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Expert Núcleo de Ensino Profissional e Técnico Preparando seu Futuro! 1 FÍSICA – MÓDULO 1 1. CINEMÁTICA ESCALAR 2. ESTUDO DOS MOVIMENTOS 3. QUEDAS DOS CORPOS 4. MOVIMENTO CIRCULAR 5. FORÇA DE ATRITO FILOSOFIA 3 – Prova A 2 1. CINEMÁTICA ESCALAR 3 Conceito de Movimento: Em física, a palavra movimento, como todas as palavras, adquire significado mais preciso e restrito: movimento é sempre um conceito relativo; só faz sentido falar em movimento de um corpo em relação a outro corpo. Um passageiro sentado num ônibus que percorre uma estrada está em movimento em relação a uma árvore junto à estrada, mas está parado em relação ao ônibus. 4 A ideia de “parado” e em “movimento” leva em conta a mudança, ou não, da localização de um corpo em relação a outro que sirva de referência com o decorrer do tempo, ou seja, um corpo está em movimento quando a sua posição, em relação a um determinado corpo de referência, varia com o decorrer do tempo. A Cinemática escalar estuda os movimentos sem se preocupar com suas causas. 5 Espaço percorrido é definido como a medida do comprimento do percurso de um corpo em movimento. Essa medida costuma ser obtida entre duas referencias, como os marcos quilométricos de uma estrada. Ex: km 2; km 3; etc. PONTO MATERIAL Ponto material é todo corpo cujas dimensões não interferem no estudo de um determinado fenômeno. Ex: Considere um navio fazendo uma viagem do Rio de Janeiro até Portugal. Como as dimensões do navio (comprimento, largura e altura) são muito pequenas, quando comparadas com a distancia entre o Rio de Janeiro e Portugal, podemos considerar suas dimensões desprezadas. Neste caso dizemos que o navio é um ponto material, também chamado de móvel ou partícula. 6 Vamos imaginar a seguinte situação: Uma pessoa A encontra-se dentro de um carro que anda para a direita, e uma outra pessoa B em pé, no acostamento da estrada. Tomando a pessoa B como referência, verificamos que à distância entre ela e A varia (aumenta ou diminui) com o decorrer do tempo. Então, neste caso, podemos dizer que a está em movimento em relação a B. 7 Supondo, agora, que B esteja junto ao carro, e tomando novamente B como referencia, verificamos que a distancia entre eles não varia com o tempo. Neste caso dizemos que A está em repouso em relação a B. O corpo B, que tomamos como referência nos dois exemplos é denominado referencia. Para determinar se um objeto está em movimento ou está em repouso devemos adotar um referencial. 8 Trajetória é a linha determinada pelas diversas posições que um corpo ocupa no decorrer do tempo. A trajetória depende do referencial adotado. Por exemplo, suponha um avião voando com velocidade constante, se um certo instante ele deixar cair um objeto, ele cairá segundo uma trajetória vertical em relação às pessoas do avião, porem para um observador parado no solo, vendo de lado o avião, a trajetória do objeto será parabólica. 9 De acordo com a trajetória, podemos nomear os movimentos da seguinte forma: Movimento retilíneo: trajetória em linha reta. Movimento curvilíneo: trajetória é uma linha curva. 10 Se um ponto material se movimenta em linha reta, a sua posição em cada instante pode ser determinada como um único eixo de coordenadas, isto é, a reta orientada à qual se fixou a origem 0. Vamos supor um ponto material movimentando-se numa trajetória retilínea onde se fixou o eixo dos X como sistema de referência (veja a figura). 11 Representação do movimento retilíneo de um ponto material no eixo das abscissas. No instante t, ele passa pela posição no instante seguinte, t, ele passa pela posição x. Iniciando a cronometragem desse movimento no instante inicial t0 (t zero), a posição ocupada pelo móvel nesse instante será a posição inicial, representada por x0 (x zero). Qualquer outra posição em qualquer outro instante será chamada simplesmente de posição x. 12 No intervalo de tempo Δt = t - t0 , o ponto material passa da posição inicial x0 à posição x. Essa variação de posições do ponto material nesse intervalo de tempo é denominada deslocamento. A medida do deslocamento ( Δx ) num determinado intervalo de tempo é obtida pela diferença algébrica entre as posições sucessivas do ponto material nesse intervalo: Δx = x - x0 A unidade de