Buscar

Principais agregados econômicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS 
DE ECONOMIA
Rosangela Aparecida
da Silva
Principais agregados 
macroeconômicos 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os principais agregados macroeconômicos e sua atuação 
no crescimento da economia.
  Analisar as diferentes óticas da contabilidade da riqueza gerada.
  Verificar a relação entre o PIB real e o bem-estar econômico.
Introdução
Na macroeconomia, os conceitos de oferta e demanda agregadas atingem 
todos os agentes econômicos participantes da economia de um país. A 
interação entre a oferta e a demanda agregadas de bens e serviços vai 
constituir a produção de um país sob algumas óticas diferentes, mas 
que, no final, são iguais sob o ponto de vista da contabilidade nacional. A 
produção, se contabilizada de maneira eficaz, pode servir para verificar o 
bem-estar econômico da sociedade, observando-se possíveis melhoras 
no padrão de vida.
Neste capítulo, você vai estudar os principais agregados macroeco-
nômicos e sua atuação no crescimento da economia. Além disso, você 
vai analisar as diferentes óticas da contabilidade da riqueza gerada e a 
relação entre o produto interno bruto (PIB) real e o bem-estar econômico.
Agregados macroeconômicos
A macroeconomia é a parte da economia que a estuda como um todo, isto 
é, estuda a microeconomia em seu conjunto. O governo, por meio de suas 
políticas macroeconômicas, tem teoricamente como alicerce suas funções. 
Segundo Mankiw (2005), as funções do governo, no que tange ao orçamento 
público, dividem-se da seguinte forma:
  Função distributiva — refere-se à busca de melhoras na distribuição 
de renda no país.
  Função alocativa — procura equilibrar a produção de bens e serviços 
com a demanda dentro de uma economia.
  Função estabilizadora — manutenção da estabilidade de preços para 
que haja investimentos produtivos e financeiros dentro da economia, 
sem grandes riscos para a sociedade. 
A oferta e a demanda agregadas na economia devem ser constantemente 
observadas, pois vão determinar o andamento dos agregados macroeconô-
micos e, por consequência, indicar se o governo está cumprindo as funções 
que lhe competem.
De acordo com Samuelson e Nordhaus (2012, p. 335), “a oferta agregada refere-se à 
quantidade total de bens e serviços que as empresas de um país estão dispostas a 
produzir e a vender em determinado período”. 
Segundo o mesmo autor, a demanda agregada se refere ao consumo ou ao quanto 
os diversos agentes da economia (famílias, empresas, governos e mercado externo) 
estão dispostos a gastar em dado período.
 Perceba que as conotações de oferta e demanda agregadas estão ligadas à pro-
dução e ao consumo do conjunto dos bens e serviços de uma economia, e não só 
de alguns. Por isso, existe a denominação “agregada”, conforme apontam Samuelson 
e Nordhaus (2012).
Dessa maneira, segundo Vasconcellos e Garcia (2014), a macroeconomia 
estuda a oferta e a demanda agregadas de:
  bens e serviços — que vão determinar a produção total de uma economia 
e os níveis gerais de preços da mesma;
  mercado de trabalho — que vão determinar o nível geral de emprego 
e os salários médios de uma economia;
  mercado monetário — que vão determinar a taxa de juros e também 
pode influenciar os níveis gerais de preços;
  mercado de títulos — que determinam o valor destes e, de certa maneira, 
a taxa de juros da economia (como a taxa Selic);
Principais agregados macroeconômicos2
  mercado de moeda estrangeira (divisas) — que vão determinar a taxa 
de câmbio dentro de um país.
No que se refere especificamente ao mercado de bens e serviços, vale 
ressaltar que este é muito importante, pois corresponde à produção nacional e, 
portanto, à renda que o país pode auferir. Quando a economia está produzindo 
muito e, por consequência, há uma grande oferta agregada, é importante que 
haja possibilidades de renda por parte da demanda agregada, para que esta 
possa consumir sem que haja grandes quedas de preços para os produtores e 
estes sejam desestimulados a produzir posteriormente. 
