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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-553

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554 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
Esquemas RHZ e RHZE 
Os esquemas RHZ e RHZE também são indicados nos casos de recidiva 
e de alta por abandono, em infectados ou não pelo HIY, desde que excluída 
falência do esquema anterior, quando deverá ser utilizado o esquema de re-
serva, para multirresistência. Nos casos de tuberculose meningoencefálica, os 
esquemas deverão ser prolongados até o 9° mês de tratamento. 
Como referido anteriormente, antes da prescrição dos fármacos, deve 
ser solicitada cultura de micobactérias com TS. As doses dos fármacos são as 
mesmas da Tabela 34.1. 
Esquema para multirresistência 
Até o presente momento, o esquema SEEtZ (esquema III) é recomendado 
para os casos de falências do RHZ, comprovadas por meio de piora baciloscó-
pica, clínica e radiológica, muitas vezes sem a realização de cultura com TS 
aos fármacos usados, portanto sem a confirmação, in vitro, de resistência. Esse 
esquema é constituído de estreptomicina (S), E, Et e Z, na 1 ªfase (três meses), 
seguido de E e Etna 2ª fase (mais nove meses) (3SEEtZ/9EEt). Nos casos de 
falência ao SEEtZ, o regime ainda em uso no Brasil, validado e disponibilizado 
para ser aplicado em unidades de referência, foi inicialmente constituído por 
amicacina (A) (ou estreptomicina, nos casos com sensibilidade do bacilo a esse 
fár1naco), terizidona (T), ofloxacina (O), E e clofazimina. Mais recentemente, 
a Z substituiu a clofazimina, pois esta passou a ser reservada exclusivamente 
para o tratamento da hanseníase. Sendo assim, na sua composição atual, o 
esquema contém três fármacos não utilizados previamente, portanto eficazes 
(A, Te O), um fár1naco utilizado na fase inicial dos tratamentos anteriores, 
com grande probabilidade de ser potencialmente eficaz (Z) e um fár111aco es-
colhido pelo TS (E). Com a nova proposta a ser implantada pelo PNCT/MS em 
todo o País, esses dois esquemas deixarão de ser utilizados, sendo substituídos 
por uma nova associação de fármacos. 
O novo esquema para multirresistência será composto por cinco fár-
macos: S, levofloxacina (L), terizidona (T) (fár111acos não utilizados), E e Z 
(fármacos potencialmente eficazes). O esquema SLTEZ será indicado para os 
casos de resistência ao RH, resistência ao RH e a outro(s) fármaco(s) de 1 ª 
linha, falência ao esquema básico na ausência de TS por problemas operacio-
nais (multirresistência provável), e impossibilidade do uso do esquema básico 
por intolerância a dois ou mais fár1nacos. O esquema deverá ser aplicado, em 
infectados ou não pelo HIY, somente em serviços de referência, definidos pelos 
Estados. 
Os cinco fármacos (SLTEZ) devem ser prescritos durante seis meses (fase 
intensiva), seguindo-se com LTE por mais doze meses (fase de manutenção), 
totalizando 18 meses de tratamento. AS deverá ser usada cinco vezes por se-
mana nos dois primeiros meses, reduzindo-se para três vezes nos quatro meses 
seguintes, e os outros fármacos serão de uso diário (2S
5
LTEZ/ 4S
3
LTEZ/12LTE).

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