deslocamento é a mesma unidade de posição ou de comprimento – o metro (m) – no SI. 13 A velocidade média de um ponto material é, por definição, a razão entre o deslocamento Δx de um móvel e o intervalo de tempo Dt correspondente. Assim: No movimento retilíneo, sendo x0 a posição do móvel no instante t0 e x a posição no instante t, o deslocamento será x = x - x0, no intervalo de tempo t = t - t0. Portanto, a velocidade média no movimento retilíneo pode ser obtida pela razão: 14 As unidades de velocidade média são as mesmas que as da velocidade escalar média, uma vez que deslocamento e espaço percorrido tem a mesma dimensão (comprimento), são elas: m/s ( no SI ) ou km/h. Para transformar m/s em km/h, ou vice-versa, basta lembrar que 1 m/s = 3,6 km/h. É importante notar ainda que, como deslocamento e espaço percorrido são conceitos distintos, velocidade média e velocidade escalar média também o são. 15 No entanto, velocidade instantânea é definida da mesma forma que velocidade escalar instantânea. Quando o intervalo de tempo em que se mede o deslocamento é infinitamente pequeno, ou seja, quando o intervalo de tempo é um instante (t - 0), a velocidade média é a velocidade nesse instante. Portanto, nesse caso, a velocidade média é igual a velocidade instantânea. Quando nos referimos simplesmente à velocidade estamos nos referindo à velocidade instantânea. 16 Exemplo: Um trem de 150m de comprimento atravessa um túnel de 100m em 20s. Qual a velocidade deste trem, que supostamente está constante? V = Δs/Δt Distância = 150m + 100m = 250 m. V = 250/20 = 12,5 m/s. 17 O conceito de aceleração está ligado a variação de velocidade sempre que a velocidade do ponto material varia, dizemos que esse ponto material foi acelerado. Não é suficiente, porém, saber de quanto variou a velocidade: é preciso saber também qual o intervalo de tempo em que essa variação ocorreu. A aceleração, como a velocidade, é grandeza vetorial, o que exige um tratamento matemático mais complicado. Mas para movimentos retilíneos, é possível definir a aceleração de forma simples, escalarmente. 18 Assim, se a velocidade do ponto material em trajetória retilínea sofre a variação Δv. No intervalo de tempo t, a aceleração media (am) e, por definição, a razão: Onde: Δv = velocidade Δt = tempo Se o ponto material tem velocidade v0 (v zero) no instante inicial t0 e velocidade v no instante t, a variação de sua será Δv = v – v0 no intervalo de tempo t = t – t0 19 Exemplo: Um carro acelera de 0 a 108 km/h em 12 segundos, então, a aceleração é: Segundos >>> horas (1 h = 3.600 s) e Km >>> m (1 km = 1.000 m), Δt = 12s e Δv= 108 x 1000 = 108.000 m/h am = 108.000/12x3600 = 2,5 m/s 2 20 como mostra a figura a seguir, neste caso a definição de aceleração média pode ser expressa por: A aceleração a e as velocidades v e v0, do ponto material nos instantes t e t0. 21 A unidade de aceleração é a razão entre a unidade de velocidade e a unidade de tempo. No SI e metro por segundo ao quadrado (m/s2). Exemplo: A figura apresenta dois blocos: adquirem aceleração a. F = 60N F = m.a, então a = F / (mA+mB) .... a = 60/(10+5) = 4 m/s 2. 22 A = 10 Kg B = 5 Kg 2. ESTUDO DOS MOVIMENTOS 23 Movimento Retilíneo Uniforme (MRU): Quando o ponto material em trajetória retilínea se move com velocidade constante, o seu movimento é retilíneo uniforme. Nele, não há diferença entre velocidade média e instantânea, não existe aceleração e a única grandeza que varia com o tempo e a posição. Assim, estudar o movimento retilíneo uniforme (MRU) do ponto material se resume no estudo da variação da posição desse ponto material como tempo. Ex: um corpo com velocidade constante de 20 km/h percorrendo uma trajetória. A função horária das posições de um movimento é a formula matemática que fornece a posição do corpo no decorrer do tempo sobre uma determinada trajetória, ou seja: S= s0 + v . t onde: s = posição v = velocidade s0 = espaço inicial t = tempo 24 a) Definição Na natureza na maior parte dos movimentos, a velocidade varia no decorrer do tempo. Neste caso, o movimento é denominado movimento variado, se no movimento de um corpo em intervalos de tempo iguais ele sofre a mesma variação da velocidade escalar. Dizemos que realiza um movimento uniformemente variado, ou seja, com aceleração constante. 