Nesse sentido, como é possível estimular a demanda agregada? Por meio 
do próprio mercado e das políticas econômicas implementadas pelo governo 
com esse fim. O governo pode, por exemplo, reduzir as alíquotas dos impostos 
sobre a renda; dessa maneira, as pessoas teriam mais renda para consumo, o 
que, por sua vez, estimularia a maior produção nacional.
De acordo com Samuelson e Nordhaus (2012), essa interação entre a oferta 
e a demanda agregadas é de suma importância para a atividade econômica 
global, como pode ser observado na Figura 1.
Figura 1. A oferta e a demanda agregadas interagem e dão origem a outras variáveis 
macroeconômicas.
Fonte: Adaptada de Samuelson e Nordhaus (2012).
3Principais agregados macroeconômicos
Observe na Figura 1 que a oferta agregada de bens e serviços de uma 
economia, por exemplo, depende do nível de evolução do trabalho e da capa-
cidade instalada de um país. Se uma economia não consegue oferecer uma 
infraestrutura adequada que facilite a produção — como qualificação da 
mão de obra, meios de transportes diversos, tecnologias diversificadas em 
processos e serviços, instituições estruturadas para exportações e importações 
e impostos compatíveis com os setores —, a oferta agregada fica limitada a 
alguns setores e até pode, no curto prazo, ter maior produção, mas no longo 
prazo fica bem mais difícil. 
A oferta e a demanda agregadas de uma economia, ao interagir, dão forma 
às principais variáveis macroeconômicas que são estatisticamente calculadas 
em uma economia. Segundo Samuelson e Nordhaus (2012) e Mankiw (2005), 
são elas:
  produção ou renda nacional — denomina-se produto de uma economia 
tudo o que é produzido por ela em um determinado período de tempo, 
em valores monetários;
  índices de preços — são apresentados como sendo aqueles que mostram 
a inflação de um país ou região em dado período de tempo;
  taxa de emprego e desemprego — mostra qual é a capacidade da eco-
nomia de gerar empregos e a consequente renda para sua população.
Veja que o modo como a produção nacional é configurada é de suma im-
portância, pois é principalmente por meio dela que se consegue a estabilidade 
econômica e também a maior capacidade de uma economia chegar perto do 
pleno emprego.
De acordo com Troster e Mochón (2002), o pleno emprego é a situação na qual to-
dos que querem trabalho (população economicamente ativa — PEA) conseguem o 
mesmo com razoável prontidão. De acordo com Samuelson e Nordhaus (2012), essa 
expressão pode ser usada em muitos sentidos, mas designa a situação em que, se 
houver desemprego, provavelmente este é voluntário.
A título de curiosidade, a PEA do Brasil abrange as pessoas em idade ativa que 
trabalham ou que estão procurando emprego. Para mais informações, acesse o link 
ou código a seguir.
https://goo.gl/CmdHcE 
Principais agregados macroeconômicos4
Sob a ótica da contabilidade nacional, veremos agora de que forma o 
produto de uma economia é medido e divulgado.
Contabilidade nacional
A contabilidade nacional é “um conjunto de contas que quantifi cam anual ou 
trimestralmente a despesa, a renda e a produção globais de um país”, conforme 
Samuelson e Nordhaus (2012, p. 581). Sendo assim, a contabilidade nacional 
defi ne um padrão de medida da oscilação da atividade econômica, do PIB, 
por meio de duas óticas, principalmente: produção (oferta agregada de uma 
economia) e despesa (demanda agregada da economia), conforme Troster e 
Mochón (2002).
Fica evidente que, se forem observadas as duas principais formas de cálculo 
da produção nacional, ambas devem ser iguais, ou seja, a produção deve ser 
igual à despesa, para que as contas nacionais fechem. Essa igualdade é um 
dos principais parâmetros para seentender as contas nacionais.
PIB sob a ótica da despesa
De acordo com Samuelson e Nordhaus (2012, p. 343), o “produto interno 
bruto (PIB) é a medida mais abrangente da produção total de bens e serviços 
de um país”. Segundo Mankiw (2015) e Troster e Mochón (2002), o PIB 
pode ser expresso como a soma dos valores monetários das despesas de uma 
economia, sendo elas:
  Consumo privado (C) — refere-se a todos os bens e serviços adquiridos 
pelas famílias, sejam estes duráveis (como geladeiras), não duráveis 
(como roupas) e serviços de transportes, por exemplo.
