Construa uma codificação que permita o caminho mais assertivo para cruzar e referenciar as informações. CODIFICAÇÃO DESCRIÇÃO DETERMINAÇÃO B Balanço patrimonial Papel de trabalho mestre BE Resumo dos estoques Papel de trabalho mestre de estoques, subsidiário do balanço patrimonial BE – 1 Resumo dos produtos acabados Papel mestre dos estoques produtos acabados e subsidiário do estoque no balanço BE – 1 – 1 Lista de produtos filial 1 Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 1 – 1 Lista de produto X Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 1 – 1.1 Contagem e exames produtos x Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 1 – 2 Lista de produto Y Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 1 – 2.1 Contagem e exames produtos Y Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 1 – 3 Lista de produto Z Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 1 – 3.1 Contagem e exames produtos Z Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 2 Lista de produtos filial 2 Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 2 – 1 Lista de produto X Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 2 – 1.1 Contagem e exames produtos X Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 2 – 2 Lista de produto Y Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 2 – 2.1 Contagem e exames produtos Y Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 2 – 3 Lista de produto Z Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 1 – 2 – 3.1 Contagem e exames produtos Z Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 2 Resumo das matérias- primas Papel mestre dos estoques de matéria-prima e subsidiário do estoque no balanço BE – 2 – 1 Lista matéria-prima A Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 2 – 1.1 Contagem e exames matéria-prima A Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 2 – 2 Lista matéria-prima B Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 2 – 2.1 Contagem e exames matéria-prima B Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 3 Resumo material de expediente Papel mestre dos estoques de material de expediente e subsidiário do estoque no balanço BE – 3.1 Contagem e exames material de expediente Papel de trabalho subsidiário da área de estoques BE – 4 Resumo materiais diversos Papel mestre dos estoques de materiais diversos e subsidiário do estoque no balanço BE – 4.1 Contagem e exames materiais diversos Papel de trabalho subsidiário da área de estoques 22 Observe que o professor qualificou os estoques de produto acabado, matéria-prima, material de expediente e materiais diversos como sendo plano mestre no grupo do respectivo estoque, apenas para compreender o valor total deles e quais informações estão a seguir. Essa ramificação torna mais claro como será referenciado nos papéis de trabalho. b) Elabore um programa de auditoria que possa nortear com eficiência e eficácia a auditagem do estoque. Use o modelo a seguir, apresente somente os aspectos acerca do programado. PROGRAMA DE AUDITORIA EXTERNA – 20X1 Cliente: Companhia Alfa Objetivos do exame: a) Definir a existência de um controle eficiente para os estoques. b) Confirmar que o estoque de fato pertence ao cliente. c) Verificar e confirmar que o preço do estoque atribuído pelo cliente está conforme. d) Determinar se existe responsabilidade sobre o estoque. e) Definir o modo correto de evidenciação do estoque mediante as demonstrações financeiras Análise: Descrição (ações) Auditor Programado x Realizado Semana 1 Semana 2 Semana 3 Apurar a movimentação das entradas e saídas dos produtos acabados no último semestre. Programado x x Realizado Apurar a movimentação das entradas e saídas das matérias-primas no último semestre. Programado x x Realizado Conferir as baixas de materiais danificados e obsoletos em ambos os estoques. Programado Realizado x x Calcular os custos atribuídos aos estoques. Programado x x x Realizado Calcular o giro do estoque, o estoque médio e confrontar com baixas e o custo do produto vendido. Programado x Realizado Analisar os controles e procedimentos que envolvem os estoques. Programado x x Realizado Equipe: Ti qu es * Valores conforme Observações: 1) Maria / Documentos adicionais 2) Marcos - Erros de cálculo 3) João + Conferido Data de Elaboração: Junho/20X1 4) Cláudia X Conforme o sistema Elaborado por: Liezer Veloso Diante dos objetivos da auditagem, é possível descrever as ações que deverão ser realizadas, assim os exames e procedimentos de auditoria serão na busca dos objetivos a serem alcançados.
Compartilhar