25 Para que isso ocorra em qualquer intervalo de tempo, a aceleração escalar média deve ser constante, diferente de zero e igual á aceleração escalar instantânea. am = a = cte ≠ 0 b) Funções horárias - Velocidade em função do tempo [v = f(t)] Consideremos um móvel percorrendo, com movimento uniforme variado, a trajetória da figura. 26 Sejam: v0: a velocidade do móvel no instante t0 = 0 (velocidade inicial); v: a velocidade do móvel no instante t; 27 A aceleração média do móvel no intervalo de tempo Δt = t – t0= t é: onde: v = velocidade a = aceleração v0 = velocidade inicial t = tempo 28 - Posição em função do tempo [s = f(t)] Consideremos um corpo percorrendo um movimento uniformemente variado, em uma trajetória qualquer. Sabendo que: s0 = posição do corpo no instante t0 = 0 (posição inicial) v0 = velocidade do corpo no instante t0 = 0 a = aceleração v = velocidade do corpo no instante t s = posição do corpo no instante t Podemos determinar a equação: 29 É a equação que relaciona a velocidade com o espaço percorrido pelo corpo num movimento uniformemente variado. v2 = v02 + 2a Δs onde: v = velocidade v0 = velocidade inicial a = aceleração s = variação do espaço. 30 3. QUEDA DOS CORPOS 31 Quando lançamos um corpo verticalmente para cima verificamos que ele sobe até certa altura e depois cai porque é atraído pela Terra. Da mesma forma observamos que um corpo cai ao ser abandonado de determinada altura porque é atraído pela Terra. Os corpos são atraídos pela Terra porque em torno dela há uma região chamada campo gravitacional exercendo atração sobre eles. Denomina-se queda livre o movimento de subida ou de descida que os corpos realizam no vácuo nas proximidades da superfície da Terra. Podemos também desprezar a resistência que o ar exerce ao movimento dos corpos, durante a subida ou a descida e neste caso, considerá-los como em queda livre. Estudando o movimento de um corpo em queda livre, Galileu Galilei chegou às seguintes conclusões: ▪ As distâncias percorridas por um corpo em queda livre são proporcionais ao quadrado dos tempos gastos em percorre- 32 -las, isto é, a função horária das posições é do 2 grau. ▪ Todos os corpos, independentemente de sua massa, forma ou tamanho, caem com a aceleração constante e igual. A aceleração constante de um corpo em queda livre é denominada aceleração da gravidade e é representada pela letra g. 33 Conclusão Se a aceleração da gravidade é constante e a função horária das posições é do 2º grau, decorre que a queda livre é um MRUV e, portanto, valem todas as funções e conceitos desse movimento. A aceleração da gravidade diminui com a altitude, e ao nível do mar tem o valor aproximado de 9.8 m/s2. Apesar disso costuma-se para efeito de cálculos considerar g = 10 m/s2. 34 A aceleração da gravidade varia também quando se passa do Equador (g = 9,78 m/s2) para o polo (g = 9,83 m/s2). Para estudar a queda dos corpos vamos considerar dois casos: lançamento vertical para cima e lançamento vertical para baixo. 35 Um corpo lançado verticalmente para cima realiza durante a subida um movimento retilíneo uniformemente retardado, pois o modulo de sua velocidade diminui no decorrer do tempo. Nesse movimento utilizaremos as equações do movimento uniformemente variado, estudados anteriormente. Exemplo: Ao tentar levantar uma caixa de 5 Kg, qual a força que se aplica a caixa sendo g = 10 m/s2 e P = m.g P = 5 x 10 = 50 N 36 Um corpo lançado verticalmente para baixo realiza um movimento retilíneo uniformemente acelerado, pois o modulo de sua velocidade aumenta no decorrer do tempo. Neste momento também utilizaremos as equações do Movimento Uniformemente variado. Abandona-se um corpo do alto de uma torre de 80 metros de altura. Desprezando a resistência do ar e adotando g = 10 m/s2, determinar: a) o tempo gasto pelo corpo para atingir o solo; b) a velocidade do corpo ao atingir o solo.. 37 a) Adotando a trajetória indicada, temos: 38 Funções Horárias: 39 Quando um atleta arremessa um dardo, um peso ou um disco, esses objetos descrevem um mesmo tipo de movimento: o movimento dos projéteis. Um saque do tipo "jornada nas estrelas", num jogo de vôlei, uma bola arremessada por um jogador de basquete, num lance livre, assim como uma bala lançada por uma arma de fogo é outros exemplos de movimento dos projéteis. Precursores de Galileu acreditavam que uma bala de canhão se movia em linha reta até esgotar seu impulso e depois caía verticalmente. 