  Investimento (I) — aqui estamos nos referindo aos investimentos 
produtivos de uma economia. Podem ser investimentos fixos de empre-
sas (como maquinários, construção de fábricas) e investimentos fixos 
imobiliários (compra de imóveis por parte das famílias). 
  Consumo ou compras do governo (G) — aqui citamos todas as compras 
de bens e serviços realizadas pelo governo municipal, estadual e federal. 
O governo gasta para manter a máquina pública e também para oferecer 
bens públicos, como estradas e equipamentos militares. É importante 
deixar claro que as transferências para a previdência e a assistência social 
não entram nesse cômputo de gastos do governo. Isso ocorre porque as 
5Principais agregados macroeconômicos
transferências não têm contrapartidas de bens e serviços — elas são 
pagas com o dinheiro dos contribuintes da própria previdência ou de 
contribuições e impostos constitucionalmente próprios para esse fim.
  Exportações líquidas (NX) — as exportações líquidas consistem nas 
exportações — bens e serviços que são vendidos para o exterior em 
valores monetários — menos as importações — bens e serviços que 
são comprados pelo país analisado. Logo, NX = X (exportações) – N 
(importações). Claramente, qualquer país prefere exportar (vender) 
mais a importar (comprar) e, assim, ter um saldo positivo no comércio 
internacional.
Colocando-se todas as variáveis nas contas nacionais, obtemos:
Y (PIB) = C + I + G + NX
De acordo com Mankiw (2015), esta é uma das identidades mais importantes 
das contas nacionais, pois mostra que o PIB depende da evolução dos seus 
agentes econômicos em conjunto para que a economia permaneça ou volte a 
ficar equilibrada.
PIB sob a ótica da produção
No PIB de um país sob a ótica da produção, são contabilizados todos os bens e 
serviços fi nais novos produzidos no território nacional, em valores monetários, 
em um determinado período de tempo, conforme Samuelson e Nordhaus (2012). 
Embora tenha suas especifi cidades por países, basicamente é este o conceito 
“puro” de PIB. Vamos, então, explorar um pouquinho mais esse conceito. 
Na conta, só entram bens novos vendidos ao consumidor final. Por que isso? 
Para evitar dupla contagem, visto que o bem usado já foi somado à produção 
quando novo. Além disso, só entra no PIB o valor do bem final (que chega 
ao consumidor final), pois os bens intermediários (que são transformados no 
processo produtivo) já vão estar no valor do bem final — do contrário, poderia 
incorrer em dupla contagem também (ENTENDA…, 2017).
Ainda, segundo Samuelson e Nordhaus (2012), sob essa ótica de cálculo, 
tudo o que é bem final produzido pela agropecuária (setor primário), pela 
indústria (setor secundário) e o valor adicionado pelo setor de comércio e 
serviços (setor terciário), além de impostos sobre produtos, entram na conta.
Principais agregados macroeconômicos6
Suponha que o país fictício Fictício produza apenas feijão e arroz. O PIB desse país vai 
ser a soma das receitas de feijão e arroz em um determinado período de tempo; ou seja:
PIB total 2015 = receita total de feijão + receita total de arroz
Se atribuirmos valores e preços para feijão e arroz (como se fosse a quantidade real 
produzida e o correspondente preço de venda), fica assim:
PIB total 2015 = (preço × quantidade de feijão) + (preço × quan-
tidade de arroz)
Logo, supondo os valores a seguir, temos:
PIB total 2015 em unidades monetárias (UM) = (2 × 200) +
(3 × 400)
PIB total 2015 (UM) = 400 + 1.200
PIB total 2015 (UM) = 1.600
O país Fictício teve um PIB total em 2015 de 1.600 unidades monetárias.
Nota: as unidades monetárias (UM) podem ser expressas em qualquer moeda, 
dependendo do país. No Brasil, por exemplo, temos o real (R$).
