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Às Urnas, Cidadãos! As eleições no Império eram um evento de grande importância. Todos queriam participar usando o que de melhor dispunham: roupas, sapatos e muitas outras coisas. Até a Reforma de 1881, as eleições eram indiretas, o povo era dividido em dois grupos: votantes e eleitores. A maioria os votantes escolhiam os eleitores, que por sua vez elegiam os deputados e senadores. O que determinava o lugar de cada cidadão quanto a ser votante ou eleitor era relacionado sua renda. As eleições eram realizadas com uma periodicidade de quatro anos para a escolha dos deputados, vereadores e juízes de paz; e de dois em dois anos para eleição dos deputados da província; já o senado era vitalício, só ocorrendo votação em caso de morte. As eleições eram marcadas por grandes violências, que tinham por motivos a rivalidade dos dois partidos imperiais: liberais e conservadores. As rixas dos dois lados iam do âmbito político até questões pessoais como brigas entre famílias e delimitações de terras. Os candidatos que eram escolhidos, de modo algum causavam surpresas, pois os vitoriosos faziam parte do partido da situação que contavam com o auxilio da máquina governamental. Nas últimas décadas do Império, já havia mais liberdade de voto, acarretando uma grande barganha pelos votos. Os Meetings eram os equivalentes aos comícios de hoje e tinham como propósito a obtenção de votos. Mas com a Reforma de 1881, que ficou conhecida como Lei Saraiva os que eram aptos a votarem, foram reduzidos para 1% da população. Era agora pré-requisito para participar das votações, alfabetização e prova documental de renda que antes poderia ser substituído por o testemunho de uma pessoa idônea. Enfim, o caminho para as eleições diretas que conhecemos hoje passou por um árduo caminho, cheio de altos e baixos.
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