40 Galileu foi o primeiro a interpretar corretamente o movimento dos projéteis. Ele teve a ideia de imaginar que o movimento de um corpo lançado seria uma superposição, desde o início, de dois movimentos independentes: um de avanço, na direção do arremesso e um de queda, na vertical. Em sua obra Diálogo sobro os dois principais sistemas do mundo (1632), Galileu dá uma série de exemplos em que emprega o princípio da independência dos movimentos, dentre os quais ele cita: 41 “Analogamente, se um canhão horizontal numa torre atira paralelamente ao horizonte, não importa se a carga de pólvora é grande ou pequena, de forma que a bala caia a mil jardas de distancia, ou quatro mil, ou seis mil; todos estes tiros levam o mesmo tempo para atingir o chão e este tempo é igual ao que a bala levaria da boca do canhão até o solo se caísse verticalmente para baixo sem qualquer impulso". Ora, se o tempo de queda das balas é o mesmo, será o movimento vertical de um objeto afetado pelo seu movimento horizontal? Ou vice-versa? 42 Duas bolas são largadas simultaneamente da mesma altura. A da esquerda foi simplesmente deixada cair a partir do repouso; a da direita foi lançada horizontalmente com uma velocidade inicial. 43 Duas bolas são largadas simultaneamente da mesma altura. A da esquerda foi simplesmente deixada cair a partir do repouso; a da direita foi lançada horizontalmente com uma velocidade inicial. 44 Compare as posições verticais da bola lançada para a direita com as posições verticais de a bola deixada cair livremente. As linhas horizontais desenhadas mostram que as distâncias de queda são iguais para iguais em intervalos de tempo. As duas bolas obedecem à mesma lei, relativamente ao movimento na direção vertical. Isto é, têm a mesma aceleração constante g, a mesma velocidade de queda e o mesmo deslocamento na vertical em cada instante. Portanto, o movimento vertical é o mesmo, tenha a bola ou não também um movimento horizontal. O movimento horizontal não 45 Para verificar se o movimento vertical da bola afeta a sua velocidade horizontal, meça as distâncias horizontais entre cada duas imagens sucessivas. Você vai verificar que as distâncias horizontais são praticamente iguais. Uma vez que os intervalos de tempo entre cada duas bolas pão iguais, a velocidade horizontal, v, é constante. Ou seja, o movimento vertical não afeta o movimento horizontal. Portanto, o movimento de um projétil pode ser analisado como se fosse constituído de dois movimentos: um horizontal e outro vertical. 46 Pelo fato de não existir aceleração na direção horizontal (movimento uniforme), a componente horizontal da velocidade permaneceinalterada. O movimento vertical, por outro lado, é análogo ao movimento de um objeto em queda livre, acelerado em direção à Terra, com aceleração constante g. Como o tempo de queda é determinado apenas pela aceleração vertical L, tanto faz que o projétil saia com uma certa velocidade inicial horizontal, ou com velocidade inicial nula, que o tempo de queda será o mesmo. 47 Portanto, um projétil, depois de lançado horizontalmente, não há nenhuma força na direção horizontal (desprezando a resistência do ar), de modo que o projétil avançaria horizontalmente com velocidade constante, caso não houvesse a gravidade. É a força da gravidade que age na vertical que desvia continuamente o projétil da trajetória retilínea que ele teria por inércia. Agora, outra questão: Que acontece-ria se a arma estivesse inclinada? Na ausência da gravidade a bala descreveria uma trajetória retilínea para sempre (1ª Lei de Newton). Com a gravidade a bala cai, afastan-do-se da linha reta. 48 O lançamento oblíquo de um projétil também pode ser analisado como dois movimentos unidimensionais simultâ-neos e independentes. 