Na medida do PIB, não entram bens e serviços produzidos de maneira 
informal, até porque não teria como mensurar essa produção. Logo, o PIB 
não deve ser analisado somente com relação ao seu valor absoluto, já que não 
expressa totalmente a produção nacional. Mas seu valor é muito válido em 
termos de comparação de evolução de um período para o outro, com relação 
a outros países e também ao tamanho de sua população.
Assim, é interessante, em relação ao PIB, verificar sua evolução percentual 
dentro de uma conjuntura específica em um país, de um período a outro, para 
identificar até que ponto as políticas macroeconômicas implementadas com o 
objetivo de fazer crescer a produção nacional estão realmente fazendo efeito.
Nesse sentido, é de suma importância diferenciar PIB nominal de PIB real. 
O PIB nominal é calculado com valores do período corrente; ou seja, se a 
7Principais agregados macroeconômicos
economia teve inflação, essa conta do PIB pode sofrer acréscimo devido ao 
aumento do nível geral de preços, e não necessariamente porque a produção 
nacional cresceu. Do mesmo modo, se a economia sofrer deflação, pode 
parecer que a produção está crescendo menos do que realmente seria se não 
houvesse a influência do nível geral de preços.
Assim, o cálculo do PIB real passa a ser mais confiável para se conhecer 
a evolução real da produção nacional. Nesse tipo de cálculo de PIB, retira-se 
o efeito dos preços, pois os mesmos se mantêm; ou seja, é como se os preços 
não tivessem se modificado, para que se possa verificar apenas o produto da 
economia, conforme Troster e Mochón (2002).
A maioria das economias utiliza um ano base como referência; em geral, 
utiliza-se um ano importante para a economia do país analisado. A Figura 2 
mostra a evolução do PIB brasileiro entre 2010 e 2016.
Figura 2. Evolução do PIB do Brasil em valores correntes.
Fonte: Adaptada de IBGE (2019)
Perceba que o PIB brasileiro tem aumentado nos últimos anos em termos 
nominais, o que pode parecer que está tudo bem na economia brasileira. Mas 
não é bem assim: se tomarmos o PIB real de 2015, por exemplo, observamos 
uma queda do mesmo de 3,8% (CURY; CAOLI, 2016). Perceba pelo gráfico 
que, embora o PIB esteja crescendo, a partir de 2014 esse crescimento tem 
sido menor, por conta das crises econômica e política do Brasil nesse período.
Principais agregados macroeconômicos8
No exemplo que apresentamos do país Fictício, poderíamos calcular o PIB 
nominal de vários anos e, assim, verificar de que maneira se comporta o PIB 
real, sem a influência de modificações nos preços, utilizando apenas um ano 
de referência para os mesmos, conforme se observa no Quadro 1.
 Fonte: Adaptada de Mankiw (2015).
Anos PIB nominal PIB real (ano 
base 2015)
Deflator do PIB 
(ano base 2015)
2015 (2 × 200) + (3 
× 400) = 1600
(2 × 200) + (3 
× 400) = 1600
100
2016 (3 × 250) + (4 
× 450) = 2550
(2 × 250) + (3 
× 450) = 1850
137,8
2017 (2,5 × 300) + (4,5 
× 500) = 3000
(2 × 300) + (3 
× 500) = 2100
142,8
No PIB real foram utilizados os preços do ano 2015 para todos os outros anos.
Sendo:
 Quadro 1. PIB nominal e real no país Fictício 
Observe no exemplo do país Fictício que o PIB real fora do ano de compa-
ração é bem diferente do que se observa no PIB nominal. Isso ocorre porque 
houve aumento da maioria dos preços nessa economia; assim, o PIB real 
expressou melhor o crescimento da produção do que o PIB nominal.
Segundo Mankiw (2015, p. 74):
[...] uma vez que a capacidade da sociedadede proporcionar satisfação eco-
nômica aos seus membros depende, em última instância, das quantidades 
de bens e serviços produzidos, o PIB real constitui um melhor indicador do 
bem-estar econômico do que o PIB nominal.
O deflator do PIB apresentado serve, como o próprio nome diz, para tirar 
o efeito da inflação do PIB real (deflacionar). Podemos também, por meio 
do deflator, ver quanto se modificou o nível geral de preços com relação ao 
ano base: no caso apresentado, de 2015 a 2016, a inflação aumentou 37,8%.
