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BARROCO I

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BARROCO I
1. As primeiras teorias a respeito do Barroco surgiram no fim do século XVIII, pautadas comparativamente à produção artística caracterizada pela estética classicista desenvolvida no Renascimento. Os seus críticos consideravam os fenômenos artísticos pós-renascentistas como extravagantes, confusos e bizarros, pois rompiam completamente com os rígidos princípios compositivos clássicos. Não há concordância quanto ao surgimento do termo Barroco, porém várias referências bibliográficas identificam a origem do termo de forma consensual, como sendo um termo originário:
da Península Ibérica, que significa pérola de origem irregular.
2. A reação da Igreja Católica à Reforma Protestante construiu o cenário do surgimento e da consolidação do Barroco europeu. O Concílio de Trento determinou que a arte sacra deveria cumprir o papel propagandista de atrair os fiéis e incentivar a devoção, fortalecendo a imagem do catolicismo. Desde então, a arte viu surgir iniciativas em que as emoções dos espectadores são fortemente impactadas por arquiteturas cenográficas, pinturas com apelo dramático e esculturas dinâmicas e expressivas. No que diz respeito ao caráter religioso, a Reforma Protestante provocou mudanças em relação à submissão das nações à Igreja Católica, favorecendo o aparecimento:
dos governos absolutos que propagaram a arte barroca como símbolo de poder.
3. Em todas as categorias artísticas, as obras barrocas manifestaram princípios coerentes, embora o próprio estilo tenha englobado várias ramificações e se apresentado de formas diferentes em cada país e em suas diversas esferas da cultura. A arte barroca estava comprometida com a nova realidade europeia – Contrarreforma e Absolutismo –, tendo o compromisso de anunciar os seus valores. Em relação às religiosidades barroca e renascentista expressas nas obras de arte (considerando a arquitetura, a pintura e a escultura), é correto afirmar que:
a estética renascentista propunha uma interpretação idealizada das sagradas escrituras; e a estética barroca combinava misticismo e sensualidade, a religião era ligada a uma visão de mundo aberta.
4. Os artistas italianos foram os primeiros a inaugurar a linguagem barroca, que logo depois foi assimilada e adaptada às realidades e tendências nacionais dos outros países europeus. A mudança de ênfase da regularidade, intelectualidade e racionalidade para o movimento, a assimetria e a energia das obras de arte atestam a genialidade dos italianos na adoção de uma gramática que atendia às expectativas dos patrocinadores do Barroco. A característica fundamental estudada e assimilada por vários mestres barrocos europeus, atribuída a um grande artista barroco italiano é:
o estilo luminista de Caravaggio.
5. O Barroco chega ao Brasil no século XVIII através dos colonizadores portugueses, manifestando-se como uma combinação de diversas tendências europeias somadas às características locais. Os construtores tiveram que adaptar os edifícios religiosos às condições geográficas e à disponibilidade de matéria-prima das regiões brasileiras onde o Barroco ocorreu. Assim, o Barroco brasileiro se manifestou de forma peculiar. As igrejas barrocas brasileiras são marcadas pelo contraste entre:
a simplicidade dos exteriores e a rica decoração dos interiores.

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