49 O alcance dependerá da velocidade de lançamento v0 do ângulo de elevação q, da aceleração da gravidade g. Galileu foi o primeiro a verificar que, para um projétil atingir um alcance máximo, o canhão deveria disparar apontado para o alto, com uma inclinação de 45º, enunciando ainda o seguinte resultado: "Os alcances dos projéteis disparados com a mesma velocidade, mas em ângulos de elevação acima e abaixo de 45' e equidistantes de 45º são iguais entre si." 50 Galileu também observou que todos esses resultados sobre o movimento dos projéteis são bastante idealizados, uma vez que não foi levado em conta o efeito da resistência do ar. Levando em conta a força de resistência do ar, seu efeito sobre os projéteis, do ponto de vista qualitativo, será: Na direção horizontal, uma componente da força de resistência do ar atuará contra o movimento do projétil. Portanto, o movimento nessa direção não será mais uniforme e sim retardado. A velocidade virá tendendo a 51 Na direção vertical, a velocidade de queda irá aumentando cada vez menos até atingir um valor constante (velocidade limite). Por outro lado, o tempo de queda será maior que o calculado sem resistência e agora dependerá da velocidade de queda (quanto maior v0, maior o tempo de queda).O alcance será menor do que o previsto e a trajetória, embora curvilínea, não será mais parabólica. 52 Trajetória da bola em um chute – lançamento oblíquo Após um chute em direção ao gol, a bola vai para cima e para frente, e esta adquiri uma energia cinética e energia gravitacional. 53 Através da realização de trabalho, o jogador transfere energia para a bola. Ele transfere a energia física contida nos músculos para a bola. . 4. MOVIMENTO CIRCULAR 54 É um movimento caracterizado por uma trajetória circular. Consideremos um corpo no sentido anti-horário a trajetória circular de raio R indicada na figura. Seja P a posição do corpo no instante t. 55 Denominamos ângulo horário ou fase o ângulo j que corresponde ao arco da trajetória OP. O ângulo j deve ser expresso em radianos e serve para localizar o móvel sobre a trajetória. Exemplo: Os ponteiros do relógio realizam movimento circular. 56 Seja um móvel percorrendo a trajetória da figura. Denominamos velocidade angular média do móvel o quociente entre o ângulo descrito Dj e o tempo ΔT gasto em descrevê-lo. 57 A unidade de m no SI é o radiano por segundo e indica- se rad/s. 58 Dizemos que um móvel realiza um movimento circular uniforme quando sua trajetória é circular e o modulo do vetor velocidade permanece constante e diferente de zero. Como exemplos de movimento circular uniforme, temos: ▪ o movimento das extremidades dos ponteiros de um relógio; 59 A luz do Sol demora aproxi-madamente 8 minutos para chegar à Terra, e sua orbita (gira) à volta do Sol a uma distância de 150 milhões de km e a Lua orbita à volta de Terra a uma distância média de 384.000 km. Tomando-se a Terra como referencial fixo, o Sol estará em movimento. 60 É definida como energia potencial gravitacional a forma de energia associada à posição em relação a um referencial, sendo que neste caso, há a interação gravitacional entre a Terra e um determinado corpo. Uma energia potencial ou energia armazenada por um corpo pode ser traduzida como a capacidade que este corpo detém de realizar trabalho. Trata-se de uma energia associada ao estado de separação entre dois objetos que se atraem mutuamente através da força gravitacional. 61 Dessa forma, quando elevamos um corpo de massa m a certa altura h, transferimos energia para o corpo na forma de trabalho. Com a acumulação de energia, o corpo transforma a energia potencial em energia cinética, que quando liberado o corpo, possui tendência a voltar à sua posição inicial. Todo corpo em queda livre está sujeito a uma mesma aceleração de direção vertical e sentido para baixo. Esta aceleração recebe o nome de aceleração gravitacional (g) que tem um valor aproximado de 9,8 m/s2 na Terra. 62 A força resultante neste movimento é a força peso (P = m.g) e o trabalho desta força é igual a energia potencial gravitacional. Logo, quando um corpo é liberado, a força peso realiza trabalho e a energia potencial gravitacional se transforma em energia cinética. Em geral, admite-se que a E.P.G. é nula num estado determinado, no qual o sistema está sujeito a forças de intensidade desprezível, ou a força de interação entre as diversas partículas é praticamente nula. Esse conceito é aplicado na produção de energia 63 partir do represamento de águas em barragens, que ao serem liberadas acumula energia que será empregada para mover as turbinas responsáveis pela geração de energia elétrica. A energia potencial