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PROVAS: CONFISSÃO 2 PROCESSO PENAL ���������������������������������������������������������������������������������������������������3 PROVAS �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������3 CONFISSÃO �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3 OFENDIDO ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 4 PROCESSO PENAL 3 PROCESSO PENAL PROVAS CONFISSÃO Confessar é reconhecer a autoria da imputação ou dos fatos objeto da investigação. Não possui valor absoluto, pois o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação, o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz DEVERÁ confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. NATUREZA JURÍDICA: trata-se de um meio de prova qualquer. Outros pontos também importantes são: ͫ NÃO se pode mentir em relação à qualificação (sob pena de autoacusação falsa); ͫ A confissão NÃO supre o exame de corpo de delito; ͫ O silêncio NÃO importa confissão; ͫ A confissão deve ser voluntária, expressa e pessoal. Art. 198. O silêncio do acusado NÃO importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz. ͫ É DIVISÍVEL E RETRATÁVEL: significa que o juiz poderá dividir o depoimento em partes e aproveitar o que for conveniente. A retratabilidade significa que poderá o réu retratar-se a respeito de alguma parte da confissão ou até mesmo de tudo; Art. 200. A confissão será DIVISÍVEL E RETRATÁVEL, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. ATENÇÃO! A confissão fora do interrogatório (processo), será tomada por termo nos autos, observado o disposto no art. 195. A doutrina subdivide alguns tipos de confissão, mas as de importância para os concursos são: ͫ Confissão judicial: é aquela realizada em juízo, com o crivo do Juiz; ͫ Confissão extrajudicial: realizada durante o inquérito ou fora da fase processual; ͫ Confissão simples: é aquela em que o suspeito confessa um crime; ͫ Confissão complexa: é aquela em que o suspeito confessa mais de um crime; ͫ Confissão qualificada: o réu confessa o fato, agregando novos elementos para excluir a responsabilidade penal. JURISPRUDÊNCIA: 4 Súmula 545, STJ: Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no art. 65, III, d, do Código Penal. Súmula 630, STJ: A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio OFENDIDO É a vítima identificada do suposto crime, a qual presta as suas declarações, contribuindo para solucionar o fato. O ofendido não é testemunha, não podendo ser tratado como tal. NATUREZA JURÍDICA: meio de prova (STF). COMPARECIMENTO: obrigatório, sendo que a ausência importará em condução coercitiva e o ofendido poderá responder por desobediência (STJ, AgRg no HC 506.814 – 2019). Na ação penal privada, a ausência gera a perempção. COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE: NÃO HÁ compromisso de dizer a verdade, pois o ofen- dido não é testemunha. Caso o ofendido falte com a verdade de forma intencional, fazendo com que o réu seja injustamente processado, será responsabilizado criminalmente por denunciação caluniosa. São DIREITOS do ofendido: ͫ Informação sobre o ingresso e a saída do acusado da prisão, designação de data para audiência e sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem (para recorrer supletivamente); ͫ Comunicação: endereço ou meio eletrônico (por opção do ofendido); ͫ Espaço em separado no tribunal; ͫ Atendimento multidisciplinar (às expensas do ofensor ou do Estado); ͫ Possível decretação de sigilo, a critério do juiz. Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circuns- tâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. §1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido PODERÁ SER CONDUZIDO à presença da autoridade. §2º O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem. §3º As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, ADMI- TINDO-SE, por opção do ofendido, o USO DE MEIO ELETRÔNICO. §4º Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o ofendido. §5º Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidis- ciplinar, especialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor ou do Estado. PROvAS 5 §6º O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em rela- ção aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação.
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