9Principais agregados macroeconômicos
O PIB real e o bem-estar econômico
Como vimos no cálculo do PIB real, este é de grande valia para a avaliação do 
bem-estar econômico de uma nação, visto que tira os efeitos das mudanças de 
preços e, assim, facilita a verifi cação da real produção formal de uma economia. 
E, se há produção, a tendência é que haja mais empregos e, por consequência, 
maior possibilidade de renda para a população.
Outra maneira de interpretar a produção de um país é por meio do PIB per 
capita, que é a produção total em valores monetários dividida pela população 
do mesmo. Quando se faz isso, toma-se uma medida de quanto cada indivíduo 
está tendo em média de renda no país. Assim, em geral, quando o PIB per 
capita do país está maior, há uma tendência de aumento do padrão de vida 
geral da população, mas não necessariamente de todos os habitantes. 
Para se verificar mais precisamente o bem-estar de uma sociedade, temos 
que utilizar, além do PIB, outros indicadores, como índice de desenvolvimento 
humano (IDH), índice de concentração de renda, índice de mortalidade e 
outros índices econômicos e sociais de qualidade de vida, conforme Troster 
e Mochón (2002). Nesse caso, é imprescindível ter em mente que o maior 
crescimento do PIB de um país não é sinônimo de maior desenvolvimento do 
mesmo, embora o primeiro possa contribuir muito para a melhora do segundo, 
dependendo de em que bases está crescendo, conforme apontam Samuelson 
e Nordhaus (2012).
O que se percebe é uma necessidade de ter foco em desenvolvimento 
sustentável, com investimentos em educação, infraestrutura, saúde e menores 
níveis de concentração de renda, para que a capacidade produtiva do país 
melhore e a demanda agregada acompanhe esse crescimento, por meio do 
aumento da renda, conforme Troster e Mochón (2002).
Para finalizar, convém ressaltar que existe outra abordagem de mensuração 
da produção nacional, que é pela renda ou remuneração recebida pelos agentes 
econômicos dentro de uma economia (via salários, lucros, aluguéis e outras 
rendas). Esta, assim como as outras formas, tem teoricamente valores iguais 
entre seus elementos; ou seja:
Produção = Despesa = Renda
Assim, tudo o que é produzido em um país deve ser igual à despesa dos 
agentes econômicos, que geram remunerações para a sociedade continuar 
participando do fluxo circular da atividade econômica (do ciclo econômico).
Principais agregados macroeconômicos10
CURY, A.; CAOLI, C. PIB do Brasil cai 3,8% em 2015 e tem pior resultado em 25 anos. 3 mar. 
2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/03/pib-do-brasil-
-cai-38-em-2015.html>. Acesso em: 7 jan. 2019.
ENTENDA como é medido o produto interno bruto (PIB). 23 dez. 2017. Disponível em: 
<http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/06/entenda-como-e-medido-
-o-produto-interno-bruto-pib>. Acesso em: 7 jan. 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Brasil em Síntese. PIB 
– valores correntes. [2019]. Disponível em: <https://brasilemsintese.ibge.gov.br/contas-
-nacionais/pib-valores-correntes.html. https://brasilemsintese.ibge.gov.br/contas-
-nacionais/pib-valores-correntes.html>. Acesso em: 7 jan. 2019.
MANKIW, N. G. Introdução à economia: edição compacta. São Paulo: Pioneira Thomson 
Learning, 2005.
MANKIW, N. G. Macroeconomia. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 19. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
TROSTER, R. L.; MOCHÓN, F. Introdução à economia. São Paulo: Makron Books, 2002.
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. Fundamentos de economia. 5. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2014.
Leituras recomendadas
DORNBUSCH, R.; FISCHER, S. Macroeconomia. 10. ed. São Paulo: AMGH, 2009.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa mensal de emprego 
(antiga metodologia). [2019]. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/
indicadores/trabalhoerendimento/pme/pmemet2.shtm>. Acesso em: 7 jan. 2019.
STIGLITZ, J. Introdução à macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2002.
11Principais agregados macroeconômicos
Conteúdo:

Outros materiais