gravitacional de um corpo que se encontra a uma altura h do solo é dada por: Epg = m . g . h Onde: • Epg = energia potencial gravitacional – dada em joule (J) • m = massa – dada em quilograma (kg) 64 • g = aceleração gravitacional – dada em metros por segundo ao quadrado (m/s2) • h = altura – dada em metros (m) Exemplo: Calcule a energia potencial gravitacional de um corpo de 10kg que está colocado a 5 m de altura, g = 10 m/s2 Epg = m . g . h >> 10 x 10 x 5 = 500 J 65 Velocidades Típicas 66 Um movimento é chamado periódico quando se repete de modo idêntico, em intervalos de tempo iguais. Como exemplo temos os mesmos vistos no item anterior. Portanto, o movimento circular uniforme é um movimento periódico, pois, a cada volta completa, o móvel está sempre com as mesmas características (posição, velocidade etc.). Denominamos período T o tempo gasto pelo móvel para realizar uma volta completa. Em uma volta temos: Δt = ΔT e s = 2R 67 Logo: Denominamos frequência f do movimento o número de voltas efetuadas unidade de tempo. Portanto 68 A unidade de frequência no Sistema Internacional é o inverso do segundo também chamada hertz, que se indica Hz. Podemos, também, indicar a frequência em rotações por minuto (rpm), 60 rpm = 1Hz. 69 Consideremos um móvel descrevendo, no sentido anti- horário, a trajetória circular da figura. Da figura temos: >> Dividindo por Δt 70 É a aceleração exclusiva do movimento circular. A aceleração centrípeta tem por função variar a direção do vetor velocidade mantendo o móvel sobre a circunferência, produzindo o movimento circular. Em cada posição do móvel o vetor acp é perpendicular ao vetor v e dirigido para o centro da circunferência. É determinada pelas equações: ou 71 É a aceleração exclusiva do movimento circular. A aceleração centrípeta tem por função variar a direção do vetor velocidade mantendo o móvel sobre a circunferência, produzindo o movimento circular. Em cada posição do móvel o vetor acp é perpendicular ao vetor v e dirigido para o centro da circunferência.É determinada pelas equações: 5. FORÇAS DE ATRITO 72 Objetos que se raspam ou escorregam estão em atrito uns com os outros. Esse atrito também representa uma interação entre os objetos. Experimente empurrar qualquer objeto no chão que você perceberá a presença da força de atrito. De um modo geral, as forças de atrito se opõem aos movimentos. Ou seja, seu sentido sempre é oposto ao sentido do movi-mento. A força de atrito é devida a rugosidades, asperezas ou pequenas saliências existentes na superfície que estão 73 contato quando elas tendem a se mover uma em relação a outra. Portanto, quanto mais lisas forem as superfícies em contato, menor, em geral, tende a ser o atrito entre elas. O atrito pode ser útil. Os exemplos seguintes mostram que esta afirmação é realmente verdadeira. 74 1) Uma pessoa caminhar ou correr - quando andamos ou corremos, empurramos o chão para trás com nossos pés. Uma força de atrito é, então exercida pelo chão sobre nossos pés, empurrando-os para frente. Assim, em uma superfície sem atrito, ao tentar um passo a pessoa escorrega e não consegue caminhar. 2) Graças à força de atrito do sistema de freios, conseguimos manter um ônibus em repouso em uma rua inclinada. 75 Para reduzir a velocidade de um carro sem prejudicar seus ocupantes, é preciso usar uma força controlada, que não cause parada brusca. A solução física para essa charada é o atrito. Ele age por meios dos freios que aplicam forças gradativas nas rodas, diminuindo sua rotação. Também age nos pneus, que usam o chão como ponto de apoio. Aliás, o atrito dos pneus como o solo – a chamada aderência - também deve existir para que o carro comece a se movimentar. 76 O Atrito é a solução física para parar o carro em movimento. Eles são feitos de combinações de borracha e há muitos fatores que influenciam a aderência, ou o coeficiente de fricção entre o pneu e a pista. 77 Pneus são os componentes responsáveis pela aderência através do atrito deste com a pista e pela transferência de movimento para mudar a direção do carro Os pneus utilizados na competição são, geralmente, de dois tipos: de piso liso, normalmente designados por "slicks" e de piso com nervuras, conhecidos por pneus de chuva. 78 Boa Atividade! Boa Sorte! Fim módulo Física 1 Mauro Monteiro